Dia do Servidor: mulheres representam 66% da força de trabalho do GDF
O Governo do Distrito Federal tem hoje 76.207 servidores efetivos, todos aprovados por concurso público. Desse total, 23.545 fazem parte da carreira de magistério público e 52.662 atuam nas demais áreas do funcionalismo. As mulheres são maioria: elas somam 50.095 servidoras, o que representa 66% do total, enquanto os homens são 26.112, cerca de 34%. Os dados são da Secretaria de Economia (Seec-DF), órgão central de gestão de pessoas no governo distrital. O secretário-executivo de Gestão Administrativa da Seec-DF, Ângelo Roncalli, acredita que a predominância feminina no serviço público traz impactos positivos para a qualidade das políticas públicas. "Estudos e experiências administrativas mostram que equipes com maior diversidade de gênero tendem a apresentar mais sensibilidade social, empatia e compromisso com a equidade, valores que se alinham diretamente à missão do serviço público: promover o bem comum e garantir direitos", explica. Por trás dos números, estão histórias que ajudam a entender a importância do serviço público. Uma delas é a de Maria Francisca Lira Aragão, da Secretaria de Economia (Seec-DF), que aos 70 anos segue em atividade depois de 47 anos dedicados ao governo. Ela começou a carreira no antigo Departamento de Turismo, atual Secretaria de Turismo (Setur-DF), e, desde então, acompanhou diferentes fases da administração, vendo de perto como o trabalho dos servidores transforma o dia a dia da cidade. Maria Francisca Lira Aragão, da Secretaria de Economia, tem 70 anos e segue em atividade depois de 47 anos dedicados ao governo | Foto: Divulgação/Seec-DF “Eu comecei no GDF em 1978, nos anexos do Brasília Palace Hotel, como camareira. Depois de três meses, o chefe do setor notou que eu tinha perfil para atendimento e me transferiu para a recepção. Passados mais três meses, ele me levou para o Centro de Convenções”, lembra Maria Francisca. Desde que trocou o interior do Maranhão pela capital federal, Maria Francisca construiu uma trajetória de sucesso no GDF, marcada por bons encontros e oportunidades que surgiram ao longo do caminho. Ainda no Centro de Convenções, um chefe percebeu que ela estudava nas horas vagas para os cursos de magistério e biblioteconomia e pediu que o avisasse quando concluísse a formação. “Depois que me formei, passei a trabalhar na captação de congressos, ainda no Detur. Em seguida, fui transferida para a recepção de turistas no Panteão da Pátria. Em 1990, fui para a antiga Secretaria de Fazenda, hoje Secretaria de Economia”, conta Maria Francisca. Mesmo já tendo direito à aposentadoria pelo tempo de serviço, Francisca diz que ainda não é hora de parar, porque ama atender o público. Atualmente, ela trabalha no atendimento da Agência da Receita do DF, na Asa Norte. “Talvez eu espere a aposentadoria compulsória, porque amo o que faço e vejo aqui como a minha casa. Nós, servidores, temos que ter consciência de que estamos aqui para atender bem o público”, finaliza. Novos servidores As mulheres também foram maioria nos últimos concursos. Dos 11.731 servidores efetivos nomeados nos últimos quatro anos, 7.908 são mulheres e 3.823 são homens. Desse total, 3.758 (32%) integram a carreira de magistério público, enquanto 7.973 (68%) ocupam cargos nas demais carreiras que compõem o quadro de pessoal do Distrito Federal. A professora Daniele Amorim faz parte desse recorte. Depois de sete anos como temporária, ela assumiu em 2024 o cargo efetivo de orientadora educacional e se orgulha de ser servidora pública. “É significativo pensar que hoje as mulheres são maioria; isso mostra nossa luta, resistência e força”, comenta. Para Daniele, o serviço público dá mais segurança e garantia de direitos, algo que, na opinião dela, nem sempre ocorre em outros espaços. “Ainda assim, vejo uma longa caminhada pela frente, principalmente na valorização da carreira do magistério, que sendo uma das mais importantes ainda precisa lutar por reconhecimento”. *Com informações da Secretaria de Economia do Distrito Federal (Seec-DF)
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GDF intensifica uso de dados para orientar políticas de segurança pública
Dados orientam decisões — e, no Distrito Federal, essa lógica tem guiado medidas adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) na área de segurança pública. A mais recente, que restringe o funcionamento de distribuidoras de bebidas entre meia-noite e 6h, é um exemplo claro de como o uso inteligente das informações pode gerar ações efetivas no combate à criminalidade. A decisão, implementada por meio de uma portaria conjunta da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e da Secretaria de Governo, foi baseada em evidências que associam ocorrências de homicídios à movimentação nesses estabelecimentos durante a madrugada. "Embora os resultados ainda estejam em análise, os primeiros indicadores são bastante positivos, com redução perceptível da criminalidade nesses locais. Apesar de o foco principal ser a diminuição dos crimes contra a vida, também temos registrado queda em outros indicadores de segurança pública”, destaca o titular da SSP-DF, Sandro Avelar. Há uma década, o Distrito Federal conta com uma unidade especializada na análise de dados de segurança pública: a Subsecretaria de Gestão da Informação (SGI), da SSP-DF | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo o secretário, as estratégias da pasta – baseadas em evidências e diagnósticos técnicos – permitem ações de enfrentamento qualificado. “Cada medida adotada resulta de análises de dados que fortalecem a segurança da população. Recentemente lançamos o primeiro anuário de segurança pública do DF, um estudo que reúne informações que orientam políticas públicas e aprimoram a transparência e o diálogo com a sociedade civil”, acrescenta. Fortalecimento da gestão da informação Há uma década, o Distrito Federal conta com uma unidade especializada na análise de dados de segurança pública: a Subsecretaria de Gestão da Informação (SGI), da SSP-DF. O setor é responsável por estudos diagnósticos sobre a criminalidade, a partir da integração de registros policiais, atendimentos do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) e pesquisas junto à população. “O uso de tecnologia na análise integrada de diferentes bancos de dados nos permite elaborar estudos cada vez mais completos”, afirma o subsecretário George Couto. Com o objetivo de fortalecer ainda mais esse processo, a SSP-DF instituiu, em abril deste ano, a Secretaria Executiva Institucional e de Políticas de Segurança Pública, voltada à articulação entre as áreas de políticas públicas, prevenção criminal e gestão da informação. “O uso de tecnologia na análise integrada de diferentes bancos de dados nos permite elaborar estudos cada vez mais completos”, afirma o subsecretário George Couto “Com essa secretaria, conseguimos aperfeiçoar o processo de formulação e implementação de políticas públicas consistentes, duradouras e com resultados reais para a população”, explica o secretário executivo Thiago Frederico de Souza Costa. “Esse olhar técnico e estruturado permite avançar com medidas como a regulamentação das distribuidoras, pautadas na prevenção e na redução da criminalidade”, acrescenta. [LEIA_TAMBEM]Diagnósticos em ações qualificadas Além do embasamento técnico, as análises qualificam a atuação tático operacional das forças de segurança do DF. O policiamento ostensivo orientado pela inteligência, a repressão qualificada e o uso de tecnologias têm sido aliados essenciais para transformar os diagnósticos em resultados concretos. Segundo a SSP-DF, a estratégia atual se baseia na integralidade das ações, em que o combate à criminalidade é compartilhado com outras áreas do governo e envolve a participação ativa da população. “Contamos com a atuação de diversas instituições e da sociedade civil que, dentro de suas competências, somam esforços para que nossos diagnósticos resultem em desdobramentos operacionais efetivos”, finaliza Thiago. Resultados consistentes O aprimoramento da gestão da segurança pública no DF reflete-se em uma tendência de queda dos principais indicadores, com destaque para a redução dos crimes violentos letais intencionais (CVLIs), como homicídios e latrocínios. A queda é atribuída a ações integradas de inteligência, monitoramento por câmeras, parcerias entre órgãos e à adoção de estratégias baseadas em evidências. Um exemplo é o programa Segurança Integral, implementado em 2023, que fortalece a articulação entre as forças de segurança e levou o DF a alcançar um novo recorde histórico na taxa de homicídios por 100 mil habitantes.
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Dados sobre a qualidade de ar da região da Fercal são apresentados
Na manhã desta quinta-feira (20), foi realizada a apresentação do relatório das estações automáticas da qualidade do ar, localizadas na Região Administrativa da Fercal, de dados registrados entre março de 2024 a março de 2025. O encontro, que surgiu por meio de demanda do Instituto Brasília Ambiental, foi promovido pelas empresas Ciplan Cimentos e Votorantim Cimentos S.A., e realizado na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF). Além da presença da superintendente de Licenciamento, Nathália Almeida; do diretor de Emergências, Riscos e Monitoramento, Charles Dayler, e equipe técnica do Brasília Ambiental; a ocasião contou com a presença da promotora de Justiça Cristina Rasia Montenegro; do subsecretário de Gestão Ambiental e Territorial da Secretaria de Meio Ambiente, Renato Santana; do administrador regional da Fercal, Fernando Madeira e de representantes das empresas promotoras do evento e da Aires Serviços Ambientais, que é responsável pela operação dos equipamentos de monitoramento. A superintendente de licenciamento do Brasília Ambiental explica que o monitoramento da qualidade do ar, para além de obrigação legal e condição para a operação das fábricas de cimento, é uma ação fundamental para garantir a qualidade de vida da população do Distrito Federal, sobretudo da região da Fercal, diretamente afetada pela mineração. Na manhã desta quinta-feira (20), foi realizada a apresentação do relatório das estações automáticas da qualidade do ar, localizadas na Região Administrativa da Fercal, de dados registrados entre março de 2024 a março de 2025 | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Os dados compilados para a reunião técnica evidenciaram os registros dos 12 primeiros meses de funcionamento das duas plataformas instaladas naquela região administrativa: uma, situada no Centro de Ensino Fundamental Queima Lençol e a outra, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da região. Os gráficos de concentração de partículas comparativo com os marcadores estabelecidos pela legislação ambiental demonstraram que o índice de qualidade do Ar (IQAr), no período anual, é considerado bom em 95,57%; moderado em 4,02% e, somente 0,41% ruim, na medição feita no equipamento do Cras. Sendo que os particulados ultrapassaram os níveis apenas quando o Distrito Federal foi atingido pela chegada da fumaça dos incêndios ocorridos no estado de São Paulo, durante o período de seca histórica enfrentado em 2024. Já a estação localizada na escola pública da comunidade registrou o IQAr bom de 98,29%, moderado de 1,57% e, 0,14% ruim, este último, também na mesma época da nuvem de poluição que encobriu o território do DF. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destaca o aprimoramento das ações do Brasília Ambiental no controle efetivo e contínuo da qualidade do ar para a população daquela região. “A apresentação desses dados é sinônimo do sucesso na parceria entre o poder público e a iniciativa privada, que permitiu obtermos informações mais apuradas, por meio do uso de estações automáticas de referência, em registros meteorológicos”, comemora Nemer. Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal, destacou a relevância do monitoramento da qualidade do ar para a saúde e o bem-estar da população da Fercal e de todo o DF. “A instalação dessas estações automáticas representa um avanço significativo na transparência e no compromisso com o meio ambiente. Com os dados em tempo real disponíveis no sistema MonitorAr, garantimos que a sociedade tenha acesso a informações precisas, permitindo ações preventivas e corretivas sempre que necessário”. Acompanhamento As estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar foram inauguradas em março de 2024. Uma delas está localizada junto ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e foi estruturada por meio de uma parceria do Brasília Ambiental com as empresas cimenteiras Votorantim e Ciplan. O outro equipamento, fixado no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Queima Lençol, é de responsabilidade da Ciplan. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Parceria entre imprensa e segurança pública é tema de encontro
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) promoveu, nesta terça-feira (6), um encontro com representantes da imprensa local para debater a importância da comunicação na construção da sensação de segurança da população e a forma de divulgação de indicadores. Durante a reunião, foram apresentadas reduções criminais recorrentes e a relevância do jornalismo na análise e divulgação dos dados. O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, destacou que o Distrito Federal se consolidou como o terceiro estado com menor número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e a segunda capital mais segura do país. No entanto, ele ressalta que a melhoria desses índices depende da participação de diversos setores da sociedade: “O trabalho para que esses dados sejam cada vez melhores é necessário, e estamos sempre em busca de soluções com base em dados consistentes, mas, para isso, é preciso o apoio e engajamento da sociedade civil e da imprensa por meio da integralidade”. Durante a reunião, foram apresentadas reduções criminais recorrentes e a relevância do jornalismo na análise e divulgação dos dados | Foto: Divulgação/SSP-DF Avelar ressaltou a redução criminal recorrente do DF: “Em 2024 conseguimos quebrar mais um recorde, já alcançado em 2023. Tivemos o ano com o menor número de homicídios registrados da série histórica. Estamos em uma redução contínua nos últimos 12 anos. Nada disso é por acaso. Nossas políticas são baseadas em evidências, em levantamentos e análises”. Indicadores e políticas públicas O subsecretário de Gestão da Informação da SSP-DF, George Couto, reforçou a importância dos dados no monitoramento de políticas públicas e no planejamento de operações integradas das forças de segurança. “A análise dos indicadores de segurança pública, em especial das circunstâncias em que os crimes ocorrem no Distrito Federal, é fundamental na formulação de estratégias que fundamentam a redução da criminalidade”, explicou. Já a comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Ana Paula Barros, destacou a importância da análise dos números para a atuação ostensiva da corporação. “Os dados são importantes para que possamos continuar a trabalhar, numa integração fundamental. Diante dos números, a PMDF, que é ostensiva, consegue identificar padrões e atuar de forma mais eficiente, baseada em evidências. Estamos produzindo um protocolo de atuação integrado para atuação com base no design de ambiente. Precisamos pensar nas desordens, nos animais, na iluminação pública e no envolvimento integral da população. Esse protocolo está sendo construído e já temos obtido bons resultados”, disse a coronel. A importância da comunicação O subsecretário de Gestão da Informação também destacou o papel da imprensa na construção de uma comunicação transparente e efetiva, fortalecendo a relação entre a segurança pública e a sociedade: “A realização dessa reunião é fundamental para garantir uma integração cada vez maior entre a segurança pública e a imprensa. Precisamos fortalecer uma comunicação verdadeira e efetiva, que ajude a levar à população informações precisas e contextualizadas sobre a realidade da segurança no DF. A transparência dos dados e o diálogo aberto com os jornalistas são essenciais para construirmos, juntos, uma política pública mais eficaz”. O encontro reforçou o papel essencial da imprensa na formação da opinião pública e na disseminação de informações sobre segurança. Ao fornecer dados consistentes e fomentar o debate sobre políticas públicas, os meios de comunicação contribuem para fortalecer a sensação de segurança e aproximar a sociedade das ações das forças policiais. “Reafirmamos o compromisso com a transparência e a importância do diálogo contínuo com jornalistas para construir uma política de segurança cada vez mais eficaz e integrada”, finaliza Avelar. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF)
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