Estudantes conscientizam motoristas em blitzes educativas contra incêndios no DF
Brazlândia e Lago Oeste foram palco, nesta sexta-feira (4), de blitzes educativas que encerraram a temporada de ações de prevenção aos incêndios florestais no Distrito Federal. As mobilizações ocorreram na manhã das 8h às 12h, em dois pontos estratégicos: no trecho em frente ao Incra 06, em Brazlândia, e na DF-001, no Lago Oeste. Estudantes da rede pública ajudaram a conscientizar motoristas para a prevenção de queimadas | Fotos: Divulgação/Sema-DF As atividades foram coordenadas pela Secretaria de Meio Ambiente do DF (Sema-DF) e reuniram diversos órgãos parceiros do Sistema de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, como PRF, DER, CBMDF, SLU, Ibama, BPMA, Instituto Brasília Ambiental e ICMBio. A meta foi reforçar o alerta sobre os riscos e prejuízos causados pelas queimadas irregulares, especialmente as provocadas por lixo ou restos de poda. Durante a blitz, os motoristas foram abordados e guiados pelas equipes do DER-DF e da Polícia Rodoviária Federal para os servidores dos órgãos ambientais e estudantes, que distribuíram materiais informativos e dialogaram com condutores e passageiros sobre atitudes responsáveis para evitar o fogo nesta época do ano. Estudantes da rede pública e representantes de órgãos do GDF, como a Secretaria do Meio Ambiente e o Serviço de Limpeza Urbana, participaram das ações nesta sexta Um momento que chamou atenção foi a participação de estudantes da Escola Professor Carlos Mota, do Lago Oeste. Com muita animação, as crianças exibiram cartazes coloridos, entregaram panfletos de conscientização e interagiram com os motoristas. Muitos condutores se surpreenderam ao serem abordados por pequenos defensores do meio ambiente, o que tornou a experiência mais impactante e reflexiva. “Essas blitzes educativas aproximaram o poder público da comunidade. Levar informação e sensibilizar as pessoas são estratégias fundamentais para evitar incêndios que ameaçam vidas, o meio ambiente e o patrimônio coletivo”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes. Para a organização, a presença dos estudantes foi essencial para criar um elo direto com a população. “Grande parte desses jovens vive em áreas rurais e acaba multiplicando o cuidado ambiental em casa e na vizinhança”, destacou a coordenadora do PPCIF, Carolina Schubart. Estudantes da Escola Professor Carlos Mota, do Lago Oeste, mostraram cartazes e conversaram com motoristas para os cuidados com o meio ambiente “A prevenção é o primeiro passo para combater os incêndios. E ela só é eficaz com a participação de todos. Por isso, envolver órgãos públicos e a comunidade faz toda a diferença", reforçou a governadora em exercício do DF, Celina Leão. [LEIA_TAMBEM]As blitzes educativas ajudaram a proteger áreas sensíveis, como a Floresta Nacional e o Parque Nacional de Brasília, frequentemente ameaçados durante o período de seca. "Essa parceria entre os órgãos e a comunidade é essencial, já que as queimadas estão diretamente relacionadas à conscientização ambiental, uma responsabilidade de todos. O SLU atua constantemente nas ruas, orientando a população sobre o descarte correto de resíduos e alertando, principalmente, para os riscos da queima de lixo doméstico, que além de ser um crime ambiental, contribui significativamente para o aumento das queimadas", disse o diretor-presidente do SLU, Luiz Felipe Carvalho. A queima de resíduos, que é proibida por lei, pode ocasionar incêndios florestais, afetando a fauna, a flora, o solo e o ar. O sargento Lopes, do Corpo de Bombeiros Militar reforça que a queima ilegal de resíduos pode prejudicar a saúde pública. “A queima do lixo libera fumaça tóxica, e o nosso papel aqui é conscientizar, prevenir e proteger”, ressalta. Mesmo com o fim desta etapa de blitzes, as ações de conscientização continuam ao longo do ano, com o compromisso de preservar o Cerrado, a fauna silvestre e as comunidades mais vulneráveis. *Com informações da Sema e do SLU
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Protagonismo feminino no campo: 9,4 mil mulheres cultivam alimentos e fortalecem a agricultura familiar no DF
No coração do Lago Oeste, a produtora rural Maria do Carmo Souza Pereira, 70, colhe diretamente do solo alimentos saudáveis e de qualidade que abastecem a mesa dos brasilienses. Conhecida como Irmã Carmen, ela cultiva e destina às famílias em situação de vulnerabilidade social produtos colhidos sem o uso de agrotóxicos ou fertilizantes. Maria do Carmo distribui parte de sua produção a famílias em situação de vulnerabilidade: “Mesmo com os desafios, as agricultoras seguem em frente, garantindo alimentos saudáveis para a população” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “As mulheres são guerreiras. Só a gente sabe lidar com o alimento, embalar, conversar com o freguês. Temos um papel fundamental nessa produção” Maria do Carmo Souza Pereira, produtora rural Assim como ela, 9,4 mil mulheres são cadastradas na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), consolidando a presença feminina nas atividades rurais. Esse número representa 41,6% do total de 18 mil propriedades rurais atendidas pela empresa. A mão de obra feminina, de acordo com Maria do Carmo, tem o seu diferencial: “As mulheres são guerreiras. Só a gente sabe lidar com o alimento, embalar, conversar com o freguês. Temos um papel fundamental nessa produção”. Apoio do governo Sem o uso de produtos químicos, ela produz mais de 20 variedades em sua propriedade de dez hectares no Assentamento Chapadinha. Colhe abacate, banana, limão, mandioca e pimentão. Parte da produção é adquirida por meio de iniciativas governamentais, como os programas Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa), garantindo acesso a alimentos saudáveis para a população e fortalecendo a economia rural. Horta de Maria do Carmo tem produção diversificada Para a extensionista rural Clarissa Campos Ferreira, a participação feminina no campo vai além do plantio. “São mulheres que gerenciam suas produções, acessam créditos rurais e fazem parte de programas públicos”, pontua. “Elas enfrentam jornadas duplas e às vezes até triplas, mas mantêm a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis”. 5,7 mil Número de caixas com produtos orgânicos produzidas por Maria do Carmo Pereira em 2024 O trabalho de Maria do Carmo reflete essa realidade. Cearense, ela chegou ao assentamento há quase 20 anos e enfrentou dificuldades, mas encontrou na agricultura um caminho para prosperar. “Eu fui acolhida pela comunidade, não tinha onde morar quando cheguei”, lembra. “O que me restou foi trabalhar na roça, que era o que eu sabia fazer”. No ano passado, Maria do Carmo produziu aproximadamente 5,7 mil caixas de hortifrúti. Segundo Clarissa, um dos maiores desafios da produção orgânica é a mão de obra, já que o cultivo exige mais dedicação. “O Assentamento Chapadinha é uma região propícia para essa produção porque tem um terreno plano, acesso à água e está próximo ao centro do DF, facilitando o escoamento”, aponta. “Mesmo com os desafios, as agricultoras seguem em frente, garantindo alimentos saudáveis para a população”. Impacto social Além de gerar renda para os pequenos produtores, os programas governamentais garantem alimentos saudáveis para crianças e famílias em situação de vulnerabilidade. Para Maria do Carmo, participar dessas iniciativas é motivo de orgulho. “É uma honra muito grande saber que aquelas crianças da cidade comem o que eu planto”, afirma. “Meus filhos já comeram muito na escola, e hoje eu posso contribuir com a alimentação de outras crianças, levando um alimento saudável, sem veneno.” O empenho de produtoras como Maria do Carmo fortalece o setor agrícola do DF, que movimentou aproximadamente R$ 6 bilhões em valor bruto em 2023, consolidando esse segmento como uma prática rentável e essencial para a economia e a segurança alimentar da população.
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Queijaria do Lago Oeste recebe certificado de registro
A Queijaria Rancharia recebeu o certificado de registro sanitário da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal (Dipova), da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF). Com o suporte da Emater-DF em diversas etapas do processo de produção e regularização, a agroindústria já pode comercializar seus produtos fora da propriedade. A especialidade da queijaria é a fabricação de queijos com leite A2A2, produzidos a partir de leite de vacas que possuem uma variante genética específica na produção de proteínas, particularmente a beta-caseína A2. O que torna esses queijos diferenciados é a melhor facilidade de digestão para aqueles com sensibilidade à proteína A1 do leite. O registro foi concedido no último mês, durante uma das reuniões com representantes do GDF e produtores de queijo para discutir demandas do setor. O que torna esses queijos diferenciados é a melhor facilidade de digestão para aqueles com sensibilidade à proteína A1 do leite | Foto: Arquivo pessoal O produtor Maurício Bittencourt conta que desde 1984 a família aposta na seleção genética do rebanho. Inicialmente, os queijos produzidos eram apenas para consumo da família e amigos, mas, em 2018, os familiares pensaram em se especializar e passaram a participar de treinamentos, a estudar a legislação e a comprar alguns equipamentos para fabricação de queijos. Maurício acredita que o incentivo e a persistência da Emater-DF foram importantes para a criação da queijaria. “Eu teria desistido se não fosse a insistência e persistência dos técnicos da Emater-DF. Os zootecnistas Isabella Belo e Frederico Neves, por exemplo, foram essenciais para não desistir da atividade. Contribuíram para eu conseguir a elaboração da planta da agroindústria, para acessar recursos para construção da estrutura da queijaria, além dos profissionais da área de agroindústria, como o Fábio, que auxiliaram a cumprir as exigências da Secretaria de Agricultura para o registro”, diz Maurício. Desde 2022, a Emater-DF conta com uma equipe especializada em agroindústria, formada por uma equipe multidisciplinar. Trabalhos como orientação para o registro, adequação de equipamentos e estruturas necessárias para agroindústria, elaboração de plantas-baixas e de rótulos nutricionais para os produtos, bem como a elaboração de um manual de boas práticas e a capacitação de mão de obra, são algumas das muitas atividades da equipe. Desde 2022, a Emater-DF conta com uma equipe especializada em agroindústria, formada por uma equipe multidisciplinar | Foto: Divulgação/Emater-DF Segundo o extensionista Paulo Alvares, o conhecimento da equipe em relação à legislação e trâmites foi importante para o andamento do processo: “A Emater-DF auxiliou na elaboração da planta-baixa da agroindústria, na juntada dos documentos necessários e no lançamento no sistema para o registro. O conhecimento da legislação e trabalho conjunto com a Dipova também foram importantes”. Políticas públicas de incentivo Entre as ações do governo para incentivo à cadeia produtiva do leite e queijo está a publicação da portaria nº 196, da Secretaria de Agricultura, que estabelece normas suplementares para o registro provisório de fábricas de laticínios, em especial queijarias artesanais. Segundo o secretário de Agricultura, Rafael Bueno, “essa iniciativa é fundamental como forma de apoio às pequenas agroindústrias que querem agregar valor ao leite, um produto tão importante na alimentação humana e gerador de tantos empregos e tanta riqueza na área rural”. Para ele, a portaria, aliada a uma ação conjunta com a Emater-DF, oferece suporte para que o produtor se regularize. “É um caminho certo para colocar rapidamente o produtor em situação regular, garantindo também ao consumidor alimentos com segurança, qualidade e em conformidade com a legislação”, diz. “Essa iniciativa, somada a outras implementadas, reforça o trabalho de promover o desenvolvimento socioeconômico da região”, reforça o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Acredito que o trabalho da comissão estabelecida pelo GDF para estudos e definição de ações de fomento, apoio e incentivo à cadeia produtiva do queijo também fortalecerá o segmento.” Atualmente, existem aproximadamente 190 produtores de queijo no DF, entre agroindústrias formais e informais. O Valor Bruto de Produção da cadeia movimentou R$39,9 milhões em 2023. *Com informações da Emater-DF
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Encontro dos Angoleiros do Sertão celebra cultura capoeirista com programação no Lago Oeste
O Distrito Federal sedia, entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro, o 4º Encontro dos Angoleiros do Sertão. A etapa brasiliense ocorre no Núcleo Rural Lago Oeste, área de Sobradinho conhecida pela beleza natural e pelo potencial turístico. Gratuita, a programação conta com oficinas, bate-papos e rodas de capoeira e de samba. A iniciativa é fomentada pelo GDF, por meio da Secretaria de Turismo (Setur-DF). O evento é voltado a praticantes de capoeira, turistas e pessoas interessadas na cultura afro-brasileira. “O encontro celebra as atividades ligadas à capoeira que são feitas no Brasil e em outros países por meio do grupo dos Angoleiros do Sertão. Teremos capoeiristas de outros estados e também de outros países que estarão aqui para ministrar palestras, oficinas e rodas de capoeira”, explica o contramestre Minhoca, como é conhecido o organizador da etapa do DF e representante do grupo dos Angoleiros do Sertão. O encontro reunirá capoeiristas de todo o Brasil e do exterior no Lago Oeste | Foto: Divulgação/Ricardo Franco A programação começa na quinta-feira (30), às 12h, com a recepção dos convidados com um show musical no Espaço Nave. A partir das 17h, terão início a roda de capoeira e um bate-papo sobre o tema na sede do encontro, na Chácara Espaço do Cerrado, R.16, onde os participantes poderão ficar acampados. Na sexta-feira (31), as atividades começam às 9h e seguem até as 18h, com oficinas e rodas de capoeira de Angola. No sábado (1º)/2, o evento segue para a Feira Asproeste para a exibição de uma roda de capoeira de Angola e samba rural das 9h às 12h. No período da tarde, das 17h às 21h, as rodas e oficinas retornam à chácara. No domingo (2), voltam a ocorrer oficinas e rodas a partir das 9h, com encerramento do encontro às 13h. Incentivo ao turismo A parte musical também será contemplada no evento A escolha pelo Lago Oeste como cenário do encontro teve como objetivo apresentar um outro lado do Distrito Federal, muitas vezes lembrado pelo turismo cívico. Segundo o organizador, o encontro pretende divulgar a região do Lago Oeste, ao descentralizar a programação. “É um evento rico e diversos com pessoas de várias partes do mundo, então é uma forma de mais gente conhecer Brasília para além do poder. O Lago Oeste é uma região turística com várias cachoeiras e produções”, comenta o contramestre Minhoca. O secretário de Turismo, Cristiano Araújo, reforça o papel turístico do evento: “A cultura é uma ferramenta importante para o turismo. Esse encontro destaca não apenas a riqueza cultural da capoeira de Angola, mas também o potencial turístico e ecológico do Núcleo Rural Lago Oeste. É uma oportunidade única para fortalecer nossos laços culturais e promover o Distrito Federal como um destino de experiências autênticas e significativas”. O Lago Oeste integra o projeto Coleção Rotas Brasília lançado pela Setur. 4º Encontro dos Angoleiros do Sertão – Etapa DF Quinta (30) Espaço Nave 12h: Recepção dos convidados 12h30: Atração musical Chácara Espaço do Cerrado 17h: Roda de capoeira 18h30: Bate-papo Sexta (31) Chácara Espaço do Cerrado 9h: Oficina de capoeira de Angola 10h: Oficina de capoeira de Angola 11h: Roda de capoeira de Angola 15h: Oficina de capoeira de Angola 16h: Oficina de samba rural 18h: Bate-papo Sábado (1º/2) Feira Asproeste 9h às 12h: Roda de capoeira de Angola e samba rural Chácara Espaço do Cerrado 17h: Oficina de capoeira de Angola 18h: Roda de capoeira de Angola 21h: Samba rural Domingo (2/2) Chácara Espaço do Cerrado 9h: Oficina de capoeira de Angola 10h: Roda de capoeira de Angola 11h: Samba rural 13h: Encerramento.
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