Reajuste nos serviços do SLU entra em vigor em 2026
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) publicou, nesta quinta-feira (27), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) a Resolução nº 60/2025, que atualiza os valores dos preços públicos cobrados pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) na execução de atividades de gerenciamento dos resíduos de grandes geradores, de eventos e da construção civil no Distrito Federal. A normativa altera o Anexo da Resolução nº 14/2016 e passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2026. Os serviços que tiveram os preços reajustados contemplam atividades como coleta de resíduos sólidos orgânicos e indiferenciados, disposição final de resíduos sólidos no Aterro de Brasília, disposição final de resíduos da construção civil , disposição final de resíduos de podas e galhadas e limpeza de vias e logradouros públicos realizada pós-eventos. O reajuste assegura que os preços dos serviços cubram os custos operacionais, respeitando o princípio do poluidor-pagador. A medida reforça a diretriz estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), que prevê a remuneração ao poder público quando o manejo dos resíduos, originalmente de responsabilidade do gerador, é executado pelo Estado. *Com informações da Adasa
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Projeto Rejunte é com Elas já qualificou mais de 100 mulheres e inicia nova turma no Itapoã
Se lugar de mulher é onde ela quiser, o canteiro de obras também pode ser. Essa é a proposta do projeto Rejunte é com Elas, que oferece curso de especialização em serviços de acabamento e tem transformado a presença feminina no mercado da construção civil, tradicionalmente dominado por homens. A ação é realizada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) em parceria com o Senai-DF e o Sinduscon-DF. Criado para atender uma demanda do setor por profissionais com olhar detalhista e cuidadoso em etapas de finalização de obras, o projeto já qualificou mais de 100 mulheres desde a sua criação. Nesta terça-feira (26), uma nova turma iniciou as atividades na Praça dos Direitos do Itapoã, com aulas previstas até o fim de outubro. Vozes que transformam Entre as novas alunas está Virgínia Marta, 55 anos, moradora do Itapoã há mais de duas décadas. Movida pela curiosidade e pelo desejo de aprender algo novo, ela viu no curso uma oportunidade para ampliar horizontes. “Conheci o projeto através de um grupo e achei muito interessante para o crescimento profissional. Esse apoio da secretaria é fundamental para que as mulheres avancem e conquistem mais espaços”, afirmou Virgínia. A expectativa é de que 25 mulheres participem desta nova turma | Fotos: Divulgação/Sejus-DF A atendente Érika Laís, 34 anos, também decidiu embarcar nessa jornada. Ela conta que sempre teve vontade de trabalhar com rejunte, mas nunca encontrou espaço. “Fui convidada para participar durante um almoço no Restaurante Comunitário e aceitei na hora. Sempre tive interesse em atuar nessa área, mas não via oportunidades para mulheres aqui no DF. Agora tenho expectativa de conseguir algo no setor após o curso”, destacou. Formação e impacto A expectativa é de que 25 mulheres participem desta nova turma. Serão 10 encontros, totalizando 40 horas de aulas práticas e teóricas, sempre às segundas-feiras, até o dia 27 de outubro. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, deu as boas-vindas às participantes e destacou a relevância do projeto para a mudança cultural no setor. “A partir do momento em que mulheres estiverem mais presentes nesses ambientes, começamos também a educar as empresas para investir em políticas receptivas que as deixem mais seguras. É assim que abrimos portas e geramos oportunidades”, afirmou. A ação é realizada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF) em parceria com o Senai-DF e o Sinduscon-DF Direito Delas O projeto Rejunte é com Elas integra o programa Direito Delas, desenvolvido pela Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav/Sejus). A iniciativa atua em 11 núcleos espalhados pelo DF (Plano Piloto, Ceilândia, Estrutural, Gama, Guará, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia e São Sebastião), oferecendo apoio jurídico, psicológico e social a mulheres em situação de vulnerabilidade, além de promover políticas públicas que fortaleçam a autonomia feminina. Com ações que vão da capacitação profissional ao acolhimento humanizado, o programa busca garantir direitos, ampliar oportunidades e proteger mulheres contra todas as formas de violência. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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RenovaDF supera marca de mil equipamentos públicos reformados em Ceilândia
Quem anda pelas ruas de Ceilândia certamente já se deparou com grupos de pessoas usando camisetas azuis e trabalhando na manutenção ou no reparo de calçadas, quadras esportivas, parques infantis, pontos de encontros comunitários... São os alunos do RenovaDF, e a facilidade de encontrá-los tem uma razão: o programa superou a marca de mil equipamentos públicos reformados na região administrativa. O RenovaDF superou a marca de mil equipamentos públicos reformados em Ceilândia | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília "É uma satisfação muito grande, para a gente que concebeu esse projeto, dizer que Ceilândia atingiu mil equipamentos. É a nossa maior cidade, onde os equipamentos públicos estavam deteriorados. E a gente entrou lá e, agora, alcançamos essa marca", celebrou o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Ivan Alves. Ceilândia, aliás, foi a primeira cidade a receber a ação do Renova, ainda em 2021, quando o projeto era somente um piloto. De lá para cá, o programa já passou por 31 das 35 regiões do Distrito Federal, com mais de 2,7 mil equipamentos públicos reformados. Mas o restauro desses equipamentos é só uma das faces do RenovaDF. A outra – e talvez mais importante – é dar uma nova perspectiva a quem mais precisa. "Eu estava desempregado, em uma posição muito ruim, dentro de casa. E a oportunidade foi grande. Além de aprender, ainda ganho uma bolsa. Então, isso para mim é gratificante demais. Abriu minha visão, e ter o diploma em mãos alavanca nossas oportunidades", avaliou o aluno Fábio Moreira, 37 anos. [LEIA_TAMBEM]E o programa é só a porta de entrada para outras iniciativas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) que visam facilitar o acesso ao mercado de trabalho. É o que projeta Lucas Souza, 25, que conheceu o Renova por meio das redes sociais da pasta: "Com certeza vai abrir portas para eu estudar, fazer um MEI [Microempreendedor Individual] e entrar no mercado de trabalho com mais experiência, porque essa aqui é uma experiência na prática, não é só sala de aula". O projeto também é um instrumento para quebrar o preconceito. Voltado à construção civil, o Renova tem, hoje, as mulheres como 68% dos inscritos. Débora Ramos, 28, é uma delas. "Até então, o povo me amedrontava, falava que era um serviço para homens… Mas o programa me trouxe várias oportunidades. Uma mulher é julgada de várias formas, mas eu sei que nós somos capazes de tudo. E, por meio do Renova, eu consegui fazer solda, mexer com pintura, mexer com alambrado, mexer com coisas que, para o homem, a mulher é incapaz [de fazer]", apontou ela, que tem usado esse exemplo como referência para as filhas, de 2 e de 4 anos: "Estou mostrando para elas que o governo abriu essa oportunidade para eu aprender mais". Débora Ramos, aluna do programa: "Por meio do Renova, eu consegui fazer solda, mexer com pintura, mexer com alambrado, mexer com coisas que, para o homem, a mulher é incapaz [de fazer]" Política pública No RenovaDF, os selecionados participam de um curso, com direito a certificado, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF) na área de construção civil. As aulas duram três meses. Nesse período, os alunos recebem uma bolsa de um salário mínimo, uniforme e lanche. Os 30% com melhor aproveitamento no curso são convidados a fazer um estágio remunerado em empresas do setor. O programa também conta com uma reserva de vagas para pessoas em situação de rua. Todos os participantes, após a conclusão, têm ajuda da Sedet-DF para serem encaminhados a vagas de emprego ou a outros cursos de qualificação. Fábio Moreira é grato pela chance de participar do Renova: "Eu estava desempregado, em uma posição muito ruim, dentro de casa. E a oportunidade foi grande. Além de aprender, ainda ganho uma bolsa" Atualmente, estão sendo concluídas as aulas do segundo ciclo de 2025, para o qual foram abertas 2,5 mil vagas. O terceiro ciclo encerrou as inscrições em julho e já teve os selecionados divulgados. Há previsão de abertura de mais um ciclo ainda neste ano. "O Renova e todos os programas que a gente tem de qualificação profissional têm propiciado que a gente bata recorde em cima de recorde no número de carteiras de trabalho assinadas. Nós comemoramos recentemente mais de um milhão de carteiras assinadas no DF, e isso é uma grata satisfação pelo trabalho que a gente vem fazendo", destacou Ivan Alves. "A política pública visa a atender o maior número de pessoas possíveis. Então, nós estamos abrindo vagas. [O Renova] virou uma política pública que a gente acredita que vai ser perene, porque tem muita gente para ser atendida. Muita gente olha o equipamento público recuperado, mas a intenção principal não é essa. É dar qualificação profissional e dar resgate de dignidade para essas pessoas em situação de vulnerabilidade", arrematou o secretário adjunto.
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Em evento da construção civil, Ibaneis Rocha anuncia que GDF estuda criar tabela própria de preços de obras
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, participou, na noite desta quinta-feira (26), da nova edição da Quinta do Presidente. Iniciativa da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco) – que representa as empresas da construção civil no DF –, o evento reúne líderes, empresários e profissionais para debater tendências e definir metas relacionadas ao segmento. Durante o encontro, o foco foi a intenção de criar uma tabela conjunta, visando à segurança jurídica | Foto: Joel Rodrigues/Agência A principal demanda trazida pelo setor durante o encontro foi a criação de um sistema próprio do Distrito Federal para ser usado de referência para pesquisa de custos e índices de obras. “Estamos conversando sobre uma tabela de preço para que as empresas possam ter mais segurança jurídica”, afirmou o presidente da Asbraco, Afonso Assad. Atualmente, a construção civil utiliza as tabelas do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) e do Sicro (Sistema de Custos Referenciais de Obras). Para o segmento, elas causam distorções por levarem em consideração uma análise nacional e não regional. O pedido foi acatado por Ibaneis Rocha, que anunciou que o GDF já estuda e trabalha para a criação da tabela regional. O tema tem sido dirigido pelo secretário de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro. “Hoje tive a oportunidade de conversar com o Valter durante a viagem que nós fizemos ao Espírito Santo para conhecer uma montadora de ônibus que vai entregar para Brasília 444 coletivos até o ano que vem e ele me explicou essa tabela, que tem sido muito bem-aceita, porque as licitações eram feitas com preços de outros estados que não refletiam a realidade local”, relatou o governador. “É uma ideia maravilhosa. Eu o incentivei a organizar junto com o setor produtivo, porque nós queremos o crescimento da cidade”. Ibaneis Rocha destacou que, nos últimos anos, o governo tem atuado ao lado do setor produtivo para desenvolver a cidade: “Não tenho medo do setor produtivo, eu trabalho junto com o setor produtivo, porque são pessoas de bem que pegam o seu patrimônio e colocam à disposição do investimento, e querem o desenvolvimento da cidade. Não podemos esquecer esses sete anos de progresso no Distrito Federal”. O chefe do Executivo ainda emendou um apelo ao setor de apoio ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot). “Se essa lei não for aprovada, vamos continuar a ter invasões, não teremos parcelamentos regulares e não vamos ter condições de ter uma expansão imobiliária coordenada no Distrito Federal”, advertiu. Valter Casimiro explicou que a ideia da nova tabela é utilizar a mesma metodologia de composição dos sistemas Sipro e Sinap, mas com pesquisas de preço do Distrito Federal.“Começamos a conversar com o pessoal do Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] da FGV [Fundação Getúlio Vargas] para trazer essa experiência para Brasília”, afirmou. “Queremos usar as mesmas composições com relação à produtividade das máquinas e das equipes, mas com uma tabela referencial que tenha a composição com pesquisas de preço de Brasília”, projetou. A tabela será implementada a partir de um projeto de lei a ser encaminhado para a Câmara Legislativa do DF. “Queremos ter um comitê que possa sugerir alterações ou mudanças nas composições”, concluiu o gestor. Durante o evento, o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, acenou suporte ao projeto para atuar como a Caixa Econômica Federal nos sistemas nacionais: “Queremos deixar a instituição à disposição para fazer a manutenção dessa tabela de preços”. Costa enfatizou que o BRB é o quinto maior banco e o segundo maior banco público em financiamento imobiliário do Brasil. Quinta do Presidente O projeto Quinta do Presidente surgiu em maio de 2023 para fortalecer a interlocução entre o setor produtivo e o poder público. O governador Ibaneis Rocha esteve presente na quarta edição, quando destacou o papel da construção civil para o desenvolvimento da capital federal. Fundada em 1982, a Associação Brasiliense de Construtores é uma entidade civil de classe sem fins lucrativos que defende os interesses das empresas associadas e promove o crescimento do setor da construção civil, perante os setores públicos e privados.
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