Programa Cidadania nas Escolas capacita mais de 12 mil alunos e professores em um ano
Heitor Sousa, estudante do 9º ano do Colégio Cívico-Militar 308 do Recanto das Emas, já testemunhou situações de violência contra as mulheres, mas, muitas vezes, não entendeu o que estava ocorrendo. “Sem muita informação a gente não percebe o que está acontecendo. Agora, aprendi a abrir os olhos e a lidar com essas situações”, garante. O aluno foi um dos participantes do bate-papo Prevenção à Violência no Namoro, realizado no último mês de novembro. Este é um dos temas abordados na iniciativa Cidadania nas Escolas, projeto da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), que, por meio de suas subsecretarias, realiza ações em prol de ações para redução das violações de direitos nas escolas públicas do DF. Heitor Sousa mudou o modo de ver casos de violência contra a mulher com o projeto: “Aprendi a abrir os olhos e a lidar com essas situações” | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus Desde setembro de 2023, quando foi instituído, o programa já levou esses encontros de reflexão e conscientização a 48 escolas, capacitando e certificando um total de 12.706 pessoas entre professores e alunos. “Essas atividades podem salvar nossas crianças e adolescentes das drogas” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania Para a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, esse projeto é importante porque institui uma cultura de paz dentro das escolas. “Essas atividades podem salvar nossas crianças e adolescentes das drogas. Pegamos pela mão e mostramos para família que a escola e o Estado podem ser apoio”, comenta Passamani. Essa parceria é destacada pelo eletricista Davi Lucas Matos, 62 anos, morador de Recanto das Emas, que percebeu a evolução do conhecimento do filho, Daniel Matos, 11 anos, após participação no debate sobre a prevenção ao bullying. “Foi muito importante esse aprendizado. A gente educa em casa, mas é necessário que ele também tenha essa noção dentro da escola. O que ele aprendeu neste projeto é para sempre”. Comunidade escolar O projeto foi idealizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e tem parceria com a Secretaria de Educação do DF (SEEDF) para desenvolvimento das ações nas escolas da rede pública de ensino. A proposta é realizar encontros nas instituições de ensino, envolvendo comunidade escolar, equipes gestoras, corpo docente, alunos e pais ou responsáveis. Esses momentos incluem metodologias diversificadas com conversas, dinâmicas interativas, contação de histórias, cine debates e outros. Davi Lucas Matos: “A gente educa em casa, mas é necessário que ele também tenha essa noção dentro da escola” Após a realização de um projeto-piloto em seis regiões administrativas (RAs) no ano passado, o Cidadania nas Escolas foi efetivado em 2024 em três RAs: Ceilândia, Recanto das Emas e Itapoã. No total, 48 escolas foram alcançadas, sendo seis em Samambaia, seis em Santa Maria, seis em São Sebastião, seis no Itapoã, seis no Recanto das Emas e 18 em Ceilândia. Em número total de atendimentos, as 12.706 pessoas capacitadas e certificadas, estão distribuídas da seguinte forma: 5.110 pessoas alcançadas nas atividades desenvolvidas em Ceilândia; 2.360 pessoas no Recanto das Emas; 2.456 no Itapoã; 840 em Santa Maria; 1.030 em São Sebastião; e 910 em Samambaia. *Com informações da Sejus-DF
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Turma do Proerd se forma em cerimônia para mais de 1,5 mil pessoas
Na manhã desta sexta-feira (22), a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizou a formatura dos alunos do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). O evento reuniu aproximadamente 1.600 alunos de diversas escolas do Distrito Federal, além de professores, policiais militares, e autoridades civis e militares. Durante o segundo semestre letivo de 2024, o Proerd promoveu atividades educativas e preventivas com o objetivo de capacitar crianças e adolescentes a resistirem às drogas e à violência. A cerimônia de formatura simbolizou o encerramento desse ciclo, destacando o esforço conjunto entre a Polícia Militar e a comunidade escolar. O Proerd promoveu atividades educativas e preventivas com o objetivo de capacitar crianças e adolescentes a resistirem às drogas e à violência | Foto: Divulgação/PMDF A comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Barros Habka, destacou a importância do programa para o futuro dos jovens: “Dizer não às drogas e à violência é um ato de coragem. Aqui à minha frente eu só vejo pessoas corajosas. Levem esse aprendizado para suas casas, suas ruas, e suas comunidades, porque o Proerd não termina aqui. Ele segue com vocês.” A celebração foi marcada por momentos de reconhecimento ao trabalho dos policiais instrutores, professores e gestores escolares, que abriram as portas das instituições de ensino para o programa. Além disso, foi enfatizado o papel essencial das famílias na formação de jovens mais conscientes e resilientes. *Com informações da PMDF
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Acolhimento que salva vidas
A comunidade terapêutica Amai – Casa do Sol Azul, em Padre Bernardo (GO), é uma das entidades parceiras da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), no acolhimento voluntário de dependentes químicos, uma das etapas de tratamento oferecidas pelo governo. Ao todo, o Distrito Federal conta com 12 comunidades do formato, que ofertam 330 vagas por mês. A comunidade terapêutica Amai – Casa do Sol Azul, especializada no tratamento de mulheres, é uma das entidades parceiras da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Especializado no tratamento das mulheres, o local oferece atendimento terapêutico individual ou em grupo, com abordagem das questões da dependência química, as manifestações de compulsão e as emoções. Além disso, há o cronograma de atividades, que passam por cuidado pessoal, organização doméstica, alimentação e aulas de ioga, teatro, zumba, matemática, português e educação física. “Elas têm um cronograma com várias atividades ao longo do dia. A gente ensina a cuidar do externo para que elas possam se organizar internamente. As atividades físicas são para ter a liberação de dopamina, que atua no estado de prazer, que é o que elas buscam na droga”, afirma a terapeuta Licia Santana. “A pessoa precisa de ajuda quando o uso da substância começa a interferir nas relações pessoais, na sociedade, no trabalho, na vida financeira e na saúde”, afirma a psicóloga Marlucia Pieri Há pouco mais de um mês, a dentista Maria* deixou a comunidade terapêutica Casa do Sol Azul após um ano de acolhimento. Ela deu entrada no local para tratar o abuso no consumo de remédios e álcool. “Eu vinha sofrendo com depressão. Foi a partir daí que minha dependência por remédios se manifestou, e, além de tudo, desenvolvi o alcoolismo. Eu estava num desespero incontrolável. Na minha vida, tudo era um vazio que eu preenchia com as substâncias”, lembra. No período que passou na comunidade, ela aprendeu a controlar a doença. “A gente tem que estar sempre vigilante, porque é uma doença emocional. Precisamos desse amparo”, comenta. O desejo dela, agora, é poder voltar a atuar na área de odontologia e fazer um trabalho voluntário que possa ajudar mulheres dependentes químicas. Ana*, de 50 anos, encontra-se ainda acolhida na comunidade terapêutica, mas já percebe os resultados do tratamento depois de quatro meses. Após uma tentativa de autoextermínio, ela foi hospitalizada e depois encaminhada ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps), até que foi redirecionada para tratar a dependência em bebidas alcoólicas. “Quando você chega ao fundo do poço, você percebe que tem que sair. Foi por isso que eu vim para a Casa do Sol Azul”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No começo foi difícil se adaptar, mas, com a ajuda da comunidade terapêutica, ela vem se reinserindo na sociedade e já sonha em reconquistar o que perdeu por causa da doença e criar novas oportunidades: “Penso na recuperação da minha vida, da minha sobriedade em primeiro lugar, do meu filho. Quero continuar num caminho diferente daquilo que eu vivia, um caminho que me foi demonstrado aqui”. Procurar ajuda especializada ainda é um desafio para os dependentes químicos. “Muitas pessoas têm essa dificuldade. Acham vergonhoso ter essa doença; outras nem imaginam que seja uma doença. A pessoa precisa de ajuda quando o uso da substância começa a interferir nas relações pessoais, na sociedade, no trabalho, na vida financeira e na saúde”, afirma a psicóloga da Amai, Marlucia Pieri. Para participar do programa de prevenção do GDF, acolhimento e reinserção social de dependentes químicos, basta procurar pelo número de WhatsApp (98314-0639), por e-mail (acolhedf@sejus.df.gov.br) ou indo até a sede da Sejus, na antiga Estação Rodoferroviária. *Para garantir o sigilo das entrevistadas, seus nomes foram substituídos por fictícios
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Governo oferece atendimento gratuito a dependentes químicos
Como forma de prevenir, tratar e combater a dependência química, doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Governo do Distrito Federal conta com as ações da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed), ligada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). [Olho texto=”O Acolhe DF nasceu da criação de pequeno comitê para atender os servidores do GDF com algum tipo de dependência química. Depois, passou a ser oferecido gratuitamente para toda a população” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A pasta atua em três eixos, divididos nas diretorias de prevenção, de acolhimento e monitoramento e de reinserção social. Desde o ano passado, a subsecretaria também coordena a política de estado instituída no Decreto nº 42.141, de 28 maio de 2021, o Acolhe DF. Lançado em junho de 2021, o programa já atendeu mais de 10 mil pessoas. O Acolhe DF nasceu da criação de pequeno comitê para atender os servidores do GDF com algum tipo de dependência química. Depois, passou a ser oferecido gratuitamente para toda a população, que pode procurar o apoio pelo número de WhatsApp (98314-0639), e-mail acolhedf@sejus.df.gov.br ou diretamente na sede da Sejus, na antiga Estação Rodoferroviária. “A ideia é acolher mesmo, entender a questão da dependência química, a origem, os gatilhos e a situação familiar, identificando a melhor resposta de encaminhamento”, diz o subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial, Diego Moreno | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília “O olhar humanitário do GDF, sempre com respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos, permite que este programa possa ser estendido até os familiares dos adictos com uma atenção muito especial”, explica a subsecretária de Enfrentamento às Drogas, Gilce Sant’anna Teles. Etapas A primeira etapa do trabalho é a prevenção, que ocorre com apoio de diversos órgãos, com palestras e atividades de prevenção ao uso de drogas. A segunda fase é o acolhimento, por meio da busca ativa em diferentes regiões administrativas e pela procura da população. Nesse momento, o programa Acolhe DF entra em cena, disponibilizando psicólogos, assistentes sociais e pedagogos para atender os adictos em uma escuta qualificada e especializada. [Olho texto=”O GDF tem contrato financiado pelo Fundo Antidrogas do DF (Funpad) com 12 entidades que, mensalmente, disponibilizam 330 vagas para homens e mulheres de 18 a 60 anos. Os acolhidos podem ficar até seis meses – período que pode se estender após avaliações” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A ideia é acolher mesmo, entender a questão da dependência química, a origem, os gatilhos e a situação familiar, identificando a melhor resposta de encaminhamento”, explica o subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial, Diego Moreno. Após essa etapa, os dependentes podem ser encaminhados a grupos de ajuda ou ainda direcionados a acolhimento voluntário em comunidades terapêuticas. O GDF tem contrato financiado pelo Fundo Antidrogas do DF (Funpad) com 12 entidades que, mensalmente, disponibilizam 330 vagas para homens e mulheres de 18 a 60 anos. Os acolhidos podem ficar até 6 meses – período que pode se estender após avaliações. A terceira fase é a reinserção social, com a oferta de capacitações aos dependentes. Em parceria com a Secretaria de Trabalho (Setrab), são destinadas vagas aos adictos em cursos profissionalizantes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Antes, o nosso grande desafio era não ter um olhar das drogas que fosse além da Secretaria de Justiça. Por isso, temos que trabalhar de forma transversal. Não adianta cuidarmos da pessoa em todo esse processo para que lá na frente ela não possa ter uma autonomia econômica”, avalia o secretário de Justiça e Cidadania, Jaime Santana. Para o secretário, as ações da pasta têm tido resultados exitosos. “Esse olhar mais cuidadoso do GDF reflete nos resultados. Boa parte das pessoas atendidas não tiveram recaídas, e isso reverbera no governo, com redução da criminalidade, ingresso dessas pessoas no sistema de saúde e de assistência social, além de novas vagas para que possamos acolher sempre novas pessoas. Como secretaria, temos que sempre criar políticas públicas efetivas e permanentes”, defende.
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