Mais de 95% das UBSs do Distrito Federal oferecem testes rápidos para sífilis
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem intensificado esforços para fortalecer a Atenção Primária à Saúde (APS). Os dados de 2025 do Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), publicado pelo Ministério da Saúde, apontam que 95,9% das UBSs do DF realizam teste rápido para sífilis. Com estratégias voltadas para o diagnóstico precoce, prevenção de doenças e acompanhamento contínuo, o Distrito Federal tem alcançado avanços significativos em indicadores essenciais de saúde. Mais de 95% das unidades básicas de saúde do Distrito Federal já fazem o teste rápido para sífilis | Fotos: Breno Esaki/Arquivo Agência de Saúde-DF Para o médico de família e comunidade, Fernando Erick Moreira, coordenador da Atenção Primária à Saúde no DF, o modelo adotado tem demonstrado que a prevenção e o cuidado integrado são fundamentais para a sustentabilidade do sistema e para a melhoria da qualidade de vida da população. [LEIA_TAMBEM]“A sífilis é uma doença que ainda representa um desafio mundial, especialmente por sua relação direta com a saúde materno-infantil. Por isso, as UBSs do DF ampliaram a cobertura de testes rápidos para sífilis nas gestantes durante o pré-natal. A Vigilância Epidemiológica realiza um monitoramento constante, que cruza informações das notificações com a realização dos testes e tratamentos”, explica. O DF observa um aumento no número de casos diagnosticados e tratados, reflexo direto da expansão da testagem rápida e da melhoria das ações preventivas. “O trabalho contínuo permite também identificar áreas que demandam maior atenção, possibilitando ajustes nas estratégias de saúde para ampliar o impacto positivo. A testagem rápida é um exemplo claro de como o investimento na prevenção reduz complicações e promove uma gestação saudável”, aponta. Outro dado importante do Censo mostra como a capital sai na frente na investigação de óbitos maternos, um dado essencial para entender as causas e evitar que novas perdas ocorram. Hoje, 89,5% das UBSS no DF realizam esse trabalho. “Estamos fortalecendo a vigilância e transformando dados em ações concretas para proteger a vida das gestantes”, afirma Moreira. A Vigilância Epidemiológica realiza monitoramento constante, que cruza informações das notificações com a realização dos testes e tratamentos Busca ativa A SES-DF ainda investe na capacitação das equipes e na informatização das unidades para tornar a busca ativa uma rotina eficiente e constante, garantindo que nenhuma mulher fique sem acompanhamento. “A busca ativa por exames de mamografia e de câncer de colo de útero é fortalecida por meio da capacitação das equipes multiprofissionais e do uso do prontuário eletrônico para monitoramento dos pacientes”, conclui Moreira. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Teste rápido entrega diagnóstico de dengue em até 30 minutos
A população do Distrito Federal já conta com mais um aliado no enfrentamento à dengue. Os chamados points of care, equipamentos adquiridos pelo GDF, já estão sendo usados para realizar os testes rápidos para identificação da doença. São cerca de 30 minutos para saber se uma pessoa foi infectada, diante das quatro horas em média para se ter o resultado do hemograma pelo método tradicional. A redução do tempo pode ser crucial entre a vida e a morte de um paciente. A tenda de atendimento de Santa Maria, localizada ao lado da administração regional da cidade, foi o primeiro dos 60 locais em todo o DF a receber o equipamento, que faz o diagnóstico por meio do hemograma, exame de sangue que dá um panorama geral do estado do paciente. O sangue, colhido da mesma maneira do exame tradicional, é colocado em lâminas específicas para o point of care. Sandra França: “O usuário chega, é atendido e já sai com o resultado e os medicamentos” | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília A diferença está na análise, realizada imediatamente por meio de inteligência artificial. Após esta etapa, o resultado segue para um laboratório parceiro, é conferido por um profissional especializado e liberado tanto para a unidade de saúde quanto para o paciente. Tudo em tempo real. Todo o processo leva em torno de 30 minutos. A coordenadora de Atenção Primária à Saúde, Sandra França, explica que a aquisição dos 185 equipamentos foi possível graças a uma parceria do GDF com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). “O principal objetivo é fazer com que o nosso paciente se sinta seguro após o diagnóstico. Por isso, reduzir o tempo de logística operacional é de extrema importância. O usuário chega, é atendido e já sai com o resultado e os medicamentos. Como o resultado fica salvo no prontuário, no sistema do SUS, as equipes da família dão continuidade ao acompanhamento”, detalha a coordenadora. Ela lembra que, a partir da chegada do paciente a qualquer unidade de saúde da rede pública do DF, é feita a hidratação via oral ou venosa, a depender de cada caso, para evitar a piora do quadro. Sandra França ressalta, ainda, que a Secretaria de Saúde está seguindo todos os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS). Tratamento mais rápido O personal trainer Thompson Veras fez o teste rápido e aprovou a novidade: “A velocidade é muito importante” O personal trainer Thompson Veras, 42 anos, morador de Santa Maria, foi um dos pacientes que fizeram o teste rápido. Em poucos minutos, ele recebeu atendimento na tenda e foi encaminhado para o exame. “A velocidade do resultado do exame é muito importante. O tratamento será muito mais rápido que antes”, disse. Até quarta-feira (27), mais de 40 testes haviam sido realizados com o point of care, desde o dia 21 deste mês, quando o equipamento passou a ser utilizado.
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Teste rápido, PCR ou sorologia: entenda a função de cada exame de dengue
Com o crescimento de casos de dengue no Distrito Federal, a rede pública de saúde intensificou a testagem para diagnóstico da doença. Por dia, uma média de 600 testes rápidos estão sendo feitos. O exame é usado nas unidades básicas de saúde (UBSs) e tendas de acolhimento para fazer a triagem dos pacientes que apresentam sintomas, mas não reúnem todos os sinais da dengue clássica, que são febre, mal-estar, dor no corpo, dor atrás dos olhos, dor nas articulações, náusea e vômito. “Fazemos o teste rápido para que possamos fechar o diagnóstico clínico do paciente que não tem os sintomas clássicos. Ele tem que ser feito do primeiro ao nono dia de sintoma”, conta a enfermeira da UBS 2 de Ceilândia, Raquelini Campoe. “Essa é uma forma de conseguirmos adiantar o tratamento e os exames [de notificação] para casos que ainda estão no início dos sintomas”, completa. O teste rápido é feito a partir da coleta do sangue, que é colocado em um tubo, onde o material é homogeneizado e depois aplicado no dispositivo de teste. O resultado é detectado após 15 minutos. Uma barra significa que o exame foi feito com sucesso, mas não foi identificado o reagente. A positividade para a doença ocorre quando aparecem duas barras. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em caso positivo, é efetuada a notificação do caso à Secretaria de Saúde (SES-DF) e a solicitação da realização dos exames RT-PCR e sorologia Elisa IgM, responsáveis pela confirmação do diagnóstico para dengue com identificação do sorotipo no caso do PCR, além da avaliação de zika vírus e chikungunya, para fins epidemiológicos. Esses testes são analisados no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) a partir da amostra de sangue colhida na Atenção Primária. “Aqui no Lacen temos essas duas metodologias diferentes da utilizada nas UBSs. Lá o trabalho acontece rápido. Aqui trabalhamos com o PCR que identifica o vírus e a sorologia que avalia a produção de anticorpos. Esses resultados são enviados para o Ministério da Saúde para fazer o mapa de controle da dengue”, conta a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. Os resultados podem sair em até cinco dias úteis. Acompanhamento Em situações de positividade para a doença, na própria UBS ainda são feitos outros dois exames complementares: hemograma e dosagem de enzimas hepáticas. “O paciente que é atendido aqui tem o acompanhamento todo. Ele não fica perambulando pelos serviços da rede. A UBS é a porta de entrada e todo o fluxo é estabelecido na Atenção Básica. Há o suporte da Atenção Secundária para os casos que necessitam realmente de hospitalização. Mas a maioria dos casos de dengue conseguem ser atendidos na [Atenção] Primária”, esclarece a profissional da saúde. Maria de Lurdes Guedes Fonseca, 82 anos: “Estava me sentindo mal, sem vontade de comer, com a cabeça muito ruim. Hoje levantei sentindo tontura e as dores no corpo e nas juntas estavam aumentando muito” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A aposentada Maria de Lurdes Guedes Fonseca, 82 anos, confirmou na UBS 2 de Ceilândia o diagnóstico de dengue. Após mais de uma semana de sintomas, a idosa foi em busca de atendimento médico, fez o teste rápido e, depois do resultado positivo, foi encaminhada para receber soro na veia para reidratação. “Estava me sentindo mal, sem vontade de comer, com a cabeça muito ruim. Hoje levantei sentindo tontura e as dores no corpo e nas juntas estavam aumentando muito. Cheguei, fiz o exame de sangue e deu positivo”, conta ela, que teve mais casos da doença em casa. Testes negativos também têm prosseguimento de atendimento dentro da rede pública, até porque os profissionais da saúde não excluem a possibilidade da doença. “O teste rápido ajuda a elucidar o caso positivo. O positivo vai ser sempre positivo, mas o negativo pode ser um falso negativo. Então, mesmo dando negativo, não excluímos o diagnóstico e continuamos investigando”, revela a enfermeira. O porteiro Cícero dos Santos Silva, 64 anos, foi atendido na UBS 2 de Ceilândia pela enfermeira Raquelini Campoe O porteiro Cícero dos Santos Silva, 64 anos, foi até a UBS sentindo dores no corpo e fraqueza. “Desde segunda-feira eu estava sentindo sintomas. Onde eu moro está tendo muitos casos de dengue”, diz. Ele fez o teste rápido, que deu negativo. Mesmo assim, a equipe de saúde não descartou o diagnóstico. “Não exclui a possibilidade de ser dengue. Serão colhidos os exames de laboratório para confirmar”, informa a enfermeira Raquelini Campoe. Qualquer pessoa que tenha sintomas deve procurar atendimento médico. Todas as 176 UBSs estão mobilizadas para o acolhimento de pacientes. Também há nove tendas instaladas nas regiões administrativas com maior incidência de casos.
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Asa Norte recebe Carreta da Hanseníase até sexta-feira (5)
A Carreta da Hanseníase estará na Asa Norte até sexta-feira (5). Quem notar manchas na pele, diminuição da sensibilidade, dormência ou fraqueza nas mãos e nos pés pode fazer o teste rápido para diagnóstico e até iniciar o tratamento. O veículo atenderá no estacionamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 da Asa Norte, na Entrequadra 114/115, das 9h às 17h. A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Saúde (SES) com o Ministério da Saúde, Hospital Universitário de Brasília (HUB), Fundação Novartis e o Grupo de Apoio a Mulheres Atingidas pela Hanseníase (Gamah). Um teste rápido pode diagnosticar a doença na fase inicial, facilitando o início do tratamento contra a hanseníase | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O dermatologista Pedro Zancanaro alerta para a importância do diagnóstico precoce, ainda nas fases iniciais da doença. “Venha se tiver alguma mancha nova na pele, principalmente se já teve algum caso de hanseníase na família ou cuidou de alguém com a doença”, previne. Com quatro salas de atendimento a bordo, o Consultório Itinerante para Prevenção e Enfrentamento da Hanseníase (Cipeh) reúne até dez especialistas da Universidade de Brasília (UnB) e do HUB. São médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e farmacêuticos capacitados para realizar o diagnóstico rápido. Em caso positivo, é possível iniciar o tratamento e ser encaminhado a um centro especializado. Os pacientes desembarcam do veículo com as primeiras medicações. [Olho texto=” A transmissão ocorre pelo contato próximo e frequente, pelas vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento. Por essa razão, em todo caso diagnosticado, pessoas que residem com o infectado também devem passar por avaliação médica” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em adição, os especialistas também farão treinamento prático de estudantes e de servidores das UBSs, que diariamente realizam acolhimento de pacientes com suspeita da doença. O projeto já passou por Planaltina e irá percorrer outras áreas do Distrito Federal nos próximos dois meses. O tratamento da hanseníase é realizado de forma gratuita no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), disponível nas UBSs e nos serviços ambulatoriais de referência. Além disso, é realizado por meio de esquemas terapêuticos padrões com a associação de três medicamentos padronizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A duração do tratamento varia de acordo com a forma clínica da doença, podendo ser em seis ou 12 meses. Hanseníase A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que ataca, principalmente, a pele e os nervos. A transmissão ocorre pelo contato próximo e frequente, pelas vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento. Por essa razão, em todo caso diagnosticado, pessoas que residem com o infectado também devem passar por avaliação médica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O diagnóstico é realizado por meio de exame que identifica lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. Os principais sinais e sintomas da hanseníase são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência ao longo dos nervos dos braços e pernas; manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele com quedas de pelos, especialmente nas sobrancelhas; áreas da pele muito ressecadas e com ausência de suor; nódulos (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; diminuição da força muscular dos pés e mãos com dificuldade para segurar objetos. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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