Funap-DF promove 3ª edição do leilão de suínos
A Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF), vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), realizou, nesta terça-feira (9), o seu 3º leilão de bens semoventes. O evento ocorreu na Área Agrícola da Fundação, localizada na Rodovia DF-465, Km 04, Fazenda Papuda, em São Sebastião. Leilão de bens semoventes disponibilizou lotes de suínos | Foto: Divulgação/Funap-DF O certame, na modalidade de maior lance, disponibilizou lotes de suínos e atraiu interessados que garantiram arremates rápidos e precisos. Para o gerente agrícola da Funap-DF, Claudionor Rodrigues da Silva, a agilidade e a clareza marcaram o processo. “Foi um leilão ágil, conduzido com lisura e que atendeu plenamente às expectativas, garantindo a confiança dos participantes”, afirmou. A diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins, destacou o impacto da ação. “A realização desse leilão nos permite fortalecer os programas de capacitação e de reintegração social da Funap, transformando oportunidades em caminhos concretos de ressocialização”, ressaltou. A Fazenda Funap se destaca como um polo de produção e desenvolvimento, que alia eficiência agrícola ao compromisso social. O espaço desempenha papel estratégico na capacitação dos reeducandos, oferecendo qualificação prática e contribuindo para a ressocialização de centenas de pessoas privadas de liberdade no Distrito Federal. *Com informações da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal
Ler mais...
Jardinagem traz chance de recomeço para reeducandas
Quem vê Cirsa de Miranda, 59 anos, entre samambaias e jiboias, focada nos cuidados com as mudas, não imagina que ela nem gostava de plantas. Era 7 de março de 2017 quando a interna de um recém-conquistado regime semiaberto entrou pela primeira vez em um viveiro. Lá, criou amor pela jardinagem e, além das flores, passou a cultivar sonhos. “Esse trabalho mudou minha vida”, diz. “Conquistei o regime aberto e quero abrir uma floricultura.” Além de capacitação profissional, as internas recebem bolsa ressocialização, vale-transporte e auxílio-alimentação diário | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Cirsa é uma das 96 reeducandas da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF) que atuam nos viveiros da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). A parceria, firmada há três anos, oferece até 200 vagas para internas que desejam trabalhar com jardinagem. Podem se candidatar ao cargo sentenciadas do regime aberto ou semiaberto e aquelas submetidas a medidas de segurança. [Olho texto=”“É uma parceria muito gratificante. Algumas dessas mulheres nunca tinham trabalhado e aprenderam aqui um novo ofício”” assinatura=”Janaína Gonzales, chefe da Divisão de Agronomia da Novacap” esquerda_direita_centro=”direita”] Chefe da Divisão de Agronomia da Novacap, Janaína Gonzales conta que as reeducandas cuidam de todas as etapas da produção. “Elas fazem o semeio, o transplante de mudas, a poda, o preparo para plantio”, detalha. “Essas plantas abastecem o Programa de Arborização da Novacap e a ornamentação de todas as áreas verdes do Distrito Federal.” Para atender a demanda, os dois viveiros da Novacap produzem, juntos, 100 mil árvores por ano e aproximadamente 150 mil mudas de flores por mês. As internas trabalham de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. “É uma parceria muito gratificante”, garante Janaína. “Algumas dessas mulheres nunca tinham trabalhado e aprenderam aqui um novo ofício.” O acordo oferece mais do que a capacitação profissional. Diretora da Funap-DF, Deuselita Martins ressalta que as internas recebem bolsa ressocialização no valor mínimo de R$ 978,08, vale-transporte e auxílio-alimentação diário de R$ 17. “Além disso, elas são beneficiadas com a remição da pena – a cada três dias trabalhados, é descontado um dia de reclusão”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outro bom fruto do programa é a redução no índice de reincidência criminal. De acordo com o secretário de Justiça e Cidadania, Jaime Santana, apenas 5% das sentenciadas inseridas no mercado de trabalho voltam a praticar crimes. “O nosso trabalho é contribuir com o processo de ressocialização de pessoas que estão no sistema prisional”, observa. “Oferecemos oportunidade para que sigam um novo caminho, longe da criminalidade.”
Ler mais...
Iniciativas de ressocialização de detentos são apresentadas a Rollemberg
O trabalho de ressocialização adotado no sistema prisional brasileiro pelo projeto Universal nos Presídios (UNP) foi apresentado nesta quarta-feira (4) ao governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg. O governador Rollemberg foi apresentado nesta quarta-feira (4) ao projeto Universal nos Presídios. Foto: Nilson Carvalho/Agência Brasília Na reunião, que ocorreu no Palácio do Buriti, os representantes do UNP detalharam as iniciativas de atendimento aos internos desenvolvidas em outras unidades da Federação. Em estados como São Paulo, por exemplo, o projeto oferece atividades de arte e cultura aos apenados. A instituição demonstrou interesse em aplicar o modelo nos centros de internação do Distrito Federal. A ressocialização de internos é benéfica a toda a sociedade, de acordo com Rollemberg. “O trabalho social permite que a pessoa que está cumprindo pena tenha outros horizontes para sua vida e não incorra nos mesmos erros que a levaram à penitenciária”, afirmou. As ações permitem a recuperação social do interno, de acordo com o coordenador-geral do UNP, bispo Eduardo Guilherme. “Presídio é para buscar a mudança do ser humano que está ali. Às vezes, o ser humano que está ali deixa de existir para o restante da sociedade”, observou. Edição: Vannildo Mendes
Ler mais...
Ceasa é referência na ressocialização de presos em parceria com Funap
O trabalho de resgate, em meio às frutas e verduras que iriam para o lixo, dos alimentos ainda aptos ao consumo humano e que podem saciar a fome de pessoas em situação de vulnerabilidade orgulha o homem de 40 anos. Segundo a Funap, a Ceasa é referência nacional em ressocialização de presos. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Há seis meses em regime semiaberto, depois de 13 anos de prisão, ele é um dos 18 trabalhadores da Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa) ligados à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). A Ceasa, segundo a fundação, é uma referência em matéria de acolhimento a reeducandos do sistema penal, aos quais é dedicado o mesmo tratamento dos demais trabalhadores. Na visão de quem busca a ressocialização, a atitude de igualdade faz toda diferença. “Além do emprego, queremos garantir que eles se sintam ressocializados. Essa é a nossa preocupação”, resume o chefe de Manutenção da central, Washington Guimarães. [Olho texto='”Além do emprego, queremos garantir que eles se sintam ressocializados. Essa é a nossa preocupação”‘ assinatura=”Washington Guimarães, chefe de Manutenção da Ceasa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os candidatos são destinados a vagas de acordo com a formação. No caso da Ceasa, a maior parte deles está lotada no Banco de Alimentos, com oito funcionários. Os demais estão distribuídos nas áreas de limpeza, manutenção e administração. A iniciativa muda a realidade tanto de servidores como de apenados. “Você começa a olhar essas pessoas sob nova ótica. Para mim, presidiário era presidiário e pronto”, pontua Guimarães. “De repente, no trabalho lado a lado, comecei a entender que eles têm uma história de vida igual à minha, mas cometeram um erro.” Trabalho ajuda a mudar comportamento dos detentos O chefe conta que muitos chegam ao trabalho com vícios e comportamento não adequados para o mercado. No entanto, em pouco tempo de convivência, segundo ele, é perceptível que se tornam mais responsáveis, assíduos e integrados com o restante da equipe. O trabalhador de 40 anos é um dos dispostos a mudar de vida. Quando foi preso, precisou largar a faculdade de nutrição no quarto semestre. Agora ele pretende retomar o curso. “Aqui tenho contato direto com minha área, com a manipulação de alimentos.” Como ele, vários decidiram voltar a estudar depois de ingressar no emprego. [Numeralha titulo_grande=”1,2 mil” texto=”Número de apenados que participam do programa de ressocialização pelo trabalho da Funap” esquerda_direita_centro=”direita”] Três antigos integrantes do contrato da Funap são funcionários de empresas terceirizadas, que atendem a Ceasa e continuam trabalhando no lugar. “Às vezes ficamos sabendo de vagas, pedimos para eles se capacitarem e fazemos a indicação”, conta o chefe de Manutenção. De acordo com o diretor-executivo da Funap, Nery Moreira da Silva, 90% do projeto é desenvolvido com a parceria de órgãos do governo local. Atualmente, 1,2 mil presos são beneficiados pela iniciativa. Eles não têm vínculo empregatício, mas recebem bolsa no valor de 75% do salário mínimo, além de vale-transporte e vale-alimentação. O benefício também inclui remissão na pena — a cada três dias trabalhados, eles diminuem um dia de pena. Como a empresa pode integrar o projeto da Funap Para interessados em ingressar no projeto, o diretor explica que o processo é simples. Basta procurar a Funap e solicitar trabalhadores para as funções desejadas. “Hoje temos servidores nas áreas de informática, administração e tecnologia da informação.” A oportunidade vale para órgãos públicos ou privados. O serviço é prestado com dispensa de licitação, e não é necessário que o empregador arque com custos de 13° salário e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Setenta e seis órgãos integram o projeto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=””] Edição: Vannildo Mendes
Ler mais...