Cooperativas de catadores participam de capacitação sobre segurança no trabalho
Nesta segunda-feira (24), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) promoveu uma capacitação dirigida às cooperativas e associações de catadores contratadas para a coleta e triagem de materiais recicláveis. A iniciativa teve como objetivo reforçar práticas de segurança no trabalho, como o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) e orientações sobre o procedimento formal de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). A capacitação reuniu servidores do SLU, representantes de cooperativas e estagiários do curso de saúde coletiva da UnB | Foto: Divulgação/SLU Durante o encontro, servidores da Diretoria Técnica do SLU e estagiários de saúde coletiva da Universidade de Brasília (UnB) apresentaram rotinas de prevenção e os canais de notificação exigidos pela autarquia. Eles desenvolvem trabalho permanente junto às cooperativas para reforçar práticas seguras e a cultura de notificação. A intenção é transformar os registros em insumo para aperfeiçoar treinamentos, prever mudanças na logística operacional e ajustar exigências contratuais que aumentem a proteção dos trabalhadores. [LEIA_TAMBEM]O SLU criou um formulário específico de CAT para que as cooperativas registrem qualquer acidente, mesmo os de menor gravidade, permitindo a adoção imediata de medidas corretivas — tanto nas orientações de segurança quanto nas cláusulas dos contratos de prestação de serviço. “Essas informações têm que ser preenchidas pela cooperativa no momento em que ocorreu o acidente e imediatamente comunicadas ao SLU”, completou Mendes, lembrou o chefe da Unidade de Sustentabilidade e Mobilização Social do SLU, Francisco Mendes. O SLU mantém atualmente 22 contratos de coleta seletiva e 31 contratos de serviço de triagem no Distrito Federal. A coleta seletiva está presente em 33 regiões administrativas, e todo o material recolhido é encaminhado aos galpões de triagem, onde os catadores separam os recicláveis para comercialização, gerando trabalho e renda. A capacitação faz parte de uma agenda mais ampla da autarquia voltada à qualificação dos agentes da cadeia de reciclagem e à garantia de condições seguras de trabalho, contribuindo para a formalização do setor e a minimização de riscos ocupacionais. *Com informações do SLU
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Descarte incorreto de materiais perfurocortantes oferece perigo para garis; saiba como proceder
De janeiro a agosto de 2025, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) contabilizou 98 acidentes com garis provocados por materiais perfurocortantes. O número representa 77% do total registrado em 2024, quando houve 127 casos. A alta no comparativo serve de alerta para a importância do descarte correto de objetos cortantes, além de resíduos de saúde como seringas usadas, por exemplo. No Distrito Federal, cerca de 2 mil toneladas de resíduos são recolhidas todos os dias. Parte desse volume inclui materiais descartados de forma inadequada, o que amplia o risco de acidentes. Para reduzir ocorrências, o SLU orienta que recipientes de vidro, cacos, facas, espetos e outros itens perfurocortantes sejam acondicionados em caixas de papelão, garrafas PET ou folhas de jornal, com identificação para os coletores. Segundo a diretora técnica do SLU, Andreia Almeida, o cenário preocupa pelo impacto sobre os trabalhadores. “Se mantivermos o ritmo atual, este ano deve fechar com aumento de até 3% em relação a 2024. Pode parecer pouco, mas não é, porque estamos falando de quase 6 mil pessoas — entre garis e catadores — expostas diariamente a esse risco”, afirmou. Proteção e protocolo Andreia explica que os garis contam com equipamentos de proteção individual (EPIs), como uniformes de tecido mais resistente, luvas certificadas e óculos de proteção no caso dos catadores em cooperativas. “Os EPIs ajudam, mas não são indestrutíveis. Por isso, qualquer descuido no descarte aumenta a chance de acidentes”, disse. No Distrito Federal, cerca de 2 mil toneladas de resíduos são recolhidas todos os dias | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Quando ocorre um corte ou perfuração, há um protocolo imediato. O trabalhador deve ser levado a uma unidade de saúde para atendimento, limpeza do ferimento e início de profilaxia pós-exposição a patógenos como HIV e hepatites. “É um processo pesado física e psicologicamente, porque envolve medicação forte e acompanhamento médico prolongado. A população precisa entender que um simples espeto ou agulha descartados incorretamente podem gerar esse tipo de situação”, destacou Andreia. Orientações ao cidadão Entre os principais cuidados, o SLU reforça que vidros quebrados devem ser acondicionados em caixas ou embalados em jornal, garfos e espetos em garrafas pet bem fechadas e as tampas de latas devem ser pressionadas para dentro. Sempre que possível, deve-se identificar o material no saco ou na caixa. No caso de resíduos de saúde usados em domicílios, a Secretaria de Saúde (SES-DF) orienta que algodão e gazes com pequenas quantidades de sangue sejam embalados em sacos plásticos separados antes do descarte comum. Seringas, medicamentos injetáveis e outros perfurocortantes devem ser entregues nas unidades básicas de saúde (UBS). A auditora de Atividades Urbanas da SES-DF, Andria Delgado Vieira, lembra que cabe à Vigilância Sanitária fiscalizar todas as etapas do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, da separação à destinação final, para prevenir riscos à população e ao meio ambiente. Ela explica que o gerenciamento de resíduos em estabelecimentos de saúde segue a Norma da Anvisa, estabelecida na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 222/2018, que define cinco categorias: biológicos, químicos, radioativos, perfurocortantes e comuns.[LEIA_TAMBEM] “No caso de perfurocortantes contaminados, como agulhas, é fundamental utilizar recipientes rígidos com tampas rosqueáveis, devidamente identificados. Para medicação vencida, a orientação é procurar as UBS, que recolhem o material regularmente, conforme lei. A Secretaria de Saúde assume o ônus da coleta, garantindo que os resíduos infectantes não contaminem o meio ambiente ou coloquem trabalhadores em risco”, explicou Andria. Cada unidade de saúde deve ter contrato com empresas especializadas para coleta e destinação de resíduos infectantes. O mesmo se aplica a clínicas e consultórios privados, incluindo odontológicos. Em grandes centros comerciais, a norma permite contratos coletivos, em que uma empresa recolhe os resíduos de múltiplos estabelecimentos. Fiscalização e conscientização O descarte inadequado está sujeito à fiscalização do DF Legal, com aplicação de multas. Andreia relata que, em alguns casos, a penalidade levou condomínios a se reorganizarem. “Já vimos condomínios multados por armazenar material perfurocortante de forma irregular. Depois da autuação, passaram a fazer a separação correta e até receberam selo verde de reconhecimento”, contou. Além da fiscalização, o SLU mantém mobilizadores ambientais que percorrem cidades orientando moradores, e disponibiliza o aplicativo SLU Coleta DF, que traz informações sobre como acondicionar corretamente cada tipo de resíduo. O aplicativo está disponível para celulares Android e iOS. Experiência em destaque No Cruzeiro, a UBS 1 desenvolveu em 2024 um coletor específico para medicamentos vencidos ou inutilizados. A iniciativa, idealizada pela farmacêutica Anna Heliza Giomo, também promove ações educativas para orientar a comunidade sobre o uso e o descarte correto desses produtos. Após a coleta, os medicamentos são encaminhados a uma empresa incineradora contratada pela SES-DF, em conformidade com as normas da Anvisa. UBS do Cruzeiro desenvolveu um coletor específico para medicamentos vencidos ou inutilizados | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF O projeto foi apresentado como “experiência exitosa” no Fórum dos Gestores da Atenção Primária, no final de setembro. A ideia é que o modelo seja compartilhado com outras UBSs do DF, para que a prática seja replicada. Como descartar perfurocortantes em casa: - Materiais cortantes e perfurocortantes: sempre identificar como “material cortante” ou “infectante”; distribuir em mais de um saco se houver excesso de peso Vidros quebrados: caixas de papelão ou jornal; Garfos, espetos, agulhas: garrafas PET bem fechadas; Latas: tampas pressionadas para dentro; - Resíduos médicos domésticos Algodão e gazes com sangue: sacos plásticos separados e bem fechados.
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Maio Amarelo: GDF promove ação com conscientização e entrega de kits para motofretistas
O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) deu início, nesta segunda-feira (12), a uma ação de conscientização voltada aos motofretistas. Agentes do órgão têm ido a pontos estratégicos para dar orientações a esses profissionais acerca das leis de trânsito, bem como para entregar a eles kits com equipamentos de proteção individual (EPIs). A ação ocorre em meio ao Maio Amarelo, um movimento criado em 2014, pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, que, neste ano, tem como tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A primeira parada foi em Sobradinho. Ainda nesta semana, o DER deve promover a iniciativa no Plano Piloto. "Essa ação é voltada aos motofretistas, que são os entregadores de aplicativo, porque eles passam muito tempo em cima da moto e a gente verificou que é o pessoal que mais sofre sinistros de trânsito. Para tentar evitar isso, a gente está distribuindo alguns EPIs, como o colete refletivo e a antena que corta linha de pipa, para a segurança deles", explicou o agente de trânsito Gustavo Estevam. A ação ocorre em meio ao Maio Amarelo, um movimento criado em 2014, pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, que, neste ano, tem como tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”. "É um mês todo voltado para as ações de segurança e atenção no trânsito. É uma ação mundial, estamos já na 12ª edição e, onde a gente pode, a gente está fazendo ação, justamente para tentar diminuir um pouco os sinistros de trânsito", completou o agente. "É uma ajuda muito grande para a gente, que é motoboy. Muito importante, [dá] muito mais segurança para a gente. Esse colete refletivo para andar à noite, fazendo as entregas, é muito bom", apontou Victor Gomes, 29 anos Motofretistas que receberam o kit nesta segunda aprovaram a ação. "É uma ajuda muito grande para a gente, que é motoboy. Muito importante, [dá] muito mais segurança para a gente. Esse colete refletivo para andar à noite, fazendo as entregas, é muito bom", apontou Victor Gomes, 29 anos. "Achei muito legal, porque está provando que está em prol do motoboy na segurança, na atenção", emendou Tauan Albuquerque, 27. O Distrito Federal tem cerca de 30 mil motofretistas, segundo estimativas do Sindicato dos Motociclistas Profissionais (Sindmoto). A frota de motocicletas na capital federal era de 272,7 mil unidades no primeiro semestre de 2024, o que revelava um aumento aproximado de 6,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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Mais de 300 operários atuaram em todas as etapas do Drenar DF
Sondagem de solo, escavação e montagem de túneis – essas são etapas às quais mais de 300 operários se dedicam desde o início das obras do Drenar DF, o maior programa de escoamento e captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF). Equipes escavam mais de 7 quilômetros de túneis para redirecionamento da água da chuva | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília No auge dos serviços, o projeto contou com 35 equipes trabalhando nos cinco lotes. Os funcionários atuam na escavação dos 7,7 quilômetros de túneis que vão direcionar a água da chuva para a bacia de detenção do Drenar DF, localizada na ponta do projeto, próxima ao Lago Paranoá. “Esse processo fez com que os serviços avançassem de forma simultânea em diferentes lotes, reduzindo prazos e otimizando os recursos disponíveis”, afirma o diretor técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Hamilton Lourenço Filho. A segurança dos mais de 300 trabalhadores também é uma prioridade durante os serviços do Drenar DF. Os equipamentos de proteção individual (EPIs) fazem parte da rotina dos operários. Na lista estão capacetes, luvas e óculos. Foi seguindo todas as normas técnicas de segurança que o projeto não registrou, até o momento, acidentes. O uso dos EPIs é indispensável e protege contra quedas e exposição à poeira, dentre outras situações. Além disso, treinamentos e orientações diárias são realizados para reforçar a importância das medidas de segurança e prevenir acidentes durante as atividades. “Tanto a equipe da Terracap quanto a equipe que supervisiona a obra atuam para que as empresas obedeçam esse planejamento. Tudo isso contribui para que seja um projeto sem acidentes”, reforça Lourenço Filho. Drenar DF Com um investimento de R$ 180 milhões, o Drenar DF vai duplicar a capacidade de drenagem da Asa Norte sem modificar a rede existente, minimizando as enchentes recorrentes em todo o período de chuvas. A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB Mané Garrincha e vai até o Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras da Asa Norte 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além das vias L2 e L4 Norte.
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