Serviços no DF auxiliam no envelhecimento saudável da população
Hoje, os idosos representam quase 12% da população do Distrito Federal. São mais de 356 mil pessoas e a tendência é que este número aumente nos próximos anos com o aumento da expectativa de vida no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2030, o número de idosos deve superar o de crianças e adolescentes de até 14 anos. Neste domingo (1º de outubro), é comemorado o Dia Nacional do Idoso. Conheça os serviços que a Secretaria de Saúde do DF (SES) oferece em prol da saúde física e mental das pessoas que estão na terceira idade. Circuito para prevenção de quedas tem equipe multissetorial para estimular capacidades físicas e mentais das pessoas idosas. Atividades são abertas ao público e ocorrem todas as sextas-feiras, no Areal, em Águas Claras | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Referência Técnica Distrital (RTD) de geriatria, Larissa de Freitas Oliveira ressalta que o principal objetivo dos cuidados com a saúde de idosos é manter a autonomia e a independência: “Não adianta você viver mais sem qualidade de vida. Por isso, a funcionalidade é a grande questão da geriatria. É muito importante chegar na velhice com autonomia e independência para realizar suas atividades diárias.” Para garantir essa autonomia, é importante que os idosos mantenham um estilo de vida saudável com práticas de lazer, exercícios físicos, alimentação adequada e também atividades que estimulem as funções cognitivas do cérebro. Nesse sentido, a rede de saúde pública do DF oferece uma série de atividades para garantir esse envelhecimento saudável à população. [Olho texto=”“Temos casos aqui de idosos que usavam dispositivos para se locomover, sair de casa, ir ao supermercado e que, hoje, conseguem ter mais autonomia e independência nas suas atividades diárias por terem adquirido mais força muscular”” assinatura=”Núbia Passos, fisioterapeuta” esquerda_direita_centro=”direita”] Atividades para os idosos do DF No Distrito Federal, os idosos são atendidos em todos os níveis de atenção à saúde – primária, secundária e hospitalar. Assim, eles podem buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e, em caso de necessidade, são encaminhados para um dos 11 ambulatórios de geriatria presentes em diferentes regiões. Lá, são tratadas condições de saúde como fragilidades, incapacidade cognitiva, instabilidade postural e quedas. Além de tratar os problemas de saúde, a SES oferece serviços para promover a saúde física e mental das pessoas idosas, prevenindo, assim, o agravo de doenças e comorbidades. Um exemplo é o Circuito Multissetorial de Prevenção de Quedas, realizado semanalmente no Areal, em Águas Claras, gratuito e aberto à comunidade. Toda sexta-feira, às 8h, uma equipe multidisciplinar, composta por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiras e estagiários dos cursos de fisioterapia e fonoaudiologia da UnB, oferece atividades que estimulam as capacidades físicas e mentais das pessoas idosas. A cada 15 dias, o grupo também conta com a presença de um profissional que promove a educação em saúde sobre temas diversos. “Aqui, a gente trabalha várias situações e questões funcionais tanto dos músculos quanto da questão cognitiva do idoso”, explica a fisioterapeuta e coordenadora da atividade, Núbia Passos. Amélia Sousa, de 79 anos, frequenta o circuito multissensorial há 3 meses e já percebeu uma série de benefícios para a sua saúde física, principalmente na capacidade de locomoção O projeto conta com estações para trabalhar a memória, a concentração e outras funções cognitivas. Há ainda atividade para o fortalecimento de membros superiores e inferiores e cardiorrespiratório, além do trabalho de equilíbrio e da propriocepção (capacidade inconsciente, sem a visão, de reconhecer a localização espacial do corpo) para evitar quedas. “Temos casos aqui de idosos que usavam dispositivos para se locomover, sair de casa, ir ao supermercado e que, hoje, conseguem ter mais autonomia e independência nas suas atividades diárias por terem adquirido mais força muscular”, complementa a fisioterapeuta. Experiência Maria Silva de Lima, por exemplo, tem 72 anos e já sentiu os efeitos positivos dessa prática na sua vida. Ela faz o tratamento para o mal de Parkinson desde 2017 e viu uma grande melhora quando começou a frequentar o grupo toda sexta-feira. “A participação no circuito tem me ajudado muito, principalmente na questão do equilíbrio, porque o Parkinson que eu tenho é atípico. Não tenho tremores, mas, sim, desequilíbrio e fraqueza nos membros inferiores. A terapia auricular e os exercícios têm me auxiliado a lidar com as dores que eu sinto no quadril”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Essa melhora também é relatada por Amélia Sousa dos Santos, de 79 anos, que começou a participar da iniciativa há alguns meses. “Eu tenho neuropatia e meus nervos já estavam atrofiando. Hoje, estou me sentindo muito bem e consigo fazer várias coisas que não fazia. Antes eu vinha de bengala porque precisava dela para andar. Mas, agora, eu só utilizo por precaução para evitar quedas”, conta. O circuito é uma das várias atividades desenvolvidas nas UBSs em prol da saúde na terceira idade. Há também bate-papos sobre saúde mental, grupos de hábitos de vida saudável e contra tabagismo e outras práticas integrativas. O objetivo é garantir que as pessoas idosas mantenham sua saúde e, principalmente, sua autonomia para realizar as atividades do dia a dia. “Dá para perceber que o circuito tem ajudado bastante e esse é o objetivo da atenção primária. Promover saúde, prevenir agravos de doenças. Com isso, a gente evita que o paciente idoso caia, frature um osso e vá pro hospital ou faça uma cirurgia”, ressaltou a coordenadora. *Com informações da SES-DF
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Vai colher uma fruta da árvore? Todo cuidado é pouco!
Chamada por muitos de “um grande pomar a céu aberto”, Brasília tem fartura de árvores frutíferas das mais variadas. Nelas se colhe grande quantidade de frutas frescas e livres de agrotóxicos. Segundo o Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap, são 950 mil “pés de frutas” espalhados por todo o DF. Todavia, ao colher as de sua preferência, é preciso cuidado para não fazer da experiência um acidente. Corpo de Bombeiros diz que é necessário verificar se a árvore está próxima a cabos de energia, o que pode resultar em acidentes graves | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Na época chuvosa, a manga, a jaca e o abacate são as frutas mais comuns nos jardins urbanos da capital. Com os frutos brotando em galhos altos, o Corpo de Bombeiros alerta que é preciso verificar se a árvore não está próxima a cabos de energia, por exemplo. O pintor Claudio Menezes diz que evita subir em árvores por medo de acidentes “As árvores podem ser condutoras de energia, principalmente as mais novas e saudáveis, ocasionando choques elétricos”, explica o capitão da corporação, Fábio Bohle. “Temos um grande perigo, que são aqueles apanhadores de metal. Se a pessoa encostá-lo na rede elétrica, pode acontecer uma fatalidade.” Morador do Núcleo Bandeirante, o pintor Claudio Menezes, 51, não hesita em pegar manga ou levar alguns abacates – muito comuns na Segunda Avenida da cidade – para casa. Mas, ultimamente, ele conta que tem evitado subir nas árvores, com medo do pior. “Tem um tempinho que não como mangas. Soube de um acidente com um rapaz que estava podando uma árvore aqui na região e foi parar no hospital, depois de tomar um grande choque”, conta. Claudio diz ter em casa um apanhador feito de bambu com um saco na ponta e, vez por outra, usa o artefato como opção. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O risco de queda, lembra o capitão Fábio Bohle, também existe. O bombeiro dá uma boa dica para garantir a segurança ao escalar os troncos: “A pessoa pode levar uma pequena corda, amarrar uma ponta na cintura e a outra em um galho mais resistente, por exemplo. Previne escorregões, as quedas e possíveis fraturas”. Segundo ele, é comum o Corpo de Bombeiros atender ocorrências de pessoas que despencam das árvores e são vítimas de raios. Veja abaixo outras orientações sobre como se prevenir contra acidentes. Arte: Agência Brasília
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Como evitar acidentes domésticos no período de férias
Durante o período de férias escolares, quando as crianças passam mais tempo dentro de casa, aumentam as ocorrências de acidentes domésticos envolvendo os pequenos. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), os incidentes mais comuns são afogamento, choque elétrico, corte, intoxicação, queda e queimadura. Para evitar essas situações, os pais e responsáveis precisam estar atentos aos riscos nas residências. O acesso das crianças a áreas com piscina deve ser feito sempre com a assistência de um adulto | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Existem vários ambientes na casa onde podem acontecer acidentes domésticos. Banheiro, cozinha, área de lazer, área de serviço e área da piscina são alguns. Então é preciso que os pais e responsáveis fiquem vigilantes, principalmente, em relação a crianças de até 9 anos, em geral, mas com atenção especial às que têm entre 1 e 3 anos”, explica o tenente Renato Augusto, do Corpo de Bombeiros. [Olho texto=”“O principal risco é a criança ter acesso a um material cortante, às botoeiras do fogão para ligar o gás ou até conseguir alcançar o cabo de uma panela. As queimaduras por escaldamento são uma das situações mais graves” ” assinatura=”Renato Augusto, tenente do Corpo de Bombeiros” esquerda_direita_centro=”direita”] Os cômodos das casas guardam “armadilhas”. Um dos ambientes mais propícios para acidentes é a cozinha. “O principal risco é a criança ter acesso a um material cortante, às botoeiras do fogão para ligar o gás ou até conseguir alcançar o cabo de uma panela. As queimaduras por escaldamento são uma das situações mais graves”, relata o tenente do Corpo de Bombeiros. Por esse motivo, a recomendação é usar as bocas de fundo do fogão com os cabos da panela virados para a parede, quando for necessário ferver líquidos e cozer ou grelhar alimentos. Outro espaço comum em situações de acidente é a área de serviço. No local, as crianças podem ter acesso a fiação de eletrodomésticos, produtos de limpeza, baldes com água e até ferro de passar. Choque elétrico, intoxicação, afogamento, queimadura e trauma estão entre os riscos no local. “É preciso atenção na área de serviço, porque uma criança de 1 a 3 anos pode se afogar num balde com água com até 2 centímetros de lâmina d’água. É preciso pegar o balde e retirar para longe para que a criança não tenha acesso”, complementa Renato Augusto. Atenção ao movimento de crianças em áreas de serviço, para evitar quedas ou acesso a produtos de limpeza Casas com piscina também podem ser ameaças à criançada. O acesso dos pequenos ao espaço deve ser feito sempre com a assistência de um adulto. “Outro acidente comum é o afogamento. Os pais e responsáveis precisam ter uma atenção especial”, afirma o tenente. [Olho texto=”Em caso de acidente, é possível solicitar socorro imediatamente pelo telefone 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 (Samu)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O adulto precisa estar sempre de olho na criança enquanto ela estiver brincando na piscina. Elas não devem ficar sem colete ou boia. Também é necessário impedir que as crianças corram em volta da piscina, porque elas podem sofrer quedas”, acrescenta. Além disso, é necessário preparar a área com cercas de limitação de espaço. O essencial durante o período de férias é de que as crianças sempre estejam sendo assistidas por um adulto. Em caso de acidente, é possível solicitar socorro imediatamente pelo telefone 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 (Samu).
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Acidentes com motos e quedas lideram internações no Trauma do HB
Acidentes com motos são os mais graves que chegam ao HB. O motoboy Carlos Alberto, 33 anos, foi atendido na Sala Amarela e já teve alta | Foto: Thays Rosário/Iges-DF As quedas e os acidentes envolvendo motocicletas foram as principais causas de internações na Sala Amarela da Unidade de Trauma do Hospital de Base (HB) em 2020. Em pleno ano da pandemia do coronavírus, 9,4 mil pessoas foram atendidas na sala para casos de média complexidade. O balanço foi divulgado pelo Serviço de Medicina do Trauma do HB, unidade administrada pelo Instituto de Gestão de Estratégica de Saúde (Iges-DF) e referência nacional nessa área. Os registros mostram que, do total dos acidentados atendidos, mais de 2 mil haviam sofrido quedas de lugares altos como escadas e obras. Outras 1,5 mil internações foram de pessoas que sofreram “quedas da própria altura”, causadas por episódios como desequilíbrio, desmaio ou ataque epilético. Já os casos de pacientes internados por causa de acidentes de trânsito com motocicleta tiveram um índice menor que esses e somaram 1,2 mil. Em 2020, a média foi de 812 atendimentos a cada mês na Sala Amarela, números que, no período de março a maio, foram reduzidos: cerca de 600 internações. A média mais baixa foi registrada justamente nos três primeiros meses da pandemia do coronavírus, quando se registrou a maior taxa de isolamento social da população do DF e do Entorno. [Olho texto=”“Temos um time de trauma 24 horas, uma unidade de suporte avançado ao trauma e um banco de sangue 24 horas, além de realizarmos exames laboratoriais e de imagem 24 horas”” assinatura=”Renato Lins, chefe do Serviço de Medicina do Trauma do HB” esquerda_direita_centro=”direita”] “O que dá para tirar de lição é a importância da prevenção”, destaca o médico Renato Diniz Lins, chefe do Serviço de Medicina do Trauma do HB. “Quanto menos pessoas desconcentradas ou alcoolizadas circulam nas ruas, menos acidentes de trânsito são registrados, sendo que os motociclistas são os perfis mais envolvidos em acidentes graves.” Renato Lins ressalta que, embora as restrições de circulação de pessoas impostas pela pandemia sejam temporárias, as estatísticas da Unidade de Trauma do HB podem servir para reforçar a recomendação de que a prevenção ainda é o melhor remédio. “Agindo de forma preventiva, é possível diminuir os casos de acidentes que geram traumas, por vezes irreversíveis”, ensina. “Temos que ter a consciência de voltar às ruas de maneira segura.” Estrutura que salva Muitas vítimas desses tipos de acidentes contam com a estrutura da Unidade de Trauma do HB para que, mesmo em tempos de pandemia, consigam atendimento rápido e eficiente. Foi o caso do motoboy Carlos Alberto de Souza, de 33 anos, que mora em Luziânia e faz entrega por aplicativo em Brasília. Na semana passada, ao fazer mais uma entrega, Carlos sofreu um acidente de trânsito na W3 Sul. Fraturou uma costela e lesionou o baço. Socorrido, recebeu atendimento no Hospital de Base, onde o tratamento foi preciso e não consumiu muito tempo. Na terça-feira (23), Carlos já estava de alta. “Eu tinha grandes chances de precisar de cirurgia, mas, como recebi o tratamento adequado e de forma rápida, não foi necessário”, comemora. O médico Renato Lins reforça que Carlos Alberto não precisou fazer cirurgias porque o Trauma do Hospital de Base tem equipamentos e profissionais qualificados para prestar o atendimento exigido para cada paciente. “Temos um time de trauma 24 horas, uma unidade de suporte avançado ao trauma e um banco de sangue 24 horas, além de realizarmos exames laboratoriais e de imagem 24 horas”, destaca. “Estamos prontos para essas emergências.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] *Com informações do Iges-DF
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