Distrito Federal reforça segurança nas unidades socioeducativas com uso de cães e drones
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) publicou nesta quinta-feira (29) a Portaria nº 448, que institui novas normas voltadas à segurança e vigilância das unidades de internação e semiliberdade do sistema socioeducativo do DF. Entre as principais novidades, destaca-se a autorização para o uso de cães farejadores e de veículos aéreos não tripulados (VANTs) — drones —, que passam a integrar as operações de monitoramento e prevenção, com o objetivo de ampliar a capacidade de resposta a incidentes e reforçar a proteção dentro das unidades. Novo esquema reforça a segurança no sistema socioeducativo do DF para prevenir crises | Foto: Jhonatan Vieira/Sejus-DF “As mudanças mostram um esforço da Sejus em modernizar a atuação no sistema socioeducativo, equilibrando a necessidade de segurança com a garantia dos direitos humanos”, avalia a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “O uso de cães e drones é uma resposta aos desafios enfrentados nas unidades, mas o regulamento deixa claro: o foco é sempre prevenir crises e tratar com dignidade os adolescentes em cumprimento de medidas”, esclarece. Reforço operacional A nova regulamentação estabelece que a Diretoria de Segurança do Sistema de Atendimento Especializado (Disstae), vinculada à Sejus-DF, poderá fazer operações com cães treinados para detectar drogas, armas e celulares, além de apoiar ações preventivas e de gerenciamento de crises. O uso desses animais será restrito aos espaços internos das unidades, e não haverá contato direto com os socioeducandos. De acordo com o documento, a atuação será sempre pautada pela proporcionalidade e pelo respeito aos direitos humanos. A condução e o treinamento dos cães serão executados por profissionais habilitados, obedecendo às normas de bem-estar animal e segurança. Outra inovação trazida pela medida é o uso de drones para monitoramento aéreo e vigilância de áreas externas e de difícil acesso, prevenindo fugas e identificando comportamentos suspeitos. *Com informações da Sejus-DF
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Trabalho do BPCães ganha destaque em ações no G20 e após explosões nas proximidades do STF
Especialmente preparados para identificar odores específicos, os cães farejadores têm sido empregados em várias operações do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães), como revistas em grandes eventos, varreduras preventivas em edifícios públicos e investigações em áreas de risco. Esses animais, também denominados K9, são capazes de detectar até mesmo quantidades mínimas de substâncias explosivas, proporcionando uma resposta rápida e eficiente diante de possíveis ameaças. Entre as operações de destaque com a participação dos cães policiais do DF, está o caso das explosões na Praça dos Três Poderes que ocorreu no dia 13 de novembro, onde o K9 Eros foi o primeiro a detectar explosivos armadilhados na casa do autor do atentado, em Ceilândia. A ação do canino garantiu a segurança da equipe que realizava a varredura no local, após a identificação do responsável pelo lançamento de bombas próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esses animais, também denominados K9, são capazes de detectar até mesmo quantidades mínimas de substâncias explosivas | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O soldado do BPCães Matheus Bonfim atuou na missão realizada em conjunto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Polícia Federal. O militar contou que, após a varredura no local do atentado, as equipes se deslocaram até a casa que continha uma ameaça de explosivos. Assim que adentraram a casa e começaram a varredura com os cães, Eros foi até um armário da pia e sinalizou: sentou e ficou parado. “Aí veio a certeza de que ali tinha alguma coisa de explosivos. Em seguida lançaram o robô, que conseguiu puxar a garra do dispositivo no armário que o cachorro sinalizou. A bomba estava armadilhada em dois locais, uma em cada porta. Então, a gente tem a certeza de que o trabalho do cão está sendo bem feito”, detalhou o policial. Segurança internacional Dois cães especializados em detecção de explosivos (K9 Baldur e K9 Booster) também foram enviados para garantir a segurança na reunião da Cúpula do G20, realizada nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. A Polícia Militar (PMDF) enviou uma Equipe Antibombas e de Contra Medidas formada por 12 policiais, sendo quatro cachorreiros do BPCães, com dois cães de detecção de explosivos, e oito policiais Caveiras e Explosivistas do Esquadrão Antibombas do Bope. A missão no Rio de Janeiro foi uma solicitação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJ) para apoiar a Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) na segurança das autoridades internacionais, incluindo os presidentes dos países e suas delegações. A PMDF realizou as varreduras preventivas de seis grandes hotéis do estado, incluindo o Hotel Nacional, além de veículos oficiais e bagagens das autoridades, para verificar se não havia explosivos escondidos nos ambientes que as delegações iriam visitar. O 2º tenente André Nascimento fez parte da operação no Rio de Janeiro e afirmou que a PMDF é reconhecida internacionalmente pelo trabalho com os cães na detecção de explosivos O 2º tenente André Nascimento fez parte da operação no Rio de Janeiro e afirmou que a PMDF é reconhecida internacionalmente pelo trabalho com os cães na detecção de explosivos. “Os cães têm 300 milhões de células olfativas, enquanto os seres humanos têm de 5 a 50 milhões. Eles têm a capacidade de identificar o odor de uma molécula de um explosivo, que seria praticamente imperceptível ao humano. Então, se houver algum explosivo escondido ou em um ambiente amplo, o animal consegue farejar e identificar com precisão – o que resulta na preservação da vida e da sociedade”, declarou. O militar destacou, ainda, que atualmente nenhuma máquina é capaz de se assimilar ao faro do cão. “É uma ferramenta extremamente importante para a identificação e para facilitar nosso trabalho. Porque enquanto eu demoraria até 2h em uma busca em um ambiente aberto, o cão faz em 5, 10 minutos com precisão e com certeza de que não há nenhum risco ali para a segurança ou para a saúde de alguém”. Trabalho contínuo Além de grandes eventos, os cães do batalhão também estão nas ruas diariamente prezando pela segurança da população e das equipes com que trabalham. Nesta quarta-feira (27), uma ação na Rodoviária Interestadual de Brasília foi realizada, com intuito de coibir o tráfico de substância entorpecente. Na ocasião, uma mulher foi detida e 85 tabletes de maconha (totalizando aproximadamente 85 kg da substância) foram apreendidos, além de uma porção de haxixe. O soldado do BPCães Matheus Bonfim atuou em missão realizada em conjunto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Polícia Federal De acordo com um dos agentes da operação, 2º sargento Diego Delmondes da Costa Freitosa, com apoio do cadela Sig foi possível localizar as drogas que estavam escondidas em três malas de viagem na área de desembarque. Conduzida pelo policial, a cadela indicou a mala de uma passageira que estava sentada no banco e tinha mais duas malas no veículo. Após ser entrevistada pelos militares, ela assumiu que as malas não lhe pertenciam, mas que estava fazendo o transporte da substância. Ela foi levada à 1ª Delegacia de Polícia (DP) em flagrante. Delmondes destacou que operações de intensificação de policiamento na rodoviária com os cães fazem parte da rotina do batalhão e que as duas cadelas atuantes na ação saíram recentemente do treinamento e estão entrando na vida adulta, com pouco mais de 1 ano. “O cão é uma ferramenta importantíssima porque ele otimiza o nosso trabalho. O policial sem cão passaria ao lado da moça ou de qualquer outro e não notaria diferença alguma sem uma revista apurada, que demandaria muito tempo. E a droga saindo das ruas, o crime também diminui”, observou o policial. Treinamento Atualmente há 53 cães na ativa do BPCães no DF. A seleção dos filhotes começa na ninhada, com foco em pais previamente selecionados e características como impulsos e predisposições naturais. Desde cedo, os cães são treinados para desenvolver autonomia e instintos de farejamento, fundamentais em operações de segurança, especialmente na detecção de explosivos. A partir de 45 a 60 dias, com as vacinas em dia, inicia-se a ambientação, expondo o filhote a diversos locais, como áreas urbanas e rurais, rodoviárias, shoppings e embarcações, além de superfícies variadas, como água, areia e cimento, para que ele se familiarize com diferentes cenários e evite reações inesperadas no futuro. Simultaneamente, começa o treinamento específico, associando o odor do explosivo a uma recompensa, como brincadeiras ou alimento, garantindo que o cão busque o alvo com motivação e eficácia. “Quando os filhotes desmamam, a gente já começa a fazer estimulação de caça e apresentar os odores em panos impregnados. Os cães não têm contato com essa substância, só com o odor. A partir desse momento eles já começam a fazer o treinamento de registro dessas substâncias em diversos locais”, explica o 2º sargento da BPCães Adilio Lima, um dos responsáveis pelo treinamento dos cachorros. O policial acrescenta, ainda, que as equipes prezam muito pela autonomia dos animais, que desde cedo são estimulados a manter o instinto natural de farejar, serem curiosos e obedecerem, mas com incentivo na independência para que eles trabalhem sozinhos e executem as varreduras com distâncias seguras dos agentes.
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Cães farejadores de raça conceituada reforçam segurança no DF
Patas grandes, orelhas alongadas e línguas compridas são algumas das características de Sherlock e Fiona — cães da raça bloodhound adquiridos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) — que os tornam os cães farejadores de uma das melhores raças do mundo. Sherlock e Fiona passaram por mais de 12 meses em treinamento. A cadela até já conquistou um reconhecimento nacional que atesta sua aptidão física na busca e captura por odor específico, o Certificado do Grupo de Busca e Salvamento | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A raça já é conhecida: o famoso Pluto, personagem da Disney, é uma representação dos bloodhounds. Nas telinhas, ele é um cão destrambelhado, que sempre arranja muita confusão, mas no fim sempre acaba ajudando o Mickey a desvendar alguns mistérios. Na vida real, isso não muda muita coisa. Sherlock e Fiona são muito brincalhões, mas sabem a hora certa de entrarem em ação. Eles são peças fundamentais para encontrar pessoas em áreas urbanas ou rurais. A 2ª tenente Julie ressalta as qualidades e características dos cachorros bloodhound: “São cães extremamente brincalhões, dóceis e muito resistentes” “Os cachorros bloodhound pesam entre 50 kg e 60 kg, com altura de até 60 cm. Eles podem viver até aproximadamente 13 anos, mas aqui na PMDF eles se aposentam aos 7. São cães extremamente brincalhões, dóceis e muito resistentes”, detalhou a 2ª tenente Julie. “É uma raça modificada cientificamente para rastreio”, confirmou. Os cães desta raça são especialistas em fazer busca e captura por odor específico. Para isso, basta que seja fornecido algum cheiro que sirva de guia para Sherlock e Fiona — pode ser um chinelo, carteira, colar ou peças de roupa. Pelas partículas de cheiro eliminadas no ar, os cães começam a trilhar por onde o procurado esteve até que seja encontrado. Nada que uma boa comemoração, com muito carinho e interação, não sirva de recompensa. Depois de mais de 12 meses em treinamento, Fiona conquistou um reconhecimento nacional que atesta sua aptidão física na busca e captura por odor específico, o Certificado do Grupo de Busca e Salvamento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As habilidades da Fiona também foram testadas e aprovadas pela nossa equipe de reportagem. Após receber o estímulo sensorial, a equipe se escondeu dentro de uma mata na área interna do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães). Sem muita dificuldade e precisamente em 1 minuto e 50 segundos, Fiona encontrou nossa equipe e recebeu muito carinho de recompensa. Ocorrências O BPCães conta com 56 animais, sendo 48 atuantes. Somente neste ano, de janeiro a abril, houve mais de 1.350 ocorrências que contaram com a atuação dos cães. Sherlock e Fiona, de janeiro a abril deste ano, já atuaram em 15 ocorrências — todas bem sucedidas.
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Quatro filhotes em treinos radicais para se tornarem cães farejadores
Quatro filhotes de cães estão em treinamento pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para atuar no combate ao crime na capital federal. A destreza e o tamanho parecem de cachorros adultos. Três pastores da raça belga-malinois – Atena, Izzy e Chacal – e um pastor-alemão, Sirius, são as novas feras em treinamento no quartel do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães). A mascote Atena, de cinco meses, é treinada para detectar explosivos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Os futuros operadores, que têm entre seis meses e um ano e meio de idade, se exercitam diariamente em atividades com os policiais. Com 48 cães farejadores no plantel, o BPCães os divide por área de atuação: detecção de entorpecentes e armas de fogo, detecção de explosivos, busca e captura por odor específico e guarda e proteção. A partir dos três meses, em média, o animal já está apto para iniciar os treinos. [Olho texto=”“Quanto mais precocemente começarmos a treinar o cachorro, será melhor para ele criar uma conduta e poder estar conosco na atividade policial” ” assinatura=”Primeiro sargento Bernardo Oliveira” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Antes de ser colocado neste trabalho, o filhote passa por uma seleção, e aí são analisados os indicativos, se ele tem os impulsos para se tornar um cão policial e participar do trabalho diário”, explica o aspirante a oficial Davi Cruz, chefe de um dos pelotões do batalhão. “Em no máximo um ano e meio, ele é considerado um cão formado, a depender do rendimento.” Lado a lado O binômio cão-policial, como costumam falar os agentes, segue em missões policiais lado a lado – o “aluno” e seu respectivo treinador. “Temos nossas próprias demandas, mas nosso batalhão também é de apoio; diariamente, há solicitação de outras forças de segurança para localizar droga ou buscar fugitivos”, afirma o sargento Franque Salviano, treinador de Izzy, a fêmea aprendiz na área de busca por drogas e armas de fogo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já o “coleguinha” Chacal, com seis meses de idade e pelagem negra, atua na área de busca a partir de um cheiro apresentado. Conforme os policiais, é um treinamento intensificado nos últimos tempos e motivado pelo caso Lázaro – o assassino em série que passou 20 dias em fuga na mata em cidades goianas e que deixava objetos e roupas pelo caminho. Formação de hábitos A mascote desta turma é Atena, de cinco meses, que aprende a detectar explosivos. Em sua rotina, a ágil cadela fareja esses materiais em canos de PVC enterrados no gramado. Objeto encontrado, ela ganha como recompensa uma bolinha acolchoada para brincar. Segundo seu condutor, o primeiro sargento Bernardo Oliveira, ao completar 1 ano, Atena já estará pronta para atuar nas ruas do DF. “Tudo que se ensina para o cachorro são hábitos”, orienta Bernardo, que atua há 16 anos no batalhão. “Quanto mais precocemente começarmos a treiná-lo, será melhor para ele criar uma conduta e poder estar conosco na atividade policial.” As feras se aposentam aos 8 anos, em média. Tempo suficiente para que, com capacidade de reconhecer até 978 odores diferentes, sejam importantes aliados na redução da criminalidade.
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