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incêndios florestais

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Fórum distrital reúne instituições e propõe ações conjuntas para prevenir incêndios florestais em 2026

Com foco na construção de soluções conjuntas para enfrentar os incêndios florestais no Distrito Federal, o Fórum Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais reuniu, quinta (4) e sexta-feira (5), gestores públicos, pesquisadores, brigadistas e representantes da sociedade civil. Realizado pela Secretaria do Meio Ambiente do DF (Sema-DF), o evento foi dedicado ao planejamento das ações para 2026. O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, classificou o fórum como um espaço democrático de escuta e articulação entre os diferentes atores que atuam na prevenção e no combate ao fogo. “A construção transversal das soluções é o caminho mais eficaz para proteger nosso território contra os incêndios. O fórum é um espaço democrático de escuta, planejamento e ação”, afirmou. Gestores públicos, pesquisadores, brigadistas e representantes da sociedade civil discutiram estratégias de combate a incêndios florestais para serem adotadas em 2026 | Foto: Divulgação/Sema-DF A vice-governadora do DF, Celina Leão, ressaltou o compromisso do governo com decisões pautadas por evidências e com a escuta ativa dos profissionais da linha de frente. “Trata-se de mais uma oportunidade em que o GDF reforça o compromisso com decisões fundamentadas em evidências, ouvindo os profissionais que atuam na linha de frente e a população diretamente afetada pelos incêndios”, disse. Para a coordenadora do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF), Carolina Schubart, o fórum reafirmou a importância de unir esforços e promover formação contínua. “Este é o momento de intensificar o diálogo entre instituições e comunidade, para que possamos fortalecer e ampliar nossas ações contra o fogo em 2026”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]A programação foi dividida em quatro módulos temáticos: manejo integrado do fogo, educação ambiental, tecnologias de monitoramento e estratégias de combate. As atividades incluíram mesas-redondas, exposições técnicas, sessões participativas e apresentações especializadas.  Juliana Salles dos Santos, brigadista florestal do Parque do Cortado, destacou a importância da troca entre profissionais. “Quando a gente senta para alinhar os pontos de vista, consegue entender melhor e, no dia a dia, alinhar nosso trabalho da melhor forma possível”, comentou. Edson Vieira Cacimiro, diretor de Manejo Integrado do Fogo do Brasília Ambiental, defendeu a ampliação da participação. “O fórum abre espaço para trocas e nos dá a oportunidade de ouvir a comunidade envolvida com o tema”, disse. As propostas debatidas serão sistematizadas pela Sema-DF e vão orientar o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais em 2026. A expectativa é que o planejamento contemple medidas mais integradas e ações educativas permanentes voltadas à proteção do Cerrado. *Com informações da Sema-DF  

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Curso prepara profissionais para resposta rápida a incêndios no Distrito Federal

Com o objetivo de aprimorar a resposta integrada aos incêndios florestais no Distrito Federal, nesta semana será realizado o Curso Intermediário de Sistema de Comando de Incidentes (SCI). A formação faz parte das ações do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF/DF) e será ministrada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). O treinamento começou nesta segunda (20) e segue até sexta-feira (24), no Grupamento de Proteção Civil do CBMDF (Taguatinga Centro), das 8h às 17h — a carga horária é de 40 horas, divididas entre aulas teóricas e práticas. A etapa final do curso será um simulado de campo na Floresta Nacional de Brasília, em Brazlândia, onde os participantes poderão aplicar os conhecimentos adquiridos em um ambiente real de operação. O Curso Intermediário de Sistema de Comando de Incidentes (SCI) visa aprimorar a resposta integrada aos incêndios florestais no DF | Foto: Divulgação/Sema-DF De acordo com Carolina Schubart, coordenadora do PPCIF/DF, o curso representa um avanço importante na formação técnica dos profissionais que atuam na linha de frente do combate aos incêndios florestais. “O curso visa à capacitação de diversos órgãos que integram o Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, com o objetivo de preparar o corpo técnico dos servidores para aprimorar ainda mais a eficácia no combate aos incêndios florestais de grande proporção”, afirma Carolina. [LEIA_TAMBEM]Participam da capacitação servidores e representantes de diversas instituições que compõem o Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, entre elas ICMBio, Instituto Brasília Ambiental, Jardim Botânico de Brasília (JBB), Polícia Federal, Anac, Aeronáutica e brigadistas voluntários. Esta é a segunda edição do curso realizada em 2025. “O Governo do Distrito Federal tem investido continuamente na capacitação dos profissionais que atuam na linha de frente do combate aos incêndios florestais. Esse curso, coordenado pela Sema-DF [Secretaria do Meio Ambiente] e realizado pelo Corpo de Bombeiros, é fundamental para fortalecer a integração entre os órgãos e garantir uma resposta rápida e eficiente nas ações de prevenção e controle do fogo”, destaca a vice-governadora do DF, Celina Leão. Criado na década de 1970, na Califórnia (EUA), o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) é uma ferramenta reconhecida internacionalmente pela capacidade de organizar e coordenar respostas a emergências, sejam elas incêndios, desastres naturais ou acidentes. O método garante uma gestão eficiente, comunicação integrada e divisão clara de responsabilidades, possibilitando maior eficácia nas operações de campo. O modelo foi incorporado à estrutura de segurança pública do Distrito Federal e tem se mostrado essencial na resposta a eventos de grande escala. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF)

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Drones ampliam eficiência do Corpo de Bombeiros do DF em salvamentos e no combate a incêndios florestais

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) conta com 11 drones para auxiliar no combate a incêndios florestais, ações de busca e salvamento, monitoramento de áreas de risco e apoio à defesa civil. Os aparelhos são estratégicos para as operações, gerando assertividade e eficiência para a atuação das equipes. A gestão dos dispositivos, tecnicamente intitulados como aeronaves tripuladas remotamente, cabe ao 3º Esquadrão de Aviação Operacional (3º ESAV), instituído por decreto em 2024. A tecnologia começou a ser empregada há dez anos, com a aquisição do primeiro equipamento do tipo Mavic 2, apelidado como Zangão 01. De lá para cá, a aeronave passou a ser amplamente utilizada pela corporação, que investiu na capacitação de cerca de 300 militares e obteve, com recursos próprios e por doação, outros exemplares do dispositivo. Atualmente, estão disponíveis cinco drones do modelo Mavic 2, que se destaca pelo zoom de longo alcance, e seis do Mavic 3T, que conta com câmera termográfica e indicado para operações em campo. “Com o Mavic 3T, conseguimos identificar obstáculos, vítimas em áreas de mata e até definir prioridades no combate às chamas. Já o Mavic 2, mesmo sendo mais antigo, continua sendo útil para investigações a longas distâncias”, explica o tenente Rony Junio Rodrigues da Costa, responsável pela coordenação do uso dos aparelhos. Atualmente, estão disponíveis cinco drones do modelo Mavic 2, que se destaca pelo zoom de longo alcance, e seis do Mavic 3T, que conta com câmera termográfica e indicado para operações em campo | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Novos drones devem ser incorporados em breve. Está em andamento um processo para doação pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e a compra de outros exemplares com recursos da própria corporação. Recentemente, o CBMDF recebeu dispositivos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e acessórios, como câmeras e cartões de memória, da Receita Federal. Combate Os dispositivos estão integrados a grupamentos especializados, como o de Busca e Salvamento (GBS), Proteção Ambiental (GPRAM), Proteção Civil (GPCIV) e Prevenção e Combate a Incêndio Urbano (GPCIU). Durante a Operação Verde Vivo, promovida anualmente entre abril e novembro, ao menos três aeronaves são empregadas nas missões. “Os equipamentos são muito úteis no combate a incêndios por permitirem a visualização completa da região afetada e a direção do fogo, trazendo mais eficiência ao trabalho”, salienta o tenente. Com o reconhecimento da região atingida pelo fogo, o drone também contribui com a segurança dos bombeiros, reduzindo a exposição das tropas às chamas, e agiliza a resolução das situações de emergência. “O maior ganho é a questão do monitoramento em tempo real, já que é possível antecipar mudanças no comportamento do fogo, prever a direção que pode ser causada pelo vento, por exemplo, e assim ter uma resposta mais rápida e precisa no combate”, ressalta Costa. “Com o Mavic 3T, conseguimos identificar obstáculos, vítimas em áreas de mata e até definir prioridades no combate às chamas. Já o Mavic 2, mesmo sendo mais antigo, continua sendo útil para investigações a longas distâncias”, explica o tenente Rony Junio Rodrigues da Costa No ano passado, durante o período de vigência da Operação Verde Vivo, foram registradas 9.005 ocorrências de queimadas, com 22.250,40 hectares de área afetada. Setembro, agosto e julho foram os meses com maior número de chamados, representando, juntos, quase 73% do total de ocorrências. Neste ano, de abril a agosto, foram recebidos 4.848 casos de incêndios florestais, que afetaram área de 8.797,70 hectares. Os dados de setembro ainda estão em fase de apuração. Capacitação Para operar os dispositivos, os militares passam por treinamento que aborda desde os princípios básicos de navegação até legislação e normas de segurança. São oferecidos três cursos por ano, além de oficinas para órgãos externos. O curso tem duração de três semanas, sendo duas online e uma presencial. O cabo Henrique Senna concluiu a formação no ano passado e atualmente está lotado no 3º ESAV. Para ele, o emprego da tecnologia durante incêndios florestais gera mais eficiência e assertividade ao combate, impactando diretamente a proteção da população e da natureza. “Quando chegamos por terra, não sabemos a dimensão do fogo nem a direção que está tomando, se tem casas no caminho ou não. Com o drone, podemos ter essa visão antes de partir para o combate, facilitando o controle dos focos e nos ajudando a proteger as pessoas”, salienta. Outro militar capacitado para a operação dos dispositivos é o subtenente Ricardo Cruz. Ele destaca as demais atividades que podem ser monitoradas pelo aparelho, como é o caso de grandes eventos como shows e festivais. “Temos uma maior visão das vias de acesso, da localização das viaturas e, no caso de operações de busca e salvamento, podemos usar para encontrar pessoas, principalmente em matas”, conclui.

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Hospital Veterinário Público de Animais Silvestres recebe e trata primeiras vítimas de incêndios florestais de 2025

Com o avanço da estação seca no Distrito Federal, as primeiras vítimas da fauna atingidas por incêndios florestais já começaram a chegar ao Hospital Veterinário Público de Animais Silvestres (Hfaus). Entre os pacientes em tratamento estão um jabuti e uma tamanduá-mirim, ambos resgatados na Floresta Nacional de Brasília (Flona) com queimaduras graves causadas pelo fogo. De acordo com o biólogo Thiago Marques, coordenador do Hfaus, o jabuti chegou ao hospital com o casco e patas queimadas, além de desidratado. Após avaliação clínica, o animal recebeu pomadas específicas, passou por limpezas e agora se encontra em bom estado. “Ele é um animal mais rústico, já está se alimentando e tomando banho de sol. Estamos observando se haverá perda das placas ósseas, o que pode exigir reconstrução do casco com resina. Caso isso aconteça, fazemos a proteção para evitar infecções até que a carapaça se regenere naturalmente”, detalha. O jabuti chegou ao hospital com o casco e patas queimadas; depois de passar por limpeza e tratamento com pomadas, o animal se encontra em bom estado | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Tratamento especializado Já a situação da pequena tamanduá-mirim é mais delicada, também pelo fato de ser um animal com o metabolismo mais lento e uma temperatura naturalmente mais baixa. Ela chegou com mais de 80% do corpo queimado, com bolhas e a pele descolando. Por conta da gravidade, a equipe utilizou um tratamento inovador: aplicação de pele de tilápia, técnica conhecida por acelerar a cicatrização de queimaduras profundas. [LEIA_TAMBEM]O material foi todo preparado pela própria equipe do Hfaus, capacitada para utilizar a pele de tilápia nos procedimentos, dispensando a necessidade de comprar peças prontas. “A pele de tilápia tem sido uma aliada importante no nosso trabalho. Fizemos um investimento na capacitação da equipe, que hoje está apta a preparar e aplicar o material aqui mesmo no hospital, o que reduz custos e garante agilidade no atendimento”, ressalta o biólogo. O profissional destaca, ainda, que os veterinários monitoram a hidratação e a temperatura corporal constantemente. No caso da tamanduá, o controle térmico é essencial, já que o metabolismo dela é mais lento, o que agrava o risco de hipotermia. O animal silvestre segue em observação contínua. “Ela ainda não está fora de risco. Mas nosso trabalho é garantir o máximo de conforto e vigilância”, afirma Thiago. O atendimento no Hfaus começa com uma triagem clínica e documental. Casos mais graves são levados diretamente à cirurgia ou aos curativos e, a partir daí, recebem uma ficha individual com plano de reabilitação e alimentação. No ano passado, o Hfaus recebeu 11 animais feridos por queimadas: seis mamíferos, quatro aves e um réptil. Seis deles conseguiram ser reintroduzidos à natureza pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com 80% do corpo queimado, a tamanduá-mirim tem passado por um tratamento inovador, que usa a aplicação de pele de tilápia para acelerar a cicatrização Aumento dos casos Marques alerta para o aumento no número de ocorrências com animais durante esse período. "Mesmo com apenas um ano e meio de existência, já percebemos que, na seca, há um crescimento expressivo nos casos — não só de queimaduras, mas de atropelamentos, maus-tratos, colisões com vidraças e fugas motivadas pela perda de habitat", explica. O profissional reforça a necessidade de atenção e cuidado com esses animais, que acabam em áreas urbanas durante a fuga e a procura por alimento. A recomendação para quem encontrar um animal ferido é clara: não tente manuseá-lo e acione imediatamente os órgãos competentes, que são: → Polícia Militar: 190 → Corpo de Bombeiros: 193 → Brasília Ambiental (Ibram): 3214-5637 → Linha Verde do Ibama: 0800 61 8080 Os profissionais do Hfaus foram capacitados para preparar e aplicar a pele de tilápia nos procedimentos, dispensando a necessidade de comprar peças prontas O manejo inadequado pode agravar os ferimentos do animal e colocar em risco a segurança de quem tenta ajudar. A tenente Thays Gonçalves, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), aponta que as áreas mais atingidas por incêndios no DF são a Flona e o Parque Nacional de Brasília, alvos constantes de ações criminosas ou descuidos que podem ter grande impacto. A militar ressalta que as consequências dos incêndios vão muito além das queimaduras: há um desequilíbrio ambiental enorme, desde a quebra da cadeia alimentar por atingir espécies diversas que servem de alimento para os animais maiores até prejuízos maiores à flora e ao clima. “Quando o animal não morre, muitas vezes perde a capacidade de sobreviver na natureza. E a gente já está tendo emergências climáticas por conta da ausência de florestas, lugares que antes eram preservados e agora estão devastados; então, esses incêndios geram uma descompensação de forma integral”, observa.

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