Câmara Setorial de Fruticultura é criada para impulsionar cadeia produtiva
O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou, na sexta-feira (24), portaria de criação da Câmara Setorial de Fruticultura do Distrito Federal (CSF/DF). Vinculada à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri-DF) e à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), a câmara tem como objetivo debater, acompanhar, propor e executar ações voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva de frutas na capital. A cadeia da fruticultura é uma atividade essencial na agricultura do DF, que contribui para a geração de emprego, renda e segurança alimentar, além de estimular a diversificação econômica e a sustentabilidade. No entanto, o setor enfrenta desafios como modernização tecnológica, organização de produtores, comercialização e preservação ambiental. A criação da câmara visa promover articulação e diálogo entre diferentes segmentos, permitindo o avanço em soluções conjuntas e a criação de políticas públicas estratégicas. A criação da câmara visa promover articulação e diálogo entre diferentes segmentos, permitindo o avanço em soluções conjuntas e a criação de políticas públicas estratégicas para a fruticultura | Foto: Divulgação/Seagri-DF Entre 2019 e 2023, a produção de frutas no DF cresceu 16,25%, alcançando 37.615 toneladas em uma área plantada de 2.169 hectares. As principais culturas frutíferas da região incluem abacate, banana, tangerina, goiaba e maracujá, que dominam o cenário agrícola pela diversidade e qualidade. Além disso, o cultivo de frutas vermelhas, como morango, mirtilo, framboesa e açaí, tem se expandido significativamente, impulsionado por iniciativas como a Rota da Fruticultura. Essas frutas apresentam alto valor agregado e crescente demanda nos mercados gourmet e internacionais. O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, destacou a relevância da câmara como um espaço estratégico para unir diferentes atores e avançar na solução de problemas do setor. Segundo ele, a iniciativa fortalece a fruticultura, que tem crescido e se consolidado como um dos principais pilares da agricultura local. “Nosso objetivo é gerar mais renda ao produtor rural, mais emprego no campo e oferecer uma maior diversidade de produtos ao consumidor final” Rafael Bueno, secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural “Esse será o ambiente adequado em que produtores, assistência técnica, setor público, iniciativa privada e representações sindicais poderão discutir melhorias e avanços. É um espaço para trazer problemas, debatê-los e apontar soluções conjuntas, sempre pensando no crescimento e desenvolvimento da cadeia frutícola do DF. Nosso objetivo é gerar mais renda ao produtor rural, mais emprego no campo e oferecer uma maior diversidade de produtos ao consumidor final”, ressaltou o secretário. “A criação da Câmara Setorial de Fruticultura é uma grande conquista para os produtores do Distrito Federal. Ela reforça o compromisso de unir esforços para superar desafios, impulsionar a inovação e fortalecer toda a cadeia produtiva. Com esse espaço de diálogo, será possível avançar em questões essenciais, desde o aprimoramento no cultivo, no processamento e na comercialização até o fortalecimento de associações e cooperativas, garantindo mais competitividade e sustentabilidade para o setor”, afirmou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. O próximo passo será a nomeação de representantes que farão parte da composição, que além da Emater e da Seagri e outros órgãos públicos, terá representantes de associações e cooperativas do setor produtivo, garantindo pluralidade e legitimidade às discussões. *Com informações da Seagri-DF e Emater
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Cesta verde complementa Cartão Prato Cheio e reforça segurança alimentar no DF
Desembalar menos, descascar mais. Esse é um desafio cada vez maior para concretizar hábitos alimentares mais saudáveis. Nesse sentido, a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes) tem um benefício na modalidade cesta verde, composta por frutas, verduras e legumes e ofertado como complemento ao programa Cartão Prato Cheio. A cesta verde é concedida em duas circunstâncias distintas. Primeiramente, como um auxílio adicional ao Cartão Prato Cheio, que fornece um auxílio pago de nove parcelas de R$ 250 a famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional. Em segundo lugar, o item também é oferecido de forma complementar à cesta básica emergencial, destinada àqueles beneficiários não elegíveis ao recebimento do cartão. Portanto, não é possível solicitar a cesta verde de forma individual ou avulsa. A Sedes tem um benefício na modalidade cesta verde, composta por frutas, verduras e legumes, ofertado como complemento ao programa Cartão Prato Cheio | Fotos: Divulgação/Sedes-DF Formas de acesso Para ter acesso ao programa Prato Cheio, o titular deverá buscar atendimento socioassistencial na sua unidade de referência (Cras, Creas, Centro Pop, unidade de acolhimento). No caso dos centros de referência de assistência social (Cras), é necessário realizar agendamento pelo site ou ligar no telefone 156. Durante o atendimento é feita avaliação da situação de insegurança alimentar e nutricional da família. Os indivíduos que estejam com dificuldade de adquirir, com regularidade, alimentos em quantidade e qualidade suficiente podem estar aptos a entrar no programa Cartão Prato Cheio desde que atendam aos seguintes critérios: * Possuir renda familiar igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa da família; * Morar no Distrito Federal; * Estar em situação de insegurança alimentar (é aplicado um questionário durante o atendimento socioassistencial); * Estar inscrito no Cadastro Único para os Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou no Sistema Assistência Social do (SAS) do DF. Para ter acesso ao programa Prato Cheio, o titular deverá buscar atendimento socioassistencial na sua unidade de referência (Cras, Creas, Centro Pop, Unidade de Acolhimento) Entrega Com peso mínimo de 13 kg, a cesta é entregue por meio de empresas transportadoras parceiras da Sedes, que, antes de enviarem o alimento, confirmam o endereço com as famílias por meio de ligação ou mensagem via WhatsApp. A cesta será disponibilizada apenas uma vez, a qualquer momento, durante o período de recebimento das nove parcelas do Prato Cheio, ou no recebimento da cesta básica. Mensalmente, são entregues cerca de 10 mil cestas verdes aos beneficiários do programa. O envio pode estar sujeito à disponibilidade orçamentária, contratual e logística operacional. Produção Os itens são produzidos por cooperativas de agricultores familiares do Distrito Federal, que em parceria com a Sedes preparam os alimentos que vão chegar até a mesa do beneficiário. A secretaria faz um acompanhamento quinzenal junto às cooperativas, garantindo a qualidade na produção da cesta. “Isso não apenas fornece uma cesta de alimentos saudáveis às famílias beneficiadas, mas também valoriza a produção da agricultura familiar local”, declara a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes)
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Especialistas alertam sobre o uso de adoçantes em dietas
O adoçante, erroneamente visto como uma alternativa saudável ao açúcar, não deve ser usado em dietas para emagrecimento. A orientação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que publicou, em 2023, uma nova diretriz sugerindo que o produto não seja consumido com a finalidade de controle de peso e/ou redução do risco de doenças crônicas, como o diabetes. No lugar dos adoçantes, as frutas podem ser usadas para conferir um sabor mais doce a bolos e vitaminas | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Para a referência técnica distrital (RTD) de endocrinologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Flávia Franca, a recomendação da entidade busca evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e processados, que possuem alto índice de adoçantes, como acesulfame, aspartame, ciclamatos, sacarina, sucralose, estévia e seus derivados, entre outros. Ela reforça que o ideal é consumir os alimentos com seu sabor natural e utilizar frutas como uma forma de adoçar vitaminas, sucos e bolos. “Essa recomendação veio para reforçar a importância de uma vida mais saudável. De acordo com a nova diretriz, para evitar a obesidade e o diabetes, não se devem consumir alimentos processados ou ultraprocessados, mas na sua forma natural – o que não quer dizer que a pessoa deva substituir o adoçante por açúcar, que, em excesso, realmente traz riscos à saúde”, destaca a endocrinologista. “Alguns estudos em animais apontam que o aspartame teve relação com o aumento do risco de câncer. Isso mostra que esses produtos não trazem benefício nutricional nenhum à saúde” Flávia Franca, endocrinologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) Risco de câncer Outra questão também abordada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e a Associação Brasileira do Estudo da Obesidade (Abeso), foi a relação de alguns tipos de adoçante com o risco de câncer. “Alguns estudos em animais apontam que o aspartame teve relação com o aumento do risco de câncer. Isso mostra que esses produtos não trazem benefício nutricional nenhum à saúde. A recomendação é que se evite o consumo”, reforça França. Apesar de existir uma recomendação segura aceitável, a médica da SES-DF observa que, com o uso regular dessas substâncias, há prejuízo de respostas glicêmicas, maior risco de doenças metabólicas e aumento do ganho de peso. A recomendação da OMS, no entanto, não abrange as pessoas com diabetes pré-existente, que se beneficiam do uso de adoçantes porque a ingestão de açúcar pode levar ao aumento da glicose no sangue. Um estudo publicado no ano passado na revista científica Plos Medicine associou o constante consumo de aspartame, um dos adoçantes artificiais mais comuns e utilizados em bebidas zero ou diet, principalmente refrigerantes, ao aumento de 15% do risco de todos os tipos de cânceres. Outro prejuízo à saúde avaliado foi a maior incidência de tumores relacionados à obesidade. Estudos associam o constante consumo de aspartame ao aumento de 15% do risco de câncer | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Valor nutricional Nutricionista da SES-DF e consultora na área de rotulagem de alimentos, Tatiane Cortes lembra que os adoçantes dietéticos são substâncias utilizadas para conferir sabor doce. Porém, ainda que sejam considerados seguros quando consumidos dentro dos limites estabelecidos, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Instituto de Saúde (IS) de São Paulo sugere que o uso excessivo desses produtos pode gerar efeitos negativos à saúde. “Essas substâncias são formuladas para pessoas que têm alguma restrição ao consumo de açúcar, como no caso de quem tem diabetes mellitus. Atualmente, existem adoçantes artificiais e naturais, e os últimos são vistos como menos nocivos por serem extraídos da natureza, como estévia e xilitol”, aponta a especialista. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável por regulamentar e autorizar a utilização dos adoçantes. Hoje existem alguns tipos liberados, como sorbitol, manitol isomaltitol, maltitol, sacarina, ciclamato, aspartame, estévia, acessulfame K, sucralose, neotame, taumatina, lactitol, xilitol e eritritol. Segundo a nutricionista Tatiana Cortes, o melhor caminho para perder peso é a reeducação do paladar | Foto: Divulgação/ Agência Saúde Cortes ressalta que, no país, o crescimento da oferta de adoçantes, produtos diet e light com os rótulos “zero caloria” e “zero açúcar” se deve à busca por opções de alimentos ditos “mais saudáveis”. Essa procura é motivada pelo aumento da população com sobrepeso, obesidade e diabetes, bem como pela conscientização sobre os efeitos negativos do consumo excessivo de açúcar. Entretanto, algumas publicações internacionais citam potenciais malefícios associados ao consumo excessivo de adoçantes, como desregulação do apetite, alterações na microbiota intestinal, ganho de peso, intolerância gastrointestinal, desenvolvimento de preferência por sabores doces e possíveis efeitos na saúde metabólica. “Esses produtos podem afetar negativamente a composição e a função de nossa microbiota intestinal, causando um quadro de disbiose que pode trazer diarreia, prisão de ventre, distensão abdominal, náuseas e azia”, elenca a nutricionista. Uma alternativa, segundo a especialista, é a substituição dos adoçantes por mel, açúcar de coco, açúcar mascavo e melado de cana, desde que sejam consumidos em pequenas quantidades e sob orientação profissional. “O melhor caminho para perder peso é a reeducação do paladar. Precisamos aprender a saborear o alimento sem precisar adoçá-lo. Comece devagar, diminuindo aos poucos o consumo dos adoçantes e alimentos com essas substâncias. Dê ao seu corpo substratos naturais, frutas, desembalando menos e descascando mais”, recomenda. Mudança de hábitos O servidor público Renato Santos conta que, durante exames de rotina, em outubro de 2023, foi diagnosticado com um quadro de pré-diabetes. Com a notícia, resolveu optar por uma alimentação mais saudável, cortando açúcar e adoçantes. “Fiquei bastante preocupado com o diagnóstico, então resolvi não comer mais açúcar e diminuir significativamente o consumo de alimentos derivados do trigo. No começo foi difícil, pois em minha rotina comia chocolate e doces diariamente, após o almoço”, relata. “Para tentar equilibrar, comecei a consumir muitos produtos industrializados com adoçantes, mas não me adaptei. Sentia que a comida ficava amargando e que, apesar de não comer mais açúcar, continuava ingerindo bastante produtos industrializados, com alto teor calórico.” Com o corte dos adoçantes, os novos hábitos alimentares já surgiram efeito. Ele pesava 137 kg, e agora está com 123 kg. “Resolvi adoçar os alimentos que consumo com frutas. Hoje, produzo os bolos e doces usando frutas como banana e tâmara para adoçar. Foi necessário adaptar meu paladar para uma nova rotina. Em três meses, perdi mais de 10 kg de gordura, e minhas taxas melhoraram”, conclui.
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Cestas verdes levam alimentação saudável para famílias em vulnerabilidade
Legumes, frutas e verduras fresquinhas, produzidas por agricultores locais, na mesa de quem realmente precisa. Ao longo de 2023, o Governo do Distrito Federal (GDF) distribuiu 86.377 cestas verdes para famílias que se encontravam em situação de insegurança alimentar. Os kits, com 13 kg de alimentos variados, foram entregues em domicílio para os beneficiários do Cartão Prato Cheio e da Cesta Emergencial. A cesta verde é entregue como um complemento para garantir refeições mais balanceadas | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Os programas do GDF que universalizam o acesso a alimentos de qualidade atendem a população em duas modalidades: pecúnia e cesta básica. Nos dois casos, a cesta verde é entregue como um complemento para garantir refeições mais balanceadas. É o que explica a diretora de Programas Sociais de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), Tatieli Paz. [Olho texto=”“Pedimos aos beneficiários que mantenham seus telefones de contato atualizados. Só assim poderemos marcar a data em que vamos levar os alimentos até a casa deles”” assinatura=”Tatieli Paz, diretora de Programas Sociais de Segurança Alimentar e Nutricional” esquerda_direita_centro=”direita”] “As famílias que atendem aos requisitos necessários, como residir no DF, estar em situação de segurança alimentar e ter renda per capita de até meio salário mínimo, participam do programa Cartão Prato Cheio, recebendo auxílio financeiro de R$ 250 por nove meses. Durante todo esse período, também ganham cestas verdes”, explica Tatieli. Cestas Já os beneficiários que não se enquadram nas exigências legais para receber cartão de crédito podem solicitar as cestas básicas, que são entregues sempre acompanhadas do kit com legumes, verduras e frutas. “Neste caso, a entrega não é feita de forma contínua. Atendemos as famílias de forma pontual, de acordo com a necessidade”, observa Tatieli. “Em 2023, foram entregues 7.740 cestas básicas”. Com 13 kg, os kits incluem frutas, verduras e legumes, produtos que vêm da agricultura familiar do Distrito Federal Para fazer parte do programa Cartão Prato Cheio, é preciso estar cadastrado no Sistema da Assistência Social. Para isso, o interessado deve passar por atendimento assistencial em qualquer um dos equipamentos oferecidos pelo GDF. Pode ser no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Crea), no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) ou em qualquer unidade de acolhimento. “A entrega das cestas verdes, bem como das cestas básicas, só é realizada mediante prévio agendamento”, informa Tatieli. “Por isso, pedimos aos beneficiários que mantenham seus telefones de contato atualizados. Só assim poderemos marcar a data em que vamos levar os alimentos até a casa deles.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Sazonalidade Todos os produtos oferecidos nas cestas verdes vêm da agricultura familiar do Distrito Federal, o que colabora para o fomento do agronegócio local. Os kits, cada um com 13 kg, devem conter itens de oito grupos de alimentos, que incluem frutas, verduras e legumes, entre outros. “Esses grupos são padronizados – toda cesta deve ter pelo menos um produto de cada um deles”, conta Tatieli. “Mas respeitamos a sazonalidade da produção local. Por isso, os alimentos oferecidos variam de acordo com a época do ano.” Para saber mais sobre as cestas verdes e os programas de provimento alimentar do GDF, acesse o site oficial da Sedes-DF.
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