Evento leva palestras e oficinas ao Centro de Educação de Jovens e Adultos
O Centro de Educação de Jovens e Adultos (Cesas) da Asa Sul promoveu de quarta (21) a sexta (23) a Semana da Educação para a Vida. A programação contou com palestras, oficinas, exibição de filmes e outras atividades. Participaram estudantes, servidores da coordenação regional de ensino do Plano Piloto, além de jornalistas e profissionais da saúde. Com o tema Fato ou Fake, a escola convidou profissionais da saúde para falar sobre vacinação e desinformação. Os estudantes participaram de oficinas sobre elaboração de currículo e entrevista de emprego, cyberbullying, gamificação do saber, grafite e busca por vagas de emprego no LinkedIn. O Cesas promoveu a Semana da Educação para a Vida com o tema Fato ou Fake | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF O evento contou com a apresentação de uma pesquisa sobre evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos (EJA), exibição do curta-metragem Vida de Maria, além de oficinas gastronômicas com preparo de sorvete, sorbet, drinques, caviar molecular e pipoca, feitos com o auxílio de nitrogênio líquido. “Para a EJA, é muito importante abordar temáticas que impactam a vida dos estudantes em algum aspecto. Neste semestre, escolhemos o tema Fato ou Fake, promovendo palestras sobre educação financeira e cyberbullying”, destaca a vice-diretora do Cesas, Rita Roriz. “Todos eles são adultos, já estão inseridos no mercado de trabalho e, hoje em dia, com a internet, é mais fácil gastar pois existe o atrativo do consumo. Então, falar sobre educação financeira é essencial, até para que eles possam organizar o orçamento.” Educação financeira Educação financeira na prática foi o tema da palestra do analista de políticas públicas e gestão educacional da SEEDF, Heleno Albuquerque [LEIA_TAMBEM]O destaque da quinta-feira (22) foi a palestra Educação Financeira, ministrada pelos estudantes de Direito Heleno Albuquerque e Val Venâncio. Heleno é analista de políticas públicas e gestão educacional da Secretaria de Educação (SEEDF) e Val é funcionária pública do Banco do Brasil. “A ênfase de hoje é sempre a questão do consumo consciente, que você pelo menos tente gastar menos do que ganha. O importante também é tomar boas decisões, fazer pesquisa. Parte da educação financeira passa por isso também: tomar as melhores decisões para o seu bolso. Isso vai refletir no seu futuro”, disse Heleno Albuquerque. A palestra abordou formas de conhecer e defender os próprios direitos como consumidor de serviços financeiros, como fazer reclamações por meio do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), e os canais disponíveis para contato com o banco (agências físicas, atendimento presencial, telefones, aplicativos, chats, redes sociais e e-mails). Também foram discutidos golpes virtuais e como evitá-los. A família da estudante do terceiro segmento da EJA Gabrielle Oliveira tem uma empresa: “Acho muito importante saber lidar com administração de finanças” Gabrielle Oliveira, de 20 anos, estudante do terceiro segmento da EJA, afirmou que adorou aprender mais sobre educação financeira na prática: “Minha família tem uma empresa, então acho muito importante saber lidar com administração de finanças. É algo que me faz falta”. *Com informações da Secretaria de Educação
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Escola Classe 06 de Ceilândia homenageia aluna de 8 anos vítima de desafio na internet
Com balões brancos e mensagens de carinho, a Escola Classe (EC) 06 de Ceilândia viveu, nesta quinta-feira (17), um momento de emoção e reflexão. Estudantes, professores, familiares e amigos participaram de uma caminhada silenciosa em homenagem à aluna Sarah Raíssa, de 8 anos, que faleceu no último domingo após participar de um desafio perigoso propagado nas redes sociais. Passeata em Ceilândia reuniu estudantes, familiares e professores da Escola Classe 06 para lembrar a pequena Sarah Raíssa e reforçar a importância da conscientização digital entre crianças e adolescentes | Foto: Ícaro Henrique/SEEDF Emocionado, Cássio Maurílio, pai de Sarah Raíssa, descreveu a filha como uma criança carismática, afetuosa e cheia de vida. “Ela era uma menina com grande potencial, carinhosa, de opinião própria. Onde chegava, levava alegria. Não deixava ninguém ficar triste”, relembrou. A comunidade escolar prestou tributo à aluna e aproveitou o momento para fazer um alerta necessário: é preciso conversar sobre os riscos da internet, especialmente com crianças e adolescentes. “Temos trabalhado temas como segurança digital e uso responsável da internet em sala de aula. Mas, a partir de agora, essas ações serão intensificadas. Vamos promover rodas de conversa, palestras e atividades permanentes de sensibilização sobre cyberbullying, desafios perigosos e exposição online. É uma forma de proteger nossos alunos e valorizar a vida”, contou a diretora da escola, Maria de Fátima Bezerra. Para o pai da estudante, o assunto é fundamental, e é importante que famílias e escolas se unam na orientação sobre o uso da internet pelas crianças. “A gente precisa conversar mais com nossos filhos, estar presente. Mostrar pra eles o que é saudável, o que é perigoso. Se a criança quer ver algo, veja junto. Não proíba, oriente. Seja você o filtro da sua criança. Participe das brincadeiras, crie desafios do bem. Porque, muitas vezes, por curiosidade, elas se envolvem com coisas que não entendem – e isso pode ser fatal”, alertou. A comunidade escolar prestou tributo à aluna e aproveitou o momento para conversar sobre os riscos da internet Trabalho de prevenção Mesmo antes do triste ocorrido envolvendo Sarah Raíssa, a escola já havia iniciado um projeto pedagógico voltado para a valorização da leitura e o uso consciente da tecnologia. A ação foi retomada com ainda mais propósito após o incidente, tendo como ponto de partida o livro A fuga das palavras, da autora Silvana Brito. “Esse livro conta a história de um menino muito ligado às redes sociais e que vai perdendo o convívio social e o contato com as palavras. Ele percebe que precisa reconquistá-las, e isso acontece por meio da leitura. Escolhemos essa história para abrir o projeto porque ela fala diretamente com a realidade das nossas crianças”, explicou a diretora Maria de Fátima. O projeto é integrado ao trabalho já realizado ao longo do ano na sala de leitura da escola, com visitas semanais à biblioteca e rodas de conversa sobre os livros lidos. “A criança que quiser falar sobre a história tem espaço. Essa escuta é muito importante. Queremos que elas compreendam que o livro traz muitas coisas boas para a vida”, destacou a coordenadora pedagógica, Lidiane Martins. Sobre o uso da tecnologia, a educadora enfatiza que o trabalho precisa ser guiado por orientação. “A gente tem um laboratório de informática onde trabalhamos com jogos educativos planejados, sempre alinhados ao conteúdo de cada turma. O celular não é permitido em sala, mas os professores orientam os alunos sobre como fazer uma boa pesquisa e como utilizar a internet de forma segura e consciente”, afirmou. Cássio Maurílio, pai de Sarah Raíssa, ressaltou a importância de orientar as crianças sobre o uso da internet: “A gente precisa conversar mais com nossos filhos, estar presente. Mostrar pra eles o que é saudável, o que é perigoso” Suporte pedagógico A Secretaria de Educação desenvolve, nas escolas da rede pública do DF, ações de promoção da saúde emocional e prevenção de comportamentos de risco, com rodas de conversa, palestras e oficinas educativas conduzidas por profissionais da Secretaria, com o apoio dos Orientadores Educacionais (OEs) e das Equipes Especializadas de Apoio à Aprendizagem (EEAAs). Em 2024, cerca de dez mil profissionais da educação participaram de formações voltadas à cultura de paz e à comunicação não violenta. Desses, cinco mil educadores passaram por capacitações específicas sobre bullying, cyberbullying e segurança digital, em parceria com a Delegacia de Crimes Cibernéticos, a Secretaria de Segurança Pública e o Batalhão Escolar. A SEEDF orienta sobre a proteção de crianças e adolescentes e reforça a importância da atuação conjunta entre escola, família e sociedade para garantir uma experiência digital mais segura. Recomenda, sempre que possível, evitar o uso de celulares por crianças pequenas, priorizando o convívio, as brincadeiras e o aprendizado. Quando o uso for necessário, é fundamental que os responsáveis acompanhem de perto o conteúdo acessado. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Escola Classe 01 do Guará trabalha o combate ao bullying de forma lúdica
No mês em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas, a Escola Classe 01 do Guará dá exemplo ao promover diversas atividades lúdicas de conscientização para estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. As crianças têm aprendido na prática a importância da empatia, do respeito e da convivência com as distintas características individuais. A professora Tiffany Carvalho, da Escola Classe 01 do Guará, criou diversas atividades lúdicas para incentivar o combate ao bullying entre alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF A professora do 3º ano C, Tiffany Carvalho, desenvolveu ações inclusivas para tratar sobre diferentes formas de bullying. O projeto chamado Paz nas Escolas integra várias dinâmicas – uma delas é a Trilha do Bullying, na qual os estudantes assimilam, por meio de um jogo de tabuleiro, formas de gerar gentileza, explicam sobre o bullying psicológico, social, cyberbullying e aprendem como pedir desculpas. Ao final do jogo, o vencedor é chamado de Agente da Paz ou Combatente do Bullying. A professora destaca como trabalha nas dinâmicas: “Apesar de serem tão pequenos, eles aprendem rápido. Eu trabalho de forma a colocar que tudo tem consequência na vida, então, se você faz algo, terá consequência positiva ou negativa. Tento trazer para eles a importância de fazer o bem; independentemente do que aconteça, se colocar no lugar do outro, buscar entender suas emoções e a dos outros”. As ações de prevenção à violência têm rendido mudanças de comportamento entre os alunos, que estão mais solidários e empáticos Tiffany também menciona os resultados que esses projetos têm gerado: “Já tivemos crianças que tinham medo de se apresentar por conta de os colegas rirem. Com o tempo, eles começaram a incentivar: ‘você vai, porque se eu consegui, você também consegue’. Os familiares também conversam conosco dizendo que a criança está com um comportamento melhor em casa”. Ainda dentro do projeto Paz nas Escolas, há o Caderno de Elogios, que trabalha os elogios para além da aparência, e a Caixinha dos Monstros, em que os alunos identificam os seus sentimentos e falam sobre eles. Cada monstrinho indica uma emoção, de forma que eles reconheçam tanto as suas emoções quanto as do colega. Além disso, como parte do projeto, os alunos confeccionam cartazes e cordões contra o bullying para espalhar em várias partes da escola. Resultados A diretora da EC 01 do Guará, Silvana Akasaki, salienta a importância desse trabalho, integrado ao projeto político-pedagógico (PPP): “Na escola, nós trabalhamos com estudantes entre 6 e 10 anos, e percebemos que depois da pandemia, eles voltaram mais nervosos. Então desenvolvemos um projeto de prevenção à violência, que está no nosso PPP, não só em relação ao bullying, mas a qualquer tipo de violência. As ações têm dado resultado; as crianças estão mais empáticas umas com as outras”. Estudante do 3º ano, Laura Gonçalves, 8, demonstrou animação ao jogar a Trilha do Bullying e contou o que ela entende sobre o tema: “O jogo é legal, ensina muito. Bullying pode ser quando você fala mal da pessoa muitas vezes, pelas costas ou pela frente; é muito feio isso”. A menina ainda destacou como combater a prática: “Devemos conversar com a pessoa e mostrar que isso não é legal”. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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CEM 01 do Guará participa do VI Encontro Nacional das Equipes de Ajuda do Brasil em SP
Estudantes do Centro de Ensino Médio (CEM) 01 do Guará retornaram nessa quinta-feira (26) de Campinas (SP) após participarem do VI Encontro Nacional das Equipes de Ajuda do Brasil para apresentarem o projeto de combate ao bullying, cyberbullying e violência nas escolas “Vem Comigo”. O CEM 01 do Guará foi a única escola pública a participar do congresso nacional realizado nos dias 25 e 26 de setembro, na Unicamp, com o tema “Gente que cuida de gente: valorizando toda a forma de ser”. A participação do CEM 01 do Guará, mais conhecido como antigo GG (Ginásio do Guará), no encontro aconteceu com o apoio da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que custeou o transporte dos estudantes até Campinas. O grupo de 16 alunos do CEM 01 do Guará foi recebido no Aeroporto Internacional de Brasília pela secretária de Educação do DF | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Todas as escolas que participaram do encontro possuíam as chamadas “equipes de ajuda”. Esses grupos são equipes de apoio que reúnem jovens atuantes de forma voluntária nas escolas com ações que visam favorecer a convivência positiva entre as pessoas no ambiente escolar. Na unidade escolar do Guará, a equipe é composta por 74 alunos, cujo lema é “acolher, escutar e ajudar”. Desse número, foram selecionados 16 para representar o grupo no congresso. Para recebê-los de volta à capital, a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, foi ao Aeroporto Internacional de Brasília acompanhar o desembarque. No local, os alunos entregaram uma carta de agradecimento e reconhecimento à secretária, que se emocionou ao ler. Ela destacou a importância desses jovens participarem de congressos fora de Brasília. “A oportunidade que os jovens têm de sair do Distrito Federal e participar desses encontros gera amadurecimento, crescimento e integração com outras culturas”, disse Hélvia, que ainda ressaltou a relevância do trabalho de grupos como esse. “A gente precisa cuidar um do outro, essa afetividade, esse acolhimento é muito importante”. Camisa da equipe de ajuda do CEM 01 do Guará conta com a frase: “Você não está sozinho” Troca de experiências A coordenadora pedagógica da escola e também integrante da “equipe de ajuda” do CEM 01 do Guará, Márcia Delgado, explicou sobre a origem desse programa. “O CEM 01 foi a primeira escola pública do DF a trabalhar e entrar nesse Sistema de Apoio entre Iguais (SAI), um programa internacional, que começou com um pesquisador lá na Espanha”, contou. Ela celebrou a oportunidade de troca de experiências. “Este momento foi muito importante para que ocorresse essa troca de saberes. Foi uma experiência inesquecível, com certeza, um momento de crescimento e evolução como ser humano para os estudantes. E é isso que nós queremos, uma educação humanizada”. Os estudantes que participaram do congresso relataram boas experiências nas oficinas, que se dividiram entre os temas de racismo, cyberbullying, respeito à diversidade, entre outros. A aluna do CEM 01 do Guará e também integrante da equipe de ajuda Luisa de Souza falou sobre a importância da formação de grupos como esse nas escolas. “Nós somos os olhos da equipe de ajuda, porque o professor nunca vai saber 100% o que acontece na escola, mas a gente consegue ver o que acontece de verdade, consegue interferir em casos de bullying, por exemplo, já que quando acontecem geralmente o aluno conta para um amigo, não para o professor”, explicou. A estudante Luisa de Souza e a coordenadora do projeto Márcia Delgado são integrantes da equipe de ajuda do CEM 01 do Guará A chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz, Ana Beatriz Goldstein, que também fez questão de receber os estudantes no aeroporto, concorda com o pensamento da aluna. “Quando os jovens têm algum problema, eles querem conversar com os pais ou com um amigo? Com certeza com um amigo. Então quando a escola tem um projeto desse, é maravilhoso, porque os meninos fazem a escuta ativa e encaminham o caso para o orientador, diretor ou psicólogo da escola”. Sobre o projeto O projeto “Vem Comigo” está no CEM 01 do Guará desde 2019. A proposta surgiu com o intuito de enfrentar e combater problemas de convivência como agressões, casos de depressão e automutilação. No início, o projeto tinha oito professores, que se reuniam uma vez ao mês para estudo e planejamento de ações com os alunos. Eles realizavam sessões de conversa sobre bullying e assembleias escolares. Já em 2023 surgiram as “equipes de ajuda” na escola, formada por estudantes e professores. Essas equipes colocaram em prática as atividades propostas, que começaram a mudar o clima e a convivência da escola, como: escuta ativa, acolhimento, murais interativos, caixinhas de S.O.S, nas quais os alunos colocam suas questões anonimamente, campanhas de conscientização e sensibilização para o combate ao bullying, cyberbullying e preconceitos às diversidades. As equipes de ajuda trabalham tanto de forma individual, ao acolher e auxiliar estudantes que se sintam sozinhos ou excluídos, formando uma rede de apoio, mas também de forma coletiva, com atividades de interação para alunos com dificuldade de socialização. Ações como essa estão em consonância com a Lei 13.185/2015 e a Lei 14.811/2024, que tratam do combate à violência nas escolas e propõe às mesmas organizarem em seus espaços, programas que permitam a cultura de paz e a prevenção de problemas de convivência entre os alunos. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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