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Com apoio da FAPDF, pesquisadora destaca avanços em bioinsumos no DF

A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) tem desempenhado papel essencial na consolidação do Distrito Federal como referência nacional em ciência, tecnologia e inovação — e na trajetória de pesquisadoras como Rose Monnerat, que há 35 anos se dedica à pesquisa científica e se tornou um dos grandes nomes do país na área de bioinsumos. Bióloga, doutora em Agronomia e pós-doutora em bioquímica e biologia molecular, Rose representa uma geração de cientistas que transformou conhecimento em soluções sustentáveis para a agricultura e o meio ambiente. “A FAPDF tem papel essencial nesse processo. Ela financia pesquisas há muitos anos e, com a estrutura atual, criou mecanismos muito eficientes para aproximar a ciência da sociedade”, ressalta. Ao longo da carreira, a pesquisadora participou da criação de coleções microbianas pioneiras e do desenvolvimento de produtos biológicos inovadores, sempre com o mesmo propósito: fazer da ciência uma ferramenta de transformação social e ambiental. Da curiosidade infantil à liderança em bioinsumos Rose Monnerat se dedica à pesquisa científica há 35 anos e se tornou um dos grandes nomes do país na área de bioinsumos | Fotos: Divulgação/FAPDF Desde o início da carreira, Rose foi movida pela curiosidade científica e pela busca por soluções sustentáveis. Na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), iniciou pesquisas com bactérias capazes de controlar insetos vetores de doenças, como as larvas do mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya — e, mais tarde, ampliou o escopo para microrganismos que combatem doenças de plantas e estimulam seu crescimento. [LEIA_TAMBEM]Entre os destaques de sua trajetória está o desenvolvimento de formulações baseadas em Bacillus thuringiensis var. israelensis (ou simplesmente Bti), uma bactéria cujas toxinas agem de forma combinada — ou sinérgica — e altamente específica contra larvas de mosquitos. Essa especificidade é uma das principais vantagens do controle biológico: ele elimina o alvo sem afetar organismos benéficos, preservando o equilíbrio ecológico. “Quando você usa um produto químico para matar uma praga, muitas vezes elimina também os inimigos naturais”, explica. “O controle biológico tem como principal vantagem a especificidade.” Apesar da eficácia e do uso consolidado do Bti em outros países, Rose destaca que o Brasil ainda enfrenta desafios para adotar amplamente esse tipo de tecnologia, seja por questões de custo, seja por barreiras culturais e regulatórias. Mesmo assim, ela acredita que o cenário está mudando, com agricultores e instituições mais conscientes da importância de soluções sustentáveis. Coleções microbianas: patrimônio que vira produto Ao longo de sua carreira, Rose participou da criação e curadoria de uma das maiores coleções de microrganismos do país, que reúne cerca de três mil amostras coletadas desde o final dos anos 1980 em diferentes biomas brasileiros. Todas foram caracterizadas e preservadas para uso em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Esse acervo serviu de base para mais de 30 bioinsumos já disponíveis no mercado, comprovando o potencial econômico e ambiental da biodiversidade brasileira. O laboratório coordenado por Rose foi o primeiro da Embrapa a obter a certificação ISO/IEC 17025, norma internacional que comprova a competência técnica de laboratórios de ensaio e calibração. Rose também acompanhou de perto o fortalecimento do ecossistema científico do Distrito Federal — especialmente com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) “Foi uma grande honra receber o Prêmio Johanna Döbereiner”, lembra Rose, referindo-se à distinção concedida a curadores de coleções microbianas no Brasil. “É emocionante saber que elas podem dar origem a milhares de produtos que contribuem para uma agricultura mais equilibrada e sustentável.” Além do reconhecimento, Rose destaca o cuidado logístico e ético no armazenamento do material genético: cada amostra é duplicada e guardada em locais distintos, garantindo segurança em caso de incidentes. “É um patrimônio nacional que precisa ser protegido”, afirma. Distrito Federal como polo de bioinsumos: ciência, políticas e futuro Durante sua trajetória, Rose também acompanhou de perto o fortalecimento do ecossistema científico do Distrito Federal — especialmente com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), que tem fomentado projetos em áreas estratégicas como biotecnologia, sustentabilidade e bioinsumos. Segundo ela, o fomento da Fundação foi decisivo para a continuidade de diversas linhas de pesquisa e para o avanço de tecnologias desenvolvidas na Embrapa e em universidades locais. "O trabalho da FAPDF tem sido determinante para que o Distrito Federal se destaque em inovação. É graças a esse fomento que conseguimos desenvolver tecnologias que nascem nos laboratórios e ganham o campo" Rose Monnerat, pesquisadora A pesquisadora acredita que o Distrito Federal reúne condições únicas para se tornar um polo de bioinsumos no Brasil. A região possui agricultura forte, centros da Embrapa dedicados ao tema, universidades ativas — como a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Católica de Brasília (UCB) — e um ambiente propício à inovação científica e tecnológica. Nesse contexto, a FAPDF se destaca como articuladora de esforços e garantidora da continuidade de políticas públicas voltadas à ciência e tecnologia. “O trabalho da FAPDF tem sido determinante para que o Distrito Federal se destaque em inovação. É graças a esse fomento que conseguimos desenvolver tecnologias que nascem nos laboratórios e ganham o campo.” Para o diretor-presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, a trajetória de pesquisadoras como Rose Monnerat evidencia o papel transformador do fomento público. “O conhecimento científico só cumpre seu papel quando chega à sociedade. Casos como o da professora Rose mostram que o apoio da FAPDF gera resultados concretos, fortalece a inovação e valoriza o talento dos pesquisadores do Distrito Federal”, destacou. Ela lembra que o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) tem fortalecido o Programa Nacional de Bioinsumos, e que o Brasil já ocupa posição de liderança mundial no uso de produtos biológicos no campo — avanço que só é possível com o apoio contínuo de instituições de fomento como a FAPDF.“Vejo com muito otimismo esse movimento. A legislação está avançando, a demanda cresce e o Brasil já ocupa posição de liderança mundial. O DF tem tudo para ser uma referência, com ciência, produtores e instituições comprometidas com a sustentabilidade”, avalia.   *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal

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Endocrinologia do HRT é representante do Centro-Oeste em estudo multinacional

A Unidade de Endocrinologia do Hospital Regional de Taguatinga (Uendo/HRT) é o novo polo de coleta de informações em pesquisa científica multinacional, no âmbito da Região Centro-Oeste. O projeto Prevalência de Retinopatia e Doença Renal do Diabetes (Retrend) no Brasil busca dimensionar as complicações em pacientes crônicos, a fim de orientar políticas públicas e estratégias que priorizem o diagnóstico e o tratamento correto.   O método propõe a realização de exames de rastreamento durante a consulta médica; resultados ficam prontos em pouco tempo | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF O método propõe a realização de exames de rastreamento durante a consulta médica. Os resultados de mapeamento da retina (fundo de olho) e os realizados com amostras de urina e de sangue, por exemplo, ficam prontos em poucos minutos. As medidas são importantes para a prevenção de complicações, explica a pesquisadora responsável pelo "Retrend Brasil" na Uendo/HRT, Flaviene Romani. "Percebemos a dificuldade dos pacientes de retornarem com os exames e de comparecerem a consultas com outros especialistas. Essas são coisas que normalmente atrasam e aumentam os custos do diagnóstico precoce", afirma a médica.  O projeto Retrend Brasil é um estudo multinacional, com o objetivo de dimensionar as complicações do diabetes e orientar políticas públicas que priorizem o diagnóstico e o tratamento correto Até o fim deste ano, apoiado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), 172 pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus serão submetidos a esses exames como parte da avaliação - sendo 80% de usuários acompanhados por equipes das unidades básicas de saúde (UBSs).  [LEIA_TAMBEM]No total, mais de 1,5 mil pessoas com diabetes mellitus de diversos estados brasileiros já participaram da avaliação. Os dados preliminares já foram apresentados no encontro anual da Endocrine Society (Endo 2024) e no Congresso Mundial de Diabetes (IDF 2025). Referência em pesquisa e assistência A unidade ambulatorial do HRT é centro de pesquisa e de residência multiprofissional. Diariamente, cerca de oito estudantes de cursos superiores da área de saúde são inseridos na dinâmica do setor, além de residentes de enfermagem, psicologia, nutrição e endocrinologia.  A indicação para o fornecimento de dados ao Retrend Brasil reforça, segundo Romani, o compromisso da Uendo-HRT com a ciência e com a busca por melhoria da assistência. "Acreditamos que o serviço público é o espaço onde pode-se transformar a realidade. Isso é extremamente relevante para nós." *Com informações da Secretaria de Saúde do DF  

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Nova edição da revista Saúde & Inovação reúne pesquisas aplicadas ao SUS 

Uma publicação que mostra estudos e pesquisas desenvolvidos nas unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Essa é a revista científica Saúde & Inovação, cuja segunda edição foi lançada nesta quinta-feira (3).   A publicação reúne 12 artigos assinados por mais de 40 pesquisadores. Os temas abordam desde o cuidado com pacientes oncológicos até equoterapia para paralisia cerebral, inclusão de pessoas com deficiência, padronização de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e os impactos da pandemia. Para Bruna Telles, a revista "retorna com um propósito de ser um espaço aberto e acessível de excelência" | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF “Esse renascimento da revista é um momento histórico não só para o IgesDF, mas também para toda a comunidade científica do DF. Ela retorna com um propósito de ser um espaço aberto e acessível de excelência para residentes, profissionais de saúde, pesquisadores que de fato desejam desenvolver suas produções dentro do Instituto”, afirma a médica e editora-chefe da revista, Bruna Teles. A diretora da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), Emanuela Dourado, celebrou a retomada da revista com entusiasmo. “Esse projeto passa por vários desafios, mas é sustentado pela dedicação dos pesquisadores e da equipe. A revista é uma conquista de todos nós, que acreditamos no poder transformador da ciência”. O diretor-presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, destacou a importância da publicação para a consolidação da ciência dentro da instituição: “Essa publicação reforça o nosso compromisso com a aplicação do conhecimento científico na prática assistencial”. A edição reúne 12 artigos assinados por mais de 40 pesquisadores Presente na cerimônia, o secretário de Economia do DF, Ney Ferraz, apontou o impacto da iniciativa na gestão pública. “Na saúde, isso significa buscar resultados concretos que impactam diretamente a vida das pessoas. Investir em ciência é investir no futuro da saúde pública”. O secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante, reforçou o papel estratégico da pesquisa no SUS. “Um dos pilares da governança é a pesquisa clínica, que não vem só para melhorar o nosso sucesso, mas para mudar a cultura organizacional. Quando aplicamos conhecimento de forma planejada, entregamos valor ao paciente”, enfatiza. Pesquisa que conecta e transforma O evento contou com uma mesa-redonda mediada por Bruna Teles, com a participação do infectologista Tazio Vanni, do epidemiologista Sergio Fernandes e da pesquisadora Janaina Sallas. “Existe uma inteligência coletiva enorme no Distrito Federal. Precisamos pavimentar caminhos entre a revista, os estudantes, residentes e profissionais de saúde. Por que não pensar também em alcançar espaços internacionais? A causa é grande, e essa publicação tem força para ir mais longe”, afirmou Tazio Vanni. [LEIA_TAMBEM]Homenagem A cerimônia foi encerrada com homenagens a dois profissionais de destaque na área da saúde. O infectologista Julival Fagundes Ribeiro, referência nacional e internacional em epidemiologia hospitalar e controle de infecções, recebeu uma homenagem das mãos da diretora Emanuela e foi aplaudido de pé pelo público. “Com 71 anos e mais de quatro décadas de atuação, posso dizer que ser médico e trabalhar na saúde pública é o maior orgulho da minha vida. A pesquisa clínica é essencial para desenvolver tratamentos alinhados com a realidade brasileira. Ela impulsiona avanços na saúde pública e contribui para o progresso científico e econômico do país”, ressalta Julival. Também foi homenageado o médico intensivista e cardiologista Osório Rangel, reconhecido por sua atuação em cuidados críticos e ensino. A Revista Científica Saúde & Inovação está disponível online. *Com informações do IgesDF

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Aberto prazo para submissão de projetos de pesquisa sobre políticas públicas de saúde

A 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS (Ppsus) foi lançada na última terça (18), no auditório da Fiocruz, em Brasília. Essa é uma edição histórica, já que todos os estados da federação estão sendo contemplados com o programa, além de alcançar o maior volume de recursos já repassados desde sua criação em 2004. No Distrito Federal, o programa recebeu investimento de R$ 7,5 milhões. O edital já está disponível para submissão. Pesquisadores interessados em contribuir com políticas públicas de saúde podem acessar o site da FAPDF na seção Editais 2025 (PPSUS) e conferir a chamada, o tutorial e todas as informações necessárias para enviar a proposta. O prazo para submissão encerra em 17 de abril. Lançamento da 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS no auditório da Fiocruz, em Brasília; projetos podem ser submetidos até 17 de abril | Fotos: Ricardo Chaves/FAPDF Podem se inscrever como proponentes do projeto pesquisadores com título de doutorado. As propostas devem atender aos eixos temáticos estabelecidos: Gestão do SUS, Gestão do Trabalho e Educação, Atenção Integral à Saúde, Inovação em Saúde, Gestão de Recursos Financeiros e Orçamentários para o SUS. A cerimônia reuniu autoridades da saúde, da ciência e da inovação, além de diversos pesquisadores da área de saúde pública do DF. A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) realizou o evento com o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e da Secretaria de Saúde (SES-DF). Participaram do evento a decana de Pesquisa e Inovação da UnB, Renata Aquino da Silva; o coordenador-geral de Ciências da Saúde e Biociências da Diretoria Científica do CNPq, Gilberto Ferreira de Souza; a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, Mônica Felts; a superintendente científica, tecnológica e de inovação da FAPDF, Renata Vianna e a diretora da Fiocruz em Brasília, Fabiana Damásio “Essa chamada pública representa uma grande oportunidade para pesquisadores da área da saúde do Distrito Federal contribuírem com soluções efetivas para o SUS. A pesquisa é fundamental na construção de um sistema de saúde mais eficiente e acessível a todos”, destaca o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior. A superintendente científica, tecnológica e de inovação da FAPDF, Renata Vianna, ressaltou o impacto da nova edição do programa. “Esse Ppsus pode ser transformador e disruptivo se a gente conseguir trazer efetivamente resultados para as comunidades e populações desses estados e regiões do país, a fim de apresentar projetos e soluções”, afirmou. A Secretaria de Saúde (SES-DF) ajudou a definir os eixos temáticos e linhas de pesquisa com base no levantamento da Oficina de Prioridades de Pesquisas em Saúde (OPP). Para Mabelle Roque, coordenadora de Inovação e Gestão do Conhecimento da pasta, investir em ciência é essencial para aprimorar a política pública de saúde. “A assistência à saúde se baseia no conhecimento científico. Isso ficou evidente durante a pandemia de covid-19. Para garantir avanços no SUS, é fundamental estimular a pesquisa na área”, destaca. O Ppsus foi criado para descentralizar o fomento à pesquisa em saúde, promovendo soluções inovadoras que auxiliem no aprimoramento das políticas públicas de saúde no Brasil. Com a adesão de todos os estados, esta edição reforça o compromisso com a equidade e com a produção de conhecimento que impacte diretamente a população brasileira. *Com informações da FAPDF  

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