DF recebe mais de 9 mil vacinas contra bronquiolite para gestantes
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) recebeu, nesta terça-feira (2), 9.465 doses da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) para gestantes. As doses serão distribuídas para todas as unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. A vacinação das gestantes começa nesta quarta-feira (3). A vacina será aplicada em gestantes a partir da 28ª semana de gestação, sem restrição de idade materna. O esquema será de dose única a cada gestação. O objetivo é prevenir a bronquiolite em bebês recém-nascidos. “O início da vacina materna contra vírus sincicial respiratório será uma importante estratégia de prevenção da bronquiolite nos bebês através da transferência de anticorpos através da placenta da mãe”, explica a gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira. Secretaria de Saúde recebeu, nesta terça-feira (2), 9.465 doses da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) para gestantes | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF As vacinas foram adquiridas pelo Ministério da Saúde, que fechou a compra de 1,8 milhão de doses do imunizante contra o VSR. O primeiro lote, com 673 mil doses, está sendo distribuído por todo o país. A meta é vacinar pelo menos 80% do público-alvo. Nirsevimabe Além da vacinação das gestantes, a imunização de recém-nascidos contra o vírus sincicial respiratório está mantida pela Secretaria de Saúde do DF. A imunização com o anticorpo monoclonal Nirsevimabe está prevista para fevereiro, período de maior incidência de doenças respiratórias em bebês. *Com informações da SES-DF
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Especialistas destacam cuidados para uma gravidez tranquila após os 40 anos
Primeiro os estudos, depois a carreira, relacionamento, estabilidade, viagens e, por último, a maternidade. Cada vez mais as mulheres têm mudado o foco e deixado o plano de ser mãe para depois. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010 a 2022, o número de brasileiras que se tornaram mães após os 40 anos cresceu 59,98%. A ginecologista e obstetra no ambulatório de gestação de alto risco do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Ana Carolina Ramiro, destaca a importância de se atentar para um planejamento familiar, tendo em vista que a produção de óvulos diminui significativamente com a idade. “Depois dos 40 anos, as chances de gravidez natural caem para menos de 5% por ciclo. Além disso, os óvulos disponíveis apresentam maior probabilidade de alterações genéticas, com predisposição para síndromes, como a de Down, por exemplo. E, infelizmente, as chances de aborto também aumentam”, alerta. Com 40 anos e grávida do terceiro filho, Mônica Christiani Ribeiro foi internada no HRSM por pressão alta e recebe acompanhamento contínuo no pré-natal de alto risco | Fotos: Divulgação/IgesDF “Ter um filho após os 40 não é apenas gestar uma criança, é equilibrar o agora ou nunca com a esperança de que tudo tem seu tempo. Com a idade, o corpo pode resistir mais à gravidez. Nem todo risco é só físico, muitos são emocionais”, afirma a médica. De acordo com a especialista, é comum que muitos questionamentos apareçam e todos são importantes, pois há mais chances de complicações em uma gestação tardia. Os riscos de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, abortos, hemorragias pós-parto e trabalho de parto prematuro aumentam bastante. Ainda assim, com acompanhamento médico e cuidados adequados, muitas mulheres têm gestações saudáveis após os 40 anos. “Observamos na prática diária no pré-natal de alto risco que essas pacientes apresentam mais comprometimento com o acompanhamento da gestação, o que pode incluir exames mais frequentes e acompanhamento multidisciplinar”, relata. Ana Carolina ressalta que nem toda gravidez tardia é considerada de alto risco, mas, como as chances aumentam acima dos 40 anos, é indispensável ter avaliação médica constante e acompanhamento rigoroso, preferencialmente com obstetras especializados. Referência em atendimento às gestantes de alto risco, o Hospital Regional de Santa Maria possui dez leitos de internação exclusivos para este perfil dentro da maternidade. As pacientes internadas são acompanhadas diariamente pela equipe multidisciplinar até que a alta médica ou parto ocorram com segurança para mãe e bebê. “Observamos na prática diária no pré-natal de alto risco que essas pacientes apresentam mais comprometimento com o acompanhamento da gestação, o que pode incluir exames mais frequentes e acompanhamento multidisciplinar”, afirma a ginecologista e obstetra no ambulatório de gestação de alto risco do HRSM, Ana Carolina Ramiro A psicóloga Alane Lima trabalha na maternidade do HRSM e percebe em seus atendimentos que as gestantes com idade superior a 40 anos possuem uma carga emocional maior com relação à gravidez. “Algumas chegam com histórico de perdas gestacionais anteriores e já enfrentavam dificuldade para engravidar. Outras, não imaginavam que pudessem engravidar nessa idade, lidando, então, com uma gestação não planejada. Tudo isso, somado ao fato de ser uma gestação de alto risco e de precisarem de hospitalização, aumenta a ansiedade e a preocupação”, explica. Segundo ela, é comum também o medo de complicações gestacionais ou obstétricas e de não darem conta de cuidar do bebê, não terem mais aquele "pique" para lidar com os desafios da maternidade. É então que entra o trabalho ativo da Psicologia, suporte essencial para lidar com medos, acolher frustrações e criar um espaço seguro para expressarem suas angústias sem julgamentos, fortalecendo o vínculo mãe-bebê e desmistificando crenças relacionadas à maternidade ideal. Diferença entre gestações [LEIA_TAMBEM]Mônica Christiani Ribeiro, está internada no Centro Obstétrico do HRSM desde a última quarta-feira (9) por conta da pressão alta. Ela está com 35 semanas de gestação, à espera de sua terceira filha, Maitê, que deverá nascer nos próximos dias. Além da pressão alta, ela é diabética e desde o início da gestação tem que ter cuidados redobrados e acompanhamento contínuo no pré-natal de alto risco. A gravidez não foi planejada. “Não pensei que ainda fosse engravidar, porque já tenho 40 anos, problemas hormonais e ovários policísticos, o que dificulta uma gestação. Por isso nem estava me prevenindo. Coloquei nas mãos de Deus, porque meu marido ainda não tinha nenhum filho e ele tinha essa vontade. Então, quando recebemos a notícia, ficamos felizes, não esperávamos que iria acontecer, mas deu certo e veio nossa bebê”, explica. Mãe de um casal de 21 e 17 anos, Mônica sentiu na pele o peso da idade e a diferença entre gestações em idade mais jovem e depois dos 40. Além dos problemas de saúde que ela não tinha na juventude, o vigor físico é menor e o corpo sente bem mais o impacto de gerar uma nova vida. Além disso, surgem outras demandas psicológicas. “Existem mais preocupações com a saúde da bebê, com a hora do parto, se vai ocorrer tudo bem, se ela pode ter alguma síndrome. Sei dos riscos, são bem maiores agora e isso gera uma preocupação e ansiedade. São medos diferentes, antes eu tinha medo de não saber cuidar, agora nem me preocupo com isso”, relata. No entanto, o ponto positivo que Mônica percebe é que, hoje, tem maturidade para buscar informações sobre qualquer dúvida que surge, o que nunca fez em suas outras gestações. Ela lê, assiste vídeos, vai atrás de páginas médicas e esclarece tudo, além de fazer um pré-natal rigoroso, sem faltar nenhuma consulta. *Com informações do IgesDF
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Programa oferece às servidoras do GDF apoio institucional na maternidade
Conciliar maternidade e vida profissional pode ser um desafio, mas as servidoras do Governo do Distrito Federal (GDF) contam com uma importante rede de apoio: o Programa de Atenção Materno Infantil para Servidores do DF (Proamis). A iniciativa é vinculada à Secretaria de Economia (Seec-DF), por meio da Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali). O Programa de Atenção Materno Infantil para Servidores do DF (Proamis) promove cursos, palestras e oficinas presenciais e online sobre temas como gestação, puerpério, parentalidade, vínculo mãe-bebê e primeira infância | Foto: Divulgação/Seec-DF O Proamis é uma política pública voltada ao cuidado com a gestante, ao incentivo à amamentação e à proteção da primeira infância. Por meio dele, servidoras da administração direta do GDF e do Tribunal de Contas do DF (TCDF) podem participar de atividades educativas, receber orientações sobre gestação e parentalidade, além de concorrer a uma vaga no Berçário Institucional Buriti, localizado no Anexo do Palácio do Buriti. As vagas são disponibilizadas conforme os critérios definidos em editais públicos, respeitando a ordem de classificação e as regras do programa. Desde sua criação, o programa já atendeu mais de 900 mães servidoras, promovendo bem-estar e segurança em uma das fases mais importantes da vida. “Ao garantir apoio durante a gestação, incentivo à amamentação e condições adequadas para o cuidado com os filhos, o Proamis contribui para que maternidade e trabalho caminhem juntos, com mais equilíbrio. O número de mães atendidas mostra como essa política faz diferença na vida das servidoras”, destaca o secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida, Epitácio Júnior. [LEIA_TAMBEM]Além do atendimento direto, o Proamis promove cursos, palestras e oficinas presenciais e online, em parceria com a Escola de Governo (Egov), sobre temas como gestação, puerpério, parentalidade, vínculo mãe-bebê e primeira infância. Tudo isso pensado para apoiar quem cuida, valorizando a maternidade e fortalecendo o vínculo entre mães e filhos, com ações que também promovem a qualidade de vida no trabalho das servidoras, garantindo acolhimento, bem-estar e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Veja, abaixo, os três eixos de atuação. → Apoio à gestante: oferece atividades informativas e rodas de conversa para servidoras grávidas, com orientações sobre gravidez, maternidade e os cuidados com o bebê. → Incentivo à amamentação: promove o aleitamento materno com apoio especializado e estrutura física, como a Sala Dourada (6º andar do Anexo do Buriti), onde as mães podem fazer a ordenha com conforto e privacidade. A amamentação também é incentivada mesmo após o fim da licença-maternidade, especialmente para aquelas com vagas no berçário. → Proteção à infância: reforça a importância dos vínculos afetivos e do desenvolvimento saudável nos primeiros anos de vida, priorizando o bem-estar da criança. Como participar A servidora interessada pode se cadastrar no programa a qualquer momento — até mesmo antes da confirmação da gravidez — pelo Portal de Serviços do GDF. Para mais informações, acesse este link ou entre em contato pelo telefone: (61) 3414-6230. *Com informações da Seec-DF
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Como o ferro e as vitaminas sustentam uma gestação
A gestação é um período de transformações fisiológicas intensas no corpo da mulher, que precisa não apenas sustentar o crescimento do bebê, mas também se preparar para o trabalho de parto. Nesse processo, a demanda por micronutrientes como ácido fólico, vitamina B12 e, especialmente, ferro, se torna crucial. Manter uma alimentação balanceada e rica em nutrientes é essencial para garantir o desenvolvimento saudável do bebê e o bem-estar da mãe. Alguns estudos apontam a deficiência de ferro como um problema que afeta até 52% das gestantes. O mineral é muito demandado pelo corpo durante a gestação, pois atua no desenvolvimento do cérebro da criança, na prevenção do parto prematuro e da mortalidade perinatal. Ginecologista e obstetra no ambulatório de gestação de alto risco do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Ana Carolina Ramiro destaca a importância do ferro como transporte de oxigênio para mãe e bebê. No Hospital de Santa Maria, as gestantes acompanhadas no ambulatório de alto risco têm acesso a exames para avaliar os níveis dos nutrientes diretamente no laboratório | Foto: Divulgação/IgesDF “Este é um cuidado invisível, o ferro e as vitaminas sustentam duas vidas. Há uma alquimia silenciosa acontecendo no corpo de uma mulher grávida. Algo que a ciência mede em miligramas, mas que a vida traduz em milagre. Ali, dentro dela, um coração pulsa antes mesmo de compreender o amor. E para que esse coração cresça, para que os pulmões se abram ao primeiro choro, para que os ossos se firmem no tempo é necessário ferro e vitaminas”, explica. Segundo a ginecologista, durante a gestação, a mãe entrega tudo de si ao filho: sangue, cálcio, hormônios, vitaminas e até a energia que já não tem. O bebê, com fome de vida, absorve o que pode. Mas, se faltar ferro, falta fôlego para o bebê, para a placenta e, principalmente, para a própria mulher. “A anemia é traiçoeira. Ela chega disfarçada, com cansaço aqui, uma tontura ali. Mas por trás desses sintomas leves, pode se esconder um perdigo profundo como um parto complicado, um bebê de baixo peso, uma mãe esgotada antes mesmo de ouvir o primeiro choro”, alerta Ana Carolina Ramiro. [LEIA_TAMBEM]A médica enfatiza que, embora pareçam medidas simples, um exame de sangue, uma cápsula diária ou uma alteração no cardápio, são cuidados fundamentais. “Se faltar tijolo, a estrutura sente. Se faltar ferro, a fadiga não é só física, é um sinal de que o corpo está tentando sustentar dois destinos com uma reserva que já se esgota”. Cuidado de mãe No Hospital Regional de Santa Maria, as gestantes acompanhadas no ambulatório de alto risco têm acesso a exames para avaliar os níveis dos nutrientes diretamente no laboratório. Raimunda Nonata da Conceição, 40 anos, está grávida de 31 semanas, esperando a pequena Geovana. Paciente de alto risco, ela faz o pré-natal no ambulatório do HRSM, sob os cuidados da médica Ana Carolina. Atualmente, segue uma suplementação com polivitamínico, vitamina D, sulfato ferroso e cálcio. “Como já passei por um tratamento contra o câncer, estou redobrando os cuidados nesta gravidez. Disseram que eu talvez não conseguisse engravidar novamente, mas aconteceu. Por isso, não esqueço de tomar minhas vitaminas de jeito nenhum. Aaté coloco despertador para lembrar. Sei que são essenciais para que minha filha se desenvolva bem”, conta Raimunda. Mãe de outros quatro filhos, ela lembra que as gestações anteriores foram tranquilas, sem nenhuma intercorrência. Agora, segue confiante enquanto aguarda a chegada da caçula. Vitaminas essenciais As vitaminas são fundamentais durante a gestação, cada uma cumprindo um papel essencial. A ginecologista Ana Carolina Ramiro explica que o ácido fólico, por exemplo, é responsável por formar o sistema nervoso do bebê, prevenindo malformações. A vitamina D fortalece o organismo, contribuindo para a saúde óssea e reforçando a imunidade da mãe. Já a vitamina B12 é crucial na formação do cérebro e do sangue, enquanto a vitamina C potencializa a absorção do ferro. “Por isso, o cuidado não deve esperar pelos sintomas. Ele precisa chegar antes do susto, no pré-natal bem feito, nos exames em dia, no prato colorido e no remédio tomado corretamente”, alerta Ana Carolina. A médica também destaca a importância de uma alimentação equilibrada, que deve incluir frutas, verduras, feijão, carnes magras, ovos e grãos integrais. “Costumo dizer que devemos seguir a dieta das crianças: sobremesa só se almoçar bem, e besteiras apenas no fim de semana, sem exageros”, recomenda. Por fim, reforça a necessidade dos suplementos prescritos pelo médico. “Mesmo com uma boa alimentação, eles podem ser indispensáveis. Por isso, deixo um recado para as gestantes: antes de olhar para o ultrassom, olhem para o seu sangue.” *Com informações do IgesDF
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