Combate ao Aedes aegypti é intensificado com chegada das chuvas
O início do período chuvoso no Distrito Federal acendeu o alerta para o risco de aumento da população do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika. Diante do cenário, a Secretaria de Saúde (SES-DF) ampliou frentes de vigilância e controle, apostando em tecnologias e armadilhas que mapeiam áreas críticas e reduzem a circulação dessas arboviroses. Agentes de saúde inspecionam residência no Sol Nascente: temporada é de reforçar o combate ao mosquito que transmite arboviroses | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Nesta quinta-feira (27), agentes de Vigilância Ambiental em Saúde revisitaram trechos do Sol Nascente, onde profissionais checaram dispositivos já instalados nas residências para monitorar e barrar a reprodução do mosquito. No campo, são utilizados dois modelos principais: as estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), que usam o próprio inseto para levar o larvicida a outros pontos visitados por ele; e as ovitrampas, baldes preparados para coletar ovos e orientar a construção de mapas de calor, que direcionam as equipes para áreas prioritárias. Entre as ações em andamento, destacam-se a eliminação e tratamento de criadouros em áreas estratégicas com uso de larvicida e a aplicação de inseticidas residuais por borrifação intradomiciliar em imóveis de grande circulação, como escolas, e em locais com alto número de focos, como ferros-velhos. Há também o mapeamento e tratamento de pontos de difícil acesso por drones, uso de drones para identificar focos, além da soltura de mosquitos com a bactéria Wolbachia, chamados popularmente de “wolbitos", incapazes de transmitir vírus e projetados para substituir a população local de vetores ao longo do tempo. Israel Moreira, biólogo da Secretaria de Saúde, explica o funcionamento das ovitrampas: “São medidas recentes, mas já adotadas com sucesso em outras partes do país, por isso trouxemos para cá” A pasta também destaca o caráter estratégico do Sol Nascente na vigilância epidemiológica. Segundo o biólogo Israel Moreira, da SES-DF, a região conta com 150 ovitrampas e mais de 3 mil EDLs distribuídas, em razão de taxas de infestação relevantes e histórico de alta transmissão. “Aqui temos duas estratégias: medir a infestação coletando ovos e o controle, usando o próprio mosquito para disseminar larvicida”, detalha. “São medidas recentes, mas já adotadas com sucesso em outras partes do país, por isso trouxemos para cá. Pelo tamanho da população, usamos 150 armadilhas de coleta e mais de três mil estações disseminadoras”. O biólogo reforçou que o trabalho ocorre o ano todo, sendo intensificado na estação chuvosa, quando recipientes expostos acumulam água com maior frequência. Segundo a SES-DF, em números regionais, as cidades com maior cobertura de EDLs na capital são Recanto das Emas, com 198 estações; Água Quente, com 79; e o Sol Nascente, com 2.918 unidades já instaladas. Mais agentes A ampliação da força de trabalho é outro eixo da estratégia. Em novembro do ano passado, o Governo do Distrito Federal (GDF) nomeou 800 agentes de saúde para reforçar o atendimento nos territórios: 400 agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) e 400 agentes comunitários de saúde (ACSs), que atuam diretamente nas visitas domiciliares, ações comunitárias e serviços da atenção básica. A agente de Vigilância Ambiental Tawanna Ferreira lembra a importância das visitas semanais: “Muitos moradores às vezes não sabem o que fazer ou os riscos que estão correndo, então orientamos sempre a não deixar depósitos de água, e a tapar qualquer buraco que tiver, como ralos, para evitar os escorpiões também, que nessa época chuvosa e quente começam a sair mais dos lugares” No Sol Nascente, a aceitação do trabalho tem sido positiva. De acordo com a agente de vigilância ambiental Tawanna Ferreira, a população tem aberto as portas para a manutenção semanal das armadilhas e orientações de saúde. “Os moradores entendem que a ovitrampa ajuda a medir onde tem mais foco e que a EDL é uma estratégia nova; eles recebem a gente bem e acompanham as instruções”, afirma. De acordo com a agente, as visitas semanais também são importantes por permitirem que os profissionais orientem sobre problemas além da dengue. “Muitos moradores às vezes não sabem o que fazer ou os riscos que estão correndo, então orientamos sempre a não deixar depósitos de água, e a tapar qualquer buraco que tiver, como ralos, para evitar os escorpiões também, que nessa época chuvosa e quente começam a sair mais dos lugares”, explica. Segurança e cuidado [LEIA_TAMBEM]A realidade vivida nos lares ilustra a importância do monitoramento. Moradora do Trecho 1 do Sol Nascente, a cozinheira Rosângela Ferreira, de 41 anos, relata que o acompanhamento constante reforça os cuidados cotidianos: “Com as visitas frequentes, alerta mais a gente sobre não deixar água parada. Eu já tive dengue três vezes, em 2015, 2016 e 2020. Foi muito ruim. Mas não tive mais desde então, e acho que essas ações ajudam bastante”. No Trecho 3 do Sol Nascente, a dona de casa Regiane Lopes da Silva, 45, também ressalta o valor das orientações, especialmente em um território com forte presença de crianças: “É muito bom, porque os agentes explicam tudo direitinho. Tem que deixar a armadilha para o mosquito no cantinho, onde ninguém mexe, manter pneu sem água, garrafa virada e tampar os ralos”. Regiane conta que o filho já foi internado com dengue hemorrágica há três anos, situação que marcou a família. “Agora seguimos as orientações, e todo mundo tomou a vacina; queremos ficar seguros contra essas doenças”, assegura.
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Drones reforçam combate ao mosquito da dengue no DF
As ferramentas de combate ao mosquito da dengue chegaram ao céu do Distrito Federal. Desde outubro, drones contratados pela Secretaria de Saúde (SES-DF) sobrevoam as regiões administrativas para mapear possíveis focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue. A iniciativa permite respostas mais direcionadas e estratégicas das equipes de Vigilância Ambiental em Saúde. Na sexta-feira (7), os drones mapearam uma área do Paranoá, mas os equipamentos já atuaram em diversas localidades da capital: Ceilândia, Brazlândia, Sol Nascente, Estrutural, São Sebastião, Arapoanga e Fercal. O objetivo é mapear 30% do território do DF, com foco nas regiões que apresentam os maiores índices de casos de dengue. Os drones permitem um mapeamento detalhado das regiões, com imagens de alta qualidade | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF “O drone faz com que vejamos a área de cima, direcionando melhor nossa atuação no combate aos focos. Então, quando chegamos nas residências, podemos dizer: ‘Olha, tem uma caixa d’água sua que está aberta'. É um instrumento muito certeiro”, explica a agente de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) Gleyciane Ferreira. O serviço realizado com os drones integra o projeto Voo pela Saúde, da empresa GRS80, contratada pela SES-DF pelo período de um ano. O representante da iniciativa, Pedro Vasconcellos, destaca a qualidade do material produzido pelos instrumentos: “Chamamos de 'ortofoto', que tem uma qualidade muito boa de aproximação e de imagem. Nela, é possível identificar pequenos focos”. Uma vez feitas as fotos, um sistema de inteligência artificial analisa as imagens e indica locais com focos de água parada | Foto: Reprodução/Voo pela Saúde Como funcionam Os drones sobrevoam determinadas áreas das cidades e realizam, em uma primeira etapa, o mapeamento. Com câmeras de alta qualidade, o aparelho tira milhares de pequenas fotos, que são reunidas em um panorama de maior visualização (ortofoto). [LEIA_TAMBEM]Um sistema de inteligência artificial analisa as imagens e indica os locais onde há possíveis focos de água parada. Para eliminar falhas, as imagens são verificadas por funcionários da empresa. Em seguida, os dados são enviados às equipes de Vigilância Ambiental da SES-DF. Outra utilidade do drone é destinada ao tratamento de locais de difícil acesso pelos agentes. Caso um dos pontos identificados não possa ser tratado pelo profissional, o drone pode levar o larvicida — protegido em um invólucro solúvel — até o ponto de concentração de água. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Drones ampliam eficiência do Corpo de Bombeiros do DF em salvamentos e no combate a incêndios florestais
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) conta com 11 drones para auxiliar no combate a incêndios florestais, ações de busca e salvamento, monitoramento de áreas de risco e apoio à defesa civil. Os aparelhos são estratégicos para as operações, gerando assertividade e eficiência para a atuação das equipes. A gestão dos dispositivos, tecnicamente intitulados como aeronaves tripuladas remotamente, cabe ao 3º Esquadrão de Aviação Operacional (3º ESAV), instituído por decreto em 2024. A tecnologia começou a ser empregada há dez anos, com a aquisição do primeiro equipamento do tipo Mavic 2, apelidado como Zangão 01. De lá para cá, a aeronave passou a ser amplamente utilizada pela corporação, que investiu na capacitação de cerca de 300 militares e obteve, com recursos próprios e por doação, outros exemplares do dispositivo. Atualmente, estão disponíveis cinco drones do modelo Mavic 2, que se destaca pelo zoom de longo alcance, e seis do Mavic 3T, que conta com câmera termográfica e indicado para operações em campo. “Com o Mavic 3T, conseguimos identificar obstáculos, vítimas em áreas de mata e até definir prioridades no combate às chamas. Já o Mavic 2, mesmo sendo mais antigo, continua sendo útil para investigações a longas distâncias”, explica o tenente Rony Junio Rodrigues da Costa, responsável pela coordenação do uso dos aparelhos. Atualmente, estão disponíveis cinco drones do modelo Mavic 2, que se destaca pelo zoom de longo alcance, e seis do Mavic 3T, que conta com câmera termográfica e indicado para operações em campo | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Novos drones devem ser incorporados em breve. Está em andamento um processo para doação pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e a compra de outros exemplares com recursos da própria corporação. Recentemente, o CBMDF recebeu dispositivos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e acessórios, como câmeras e cartões de memória, da Receita Federal. Combate Os dispositivos estão integrados a grupamentos especializados, como o de Busca e Salvamento (GBS), Proteção Ambiental (GPRAM), Proteção Civil (GPCIV) e Prevenção e Combate a Incêndio Urbano (GPCIU). Durante a Operação Verde Vivo, promovida anualmente entre abril e novembro, ao menos três aeronaves são empregadas nas missões. “Os equipamentos são muito úteis no combate a incêndios por permitirem a visualização completa da região afetada e a direção do fogo, trazendo mais eficiência ao trabalho”, salienta o tenente. Com o reconhecimento da região atingida pelo fogo, o drone também contribui com a segurança dos bombeiros, reduzindo a exposição das tropas às chamas, e agiliza a resolução das situações de emergência. “O maior ganho é a questão do monitoramento em tempo real, já que é possível antecipar mudanças no comportamento do fogo, prever a direção que pode ser causada pelo vento, por exemplo, e assim ter uma resposta mais rápida e precisa no combate”, ressalta Costa. “Com o Mavic 3T, conseguimos identificar obstáculos, vítimas em áreas de mata e até definir prioridades no combate às chamas. Já o Mavic 2, mesmo sendo mais antigo, continua sendo útil para investigações a longas distâncias”, explica o tenente Rony Junio Rodrigues da Costa No ano passado, durante o período de vigência da Operação Verde Vivo, foram registradas 9.005 ocorrências de queimadas, com 22.250,40 hectares de área afetada. Setembro, agosto e julho foram os meses com maior número de chamados, representando, juntos, quase 73% do total de ocorrências. Neste ano, de abril a agosto, foram recebidos 4.848 casos de incêndios florestais, que afetaram área de 8.797,70 hectares. Os dados de setembro ainda estão em fase de apuração. Capacitação Para operar os dispositivos, os militares passam por treinamento que aborda desde os princípios básicos de navegação até legislação e normas de segurança. São oferecidos três cursos por ano, além de oficinas para órgãos externos. O curso tem duração de três semanas, sendo duas online e uma presencial. O cabo Henrique Senna concluiu a formação no ano passado e atualmente está lotado no 3º ESAV. Para ele, o emprego da tecnologia durante incêndios florestais gera mais eficiência e assertividade ao combate, impactando diretamente a proteção da população e da natureza. “Quando chegamos por terra, não sabemos a dimensão do fogo nem a direção que está tomando, se tem casas no caminho ou não. Com o drone, podemos ter essa visão antes de partir para o combate, facilitando o controle dos focos e nos ajudando a proteger as pessoas”, salienta. Outro militar capacitado para a operação dos dispositivos é o subtenente Ricardo Cruz. Ele destaca as demais atividades que podem ser monitoradas pelo aparelho, como é o caso de grandes eventos como shows e festivais. “Temos uma maior visão das vias de acesso, da localização das viaturas e, no caso de operações de busca e salvamento, podemos usar para encontrar pessoas, principalmente em matas”, conclui.
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Monitoramento de segurança no DF é reforçado com drones de alta tecnologia
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) tem investido continuamente em inovação tecnológica para ampliar a eficiência das operações integradas. Além do monitoramento feito pelo Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), que reúne 31 instituições, organizações e agências (IOAs), além de órgãos convidados em situações específicas, a pasta tem recorrido cada vez mais ao uso de drones. Esses equipamentos se consolidaram como ferramentas estratégicas para vigilância, prevenção e resposta em grandes eventos, operações especiais e ocorrências emergenciais. Neste ano, foram adquiridos nove novos drones, equipados com câmeras de alta resolução, zoom de até 200 vezes, sensores térmicos e inteligência artificial embarcada. Com autonomia de 45 minutos de voo e capacidade de transmissão em tempo real, eles permitem identificar pessoas, veículos e até embarcações em locais de difícil acesso ou com baixa iluminação. A Secretaria de Segurança Pública adquiriu nove novos drones, equipados com câmeras de alta resolução, zoom, sensores térmicos e inteligência artificial | Fotos: Breno Fortes/SSP-DF Além de reforçar a consciência situacional, os drones podem ser utilizados em resgates e no acompanhamento de incêndios estruturais e florestais, bem como em missões de patrulhamento preventivo. O monitoramento aéreo complementa o trabalho das equipes em solo, oferecendo informações estratégicas que tornam o direcionamento do efetivo mais ágil e preciso. As imagens captadas são enviadas ao vivo ao Ciob e aos centros de comando e controle das corporações em grandes eventos, como o Carnaval e o Réveillon. “A segurança da população é nossa prioridade e, para isso, precisamos utilizar o que há de melhor em tecnologia disponível. Os drones ampliam nossa capacidade de vigilância e resposta, garantindo um trabalho mais integrado e eficiente das forças de segurança. Trata-se de um recurso que fortalece nossa capacidade operacional. Com os drones, conseguimos cobrir áreas extensas, identificar riscos de maneira antecipada e dar suporte às equipes em solo de forma imediata e estratégica”, destaca o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. [LEIA_TAMBEM]O monitoramento aéreo com drones está previsto no Protocolo de Operações Integradas (POI), elaborado em reuniões de alinhamento. A ferramenta permite visualizar toda a operação em uma única tela, favorecendo a interação entre as equipes. “Ampliamos a capacidade de monitoramento de multidões e áreas de difícil acesso, o que nos permite identificar comportamentos suspeitos e dar resposta rápida em situações de emergência. Essa tecnologia reforça a integração das forças e garante mais segurança para a população”, completa o chefe da Assessoria de Assuntos Estratégicos da SSP-DF, Marcio Lobo. Além de grandes eventos, as aeronaves não tripuladas já são empregadas pela SSP-DF em operações especiais, missões de salvamento, ocorrências de incêndio e manifestações públicas, consolidando-se como recurso essencial para a segurança do Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF)
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