Viver 60 +: Mais de 50 pessoas idosas participam de oficina de jardinagem
Um pequeno vaso pode conter muito mais que flores. Pode guardar memórias e cultivar recomeços. Foi isso que viveram mais de 50 idosos do polo Asa Sul do Programa Viver 60+, durante a primeira edição da oficina Floreando por Aí, um curso de instrução básica sobre jardinagem em vasos. Fruto de uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e a Escola de Paisagismo de Brasília, a iniciativa marca o início de um projeto piloto que já deu sinais de que florescerá por muito tempo. Simone Ribeiro, coordenadora da Escola de Paisagismo de Brasília: “Trabalhar com plantas é terapêutico e promove conforto emocional. Muitas vezes, cuidar de um vaso em casa gera grande impacto na qualidade de vida das pessoas idosas” | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF “Estamos promovendo capacitação técnica, mas também momentos de lazer, pertencimento e valorização do envelhecimento ativo”, pontuou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Atividades como essa fortalecem a autonomia e promovem saúde mental.” [LEIA_TAMBEM]O curso oferece instrução básica em jardinagem em vasos, abordando práticas como preparo de solo, poda, transplante de plantas, adubação com compostos naturais e o uso de materiais recicláveis. A atividade tem como objetivo proporcionar a este público momentos de aprendizado, convivência e bem-estar. A coordenadora da Escola de Paisagismo de Brasília, Simone Ribeiro, ressaltou a importância da ação: “Essa parceria proporciona um momento de vivência prática e troca de experiências. Trabalhar com plantas é terapêutico e promove conforto emocional. Muitas vezes, cuidar de um vaso em casa gera grande impacto na qualidade de vida das pessoas idosas”. Geanilse Stoppa, aposentada, fez o curso: “Estava afogando minhas plantinhas, mas agora sei replantar e usar meu tempo de cuidado com elas como forma de relaxar” A aposentada Geanilse Stoppa, de 64 anos, se disse entusiasmada: “Aprendi a cuidar melhor das minhas suculentas. Estava afogando minhas plantinhas, mas agora sei replantar e usar meu tempo de cuidado com elas como forma de relaxar. Foi uma aula incrível”. Durante a oficina, os participantes tiveram a oportunidade de montar seus próprios vasos com materiais simples e acessíveis, além de aprender técnicas de manutenção e cuidados básicos. A atividade também serviu como espaço de socialização entre os integrantes do programa. Glauce Xavier: “Eu não tenho pet, minhas plantas são meu pet. Cuidar delas me faz muito bem” Glauce Maria Xavier, 68, também falou sobre o valor da oficina. “Eu amo plantas”, disse . “Fiz meu próprio vasinho com materiais reciclados e vou levar para casa com muito orgulho. Aprendi a forma correta de podar e cuidar. Eu não tenho pet, minhas plantas são meu pet. Cuidar delas me faz muito bem”. A oficina Floreando por Aí seguirá em outros polos como projeto-piloto, com vistas à expansão no segundo semestre deste ano. Programa Viver 60+ O Programa Viver 60+ conta atualmente com 31 polos ativos no DF e oferece atividades semanais e contínuas nas áreas de lazer, saúde, cultura, capacitação e bem-estar. As atividades contemplam atualmente 8 mil pessoas, com impacto indireto superior a 10 mil pessoas. Entre as ações desenvolvidas estão o Movimente-se Viver 60+ (atividade física regular), Cine Viver 60+, campanhas educativas como o Junho Violeta, o projeto Um Dia no Zoológico e o tradicional Baile do Idoso, cuja segunda edição está prevista para outubro deste ano. Além disso, o programa mantém parcerias com universidades, entidades sociais e instituições culturais para oferecer uma programação diversificada. *Com informações da Sejus-DF
Ler mais...
Cuidados que transformam: paciente em vulnerabilidade reencontra dignidade e afeto
Aos 73 anos, o carioca Geraldo Amador inicia um novo capítulo de sua vida, agora com acolhimento, dignidade e afeto. Após décadas vivendo sozinho e em situação de vulnerabilidade, ele recebeu o apoio das equipes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho e do Hospital Cidade do Sol (HSol), unidades gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). O cuidado prestado possibilitou sua inserção em uma instituição de longa permanência para pessoas idosas no Distrito Federal. Geraldo Amador recebe a visita da assistente social Carolina Silva, da UPA de Sobradinho, que ajudou a acionar uma rede de apoio para o idoso | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF A trajetória de Geraldo é marcada por perdas e resiliência. Ele chegou a Brasília nos anos 1970, após a morte da esposa, deixando os quatro filhos no Rio de Janeiro, sob os cuidados da família materna. Com o tempo, perdeu o contato com todos. Trabalhou como caseiro em uma chácara no Lago Oeste por muitos anos, até que os problemas de saúde e o avanço da idade o impediram de continuar. Em novembro de 2024, debilitado e sem rede de apoio, deu entrada na UPA de Sobradinho com diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ele também apresentava histórico de tabagismo, alcoolismo e vivia em condições precárias de moradia e higiene. [LEIA_TAMBEM]“A escuta atenta revelou muito mais do que sintomas clínicos. Ele carregava uma história marcada por solidão e ausência de direitos. Precisávamos enxergá-lo como cidadão, não apenas como paciente”, relata a assistente social da UPA, Carolina Silva. Sensibilizada com a situação, a equipe acionou a rede de proteção social do DF. Com o apoio da Central Judicial da Pessoa Idosa e da Secretaria de Desenvolvimento Social, o nome de Geraldo foi incluído na fila por uma vaga em uma instituição de longa permanência para pessoas idosas (ILPI). Mesmo após a alta, o acompanhamento seguiu. Pouco tempo depois, ele retornou à unidade em estado ainda mais frágil. “Foi um sinal claro de que não podíamos esperar. Era urgente garantir um acolhimento definitivo”, lembra Carolina. Em fevereiro de 2025, Geraldo foi transferido para o HSol, onde continuou recebendo assistência. A equipe de serviço social do hospital deu sequência ao caso, em articulação com a Central de Vagas. “Quando ele chegou até nós, já havia um acompanhamento bem estruturado. Nosso papel foi acolher também sua história e garantir segurança emocional, além do cuidado técnico”, afirma a assistente social do HSol, Natalia Barreto. Após meses de espera, Geraldo foi acolhido na Casa do Ceará de Brasília, onde reencontrou o que mais sentia falta: segurança, convivência e afeto. Nascido no Rio de Janeiro, Geraldo Amador contou com o suporte das equipes da UPA de Sobradinho e do Hsol para ser acolhido em uma instituição de longa permanência para pessoas idosas no DF A assistente social Carolina Silva, com quem criou um vínculo desde os primeiros atendimentos, já foi visitá-lo. Durante o reencontro, relembraram os momentos difíceis das idas e vindas dele à UPA de Sobradinho. “Ele chegava debilitado, sozinho, sem medicação, sem higiene e sem qualquer rede de apoio. Agora, ele está bem cuidado, com aparência mais saudável e acolhido em um ambiente seguro”. Com os olhos marejados, Geraldo contou que estava ansioso pelo reencontro. “Ela dizia que vinha, e veio mesmo. Eu ficava esperando. Ela cuidou de mim desde o começo. Fiquei muito feliz com a visita”, diz. Com um sorriso no rosto, confidenciou. “Estou me acostumando. Não fiz amigos ainda, fico mais quieto, mas o que eu queria mesmo era arrumar uma namorada por aqui”. Atuação integrada Para o diretor de Atenção Integral à Saúde Especializada do IgesDF, Rodolfo Lira, a história de Geraldo evidencia o poder transformador da atuação em rede. “Esse caso mostra como a integração entre saúde e assistência social pode, de fato, mudar vidas. É o serviço público cumprindo seu papel com humanidade e compromisso”, ressalta. Para Carolina Silva, cada profissional teve um papel essencial. “Agradeço às colegas assistentes sociais Mireile Cruz e Neide Ribeiro, que estiveram comigo em todas as etapas. O que nos move é garantir cuidado, respeito e proteção a cada cidadão”. Hoje, mesmo sem os filhos por perto, Geraldo já não está mais sozinho. “Graças ao olhar atento e ao compromisso das equipes do SUS (Sistema Único de Saúde), ele reencontrou dignidade e esperança”, conclui o diretor Rodolfo Lira. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Caminhada ‘Movimente-se: Viver 60+’ leva ações de bem-estar e valorização da pessoa idosa ao Eixão do Lazer
Neste domingo (15), a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) promove a 2ª edição da caminhada Movimente-se: Viver 60+, como parte da campanha Junho Violeta — mês de conscientização sobre os direitos da pessoa idosa e de combate à violência contra esse público. A expectativa é reunir mais de mil participantes, com início da concentração às 8h30, no Eixão do Lazer, na altura da 207 Norte. A caminhada marcada para o domingo (15), no Eixão do Lazer, integra a programação do Junho Violeta, instituído em referência ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF A ação é gratuita e voltada especialmente para pessoas idosas, mas aberta à participação de todas as idades. Além da caminhada, o evento contará com serviços de saúde e bem-estar oferecidos por entidades parceiras, como aferição de pressão arterial, teste de glicemia, auriculoterapia, alongamento, dança, shows, lanche e muita animação. Também participam o Banco de Talentos da Sejus, com exposição de artesanato produzido por idosos, e outros projetos sociais da secretaria. A caminhada integra a programação do Junho Violeta, instituído em referência ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado em 15 de junho e reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é promover o envelhecimento saudável, incentivar o convívio intergeracional e alertar sobre as diversas formas de violência que atingem a população com 60 anos ou mais, como negligência, abandono e etarismo. A secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, destaca o compromisso do GDF com o cuidado integral e o respeito à população idosa. “O Movimente-se é mais que uma caminhada: é um convite à vida ativa, ao autocuidado e à convivência. Queremos que os idosos se sintam acolhidos, valorizados e protegidos, e que toda a sociedade compreenda seu papel na promoção de um envelhecimento digno. O Junho Violeta reforça essa missão, e a Sejus estará sempre ao lado de quem mais precisa”, disse. “O Movimente-se é mais que uma caminhada: é um convite à vida ativa, ao autocuidado e à convivência", afirma a secretária Marcela Passamani Além da mobilização social, a Sejus-DF atua diretamente na proteção e garantia de direitos da pessoa idosa por meio do programa Direito Delas, que acolhe, orienta e encaminha casos de violência física, psicológica, patrimonial ou abandono. Atualmente, há núcleos de atendimento em diversas regiões do DF, incluindo Ceilândia, Estrutural, Guará, Itapoã, Paranoá, Gama, São Sebastião, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas e Samambaia. Os telefones de contato são: (61) 2244-1229 e (61) 98382-0130 (WhatsApp). Sobre o programa Viver 60+ O Viver 60+ é uma iniciativa da Sejus-DF voltada à promoção da qualidade de vida e do envelhecimento saudável. Em maio, o programa foi instituído como política permanente de governo no Distrito Federal, reconhecendo sua importância e alcance social. [LEIA_TAMBEM]Atualmente, mais de 7 mil pessoas idosas participam das atividades do programa, que incluem oficinas gratuitas de dança, yoga, ginástica, inclusão digital, rodas de conversa, atendimentos de saúde e ações educativas. O objetivo é promover a autonomia, o bem-estar físico e emocional e o fortalecimento dos vínculos sociais. A caminhada “Movimente-se: Viver 60+” integra essa proposta e simboliza o compromisso com o envelhecimento digno e ativo. A primeira edição do evento foi realizada em junho de 2024, no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, e reuniu cerca de mil pessoas em uma manhã de celebração, movimento e conscientização. Canais oficiais de denúncia e apoio à pessoa idosa no DF: Subidoso – Subsecretaria de Políticas para o Idoso (61) 2244-1294 / 1295 Atendimento: das 8h às 18h, em dias úteis CDI – Conselho de Direito do Idoso (61) 2244-1233 / 1234 Atendimento: das 8h às 18h, em dias úteis Direito Delas – Programa de Atendimento a Vítimas de Violência da Sejus (61) 2244-1229 WhatsApp: (61) 98382-0130 Atendimento: das 8h às 18h, em dias úteis CJI – Central Judicial do Idoso (61) 3103-7609 WhatsApp: (61) 3103-7616 Atendimento: das 12h às 18h, em dias úteis Decrin – Delegacia Especial de Repressão a Crimes por Discriminação ou contra Idosos e Pessoas com Deficiência Disque 197 WhatsApp: (61) 98626-1197 Atendimento: das 12h às 19h, em dias úteis Disque Direitos Humanos – Disque 100 Atendimento 24 horas, gratuito e sigiloso *Com informações da Sejus-DF
Ler mais...
Projeto propõe atendimento da população idosa em situação de vulnerabilidade
A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) lançará um novo projeto, destinado ao atendimento especializado das pessoas idosas em situação de vulnerabilidade. O DPDF Longevidade ocorrerá no dia 13 de junho, das 9h às 15h, no Nuclão da instituição, localizado no Setor Comercial Norte, quadra 01, bloco G, loja 01, Edifício Rossi Esplanada Business, próximo ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O objetivo da ação é oferecer atendimento ao público idoso, notadamente em situação de risco e vulnerabilidade sociais, nas áreas jurídicas, social, habitacional, de saúde, entre outras. O objetivo da ação é oferecer atendimento ao público idoso, notadamente em situação de risco e vulnerabilidade sociais | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A subdefensora pública-geral e coordenadora do evento, Emmanuela Saboya, explica que levar atendimento especializado ao público idoso é uma forma de assegurar que nenhum direito seja negligenciado. “É dever do Estado estar presente onde há mais fragilidade. Cuidar da população idosa é reconhecer a sua trajetória e garantir os seus direitos de forma plena. O DPDF Longevidade nasce justamente com esse propósito”, frisa. *Com informações da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF)
Ler mais...