Programa Parque Educador já beneficiou mais de 21 mil estudantes da rede pública do DF
Nesta terça-feira (30), cerca de 20 estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 10 do Guará participaram do Programa Parque Educador, no Parque Ecológico do Riacho Fundo I e II. A iniciativa promove atividades de educação integral, ambiental e patrimonial nas Unidades de Conservação (UCs) do Distrito Federal e é desenvolvida em parceria pelo Instituto Brasília Ambiental, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) e a Secretaria de Educação (SEEDF). Desde a criação, o programa já beneficiou mais de 21,3 mil estudantes, sendo 1.691 apenas no primeiro semestre deste ano. Programa já beneficiou mais de 21,3 mil estudantes, sendo 1.691 apenas no primeiro semestre deste ano | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Segundo o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, além de reforçar e complementar os conteúdos de sala de aula de forma prática, lúdica e interdisciplinar, o principal objetivo é promover a conscientização ambiental a partir das crianças, para que elas levem esse conhecimento às famílias e à comunidade. “Queremos que elas aprendam o que é uma árvore nativa do Cerrado, que saibam identificar frutos como a cagaita e o jatobá, ou árvores como o pau-ferro e o ipê, e entendam a importância de preservar. Quando um adulto chama a atenção de outro, pode até gerar conflito, mas quando a advertência vem de uma criança, provoca constrangimento e reflexão”, destacou. “Queremos que elas aprendam o que é uma árvore nativa do Cerrado, que saibam identificar frutos como a cagaita e o jatobá, ou árvores como o pau-ferro e o ipê, e entendam a importância de preservar. Quando um adulto chama a atenção de outro, pode até gerar conflito, mas quando a advertência vem de uma criança, provoca constrangimento e reflexão” Rôney Nemer, presidente do Brasília Ambiental O programa é resultado de uma parceria tripartite, onde a SEEDF fornece os professores, a SEMA define as políticas ambientais e o Brasília Ambiental executa as ações nos parques. Atualmente, seis parques do DF estão preparados para receber as atividades, com previsão de ampliação para nove no próximo ano, o que exigirá aumento no número de professores. Desde a criação, o programa tem recebido retorno muito positivo das famílias, especialmente de mães que relatam situações em que os filhos as corrigem sobre descarte inadequado de resíduos. “Esse é o resultado que buscamos: crianças ensinando pelo exemplo e ajudando a construir uma geração com mais consciência ambiental”, afirmou. Até o momento, o Parque Educador acontece nas seguintes Unidades de Conservação: – Estação Ecológica Águas Emendadas/Parque Ecológico Sucupira (Planaltina) – Parque Ecológico Águas Claras – Parque Ecológico Três Meninas (Samambaia) – Parque Ecológico Saburo Onoyama (Taguatinga) – Parque Ecológico do Riacho Fundo II – Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul) Todas as unidades recebem turmas da rede pública desde a educação infantil — a partir dos cinco anos de idade — até o ensino médio. As atividades são adaptadas de acordo com a faixa etária: para os menores, o trabalho é mais lúdico, com contação de histórias, enquanto os maiores recebem uma abordagem mais teórica antes das vivências no campo. Além de profissionais capacitados e da infraestrutura, o programa disponibiliza transporte para os alunos até o parque. Fica a cargo da escola o oferecimento do lanche e o envio de, pelo menos, dois responsáveis para acompanhar as atividades ecopedagógicas das turmas. Experiência prática O trabalho com os estudantes começa com um momento de acolhimento e recepção, quando são realizadas práticas integrativas de saúde, como exercícios de respiração, meditação e alongamento. “Falamos primeiro do cuidado consigo, depois com o outro e, por fim, com o meio ambiente”, explica a professora do programa, Ana Maria de Carvalho. Após essa etapa, é feita a introdução teórica sobre o tema do dia, sempre relacionado ao Cerrado, para então os alunos partirem para as atividades práticas. “O programa é um verdadeiro laboratório vivo. Os estudantes têm experiências sensoriais e de integração com a natureza, o que torna o aprendizado mais significativo”, ressalta. “Falamos primeiro do cuidado consigo, depois com o outro e, por fim, com o meio ambiente”, explica Ana Maria de Carvalho, professora do programa Entre as atividades mais apreciadas pelos alunos estão o plantio, o contato direto com a terra e as trilhas pelo parque. Nela, primeiro é feita uma abordagem de educação patrimonial, com a história do parque, para depois aprofundar o conhecimento sobre o Cerrado. “Trabalhamos com atividades ecopedagógicas que precisam ser divertidas e educativas ao mesmo tempo. O mais importante é promover essa integração do ser humano com o meio ambiente”, conclui. Para o estudante Guilherme Ferreira, 15, a experiência no Parque Educador foi bastante positiva. Ele contou que achou a atividade “bem legal” e destacou a importância de estudar a biodiversidade do Cerrado, bioma que considera essencial para o equilíbrio ambiental no Brasil e no mundo. Guilherme também ressaltou a diferença de aprender fora da sala de aula: “Na escola é sempre muito teórico, mas aqui a gente aprende na prática, entende melhor e consegue ver de perto o que estudamos nos livros”. A aluna Paola da Maia ressaltou os momentos de integração com a natureza: "Eu gostei dos alongamentos, da meditação e do contato com o ambiente natural” Já a aluna Paola da Maia, 14, que mora em Brasília desde 2020, contou que ainda não conhecia bem o Cerrado e que as trilhas e palestras oferecidas durante a visita ajudaram nesse aprendizado. Ela também acredita que iniciativas como essa complementam os estudos em sala de aula e despertam curiosidade para buscar mais informações. Sobre o que mais gostou na visita, Paola ressaltou os momentos de integração com a natureza. “Eu gostei dos alongamentos, da meditação e do contato com o ambiente natural”, contou.
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#TBT: Ermida Dom Bosco, refúgio de fé, natureza e história em Brasília
Arte: Agência Brasília Quem procura um lugar na capital que seja amplo, cercado por natureza e com uma bela vista da cidade, encontra tudo isso na Ermida Dom Bosco, no Lago Sul. Tradicional monumento e ponto turístico de Brasília, o prédio fica sob o paralelo 15S (15 graus ao sul do plano equatorial da Terra), conforme o sonho do salesiano Dom Bosco, em 1883, homenageado pela construção das capelas no local. A Agência Brasília transporta você ao passado, caminhando pela antiga Ermida Dom Bosco em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que utiliza a sigla em inglês de Throwback Thursday (em tradução livre, quinta-feira de retrocesso) para relembrar fatos marcantes da nossa cidade. Local de fé Da área externa é possível ter vista para alguns dos melhores ângulos de Brasília | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A Ermida foi a primeira construção de alvenaria da cidade, inaugurada em 1957, antes mesmo de Brasília. Ao redor estende-se o Parque Ecológico Ermida Dom Bosco, recentemente categorizado como Monumento Natural. Em 2020, o local passou por reformas que trouxeram mais acessibilidade, como rampas de acesso, pisos táteis e placas com orientações em Braille. Monumento foi inaugurado antes de Brasília | Foto: Arquivo Público do DF Da capela projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, é possível contemplar um dos melhores ângulos de Brasília, no ponto principal do Parque Ecológico Dom Bosco, que fica à margem do Lago Paranoá. O monumento, que virou uma unidade de conservação em 1999, foi construído em homenagem a Dom Bosco (1815-1888), padre italiano que profetizou a construção de Brasília. O sacerdote católico difundiu a obra salesiana, que no Brasil teve início em 1883, com a fundação do Colégio Salesiano Santa Rosa, de Niterói (RJ). Natureza e paz Sempre que tem tempo, a veterinária Isabela Simas vai à Ermida: “Ter um refúgio onde você pode vir, se sentir próximo à natureza, acalma a mente e deixa a gente melhor para enfrentar o dia a dia” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Aproximadamente 20 mil pessoas passam pela Ermida Dom Bosco por mês. Entre elas, a médica veterinária Isabella Simas, 30 anos, que, aproveitando a tarde com os amigos em um piquenique, comentou sobre a acessibilidade do local, com as reformas feitas em 2020. “É importante porque cada vez mais pessoas conseguem vir e desfrutar desse lugar, então ter acessibilidade para cadeirantes e deficientes visuais, por exemplo, faz com que essas pessoas possam sentir a maravilha que é ficar aqui, próximo da natureza”, disse. Isabella contou que gosta de ir à Ermida quando não está trabalhando. “A natureza é um lugar que traz paz, então, às vezes, no meio da confusão da cidade, ter um refúgio onde você pode vir, se sentir próximo à natureza, ouvir os pássaros e ver os bichos, longe de todo esse caos, acalma a mente e deixa a gente melhor para enfrentar o dia a dia”, ressaltou. O produtor musical Israel Batista conheceu a Ermida este ano: “É um lugar muito bom para relaxar, ficar tranquilo, praticar um esporte e curtir com a família” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Já o produtor musical Israel Albuquerque Batista, 25, morador do Núcleo Bandeirante, neste ano foi pela primeira vez ao parque ecológico. Jogando uma partida de frisbee, ele contou que pretende voltar mais vezes. “É um lugar muito bom para relaxar, ficar tranquilo, praticar um esporte e curtir com a família, sem contar o pôr do sol maravilhoso e aquela visão linda da cidade, incomparável”, elogiou. Pôr do sol A Ermida Dom Bosco é, de fato, conhecida por ser um dos locais com o pôr do sol mais bonito de Brasília, especialmente no período da seca. Também há trilhas e espaços para andar de skate e bicicleta, além de um cais que dá acesso ao Lago Paranoá. O autônomo Leonyller Felix, 30, levou a sobrinha Isabella Souza, 17, para conhecer o espaço público. Ele frequenta o parque há 15 anos e lembrou que sempre tomava banho no lago com os colegas quando era adolescente. “É um ponto de reunião de amigos”, acentuou. “O pessoal gosta muito de tirar fotos, e considero um dos lugares mais bonitos de Brasília. É sempre uma experiência bacana vir aqui”. Isabella, que vai se mudar para a Argentina e aproveitou para conhecer lugares diferentes na capital antes de se despedir, complementou a fala do tio: “É um lugar muito lindo, e eu gosto de lugares calmos. Acho que é importante ter um espaço público assim, para a população frequentar”. Espaço preservado [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As equipes do Instituto Brasília Ambiental, da Administração Regional do Lago Sul e da Novacap cuidam da manutenção do parque, com recursos que vêm por emendas parlamentares ou de compensações ambientais. O Serviço de Limpeza Urbano (SLU) também ajuda com a limpeza. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou a importância dos atributos naturais que a região apresenta, como a vegetação nativa, fauna, recuperação das águas degradadas e educação ambiental – com o projeto Parque Educador –, além de programas de pesquisa de ecossistemas locais. “A população usa muito também a região para ensaios de casamento, festa de 15 anos, fora as missas e as atrações para turistas”, enumerou. “É uma região que mistura cultura, misticismo, religião e preservação”. Para o gestor, o local é parte da identidade do DF, sendo uma herança cultural e histórica da cidade.
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Quadra coberta do Parque de Águas Claras ganhará iluminação LED
Sem dispêndio de recursos financeiros e por meio de parcerias, o Instituto Brasília Ambiental está fazendo melhorias no Parque Ecológico de Águas Claras – que envolvem iluminação e proteção das margens do córrego que dá nome ao parque. Quadra coberta do Parque Ecológico de Águas Claras vai ganhar iluminação em LED | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental A iluminação convencional da quadra coberta do parque está sendo substituída por equipamentos de LED. “É mais econômica e mais eficiente”, garante o agente de unidades de conservação que atua na administração do parque, José Reis. “A melhoria resulta de parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios [MPDFT], por meio do Setor de Medidas Alternativas, que entrou com o material, e com a Novacap, que entrou com mão de obra”, explica. Após a iluminação, a quadra receberá pintura no alambrado e piso. Plantio Outra melhoria que está ocorrendo é a preparação de cerca de 300 metros de extensão em uma área às margens do Córrego Águas Claras para o recebimento de 2.900 mudas. Será plantada mata ciliar de galeria, que vai melhorar a proteção do recurso hídrico. A ação de preparo começou no dia 16 de janeiro e o objetivo é finalizar o plantio em fevereiro. A iniciativa é uma parceria do órgão ambiental com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF). Visitação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Parque Ecológico de Águas Claras possui uma área de 95,4 hectares. Tem em seu interior um córrego que forma uma lagoa no centro da unidade de conservação que deu nome à região administrativa e ao próprio parque. A UC é contornada por longas trilhas, tornando-se ideal para a prática de corridas e caminhadas, além da contemplação da natureza e relaxamento à sombra das árvores ou à beira da lagoa. Possui também vegetação nativa do cerrado preservada, em especial a mata ciliar, além de áreas de reflorestamento. Recebe cerca de 60 mil visitantes por mês e está aberta diariamente das 6h às 22h. *Com informações do Brasília Ambiental
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Consulta pública vai discutir parque na Ponte Alta do Gama
O Instituto Brasília Ambiental convida a população do Distrito Federal a participar de consulta pública que vai subsidiar a definição de poligonal e a recategorização do Parque Ecológico e Vivencial da Ponte Alta do Gama para parque distrital. A consulta será realizada presencialmente em 9 de novembro, das 18h às 22h, no auditório do Centro de Ensino Especial 1 do Gama, no Setor Central da EQ 55/56. Também será possível participar virtualmente, por meio dos canais que serão disponibilizados no site do Brasília Ambiental, onde constam informações técnicas de caráter social e ambiental que justificam a proposta de alteração da categoria e da poligonal do Parque Ecológico e Vivencial da Ponte Alta do Gama. O aviso da consulta pública foi publicado na edição do Diário Oficial do DF da última quarta-feira (5). A realização de consulta pública confere transparência às ações do governo do Distrito Federal e possibilita debater com a sociedade temas de interesse coletivo, ampliar a discussão e obter informações, opiniões e colaborações que possam refinar a proposição. A consulta pública não é deliberativa. O Instituto Brasília Ambiental recebe as contribuições para aperfeiçoar a proposta e a sociedade ganha em poder participar e ser ouvida pela autarquia ambiental. *Com informações do Brasília Ambiental
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