Dia Nacional do Cerrado ganha programação na UnDF
O coletivo do curso de gestão ambiental da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) promove, nesta quinta-feira (11), uma programação com palestras, oficinas e relatos de vida em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado. As atividades serão realizadas no auditório do Campus Norte, a partir das 8h15. O Cerrado ocupa 22% do território nacional, estando presente no DF e em 11 estados | Foto: Arquivo/Agência Brasília Com o tema “Cerrado: o coração do Brasil e o bioma mais diverso do planeta. Vamos debater o seu futuro?”, especialistas, docentes, estudantes e toda a comunidade acadêmica vão se reunir para refletir sobre a importância do Cerrado e propor caminhos de preservação e desenvolvimento sustentável. “O Dia do Cerrado na UnDF é um momento para unir ciência, cultura e comunidade com ações concretas e em defesa desse bioma tão espetacular e importante para o futuro de nosso povo e da nossa biodiversidade”, resume o pró-reitor de Desenvolvimento Regional e Sustentável da UnDF, Guilherme Baroni. O Cerrado é casa 837 Número de espécies de aves do Cerrado catalogadas; dessas, 29 são endêmicas Com árvores tortuosas, vegetação rasteira, solos ácidos e clima tropical sazonal, o Cerrado, também chamado de savana brasileira, ocupa cerca de 22% do território nacional, estando presente em 11 estados e no Distrito Federal. O bioma é abrigo de uma imensa diversidade de espécies de plantas e animais nativos. Ao se pensar em sua fauna, o lobo-guará costuma ser a primeira referência, mas o Cerrado apresenta números muito mais expressivos: são cerca de 837 espécies de aves (29 endêmicas), 185 espécies de répteis (24 endêmicas), 194 espécies de mamíferos (19 endêmicas) e 150 espécies de anfíbios (45 endêmicas). A flora também se destaca pela riqueza, tornando o Cerrado a savana mais biodiversa do mundo. Estima-se a existência de 12 mil espécies de plantas catalogadas, das quais mais de 4 mil são endêmicas. Esse elevado percentual de espécies exclusivas faz com que o bioma seja classificado como um hotspot de biodiversidade. Mesmo com tamanha relevância ecológica e socioambiental, o bioma enfrenta grave ameaça de destruição pela ação humana. Cerrado em risco Entre as principais causas da degradação acelerada do Cerrado está a expansão do agronegócio. As atividades agropecuárias, cada vez mais favorecidas pelo avanço da tecnologia, promovem a remoção da vegetação nativa para a criação de gado e o plantio de monoculturas, como soja e milho. Esse processo, conduzido de forma desordenada e para enriquecimento das elites agropecuárias, ultrapassa todos os limites naturais, comprometendo o bioma como todo. [LEIA_TAMBEM]Por apresentar um clima sazonal, com chuvas concentradas no verão e estiagem no inverno, o solo ácido do Cerrado se torna um verdadeiro barril de pólvora durante os períodos de seca, quando as queimadas ficam recorrentes. O fogo, quando ocorre no início das águas, exerce um papel benéfico e faz parte do ciclo de renovação da vegetação local. Quando natural, é de pequena escala e causa pouco prejuízo ao bioma. Já os incêndios são causados por intervenções humanas, desde o descarte incorreto de uma simples bituca de cigarro, da queima de resíduos sólidos ou pela prática criminosa de “limpeza” do solo para o plantio de culturas agrícolas por agentes do setor agropecuário. Em junho deste ano, a UnDF lançou o edital Hackathon EcoTech, que premiou os três melhores projetos acadêmicos com o tema “Incêndios florestais: prevenção e controle”. A equipe EcoFênix venceu a seleção com a solução tecnológica “Boitatá”, que consiste em um sistema de monitoramento e controle de incêndios no DF, utilizando imagens de satélite e análise por inteligência artificial para identificar focos de queimadas e medir seu grau de intensidade. Veja a programação de quinta-feira. *Com informações da UnDF
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Novos gestores ambientais e públicos celebram formatura
Às vésperas de completar quatro anos de inauguração, a Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) celebrou, na sexta-feira passada (11), as formaturas da primeira turma do curso superior de tecnologia em gestão ambiental - Turma Flor do Cerrado, e da quinta turma de tecnologia em gestão pública. A cerimônia foi realizada no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). Durante a cerimônia, a reitora pro tempore da UnDF, Simone Benck, falou sobre a importância da criação da universidade | Foto: Divulgação/UnDF “A existência desta universidade — pública, distrital, gratuita e inclusiva — é também um ato de resistência, de esperança, de resiliência, de transformação e de investimento de recursos públicos do GDF na formação dos jovens”, enfatizou a reitora pro tempore da UnDF, Simone Benck, em seu discurso ao final do evento. A solenidade contou com a presença de familiares, docentes, servidores e representantes da comunidade acadêmica da universidade, que celebraram as conquistas dos formandos. Sonho realizado O orador da turma de gestão pública, Victor Ramos, ressaltou o apoio emocional recebido de amigos e familiares ao longo da formação e reforçou a importância de acreditar nos próprios sonhos: “Sonhar é um ato de coragem, e o que nos move é a esperança. A vida é breve, e, dada sua brevidade, a única certeza é que não será em vão. Sejam felizes. Lutem em prol de tudo aquilo que vocês consideram certo e verdadeiro”. O processo de implantação da universidade e a experiência acadêmica vivida pelos estudantes nesse contexto também foram apontados por Victor Ramos em sua fala. “Vida longa à Universidade do Distrito Federal!”, declarou ao final do discurso. Nova etapa Como paraninfa escolhida pela turma Flor do Cerrado, de gestão ambiental, a professora Isadora Ribeiro compartilhou a trajetória de superação vivida pelos estudantes e destacou a relevância de valores como democracia, sustentabilidade e justiça social. “Para mim, foi uma honra ser paraninfa da turma e uma emoção fazer parte desse momento histórico da UnDF”, relatou. “Vivi um sonho que achava ser impossível: ter meu trabalho reconhecido por estudantes que me ensinaram tanto renovou minhas forças para continuar exercendo minha profissão com dedicação e excelência”. O orador da turma, Daniel Marques, lembrou a importância do momento: “A colação simboliza não só o encerramento de um ciclo, mas o início de uma nova etapa, em que esperamos colocar em prática tudo o que aprendemos, com ética, compromisso e respeito ao meio ambiente”. A UnDF Desde sua inauguração, em 26 de julho de 2021, a UnDF vem se firmando como referência no ensino superior público da capital. Atualmente, a instituição oferece 19 cursos de graduação, distribuídos entre bacharelados, licenciaturas e tecnológicos: medicina, enfermagem, ciência da computação, engenharia de software, sistemas de informação, matemática, pedagogia, letras-português, letras-inglês, serviço social, gestão ambiental, gestão pública, gestão da tecnologia da informação, atuação cênica, produção cultural, dança e, com início das aulas em agosto, ciências econômicas, psicologia e nutrição. *Com informações da UnDF
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Tecnologia a favor do meio ambiente é destaque no Conecta Ibram
O Instituto Brasília Ambiental realizou, na manhã desta quarta-feira (11), a primeira edição do Conecta Ibram, evento voltado à apresentação das soluções tecnológicas desenvolvidas pela autarquia, por meio da Unidade de Tecnologia e Gestão de Informações (Ugin), em benefício do meio ambiente no Distrito Federal. Em sua primeira edição, o Conecta Ibram apresentou soluções tecnológicas voltadas para a gestão ambiental | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O encontro, promovido em parceria com a Imagem Geosistemas – distribuidora oficial no Brasil da plataforma ArcGIS, da norte-americana Esri –, ocorreu no auditório da Escola de Governo (Egov) e contou com a presença do secretário-executivo do Brasília Ambiental, Valterson da Silva; do chefe da Ugin, Alex Costa; e de representantes de diversos órgãos do Governo do Distrito Federal, além da empresa parceira. “O Conecta Ibram confirma o quanto a gestão ambiental no nosso território tem avançado graças à implementação de novas tecnologias, resultando em mais qualidade no monitoramento realizado pelo órgão executor das políticas públicas de meio ambiente no DF”, afirmou a vice-governadora, Celina Leão. [LEIA_TAMBEM]Durante a abertura, Valterson da Silva destacou o legado construído ao longo dos anos e sua importância para os resultados atuais: “Este evento é uma forma de homenagear o passado, relembrando o início do processo, quando surgiu a ideia de utilizar uma ferramenta de informação geográfica na gestão ambiental. Hoje, já atingimos um nível de maturidade que nos permite falar em inteligência artificial. Em Tecnologia da Informação é assim: o trabalho feito no presente mira sempre o melhor para o futuro”. O chefe da Ugin, Alex Costa, reforçou que o Conecta Ibram é também uma oportunidade de aproximação entre o Instituto, outros órgãos do governo e a sociedade: “Este é um espaço para mostrar, na prática, como a tecnologia pode ser aliada da sustentabilidade, da transparência e da eficiência pública, na construção de uma Brasília cada vez mais verde e inteligente”. A programação contou com palestras de especialistas sobre a aplicabilidade dos sistemas de informação geográfica (GIS). Representando o Brasília Ambiental, os servidores Guilhermino Rocha e Pedro Rosa apresentaram as evoluções proporcionadas pela criação do Observatório da Natureza e Desempenho Ambiental (Onda) e do painel de monitoramento de queimadas do Programa de Monitoramento de Áreas Queimadas nos Parques e Unidades de Conservação do DF (Promaq). Os dois sistemas demonstram como a inovação, por meio da infraestrutura de dados espaciais, tem ampliado a eficiência, a agilidade e a transparência do órgão. As ferramentas permitem que qualquer cidadão consulte, em tempo real, indicadores e informações sobre monitoramento, licenciamento e fiscalização ambientais – ao mesmo tempo em que otimizam a resposta do Estado diante de ocorrências ambientais. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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GDF apresenta programa de inserção no mercado de carbono durante AgroBrasília
Até o dia 24 de maio, produtores rurais e visitantes da feira poderão conhecer, na AgroBrasília 2025, uma iniciativa da Emater-DF que visa inserir os produtores do Distrito Federal no mercado de carbono. O programa Emater-DF no Clima será o destaque do circuito tecnológico de gestão ambiental e tem como objetivo reconhecer o produtor rural como agente protetor do clima. Emater-DF apresenta programa de inserção no mercado de carbono durante a AgroBrasília 2025 | Foto: Divulgação/Emater-DF A proposta evidencia que diversas práticas já adotadas no DF – como restauração florestal, agricultura regenerativa e manejo adequado do solo – podem gerar créditos de carbono, unidades comercializáveis que representam a redução de uma tonelada de dióxido de carbono (CO₂) ou equivalente. Além disso, o programa oferecerá suporte técnico para a implementação de novas ações voltadas à conservação ambiental, seja para quem ainda não as pratica ou para quem deseja ampliá-las. “Produtores que adotam práticas conservacionistas, como a recuperação de pastagens, podem gerar créditos e comercializá-los no mercado de carbono”, explica a engenheira ambiental e extensionista rural da Emater-DF, Iclea Almeida. [LEIA_TAMBEM]O circuito desta edição também apresentará conceitos fundamentais sobre o tema e orientações sobre como os produtores podem acessar esse mercado. “O Distrito Federal tem potencial para se tornar referência nacional em adaptação às mudanças climáticas. E o produtor rural, que já cuida da terra, agora pode ser reconhecido como um agente essencial na proteção do clima”, afirma Anne Caroline Lobo Borges, engenheira ambiental e extensionista rural da Emater-DF, que estará no evento. Existem dois principais tipos de mercado de carbono: o regulado, que opera com base em metas e acordos internacionais, e o voluntário, no qual empresas e indivíduos compram créditos espontaneamente para compensar suas emissões. Em ambos os casos, as práticas sustentáveis podem gerar créditos comercializáveis, criando uma nova fonte de renda para os produtores. Além do retorno financeiro, o programa promove benefícios como controle da erosão, conservação da biodiversidade, instalação de sistemas de saneamento rural e aumento da produtividade agrícola com menor impacto ambiental. A expectativa é que as ações implementadas no DF sirvam de modelo para outros estados brasileiros. “Neste ano, o Brasil sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), o que torna ainda mais importante apresentar esse tema à sociedade. A solução para a crise climática passa pelo campo — e a Emater-DF está pronta para apoiar os produtores na construção desse futuro”, destaca Iclea Almeida. AgroBrasília 2025 Realizada pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), a AgroBrasília 2025 acontece entre os dias 20 e 24 de maio, das 8h30 às 18h, com entrada gratuita, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci (BR-251, km 5 – PAD-DF, Brasília). Serviço | AgroBrasília 2025 · Data: Até sábado (24) · Local: BR-251, km 5 – PAD-DF · Horário: 8h30 às 18h · Entrada gratuita *Com informações da Emater-DF
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