Três edições da Revista Com Censo são lançadas
A Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Uni-Eape) realizou, na última sexta (4), o lançamento das edições 38 e 39 da Revista Com Censo e da edição 4 da Revista Com Censo Jovem. O evento também marcou a apresentação oficial do Projeto Caravanas RCC, iniciativa que promoverá o uso pedagógico da revista nas coordenações regionais de ensino (CREs) ao longo de 2025. A edição 38 da Revista Com Censo (impressa) apresenta o dossiê temático O Papel do Periódico Científico na Educação Básica, reunindo artigos que discutem a importância das publicações científicas como instrumento de formação continuada para professores e estudantes. Durante o lançamento, autores compartilharam perspectivas sobre como os periódicos podem transformar a prática pedagógica e incentivar a cultura de pesquisa nas escolas. Artigos da edição 38 da Com Censo discutem o papel do periódico científico na educação básica | Fotos: Mary Leal/SEEDF Já a edição 39 (online) traz uma seleção diversificada de artigos e relatos de experiência do fluxo contínuo, com destaque para entrevistas especiais sobre diversidade linguístico-cultural e ciência política. “Essa diversidade de temas reflete a riqueza de experiências e pesquisas desenvolvidas pelos profissionais da nossa rede”, destacou André Arantes, editor-chefe da publicação. Democratização do conhecimento Linair Martins: “Por meio da revista, realizamos várias ações que promovem a pesquisa, que incentivam o professor a ser um pesquisador do chão da escola” Linair Moura Barros Martins, chefe da Eape, ressaltou a importância do periódico para a Secretaria de Educação. “A revista compõe um tripé de formação, pesquisa e publicação. Por meio da revista, realizamos várias ações que promovem a pesquisa, que incentivam o professor a ser um pesquisador do chão da escola”, afirmou. Linair reforçou o papel democratizador da publicação. “É a democratização de um mundo que é muito seleto. Nosso professor também tem autoridade porque ele é legítimo, é ele que está no chão da escola.” Outra edição lançada foi a quarta publicação da Revista Com Censo Jovem. “Esse periódico tem um potencial diferenciado porque publica trabalhos escritos pelos estudantes com a orientação dos professores. Diferentemente de muitas revistas em que nem sempre o aluno é protagonista”, explica a editora-chefe Bárbara Carolina Boaventura. 2022 Ano de criação da Revista Com Censo Jovem Criada em 2022, a revista já prepara a quinta edição, prevista para outubro de 2025. “A revista ainda está na fase de captação de trabalhos, que podem ser artigos ou relatos de experiência de todos os alunos da rede, desde a educação infantil até o ensino médio”, destaca Boaventura. As inscrições estão abertas até 10 de maio. A professora Valéria Pereira Soares, do Centro de Ensino Especial (CEE) 01 de Sobradinho, orientou alunos do 8º e 9º ano na publicação. “Nosso objetivo era preparar esses alunos para a iniciação científica na educação básica”, afirmou. Projeto Caravanas RCC Um dos destaques do evento foi o lançamento do Projeto Caravanas RCC, que levará exposições e oficinas de escrita científica às CREs durante todo o ano de 2025. A iniciativa busca fortalecer o letramento científico entre professores e promover o uso da revista como ferramenta pedagógica. “A proposta de levar o acervo e promover oficinas de escrita científica é uma maneira excelente de fortalecer o uso da revista como um recurso pedagógico ativo nas salas de aula”, comentou Raquel Moreira, editora-chefe da RCC. “A interação com os autores e a possibilidade de discutir experiências práticas vai ajudar a criar um ambiente colaborativo, onde os professores podem trocar ideias e se inspirar mutuamente”, completou. *Com informações da Secretaria de Educação
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13º Circuito de Ciências termina com a participação de 80 mil estudantes da rede pública do DF
A premiação dos projetos vencedores do 13º Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal de 2024 celebrou a participação de 80 mil estudantes, de 14 regionais de ensino, que apresentaram 512 trabalhos. O percurso, que contou com etapas local, regional e distrital, contou também com 136 avaliadores voluntários. A celebração de encerramento ocorreu no auditório Neusa França, quinta-feira (5), na sede da Secretaria de Educação do DF. O circuito é uma parceria da Secretaria de Educação (SEEDF) com o Sebrae e a Fiocruz. O tema do Circuito de Ciências deste ano foi Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais. “É um momento de alegria, celebração, de alívio, porque deu tudo certo e superou as expectativas. Hoje, as três melhores equipes de dez categorias estão sendo representadas. Inclusive, é importante destacar que nosso circuito é a maior feira científica do Distrito Federal”, Raquel Vila Nova, representante da Gerência de Programas e Projetos Transversais (GPROJ). Raquel Vila Nova destaca que o Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal é o maior do DF | Foto: André Amendoeira/SEEDF Vencedores Durante todo o Circuito de Ciências, 33 mil pessoas visitaram as exposições nas diversas regionais de ensino. O Centro Educacional (CED) 01 do Guará venceu na categoria I, do ensino médio regular, com o projeto Bioma Protect: um aplicativo para integração de informações para a prevenção e combate ao fogo. Orientados pela professora de biologia Juliana Carvalho, os estudantes Jhony Bueno, Pedro Ferreira e Júlio César Santos, todos com 18 anos, desenvolveram um aplicativo que localiza queimadas. “Esse processo foi árduo, trabalhamos muitas horas no desenvolvimento do aplicativo em si, no projeto de design, porque queremos levar esse aplicativo para frente, fazer um plano de investimento, apresentar para possíveis investidores”, afirma Pedro. “Cruzamos os metadados de uma foto com a localização exata de onde a pessoa está quando ela denuncia uma queimada, um incêndio criminoso ou até uma possível área de desmatamento”, completou. O aplicativo Bioma Protect foi premiado na categoria de ensino médio regular A professora Juliana também destacou que, “se o usuário estiver no meio da estrada viajando, por exemplo, com apenas uma foto o aplicativo consegue puxar a geolocalização da pessoa e deixar disponível para as autoridades responsáveis combaterem o incêndio”. Veja os vencedores do 13º Circuito de Ciências ⇒ Categoria A – Educação infantil 1º lugar: Creche Casa do Candango, do Plano Piloto, com o projeto Reaproveitamento de alimentos de forma sustentável e ecológica; 2º lugar: CEI 01, de Taguatinga, com o projeto Sem floresta, sem futuro: o impacto do desmatamento na qualidade de vida da população; 3º lugar: CEF Jardim 2, do Paranoá, com o projeto Pequenos guardiões da natureza vivenciando a cultura indígena. ⇒ Categoria B – Educação fundamental (anos iniciais) 1º lugar: EC 403 Norte, do Plano Piloto, com o projeto Borboletário. Criando borboletas na escola; 2º lugar: CED Irmã Maria Regina, de Brazlândia, com o projeto Com os pés no Cerrado: robótica educacional com Pictoblox; 3º lugar: EC 01, do Guará, com o projeto Interação entre fauna e flora no Cerrado. ⇒ Categoria C – Ensino fundamental (anos finais) 1º lugar: CED Dona América Guimarães, de Planaltina, com o projeto O Cerrado e a percepção dos educandos quanto ao local onde o CED DAG está inserido; 2º lugar: CED Professor Carlos Mota, de Sobradinho, com o projeto Monitoramento de larvas de mosquitos Aedes aegypti em uma região rural do DF; 3º lugar: EC 16, de Planaltina, com o projeto Didática e entretenimento na divulgação científica sobre as riquezas do bioma Cerrado e a importância de sua preservação. ⇒ Categoria G – Centro de Ensino Especial, EJA interventivo, Sala de Recursos, Sala de Apoio à Aprendizagem 1º lugar: CEF 20, de Ceilândia, com o projeto Cerrado: o berço das águas brasileiras; 2º lugar: CEE 01, do Guará, com o projeto Jardins no ar: uma jornada sustentável e inclusiva com hortas suspensas em garrafa pet; 3º lugar: CEF 16, de Taguatinga, com o projeto As emoções do Cerrado sob a perspectiva da inclusão. ⇒ Categoria H – Altas habilidades/superdotação 1º lugar: CEF 02, de Brazlândia, com o projeto Aperfeiçoando o ar-condicionado de baixo custo – Fase 2; 2º lugar: CEF 08, de Sobradinho, com o projeto Identificação de larvas de mosquito em um ambiente urbano presente no bioma Cerrado; 3º lugar: EC 64, de Ceilândia, com o projeto Birdwatching. ⇒ Categoria I – Ensino médio regular 1º lugar: CED 01, do Guará, com o projeto Biomas Protect: um aplicativo para integração de informações para a prevenção e combate ao fogo; 2º lugar: CEM Paulo Freire, do Plano Piloto, com o projeto Educando com horta de 1m²; 3º lugar: CED 01, do Itapoã, Paranoá, com o projeto Os impactos da arborização urbana no conforto térmico do Paranoá e Entorno. ⇒ Categoria J – Ensino médio em tempo integral e educação profissional e tecnológica 1º lugar: CED 08, do Gama, com o projeto Extração de óleo essencial de Citronela com o uso de materiais de baixo custo; 2º lugar: CEMI à Educação Profissional, de Taguatinga, com o projeto Desenvolvimento de jogos educativos para aprendizagem escolar e preservação dos biomas brasileiros: uma abordagem interativa sustentável para a conscientização ambiental nas escolas; 3º lugar: CEM, de Taguatinga Norte, com o projeto Super Súber: a impressão 3D como ferramenta educacional. ⇒ Comissão regional A Comissão Regional de Taguatinga empatou em primeiro lugar com a Comissão Regional do Plano Piloto. *Com informações da Secretaria de Educação
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Estudantes de Taguatinga conquistam o 2º lugar na XVIII Mostra Brasileira de Foguetes
Alunos do Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte (CEMTN) ficaram em 2º lugar na XVIII Mostra Brasileira de Foguetes, que ocorreu entre os dias 21 e 24 deste mês em Barra do Piraí (Rio de Janeiro). O evento é realizado pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), sendo aberto a escolas de todo o Brasil, tanto públicas quanto particulares. O CEMTN foi o único representante da rede pública de ensino do Distrito Federal a participar da competição. Foguete é impulsionado a partir de um sistema de água e ar comprimido em alta pressão | Fotos: Mary Leal/SEEDF Para que a equipe se classifique, é necessário que o lançamento do foguete alcance pelo menos 180 metros – o projétil da escola de Taguatinga foi lançado a 190 metros de altura. Os professores de biologia, Ediney Barreto, e de robótica, Brenda Santos, foram os responsáveis pela organização e acompanhamento dos estudantes na competição. Ediney relembrou o começo da proposta: “Esse projeto iniciou de forma bem rústica; não tínhamos material, quase nada. Lançamos primeiro num campo de futebol próximo à escola”. Com garrafas pet, os estudantes utilizam um sistema de água e ar comprimido em alta pressão que, quando liberado, gera o impulso de que o foguete necessita. Para tanto, podem usar propelentes à base de bicarbonato de sódio e vinagre. Construído a partir de garrafas pet, o foguete usa propelentes à base de bicarbonato de sódio e vinagre para conseguir o impulso necessário para ser lançado Competição A Mostra Brasileira de Foguetes tem cinco níveis distintos: ⇒ Nível 1 – Destinado aos alunos do ensino fundamental, regularmente matriculados do 1º ao 3º ano. Os foguetes são lançados obliquamente, movidos por simples impulso; ⇒ Nível 2 – Destinado aos alunos do ensino fundamental, regularmente matriculados do 4º ao 5º ano. Os foguetes são lançados obliquamente, movidos por simples impulso; ⇒ Nível 3 – Destinado aos alunos do ensino fundamental, regularmente matriculados entre o 6º e o 9º ano. Os foguetes são lançados obliquamente, movidos pela pressão inserida manualmente; ⇒ Nível 4 – Destinado aos alunos regularmente matriculados em qualquer série/ano/período do ensino médio ou superior. Os foguetes são lançados obliquamente, movidos pela pressão gerada pela reação química entre o vinagre e o bicarbonato de sódio; ⇒ Nível 5 – Destinado aos alunos regularmente matriculados em qualquer série/ano/período do ensino médio ou superior. Os foguetes são lançados obliquamente, sendo movidos por propulsão sólida. Experiência Os estudantes Kauam Rocha e Davi Barcelos, do 2º ano, além de Érika Maryanna Aguiar, do 3º ano, compõem a equipe vice-campeã da Mostra Brasileira de Foguetes. Kauam reconheceu o esforço dos professores em incentivar o grupo durante todo o processo. Os estudantes Davi, Kauam e Érika mostram o projeto levado para a XVIII Mostra Brasileira de Foguetes “Nós pensamos que não daria certo, pensamos até em desistir, mas graças aos nossos professores conseguimos ir e chegarmos lá. Foi uma experiência nova para mim, de muito aprendizado, pois conhecemos majores da Aeronáutica Brasileira; conhecemos até um astronauta que lança foguetes para uma empresa coreana. Vou carregar essas memórias para a vida toda”, disse o jovem. Já Érika Maryanna destacou a importância de interagir com alunos de outras escolas e de outros estados: “Foi minha primeira viagem em grupo. Fiz amizades, encontrei pessoas de todo o Brasil, de cidades que eu nem conhecia. Então, foi legal a mistura de cultura e ciência da qual nós fizemos parte”. O estudante Davi Barcelos ressaltou a importância da ajuda de recursos para incentivar a participação das instituições de ensino. “Na competição, havia escolas do interior do Maranhão – inclusive a que ficou em primeiro lugar – que possuem impressora 3D e cortadora a laser. Esse material ajuda muito a realizar o trabalho da melhor forma. Precisamos sempre de recursos, patrocínios”, apontou. Para a próxima edição, o professor Ediney pretende estender a participação dos estudantes. “Queremos levar três equipes no ano que vem. E agora, de 7 a 9 de novembro, teremos a jornada do Cerrado”, anunciou. *Com informações da Secretaria de Educação
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Iniciação científica divertida para alunos da educação infantil
Na sala de aula da professora Adva Girlene, as disciplinas de ciência, biologia, geografia e artes se completam com criatividade. Todas as quintas-feiras, os alunos do 2º ao 5º ano da educação infantil realizam experimentos científicos por meio do projeto “Ciência é Ouro: costurando os saberes”. Durante as aulas, as crianças aprendem a construir objetos científicos, como foguete, sistema solar, balança de precisão e tablet, o que aumenta o interesse deles pelas disciplinas. As atividades acontecem na Escola Classe (EC) Córrego do Ouro, na zona rural de Sobradinho. A professora Adva Girlene e os alunos fizeram uma balança de precisão que funciona com a pressão da água | Fotos: Mary Leal/Ascom SEEDF “Sou professora de biologia e vi que seria interessante levar o estudo das ciências de forma diversificada para os alunos dos anos iniciais da educação infantil. As crianças são ensinadas de forma pedagógica sobre a formação dos seres vivos, do nosso sistema solar e tudo que possa causar-lhes o interesse pelo estudo da ciência nesses primeiros contatos com a escola”, destaca a professora. Até a Santa Ceia foi tema de uma das aulas. A professora usou o último jantar de Jesus Cristo e seus apóstolos para ensinar sobre o processo químico usado na fermentação do pão e do vinho. Cada trabalho feito é documentado em um álbum da turma, uma espécie de livro, que fica na escola. São textos, colagens e imagens ilustrativas que buscam estimular os estudantes e dar autonomia às ideias e aos saberes, que fazem com que os alunos sejam protagonistas do seu próprio aprendizado. De forma lúdica, as crianças, entre 6 e 10 anos de idade, assimilam os principais conceitos sobre os temas levantados e se divertem colorindo e montando seu álbum. O aluno Raul Moreira, 7 anos, com o foguete feito de garrafa pet para o projeto de ciências da escola “O que eu mais gostei de fazer foi o álbum sobre os seres vivos, que são formados por plantas, animais, fungos e bactérias. Gostei também de fazer um foguete para o projeto de ciências. Ele foi feito com garrafa de refrigerante e consegue até saltar por causa da pressão da água”, conta Raul Moreira, 7 anos. Para a professora Adva, as crianças estão sempre em busca da compreensão do mundo à sua volta, e perguntar é uma necessidade quase constante, assim como procurar ativamente as respostas. “As crianças amam o projeto. Elas têm uma inteligência e capacidade impressionantes de assimilar os temas, demonstram um novo olhar sobre a natureza, seus fenômenos, seus componentes. São observadores e essa atenção é aplicada aos demais componentes curriculares. Hoje realizamos o conselho de classe e notoriamente os alunos que participam do projeto mostram mais desenvoltura em sala”, conclui Adva. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além do foguete feito com garrafa pet, os alunos produziram um tablet com papelão e tinta guache. A ideia inicial consistia em produzir um espelho mágico, onde as crianças podiam desenhar na tela para ilustrar imagens, números e letras do alfabeto. A partir daí surgiram os tablets, produzidos pelos próprios alunos e entregues à turma da alfabetização, do 1º ano. Reconhecimento O projeto ganhou destaque e reconhecimento nacional ao ser um dos finalistas do Prêmio Educador Transformador, uma idealização do Sebrae em parceria com o Instituto Significare e Bett Brasil, realizado na capital paulista. *Com informações da Secretaria de Educação
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