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projeto Mulheres Inspiradoras

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Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional. A professora Gina Vieira diz que criou o projeto para que as meninas pudessem enxergar o aprendizado para possibilidade de superação de dificuldades; o vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, diz que a iniciativa foi revolucionária na escola | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento. “Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora. Uma jornada de superação e aprendizado “Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina. O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente. “Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela. “O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Impacto além dos muros da escola Reconhecido dentro e fora do Brasil, o projeto criado pela professora Gina Vieira envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.” Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor. Uma história que chega ao cinema Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor. “O filme não é a representação literal da minha história. É uma obra de ficção e 90% do que está ali foi o que aconteceu de fato, mas para construir uma história coesa e verossímil a gente usou a licença poética. É um compilado das minhas experiências pedagógicas ao longo de 30 anos como professora”, revela Gina. De acordo com a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a alta visibilidade do projeto Mulheres Inspiradoras revela bons profissionais que integram o quadro da pasta: “Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes. O filme também é uma oportunidade de reconhecer a importância da carreira docente e de fortalecer a escola pública”. Com lançamento previsto para o próximo ano, o filme busca participar de festivais de cinema. “A ideia é que o filme tenha a duração de cerca de 1h40 e o lançamento seja no segundo semestre de 2025”, revela Cristiano.

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Alunos do Gama levam teoria da sala de aula para o palco

Com atividades de música, teatro, artes plásticas e literatura, alunos do Centro de Ensino Fundamental 15 (CEF 15) do Gama levaram da sala de aula para o palco o que aprenderam sobre a Revolução Farroupilha. Com teatro e música, estudantes do Centro de Ensino Fundamental 15 abordaram a Revolução Farroupilha e homenagearam Anita Garibaldi em apresentação no Palácio do Buriti. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Centrados na figura de Anita Garibaldi e por meio do projeto Mulheres Inspiradoras, os estudantes apresentaram-se no Palácio do Buriti, na tarde desta quarta-feira (7). Na área musical, os próprios alunos, instruídos pelos professores de música da escola, compuseram uma canção inspirada na história da revolucionária catarinense. O espetáculo incluiu ainda orquestra de cordas e apresentação de dança. Durante o evento, foram expostas pinturas em tela com a imagem de Anita Garibaldi e exibido gibi sobre a Revolução Farroupilha produzido pelos estudantes com integração das áreas de artes, história e português. [Olho texto=””Nossa escola já foi muito ruim quanto à violência e ao desempenho escolar. Hoje, é referência em educação integral”” assinatura=”Ana Moitinho, diretora do CEF 15 do Gama” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para a diretora do CEF 15 do Gama, Ana Élen Ferreira Moitinho, a apresentação é um atestado da melhoria de ensino na unidade. “Nossa escola já foi muito ruim quanto à violência e ao desempenho escolar. Hoje, é referência em educação integral. É muito gratificante mostrar o empenho dos alunos e professores”, avaliou. Ao fim da manifestação cultural, os estudantes narraram a história de Anita Garibaldi em uma peça teatral e encerraram com homenagem a outras mulheres consideradas inspiradoras, como Maria da Penha, Dandara Palmares e Marielle Franco. A iniciativa — da Aliança das Mulheres que Amam Brasília (AmaBrasília), em parceria com a Secretaria de Educação — também entregou prêmios de honra a membros da escola e a representantes da associação, como a presidente, Cosete Ramos, e a presidente de honra, Márcia Rollemberg. Edição: Amanda Martimon

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No mês da mulher, moradoras de Ceilândia debatem prevenção à violência

Para compartilhar conhecimentos sobre o combate à violência de gênero, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) de Ceilândia promoverá mesa-redonda com representantes do governo de Brasília nesta quinta-feira (22), às 10 horas. A chefe do centro, Erika Laurindo, ressalta o valor do tema para a população local. “As mulheres de Ceilândia vivem uma realidade específica. Essa é uma oportunidade de levarmos esses pontos de vista para o debate com os participantes.” [Olho texto='”As mulheres de Ceilândia vivem uma realidade específica”‘ assinatura=”Erika Laurindo, chefe do Ceam de Ceilândia” esquerda_direita_centro=”direita”] Além de Erika, estarão presentes a delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Sandra Melo, e a professora Gina Vieira, representante da Secretaria de Educação e idealizadora do projeto Mulheres Inspiradoras. Elas discutirão o tema com representantes das Procuradorias da Mulher da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Durante a mesa-redonda, a unidade móvel da Deam estará disponível para atendimentos. A agenda em Ceilândia é parte do projeto Pauta Feminina, iniciativa das duas procuradorias do Legislativo federal. Uma vez por mês, reuniões sobre o espaço da mulher na sociedade são organizadas no Congresso Nacional. Em março, como parte das celebrações do mês da mulher da Procuradoria do Senado, o encontro foi marcado em Ceilândia. Brasília tem política pública de prevenção à violência contra mulheres Para diminuir a incidência de casos de assédio e de estupros, Brasília participa, desde novembro de 2017, da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, da Organização das Nações Unidas (ONU). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além disso, o governo local tem o Comitê Intersetorial para o Combate à Violência Sexual no DF, que trabalha com mapeamento de medidas de combate efetivo ao estupro e ao assédio. Com isso, novas ações são implementadas. Mesmo com o menor índice de homicídio dos últimos 29 anos, o Distrito Federal tem apresentado aumento dos registros de estupros. Em 2017, foram 92% a mais de denúncias que no ano anterior. O incremento das notificações se explica, em parte, porque mais pessoas denunciam o crime em novos espaços criados, além das delegacias policiais. Elas o fazem por entender que a violência sexual tem de ser atendida em unidades psicossociais e de saúde. Mesa-redonda A voz das mulheres no combate à violência doméstica 22 de março (quinta-feira) Às 10 horas No Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Ceilândia (QNM 2, Conjunto F, Lotes 1/3) Entrada livre Edição: Vannildo Mendes

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Brasília Cidadã é reconhecido em edição inédita do WED

Dez mulheres consideradas empoderadas e empreendedoras foram homenageadas no Women’s Entrepreneurship Day (WED), que ocorreu pela primeira vez no Brasil nesta sexta-feira (17). A colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg, idealizadora do programa Brasília Cidadã, recebeu o prêmio Ação Social. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília A colaboradora do governo de Brasília, Márcia Rollemberg, recebeu o prêmio na categoria Ação Social por ter idealizado o programa Brasília Cidadã, iniciativa que fomenta a integração de políticas públicas, ações voluntárias, mecanismos de participação e controle social. “Uma Brasília mais cidadã porque tem pessoas que gostam da cidade e que trabalham por uma cidade de criação coletiva, participam, são solidárias, esse é o espírito”, resumiu Márcia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A colaboradora do governo destacou o carro-chefe do Brasília Cidadã, o Portal do Voluntariado, que “tem mais de 200 projetos ‘linkando’ quem precisa de ajuda com quem quer ajudar”. Márcia falou também sobre o Mulheres Inspiradoras, projeto da professora Gina Vieira Ponte, uma das dez homenageadas. “Ambos falam dessa Brasília cidadã, do empoderamento das mulheres, dos direitos das crianças, dos adolescentes. Essa rede vai ter uma grande repercussão, porque a gente tem uma cidade com várias empreendedoras sociais.” Gina Vieira Ponte, professora da rede pública do DF, atua na área de conscientização sobre equidade, recebeu o prêmio Incentivo e Conscientização de Jovens. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília O governador Rodrigo Rollemberg prestigiou o evento e a homenagem à esposa, no Centro Universitário Iesb, na Asa Sul. “As mulheres estão ocupando um espaço cada vez maior no empreendedorismo em Brasília e no Brasil. A gente fica feliz com esse reconhecimento”. Ele lembrou que a homenagem ocorre na Semana Global do Empreendedorismo. Reconhecida na categoria Incentivo e Conscientização de Jovens, com o projeto Mulheres Inspiradoras, a professora Gina Vieira Ponte fez um agradecimento à mãe, sua maior inspiração. “A coisa mais bonita que ela fez por mim foi garantir meu direito à educação, em uma época em que as mulheres negras eram tiradas de sala de aula para trabalhar como empregada doméstica. Não tem empoderamento feminino sem falar em educação.” O Mulheres Inspiradoras leva para alunos da rede pública reflexões sobre igualdade de gênero, representação da mulher na mídia e violência contra a mulher, entre outros temas.  As homenageadas por categoria foram: Ação Social: colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg, idealizadora do programa Brasília Cidadã Alcance Nacional: Carla Amorim, idealizadora e produtora de joias e artefatos Atuação Pioneira no Brasil: senadora Eunice Michilles, primeira senadora mulher no Brasil Destaque Jurídico: Ana Frazão, advogada e professora de direito civil e comercial da Universidade de Brasília (UnB) e ex-conselheira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Incentivo e Conscientização de Jovens: Gina Vieira Ponte, professora da rede pública do DF e atua na área de conscientização sobre equidade Incentivo e Investimento Educacional: Eda Machado, fundadora e reitora do Centro Universitário Iesb Incentivo e Produção de Artesanato: Kátia Ferreira, fundadora da marca Apoena Inovação de Mercado: Camila Farani, presidente do Gávea Angels e cofundadora do Mulheres Investidoras Anjo (MIA) Jornalismo e Distribuição de Informação: Mara Regia, idealizadora do projeto Viva Maria e jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Tecnologia de Informação e Comunicação: Priscila Gama, fundadora e idealizadora do aplicativo Malalai Criado em 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e parceiros, o dia mundial do empreendedorismo feminino, oficialmente celebrado em 19 de novembro, incentiva as mulheres a assumirem protagonismo no mercado de trabalho empreendedor. O evento mundial WED foi criado por Wendy Diamond, empreendedora social e humanitária. A edição brasileira é organizada pela embaixadora do projeto na América Latina, Cristina Castro Lucas. Edição: Raquel Flores

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