Vacina dTpa na gravidez é essencial para proteger mães e bebês
Manter o cartão de vacinas atualizado é fundamental para prevenir doenças, evitar internações e até óbitos. Durante a gestação, a imunização ganha ainda mais importância: o anticorpo da mãe é transferido para o bebê, oferecendo proteção temporária até que a criança possa ser vacinada. Coqueluche é uma doença altamente contagiosa que compromete o sistema respiratório, podendo levar à morte principalmente crianças menores de 6 meses; a vacina dTpa previne a doença | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) divulgou boletim com alerta epidemiológico sobre o aumento de casos de coqueluche nas Américas. O número subiu de 4.139 em 2023 para 43.751 em 2024. Nos primeiros sete meses deste ano, nove países relataram mais de 18,5 mil ocorrências e 128 mortes. Segundo a Opas, o ressurgimento está relacionado ao declínio das taxas de imunização. A coqueluche pode ser prevenida com três doses da vacina DPT em crianças menores de 1 ano, além dos reforços durante a infância e a adolescência. Ainda de acordo com a entidade, o uso generalizado e inadequado de antibióticos como a azitromicina, durante a pandemia de covid-19, pode ter favorecido o surgimento de cepas resistentes. Dados brasileiros No DF, foram aplicadas 41,8 mil doses da vacina dTpa adulto em 2024. Em 2025, até 11 de setembro, já haviam sido registradas 30,9 mil aplicações. Em relação à cobertura vacinal em gestantes, os índices alcançaram 95,8% em 2024 e, neste ano, chegam a 98,91%. No Brasil, o número de registros é o segundo maior desde 2019, ficando atrás apenas de 2024. Entre as unidades da Federação, Mato Grosso do Sul concentra o maior total: 318 casos, incluindo um óbito. Em seguida aparecem São Paulo, com 274 e uma morte; e Rio Grande do Sul, com 234 e também um óbito. O Distrito Federal contabilizou, em 2024, 256 confirmações, conforme Informativo Epidemiológico. Até maio, o país já somava cinco óbitos causados pela doença. 41,8 mil Doses de dTpa adulto aplicadas em 2024 "A vacina tríplice bacteriana acelular [dTpa] é indicada a partir da 20ª semana de gestação e protege contra coqueluche, difteria e tétano. Caso a gestante não tenha recebido a dose durante a gravidez, ela pode ser aplicada até 45 dias após o parto", explica Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A doença, também conhecida como "tosse comprida", é uma infecção respiratória provocada pela bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato com a pessoa infectada, por meio de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou falar. [LEIA_TAMBEM]Segundo Tereza Pereira, a dTpa é especialmente importante para o bebê nos primeiros dois meses de vida, período em que ainda não pode receber a vacina contra coqueluche. “A dose protege o bebê, que recebe anticorpos maternos, garantindo imunidade enquanto aguarda a vacinação programada aos dois meses de idade”, afirma. Vacinação para toda a família Além da gestante, profissionais de saúde e pessoas que convivem com o bebê — como pai, avós e cuidadores — também devem estar imunizados, evitando a transmissão da coqueluche aos recém-nascidos. “Todos os funcionários da SES-DF que atuam em atendimentos de obstetrícia, pediatria, UTI neonatal, berçários e creches são vacinados, garantindo que os bebês estejam protegidos”, acrescenta a gerente. Arte: Agência Saúde-DF Doença grave e transmissível A coqueluche é altamente contagiosa e compromete o sistema respiratório, podendo levar à morte, sobretudo em crianças menores de seis meses. Os primeiros sintomas se assemelham a um resfriado — febre baixa, mal-estar, coriza e tosse seca —, mas podem evoluir para crises de tosse intensa, vômitos e dificuldade respiratória. “Este ano observamos aumento expressivo de casos de coqueluche, reforçando a necessidade de conscientização sobre a vacinação durante a gestação”, conclui Tereza. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Nova metodologia aprimora o diagnóstico de coqueluche no Distrito Federal
Dados do último boletim epidemiológico sobre a coqueluche no Distrito Federal indicam um aumento significativo no número de registros da doença. Em 2024, foram notificados 575 casos suspeitos, dos quais 256 foram confirmados — 161 pelo critério laboratorial, 59 por critério clínico e 36 por critério clínico-epidemiológico. No ano anterior, apenas 34 casos suspeitos foram registrados, com cinco confirmações — duas pelo critério laboratorial e três pelo clínico. No entanto, os números dos dois anos não são diretamente comparáveis, pois, em abril de 2024, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) implementou uma nova metodologia para diagnosticar a doença. Desde abril de 2024, o Lacen-DF usa nova metodologia para detectar a bactéria Bordetella pertussis, causadora da coqueluche | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF “Boa parte do aumento se deve à introdução do RT-PCR [reação em cadeia da polimerase em tempo real], um método mais sensível para a detecção da coqueluche”, explica Renata Brandão, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha) da Secretaria de Saúde (SES-DF). A coqueluche é uma infecção respiratória altamente transmissível causada pela bactéria Bordetella pertussis. Até 2023, o único método diagnóstico laboratorial utilizado no Lacen-DF era o isolamento da bactéria por cultura, a partir de material colhido da nasofaringe do paciente. O maior risco da doença ocorre em recém-nascidos não vacinados; por isso, é essencial completar o esquema vacinal com a pentavalente “Fatores como uso prévio de antibióticos, tempo de duração dos sintomas, idade, estado vacinal e a presença de outros patógenos na nasofaringe podem interferir no crescimento bacteriano. Já o RT-PCR permite diagnóstico até o terceiro dia de uso de antibióticos e até a terceira semana após o início dos sintomas”, destaca Brandão. O Distrito Federal é a quarta unidade da federação — depois de São Paulo, Paraná e Minas Gerais — a realizar o RT-PCR para detecção da coqueluche na rede pública. Desde 2024, o Lacen-DF também passou a realizar a testagem completa para o gênero Bordetella, abrangendo as espécies pertussis, parapertussis e holmesii. Capacitação contra resistência bacteriana Em 2023, profissionais do Lacen-DF participaram do Projeto Pertussis: Monitoramento de Resistência aos Macrolídeos, uma parceria entre a Sociedade Americana de Microbiologia e o Instituto Adolfo Lutz (IAL). O objetivo do programa é aprimorar o diagnóstico da coqueluche e identificar os fatores de risco para o surgimento e a disseminação da resistência microbiana aos medicamentos. Os servidores do Lacen-DF participaram de três treinamentos, sendo dois no Brasil e um no México, aprimorando conhecimentos em procedimentos e tecnologias específicas para o tratamento da bactéria. “A participação do Lacen-DF neste projeto é fundamental não apenas para investigar possíveis falhas no tratamento, mas também para direcionar estratégias de prevenção, controle e monitoramento epidemiológico”, afirma Grasiela Araújo, diretora do laboratório. Sintomas da coqueluche A doença evolui em três etapas: → Fase catarral: sintomas leves, semelhantes aos de uma gripe, com coriza, febre, mal-estar e tosse seca. → Fase paroxística: tosse intensa e prolongada, com acessos finalizados por uma inspiração forçada e ruidosa — o chamado guincho inspiratório. Esses episódios podem ser seguidos de vômitos, dificuldade para respirar e coloração arroxeada nas extremidades. → Fase de convalescença: os acessos de tosse diminuem gradativamente, dando lugar a uma tosse comum. O quadro é mais grave em bebês com menos de 6 meses, que ainda não completaram o esquema vacinal e apresentam maior risco de complicações, como infecções de ouvido, pneumonia, insuficiência respiratória, convulsões, lesões cerebrais e até morte. Arte: Agência Saúde-DF Vacinas e prevenção A vacinação é a principal estratégia de prevenção da coqueluche. O maior risco da doença ocorre em recém-nascidos não vacinados; por isso, é essencial completar o esquema vacinal com a pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B), aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de dois reforços com a DTP (difteria, tétano e coqueluche), aos 15 meses e aos 4 anos. Além disso, a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) deve ser aplicada a cada gestação, a partir da 20ª semana, garantindo a proteção do bebê por meio da transferência de anticorpos da mãe para o feto. A vacinação é a principal medida de prevenção para a coqueluche, independentemente do período de sazonalidade | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF “Nos primeiros meses de vida, o sistema imunológico do bebê ainda está em formação. Por isso, além da vacinação da gestante, é fundamental seguir o calendário infantil corretamente”, reforça Brandão. A gerente da Gevitha também destaca que parteiras, estagiários e profissionais de saúde — especialmente os que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal — devem receber a vacina dTpa, conforme orientação do Ministério da Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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DF terá 14 locais de vacinação neste feriado de 7 de setembro
A Secretaria de Saúde (SES-DF) disponibiliza 14 locais de atendimento à população neste sábado (7), dia do feriado da Independência do Brasil. A lista completa com endereços, horários e vacinas disponíveis pode ser acessada no site da pasta. Em todos os locais de atendimento haverá disponibilidade de doses contra a gripe para bebês a partir de seis meses, crianças, adolescentes, adultos e idosos. | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Um dos destaques do feriado será a disponibilidade de vacinas no evento “GDF Mais Perto do Cidadão”, que ocorre no Centro Cultural de Samambaia Sul, das 9h às 12h. Sol Nascente, Taguatinga, Estrutural, Guará, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I e II, Gama e o Núcleo Rural Cariru também terão pontos de imunização. Em todos os locais de atendimento haverá disponibilidade de doses contra a gripe para bebês a partir de seis meses, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Já os imunizantes para doenças como coqueluche, tétano, febre amarela e sarampo serão aplicados conforme o calendário vacinal. As doses contra a covid-19 estarão disponíveis para quem fizer parte dos grupos prioritários. Por fim, em 11 locais crianças e adolescentes de 10 a 14 anos poderão tomar a primeira ou a segunda dose da vacina em combate à dengue. Em todos os casos, a orientação é levar um documento com foto e, se possível, a caderneta de imunização ou registros da situação vacinal. As equipes estão preparadas para atualizar os esquemas conforme a necessidade. No domingo (8) não haverá imunização. Na segunda-feira (9), as mais de cem salas de vacina do DF reabrem para atendimento. Vacinação antirrábica Neste sábado (7), cães e gatos com pelo menos três meses poderão ser vacinados contra a raiva. Haverá atendimento no “GDF Mais Perto do Cidadão”, das 9h às 12h, no Centro Cultural de Samambaia Sul, e no Lago Oeste, das 9h às 16h. No domingo (8), a imunização dos animais ocorre no Serviço Social do Comércio (Sesc) de Taguatinga Sul, das 9h às 14h. Saiba mais no site da SES-DF. *Com informações da SES-DF
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Confira as vacinas disponíveis neste sábado (24)
A vacina contra gripe (influenza) estará disponível neste sábado (24) para bebês a partir de seis meses de idade, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Nos 42 locais de atendimento, também haverá aplicação de vacinas contra doenças como covid-19, dengue, coqueluche, tétano, sarampo e febre amarela, dentre outas. No site da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) está a lista completa com os endereços, os horários e as vacinas disponíveis em cada local. Haverá vacinação em Planaltina, Itapoã, Gama, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Samambaia, Ceilândia, Brazlândia, Sol Nascente, Taguatinga, Vicente Pires, Núcleo Bandeirante, Estrutural, Guará, Candangolândia, Cruzeiro e Plano Piloto. Neste sábado, os horários de atendimento variam: há unidades básicas de saúde (UBSs) com atendimento até as 17h enquanto em outras é possível se vacinar até as 12h. É importante conferir o horário de sua UBS no link. Para todos os locais, a orientação é levar o documento de identidade com o CPF e, se possível, a caderneta de vacinação. Os profissionais da SES-DF irão analisar o histórico e fazer a atualização dos esquemas vacinais, conforme a faixa etária. Se necessário, mais de uma dose poderá ser aplicada na mesma ocasião. Não haverá vacinação no domingo (25). Na segunda (26), mais de cem salas de vacina reabrem para atendimento à população. Vacinação antirrábica No sábado, também haverá aplicação de vacina antirrábica para cães e gatos no Guará, no Recanto das Emas e em Vicente Pires. A lista com os endereços e os horários de atendimento está disponível no site da SES-DF. *Com informações da SES-DF
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