Chuvas no DF: Como o lixo nas ruas pode causar alagamentos
As chuvas chegaram, e este é o momento em que as ações de cada cidadão refletem diretamente no meio ambiente e na rotina das cidades. Jogar lixo nas ruas pode parecer um ato despretensioso, mas causa grandes consequências: entope bocas de lobo, bloqueia a drenagem das águas pluviais e contribui para alagamentos e transtornos durante o período chuvoso. A Novacap realiza um trabalho contínuo de limpeza preventiva de bueiros e bocas de lobo, em especial no período que antecede a chegada das chuvas | Foto: Divulgação/Novacap A água da chuva faz parte do cotidiano urbano, e conviver bem com ela depende da adoção de pequenas práticas diárias. Manter calçadas limpas, descartar corretamente os resíduos e não jogar lixo nas vias públicas são atitudes que ajudam a preservar o sistema de drenagem e o bem-estar coletivo. A sensibilização é essencial nesta época do ano. É importante reforçar que os restos de obras devem ser recolhidos e descartados em local adequado, pois estão entre os principais responsáveis pela obstrução de galerias. Entre os itens mais encontrados nas limpezas estão sacos plásticos, garrafas PET, copos descartáveis, areia e restos de construção civil Para garantir o pleno funcionamento da drenagem urbana, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) realiza um trabalho contínuo de limpeza preventiva, intensificado principalmente entre agosto e outubro, período que antecede a chegada das chuvas. Por ano, são removidas cerca de 60 mil toneladas de resíduos, em manutenções executadas pela Divisão de Meio Ambiente (Diman). Atualmente, a Novacap conta com 18 equipes dedicadas em tempo integral aos serviços de drenagem. Elas atuam de forma preventiva e emergencial, utilizando técnicas como vídeo-inspeção com robôs, caminhões desobstruidores e monitoramento constante das tubulações. Entre os itens mais encontrados nas limpezas estão sacos plásticos, garrafas PET, copos descartáveis, areia e restos de construção civil. [LEIA_TAMBEM]A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) é responsável pela regulação e fiscalização dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Junto à Novacap, garante a manutenção adequada do sistema e promove boas práticas ambientais, como o descarte consciente e a preservação de áreas permeáveis. Faça a sua parte → Evite jogar lixo nas ruas — embalagens, garrafas e sacolas entopem bocas de lobo e bueiros → Separe e descarte corretamente o lixo — use lixeiras adequadas e evite deixar sacos no chão → Mantenha calçadas limpas e permeáveis — prefira pisos drenantes, como bloquetes, grama ou brita → Preserve árvores e jardins — as plantas ajudam a absorver a água da chuva → Faça limpeza regular das calhas e ralos domésticos — isso evita refluxo de água em dias de chuva → Informe entupimentos e descartes irregulares pelo site Participa-DF.
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Caminhão que descartava resíduos em área pública é apreendido nesta segunda (13)
A Secretaria DF Legal flagrou e multou, nesta segunda-feira (13), uma empresa que jogava resíduos da construção civil em área pública. Além da aplicação de duas multas, que chegaram a R$ 23.762,62, o caminhão foi apreendido. Empresa que jogava resíduos da construção civil em área pública foi multada em R$ 23.762,62, nesta segunda (13); caminhão usado na ação foi apreendido | Foto: Divulgação/DF Legal O flagrante ocorreu em uma área próxima ao Jóquei Clube, ponto conhecido pelo transbordo ilegal. Auditores fiscais da pasta faziam fiscalização de rotina no local quando viram a movimentação do caminhão. Ao chegarem ao ponto onde o veículo foi estacionado, flagraram o despejo de 12 m³ de terra. O infrator recebeu uma multa no valor de R$ 7.891,54 por não possuir o Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) e outra de R$ 15.871,08, o valor proporcional ao volume descartado. A empresa multada possui autorização para depositar os resíduos em uma área regular, na Estrutural, mas optou utilizar um local clandestino. Os auditores ainda apreenderam o caminhão, que foi levado ao depósito da DF Legal. Para reaver o veículo, é necessário o pagamento de multa, além das custas da operação e da manutenção dele na garagem da pasta. Dengue Durante o ano de 2024, a Secretaria DF Legal aplicou quase R$ 4 milhões em multas em operações que ajudam no combate à dengue. A pasta atua em diversas áreas que colaboram para evitar a proliferação do Aedes aegypti, como o descarte irregular de resíduos da construção civil e de resíduos domiciliares. Ao todo, foram quase 23 mil ações fiscais – todas as autuações podem ser conferidas neste painel interativo. A população pode colaborar com o trabalho de fiscalização fazendo denúncias pelo telefone 162 da Ouvidoria ou pelo site Participa DF. *Com informações da Secretaria DF Legal
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Ponto de descarte irregular de lixo no Riacho Fundo II é eliminado
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) recuperou mais uma área usada ilegalmente como ponto de descarte de resíduos. Desta vez, o projeto De Cara Nova atuou em um terreno na QN 10 do Riacho Fundo II, próximo à feira permanente da cidade. A entrega do espaço está marcada para as 14h desta segunda-feira (23). O projeto De Cara Nova teve início em janeiro de 2023 e já passou por várias regiões do Distrito Federal, como Santa Maria, Ceilândia, Gama, Recanto das Emas e Riacho Fundo II, entre outras | Foto: Divulgação/SLU O projeto De Cara Nova visa a remoção dos resíduos, o plantio de mudas e a instalação de sinalizações educativas, com placas orientando sobre as penalidades e o local correto de descarte. As equipes de mobilização do SLU também percorrem as ruas e, de casa em casa, orientam sobre o uso do papa-entulho e seus benefícios. A iniciativa teve início em janeiro de 2023, e o primeiro ponto a ser recuperado fica na DF-001, no Paranoá. Depois, a iniciativa passou por várias regiões do Distrito Federal, como Santa Maria, Ceilândia, Gama, Recanto das Emas, Samambaia, Brazlândia, Itapoã, Varjão, Planaltina, Park Way, Guará II, São Sebastião, e agora, pela terceira vez, no Riacho Fundo II. Projeto De Cara Nova • Data: segunda-feira (20) • Horário: 14h • Local: QN 10, próximo à Feira Permanente do Riacho Fundo II. *Com informações do Serviço de Limpeza Urbana (SLU)
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Descarte irregular de entulho traz riscos à saúde e ao meio ambiente
O Governo do Distrito Federal (GDF), por intermédio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), já retirou cerca de 480 mil toneladas de entulho descartado irregularmente em toda a capital, entre os meses de janeiro e setembro. O descarte impróprio dos resíduos provenientes de obras, além de causar danos ambientais significativos, representa um risco ainda maior durante o período chuvoso, uma vez que favorece a proliferação de vetores de doenças e cria abrigos para animais peçonhentos. Todo mês, uma média de 53,3 mil toneladas de resíduos são removidas das ruas do Distrito Federal; entre as regiões onde há maior recorrência de descarte irregular estão Taguatinga e Ceilândia | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Nesta época do ano, materiais acumulados, como restos de concreto, madeira e outros resíduos, podem reter água e formar criadouros para o mosquito Aedes aegypti – transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Além disso, o acúmulo de entulho atrai ratos e outros animais, que podem ser vetores de leptospirose e outras enfermidades, aumentando os riscos à saúde pública. “Infelizmente, esta é uma prática comum da população, que reincide no descarte inadequado do entulho e de outros materiais. O risco dessa prática é justamente a contribuição para o surgimento dos vetores de doenças. Isso aumenta o risco por exemplo de quem mora próximo a essas áreas de descarte contrair dengue, leptospirose e tantas outras doenças”, alerta o subdiretor de Limpeza Urbana, Everaldo Araújo. Com uma média mensal de 53,3 mil toneladas removidas das ruas por mês, a tendência é que, caso o ritmo se mantenha, o DF atinja, até o final do ano, o volume de entulho descartado em todo ano passado, que totalizou 651.289 toneladas. Em 2023, a cada mês, o SLU recolheu 54,2 mil toneladas de locais impróprios para o descarte. Segundo Araújo, entre as regiões administrativas onde há maior recorrência de descarte irregular estão Taguatinga e Ceilândia. Só nesta última, o SLU recolheu 72.766 toneladas de entulho nos nove meses de 2024. “Em Taguatinga, nós recolhemos por mês na faixa de 5 mil toneladas”, acrescenta o servidor. No Distrito Federal, os papa-entulhos do SLU são os espaços adequados para o descarte de restos de obra, podas de árvores, móveis velhos e recicláveis Um dos locais em Taguatinga que recebe a presença constante das equipes do SLU é o Parque Distrital Boca da Mata, onde a população insiste em descartar restos de construção civil, ainda que a prática seja ilegal. O resultado dessa ação traz transtornos para os moradores da região, como o servidor público Marcos Gomes, 48 anos. “Moro bem ao lado do parque e a gente tem presenciado esse descarte de lixo na região. Apesar de sempre estarmos vendo o SLU fazendo a limpeza, a demanda é muito grande – muitos carroceiros trazem lixo e entulho. É importante que a população se conscientize e faça sua parte”, ressalta. Vizinho de Marcos, o ex-gari Marcelo Vieira, 54, viveu na pele as dificuldades do trabalho diário para deixar as ruas da capital limpas. “Esse descarte de entulho aqui no parque é um absurdo; muito perigoso, ainda mais por causa da dengue. É preciso denunciar, pois daqui uns dias eles estarão descartando lixo aqui novamente. Mesmo assim, é muito bom ver o SLU removendo o entulho dessa região”. O ex-gari Marcelo Vieira lamenta o descarte irregular de resíduos, prática recorrente no DF: “É um absurdo; muito perigoso, ainda mais por causa da dengue” Onde jogar? No Distrito Federal, os papa-entulhos do SLU são os espaços adequados para o descarte de restos de obra, podas de árvores, móveis velhos e recicláveis. Atualmente, a capital conta com 23 equipamentos espalhados por 15 regiões administrativas: Águas Claras, Plano Piloto, Brazlândia, Ceilândia, Gama, Guará, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, Sobradinho II e Taguatinga. Para encontrar o papa-entulho mais perto de você, basta acessar os endereços dos containers disponíveis no site do SLU. O atendimento ocorre de segunda a sábado, das 7h às 18h. Cada equipamento recebe até 1 m³ de resíduo de cada morador diariamente, o equivalente a uma caixa-d’água de mil litros. É possível entregar resíduos da construção civil, móveis velhos, restos de podas e materiais recicláveis como papéis, plásticos, papelões e metais, desde que estejam separados e limpos. Não é permitida a entrada de cargas de resíduos em caminhões ou carretas, bem como resíduos de serviços de saúde, lixo eletrônico, orgânico e industrial. Após a coleta desse material, o resto de obra é direcionado à Unidade de Recebimento de Entulho (URE), onde será reciclado com um britador que transforma o material em areia, brita e rachão. Esses subtipos de produtos são utilizados pelo GDF na execução de serviços de infraestrutura urbana, especialmente em pavimentação de vias.
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