Ocorrências com pipas na rede elétrica sobem 14% e afetam fornecimento de energia no DF
A Neoenergia Brasília registrou um aumento significativo nos incidentes envolvendo pipas na rede elétrica durante este ano. De janeiro a novembro, foram contabilizadas 411 ocorrências, um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 360. O número de consumidores impactados também cresceu: 138,5 mil clientes foram afetados neste ano, ante 120,4 mil no ano anterior. O número de ocorrências envolvendo pipas na rede elétrica cresceu 14% de 2024 para 2025, no Distrito Federal | Foto: Divulgação/Neoenergia Com a chegada das férias escolares, cresce o tempo que crianças e adolescentes passam em casa e em áreas de lazer, período em que a prática de soltar pipas se intensifica. Essa brincadeira, quando realizada perto da rede elétrica, pode provocar curtos-circuitos, rompimento de cabos e interrupções no fornecimento. O risco surge quando a linha se enrosca em postes, transformadores ou fiações. “A pipa deve ser empinada apenas em locais amplos e longe da rede elétrica, como campos, parques e áreas descampadas”, alerta Jorge Frota, gerente de Saúde e Segurança da Neoenergia Brasília. “Jamais tente retirar uma pipa presa na fiação. E nunca utilize cerol ou linha chilena, que, além de perigosos para a população, podem danificar os cabos.” A distribuidora reforça que a retirada de pipas presas na rede é uma tarefa exclusiva de profissionais autorizados e treinados. Entrar em subestações, mesmo para buscar brinquedos, é terminantemente proibido e representa grave ameaça à vida. "A pipa deve ser empinada apenas em locais amplos e longe da rede elétrica, como campos, parques e áreas descampadas" Jorge Frota, gerente de Saúde e Segurança da Neoenergia Brasília Dicas para prevenir acidentes com pipas • Evite o uso de fios metálicos ou papel laminado, que podem conduzir energia • Nunca tente retirar pipas enroscadas em cabos • Não utilize cerol ou linha chilena • Não arremesse objetos na rede elétrica, como arames ou correntes • Não solte pipas durante chuva ou ventos fortes; recolha imediatamente em caso de relâmpagos • Atenção redobrada para motociclistas e ciclistas, que podem ser atingidos pela linha. Cuidados no ambiente doméstico Durante as férias, aumenta também o uso de smartphones, videogames e outros eletrônicos. A Neoenergia Brasília orienta que equipamentos só sejam conectados ou desconectados por adultos, sempre segurando o plugue e jamais puxando o fio. Tomadas devem ter protetores, e cabos danificados não devem ser utilizados. “O acompanhamento dos responsáveis é fundamental para evitar acidentes envolvendo eletricidade”, reforça Jorge Frota. Ele destaca a importância de revisar instalações internas e conferir o estado dos fios e aparelhos. [LEIA_TAMBEM]Crianças não devem manusear eletrônicos enquanto carregam as baterias. Em condomínios ou casas, o acesso a quadros de energia, geradores e salas de força deve ser restrito a profissionais habilitados. Em caso de acidentes, a orientação é desligar a chave geral ou o disjuntor e acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) ou o Samu (192). Situações envolvendo a rede de distribuição devem ser comunicadas à Neoenergia Brasília pelo número 116. *Com informações da Neoenergia
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Acidentes com pipas na rede elétrica crescem 60%; saiba como evitar riscos
As férias escolares são um período de alegria para os pequenos, mas devem ser também de cuidados para que a diversão não vire perigo. Uma das principais preocupações são as brincadeiras com pipas: em dois anos, as ocorrências de acidentes com a rede elétrica no Distrito Federal cresceram 60%. De janeiro a junho deste ano, foram registrados 170 casos do tipo, uma alta de 11% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 153 acidentes. O aumento é de 60% na comparação com 2023, que teve 106 ocorrências. Em dois anos, as ocorrências de acidentes de pipas com a rede elétrica no Distrito Federal cresceram 60% | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) orienta sempre buscar um lugar aberto e descampado para soltar pipa. "Longe de fiação, de árvores, de casas e de avenidas e ruas muito movimentadas, porque às vezes o pipeiro vai correr sem olhar para a via e pode vir um carro e o atropelar", aponta o subtenente Elson Silva. As pipas também podem ser um risco para ciclistas e motociclistas. O subtenente reforça que o uso de cerol e de linha chilena — mais potente e mais resistente — é proibido por lei. Para os condutores, a dica é evitar áreas com grande aglomeração de pipeiros, usar capacete com viseira baixa e jaqueta fechada no pescoço. "Se acontecer de enroscar a linha, não tentar quebrar, porque pode cortar a mão. E se sofrer algum corte, não tentar tirar a linha. O certo é pressionar com pano limpo para estancar e ligar imediatamente para o 193", aconselha Silva. Rede elétrica As pipas também são um risco ao fornecimento de energia: só neste ano, mais de 39 mil pessoas ficaram sem luz no DF em razão dos incidentes com o objeto na rede elétrica Para os pipeiros, os perigos do contato da pipa com a rede elétrica vão desde choques, que podem chegar a ser fatais, até a possibilidade de início de um incêndio, causado por um curto-circuito. "As pipas, principalmente quando têm algum tipo de preparo nas linhas ou são usadas em dias chuvosos, passam a conduzir eletricidade do mesmo jeito de um fio. O grande risco é que elas façam contato com a rede elétrica e que isso gere uma descarga e coloque em risco a vida do pipeiro. Isso acontece porque a rede elétrica não é feita para ter interações com o meio — como pipas e árvores — e isso sempre gera riscos", explica o gerente da Neoenergia Brasília, Antônio Ribeiro. [LEIA_TAMBEM]Também há o risco de, ao tentar buscar pipas, as pessoas acabarem se colocando em situações de perigo. "Jamais tentar retirar a pipa presa em fios, subir em postes ou entrar em subestações", pontua o gerente. Em caso de acidentes, o recomendado é manter distância — não se deve, por exemplo, tentar retirar uma pessoa presa a um fio, sob risco de também levar um choque — e acionar a Neoenergia, pelo telefone 116, ou os Bombeiros, pelo 193. Para além da segurança, as pipas também podem representar um risco ao fornecimento de energia. Segundo Ribeiro, só neste ano, mais de 39 mil brasilienses ficaram sem luz em razão dos incidentes com o objeto na rede elétrica: "Algumas regiões da cidade são conhecidas como espaço de pipeiros. No Taguaparque, por exemplo, se você olhar a rede elétrica, vai encontrar 30, 40 pipas presas à rede. Ainda que isso não gere um problema naquele momento, depois com a chuva, com o sol, com o vento, pode vir a causar uma interferência". Em casa Com as crianças em casa, o período de férias também acende o alerta para o risco de acidentes domésticos. Bombeiros e Neoenergia recomendam evitar deixar os pequenos sozinhos. Caso seja necessário, é importante tomar cuidado com isqueiros, fósforos e velas, bem como com produtos de limpeza e, em casos de apartamentos, com móveis altos próximos a janelas. Em relação à eletricidade, o ideal é não permitir o uso de celulares e tablets conectados à energia elétrica, manter as crianças longe de fios e quadros de energia, e usar plugs protetores de tomadas. Em caso de acidente, Neoenergia e Bombeiros estão à disposição pelos telefones 116 e 193, respectivamente.
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Pipeiros reivindicam área para prática segura da brincadeira
A prática segura de pipa teve em pauta no Instituto Brasília Ambiental na tarde desta terça-feira (14). Estiveram na autarquia representantes dos pipeiros do Distrito Federal acompanhados do deputado distrital, Daniel de Castro (PP). O objetivo da reunião foi requerer ao instituto uma área para a prática segura do esporte. O grupo de pipeiros foi ao Brasília Ambiental pedir a destinação de área para a prática segura da brincadeira, reivindicação que será analisada pela Superintendência de Unidades de Conservação e Biodiversidade do Instituto | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental A área requerida pelo grupo é localizada no parque ecológico Riacho Fundo. A Superintendência de Unidades de Conservação e Biodiversidade do Instituto (Sucon) fará a análise da requisição. O encontro, que visou atender às necessidades da categoria, levou em conta também o Projeto de Lei nº 7.469 deste ano, que proíbe o uso, a posse, a fabricação e a comercialização de produtos com a finalidade de utilização na prática da modalidade, como linhas cortantes (cerol) no DF. A autoria do projeto é uma parceria entre os deputados Wellington Luiz (MDB) e Chico Vigilante (PT). Pipa Também chamado de papagaio, pandorga ou raia, é um brinquedo que voa baseado na oposição entre a força do vento e da corda segurada pelo operador. É um dos brinquedos mais utilizados por crianças, adolescentes e até adultos. Na maior parte das cidades brasileiras não há um local apropriado para a prática desta brincadeira. *Com informações do Brasília Ambiental
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Soltar pipa tem legislação e recomendações que garantem segurança da atividade
Empinar pipa é uma das brincadeiras mais tradicionais e antigas da infância. No entanto, a atividade requer cuidados e as medidas de segurança são constantemente reforçadas pelas autoridades no assunto e até previstas na legislação. É o caso da Lei nº 7.469/2024, que proíbe o uso, a posse, a fabricação e a comercialização de produtos acabados com a finalidade de utilização como linhas cortantes. Empinar pipas requer cuidados para não colocar em risco a segurança do pipeiro e até de terceiros | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília A norma foi feita para proibir a comercialização de linhas cortantes – cerol ou linha chilena – e delimitar os espaços adequados para a prática de empinar pipa. A lei determina que praças abertas, campos de futebol e outros com área aberta mínima de 500 metros quadrados são aptos para a atividade. Esses locais também não podem oferecer riscos a pedestres em geral, a condutores de bicicletas e motocicletas e de danos a residências. O texto ainda proíbe a prática em áreas próximas a redes elétricas, aeroportos e aeroclubes e em locais destinados à aviação em geral. O descumprimento da lei pode ocasionar em multa no valor de R$ 500 a pessoas físicas e R$ 5 mil a pessoas jurídicas. A lei determina ainda que a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) e o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Brasília Ambiental) são responsáveis pela fiscalização. Já os registros de ocorrência devem ser feitos juntos à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). “O cerol já faz um estrago enorme, mas a linha chilena multiplica o poder de corte por mais de quatro vezes. Ambas são expressamente proibidas” Dayan Alves Pereira, primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros “Lembrando que a direção do vento deve ser levada em consideração, porque por mais que a pessoa esteja em uma área controlada, se o vento vira e a pipa é cortada, ela pode ir em direção a áreas populosas e vias de tráfego. Pode ser perigoso”, alerta o primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), Dayan Alves Pereira. Ainda segundo o militar, os materiais proibidos pela legislação são extremamente perigosos. “O cerol é a mistura caseira de cola com vidro ou limalha de ferro. E temos a linha chilena, uma versão industrial que vem pronta, com óxido de alumínio ou pó de quartzo na sua composição, o que aumenta o poder de corte em relação ao cerol. O cerol já faz um estrago enorme, mas a linha chilena multiplica o poder de corte por mais de quatro vezes. Ambas são expressamente proibidas. Não pode se valer deste tipo de produto em nenhuma hipótese”, alerta. Linhas cortantes podem ser fatais para motociclistas e ciclistas, sendo perigosas até para os pipeiros Linhas que contém cerol ou linhas chilenas podem ser fatais para motociclistas e ciclistas e perigosas até para os pipeiros, que podem cortar as mãos e braços durante o manuseio delas. Ao longo de 2023, o Corpo de Bombeiros atendeu 31 ocorrência de acidentes com linha de pipa ou linha cerol ou linha chilena. Neste ano, foram 8 atendimentos, correspondentes a janeiro, fevereiro e março. “Por mais que motociclistas e ciclistas estejam devagar, essa linha pode causar lesões, ferimentos gravíssimos e pode levar à morte. Vai pegar em regiões de grande vascularização, como o pescoço, mão e pernas. São pontos sempre de grande vascularização e isso pode levar à morte, mesmo com um atendimento rápido e eficiente”, acrescenta. Riscos na rede elétrica Outro problema ocasionado pelo manuseio irregular da pipa em áreas proibidas é o risco de descargas elétricas. A Neoenergia, empresa responsável pelo fornecimento de energia no DF, recomenda que a população faça a atividade sempre longe da rede elétrica. O usuário jamais deve tentar retirar a pipa que ficou presa na rede elétrica; o trabalho é perigoso, sendo reservado a equipes especializadas O pedido é para que se procure áreas abertas, conforme determina a lei. O risco de choque, de problemas caso a pipa caia na rede elétrica ou até de cortar algum fio é real. “A população nunca deve usar fios metálicos, eles são condutores de energia e podem causar choques nas pessoas. Se a pipa ficar presa no fio elétrico, jamais tentar retirá-la. Somente uma equipe deve retirar uma pipa entrelaçada nos nossos fios. A brincadeira de soltar pipa é bacana, mas é séria”, explica a gerente de Saúde e Segurança da Neoenergia Brasília, Rosy Menezes. A Neoenergia também recomenda que a população não solte pipa em dias chuvosos e, caso a pessoa esteja brincando na rua e comece a chover, que ela recolha a pipa e retorne para um lugar seguro. Caso uma pessoa presencie uma emergência deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. A recomendação é que seja dado um ponto de referência e que o telefone da pessoa fique desocupado após falar com os bombeiros para que eles possam entrar em contato posteriormente. Dicas para os pipeiros: - Não permitir que crianças e adultos façam uso dos elementos cortantes, como o cerol caseiro ou a linha industrial (chilena); – Não empinar pipas próximo a redes elétricas e antenas, em especial em dias chuvosos; - Nunca tentar retirar pipas presas na rede elétrica; – Não empinar pipa em telhados e lajes por risco de queda pela ausência de guarda-corpo; – Nunca correr atrás de uma “pipa cortada”. O risco de acidente de trânsito é quase certo; - Não jogar objetos na rede de energia elétrica, como arames, correntes e cabos de aço. Além de causar interrupções no fornecimento, há grande risco de provocar acidentes. Dicas para os motociclistas: - Instalar duas antenas corta-fio na moto. Uma em cada guidão; – Se o motociclista sentir que algo encostou em seu corpo, evite puxar com força porque pode machucar as mãos; – Utilizar roupas com resistência à abrasão e, se possível, joelheiras.
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