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População pode contribuir com livro sobre a história de Sobradinho até o fim deste mês

Fundada em 13 de maio de 1960, Sobradinho ganhará um livro dedicado à sua história. As memórias de quem ajudou a fundar a Cidade Serrana, como é conhecida popularmente, serão reunidas em uma publicação produzida com investimento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). Interessados em contribuir com relatos e vivências na região podem entrar em contato com o Instagram oficial do projeto até o dia 31 deste mês. Início dos anos 1960: Sobradinho tem uma história que acompanha a fundação de Brasília | foto: Arquivo Público do Distrito Federal A iniciativa é executada pelo Instituto Latinoamerica (IL), com produção da LL Produções, e conta com termo de fomento no valor de R$ 200 mil. O lançamento está previsto para 31 de outubro. “A ideia é que o livro reflita não apenas os fatos históricos, mas também os sentimentos, sons e lembranças que fazem de Sobradinho um lugar único”, explica o historiador Léo Barros, coordenador do projeto. Atualmente, cidade tem mais de 70 mil habitantes, segundo a Pdad Ampliada mais recente | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Além de depoimentos e fotos da população, a obra apresentará dados gerais da cidade, que tem mais de 70 mil moradores, de acordo com a última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) Ampliada. Serão utilizados dados obtidos a partir de pesquisas em monografias, registros da imprensa e publicações já existentes, além do acervo do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). História da cidade “O projeto também busca preencher uma lacuna”, pontua Léo Barros. “Enquanto Brasília já possui vasta bibliografia publicada, muitas regiões administrativas ainda não tiveram suas histórias sistematizadas em livros. Hoje, quem pesquisa sobre Sobradinho encontra apenas registros dispersos em teses acadêmicas, documentos oficiais ou relatos orais. Queremos reunir isso em uma obra acessível e envolvente”. [LEIA_TAMBEM]O presidente do Instituto Latinoamerica, Atanagildo Brandolt, enfatiza que o intuito é valorizar a cultura e a tradição da região administrativa. “Queremos ouvir quem viveu a cidade de perto, quem a conhece por dentro”, antecipa. “Nada mais justo do que contar essa história com as vozes de quem a construiu dia após dia. Esperamos que outras regiões do Distrito Federal também possam receber projetos semelhantes, criando biografias urbanas que unam dados históricos, documentos, fotografias e, sobretudo, os depoimentos de seus moradores”. Para garantir a acessibilidade do conteúdo a pessoas cegas ou com baixa visão, haverá uma versão pocket em Braille da publicação, com trechos selecionados, e a adaptação parcial para o formato de audiolivro. Os exemplares serão distribuídos gratuitamente em escolas, bibliotecas, centros culturais e espaços comunitários de Sobradinho e de todo o DF.  

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DF é a segunda unidade federativa com mais profissionais na economia criativa

Depois de ser reconhecida como a cidade com a melhor qualidade de vida e a segunda mais segura do Brasil, chegou a vez de a capital federal ganhar outro título: a segunda em economia criativa. O Distrito Federal apareceu na segunda posição no ranking do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que analisou o número de trabalhadores em ocupações criativas no Brasil. Os dados mostram que 9,7% dos empregados do DF atuam profissionalmente em áreas da economia criativa, atrás apenas de São Paulo, que tem um percentual de 9,8%, e superando estados como Rio de Janeiro (9,3%), Ceará (9,3%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Santa Catarina (8,4%). “O dado do Dieese corrobora com o DNA criativo de Brasília, que resulta da invenção de se criar uma cidade” Alexandre Kieling, professor “O dado do Dieese corrobora com o DNA criativo de Brasília, que resulta da invenção de se criar uma cidade. Aqui se juntaram pessoas altamente criativas: arquitetos, urbanistas, paisagistas, sociólogos e antropólogos”, destaca o professor Alexandre Kieling, que coordena o Programa de Pós-graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da Universidade Católica. “Essas pessoas trouxeram essa pegada criativa que aparece na música, na poesia, no teatro, no cinema, nas artes plásticas, no artesanato, na área de produção e no desenvolvimento de softwares”, complementa. Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília Atualmente, o DF conta com cerca de 130 mil agentes formais de economia criativa que geram quase R$ 10 bilhões por ano, com participação de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) da capital federal. Os dados são do Panorama da Economia Criativa, projeto desenvolvido pela Universidade Católica com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). Áreas de atuação Eventos, audiovisual, música, artesanato, turismo e jogos concentram a maior parte da atuação da indústria criativa brasiliense. Hoje, a capital federal já é conhecida nacionalmente por abrigar grandes festivais, como Capital Moto Week, Na Praia, Funn Festival, Favela Sounds e Latinidades, além de ter expressões culturais próprias, a exemplo do Boi de Seu Teodoro, e startups de games reconhecidas em premiações do segmento. Ao lado de duas amigas, Aline Karina criou o projeto Turismo Fora do Avião | Foto: Divulgação “Acho que somos um povo muito criativo e o fato de Brasília ter recebido o título de Cidade Criativa do Design [concedido pela Unesco em 2017] impulsionou a economia criativa”, avalia a agente criativa Aline Karina de Araújo Dias, que desde 2016 empreende na área. Ao lado de duas amigas, ela idealizou o projeto Turismo Fora do Avião, que valoriza as raízes pioneiras do DF por meio de rotas e consultorias turísticas. “O projeto nasceu a partir do meu trabalho de conclusão de curso na Universidade de Brasília (UnB), em que fiz um trabalho com um casal pioneiro de uma olaria para registrar as memórias de São Sebastião na construção de Brasília, porque 90% dos tijolos saíram de lá. Era uma aventura, uma trilha turística”, lembra. Batizada de Rota Turística Cultural: Arte Olaria, a proposta ganhou, em 2024, o primeiro lugar do prêmio José Aparecido, da Secretaria Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), na categoria Patrimônio Material do DF. Após o sucesso, a iniciativa cresceu e deu origem a outros produtos, como a rota turística Afroturismo no Centro-Oeste, com mais de 200 atrativos. “Percebemos que, por meio do turismo, geramos preservação, direito à cidade, economia criativa, emprego e renda. É uma valorização das pessoas, um reconhecimento, além de uma troca de culturas”, comenta. “Como está rendendo bons frutos e, a partir desse ano de 2025 vamos nos transformar na 1ª agência de afroturismo do Centro-Oeste para termos mais rendimentos”, complementa Aline Karina. Apoio do Estado As políticas públicas do Biotic são uma das ferramentas governamentais que dão sustento à economia criativa no DF | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília O desenvolvimento da cadeia da economia criativa depende da integração de três forças: Estado, iniciativa privada e academia. “O Estado é o indutor e o fomentador com leis de incentivo e processos formativos. Mas a iniciativa privada tem que alavancar junto com a academia. De maneira planejada, em cinco anos, o DF não será só o segundo, mas vai estar no topo da cadeia do domínio criativo com capacidade de exportação nacional e internacional”, defende o pesquisador Alexandre Kieling. Entre as ações de incentivo do Governo do Distrito Federal (GDF) ao setor estão o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e a Lei de Incentivo à Cultura (LIC), no âmbito da Secec; as linhas de microcrédito e os eventos voltados ao artesanato fomentados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF); as pesquisas desenvolvidas com suporte da FAP-DF, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e do Biotic; e o projeto pedagógico da Universidade do Distrito Federal (UnDF) por meio de cursos como o de produção cultural. “Hoje, mais de 70% dos produtos comercializados em nossas feiras vêm do cooperativismo e das atividades associativas dos artesãos, dos agricultores familiares e dos trabalhadores da reciclagem, o que representa uma importante fonte de renda para essas famílias. Os resultados das vendas, tanto nas feiras regulares quanto nos eventos especiais organizados pela secretaria, comprovam o impacto positivo dessas iniciativas no desenvolvimento econômico e na inclusão social”, avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes.

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Guia digital fornece orientações para promover acessibilidade a pessoas surdas no audiovisual

Foi a partir de um incômodo com a falta de narrativas audiovisuais que respeitassem e incluíssem as pessoas surdas que a pesquisadora Beatriz Cruz, que tem deficiência auditiva desde os 14 anos, resolveu criar um conteúdo para capacitar profissionais e amadores do setor na criação de produções acessíveis, que promovessem inclusão social para pessoas com deficiência. “Fui perdendo a audição gradativamente. Eu já tinha aprendido a falar e tinha sido alfabetizada, mas quando entrei na faculdade, percebi o tanto que a falta de acessibilidade no cinema nacional me impactava. Eu não conseguia assistir a muitos filmes brasileiros por falta de legenda e acessibilidade”, conta. “Não só isso: eu não conseguia participar muito das produções porque elas não eram pensadas para pessoas como eu.” Incomodada com a falta de narrativas audiovisuais que incluíssem a comunidade com deficiência auditiva, a pesquisadora Beatriz Cruz idealizou o Guia de Produção Audiovisual Dirigida por Pessoas Surdas | Fotos: Isabelle Araujo Tentando suprir essa lacuna, Beatriz idealizou, ao lado do orientador teórico Érico Monnerat e da assistente de pesquisa Lourraynny Lima, o Guia de Produção Audiovisual Dirigida por Pessoas Surdas. Produzido com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), o conteúdo será lançado nesta quinta-feira (26), no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul), a partir das 19h30. A publicação será disponibilizada online pela página Inclusive, Cultura, com orientações práticas e teóricas para garantir inclusão, representatividade e acessibilidade no setor audiovisual. O objetivo é incentivar a presença de surdos dentro das histórias e das equipes de produção, desde a filmagem e o roteiro até a direção e o protagonismo, bem como estimular que os conteúdos sejam acessíveis a todos com a tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Esse guia surgiu para a inclusão acontecer com equipes múltiplas, com pessoas surdas sinalizantes, que só tem a Libras como primeira língua, e pessoas ouvintes que usam português e são oralizadas”, defende Beatriz. Pessoas surdas que atuam no mercado do audiovisual foram entrevistadas para auxiliar a concepção do guia De acordo com a idealizadora, o conteúdo foi construído a partir de entrevistas com pessoas surdas que trabalham no audiovisual do Distrito Federal e em outras unidades da Federação. “Temos falas de várias áreas específicas do cinema e como cada uma delas tem potencial de ser mais acessível e inclusiva, como que elas devem ser pensadas e adaptadas para a Libras. São pontos que nós aprofundamos para que cada profissional possa entender melhor dentro da sua área e incentivar também a cultura inclusiva”, afirma. Para o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural da Secec, José Carlos Prestes, o guia vem para suprir uma carência de representatividade e acessibilidade no setor, demonstrando o importante papel do FAC no segmento cultural. “Esse projeto conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura, que é o principal instrumento de fomento às atividades artísticas e culturais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. O guia garante que as produções não apenas incluam, mas também sejam dirigidas por pessoas surdas”, comenta. Evento Durante o evento de lançamento, o trio responsável pelo guia participará de um bate-papo com tradução em Libras para debater o impacto da produção audiovisual acessível e a importância de capacitar pessoas surdas no meio. Logo após, haverá uma sessão especial de Cinema Surdo, com filmes em Libras e legendas descritivas. A programação inclui as seguintes produções: O milagre dos sinais, de Amanda de Oliveira, que retrata a descoberta da Libras por uma jovem surda; Dor invisível, de Lourraynny Lima, sobre a solidão e as dificuldades enfrentadas por pessoas com surdez; Cabana na floresta, de Rafael Silva, um suspense psicológico ambientado em uma cabana isolada onde uma família surda precisa enfrentar os medos mais profundos; e Paralisia do sono, também de Rafael Silva, um thriller sobre os mistérios e horrores da paralisia do sono sob a perspectiva de um deficiente auditivo. Lançamento do Guia de Produção Audiovisual Dirigida por Pessoas Surdas • Data: quinta-feira (26) • Horário: 19h30 • Local: Espaço Cultural Renato Russo • Entrada gratuita

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DF emerge como polo promissor no cenário de jogos eletrônicos

O Distrito Federal emerge como um polo promissor para o crescimento do setor de jogos eletrônicos no Brasil, tanto em termos de jogadores profissionais quanto de empresas desenvolvedoras de games. No quadradinho, os e-sports são reconhecidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) como modalidade esportiva desde janeiro, quando foi sancionada a Lei nº 7.390/2024. O DF é a sexta unidade da Federação com mais empresas desenvolvedoras de jogos eletrônicos | Fotos: Lucio Bernardo Jr./ Agência Brasília Dados da segunda Pesquisa Nacional da Indústria de Games, da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames), colocam a capital federal como a sexta cidade brasileira com mais empresas desenvolvedoras de jogos digitais. Segundo o levantamento, o DF registrou crescimento na quantidade de empresas, saltando de 43 em 2022 para 52 negócios em 2023, um aumento de 21%. A performance do Distrito Federal no cenário nacional dos games é acompanhada pelos investimentos do GDF no setor. Recentemente, a Biblioteca Nacional de Brasília estreou o Espaço Geek, com estrutura preparada para receber cursos e torneios competitivos de jogos eletrônicos. A estreia da área ocorreu em janeiro deste ano, quando 8 mil gamers se reuniram no cartão-postal da capital para competir em 11 diferentes modalidades de e-sports. A Biblioteca Nacional de Brasília oferece cursos gratuitos para a comunidade gamer; atualmente, a iniciativa conta com 50 alunos distribuídos em cinco turmas “O jogo eletrônico é uma linguagem cultural reconhecida pela nossa legislação e, portanto, muito importante e gratificante poder oferecer iniciativas de valorização desse mercado dentro da economia criativa”, ressalta Marmenha Rosário, diretora da Biblioteca Nacional de Brasília. A servidora da biblioteca, vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF), lembra de outra importante iniciativa fomentada pelo poder público e direcionada para setor: os cursos de capacitação de gamers. “Abraçamos a ideia da Federação Brasiliense de Esportes Eletrônicos [FBDEL] de termos cursos gratuitos para a comunidade e ficamos superempolgados”, destaca. Capacitação Atualmente, a iniciativa conta com 50 alunos distribuídos em cinco turmas. As aulas são ministradas em três diferentes turnos, às terças e quintas-feiras. “É um curso voltado para a profissionalização do esporte eletrônico. Nele, os participantes aprendem noções de várias modalidades, de diferentes franquias. Futuramente, vamos ampliar a oferta de vagas e trazer outros projetos, como aulas de dança que usam o jogo Just Dance como referência”, detalha Arthur Jerônimo, presidente da FBDEL. Professor Leonardo Prudente comemora a conquista de espaço dos jogos eletrônicos: “Este é um dos setores que mais cresce” O professor Leandro Prudente é hoje o responsável por ministrar as aulas do curso para pro players (gamers profissionais). Ele comemora a conquista de espaço da categoria. “A gente sabe que, no mundo inteiro, este é um dos setores que mais cresce, superando a indústria fonográfica e cinematográfica. Vemos essa iniciativa como um grande potencial para trabalharmos essa área e atendermos as demandas que vão surgindo”, completa. Com apenas 13 anos, Rafael Jesus está entre os alunos da iniciativa e sonha alto. “Quero muito ser produtor de conteúdo e profissional do esporte”. O adolescente conta que, graças às aulas, tem conseguido evoluir nas modalidades que pratica. “Eu jogo Free Fire e Valorant – especialmente no Valorant, eu tinha problema na hora da movimentação, e já aprendi a usar minhas habilidades para me movimentar e descobrir a posição dos adversários”, comemora. Aos 13 anos, Rafael Jesus é  aluno do curso para pro players: “Quero muito ser produtor de conteúdo e profissional do esporte” Já Gabriel de Souza Farias, 16, viu nas aulas uma oportunidade de aproveitar melhor o tempo gasto jogando. “Geralmente, eu passava sete a oito horas por dia jogando e decidi gastar esse meu tempo explorando e aprendendo várias mecânicas que não conhecia. Aqui, meu professor está sempre me ensinando as melhores técnicas e estratégias para utilizar no cenário competitivo”, explica o jogador de Valorant e Counter-Strike. O Brasil está na quinta colocação global em população online, com 103 milhões de jogadores; mercado latino-americano de jogos eletrônicos faturou R$ 1,2 bilhão em 2022 Números nacionais Ainda conforme a Abragames, o Brasil é considerado o maior mercado latino-americano de jogos eletrônicos, tendo faturado impressionantes R$ 1,2 bilhão em 2022. O mercado mobile é quem lidera as estatísticas, representando uma fatia de 49% do faturamento, enquanto o computador atinge 26% e os consoles contribuem com 25%. O país está na quinta colocação global em população online, com 103 milhões de jogadores e 2,6 mil jogos próprios desenvolvidos entre 2020 e 2022. Do total de games, 1.009 foram lançados apenas em 2022 – 12% a mais do que no ano anterior. No âmbito profissional, houve aumento entre pessoas atuantes no segmento, passando de 12.441 para 13.225 no período. A maioria (74,2%) é de homens, que atuam como sócios ou colaboradores.

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