Treinadoras quebram barreiras no basquete dos Jogos da Juventude 2024
Apesar de ainda não ter subido no pódio dos Jogos da Juventude 2024, o basquete do Distrito Federal já pode celebrar uma conquista dentro da modalidade. Em um cenário historicamente dominado por homens, o comando das equipes do DF fica por conta de duas mulheres: Andreza Almeida, à frente do time masculino, e Eula Karyne Santos, na coordenação da equipe feminina. As duas fazem parte do seleto grupo de oito treinadoras da modalidade entre os 54 times inscritos na competição. Andreza é técnica do time masculino de basquete do Distrito Federal nos Jogos da Juventude 2024 | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF “Trabalho em um esporte que, infelizmente, ainda é visto como masculinizado, mas tentamos quebrar esse paradigma diariamente. O basquete é para todos, meninos e meninas” Andreza Almeida, técnica e árbitra A dupla não só lidera equipes em um dos maiores eventos esportivos escolares do país, mas também desafia estereótipos, provando que a liderança no esporte não tem gênero. Andreza, que além de técnica é árbitra internacional de basquete e presidente da Federação do Distrito Federal, compartilha uma trajetória marcada por desafios e conquistas. “Trabalho em um esporte que, infelizmente, ainda é visto como masculinizado, mas tentamos quebrar esse paradigma diariamente”, afirma ela. “O basquete é para todos, meninos e meninas. Sempre sonhei em ser atleta, mas três lesões graves me levaram a buscar outras formas de me manter no esporte de alto rendimento, e foi assim que virei técnica e árbitra.” Trato diferenciado Com mais de 20 anos de carreira, a técnica já treinou equipes masculinas e femininas, conquistando títulos importantes, como o único troféu sul-americano do Clube Vizinhança, em 2012, com o time masculino. “Nunca tive problemas em treinar meninos”, conta. “Na verdade, acabamos sendo vistas por eles como uma figura materna. Nossa fala é diferente, temos um trato mais leve, mas a exigência técnica é a mesma”. Já Eula Karyne, técnica da Escola SEB de Brasília e do Cerrado Basquete, traz uma longa trajetória na modalidade, iniciada aos 15 anos em Minas Gerais e consolidada em São Paulo, onde desenvolveu sua formação esportiva. Hoje, em Brasília, ela se dedica à descoberta e ao desenvolvimento de talentos por meio da educação física e do basquete escolar. “Ter mulheres liderando equipes demonstra que estamos avançando na quebra de barreiras e incentivando outras a ocuparem esses espaços no basquete e em outras modalidades” Marcelo Magalhães, chefe da delegação do DF nos Jogos da Juventude Com seu trabalho, a treinadora ajudou a levar o Distrito Federal à primeira divisão dos Jogos da Juventude. “O esporte transforma vidas”, pontua. “Ensina valores, desenvolve habilidades e abre caminhos para que meninos e meninas sonhem alto e conquistem seus objetivos, dentro e fora das quadras”. Liderança feminina O chefe da delegação do Distrito Federal, Marcelo Magalhães, lembra a importância de priorizar mulheres técnicas nas convocações do Comitê Olímpico do Brasil (COB): “Ter mulheres liderando equipes demonstra que estamos avançando na quebra de barreiras e incentivando outras a ocuparem esses espaços no basquete e em outras modalidades”. Essa percepção é compartilhada pelos atletas Ernani Lopes, 17, ala do time masculino, e Rafael Olímpio, 17, armador. Amigos desde 2020, os dois destacaram o impacto positivo de Andreza no time. “Ela sabe conversar, é calma e sabe lidar com as situações de jogo e nos motiva no esporte e na vida”, resume Rafael, que sonha em ser jogador profissional e pensa em cursar psicologia. Ernani, que começou a treinar aos 14 anos e já foi convocado para a seleção distrital, também elogia a técnica: “O modo de ensinar dela é excelente, e isso nos dá confiança para seguir em quadra”. Ambos alunos do Centro Educacional (CED) 406 de Santa Maria, eles carregam o orgulho de representar o DF em um campeonato desse porte. Desempenho em quadra As competições desta quarta-feira (20) trouxeram emoções distintas para o basquete do Distrito Federal nos Jogos da Juventude. No masculino, a equipe venceu o Mato Grosso em uma partida acirrada por 59 a 56. A vitória reforça o preparo técnico e a resiliência do time, que segue confiante na disputa pela permanência na primeira divisão. Já o time feminino enfrentou o Mato Grosso do Sul, mas foi superado por 60 a 34. O resultado, embora adverso, não diminui o esforço e a dedicação das jogadoras, que seguem encarando desafios de alto nível. Para a técnica Eula, as dificuldades fazem parte do processo de crescimento, tanto individual quanto coletivo. “Esses momentos nos fortalecem e nos mostram o que precisamos aprimorar para seguir em frente”, avalia. *Com informações da Secretaria de Educação
Ler mais...
Primeiro encontro de merendeiros da rede pública do DF reúne 2.600 profissionais
Merendeiros e merendeiras da rede pública de ensino do Distrito Federal aprenderam sobre as principais técnicas de manipulação de alimentos, higiene e segurança alimentar nesta semana. Realizado pela Secretaria de Educação (SEE), em parceria com a Empresa G&E, a primeira edição do Encontro Sabor de Escola reuniu cerca de 2.600 profissionais, nesta segunda (22) e terça-feira (23), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Encontro Sabor de Escola reuniu, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, 2.600 profissionais da merenda escola, que foram responsáveis, em 2023, pela produção e distribuição de mais de 97 milhões de refeições nas escolas públicas do DF | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A programação foi voltada para a capacitação dos profissionais, com a participação de chef convidados e palestras sobre temas como segurança dos alimentos, práticas essenciais de higiene pessoal dos manipuladores, práticas essenciais de higiene ambiental e sobre a manipulação segura de alimentos, além de um stand-up comedy sobre a vida de merendeira com a atriz Adriana Nunes, do grupo Melhores do Mundo. “Foi uma oportunidade única, me sinto preparado para voltar ao trabalho”, contou o merendeiro Diego Matos, 35 anos, que atua há dois anos no Centro de Ensino Fundamental 405 do Recanto das Emas. “Quando eu comecei na profissão, até me espantei com o tamanho das panelas – são muito grandes mesmo. Mas fui pegando a prática, com ajuda das outras merendeiras, porque sou privilegiado: o único homem na equipe.” “Quando eu comecei na profissão, até me espantei com o tamanho das panelas – são muito grandes mesmo. Mas fui pegando a prática, com ajuda das outras merendeiras, porque sou privilegiado: o único homem na equipe”, diz o merendeiro Diego Matos A experiência do encontro formativo ficou ainda mais marcante para Diego depois que foi sorteado para ganhar um brinde – uma jarra de suco de cristal. No palco, ele agradeceu a oportunidade e revelou que escreveu uma canção inspirada na rotina estudantil. “Ei, menor, ninguém vai tirar de você o conhecimento/ Tá um pouco atrasado, mas ainda dá tempo/ Então água gelada no rosto, porque o sol hoje nasceu pra todos/ Que querem vencer/ Acho melhor você correr porque vai bater, vai bater, vai bater o sinal”, diz a letra. Quem também voltou para casa com novos conhecimentos foi a merendeira Patrícia Denise Santos, 43. Na profissão desde 2012, atualmente ela ocupa a cozinha do Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante. “O respeito com o próximo é algo que deve estar presente em toda a nossa vida. Então, nós, merendeiros, temos que ter respeito com o que vai ser consumido por outra pessoa, e aqui aprendi técnicas que vão me ajudar a fazer isso”, conta. “Faço a comida com tanto carinho, como se estivesse cozinhando para meus filhos”, diz a merendeira Patrícia Denise Santos Mãe de dois filhos, Patrícia conta que a quantidade de comida feita na cozinha escolar é maior do que a feita em casa, mas, segundo ela, em ambos os espaços, o amor é o ingrediente principal. “Faço a comida com tanto carinho, como se estivesse cozinhando para meus filhos. E eu amo aquelas crianças! É muito satisfatório quando eles elogiam o que a gente faz”, comentou. Impacto profissional e pessoal De acordo com a subsecretária de Políticas de Apoio Educacional da SEE, Fernanda Melo, o encontro presencial é uma demonstração do cuidado com os profissionais, responsáveis por transformar ingredientes simples em pratos saborosos e nutritivos. No começo deste ano, a SEE promoveu uma formação online com os merendeiros e merendeiras do DF, antes do início do ano letivo, também para tratar de técnicas de preparo e higiene de alimentos. Nutricionista e pesquisadora da Unifesp, Cristiane Tavares deu palestra sobre práticas essenciais de higiene pessoal dos manipuladores de alimentos “Buscamos mostrar técnicas de manipulação e cuidado com o alimento desde a hora do recebimento até o momento de servir para os estudantes, e mostrar que são profissionais de suma importância para a educação do DF. Eles são os tios e tias que colocam amor e carinho na comida de milhares de estudantes o ano inteiro”, afirma a subsecretária. Palestrante convidada, a nutricionista e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Cristiane Tavares, abordou as práticas essenciais de higiene pessoal dos manipuladores. “Tratamos de comportamentos do dia a dia que também precisam estar presente na escola. As mãos são nosso principal instrumento na cozinha, por isso são também um veículo de contaminação muito grande. Mas temos que estar atentos ainda aos uniformes e ao uso de adornos – que devem ser evitados – e de toucas para proteger a comida dos nossos cabelos”, contou. A atuação dos merendeiros também é celebrada no concurso Sabor de Escola, criado pela SEE em 2022 para eleger a melhor receita da alimentação escolar do DF. A competição incentiva os profissionais a desenvolverem suas habilidades culinárias, explorarem novos sabores e apresentarem receitas únicas e deliciosas. Os melhores colocados ganham troféus e prêmios em dinheiro. Em 2023, foram produzidas e distribuídas 97.659.578 refeições nas escolas públicas do Distrito Federal. A alimentação escolar é composta por gêneros alimentícios em sua maioria in natura ou minimamente processados, como arroz, feijão, queijo, manteiga, carnes, ovos, peixe, canjica, leite, além de frutas e verduras frescas produzidas por agricultores familiares que fornecem para o Programa de Alimentação Escolar do DF (PAE-DF).
Ler mais...
Tecnologia da PCDF revela impressão digital até em nota de dinheiro
Recentemente, papiloscopistas do Instituto de Identificação da Polícia Civil do Distrito Federal revelaram um vestígio de impressão papiloscópica (VIP) em cédula de papel-moeda nacional – uma matriz complexa à análise pericial devido à composição. A perícia foi feita em ambiente laboratorial com controle de parâmetros, como temperatura e umidade, e com o uso do reagente químico ninidrina, para superfícies porosas. Vestígio na cédula identificado por ninidrina: reagente aumenta a eficácia do processo | Foto: Divulgação/PCDF “Esse reagente interage com os aminoácidos presentes nos resíduos das impressões papiloscópicas”, explica o diretor da Divisão de Exames Laboratoriais da PCDF, Marcos Antônio Paulino. A captura fotográfica do VIP foi realizada com o auxílio da luz forense azul e do filtro amarelo. O vestígio de impressão revelado foi analisado pelos policiais especializados em confrontos da Seção de Exames Papiloscópicos Avançados (Sepa) e submetido a pesquisa nos bancos de dados do Instituto de Identificação, onde foi utilizado o Sistema Automatizado de Identificação Biométrica (Abis, sigla em inglês). Nesse caso, foi possível identificar a pessoa que havia manipulado a cédula periciada. “Revelar vestígios de impressões papiloscópicas em papel-moeda é muito difícil pelas características intrínsecas desse tipo de material”, esclarece Paulino. “Esse é o primeiro caso da PCDF de revelação e positivação em dinheiro”. A PCDF é reconhecida nacionalmente pelos altos índices de resolução de crimes. Com investimentos em tecnologia e capacitação dos servidores, o Instituto de Identificação tem conseguido revelar e identificar VIPs em superfícies desafiadoras, como armas de fogo, munições, lado colante de fitas adesivas, luvas, pneus e papéis porosos escuros, entre outros. *Com informações da PCDF
Ler mais...
Produtores rurais de Brazlândia fazem curso de inseminação artificial
Produtores rurais de Almécegas, em Brazlândia, concluem nesta sexta (10) a participação no curso de inseminação artificial promovido pela Emater. Foram 14 horas de atividades teóricas complementadas com práticas de técnicas de inseminação artificial. Aprimoramento genético de bovinos foi o tema central do curso | Foto: Divulgação/Emater “Animais melhorados geneticamente respondem melhor à alimentação; com isso, o produtor rural pode ter uma produtividade maior e um custo menor de produção, o que é essencial para viabilizar a atividade”, explica o extensionista rural da Emater Mario Paschoal. Participante da capacitação, o produtor rural José Artur Grossi diz praticamente ter se sentido em casa durante as aulas, pois lembrou-se da infância, quando seu pai produzia queijos para o sustento da família. Atualmente, ele também investe nessa atividade. “Estou começando devagarinho”, conta. “Comprei um gadinho, fiz parceria com o vizinho e agora estou aprendendo sobre melhoramento genético do rebanho”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já o produtor Vagner Dias Nonato tem mais tempo na atividade e uma produção maior. Ele tira cerca de 200 litros de leite por dia e comercializa para um estabelecimento no Gama. “Já tem um tempo que eu venho separando as melhores matrizes, mas meu problema hoje é que não estou conseguindo repor o plantel, porque o preço das matrizes está caro demais, então agora vou tentar fazer as minhas matrizes”, relata. *Com informações da Emater
Ler mais...