Cinema Inclusivo: estudantes de Brazlândia vivenciam sessão adaptada no Cine Brasília
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), em parceria com o Cine Brasília, promoveu, nesta quarta-feira (3), uma sessão de cinema especial para 30 estudantes do Centro de Ensino Especial 01 de Brazlândia (CEEPLS). A programação incluiu a exibição dos filmes O Natal da Patrulha Canina e do curta Antes d’Eu Era Nós. O cinema inclusivo integra o projeto Territórios Culturais, que amplia o acesso dos estudantes da rede pública ao acervo cultural da capital. Para os alunos neurodivergentes, a atividade oferece uma forma mais leve e respeitosa de vivenciar o cinema, com conforto sensorial. O projeto Territórios Culturais é uma parceria entre a SEEDF e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). Para as sessões atípicas, a sala de exibição é adaptada com luzes suaves, volume reduzido e liberdade de circulação, permitindo que cada pessoa assista aos filmes da maneira mais confortável possível. A sessão atípica ofereceu aos estudantes do Centro de Ensino Especial de Brazlândia uma experiência de cinema inclusivo | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Segundo a diretora da escola, Edvânia Gomes, a ação representa mais que acessibilidade, é um reconhecimento da diversidade. “Nós, do CEEPLS, ficamos extremamente gratos pela promoção da sessão atípica. Mais do que uma adaptação, ela valoriza a diversidade humana em sua forma mais autêntica. Ajustes simples, como som reduzido, luzes parcialmente acesas e liberdade para movimentar-se, criam um espaço onde cada estudante pode vivenciar a magia do cinema com conforto, segurança e sem medo de julgamento.” A dona de casa Adailma Brandão, 59 anos, acompanhada do neto Alef Brandão, de 6 anos, contou que a empolgação começou ainda no ônibus. “Ele vinha batendo palmas, muito feliz. Ele não fala muito, mas demonstrou alegria o tempo todo. As outras crianças também estavam animadas, conversando sobre o cinema e dizendo que iam se divertir. Essas oportunidades fazem muito bem para eles, ajudam a desenvolver. É um passeio que marca”, relatou. Para o assessor da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) Alex Mendes Vasconcelos, a iniciativa reforça o compromisso de ampliar o acesso de estudantes neurodivergentes a diferentes espaços culturais. “É uma ação que fortalece a inclusão de forma concreta. A programação adaptada permite que todos participem da experiência cultural”, destacou. Alunos assistiram a exibição dos filmes 'O Natal da Patrulha Canina' e do curta 'Antes d’Eu Era Nós' A professora Ilane Nogueira, representante do projeto Territórios Culturais no Cine Brasília, lembra que o acesso ao patrimônio cultural da capital tem alcançado um grande número de estudantes da rede pública. “Além do Cine Brasília, temos atividades no Memorial dos Povos Indígenas, no Museu da República e no Catetinho. Só no segundo semestre de 2025, mais de três mil alunos participaram das ações no Cine Brasília. Isso mostra o alcance e a importância do projeto”, afirmou. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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GDF leva 400 alunos de escolas públicas ao Teatro Nacional para assistir a concerto da Orquestra Sinfônica de Brasília
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Educação, levou nesta quinta-feira (18) cerca de 400 estudantes da rede pública ao Teatro Nacional Cláudio Santoro para acompanhar um concerto da Orquestra Sinfônica de Brasília. A atividade ocorreu na Sala Martins Pena, durante ensaio da apresentação Viva México, sob regência do maestro convidado Héctor Acosta e participação da soprano Rosa Dávila. A iniciativa integra o projeto Concerto Didático, idealizado pelo maestro titular da orquestra, Claudio Cohen. Participaram alunos de escolas do Núcleo Bandeirante, Samambaia, Lago Sul, Ceilândia, Recanto das Emas e Asa Sul (Veja lista ao fim da reportagem). Integração com a escola A coordenadora pedagógica do CEL, Aline Dina, destacou que a proposta dialoga com projetos já desenvolvidos na unidade, que é de educação integral. Segundo ela, os alunos têm acesso a oficinas de percussão e cordas, além de atividades de valorização patrimonial. “Priorizamos a participação de estudantes da sala de recursos, que atendem alunos com diferentes demandas de aprendizagem, e também do programa de alta performance da escola”, explicou. Participaram alunos de escolas do Núcleo Bandeirante, Samambaia, Lago Sul, Ceilândia, Recanto das Emas e Asa Sul | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília De acordo com o maestro Claudio Cohen, o projeto busca aproximar crianças e jovens da música de concerto. “A missão da orquestra vai além das apresentações regulares. Com os concertos didáticos, pretendemos sensibilizar as novas gerações para a música de qualidade, formando público e ampliando o acesso ao Teatro Nacional”, afirma. A coordenadora de Educação em Tempo Integral, Ilane Nogueira, responsável pelos agendamentos, ressaltou a importância da iniciativa para os estudantes do ensino integral. “Eles permanecem de nove a dez horas por dia na escola. Atividades como esta permitem que vivenciem novas experiências culturais, complementando o que já é trabalhado em sala de aula”, explica. Artistas convidados O maestro mexicano Héctor Acosta avaliou positivamente o contato com os alunos. “É muito bonito que tenham essa experiência desde cedo. São momentos que vão recordar por toda a vida e que os aproximam da arte”, disse. O repertório da apresentação mesclou peças sinfônicas, trechos de ópera e arranjos de músicas populares mexicanas, em um percurso do erudito ao folclórico. A soprano Rosa Dávila destacou a receptividade dos estudantes. “Foi um grande desafio manter a atenção dos jovens, mas percebi que eles estavam desfrutando da música. Eles se encantaram e aplaudiram. Foi uma alegria perceber isso”, relatou. Para a cantora, a iniciativa também é uma forma de valorizar a diversidade cultural: “Cada país tem sua própria riqueza, e poder compartilhar a música do México aqui foi muito importante”. Nicole Lima Diniz de Oliveira: "Nunca tinha vindo ao Teatro Nacional. Quando começou a apresentação, eu me arrepiei" Os alunos acompanharam atentos ao concerto e aplaudiram entusiasmados cada parte da apresentação, em especial as intervenções da soprano. Para muitos, foi o primeiro contato ao vivo com uma orquestra sinfônica. Nicole Lima Diniz de Oliveira, estudante do oitavo ano no CEF 103 do Recanto das Emas, contou como viveu a experiência. “Nunca tinha vindo ao Teatro Nacional. Quando começou a apresentação, eu me arrepiei. A cantora lírica tem uma voz espetacular, foi inspirador. Eu gosto de cantar e me vi refletida nela”, disse. “Eu acho que todo mundo deveria assistir a um espetáculo assim, porque é muito lindo e tudo funciona em perfeita harmonia”, acrescenta. Para Sofia Costa Araújo, do segundo ano do ensino médio do Centro Educacional do Lago Sul, também foi o primeiro contato com uma orquestra sinfônica. “Foi a primeira vez que assisti a uma orquestra ao vivo. Achei emocionante. Eu toco piano há três anos e isso reforça minha vontade de continuar. Quero voltar outras vezes. Foi uma experiência muito importante na minha vida, algo que vou guardar com carinho”, emociona-se. A atividade ocorreu na Sala Martins Pena, durante ensaio da apresentação Viva México, sob regência do maestro convidado Héctor Acosta e participação da soprano Rosa Dávila Após mais de uma década fechado, o Teatro Nacional Cláudio Santoro foi reformado e reaberto em dezembro de 2024. A obra de restauração executada pelo GDF teve início em dezembro de 2022, pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas. Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como na recuperação da Martins Pena, onde ocorreu o concerto nesta quinta-feira. Na próxima etapa da reforma serão investidos R$ 315 milhões. O projeto inclui a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos. Escolas participantes: - Centro Educacional do Lago Sul (CEL); - Escola Classe Ipê (Núcleo Bandeirante); - CAIC Helena Reis (Samambaia); - Centro de Ensino Fundamental 404 (Samambaia); - Escola Classe 15 (Ceilândia); - Centro de Ensino Fundamental 106 (Recanto das Emas); - Centro de Ensino Fundamental 405 (Recanto das Emas); - Centro de Ensino Fundamental 113 (Recanto das Emas); - Escola Parque 210/211 (Asa Sul).
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Dois sonhos, um destino: irmãos gêmeos da rede pública de ensino conquistam vaga em intercâmbio internacional
Na casa simples do P Sul, em Ceilândia, os livros sempre dividiram espaço com os sonhos. Foi ali, na rotina marcada pela disciplina e determinação, que Tiago Felipe e José Pedro Lima Travassos, irmãos gêmeos de 17 anos, provaram que o conhecimento é a chave para abrir portas. Nesta sexta-feira (27), a casa ganhou um visitante diferente: o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi pessoalmente anunciar que os irmãos estão entre os 100 estudantes da rede pública de ensino contemplados na primeira edição do programa Pontes para o Mundo. Alunos do segundo ano do ensino médio no Centro Educacional 6 de Ceilândia, os gêmeos foram os primeiros colocados no processo seletivo para o intercâmbio promovido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Educação. A iniciativa lançada em maio deste ano prevê um investimento de aproximadamente R$ 100 mil para cada estudante contemplado, que receberá todo o custeio necessário para manter os estudos no Reino Unido por 17 semanas. Os gêmeos Tiago Felipe e José Pedro Lima Travassos comemoraram com o governador Ibaneis Rocha a notícia de que foram classificados no Pontes para o Mundo | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Com o nome entre os primeiros colocados da seleção, José Pedro ainda tenta assimilar a conquista. Apaixonado por línguas estrangeiras, o jovem aprendeu inglês sozinho, com jogos, filmes e vídeos na internet, e contou com o apoio dos Centros Interescolares de Línguas (CILs). “Ainda não consigo acreditar que vou sair do país. Parece que não foi nem uma porta que se abriu para mim, e, sim, um portão inteiro. Sempre achei que isso era fora da minha realidade”, compartilhou. Segundo ele, o sonho de se tornar diplomata e viajar o mundo está cada vez mais perto. Para o irmão gêmeo, Tiago Felipe, primeiro colocado geral no processo seletivo, a ficha também ainda não caiu. Durante a pandemia, investiu boa parte do tempo para estudar inglês por conta própria, jogando e assistindo vídeos. O esforço, segundo ele, valeu cada segundo de dedicação. “É um grande reconhecimento. É incrível”, afirmou. Ele também planeja ser diplomata e vê no intercâmbio uma oportunidade única para crescer. “Estar lá fora vai me mostrar o mundo de outra forma.” Irmãos irão se ajudar durante a vivência no exterior | Foto: Lúcio Bernardo Jr,/Agência Brasília Os dois estudam juntos, dividem a mesma rotina e agora vão compartilhar também a experiência de viver no exterior. A oportunidade de morar no Reino Unido por 17 semanas vai abrir caminhos para um futuro que parecia distante. “É incrível saber que meu irmão vai estar lá comigo. É como ter um amigo do lado o tempo todo”, diz Tiago. “Esse vai ser só o começo.” Se tem alguém que não poderia estar mais orgulhosa é a mãe dos meninos, Maria Aparecida Lima, de 57 anos. Com uma vida inteira dedicada integralmente aos cuidados com os filhos gêmeos, ela conta que esse era um sonho que, até então, estava distante da realidade da família. Maria Aparecida Lima: "Nas atuais condições, a gente jamais teria como oferecer isso e o GDF fez um programa incrível que mostra que, se o aluno quer e vai atrás, ele consegue" | Foto: Lúcio Bernardo Jr,/Agência Brasília “Eu estou com um misto de sentimentos. Já chorei muito, porque é o futuro deles. Eu jamais proibiria eles de irem, eu tenho de incentivar. Vai ser muito difícil ficar sem eles aqui, mas eles precisam correr atrás desse sonho. Nas atuais condições, a gente jamais teria como oferecer isso e o GDF fez um programa incrível que mostra que, se o aluno quer e vai atrás, ele consegue”, disse dona Cida, emocionada. O governador Ibaneis Rocha, durante a visita, ressaltou o impacto social e educativo do Pontes para o Mundo. “Esse é um programa pelo qual os alunos da rede pública podem conhecer o mundo. São famílias que não têm condições nenhuma de irem para outros países e vivenciarem outras culturas e agora têm essa oportunidade. A partir do ano que vem, a gente espera aumentar o número de contemplados para criar mais oportunidades. Nós estamos muito orgulhosos do que eles estão fazendo e eu espero que aproveitem muito essa oportunidade e tragam essa experiência para os outros colegas de sala de aula”, pontuou o chefe do Executivo. A primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, enfatizou o empenho da mãe para dar uma boa criação aos gêmeos: “Muito disso aqui foi fruto de uma dedicação materna. Olhando para a mãe deles, eu pude observar tudo isso. Faltam palavras para descrever o que é ver um filho passando numa etapa como essa, virando uma página e iniciando um novo capítulo. Eu tenho certeza de que o futuro desses meninos é promissor. Agora é só acompanhar o crescimento desses jovens que hoje completam 17 anos e em breve irão representar o Distrito Federal mundo afora”. Hélvia Paranaguá ressalta a experiência que os contemplados pelo projeto terão: "Realmente eles vão ter uma imersão na cultura, vão trocar ideias com meninos de outros países do mundo" | Foto: Lúcio Bernardo Jr,/Agência Brasília A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou que os ganhos são para além do aprendizado na língua estrangeira. “Os alunos contemplados ficarão nos quatro países do Reino Unido ー Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte ー de setembro até dezembro. Eles realmente vão ter uma imersão na cultura, vão trocar ideias com meninos de outros países do mundo. Então, vai ser uma oportunidade riquíssima. Eles receberão, além de todo o custeio, um valor de 300 euros para as despesas pessoais, além de todo o apoio de professores da Educação que vão acompanhar na primeira semana de acolhimento”, esclareceu. Para garantir o bom andamento dos estudos também no Brasil, serão ofertadas aulas preparatórias no modo virtual para o Programa de Avaliação Seriada (PAS). “Eles não vão ter nenhum tipo de perda pedagógica neste período que estarão fora. Os alunos continuarão estudando as disciplinas que o PAS cobra e a viagem de retorno foi marcada justamente de acordo com o calendário da prova para que eles não saíssem prejudicados nisso”, acrescentou a secretária de Educação. Oportunidade única [LEIA_TAMBEM] Lançado em maio deste ano, o Pontes para o Mundo tem o objetivo de proporcionar uma vivência internacional a estudantes da rede pública de ensino do DF. Com duração de 17 semanas, o intercâmbio levará os jovens ao Reino Unido, onde participarão de atividades escolares, culturais, visitas técnicas e encontros com orientadores. A lista com o resultado definitivo dos 100 estudantes contemplados nesta primeira edição já está disponível para consulta no site da Secretaria de Educação. “A primeira fase da seleção foi feita com base na nota da formação geral básica, nas disciplinas de português, matemática e história. A gente fez uma média da primeira série do ensino médio e o aluno não podia ter menos de 6. Depois disso, fizemos uma classificação e os 300 melhores foram convocados para uma prova de inglês. Os 100 mais bem colocados no resultado da prova de inglês foram convocados para essa primeira chamada do programa. A gente ainda tem um cadastro reserva de 20 estudantes que podem ser convocados caso aconteça alguma desistência”, detalhou o coordenador do Pontes para o Mundo, David Nogueira. O programa foi instituído pelo Decreto nº 47.210 como forma de reconhecer o desempenho dos alunos da rede e de inovar as políticas públicas na educação. “A gente espera que isso tenha um impacto na rede para além dos que estão indo no intercâmbio. Os estudantes que estão agora na primeira série já sabem que precisam ter uma nota boa para poder participar da próxima edição, e isso é ótimo”, completou David.
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Museu de Arte de Brasília promove oficina de geometria para estudantes de Ceilândia
Nesta segunda-feira (19), o MAB Educativo, projeto do Museu de Arte de Brasília, recebeu 60 estudantes do 9º ano do Centro de Ensino Fundamental 14 de Ceilândia, para uma oficina de geometria inspirada nas obras de Athos Bulcão. O projeto, apoiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), visa aproximar os estudantes da arte, da cultura e dos espaços museais. O foco principal é atuar como ponte entre a comunidade escolar e o universo artístico, para ampliar o acesso e incentivar o engajamento com a cultura brasileira e internacional. Estudantes do 9º ano do Centro de Ensino Fundamental 14 de Ceilândia participaram, nesta segunda-feira (19), no Museu de Arte de Brasília, de oficina de geometria inspirada nas obras de Athos Bulcão | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Para a mediadora do Museu de Arte de Brasília (MAB), Briza Mantzos, trazer jovens para o ambiente do museu é fundamental justamente por aproximá-los de espaços que, à primeira vista, podem parecer inacessíveis ou distantes, seja geograficamente, financeiramente ou simbolicamente. “É importante que a gente mostre pra eles que esse lugar é deles também. O MAB, por exemplo, ficou fechado por muito tempo, reabriu recentemente, e ainda é pouco conhecido e explorado. Mas é um museu que fala sobre Brasília, sobre nossa história, nosso design. É essencial que os estudantes reconheçam isso como parte da própria identidade”, afirma. Briza também destaca a proposta pedagógica por trás das mediações e oficinas oferecidas pelo museu. Na oficina de geometria, por exemplo, o objetivo é criar uma conexão entre o cotidiano dos estudantes e os espaços museais. “A curadoria foi pensada a partir da pergunta: ‘Se você tivesse um museu, o que gostaria que as pessoas vissem sobre você?’ Queremos que os alunos reflitam sobre o que valorizam em si mesmos, o que gostam, o que consomem, e que normalmente passa despercebido no dia a dia. Essa autorreflexão é tão importante quanto o conteúdo artístico em si.” A mediadora do MAB, Briza Mantzos, destaca: "É importante que a gente mostre pra eles que esse lugar é deles também" A aluna Alice Monteiro, 14, destaca a importância de unir teoria e prática no processo de aprendizagem. “Não tem como aprender só com teoria. A gente precisa da prática também, e aqui estamos colocando em prática tudo aquilo que a gente estudou, e quando colocamos em prática, conseguimos entender melhor. E os erros que a gente comete, dá pra corrigir tentando de novo”, afirma. Já o estudante Yure de Oliveira, 14, diz que a visita ao Museu de Arte de Brasília foi uma experiência enriquecedora. “Acho que é uma oportunidade bem legal, que permite conhecer a cultura, analisar as artes e fazer algo diferente do que ficar só dentro da sala de aula”, afirmou. Ele destaca que sair do ambiente escolar contribui para ampliar o conhecimento. “É importante para analisar a cultura do lugar onde você mora, entender melhor as obras e melhorar o conhecimento de forma geral.” “Acho que é uma oportunidade bem legal, que permite conhecer a cultura, analisar as artes e fazer algo diferente do que ficar só dentro da sala de aula”, diz Yure de Oliveira Segundo o vice-diretor do CEF 14, Tallysson Heron, é muito importante tirar os estudantes da sala de aula e levá-los a espaços como o museu de arte, pois isso permite que eles vivenciem a cultura de forma direta. Essa experiência amplia o aprendizado, já que os alunos levam consigo o que vivenciam, da escola para casa e de casa para a escola, para fortalecer tanto a formação acadêmica quanto pessoal. Ele destaca que, ao sair dos muros da escola, os estudantes conseguem conectar a teoria aprendida em sala com a prática observada nas exposições, o que contribui significativamente para o desenvolvimento cognitivo e social de cada um. O MAB Educativo recebe alunos desde a educação infantil até o ensino médio Tallysson reforça que iniciativas como essa são fundamentais não apenas para a escola que atua, mas para todas as instituições públicas do Distrito Federal, pois estimulam o pensamento crítico, o senso de pertencimento e a valorização da cultura local. O MAB Educativo recebe alunos desde a educação infantil até o ensino médio, inclusive turmas do EJA e pessoas com deficiência, com foco em acessibilidade e inclusão. As visitas ocorrem em duas etapas. A primeira acontece na galeria, com uma sensibilização em torno das obras em exposição. Em seguida, a turma é dividida: enquanto um grupo permanece na galeria, o outro participa de oficinas práticas no laboratório educativo. Além disso, as oficinas são adaptadas para as diferentes faixas etárias. Como funciona As mediações com escolas são oferecidas em dois turnos: pela manhã, das 10h às 11h30; e à tarde, das 14h às 15h30, e das 16h às 17h30. Os agendamentos devem ser feitos pelo site, que também reúne outras atividades culturais, como shows, peças e exposições. Aos finais de semana, o Museu de Arte de Brasília oferece oficinas abertas ao público, sempre em sintonia com as exposições em cartaz. As visitas mediadas contam com interpretação em Libras mediante agendamento, além de materiais educativos impressos em braile, o que garante acessibilidade a diferentes públicos. [LEIA_TAMBEM] O programa MAB Educativo oferece ainda visitas bilíngues às segundas-feiras, sempre às 16h, com sessões em inglês voltadas ao acervo do museu e duração de uma hora. Nos finais de semana, não é necessário agendamento prévio para participar das oficinas, basta consultar a programação e comparecer. Programação Oficinas para Escolas → 1º ao 5º ano – Oficina Universo Criativo de Francisco Galeno → 6º ao 9º ano – Oficina de Geometria com Athos Bulcão → Ensino Médio – Oficina de Curadoria Fim de semana Sábado (24 e 31 de maio) → 10h30 - Contação de Histórias para bebês (18 meses a 3 anos) - 10 vagas → 14h - Oficina de Bordado sobre Cianotipias → 15h - Visita Mediada ao Acervo → 16h30 - Oficina de Arte e Tecnologia: Esculturas Eletromagnéticas (a partir de 6 anos) - 12 vagas Domingo (11 e 25 de maio e 1º de junho) → 10h30 - Teatro de Sombras (a partir de 4 anos) - 10 vagas → 15h - Visita Mediada à Exposição Brasília Photo Show com Jogos → 16h30 - Oficina Tecedores de Tecnologias (a partir de 8 anos) - 12 vagas.
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