Seminário discute participação popular em políticas ambientais
O Seminário de Capacitação das Comissões de Defesa do Meio Ambiente (Comdemas) reuniu, nesta sexta-feira (26), representantes das 35 regiões administrativas do Distrito Federal. O encontro, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF), teve como objetivo ampliar o protagonismo popular na gestão ambiental e criar canais permanentes de diálogo entre governo e sociedade. A programação contou com palestras, rodas de diálogo e dinâmicas em grupo, além da eleição de representantes para o Conselho Nacional do Meio Ambiente. As comissões apresentaram demandas específicas de cada região, discutiram atribuições e elaboraram propostas que devem subsidiar a política ambiental do DF. A vice-governadora do DF, Celina Leão, destacou que a participação social é essencial para o sucesso das políticas públicas ambientais. “As Comdemas representam a voz de cada região, traduzindo desafios complexos em ações concretas. Nosso papel como poder público é fortalecer essa escuta para que as decisões reflitam a realidade local”, afirmou. Entre os temas debatidos durante o encontro estiveram mudanças climáticas, descarte de resíduos sólidos e prevenção de incêndios florestais | Foto: Divulgação/Sema-DF Entre os temas debatidos durante o encontro estiveram mudanças climáticas, descarte de resíduos sólidos e prevenção de incêndios florestais. O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, frisou que o fortalecimento das Comdemas é estratégico para consolidar políticas públicas eficazes. “As comissões traduzem os anseios locais e ajudam a construir soluções ambientais mais próximas da realidade de cada território. Nosso compromisso é dar voz e condições para que essa participação se transforme em resultados concretos”, destacou. O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, reforçou a importância da aproximação entre governo e comunidade. “Para que possamos falar a mesma língua, temos eventos como esse, que permitem conhecer nosso papel e nossa atuação. Queremos fortalecê-los para que consigamos cuidar, juntos, do nosso meio ambiente”, comentou. Gutemberg Gomes: "As comissões traduzem os anseios locais e ajudam a construir soluções ambientais mais próximas da realidade de cada território" Representando a Comdema do Recanto das Emas, Thais Tavares destacou que a integração entre comunidade e governo é essencial para avanços na política ambiental. “Esse seminário reforça a importância da união entre comunidade e administrações regionais para promover ações ambientais concretas e duradouras, resultando na construção de políticas públicas ambientais eficazes”, afirmou. Na avaliação de Igor Gonçalves, membro titular da Comdema de Taguatinga, o encontro respondeu a uma demanda antiga das comissões. “Foi muito importante reunir as Comdemas em um mesmo espaço, algo que esperávamos há bastante tempo. O seminário permitiu ouvir contribuições, perceber pautas em comum e também as especificidades de cada região. Este foi o primeiro passo de uma jornada que pode contribuir muito para o desenvolvimento sustentável do nosso DF”, disse. [LEIA_TAMBEM]Além dos discursos oficiais, o encontro também foi marcado pela troca de experiências entre as comissões. Os representantes puderam compartilhar pautas em comum, relatar desafios regionais e ouvir soluções de outras RAs, fortalecendo o caráter coletivo da iniciativa. O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, ressaltou que as comissões trazem novas perspectivas ao planejamento urbano. “Essas comissões ajudam a enxergar a cidade por um olhar que nem sempre conseguimos. São formadas por pessoas engajadas na preservação ambiental e na melhoria da qualidade de vida”, disse. Criadas pelo Decreto nº 12.960/1990, as Comdemas são instrumentos de participação social na formulação e acompanhamento de políticas ambientais. Atualmente, 31 comissões já estão em funcionamento, resultado de um esforço iniciado em 2023 pela Sema-DF para incentivar a criação em todas as regiões. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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Sobradinho terá blitz educativa para prevenção de incêndios florestais
Na próxima sexta-feira (24), a entrada da Vila Basevi, localizada em Sobradinho, na DF-001, será palco da 2ª Blitz Educativa de Prevenção dos Incêndios Florestais. Os veículos que trafegarem pelo local serão interceptados pelo DER, e equipes compostas por representantes dos citados órgãos realizarão abordagens para alertar motoristas e passageiros sobre a proibição e os perigos associados à queima de lixo e restos de poda, práticas comuns que representam as principais causas de incêndios florestais na região. Estudantes participam de blitz educativa para ajudar a conscientizar a população sobre cuidados contra incêndios florestais | Foto: Fernando Fidelis/Sema-DF O evento, marcado para ocorrer das 8h às 12h, contará com a participação de diversos órgãos ambientais e autoridades locais, incluindo a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal do DF (Sema), o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Militar Ambiental (BPMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), além de 30 estudantes da Escola Professor Carlos Mota, do Lago Oeste. “Estas blitze educativas são fundamentais para aumentar a conscientização ambiental e promover um impacto positivo duradouro na prevenção dos incêndios florestais. É uma oportunidade para ensinar e aprender, fortalecendo a nossa comunidade na luta contra essas queimadas desastrosas”, comentou o secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes. Essa ação conjunta visa não apenas educar a população sobre as responsabilidades ambientais, mas também reduzir o número de focos de incêndio na área, especialmente nas proximidades do Parque Nacional de Brasília. A presença dos alunos é parte crucial da blitz, pois, além de aumentar a receptividade do público, promove a conscientização dos jovens, que são incentivados a disseminar as práticas aprendidas entre suas famílias e comunidades. Para a coordenadora técnica do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF/Sema), Carolina Schubart, a ideia vem sendo bem recebida pela população. “Estamos na segunda blitz do ano, sempre levando os estudantes para falar com os motoristas. Além da participação dos agentes ambientais, que são os que lidam diretamente no combate ao fogo”, frisou. A blitz é parte de uma série de iniciativas programadas para os próximos meses, com eventos similares previstos para acontecer no Parque Nacional (Lago Oeste) ainda neste mês, no Jardim Botânico em junho, e na Floresta Nacional de Brasília em julho, sob a coordenação da Sema e com a participação de várias instituições que compõem o PPCIF, incluindo órgãos governamentais como a Secretaria de Saúde, a Defesa Civil, a Polícia Militar do DF, entre outros. Serviço 2ª Blitz Educativa de Prevenção aos Incêndios Florestais Data: sexta (24) Horário: Das 8h às 12h Local: Vila Basevi (DF-001), Sobradinho-DF *Com informações da Sema
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Bombeiros do DF têm capacitação contínua para combater incêndios florestais
Antigo conhecido dos brasilienses, o período de seca no Distrito Federal favorece não só doenças ligadas às vias aéreas, mas, principalmente, queimadas Cerrado adentro. Com o intuito de combater e prevenir incêndios florestais, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) promove, anualmente, a Operação Verde Vivo, colocada em prática pelo Grupamento de Proteção Ambiental (Gpram). Na fase de preparação, entre as atividades dos cursos de capacitação, são abordados temas como o que fazer em situações com o uso de aeronaves; e como produzir e utilizar os equipamentos em terra, como abafadores de chamas, bombas de água, enxadas e rastelos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Em vigor desde 2003, a mobilização começa assim que o período de chuvas termina. O objetivo é otimizar o emprego de recursos humanos e materiais de acordo com o aumento progressivo de ocorrências de queimadas. Dividida em fases, a operação conta com atividades de instrução para os bombeiros, campanhas educacionais e ações preventivas, até a intensificação do combate aos focos de fogo. [Olho texto=”“Estamos em uma época do ano em que a temperatura começa a elevar, a vegetação já está desidratada, o clima vem ficando muito seco e precisamos de apenas uma fagulha, uma centelha, para dar início a um incêndio”” assinatura=”Renato Augusto, oficial de Informação Pública do CBMDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É a maior operação do Corpo de Bombeiros durante o ano”, salienta o capitão Renato Augusto, oficial de Informação Pública do CBMDF. “Estamos em uma época do ano em que a temperatura começa a elevar, a vegetação já está desidratada, o clima vem ficando muito seco e precisamos de apenas uma fagulha, uma centelha, para dar início a um incêndio”, completa. Na fase de preparação, são promovidos cursos de capacitação com o objetivo de atualizar os conhecimentos dos profissionais e difundir novas táticas e estratégias. Os temas abordados incluem desde o que fazer em situações com o uso de aeronaves a como produzir e utilizar os equipamentos em terra, como abafadores de chamas, bombas de água, enxadas e rastelos. De acordo com o capitão Renato Augusto, a Verde Vivo é a maior operação do Corpo de Bombeiros durante o ano Apesar do reforço, a equipe sempre está preparada para atender ocorrências ambientais. Exemplo disto é que a formação inicial dos praças já inclui capacitação no serviço florestal, como ocorre com os 355 novos militares nomeados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em abril deste ano. Ainda na fase de preparação, há a aquisição de novos equipamentos, o mapeamento de áreas de risco e alinhamento de atuação com outros órgãos ambientais. Até o momento, houve a compra de 162 sopradores, com aporte de R$ 550 mil; de 524 bombas costas, por R$ 739 mil; de 170 mangueiras de 1″, por R$ 615 mil; de 317 facões com bainha, por R$ 29 mil; e de 11 viaturas modelo S10, por R$ 2 milhões. O tenente Hugo Batista reforça que “com o melhor treinamento que tiverem, menos ocorrências de acidentes teremos com os nossos bombeiros e podemos dar melhor serviço para a comunidade, com combate mais rápido, econômico e eficiente” Segundo o oficial ambiental leste, o tenente Hugo Batista, cada ferramenta auxilia o combate de formas diferentes. “O soprador é, basicamente, um motor que joga ar em alta velocidade, abafando o incêndio. As bombas costais carregam aproximadamente 20 litros e servem para diminuir as chamas para que o soprador faça o combate”, explica. “Os abafadores, como o nome diz, abafam as chamas nas vegetações rasteiras. E o pinga-fogo serve para controlar o fogo com o próprio fogo, ou seja, a gente queima uma área antes para apagar as chamas quando chegarem a esse ponto.” O tenente Hugo Batista afirma que, além de otimizar o combate, a preparação visa proteger o efetivo. “É uma atividade perigosa, os profissionais inalam muita fumaça, então, com o melhor treinamento que tiverem, menos ocorrências de acidentes teremos com os nossos bombeiros e podemos dar melhor serviço para a comunidade, com combate mais rápido, econômico e eficiente”, afirma. Vendedor de lanches ao lado do Parque Nacional, João Pedro considera que cuidado com o meio ambiente é um gesto de cidadania “O DF queima bastante. No ano passado, foram 140 mil hectares queimados, sendo que só em parques foram 10 mil hectares em uma ocorrência”, continua o tenente Hugo Batista. “Com a intensificação das queimadas, todo o efetivo é voltado à preservação ambiental. Quanto mais preparados estivermos para o combate, mais poderemos salvar a fauna e proteger a população”, afirma. Cuidado A população também pode e deve contribuir na proteção da fauna e flora. Evite utilizar o fogo para descartar lixo e não jogue pontas de cigarro pelas janelas dos veículos e nem em qualquer área verde. “Muitos incêndios começam dessa forma, é um fogo que facilmente foge de controle”, afirma o capitão Renato Augusto. Para os chacareiros e produtores rurais, vale fazer um aceiro ao redor da propriedade e próximo ao ambiente dos animais. Por outro lado, não é indicado o fogo para renovação do pasto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O empreendedor João Pedro Bandeira, 26 anos, está bem atento aos cuidados necessários para evitar incêndios florestais. Desde 2020, ele vende lanches às margens DF-001, no Lago Oeste, ao lado do Parque Nacional de Brasília. Para ele, o cuidado com o meio ambiente é um gesto de cidadania. “Estamos do lado de uma reserva muito grande. (…) Não tem necessidade de jogar lixo no chão. Se está com algum papel de balinha, procure um lixo mais próximo, guarde no bolso. Se está com um cigarro, apaga. Jogue no lixo”, diz ele. “Isso é importante para podermos manter em segurança esse espaço imenso ao nosso redor”.
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Inscrições abertas para evento do Dia Nacional da Educação Ambiental
Para comemorar o Dia Nacional da Educação Ambiental, o Instituto Brasília Ambiental vai promover uma intensa programação com ciclo de palestra e mesas redondas. O evento ocorrerá no dia 5 de junho no auditório Paulo Freire, da Escola de Governo. A inscrição é gratuita e deve ser feita até o dia 31 de maio neste link. Arte: Brasília Ambiental O Dia Nacional da Educação Ambiental, celebrado no dia 3 de junho, foi instituído por meio da Lei Federal nº 12.366/2012. Neste ano, o tema será “Educação Ambiental como ferramenta para a prevenção de incêndios florestais”. O chefe da Unidade de Educação Ambiental (Educ) do Brasília Ambiental, Marcus Paredes, ressalta que este é um dia em que, além da celebração, é proposto o debate a respeito da conscientização ambiental da nossa comunidade, e como esse senso de responsabilidade pode ajudar na prevenção dos incêndios florestais. Confira a programação: ? 8h: Recepção dos inscritos, convidados e autoridades. ? 8h30: Mesa de abertura Componentes: Instituto Brasília Ambiental, Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal, Corpo de Bombeiros do Distrito Federal , Coordenação do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Distrito Federal (PPCIF/DF) ? 9h: Palestra de abertura com o tema Conhecer o Cerrado para conviver com o fogo e reduzir incêndios, com a professora doutora Isabel Belloni Schmidt, da Universidade de Brasília (UnB) ? 10h: Intervalo – Lançamento da 3ª Edição do Almanaque do Fogo – Coffee Break ? 11h: Mesa redonda – Usos sociais do fogo Palestrantes: Isolde Luiza Lande – Indigenista da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); Pedro Paulo de Melo Cardoso, diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasília Ambiental Mediação: Marcus Vinicius Falcão Paredes, chefe da Unidade de Educação Ambiental do Instituto Brasília Ambiental ? 13h: Encerramento. *Com informações do Brasília Ambiental
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