Fórum alinha estratégias de combate a hepatites virais
Profissionais da Secretaria de Saúde do DF (SESDF) e do Ministério da Saúde participaram, na quarta-feira (30), do 3º Fórum de Eliminação das Hepatites Virais do Distrito Federal. O evento teve como tema “Diagnóstico em Foco” e discutiu a importância de se realizar o diagnóstico precoce das hepatites e de ampliar a oferta de testes rápidos nas unidades de saúde. “Além de ser um evento técnico científico, essa é uma oportunidade para fazermos o monitoramento dos indicadores relacionados às hepatites nas regiões de saúde. Então, ele acaba sendo dividido em dois momentos: um mais teórico e outro com mais interação e participação das regiões de saúde”, explicou a gerente substituta da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Daniela Magalhães. Daniela Magalhães: "O diagnóstico é uma peça fundamental para o enfrentamento à doença porque se eu conhecer quem são as pessoas que estão adoecidas ou que estão realmente infectadas, conseguimos tratar" | Foto: Matheus Oliveira/ Agência Saúde-DF O objetivo do encontro foi capacitar os profissionais de saúde que estão envolvidos diretamente no atendimento e monitoramento dessas doenças, atuando em áreas como atenção primária, especializada e vigilância epidemiológica, para que eles possam interpretar corretamente os marcadores sorológicos. Debate Durante o fórum, houve troca de experiências sobre práticas eficazes de monitoramento, que contribuem para a melhoria do diagnóstico, acompanhamento e tratamento das hepatites B e C na rede pública de saúde. “O tema deste ano é o diagnóstico porque a gente só vai conseguir eliminar [a doença] se a gente tiver uma qualidade nessa área, se eu conhecer quem são as pessoas que estão adoecidas ou que estão realmente infectadas para que a gente possa tratar. Então o diagnóstico é uma peça fundamental”, ressaltou Daniela Magalhães. Além da capacitação dos profissionais de saúde que atuam no combate às hepatites, o Fórum também promoveu a troca de experiências sobre as estratégias aplicadas para eliminar essas doenças no Distrito Federal Prevenção e tratamento As hepatites virais B, C e D são doenças infecciosas sistêmicas que afetam o fígado e, na maioria dos casos, não apresentam sintomas e, muitas vezes, são diagnosticadas décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado. [LEIA_TAMBEM]No caso das hepatites B e C, as principais formas de contágio estão relacionadas ao contato sexual, em relações sem preservativo, e também ao uso de objetos contaminados como agulhas e seringas. A principal forma de prevenção é a vacinação, para a hepatite B, e a utilização de preservativos. Ainda não existe vacina para a hepatite C, mas os medicamentos disponíveis no SUS permitem a cura, na grande maioria dos casos. Os testes rápidos para detecção da infecção pelos vírus B ou C estão disponíveis para toda a população na rede de saúde pública do DF. O exame é obrigatório para todas as gestantes no 1º trimestre de gestação ou quando iniciar o pré-natal. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hepatites virais: Prevenção, testagem e tratamento salvam vidas
Neste 28 de julho, Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) reforça a importância da conscientização, prevenção e diagnóstico precoce de infecções como cirrose e câncer de fígado, que podem evoluir de forma silenciosa para complicações graves. O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais alerta para a importância da conscientização, prevenção e diagnóstico precoce dessas doenças | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF No primeiro semestre de 2025, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) diagnosticou 35 casos de hepatites virais. Em comparação com o mesmo período de 2024, houve uma leve redução, com 37 casos entre janeiro e junho do ano passado – ao longo de 2024, o hospital identificou 72 pacientes com a infecção. As hepatites virais são inflamações causadas por vírus que atingem o fígado e se dividem em cinco tipos: A, B, C, D e E. Vale ressaltar, no entanto, que outros agentes infecciosos – como os da gripe, dengue e herpes – também podem afetar o órgão. Segundo a médica Liliana Mendes, supervisora da residência médica em Hepatologia do HBDF, é importante compreender que as hepatites virais nem sempre apresentam sintomas. “Muitos pacientes não sentem nada, mas outros podem ter náuseas, vômitos, febre, icterícia e alterações nas enzimas hepáticas. Em alguns casos, pode levar a uma hepatite fulminante e até mesmo a um transplante de fígado com urgência”, afirma. A testagem rápida permite identificar com precisão e celeridade os casos reagentes, o que é essencial para quebrar a cadeia de transmissão das hepatites virais | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF Entre as formas mais graves estão as hepatites B e C crônicas, cuja transmissão ocorre principalmente pelo contato com sangue contaminado, relação sexual sem proteção e compartilhamento de objetos cortantes ou perfurantes – como agulhas e seringas. Portanto, é sempre bom lembrar que a prevenção é o caminho mais seguro para conter o avanço dessas doenças. Diagnosticado com hepatite C em 2007, o servidor público aposentado Oscar Macedo descobriu o vírus por acaso, durante exames pré-operatórios para uma cirurgia nasal. Com o diagnóstico confirmado, foi encaminhado para o Hospital de Base, onde fez acompanhamento no núcleo especializado no tratamento da doença. Lá, passou por consultas, exames laboratoriais e uma biópsia hepática que revelou fibrose em estágio avançado. "A hepatite C, infelizmente, ainda não tem vacina, mas tem cura. O tratamento é feito com medicamentos de uso oral, disponibilizados pelo SUS" Liliana Sampaio, supervisora da residência médica em Hepatologia do HBDF O primeiro tratamento, realizado no próprio Base entre 2009 e 2010, utilizou os remédios disponíveis na época. Em 2012, com o surgimento de novos medicamentos, Oscar teve acesso a um tratamento mais moderno e eficaz, novamente pelo Hospital de Base, que resultou na eliminação definitiva do vírus. Desde então, ele realiza acompanhamento regular na unidade e celebra a cura técnica, chamada de “resposta virológica sustentada”. Mesmo curado, Oscar segue orientações médicas para proteger o fígado e evitar uma possível reinfecção. Para ele, o atendimento recebido no Base foi essencial para superar a doença e ter qualidade de vida, reforçando o papel fundamental da rede pública no enfrentamento às hepatites virais. Vacinas e tratamento gratuito pelo SUS No Brasil, a vacina contra a hepatite B é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em três doses, a partir do primeiro mês de vida. Também está disponível a imunização contra hepatite A, cuja transmissão ocorre pela via fecal-oral, em duas doses. Ambas as vacinas são eficazes e seguras. [LEIA_TAMBEM]“A hepatite C, infelizmente, ainda não tem vacina, mas tem cura. O tratamento é feito com medicamentos de uso oral, disponibilizados pelo SUS”, explica Liliana Sampaio, que também é pesquisadora do HBDF e doutora em gastroenterologia pela USP. Para auxiliar no combate às hepatites, é fundamental que todos os adultos realizem a testagem para hepatites B e C. Essa triagem permite vacinar quem ainda não tem imunidade contra a hepatite B e iniciar precocemente o tratamento de quem já foi infectado, evitando complicações. De acordo com a farmacêutica e especialista em Vigilância em Saúde, Thaynnara Pires, o Hospital de Base realiza rastreamento ativo de casos por meio do monitoramento contínuo de indicadores da Vigilância Epidemiológica e análise conjunta com o Núcleo de Laboratório. Todas as amostras coletadas são acompanhadas e notificadas de forma oportuna aos órgãos competentes, como o Ministério da Saúde, por meio dos sistemas oficiais de informação. Farmacêutica e especialista em Vigilância em Saúde, Thaynnara Pires informa que o Hospital de Base realiza rastreamento ativo de casos de hepatites B e C por meio de monitoramento contínuo | Foto: Bruno Henrique/ IgesDF Testes rápidos O acesso aos exames e à correta indicação médica são ferramentas que garantem maior efetividade nas ações de saúde pública. “A testagem rápida permite identificar com precisão e rapidez os casos reagentes, o que é essencial para quebrar a cadeia de transmissão das hepatites virais”, diz Thaynnara. A analista do laboratório clínico do HBDF, Isabella Mariano, explica que os testes rápidos para detecção das hepatites virais estão disponíveis no hospital, mas precisam ser solicitados por um profissional de saúde do IgesDF. “Só realizamos o exame com o pedido médico interno. Os testes rápidos têm resultado liberado no mesmo dia, e a sorologia completa também”, afirma. Essa agilidade é essencial para garantir o início rápido do acompanhamento e tratamento. O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais é mais que uma data simbólica: é um alerta para o cuidado contínuo com a saúde do fígado. Com prevenção, testagem e tratamento adequado, é possível evitar complicações graves e salvar vidas. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Capacitação avalia diagnóstico e monitoramento de infecções sexualmente transmissíveis
Profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nessa quinta-feira (13), de uma oficina sobre diagnóstico e monitoramento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Mais de 200 profissionais da rede de saúde pública participaram da oficina | Foto: Divulgação/Agência Saúde Promovido pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) em parceria com o Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e IST (Dathi) do Ministério da Saúde (MS), o encontro reuniu mais de 200 profissionais de diferentes áreas da rede pública. “Com mais profissionais treinados, quem ganha é a população” Erick Gusmão, enfermeiro da UBS 11 de Samambaia Durante esta semana, a Escola de Saúde Pública (ESP-DF) também promoveu uma capacitação teórica e prática para 40 servidores, que atuarão como facilitadores de testagem rápida no Distrito Federal. Pioneirismo Em janeiro, o DF se tornou pioneiro ao instituir, por meio da portaria nº 35/2024, a função de facilitadores de testagem rápida para IST. Esses profissionais, após treinamento teórico e prático, serão responsáveis por expandir a oferta de exames de HIV e outras infecções, garantindo segurança e qualidade no diagnóstico. O enfermeiro Erick Gusmão, da UBS 11 de Samambaia, um dos facilitadores formados no curso, destacou a importância da iniciativa. “Já estamos planejando os próximos passos para capacitar mais equipes”, adiantou. “Com mais profissionais treinados, quem ganha é a população”. Testagem rápida “O treinamento prático assegura que os testes sigam todas as etapas corretamente: pré-analítica, analítica e pós-analítica” Beatriz Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde Em 2024, a SES-DF aplicou quase 85 mil testes rápidos para sífilis e 84,3 mil para HIV. Além disso, foram feitos cerca de 64 mil testes para hepatite B e 70 mil para hepatite C. A gerente da Gevist, Beatriz Luz, enfatizou a importância da testagem rápida para diagnóstico ágil e intervenções precoces, reduzindo a transmissão e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. “Para garantir a eficácia desse processo, a capacitação dos profissionais é essencial”, reforçou. “O treinamento prático assegura que os testes sigam todas as etapas corretamente: pré-analítica, analítica e pós-analítica.” Daniela Magalhães, uma das facilitadoras da oficina e referência técnica distrital (RTD) da Rede de Testagem Rápida da SES-DF, lembrou: “A SES-DF possui um compromisso com as boas práticas em testagem rápida. O facilitador tem esse papel de oportunizar capacitações regionalizadas, que qualifiquem o método nas localidades”. O líder da equipe de Diagnóstico do Dathi/MS, Alisson Bigolin, destacou que a capacitação busca formar multiplicadores nos territórios, ampliando a disseminação das diretrizes nacionais para diagnóstico e monitoramento laboratorial das ISTs. “Temos manuais e notas técnicas, mas precisamos que essas informações cheguem aos serviços de saúde”, pontuou. “Os facilitadores terão um papel fundamental para difundir esse conhecimento na rede.” *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde discute em fórum estratégias para eliminar hepatites virais
Nesta segunda-feira (29), a sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília foi palco do Fórum de Eliminação de Hepatites Virais, reunindo especialistas para debater estratégias e ações para o combate à doença. O evento destacou a importância da cooperação no planejamento estratégico, em nível federal e distrital, para erradicar as hepatites virais até 2030, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O subsecretário de Logística da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), Maurício Fiorenza, ressaltou a vantagem de Brasília em termos de imunização e proximidade com organizações internacionais como a Opas. “Brasília está com uma imunização alta e estamos planejando um reforço. Neste evento, lançamos o plano de eliminação das hepatites virais no Distrito Federal, que é um passo crucial para o Brasil alcançar a meta de eliminação até 2030”, afirmou Fiorenza. Fórum de Eliminação de Hepatites Virais reuniu na Opas especialistas para debater estratégias e ações para o combate à doença | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O subsecretário explica que o plano tem quatro pilares fundamentais: vacinação, diagnóstico, tratamento e educação. “Temos vacinas disponíveis para hepatite A e B. É essencial diagnosticar as pessoas infectadas e tratá-las. Além disso, promover a educação e a conscientização é crucial, pois a hepatite pode ser uma doença silenciosa, sem sintomas evidentes, como a icterícia”, explicou. O subsecretário de Vigilância Sanitária da SES-DF, Fabiano dos Anjos, destacou que o fórum permite o desenvolvimento de planos de ação mais eficazes. “Nossa coordenação envolve todas as regiões de saúde do DF, o que facilita a aplicação prática das medidas de vigilância em saúde. A epidemiologia nos dá uma visão global das doenças, permitindo-nos ajustar a assistência para melhor atender à população do Distrito Federal”, concluiu. Durante o fórum, o coordenador-geral das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mário Gonzalez, ressaltou a importância do trabalho em conjunto com gestores das áreas de HIV, Aids e ISTs, uma vez que há convergência nas ações em resposta e também nas populações mais vulneráveis a essas infecções e doenças. Ele alertou para o fato de que a mortalidade por hepatites tem aumentado em todo o mundo. As hepatites virais mais comuns entre os brasileiros são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o da hepatite E, que é menos frequente no Brasil Como se prevenir As hepatites virais mais comuns entre os brasileiros são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o da hepatite E, que é menos frequente no Brasil. No caso das hepatites B e C, as principais formas de contágios estão relacionadas ao contágio sexual, em relações sem preservativo, e também ao uso de objetos contaminados como agulhas e seringas. As principais formas de prevenção são a vacinação, no caso da hepatite B, e a utilização de preservativos (camisinhas). Na maioria dos casos, essas hepatites não apresentam sintomas. Muitas vezes são diagnosticadas décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado. A forma crônica da hepatite D, também chamada de Delta, é considerada a mais grave, com progressão mais rápida para cirrose. A forma crônica respondeu por 75,9% dos casos registrados, enquanto a aguda representou 18,9% dos casos no Brasil. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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