GDF impulsiona crédito agrícola com investimento de R$ 8 milhões
Aos 22 anos, Danilo Matsumoto decidiu investir em galinhas poedeiras. Morador de Samambaia, ele nasceu e cresceu na chácara da família — um terreno de cinco hectares onde os pais sempre plantaram hortaliças. “Antes eu trabalhava com quiabo, mas queria investir em algo que me permitisse crescer mais. Por isso, decidi produzir ovos caipiras. Hoje, tem 600 galinhas poedeiras com 50 dias de vida que devem começar a produzir ovos com quatro meses. A expectativa é chegar a 500 ovos por dia”, conta o produtor rural. "Com o Prospera, o crédito se transforma em oportunidade. O programa impulsiona a produção, fortalece a independência dos produtores rurais e estimula um ciclo de crescimento que aquece a economia local e leva mais qualidade de vida ao campo" Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda Com o apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Danilo teve acesso ao programa Prospera, linha de crédito da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) voltada a produtores familiares. “Com o Prospera, o crédito se transforma em oportunidade. O programa impulsiona a produção, fortalece a independência dos produtores rurais e estimula um ciclo de crescimento que aquece a economia local e leva mais qualidade de vida ao campo”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes. O jovem produtor foi beneficiado pelo programa e já sente na prática os resultados desse apoio. “Procurei o crédito rural porque não tinha a quantia [de dinheiro] suficiente. Com o dinheiro que tinha guardado, consegui apenas montar o galpão e comprar comedouros. Por ser produtor rural, consegui um financiamento com juros mais baixos. O valor do crédito cobre os gastos até as galinhas começarem a produzir. Sem isso, não conseguiria manter a qualidade que preciso”, explica o jovem. Danilo Matsumoto: "O valor do crédito cobre os gastos até as galinhas começarem a produzir. Sem isso, não conseguiria manter a qualidade que preciso" | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Histórias como a de Danilo mostram como o crédito rural impulsiona a vida de produtores familiares. De janeiro a outubro deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) contratou R$ 8 milhões em crédito agrícola, com 143 projetos aprovados que fortalecem a produção em várias regiões. Desde 2019, já são R$ 63 milhões em 1.180 projetos orientados para o desenvolvimento da agricultura local. “Nós trabalhamos com diferentes linhas e bancos — BRB e outras instituições financeiras. O produtor escolhe a melhor opção com orientação técnica. Somos correspondentes bancários, então é como se o banco estivesse dentro do escritório da Emater”, detalha o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. A Emater oferece linhas de financiamento em instituições financeiras, além de manter equipes em 15 escritórios rurais para atender aos produtores | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo Duval, o primeiro passo para o produtor rural acessar o crédito é procurar um dos 15 escritórios da Emater espalhados pelas áreas rurais do DF. “Lá, ele encontra uma equipe completa, com agrônomos, veterinários e zootecnistas prontos para orientar. O técnico vai até a propriedade, avalia a atividade e indica a melhor linha de financiamento conforme a necessidade — seja para irrigação, energia solar, estufas, embalagens ou novos equipamentos”, explica. Além dos financiamentos federais, há também linhas locais. “O DF possui instrumentos próprios, como o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), e o Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedes-DF). São créditos rápidos e acessíveis, que podem chegar a R$ 150 mil, com juros baixos. O Prospera, por exemplo, é ideal para pequenos investimentos, como uma irrigação, um equipamento ou uma pequena estufa”, aponta Duval. Apoio completo ao produtor Para ter acesso ao crédito, o produtor precisa cumprir alguns requisitos, entre eles a regularização ambiental e cadastral Para ter acesso ao crédito, o produtor precisa cumprir alguns requisitos, entre eles a regularização ambiental e cadastral. “Não é só questão fiscal. O banco e a Emater também olham o lado ambiental. Se for um financiamento para irrigação, precisa da outorga de uso da água. Para determinadas atividades, é exigido o licenciamento simplificado, o DCAA, que a própria Emater ajuda a providenciar junto à Seagri”, afirma o presidente. Duval lembra que, além da assessoria técnica, a Emater oferece capacitações de gestão e empreendedorismo. “Temos o curso Empreender e Inovar, que ensina o produtor a separar os gastos familiares dos custos da atividade e a pensar o negócio com eficiência. Às vezes, ele descobre que pode economizar implantando uma irrigação mais eficiente, um sistema fotovoltaico ou uma embalagem melhor. Tudo isso é inovação — e sem inovação não há avanço na produção”, diz. Ciclo completo: crédito, produção e venda O presidente explica que o crédito rural está ligado a outros instrumentos de fortalecimento da agricultura familiar, como as compras governamentais. “O GDF é um grande comprador da agricultura familiar. A Secretaria de Educação, por exemplo, adquire alimentos para a merenda escolar pelo PNAE e pelo Papa. Então o produtor pega o crédito para investir, melhora a produção e já tem a quem vender. É um ciclo que garante renda e escoamento”, ressalta. Outro ponto destacado é o apoio à comercialização. “Há produtores que vendem em feiras, outros para restaurantes. Criamos até um aplicativo que funciona como uma vitrine virtual, conectando produtores e compradores. É uma espécie de ‘páginas amarelas’ da agricultura do DF. O restaurante, por exemplo, pode procurar ‘tomate’ e encontrar quem produz mais perto dele. Hoje, cerca de 400 produtores já estão cadastrados”, conta Duval. Transformação no campo Miguel Simões Oliveira contou com o apoio da Emater para a instalação de painéis solares e túnel de cultivo protegido na propriedade dele | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Para o produtor Miguel Simões Oliveira, da região de Ponte Alta, no Gama, o crédito rural foi decisivo para a modernização da propriedade. Com o apoio da Emater, ele contratou financiamentos para a instalação de painéis solares e túnel de cultivo protegido, reduzindo custos e aumentando a produtividade. “Com a energia solar, minha conta caiu de R$ 1.700 para cerca de R$ 44. Mesmo pagando o financiamento, ainda fico no lucro”, relata. A esposa de Miguel, Natalina Monteiro da Silva, reforça o papel da assistência técnica. “A Emater ajuda muito, orienta e acompanha. Foi com o trabalho no campo que conseguimos criar os filhos e formar um deles, que hoje é médico-veterinário”, conta. Extensão rural e segurança alimentar [LEIA_TAMBEM]Cleison Duval também destaca o papel da extensão rural na segurança alimentar e no fortalecimento da agricultura familiar. “A Emater existe em todos os estados do país com essa missão honrosa: servir aos agricultores e garantir a segurança alimentar da população. É um trabalho feito com propósito, com amor e compromisso. Nossa meta é fazer da área rural do DF o melhor lugar para se viver”, afirma. Segundo ele, o trabalho da empresa hoje se baseia em quatro dimensões: social, ambiental, econômica e de inovação tecnológica. “O Distrito Federal é campeão em produtividade de grãos e hortaliças porque utiliza tecnologia de ponta. Sem inovação, não há avanço. Por isso, a Emater atua desde a porteira para dentro — na produção — até a porteira para fora, ajudando na comercialização”, resume o presidente.
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Apoio técnico e crédito rural garantem R$ 5 milhões à agricultura familiar no DF
Informação, orientação técnica e acesso ao crédito rural: foi com esses pilares que a produtora Maria Aparecida Pereira, 53 anos, decidiu inovar e apostar no cultivo de mirtilo, também conhecido como blueberry. Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a participação em programas de fomento à produção agrícola, ela impulsionou seus negócios no campo. Apenas neste ano, mais de R$ 5 milhões em crédito rural foram acessados por produtores do Distrito Federal com apoio técnico da Emater-DF. Ao todo, 89 projetos foram contratados por meio de programas como Prospera, Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Maria Aparecida Pereira classifica o crédito rural como "uma oportunidade única" | Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “É uma oportunidade única para a gente, que não tem dinheiro guardado. A gente recebe o produto antes e paga depois, com dois anos de carência. É muito vantajoso”, afirma Maria Aparecida. “Recebemos as mudas e, com o recurso, conseguimos comprar os recipientes e outros materiais necessários para a produção.” Além do cultivo de mirtilo, a produtora investiu na melhoria da produção de leite, com apoio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), de âmbito federal. Hoje, ela comercializa os produtos em feiras, mas já vislumbra novos horizontes: “Queremos vender em maior volume e colocar os produtos em mercados. Isso vai nos permitir alcançar mais pessoas.” Informação no campo A Rota da Fruticultura incentiva o cultivo de frutas com alto valor agregado e potencial de exportação A decisão de cultivar mirtilo veio após orientação da Emater-DF. Maria Aparecida e a família dela participaram de cursos e receberam consultoria técnica contínua. “Eles estão sempre por perto, dando força e trazendo informações importantes. A ideia da plantação surgiu com a Rota da Fruticultura, e o extensionista rural da Emater me ajudou a entrar no programa”, relata. Segundo o extensionista rural Fernando Landim, a Rota da Fruticultura é uma iniciativa do Ministério da Integração, com participação da Embrapa, da Emater e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. O objetivo é incentivar o cultivo de frutas com alto valor agregado e potencial de exportação. “São culturas com excelente produtividade e retorno financeiro significativo para o produtor. É uma oportunidade de entrar em um nicho que ainda está em expansão”, explica. [LEIA_TAMBEM]Além da assistência técnica, a Emater-DF atua diretamente na elaboração de projetos e no encaminhamento da documentação necessária para acesso às linhas de crédito. “O crédito rural permite que o produtor faça investimentos que, muitas vezes, ele não conseguiria sozinho. A gente orienta, prepara o projeto, acompanha o processo junto aos bancos e continua ao lado do produtor durante toda a implantação: desde a compra dos insumos até o plantio e a irrigação”, detalha Landim. Podem participar de programas de crédito produtores rurais — pessoas físicas ou jurídicas — atendidos pela Emater-DF. Para isso, é necessário comparecer ao escritório mais próximo da empresa, levando os documentos pessoais e da propriedade, para avaliação da linha de crédito mais adequada e da viabilidade do projeto.
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GDF concedeu R$ 10 milhões em créditos rurais a produtores e agricultores familiares
A 45 quilômetros de distância da área central de Brasília, na região de Pipiripau (Planaltina), próximo à divisa entre a capital do país e o estado de Goiás, sonhos cultivados na terra ganham vida com apoio deste Governo do Distrito Federal (GDF). Para a agricultora familiar Catiúcia Rodrigues Neres Cazuza, de 41 anos, esse incentivo veio por meio da concessão de crédito rural, que, obtido pelo programa Prospera, lhe permitiu concretizar um sonho seu e de sua família. “Minha mãe sempre quis que eu plantasse bananas aqui na chácara, mas me faltava o dinheiro para fazer esse investimento. Com o crédito rural, eu consegui transformar essa ideia dela em realidade; hoje, minha produção é motivo de orgulho para a nossa família”, conta a agricultora, que reside na comunidade rural Roseli Nunes. Catiúcia Rodrigues Neres Cazuza realizou o sonho da mãe e passou a plantar bananas na propriedade rural da família | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Destinado a atender necessidades financeiras de pequenos empreendedores urbanos e rurais, o Prospera é apenas um dos mecanismos de concessão de créditos a produtores disponibilizados por este GDF. Em 2024, a iniciativa concedeu R$ 1,2 milhão em incentivo financeiro aos agricultores da capital do país. Além do Prospera, programas de crédito como o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), Pronaf e Pronamp também fortaleceram o campo no Distrito Federal no ano passado. Ao todo, foram quase R$ 10 milhões de recursos direcionados para o impulsionamento da produção agrícola brasiliense, viabilizando projetos que melhoraram a infraestrutura, ampliaram áreas de cultivo e fomentaram a geração de renda para os produtores locais. “Além de acompanhar o processo de liberação do crédito, auxiliamos na aplicação correta para garantir que o investimento resulte em ganhos significativos e sustentáveis” Geraldo Magela Gontijo, extensionista rural “A maioria dos pequenos produtores e agricultores familiares entra descapitalizada, e qualquer recurso faz uma enorme diferença. Além de acompanhar o processo de liberação do crédito, auxiliamos na aplicação correta para garantir que o investimento resulte em ganhos significativos e sustentáveis”, explica o extensionista rural Geraldo Magela Gontijo, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Parceira do produtor Foi justamente o acompanhamento da Emater-DF de todos os processos de obtenção de crédito que viabilizou o investimento necessário para que o produtor rural Assis do Rosário Nogueira, 50, desse início à plantação de goiabas. Morador do Assentamento Oziel Alves III, em Planaltina, o agricultor ostenta com orgulho o posto de pioneiro no cultivo das frutas na região. Assis do Rosário Nogueira comemora a possibilidade do sustento a partir do cultivo de goiaba: “Sem o crédito, seria impossível crescer” “Sem o crédito, seria impossível crescer. A assistência técnica da Emater foi fundamental para organizar meu projeto e me guiar nesse processo. Hoje, vivo da goiaba e estou ampliando minha área de cultivo”, comemora Assis. Assis relata que, além de ajudar a dar o pontapé inicial na plantação, o crédito do FDR também viabilizou a aquisição de uma camionete nova, um investimento essencial para atender às demandas do Programa de Alimentação Escolar do DF e da grande rede de supermercados – hoje, os principais clientes do produtor. Como participar O produtor rural interessado em obter linhas de crédito com a devida assistência técnica da Emater-DF deve procurar o escritório da empresa responsável por sua região, portando os documentos pessoais e da propriedade. A iniciativa está disponível tanto para pessoas físicas quanto jurídicas com atividades rurais no DF, desde que devidamente cadastradas. A empresa auxilia os agricultores na elaboração de carta de limite de crédito, assistência à implantação de projetos, elaboração de projetos, supervisão da aplicação do recurso e orientação aos empreendedores e organizações em gestão e estratégias de negócios.
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Programa Prospera encerra o ano com R$ 9 milhões liberados a empreendedores
Abrir — e manter — uma empresa pode ser tarefa difícil para micro e pequenos empresários. André Cabral passou por isso quando, em 2016, decidiu inaugurar uma loja de tintas em Taguatinga, junto à esposa. Eles conseguiram superar os primeiros dois anos, mas, em 2018, para o negócio crescer, o casal recorreu a um empurrãozinho: o Prospera DF, programa de microcrédito do Governo do Distrito Federal (GDF). O programa Prospera oferece crédito mais fácil a micro e pequenos empreendedores, sejam eles formais ou informais | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “A gente conheceu por indicação de um amigo. Entramos em contato, fomos na agência [do trabalhador] perguntar quais os documentos e os trâmites para conseguir esse crédito e aí deu certo”, relata o empresário. “O Prospera tem uma facilidade muito grande. A questão da documentação é muito tranquila, não tem dificuldade nenhuma. A taxa de juros também é bem menor do que os bancos praticam, então isso tudo é muito bom para o pequeno empreendedor, para o pequeno empresário”, acrescenta. E a intenção é essa mesmo: oferecer crédito mais fácil a micro e pequenos empreendedores — sejam eles formais ou informais —, como feirantes, artesãos, trabalhadores, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e cooperativas de trabalho e produção. Só neste ano, de janeiro ao início de dezembro, o GDF liberou um total de R$ 8.910.592,25 em créditos, sendo 368 empréstimos para empresários da área urbana (equivalentes a R$ 7.734.230,37) e 49 para a área rural (R$ 1.176.361,88). Os recursos são oriundos do Fundo para Geração de Emprego e Renda (Funger). “O programa Prospera é gerido por um fundo que conta com participação da sociedade civil e do governo. Nós investimos [em 2024] quase R$ 9 milhões — a gente inclusive entende que vai alcançar um pouquinho mais desse valor [até o fim do ano] — em contratos de financiamento de empresas que já existem ou daqueles negócios que queiram ser formalizados”, aponta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do DF, Thales Mendes. “O Prospera tem uma facilidade muito grande. A questão da documentação é muito tranquila, não tem dificuldade nenhuma”, diz o empresário André Cabral Desde que a iniciativa foi criada, em 2019, o total de crédito liberado soma quase R$ 50 milhões. “O ticket médio está em torno de R$ 15 mil por cada empréstimo, e a todo mês a gente contempla vários empresários. É um programa de financiamento para custeio, para investimento e para capital de giro para as pessoas que querem empreender no DF”, completa o secretário. Os interessados podem consultar detalhes no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) e fazer uma proposta de empréstimo nas agências do trabalhador ou pelo WhatsApp (61) 98312-1053. André Cabral já se prepara para fazer mais um pedido, o quarto desde que abriu a loja — um deles, inclusive, foi o que ajudou a manter o estabelecimento durante a pandemia. Agora, a ideia é abrir uma nova unidade. “A gente está abrindo a segunda loja, já estamos com todos os preparativos para, em janeiro, estar com a loja aberta, contratar mais gente, investir em produtos, crescer… É isso que a gente quer, fazer a economia girar”, pontua.
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