Drenar DF é inaugurado e se torna o maior sistema de drenagem da história do Distrito Federal
O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, no último sábado (29), uma importante obra para Brasília: o Drenar DF, o maior programa de captação e escoamento de águas pluviais da cidade. Com um investimento de R$ 180 milhões, o novo sistema promete acabar com os alagamentos recorrentes na Asa Norte, que há anos afligem moradores e comerciantes. O sistema de drenagem, com 7,7 km de extensão, foi projetado para suportar chuvas intensas e conduzir grandes volumes de água até o ponto de escoamento. As galerias começam na altura da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha), atravessando diversas quadras da Asa Norte, como as 902, 702, 302, 102, 202 e 402, além de cruzar a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), até chegar à L4 Norte. Esse sistema abrange o início da Asa Norte, com cobertura até as quadras 4 e 5. Além de resolver um problema histórico, o Drenar DF também contribuirá com a preservação do Lago Paranoá, graças à bacia de detenção no final do projeto. Com 37 mil m² de extensão — o equivalente a quatro campos de futebol — o reservatório tem capacidade para armazenar até 96 mil m³ de água, volume suficiente para abastecer 40 piscinas olímpicas. Obra é o maior sistema de drenagem já construído na história do DF. Foto: Gabriel Caldeira/Agência Brasília Novo espaço de lazer e contemplação A inauguração do Drenar DF também trouxe à cidade o Parque Urbano Internacional da Paz, um novo ponto turístico e de lazer para os brasilienses. O parque, que custou R$ 2,2 milhões, foi projetado como um espaço para atividades ao ar livre e contemplação da natureza. Além de abrigar a bacia de detenção, o parque conta com uma praça, ciclovia, calçadas, estacionamento e áreas com árvores frutíferas, proporcionando sombra e um ambiente agradável. O projeto foi desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF), atendendo às exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Execução das obras A construção do sistema de drenagem foi realizada de forma subterrânea, evitando grandes escavações e o impacto na rotina urbana. As obras foram divididas em cinco lotes e executadas pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), com um total de 450 empregos diretos e indiretos gerados durante o processo. Ao longo do percurso, foram construídas 291 bocas de lobo em pontos estratégicos da Asa Norte, identificados por meio de estudos sobre áreas críticas de alagamento. As bocas de lobo, antes vedadas com blocos de concreto, foram abertas nesta quinta-feira (27), uma etapa fundamental para a liberação do sistema. Integração com a rede existente Para evitar sobrecargas no sistema, o novo sistema de drenagem foi projetado para interceptar a rede antiga em sete pontos. Com dispositivos de derivação que funcionam como “janelas”, a nova rede pode direcionar parte do volume captado pela rede anterior, duplicando a capacidade de escoamento da região e otimizando recursos e o tempo de execução. Desafios na escavação A escavação das galerias foi realizada por meio da abertura de poços de visita (PVs), que servirão para manutenção e inspeção do sistema após sua operação. Foram abertos 108 PVs, com profundidades que variam de 11,32 metros a 21,3 metros, o que equivale à altura de um prédio de seis andares. A escavação inicial enfrentou solos predominantemente moles, o que permitiu o uso de ferramentas manuais, como pá e picareta. Contudo, no lote 2, próximo à bacia de detenção, foi identificado solo mais rígido, o que exigiu a utilização de escavadeiras e furadeiras hidráulicas especializadas. O último trecho de solo resistente foi rompido no dia 8 deste mês, marcando o fim da escavação.
Ler mais...
Sistema de drenagem do Córrego Bananal passará por readequação
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) firmou contrato com a empresa Central Engenharia e Construtora LTDA para executar a readequação do sistema de drenagem de águas pluviais no Córrego Bananal, na Bacia Hidrográfica do Lago Paranoá. O investimento totaliza R$ 1.208.497,42, e o prazo para conclusão é de 210 dias corridos. O projeto visa resolver problemas relacionados à drenagem de águas pluviais na área, que afetam a qualidade de vida dos moradores e o funcionamento do comércio local. A iniciativa busca assegurar o escoamento eficiente das águas, especialmente em períodos de chuvas intensas, evitando alagamentos que possam causar danos à infraestrutura e transtornos à população. O projeto visa resolver problemas relacionados à drenagem de águas pluviais na área, que afetam a qualidade de vida dos moradores e o funcionamento do comércio local | Foto: Divulgação/Novacap Segundo a Novacap, a readequação atende às demandas do Setor de Oficinas Norte, beneficiando especialmente os estabelecimentos comerciais da região. No momento, a obra encontra-se na fase de estudos e coleta de dados, sob a responsabilidade da empresa contratada. Uma das primeiras ações é o levantamento topográfico, etapa essencial para garantir a eficácia das intervenções. Essa análise detalhada permitirá um planejamento mais preciso das atividades futuras. Fernando Leite, presidente da Novacap, ressaltou a importância da obra: “A readequação do sistema de drenagem não apenas aprimora a infraestrutura da região, mas também representa um passo essencial para proteger o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida dos moradores.” *Com informações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)
Ler mais...
Desafios no subsolo: o trabalho essencial dos operários nas obras do Drenar DF
O principal diferencial do Drenar DF, maior programa de captação e escoamento de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF), é a metodologia utilizada no projeto. Chamado de tunnel liner, o método concentra os serviços no subterrâneo, gerando impacto e transtorno mínimo à população de Brasília. Desde o início das obras, mais de 300 funcionários enfrentam os desafios de construir uma infraestrutura que promete solucionar os problemas de enchentes e alagamentos do início da Asa Norte. Um deles é o operador de máquina José Fábio Alves da Silva, que participou da perfuração dos túneis de um dos cinco lotes da obra. Ele conta sobre a satisfação de fazer parte do projeto. “Fazer esse serviço é legal porque vamos deixar um legado. Futuramente vamos dizer: ‘Eu participei dessa obra do GDF’. Isso é muito bacana”, destaca. Usando o método tunnel liner, que gera transtorno mínimo à população, mais de 300 funcionários trabalham no Drenar DF | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Diante do desafio de realizar uma obra subterrânea, também era de se esperar a descoberta de diferentes tipos de solo durante a fase de escavação dos túneis do Drenar DF. Nos levantamentos que antecederam as obras, foram identificados dois tipos de solo. O mais comum deles, o solo mole, esteve presente em quase todo o trecho de 7,7 quilômetros que receberá o sistema de drenagem. Os estudos também previram outra categoria de solo, um pouco rígido. Nos dois casos, os técnicos chegaram à conclusão que a escavação poderia ser manual, com uso de pá, picareta e martelete elétrico. Foi no segundo lote que as equipes descobriram, durante a escavação de um túnel de mais três quilômetros, um solo mais rígido do que o previsto. Para lidar com o problema, foi preciso trocar o processo de escavação com o uso de escavadeiras e furadeiras hidráulicas – equipamentos especializados, munidos de brocas, capazes de perfurar e romper solos resistentes. “Foram feitos vários estudos técnicos para saber como vencer esse tipo de solo mais rígido. Optamos por uma mini escavadeira e adaptamos um rompedor hidráulico. Agora, as frentes se dedicam à escavação dos últimos metros de solo muito rígido”, explica o diretor-técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Hamilton Lourenço Filho. Equipamentos de proteção Além das máquinas, os equipamentos de proteção individual (EPIs) também fazem parte da rotina dos operários que trabalham no Drenar DF, e são essenciais para garantir a segurança de quem atua na execução do programa. O kit de proteção conta com capacetes, luvas, óculos, cinto de proteção, botas e máscaras. Mesmo enfrentando desafios diários, o operador de máquina José Fábio Alves da Silva se orgulha da participação nas obras do Drenar DF: “Fazer esse serviço é legal porque vamos deixar um legado” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Foi seguindo todas as normas técnicas de segurança que o projeto não registrou, até o momento, acidentes envolvendo os 300 funcionários que atuaram e ainda atuam nas várias frentes do Drenar DF. O uso dos EPIs é indispensável e protege, por exemplo, contra quedas e exposição à poeira. “Tanto a equipe da Terracap quanto a equipe que supervisiona a obra atuam para que as empresas obedeçam esse planejamento. Tudo isso contribui para que seja um projeto sem acidentes”, ressalta Lourenço Filho. O mestre de obras do Lote 5 do Drenar DF, Ulisses de Jesus Silva, não começa o dia de trabalho sem antes checar se está bem equipado e protegido. “Temos todos os equipamentos exigidos. A empresa é obrigada a fornecer, para evitar acidentes. A questão de segurança segue todas as normas técnicas”, diz o engenheiro. “Todos os dias, nós somos informados do trabalho que vamos executar e recebemos orientações para que não ocorram acidentes”. Antes de encarar um dia de trabalho, o mestre de obras do Lote 5 do Drenar DF, Ulisses de Jesus Silva, sempre checa se está bem equipado e protegido | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Fim de alagamentos e enchentes Com investimento na ordem de R$ 180 milhões, o Drenar DF foi dividido em cinco lotes e é executado pela Terracap. A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha) e vai até o Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chega à L4 Norte. Concluída a primeira etapa do programa, que abrange as primeiras quadras da Asa Norte, a Terracap deve executar a segunda fase do projeto, que compreende as quadras 4 e 5 até as quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16.
Ler mais...
Obras dos diferentes lotes do Drenar DF seguem cronograma sincronizado
Embora o Drenar DF, o maior programa de escoamento e captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF), tenha sido dividido em cinco lotes para otimizar o andamento da obra, todas as frentes seguiram um cronograma único estabelecido pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). Essa estratégia permitiu maior celeridade e eficiência na execução do programa. “Esse processo fez com que os serviços avançassem de forma simultânea em diferentes lotes, reduzindo prazos e otimizando os recursos disponíveis”, explica o diretor-técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho. As obras do Drenar DF foram divididas em cinco lotes para otimizar o andamento do serviço; todas as frentes seguiram um cronograma único | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Segundo o técnico da companhia, o programa foi distribuído porque os lotes não são exatamente iguais: “Os trechos são diferentes, não têm o mesmo tamanho, e possuem dificuldades distintas. Temos trechos de rede com seis metros de profundidade, outros com 22 metros de profundidade; trechos com tipos de solos diferentes. Mesmo com essas diferenças, o cronograma foi um só para facilitar a execução”. Com investimentos que somam 180 milhões, o Drenar DF prevê a instalação de novos sistemas de drenagem, incluindo 291 bocas de lobo, 108 túneis e um reservatório. A estrutura duplicará a capacidade de escoamento da Asa Norte sem modificar a rede existente, dando fim a enchentes recorrentes em todo o período de chuvas. A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha) e vai até o Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chega à L4 Norte. Concluída a primeira etapa do programa, que abrange as primeiras quadras da Asa Norte, a Terracap deve executar a segunda fase do projeto, que compreende das quadras 4 e 5 às quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Novacap e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16. Além do projeto de captação de águas pluviais, o Drenar prevê a criação do Parque Urbano Internacional da Paz, que abrigará a bacia de detenção do Drenar e uma praça. Com 5 mil m² de área livre, o espaço contará com esculturas e 249 árvores e arbustos, entre espécies frutíferas e para sombreamento. O projeto, desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) e seguindo exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda inclui uma ciclovia de 1,1 km de extensão contornando o parque.
Ler mais...