Projeto leva incentivo à leitura para estudantes da zona rural de Ceilândia
Crianças e alunos da Escola Boa Esperança, localizada na área rural de Ceilândia, tiveram um dia especial de aprendizado fora da sala de aula. Nesta quarta-feira (1º), em meio às árvores do Núcleo Rural, a Administração Regional de Ceilândia, em parceria com a Emater-DF e a Biblioteca Pública de Ceilândia, realizou uma ação voltada ao incentivo à leitura. A programação foi desenvolvida nos turnos matutino e vespertino, alcançando estudantes do ensino fundamental e da escola-classe, que participaram de atividades educativas e culturais em contato direto com a natureza. Durante o evento, foram entregues aproximadamente 280 publicações — desde gibis e títulos infantis até obras infantojuvenis — para compor o acervo da escola e apoiar os estudantes em sua formação. As doações vieram de contribuições recebidas pela Biblioteca Pública de Ceilândia ao longo do último ano e fazem parte do projeto Biblioteca Sem Fronteiras e Miniteca, que busca ampliar o acesso à leitura em regiões mais afastadas. O coordenador da Escola Boa Esperança, Ednaldo Paulino, ressaltou o impacto da ação, além da iniciativa representar um avanço pedagógico para os alunos. “O projeto da distribuição de livros e a importância para as escolas rurais é fundamental para ajudar na leitura dos estudantes e auxiliar no trabalho pedagógico dos professores. A doação só tem a colaborar para os projetos da escola”, agradeceu o professor. Durante o evento, foram entregues aproximadamente 280 publicações — desde gibis e títulos infantis até obras infantojuvenis — para compor o acervo da escola e apoiar os estudantes em sua formação | Foto: Divulgação/Administração Regional de Ceilândia A gerente rural da Administração de Ceilândia, Ana Paula Nery Rosado, destacou a importância da ação conjunta entre órgãos públicos. “Atividades educativas como a que realizamos hoje são importantes para despertar nas crianças o prazer e o hábito de leitura, bem como promover o acesso ao livro. Além disso, o trabalho realizado entre órgãos e setores diferentes, como neste caso a Administração Regional de Ceilândia, Biblioteca Pública da Ceilândia e Emater-DF, é de extrema relevância, visto que permite a união de esforços, recursos e competências que, isoladamente, seriam limitados”, explicou. Para Pollyanna Souza, coordenadora da Biblioteca Pública de Ceilândia, reforçou o papel social da iniciativa. “O papel da biblioteca é incentivar a leitura para todos. Como o Núcleo Rural fica mais distante, esse projeto itinerante leva contação de histórias para as crianças e palestras para os alunos maiores, garantindo que esse público também seja beneficiado”, disse a coordenadora. Kelly Eustáquio, bibliotecária da Emater-DF, lembrou a importância de aproximar os livros das comunidades rurais. “Na área rural, as pessoas têm pouco acesso aos livros, por isso esse projeto é importante. Temos que estar mais próximos dessas comunidades que não têm acesso fácil às bibliotecas públicas do DF”, ressaltou a bibliotecária. Com a entrega, a comunidade escolar passa a contar com novos recursos para enriquecer o aprendizado e fortalecer o hábito da leitura entre crianças e adolescentes do Núcleo Rural de Ceilândia. *Com informações da Administração Regional de Ceilândia
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Dos livros às festas populares: apoio do GDF transforma a cultura da capital
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) é uma instituição que vai muito além de organizar shows ou exposições: ela é um pilar fundamental para preservar memória, fomentar talentos, promover diversidade cultural e gerar emprego e renda para milhares de brasilienses. De acordo com o titular da pasta, Claudio Abrantes, a Secec-DF é mais do que uma secretaria: é agente de transformação. “Funciona como ponte entre recursos públicos, iniciativa privada, artistas e o cidadão. Seu trabalho molda o presente da cultura brasiliense — e planta sementes para um futuro em que cultura, identidade e democracia estejam mais entrelaçadas”, ressaltou. Para quem passa pela cidade, mesmo sem notar — nos livros que lê, no museu que visita, no teatro reformado — muitos benefícios que hoje parecem invisíveis são frutos de programas, editais e políticas cujos reflexos ecoam na vida de muitos. De acordo com o titular da pasta, Claudio Abrantes, a Secec-DF é mais do que uma secretaria: é agente de transformação | Fotos: Divulgação/Secec-DF Veja o que a Secec-DF oferece: Apoio a projetos culturais A Secec-DF mantém diversos programas de incentivo cultural, entre eles o Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o Programa de Incentivo Fiscal à Cultura (LIC), os Termos de Fomento e o Programa Conexão Cultura DF. Esses mecanismos permitem que artistas, coletivos e produtores culturais realizem desde pequenas iniciativas locais até projetos maiores com circulação nacional e internacional. Espaços culturais sob gestão própria A Secec-DF administra espaços que são vitais para fruição, aprendizado e convivência cultural, como a Biblioteca Pública de Brasília, a Biblioteca Nacional de Brasília, museus, galerias, centros culturais, entre outros. Esses espaços oferecem não apenas acervo e eventos, mas também atividades educativas, leitura, pesquisa e acesso gratuito para a população. Preservação do patrimônio físico e imaterial Investimentos regulares têm sido feitos para manter e recuperar bens culturais, garantir segurança, acessibilidade e preservar acervos culturais. Exemplos são obras no Memorial dos Povos Indígenas, sinalização, sistemas de combate a incêndio, iluminação, reformas em equipamentos culturais e restauro de espaços importantes. A Secec-DF mantém diversos programas de incentivo cultural, entre eles o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) Impactos positivos para a sociedade brasiliense Descentralização e acesso democrático à cultura A Secec-DF tem buscado levar ações culturais e recursos para além do Plano Piloto, contemplando diversas regiões administrativas (RAs). Editais próprios têm linhas específicas que favorecem a interiorização das oportunidades. Espaços culturais são mantidos em regiões diversas, oferecendo acesso facilitado para quem mora longe do centro de Brasília. Políticas de formação, educação e identidade Além de entretenimento, a Secec-DF investe em programas de formação, leitura, educação patrimonial e cultural, inclusão, ações afirmativas, celebrações culturais locais (festivais, cultura popular, manifestações artísticas regionais) que ajudam a fortalecer a identidade brasiliense. Programas institucionalizados, como o Concertos Didáticos, visam integrar escolas e espaços culturais no processo de ensino, sensibilizando novos públicos. Programas de incentivo mais importantes · LIC (Lei de Incentivo à Cultura): permite que empresas destinem parte do ICMS ou ISS para patrocinar projetos culturais aprovados, com regras definidas para inscrição, execução e prestação de contas. Em 2025, há um valor de mais de R$ 14 milhões destinado a esse programa. · Conexão Cultura DF: edital contínuo que apoia circulação cultural, intercâmbio, capacitação, residências artísticas, participação em eventos nacionais e internacionais. · FAC (Fundo de Apoio à Cultura): um dos principais instrumentos, com editais diversos, apoio direto (a fundo perdido), recolhimento e destinação de recursos públicos para agentes culturais, linguagem plural e ações descentralizadas. · PNAB (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura): fomenta a cultura de forma contínua (não emergencial), com repasses federais para estados, DF e municípios, para apoiar trabalhadores da cultura, entidades, coletivos, pessoas físicas/jurídicas, em diferentes manifestações culturais. No caso da PNAB-DF, há um Plano de Aplicação de Recursos (PAR) anual, aprovado com participação cultural, consulta pública, que define metas, valores, atividades. · LPG (Lei Paulo Gustavo): criada durante a pandemia para mitigar impactos no setor cultural, ao mesmo tempo em que é usada como mecanismo de fomento cultural federal. Para a LPG, o DF recebeu recursos para distribuir entre editais culturais (audiovisual e demais áreas). Há uso de cotas afirmativas e inclusão de grupos minoritários no DF sob a LPG para garantir equidade. Além de entretenimento, a Secec-DF investe em programas de formação, leitura, educação patrimonial e cultural, inclusão, ações afirmativas, celebrações culturais locais Por que a Secec-DF é essencial mesmo quando “não se vê”? Mesmo que algumas ações da Secec-DF passem despercebidas no dia a dia, seus efeitos são estruturais: · Manter bibliotecas funcionando, museus abertos, acervos preservados: são serviços públicos que sustentam cultura, memória, leitura e aprendizagem. · Declarar editais, financiar projetos locais e decidir quem pode participar: isso garante que a cultura seja plural, representativa, diversa - e não apenas centralizada. · Possibilitar renda para artistas, artesãos, técnicos culturais, fornecedores de serviços culturais: quando um show acontece, quando um livro é lançado, quando uma oficina é ofertada, centenas de pessoas entram em ação. · Fomentar identidade, autoestima e pertencimento: quando jovens veem a sua cultura reconhecida, quando tradições populares são valorizadas, quando cultura local entra na sua região — isso muda a forma como se vê o lugar onde vive. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)
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Novas aquisições da biblioteca da Fepecs são apresentadas em exposição
A Biblioteca Central (BCE), da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) renovou o seu acervo com mais 215 exemplares impressos, sendo 104 novos títulos na área da saúde. A seleção das obras foi realizada por meio de sugestões de estudantes, docentes e dos servidores que atuam na BCE e analisam cotidianamente as demandas dos usuários. Em exposição até o próximo dia 18, os novos livros já estão disponíveis para empréstimo dos usuários da biblioteca | Foto: Divulgação/Fepecs Os novos exemplares foram apresentados à comunidade acadêmica nesta segunda-feira (10), em uma exposição realizada na própria biblioteca. Segundo o coordenador da BCE, Maurício Marques, a renovação no acervo representa um auxílio relevante para os estudantes. “O processo de compra é feito com a participação e sugestão das escolas mantidas pela Fepecs. Ao observar o dia a dia da biblioteca, percebemos que os estudantes ainda fazem um uso importante de livros impressos, muitas vezes em associação com um acervo eletrônico, quando possível”, afirma. O coordenador lembra que a exposição com as novas compras tem a intenção de mostrar a importância da atualização na pesquisa e leitura dos usuários da BCE. “No caso da Escs, a própria metodologia da escola exige muito tempo de estudo por parte dos estudantes. Eles estudam por módulos e fazem muitas anotações a partir das leituras. Assim, o aporte com os novos exemplares é fundamental”, destaca. A exposição fica disponível até o dia 18. Os novos livros apresentados também já estão disponíveis para empréstimo dos usuários da biblioteca. Sobre a BCE Fundada em 2005, a BCE faz parte da Rede de Bibliotecas de Saúde (Rebis), que é composta por dez bibliotecas, divididas entre hospitais e outras unidades da estrutura da Secretaria de Saúde (SES-DF). Especializado em ciências da saúde, o acervo atualmente conta com 6.994 títulos e 20.565 exemplares. Além de consulta e empréstimos de obras, a BCE oferece acesso às bases de dados e ao portal de periódicos da Capes, bem como wi-fi gratuito e utilização dos espaços de estudo. Desde setembro de 2024, a BCE funciona no horário das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, de forma ininterrupta. *Com informações da Fepecs
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Brasília desafia queda nacional nos índices de leitura, e Biblioteca Nacional bate recordes de empréstimos de livros
Enquanto o Brasil vê a leitura de livros perder espaço entre a população, Brasília segue resistindo à tendência nacional. Dados da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) mostram que, em 2024, houve um aumento expressivo no número de usuários cadastrados e empréstimos de livros, consolidando a capital federal como um polo de incentivo à leitura. Frequentadora da Biblioteca Nacional de Brasília, a advogada Eliana Santiago se diz apaixonada pelos livros de romance policial | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Em comparação com 2023, o número de novos cadastros na BNB saltou para 79%, com 3.130 novos leitores inscritos no sistema de empréstimos. Já o total de obras levadas para casa cresceu 66%, alcançando 23.062 empréstimos no ano. Atualmente, 14.759 pessoas estão aptas a usufruir do acervo da biblioteca gratuitamente. As mulheres representam a maioria dos leitores (54%), enquanto os homens correspondem a 46%. A diretora da BNB, Marmenha Rosário, comemora o crescimento no número de empréstimos: “Estamos no caminho certo, incentivando a leitura e investindo no nosso acervo” “Os números mostram que o livro está mais vivo do que nunca. Praticamente dobramos os novos registros de leitores e de quantidades de livros que o pessoal está levando para casa para ler. Estamos no caminho certo, incentivando a leitura e investindo no nosso acervo”, explica a diretora da BNB, Marmenha Rosário. A servidora atribui o sucesso dos números a um conjunto de fatores, como investimento no acervo, surgimento de novos clubes de leitura, atividades culturais e ao próprio interesse pessoal dos brasilienses pela leitura. “Temos investido para trazer o público jovem para a biblioteca, e eles estão movimentando bastante a leitura de livros, especialmente os da literatura asiática”. Segundo a diretora da biblioteca, os títulos mais procurados refletem a diversidade de interesses dos leitores brasilienses: enquanto os mais jovens demonstram grande apreço por gibis e mangás, os públicos mais velhos exploram obras de ciências, história e direito. A literatura, de modo geral, continua sendo a principal escolha entre os frequentadores da BNB. Hábito da leitura Em comparação com 2023, o número de novos cadastros na BNB saltou para 79%; já o total de obras levadas para casa cresceu 66% O cenário do Distrito Federal contrasta com a realidade nacional. A 6ª Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em novembro de 2024, revelou que 53% da população brasileira não leu nenhum livro nos três meses anteriores a essa coleta de dados, um marco inédito na série histórica. O número de leitores caiu de 52% para 47% nos últimos cinco anos, indicando uma perda de 6,7 milhões de leitores no país. Apesar da queda no Brasil, Brasília segue se destacando. No DF, 52% da população mantém o hábito da leitura, segundo a mesma pesquisa, demonstrando que a cidade preserva um compromisso com a cultura e o conhecimento. O número cresceu dois pontos percentuais em relação a 2019, o que demonstra o cenário positivo em relação ao retrato nacional. Bibliotecária da BNB há 16 anos, Cida Moura disse que sempre leu muito: “Quase tudo que chega de livro passa pelas minhas mãos, e eu logo separo os livros que gostaria de ler” Foi justamente a paixão pela literatura que moldou a escolha de carreira de Cida Moura, 47, que há 16 anos trabalha como bibliotecária na BNB. “Sou muito curiosa e, em toda vida, sempre li muito. Por ser bibliotecária, quase tudo que chega de livro passa pelas minhas mão,s e eu logo separo os livros que gostaria de ler”, conta a servidora, que está entre as leitoras assíduas do espaço. A advogada Eliana Santiago, 67, também é outra leitora recorrente da biblioteca e se diz apaixonada pelos livros de romance policial. “Na infância, a gente não tinha muito incentivo, e na adolescência, eu lia os livros para fazer a ficha literária. Nem sempre a escolha da escola me atraía. Depois de formada, conheci os livros de Sidney Sheldon e Agatha Christie”, conta. A paixão pela literatura logo floresceu e hoje é cultivada na família. “É um hábito que tenho há mais de 30 anos e passei para o meu filho”, relata, acrescentando que não abre mão da experiência de ler o livro físico. “Não gosto de ler no computador; eu preciso sentir o papel, usar o marcador de páginas. Ter contato físico com a obra parece que gera uma cumplicidade entre o leitor e o escritor”.
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