Novo acordo de cooperação favorece pesquisas na agropecuária
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Universidade de Brasília (UnB) formalizaram, nesta quinta-feira (4), um acordo de cooperação para fortalecer a inovação agropecuária no Distrito Federal e Entorno. A parceria integra o Parque Científico e Tecnológico da UnB e visa a estabelecer linhas de ação conjuntas para impulsionar pesquisa, modernização do campo, desenvolvimento de tecnologias e iniciativas voltadas à agricultura familiar. A reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, entre o vice-presidente da FAPDF, Paulo Freitas Nunes; o presidente da Emater-DF, Cleison Duval; e o diretor do Parque Científico e Tecnológico da UnB, Renato Alves Borges: “Iniciativas como esta têm o potencial de reacender o desejo de construir um futuro melhor, pois aproximam a universidade de oportunidades reais de transformação” | Foto: Divulgação/Emater-DF O acordo reflete a união entre a expertise acadêmica e os conhecimentos práticos da extensão rural. A UnB, reconhecida também pela produção e formação científica, e a Emater-DF, com ampla capilaridade nas comunidades rurais, passam agora a compartilhar tecnologias, infraestrutura, dados, recursos humanos e projetos estratégicos na área de inovação agropecuária. “Esse acordo abre portas para desenvolvermos tecnologias, validarmos pesquisas, criarmos startups e buscarmos soluções para demandas que chegam todos os dias do campo” Cleison Duval, presidente da Emater-DF O acordo prevê uma incubadora de startups agtechs, eventos voltados ao ecossistema de inovação e o desenvolvimento de pesquisas aplicadas, com foco na transferência de tecnologia, automação, sustentabilidade e empreendedorismo rural. iniciativa também reforça a importância da pesquisa integrada com a prática no campo, especialmente em temas como automação, monitoramento de solo, manejo sustentável e processos de agregação de valor aos produtos. Busca de soluções [LEIA_TAMBEM]“O produtor precisa de soluções práticas, e muitas delas já existem dentro da universidade; só precisamos aproximar esses mundos”, ressaltou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Esse acordo abre portas para desenvolvermos tecnologias, validarmos pesquisas, criarmos startups e buscarmos soluções para demandas que chegam todos os dias do campo. A Emater-DF já atua com pesquisa aplicada e validação de variedades da Embrapa, e agora teremos ainda mais condições de expandir esse trabalho.” Durante o evento de formalização do acordo, a reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, lembrou que a parceria representa uma oportunidade concreta de aproximar inovação, pesquisa e formação profissional. “Vivemos uma queda preocupante na procura por vagas no ensino superior, um fenômeno nacional”, apontou. “Parte disso decorre da falta de perspectiva dos jovens. Iniciativas como esta têm o potencial de reacender o desejo de construir um futuro melhor, pois aproximam a universidade de oportunidades reais de transformação”. Durante a solenidade, além de técnicos da Emater-DF, professores da UnB e representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e parlamentares, estiveram presentes o vice-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) Paulo Freitas Nunes, e o diretor do Parque Científico e Tecnológico da UnB, Renato Alves Borges. *Com informações da Emater-DF
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Jovens apresentam propostas de negócios em curso de empreendedorismo rural
Geleia de pimenta, linguiças defumadas, cachaças, pepino em conserva: essas foram algumas bases das propostas de negócios apresentadas pelos estudantes do Instituto Federal de Brasília (IFB) em Planaltina ao final do curso de empreendedorismo do projeto Filhos deste Solo, da Emater-DF. A atividade extraclasse contou com a participação de 65 alunos dos cursos de ciências agrárias e se encerrou na terça-feira (26), após cinco aulas. Para o médico-veterinário Carlos Goulart, da Gerência de Desenvolvimento Econômico (Gedec) da Emater-DF, o resultado do curso foi surpreendente. “Nas aulas expositivas, repassamos alguns conceitos básicos de empreendedorismo, como o cálculo de preços, avaliação de mercado, estratégias de marketing, ou seja, como se administra uma empresa”, explica. Na aula final, quando os grupos de jovens apresentaram os trabalhos, veio a surpresa. “Todos os trabalhos são ideias muito inteligentes, que foram mostradas de forma entusiasmada”, comemora o extensionista, que tem pós-graduação em gestão. A atividade extraclasse contou com a participação de 65 alunos dos cursos de ciências agrárias e se encerrou na terça-feira (26), após cinco aulas | Foto: Divulgação/Emater-DF Carlos Goulart aponta ainda que o objetivo principal da Emater-DF, ao oferecer essa capacitação, é mostrar ao jovem que é possível viver bem e ter renda na área rural. “Queremos fixar as famílias no campo, e para isso é necessário que os estudantes entendam a diferença entre produtor e empreendedor. E essa turma captou os conceitos de forma bastante satisfatória”, conclui Goulart. A assessora da direção da Emater-DF Adriana Dutra, que coordena o programa Filhos deste Solo, explica que os estudantes que desejarem investir na atividade proposta terão apoio da empresa: “Muitos deles são filhos de produtores ou trabalham em empreendimentos rurais, e essa é uma oportunidade de fazer o negócio progredir. É uma importante ação de sucessão familiar e desenvolvimento econômico e social das famílias rurais”. Essa foi a segunda turma formada em 2024 pelo projeto Filhos deste Solo, que, lançado pela Emater-DF em 2019, já formou mais de 350 jovens em empreendedorismo rural O professor Adilson Jayme, de gestão rural no IFB, também elogia o resultado do curso. “Foi muito além das nossas expectativas, os projetos apresentados. Para uma atividade de curta duração, o aproveitamento foi excelente”, avalia. A mesma opinião tem da professora de zootecnia Larissa Queiroz: “Acompanhamos a evolução tecnológica dos últimos 20 anos, e as ideias aqui mostradas estão bem de acordo com os tempos modernos, demonstrando viabilidade econômica e administrativa”. Além de linguiças, geleias, cachaça e conserva, outras propostas de negócio foram ranicultura (criação de rãs) e panificação. Todas as ideias foram apresentadas com cálculos financeiros de custo, lucratividade e estratégias de marketing, como páginas em redes sociais e vendas por WhatsApp. Essa foi a segunda turma formada em 2024 pelo projeto Filhos deste Solo, que, lançado pela Emater-DF em 2019, já formou mais de 350 jovens em empreendedorismo rural. *Com informações da Emater-DF
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Abertas inscrições para curso gratuito de empreendedorismo rural
Estão abertas as inscrições para o programa Filhos deste Solo. O curso gratuito orienta jovens rurais na condução de negócios bem-sucedidos, que possibilitem qualidade de vida para o jovem permanecer na área rural. A nova turma acontece entre os dias 24 e 28 de abril, das 13h30 às 17h50, no Campus de Planaltina do Instituto Federal de Brasília (IFB). Inscrições para o curso gratuito do programa Filhos deste Solo podem ser feitas até o dia 20 de abril | Foto: Divulgação/Emater São 80 vagas disponíveis para jovens entre 16 a 29 anos de idade, tanto para os alunos do IFB quanto para a comunidade. As inscrições são online e podem ser realizadas até o dia 20, por meio deste link. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os participantes serão orientados sobre temas como políticas públicas, associativismo e cooperativismo, além de montagem de plano de negócio. A formação tem carga horária de 20h e será emitido certificado aos participantes. “A Emater-DF se preocupa com o jovem rural, para que ele possa crescer e empreender no campo com uma visão mais ampla das oportunidades. Essa parceria com o IFB tem trazido resultados muito positivos para os jovens que já participaram. Já temos casos de sucesso de jovens que estão tocando o próprio negócios no campo”, afirma o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Esse é o nosso objetivo com o programa Filhos deste Solo, dar ferramentas para que o jovem construa um futuro melhor no campo, com qualidade de vida e renda justa”, completa. *Com informações da Emater
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Empreendedores rurais vão à 3ª etapa do Start BSB
Yara Ballarini é mestre em Ecologia e mora em núcleo rural do Lago Norte / / Foto: Divulgação/Emater-DF A inovação brotou no campo do Distrito Federal. Dois moradores de áreas rurais que participaram do programa de empreendedorismo e sucessão rural Filhos deste Solo, da Emater-DF, tiveram seus projetos de novos produtos selecionados para a terceira fase do programa de incentivo a negócios inovadores Start BSB. Ambos têm curso superior com formação acadêmica ligada a atividades econômicas rurais. São eles: Yara Ballarini, 30 anos, que inscreveu seu projeto de produção de cogumelos comestíveis e medicinais; e Sérgio da Costa Júnior, 33 anos, que está investindo no projeto de adubação orgânica peletizada ou capsulada. Ambos residem em núcleos rurais. Promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), com apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e operado pela Fundação Certi, o programa Sart BSB teve cerca de 200 projetos aprovados nesta fase. Desse total, 194 são provenientes do Distrito Federal, 5 são do estado de Goiás; e um é Minas Gerais. Ao final do programa, até 50 projetos serão contemplados. Cada ganhará até R$ 70 mil em subvenção econômica, até R$ 42 mil em bolsa de apoio a P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e outros benefícios oferecidos por parceiros do programa. Ainda, durante seis meses, os escolhidos passarão por um processo de acompanhamento com suporte e capacitação para transformar suas ideias em empreendimentos de sucesso. Protagonismo rural [Olho texto=”Temos acompanhado os escolhidos em todas as etapas e, para a próxima fase, vamos apoiá-los na construção do Projeto de Fomento” assinatura=”Adriana Dutra, coordenadora do programa Filhos deste Sol” esquerda_direita_centro=””] A coordenadora do Filhos deste Solo, Adriana Dutra, explicou que, no primeiro momento, o papel da Emater-DF, enquanto incentivadora do empreendedorismo no campo, foi levar o Start BSB ao conhecimento dos participantes, com o objetivo de incentivar o protagonismo do empreendedor rural. “Feito isso, e encorajando-os a participar do processo seletivo, passou-se à leitura minuciosa do edital a fim de avaliar, conjuntamente, as características de cada empreendimento, bem como reconhecer as fortalezas que os sustentam. Temos acompanhado os selecionados em todas as etapas e, para a próxima fase, vamos apoiá-los na construção do projeto de fomento”, ressaltou a coordenadora. Próximos passos Com a vaga garantida para a última fase de seleção do Star BSB, as equipes deverão elaborar e submeter até o dia 24 de fevereiro um projeto de fomento, com apresentação detalhada do orçamento e do planejamento de execução. Assim, como nas demais fases do Start BSB, os aprovados terão acesso à capacitação on-line e a um workshop presencial que auxiliará na elaboração de um projeto objetivo e de acordo com as regras do edital. Conheça um pouco mais sobre os projetos selecionados: Adubação orgânica capsulada Adubação orgânica capsulada foi elaborada em parceria por Sérgio da Costa Júnior, estudante de Agronomia na UnB e morador da área rural da Fercal Oeste / Foto: Divulgação/Emater-DF Sérgio da Costa Júnior é agroecólogo e estudante de Agronomia da Universidade de Brasília (UnB). Elaborada em parceria com outros estudantes, a proposta visa a elaboração de adubos orgânicos em formulação que atenda a necessidade nutricional das plantas e se adapte ao maquinário agrícola por meio da capsulação (processo que transforma ou envolve os produtos em cápsula) ou peletização (transformação de biomassa em blocos compactos com diversas dimensões). Morador da Colônia Agrícola Catingueiro, área rural da Fercal Oeste, Costa Júnior afirma que, por meio da técnica de peletização, é possível reduzir o volume dos adubos orgânicos. Um de seus sonhos é se tornar um multiplicador de conhecimentos agroecológicos. Caso seu projeto chegue à final, ele pretende criar uma empresa para elaboração e comercialização do adubo. Cogumelos comestíveis Bióloga com mestrado em Ecologia, Yara Ballarini apresentou no Start BSB o projeto Caliandra Cogumelos. Moradora no Núcleo Rural Córrego do Urubu, região do Lago Norte, seu negócio está situado em propriedade com vegetação nativa preservada e certificado de produção orgânica pela OPAC Cerrado, entidade certificadora ligada ao Sindicato dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal (Sindiorgânico). Yara utiliza energia solar em sua produção e destina seus resíduos para reciclagem. No local, a pós-graduada produz cogumelos comestíveis e medicinais orgânicos a partir da técnica chinesa Jun Cao, que utiliza rejeitos da agricultura, a exemplo de capim e serragem, para a produção de alimentos com alto valor nutricional e baixo custo. O Programa O Programa Start BSB visa contribuir para o estabelecimento de ponte entre academia e mercado no Distrito Federal, tendo em vista que muitas ideias são provenientes de pesquisadores da universidade, tanto de cursos de graduação como de pós-graduação. Além disso, o programa tem como objetivo impulsionar o empreendedorismo inovador e acelerar o desenvolvimento do ecossistema de inovação do DF e entorno possibilitando o desenvolvimento e o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias. * Com informações da Emater-DF
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