Ação apresenta a produtores técnicas para reduzir custos e melhorar desempenho na criação de peixes
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) promoveu nesta terça-feira (19), no núcleo rural Tabatinga, em Planaltina, o Dia de Campo — Bioinsumos na Piscicultura: Alimentos Fermentados. A atividade contou com quatro estações práticas e reuniu produtores interessados em aprender técnicas para reduzir custos, melhorar o desempenho dos peixes e garantir mais sustentabilidade na atividade. Segundo Adalmyr Borges, médico-veterinário da Emater-DF e responsável pelo programa de aquicultura da empresa, a tecnologia tem como foco a pequena propriedade, mas pode ser aplicada em larga escala. “O uso de bioinsumos fermentados mantém o valor nutricional das rações industrializadas, mas com custo menor. Isso significa mais lucro para quem produz e mais estímulo para que a piscicultura continue crescendo no DF”, destacou o extensionista, lembrando ainda que a prática reduz o impacto ambiental, melhora a qualidade da água e o bem-estar dos animais. Atividade contou com quatro estações práticas e reuniu produtores no núcleo rural Tabatinga, em Planaltina | Fotos: Divulgação/Emater-DF O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, reforçou a relevância da iniciativa. “A alimentação representa o maior custo da piscicultura. Mostrar alternativas inovadoras é fundamental para reduzir despesas, melhorar a qualidade do produto e garantir maior rentabilidade ao produtor. Esse é o papel da extensão rural pública: levar conhecimento, apoiar na prática e transformar realidades no campo”, enfatizou. [LEIA_TAMBEM]O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, também presente na abertura do evento, ressaltou a importância da união entre fomento e assistência técnica: “Estamos ampliando projetos de reservatórios de água para piscicultura e, junto à Emater-DF, vamos potencializar o uso desses espaços. Essa parceria é essencial para inserir o peixe da agricultura familiar na merenda escolar e abrir novos mercados para os produtores”. Anfitrião do Dia de Campo, o produtor Haroldo Campos relatou que a adoção da ração fermentada transformou a rentabilidade de sua propriedade. “Minha atividade secundária, que era a piscicultura, chegou a render mais do que a soja este ano. A fermentação agrega valor nutritivo, fortalece a saúde dos peixes e aumenta a viabilidade econômica", afirmou. Ele também reforçou que, no Brasil, os produtores contam com a assistência técnica gratuita da Emater-DF, que dá respaldo científico e segurança para inovar e se desenvolver, diferentemente de outros países, onde a assistência técnica é somente particular. O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, e o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, participaram do evento Para a produtora Mariza Stuani, do Núcleo Rural Jardim, a experiência foi decisiva. “A ração está muito cara. Aprender a produzir um alimento nutritivo na própria propriedade pode ser um divisor de águas. Isso abre oportunidade até para entrar em programas de compras governamentais, garantindo preço justo”, avaliou. Atualmente ela tem três tanques com peixes, mas ainda não produz para comercialização. A produtora Marli Fernandes, 66 anos, do assentamento Oziel Alves, também viu no Dia de Campo um recomeço: “Já criei peixes e agora quero voltar. Conhecer técnicas de ração fermentada me animou porque reduz custo e melhora a produção. Com apoio da Emater, sei que posso retomar essa atividade com segurança”. Durante o evento, os participantes circularam por quatro estações temáticas, onde os técnicos da Emater-DF explicaram questões como a ação dos microrganismos, preparo e fermentação dos ingredientes, peletização e secagem das rações e também sobre manejo alimentar e análise de custo-benefício. *Com informações da Emater-DF
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DF inicia Campanha de Atualização de Rebanhos 2025
Começa nesta quinta-feira (1°) a Campanha de Atualização de Rebanhos 2025 no Distrito Federal. A ação, que vai até o dia 15 de junho, é obrigatória para todos os produtores que criam animais de produção, como bovinos, suínos, aves, peixes, caprinos, ovinos, equídeos, crustáceos e abelhas. Durante a campanha, os criadores devem informar, obrigatoriamente, a quantidade, o sexo e a faixa etária dos animais que possuem, além de manter atualizados os dados da propriedade, como endereço, telefone e e-mail. Essas informações são essenciais para o controle sanitário e podem ser atualizadas pela internet, por meio do sistema Siagro-DF, disponível no site da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri), ou presencialmente em uma das Unidades Locais de Defesa Agropecuária. Campanha de Atualização de Rebanhos incentiva a atualização cadastral dos produtores, contribuindo para respostas rápidas diante de emergências sanitárias | Foto: Divulgação/Emater-DF A iniciativa integra o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), que visa reforçar a prevenção e o monitoramento da doença no país. “O Governo do Distrito Federal está atuando de forma firme e coordenada para fortalecer a saúde animal e garantir a segurança do rebanho no DF. Esta é mais uma ação concreta que reafirma nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário. A atualização de dados dos rebanhos é uma prioridade estratégica, fundamental para o controle sanitário, a rastreabilidade e a prevenção de doenças. Por isso, o GDF convoca todos os produtores a atualizarem suas informações, demonstrando que, juntos, podemos avançar rumo a uma pecuária cada vez mais forte, segura e reconhecida mundialmente”, afirma o secretário de Agricultura, Rafael Bueno. O gerente de Saúde Animal da Seagri, Pablo Marsiaj, destacou a importância da campanha: “Por meio da atualização cadastral dos produtores e da estratificação dos rebanhos, o serviço oficial consegue manter um banco de dados confiável, que sustenta a emissão de documentos zoossanitários, como a Guia de Trânsito Animal (GTA), e permite respostas rápidas diante de emergências sanitárias. Além disso, a campanha fortalece o monitoramento de doenças de interesse, contribuindo para a segurança da produção pecuária e a credibilidade sanitária do DF.” “É uma oportunidade de otimizar a coleta de informações e elevar nossos índices de vacinação contra outras doenças importantes para a saúde animal e humana”, explica a subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Danielle Araújo. Penalidades Após o fim do prazo da declaração, os produtores que não cumprirem a exigência estarão sujeitos às penalidades previstas na legislação, incluindo multas administrativas aplicadas pela Seagri-DF, além da impossibilidade de emissão da GTA. A expectativa da Secretaria é incrementar significativamente o percentual de produtores que realizam a atualização cadastral de seus rebanhos dentro do prazo estabelecido, contribuindo para o fortalecimento da vigilância e da sanidade animal no Distrito Federal. *Com informações da Seagri-DF
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Encontro orienta piscicultores sobre produção e comercialização
Cerca de 100 produtores participaram do 17º Encontro de Piscicultores do Distrito Federal e Entorno, realizado nesta quinta-feira (23) na Casa do Cerrado, promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O evento discutiu as principais questões da cadeia produtiva e a construção de soluções para o enfrentamento dos desafios da aquicultura na região. Os produtores também tiveram a oportunidade de conhecer o funcionamento da Cooperativa dos Aquicultores do Amazonas, com um representante no evento compartilhando a experiência da cooperativa na área de produção, processamento e comercialização de peixes. O evento trouxe à discussão as principais questões da cadeia produtiva e construção de soluções para o enfrentamento dos desafios da aquicultura na região | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Durante a reunião foram apresentados insumos e equipamentos de energia fotovoltaica. Ao final, os produtores puderam fazer uma visita guiada à Unidade de Experimentação de Produção Intensiva de Peixes, recém-inaugurada na sede da Emater-DF da Asa Norte. “A piscicultura é uma cadeia muito importante no Distrito Federal. Nós temos uma grande motivação para levar isso a nossos produtores rurais. A Emater tem feito um trabalho muito grande nesse sentido, junto à Seagri, para que de fato a gente possa ajudar os produtores a aumentar a produção com qualidade e ajudar na comercialização, que é o grande gargalo”, destacou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, presente no evento. De acordo com a Emater-DF, o consumo de pescado no Distrito Federal chega a 60 mil toneladas por ano, enquanto a piscicultura local produz uma média de duas mil toneladas por ano. O valor cresce a cada ano, junto ao Produto Interno Bruto (PIB) e ao Valor Bruto da Produção (VBP). Atualmente, o valor bruto da produção total da agropecuária do Distrito Federal está na faixa dos R$ 6 bilhões. Duval descreveu o encontro desta quinta (23) como um alinhamento entre os produtores e técnicos para traçar caminhos a serem seguidos, propostas de trabalho e ações a serem desenvolvidas nos próximos anos. “Esse conjunto de informações entre os pequenos, médios e grandes produtores, junto aos técnicos, promove esse crescimento da cadeia.” Assistência do menor ao maior De acordo com dados da Emater-DF, o consumo de pescado no Distrito Federal chega a 60 mil toneladas por ano, enquanto a piscicultura local produz uma média de duas mil toneladas por ano Um dos piscicultores referência no DF, Guilherme Gonçalves Pereira, chega a produzir em torno de 200 toneladas por ano, variando a produção de acordo com os meses – com aumento, por exemplo, durante a época da Semana Santa. Trabalhando na área há quase dez anos, ele possui um sistema de viveiros escavados. Guilherme atende peixarias, pesque e pague e outros lugares que trabalham com o peixe vivo, entregando em todo o DF e Entorno. Sua rentabilidade chega a R$ 100 mil por ano. O piscicultor falou sobre o apoio da Emater e importância de compartilhar conhecimentos, chance proporcionada pelo evento. “Sempre teve muito apoio técnico da Emater, usando a tecnologia certa, indo atrás das certificações e autorizações necessárias”, destacou. [Olho texto=”Durante a reunião foram apresentados insumos e equipamentos de energia fotovoltaica. Ao final, os produtores puderam fazer uma visita guiada à Unidade de Experimentação de Produção Intensiva de Peixes, recém-inaugurada na sede da Emater-DF da Asa Norte” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O empresário José Romildo da Silva cria peixes como uma atividade paralela. Ele possui dez tanques de peixes em sua propriedade, localizada em Sobradinho dos Melos, na margem do Rio São Bartolomeu, perto do Paranoá. Romildo trabalha com cinco funcionários e tem equipamentos para tirar a pele do peixe. Lá, ele produz cinco toneladas por mês, o que chega a render R$ 60 mil após serem transformados em filé e fornecidos aos restaurantes locais. Mesmo tendo uma produção menor, Romildo reforça a importância do apoio da Emater em todo processo, desde a formulação do abatedouro dentro das normas até a comercialização do produto. “Eles sempre estão nos ajudando a solucionar problemas na criação. Vão lá todo mês e ajudam a fazer a biometria dos peixes, verificam a sanidade dos animais, nos ajudam no quesito total em relação à criação, compra de insumos e qualidade de água. E minha renda melhorou muito”, declara. Crescimento da atividade Cleison Duval, presidente da Emater-DF: “A empresa tem feito um trabalho muito grande nesse sentido, junto à Seagri, para que de fato a gente possa ajudar os produtores a aumentar a produção com qualidade e ajudar na comercialização, que é o grande gargalo” Entre 2019 e 2022, houve um aumento de 25,32% no número de criadores de peixes na região. De acordo com dados disponibilizados no site da Emater-DF, 2022 foi o ano com maior número de criadores da história, com 782 piscicultores. Em 2019, eram 624. As toneladas de peixes produzidas também aumentaram. Enquanto em 2019 foram 1.600 toneladas, em 2023 foram 2.100 toneladas pescadas. Outro número importante é o valor bruto que o produtor recebe por hectare de piscicultura, que saiu de R$ 160 mil em 2019 para R$ 300 mil em 2022. Atualmente, o valor bruto da produção que vem da piscicultura gira em torno de R$ 22 milhões por ano. “Isso mostra que a atividade vem demonstrando interesse, porque ela tem um atrativo no retorno financeiro”, afirma o coordenador de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges. De acordo com ele, Brasília é o terceiro maior mercado consumidor de pescado no Brasil, sendo uma grande possibilidade para os produtores da região gerarem renda, emprego e abastecerem a população local. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Adalmyr contextualiza, ainda, que o aumento de produtividade na piscicultura do DF nos últimos anos é um reflexo da profissionalização dos produtores que criam, na mesma área, mais peixes com menos água. “Essas tecnologias são demonstradas na sede da Emater, então se alguém tiver interesse pode marcar uma visita guiada na unidade de demonstração”, acentua. Alevinar DF Além da assistência com questões tecnológicas, acesso a mercados e processamento dos elos da cadeia produtiva, a Emater faz o cadastramento dos produtores interessados em participar do Alevinar DF, programa da Secretaria de Agricultura de fornecimento de alevinos, que são os filhotes de peixe. O produtor interessado em receber esses peixes precisa ter, além de um fornecimento de água, as estruturas de criação de peixe – seja viveiros escavados ou tanques circulares. Para participar, o produtor deve procurar o escritório mais próximo da Emater e preencher uma ficha de interesse. Em seguida, a empresa faz o cadastramento desses produtores junto à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
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Uso de alimentos fermentados na criação de peixes tem custo reduzido
O uso de alimentos fermentados na aquicultura é uma tecnologia relativamente nova que apresenta muitos benefícios, como redução do custo de produção e aumento do valor nutricional da alimentação dos peixes. Esse método será apresentado a quem visitar o Circuito da Aquicultura da Emater-DF durante a AgroBrasília 2023, que segue até sábado (27), no Núcleo Rural PAD-DF. Para peixes em criadouros, alimentos fermentados despontam como boa alternativa | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo estudo do veterinário e doutor em ciências animais Adalmyr Morais Borges, da Emater, os alimentos fermentados vêm surgindo como uma opção alimentar por utilizarem ingredientes e subprodutos locais, reduzindo custos de produção e mantendo a eficiência e o valor nutricional da alimentação quando comparados com as rações industrializadas. “Estamos oferecendo a tecnologia de alimentos fermentados aos aquicultores do DF por representar uma opção mais econômica e com muitas outras vantagens, uma vez que as rações balanceadas comerciais vêm sofrendo aumentos nos custos e apresentando irregularidades”, sinaliza Borges. “Um dos motivos é a dificuldade das indústrias de rações em conseguir ingredientes de qualidade e produzir rações com preços competitivos.” Alimentos fermentados Os alimentos fermentados são aqueles que passaram por um processo prévio de digestão antes de serem fornecidos para os animais. Geralmente são utilizados micro-organismos que atuam nos processos físicos, químicos e fermentativos, proporcionando o surgimento de outras substâncias como vitaminas, enzimas, antioxidantes, aumentando a digestibilidade e o valor nutricional dos alimentos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Esses alimentos costumam ser obtidos pela fermentação de materiais vegetais mais baratos e com maior disponibilidade na região. Entre os grãos e farelos utilizados, há produtos mais proteicos, como a soja, e outros mais ricos em carboidratos, como o farelo de arroz. Também podem ser utilizados outros grãos, farinhas e farelos vegetais, além de resíduos de vinícolas e cervejarias. Circuito da Aquicultura Além dos alimentos fermentados, o Circuito de Aquicultura vai apresentar outras tecnologias empregadas na criação de peixes, como o sistema intensivo, tanque de ferrocimento com aeração e sedimentação, viveiro escavado com aeração e uso de energia fotovoltaica e a criação de peixes e camarões em sistema de bioflocos. Durante a AgroBrasília, haverá extensionistas da Emater-DF para receber os convidados e mostrar todas as tecnologias dos oito circuitos: Floricultura associada ao turismo, Olericultura, Avicultura, Aquicultura, Fruticultura, Bovinocultura, Saneamento Rural e Segurança alimentar e nutricional. Haverá ainda o Galpão do Produtor, com itens comercializados locais, e um espaço para sanar dúvidas sobre crédito rural. *Com informações da Emater-DF
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