Dia mundial alerta para a prevenção de afogamentos
Durante as férias escolares, o lazer aquático se torna uma das principais diversões das crianças. Piscinas, lagos, rios e até baldes com água se transformam em brincadeira. Mas é justamente nesse período que os acidentes por afogamento aumentam, e muitos deles podem ser evitados com cuidados simples. Em caso de afogamento, ligue para o Samu, pelo 192, ou para o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), pelo 193 | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF) registrou, de janeiro a julho deste ano, 42 ocorrências de afogamento no Distrito Federal. Dessas, 15 envolveram crianças entre 1 e 12 anos. Em 13 casos, os pequenos precisaram ser levados a uma unidade de saúde. O Dia Mundial de Prevenção do Afogamento, lembrado nesta sexta-feira (25), busca chamar atenção para a gravidade do problema e fortalecer ações preventivas. A data é dedicada à disseminação de medidas que salvam vidas, principalmente entre os públicos mais vulneráveis, como as crianças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o afogamento é uma das principais causas de mortes acidentais no mundo. Em 2021, foram 300 mil óbitos, sendo 43% de crianças e adolescentes. No Brasil, entre 2010 e 2023, foram registradas 71,6 mil mortes por afogamento, conforme dados do Ministério da Saúde. Crianças de 1 a 4 anos e adolescentes de 10 a 19 anos são os mais afetados. Alerta constante Arte: Agência Saúde-DF A instrutora do Núcleo de Ensino do Samu-DF, Lorhana Morais, reforça que a prevenção começa com a supervisão. “É importante sempre haver um adulto responsável observando as crianças. E não basta estar por perto: é necessário estar a um braço de distância para agir rapidamente se algo acontecer”, orienta. E o perigo não está apenas em grandes volumes de água. “Basta 50 ml para afogar um adulto, causando um quadro grave. Agora, imagine o efeito em uma criança pequena. Por isso, nunca se deve deixar baldes e bacias com água ao alcance delas, banheiras devem ser sempre esvaziadas logo após o uso, vasos sanitários mantidos com a tampa fechada e piscinas protegidas com cercas e sistemas de sucção seguros”, alerta Morais. Primeiros-socorros Em caso de afogamento, ligue para o Samu, pelo 192, ou para o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), pelo 193. Se a criança estiver consciente, acalme-a, aqueça com cobertores ou roupas secas e coloque-a virada para o lado direito para evitar broncoaspiração (entrada de saliva, líquidos, alimentos, vômito ou objetos estranhos nos pulmões ou na traqueia). Se estiver inconsciente, inicie as manobras de reanimação. A criança deve ser posicionada em superfície rígida, com leve elevação do queixo (caso não haja trauma). Faça cinco ventilações de resgate (boca a boca), observando se o tórax se expande. Se não houver resposta, inicie as compressões torácicas: 15 compressões entre os mamilos, no centro do tórax, seguidas de duas respirações boca a boca. Repita esse ciclo até o socorro chegar ou até a criança apresentar sinais de recuperação. Atenção em cachoeiras O lazer em lagos e cachoeiras também exige cautela tanto para crianças quanto para adultos. A profundidade desconhecida, a presença de pedras escorregadias e buracos ocultos representam riscos reais. “Nunca entre em locais sem conhecer bem. O fundo escuro das cachoeiras pode esconder armadilhas perigosas. Vá sempre com guia ou alguém experiente”, recomenda a instrutora. Além disso, mesmo quem sabe nadar não está imune. Cãibras, hipoglicemia ou mal súbito podem causar perda de controle dentro da água. Nessas situações, nadar sozinho ou longe da margem é extremamente arriscado. Caso veja alguém se afogando, evite contato direto se não tiver treinamento: ao invés disso, jogue objetos flutuantes ou galhos que a vítima possa segurar. *Com informações da SES-DF
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Mês de férias escolares exige mais cuidado no trânsito
Julho é mês de férias escolares, caracterizado por viagens e mais crianças e adolescentes brincando nas ruas das cidades. Com isso, os riscos de sinistros de trânsito aumentam, principalmente envolvendo pedestres e motociclistas. Em 2023, julho foi o mês com mais mortes no trânsito do Distrito Federal (30). Uso do celular ao volante, uma infração, é um dos alvos das ações de fiscalização do Detran-DF | Foto: Divulgação/Detran-DF Atento a esses números, o Detran-DF elaborou uma série de ações integradas de educação, engenharia e fiscalização, que foram muito eficazes na promoção de maior segurança viária durante as férias de 2024, quando a redução de óbitos foi muito boa e julho obteve o segundo menor registro de mortes (14), maior apenas que janeiro (11). “Em 2025, nossa meta é zerar essas ocorrências”, ressaltou o diretor-geral do Detran-DF, Marcu Bellini. “Nas férias escolares, o tráfego de veículos nas vias internas fica mais reduzido e com menos congestionamentos, permitindo que os condutores apressadinhos trafeguem com mais velocidade. E isso é muito perigoso, pois aumenta os riscos de atropelamentos e perda da direção veicular, causas de grande parte das mortes no trânsito do DF.” Exatamente por isso, o Detran-DF está com diversas ações educativas direcionadas, especialmente, a pedestres e motociclistas, sem esquecer do uso da cadeirinha e cinto de segurança, da revisão de freios, pneus e outros equipamentos de segurança obrigatórios pela legislação de trânsito. Arraiá da Moderação Como julho é um mês em que ainda há bastante festejos juninos, com o costumeiro consumo de quentão e outras bebidas alcoólicas, a autarquia vai intensificar as operações de policiamento e fiscalização com foco na Lei Seca, nos equipamentos obrigatórios e uso do celular, do cinto e da cadeirinha. Entre as infrações de trânsito registradas no mês de julho de 2024 em comparação com as de 2023, houve redução em todas as que mais impactam em sinistros de trânsito: excesso de velocidade – redução de 2%, de 172.369 autuações em 2023 para 168.383 em 2024; deixar de usar o cinto de segurança – redução de 46%, de 6.912 autuações em 2023 para 3.708 em 2024; deixar de dar preferência ao pedestre na faixa – redução de 54%, de 639 autuações para 293 em 2024; usar o celular enquanto dirige – redução de 35%, de 8.181 autuações para 5.279 em 2024; e conduzir veículo sob influência de álcool – redução de 49%, de 2.632 autuações para 1.351 em 2024. As redes sociais da autarquia estão com publicações diárias sobre o tema “Arraiá da Moderação”, sensibilizando os internautas sobre os cuidados necessários para se divertir sem perder a moderação e o cuidado com a vida. Estatística Dados levantados pela Gerência de Estatística do Detran-DF apontam que, nos últimos três anos, o mês de julho registrou 24 mortes em 2022, subindo para 30 em 2023 e caindo para 14 em 2024. Observa-se que houve um aumento de 25% de 2022 para 2023 e uma redução de 53% em 2024. Nas vias urbanas, que são de jurisdição do Detran-DF, houve redução nos dois anos observados: índice caiu de oito para quatro mortes, em 2023, e para duas, em 2024, somando-se 75% de redução de vítimas fatais. *Com informações do Detran-DF
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Acidentes com pipas na rede elétrica crescem 60%; saiba como evitar riscos
As férias escolares são um período de alegria para os pequenos, mas devem ser também de cuidados para que a diversão não vire perigo. Uma das principais preocupações são as brincadeiras com pipas: em dois anos, as ocorrências de acidentes com a rede elétrica no Distrito Federal cresceram 60%. De janeiro a junho deste ano, foram registrados 170 casos do tipo, uma alta de 11% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 153 acidentes. O aumento é de 60% na comparação com 2023, que teve 106 ocorrências. Em dois anos, as ocorrências de acidentes de pipas com a rede elétrica no Distrito Federal cresceram 60% | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) orienta sempre buscar um lugar aberto e descampado para soltar pipa. "Longe de fiação, de árvores, de casas e de avenidas e ruas muito movimentadas, porque às vezes o pipeiro vai correr sem olhar para a via e pode vir um carro e o atropelar", aponta o subtenente Elson Silva. As pipas também podem ser um risco para ciclistas e motociclistas. O subtenente reforça que o uso de cerol e de linha chilena — mais potente e mais resistente — é proibido por lei. Para os condutores, a dica é evitar áreas com grande aglomeração de pipeiros, usar capacete com viseira baixa e jaqueta fechada no pescoço. "Se acontecer de enroscar a linha, não tentar quebrar, porque pode cortar a mão. E se sofrer algum corte, não tentar tirar a linha. O certo é pressionar com pano limpo para estancar e ligar imediatamente para o 193", aconselha Silva. Rede elétrica As pipas também são um risco ao fornecimento de energia: só neste ano, mais de 39 mil pessoas ficaram sem luz no DF em razão dos incidentes com o objeto na rede elétrica Para os pipeiros, os perigos do contato da pipa com a rede elétrica vão desde choques, que podem chegar a ser fatais, até a possibilidade de início de um incêndio, causado por um curto-circuito. "As pipas, principalmente quando têm algum tipo de preparo nas linhas ou são usadas em dias chuvosos, passam a conduzir eletricidade do mesmo jeito de um fio. O grande risco é que elas façam contato com a rede elétrica e que isso gere uma descarga e coloque em risco a vida do pipeiro. Isso acontece porque a rede elétrica não é feita para ter interações com o meio — como pipas e árvores — e isso sempre gera riscos", explica o gerente da Neoenergia Brasília, Antônio Ribeiro. [LEIA_TAMBEM]Também há o risco de, ao tentar buscar pipas, as pessoas acabarem se colocando em situações de perigo. "Jamais tentar retirar a pipa presa em fios, subir em postes ou entrar em subestações", pontua o gerente. Em caso de acidentes, o recomendado é manter distância — não se deve, por exemplo, tentar retirar uma pessoa presa a um fio, sob risco de também levar um choque — e acionar a Neoenergia, pelo telefone 116, ou os Bombeiros, pelo 193. Para além da segurança, as pipas também podem representar um risco ao fornecimento de energia. Segundo Ribeiro, só neste ano, mais de 39 mil brasilienses ficaram sem luz em razão dos incidentes com o objeto na rede elétrica: "Algumas regiões da cidade são conhecidas como espaço de pipeiros. No Taguaparque, por exemplo, se você olhar a rede elétrica, vai encontrar 30, 40 pipas presas à rede. Ainda que isso não gere um problema naquele momento, depois com a chuva, com o sol, com o vento, pode vir a causar uma interferência". Em casa Com as crianças em casa, o período de férias também acende o alerta para o risco de acidentes domésticos. Bombeiros e Neoenergia recomendam evitar deixar os pequenos sozinhos. Caso seja necessário, é importante tomar cuidado com isqueiros, fósforos e velas, bem como com produtos de limpeza e, em casos de apartamentos, com móveis altos próximos a janelas. Em relação à eletricidade, o ideal é não permitir o uso de celulares e tablets conectados à energia elétrica, manter as crianças longe de fios e quadros de energia, e usar plugs protetores de tomadas. Em caso de acidente, Neoenergia e Bombeiros estão à disposição pelos telefones 116 e 193, respectivamente.
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Férias escolares: veja como manter alimentação saudável das crianças
Durante o período de férias, as crianças tendem a passar mais tempo em casa, o que pode levar a mudanças na rotina alimentar e ao aumento na ingestão de alimentos ultraprocessados, como doces, salgadinhos e frituras. Adotar estratégias como horários regulares para as refeições e incentivar o consumo de alimentos frescos in natura e minimamente processados ajudam a prevenir o aumento de peso e a obesidade infantil. A recomendação da Gerência de Serviços de Nutrição (Gesnut) da Secretaria de Saúde (SES-DF) é de que frutas, vegetais, castanhas, iogurtes naturais e proteínas magras ganhem protagonismo no cardápio infantil. Para a gerente substituta da Gesnut, Carolina Cunha, aliar alimentação saudável e atividade física nesse período é fundamental, além de evitar a compra de alimentos prejudiciais à saúde. “É importante não armazenar guloseimas e alimentos ultraprocessados em casa, além de estimular atividades físicas e brincadeiras ao ar livre. Caminhadas, jogos, passeios no parque ou até mesmo danças podem ser divertidos e ajudam a equilibrar o gasto energético dos pequenos”, explica. Adotar estratégias como horários regulares para as refeições e incentivar o consumo de alimentos frescos in natura e minimamente processados ajudam a prevenir o aumento de peso e a obesidade infantil | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Embora seja um período de relaxamento e descanso, as férias podem ser uma oportunidade para introduzir mudanças positivas e ensinar as crianças sobre a importância de cuidar do corpo e da saúde, segundo Cunha. Outra alternativa é envolvê-las na cozinha, no preparo de receitas práticas e saudáveis, por exemplo. “Além de se divertirem, elas aprendem a fazer pratos que contribuem para uma dieta rica em nutrientes, como espetinhos e picolés de frutas, palitinhos de vegetais, pastas de leguminosas, como homus, pipoca caseira, cuscuz com queijo e sanduíches naturais”, acrescenta. Obesidade infantil No Distrito Federal, os índices de excesso de peso e obesidade infantil são preocupantes. De acordo com o último Boletim Informativo de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN), uma a cada dez crianças estão com sobrepeso. Em 2023, o percentual foi mais elevado na faixa entre os 5 a 10 anos (12,22%) em comparação com a crianças de dois a quatro anos (9,39%) – desse total, mais de 4% já foram diagnosticadas com obesidade, uma condição que não apenas afeta o crescimento e desenvolvimento infantil, mas também aumenta significativamente os riscos de problemas de saúde na vida adulta –, já que está associada a doenças graves, como hipertensão e diabetes, por exemplo. Aliar alimentação saudável e atividade física nesse período é fundamental, além de evitar a compra de alimentos prejudiciais à saúde | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A médica endocrinologista pediátrica da SES-DF Alessandra Alves reforça que após as férias escolares, observa-se nos consultórios um aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade. De acordo com a profissional de saúde, o crescimento é, geralmente, associado ao consumo de alimentos hipercalóricos, excesso de tempo de tela e piora da rotina do sono das crianças. “Uma certa flexibilização de rotina pode até ser saudável, mas é preciso ter bastante cuidado com as ‘exceções’ permitidas nesse período, para que não se tornem novos e maus hábitos – difíceis de serem desfeitos ao longo do ano. É importante que o adulto mantenha a tradição de sentar-se à mesa com os pequenos durante as principais refeições, pois é um momento de interação e observação”, afirma a médica. O período de recesso das aulas também é o momento para aumentar o contato com a natureza, a interação social e estimular a criança a fazer novos amigos. Alves reforça que opções como colônia de férias e atrações culturais e musicais distraem as crianças e ajudam a gastar energia. Rotina de sono Manter a higiene do sono também é importante para o controle de peso, segundo a médica endocrinologista, pois é nesse período que há produção de hormônios importantes para um descanso de qualidade. “ É preciso estabelecer um limite diário no uso das telas e evitar o acesso antes do horário de dormir, pois a utilização atrapalha a produção da melatonina, hormônio fundamental para o sono de qualidade. Para que as férias não resultem em ganho de peso, a palavra chave é ‘limite’. Crianças dependem do cuidado de adultos. Prevenir a obesidade é certamente melhor que tratá-la depois”, conclui. Dados no Brasil Segundo o Atlas Mundial da Obesidade, no Brasil, em 2035, estima-se que 50% da população entre 5 e 19 anos de idade (mais de 20 milhões de indivíduos) estarão acima do Índice de Massa Corporal (IMC) adequado. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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