Quase 15% da população em situação de rua no DF vive com animais de estimação
O Governo do Distrito Federal (GDF) deu mais um passo importante na construção de políticas públicas sensíveis à realidade da população em situação de rua. O quarto estudo temático do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), revelou que 14,9% das pessoas em situação de rua vivem com pelo menos um animal de estimação. No total, 261 pessoas cuidam de 572 animais, sendo 90,7% cachorros, 8,9% gatos e 0,3% cavalos. Segundo a pesquisa, 261 pessoas em situação de rua cuidam de 572 animais, sendo 90,7% cachorros, 8,9% gatos e 0,3% cavalos | Foto: Divulgação/Sedes Os dados integram o esforço coordenado pela Casa Civil do DF, que articula políticas de acolhimento com foco na dignidade humana. Para o secretário-chefe da Casa Civil e coordenador da Política Distrital para a População em Situação de Rua, Gustavo Rocha, os números confirmam a necessidade de uma abordagem integrada e acolhedora. “Esses dados mostram que o cuidado com os animais é parte essencial da vida de quem está em situação de rua. Políticas públicas eficazes precisam considerar essa realidade para garantir um acolhimento verdadeiramente humanizado e inclusivo”, afirma o secretário. [LEIA_TAMBEM]O levantamento também traz informações sobre a vacinação dos animais. Entre os cães, 46,1% estão vacinados contra a raiva. Entre os gatos, esse número é de 27,5%. A coleta dos dados foi feita com pessoas localizadas nas ruas, em serviços de acolhimento institucional e comunidades terapêuticas, com o objetivo de compor um retrato detalhado das múltiplas dimensões da vulnerabilidade social. “A inclusão de informações sobre a posse de animais de estimação contribui para uma compreensão mais ampla e humanizada da realidade da população em situação de rua”, destaca o diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino. “Ao produzir dados detalhados sobre esse vínculo, o IPEDF reforça seu compromisso com a geração de evidências que orientam políticas públicas mais aderentes às múltiplas dimensões da vulnerabilidade social”, completou. “Esses dados mostram que o cuidado com os animais é parte essencial da vida de quem está em situação de rua. Políticas públicas eficazes precisam considerar essa realidade para garantir um acolhimento verdadeiramente humanizado e inclusivo” Gustavo Rocha, secretário-chefe da Casa Civil Para a diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF, Marcela Machado, o vínculo com os animais precisa ser reconhecido como parte das estratégias de cuidado de quem vive nas ruas. “Considerar essa dimensão no planejamento de políticas e serviços é reconhecer afetos e formas de cuidado que exigem abordagens inclusivas e alinhadas à realidade vivida nas ruas”, explica. A sensibilidade do governo ao tema já se reflete em ações concretas. O primeiro Hotel Social do Distrito Federal, inaugurado em julho, aceita a entrada de animais de estimação, permitindo que os tutores possam acessar o acolhimento institucional sem precisar se separar dos companheiros. O censo é uma iniciativa do GDF realizada pelo IPEDF Codeplan, com coordenação da Casa Civil e apoio de diversas secretarias e órgãos públicos. O objetivo é subsidiar o planejamento de políticas públicas intersetoriais voltadas à promoção de direitos e à superação da situação de rua. *Com informações da Casa Civil do Distrito Federal
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População em situação de rua tem mais acesso à alimentação e atenção em saúde no DF
Todos os dias, por volta do meio-dia, José da Cruz (nome fictício) chega ao Restaurante Comunitário da Estrutural com o mesmo propósito: garantir a refeição que, sem esse serviço, talvez faltasse. “Eu não tenho outro lugar. Aqui é de graça, é certo de vir comer, me alimentar”, resume. Em situação de rua, sem renda fixa e com dificuldades até para pedir ajuda, ele considera o restaurante uma verdadeira salvação: “Saio com a barriguinha cheia, satisfeito.” O depoimento de José sintetiza o impacto direto das políticas públicas voltadas à segurança alimentar no Distrito Federal. O terceiro estudo temático do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, divulgado nesta semana pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), mostra que cresceu significativamente o número de pessoas em situação de rua que recorrem aos restaurantes comunitários. Segundo o Censo Distrital da População em Situação de Rua, 45,1% dos entrevistados já se alimentaram em um Restaurante Comunitário | Fotos: Divulgação/Casa Civil O levantamento revela que, em 2022, apenas 13% dos entrevistados conseguiam se alimentar nesses espaços. Agora, esse número subiu para 45,1%, um aumento de 32,1 pontos percentuais. O aumento na frequência também chama atenção: 44,7% disseram ter usado os restaurantes cinco vezes ou mais nos últimos seis meses. Mais que o dobro do registrado no censo anterior, quando esse índice era de 18,3%. “O acesso à alimentação é um direito básico, e garantir esse direito é uma das prioridades da gestão. Os dados mostram que os esforços do GDF, por meio da coordenação da Casa Civil, têm gerado resultados concretos para a população em situação de rua”, destaca o secretário-chefe da Casa Civil e coordenador da Política Distrital para a População em Situação de Rua, Gustavo Rocha. Atualmente, o DF conta com 18 restaurantes comunitários, sendo que 15 funcionam de domingo a domingo, servindo três refeições Para a diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF, Marcela Machado, os dados revelam avanços importantes. “Este recorte do Censo nos ajuda a compreender com mais profundidade como estão as condições de vida de pessoas em situação de rua, especialmente no que diz respeito ao acesso à alimentação e à segurança alimentar. Os dados reforçam o quanto é essencial garantir ações articuladas, que respondam de forma efetiva às necessidades da população em situação de rua no DF”. Atualmente, o Distrito Federal conta com 18 restaurantes comunitários em funcionamento, sendo que 15 funcionam de domingo a domingo, inclusive feriados. Refeições completas e balanceadas são servidas no café, almoço e jantar por apenas R$ 2 – ou gratuitamente, no caso de pessoas cadastradas em situação de vulnerabilidade. A iniciativa é uma das principais frentes do GDF na promoção da dignidade e no combate à fome, com articulação direta da Casa Civil. A comparação entre os dois censos revela um aumento expressivo no acesso da população em situação de rua aos restaurantes comunitários Para o diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino, o levantamento mostra a importância de uma gestão pública baseada em dados confiáveis. “A comparação entre os dois censos revela um aumento expressivo no acesso da população em situação de rua aos restaurantes comunitários, o que indica o impacto direto de políticas públicas implementadas nesse sentido, como a expansão dos restaurantes. O IPEDF cumpre um papel fundamental ao subsidiar o planejamento, a avaliação e o aprimoramento contínuo dessas ações”. [LEIA_TAMBEM]Além dos avanços no campo da alimentação, o levantamento trouxe subsídios importantes para o fortalecimento das políticas públicas de saúde. A pesquisa aponta que parte expressiva dessa população enfrenta desafios relacionados ao bem-estar físico e emocional, como sintomas de ansiedade, depressão e dores persistentes. Para o GDF, esses dados reforçam a importância da atuação articulada entre saúde, assistência social e direitos humanos. “A Casa Civil tem trabalhado para integrar as ações do governo e garantir que os serviços cheguem com mais eficiência a quem precisa. Este estudo reforça que estamos no caminho certo. A prioridade é ampliar a dignidade, o cuidado e a proteção social para todos os cidadãos do DF”, completou Gustavo Rocha. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 7 de fevereiro de 2025 com 568 pessoas que estavam nas ruas ou em serviços de acolhimento. A coleta foi conduzida pelo IPEDF em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). *Com informações da Casa Civil e do IPEDF
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RenovaDF já capacitou 727 pessoas em situação de rua
Governo do Distrito Federal · RENOVADF JÁ CAPACITOU 727 PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou nesta semana os dados do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua. O mapeamento — que mostrou que o DF tem 3.521 pessoas em situação de rua — é importante para auxiliar na formulação de políticas públicas destinadas a essa população. Uma das políticas de maior sucesso deste Governo do Distrito Federal (GDF) é o RenovaDF, programa que oferece uma formação na área da construção civil a pessoas em situação de vulnerabilidade. Ao mesmo tempo em que fazem as aulas, os alunos aplicam os conhecimentos reformando equipamentos públicos. Durante o período do curso, eles também recebem uma bolsa para ajudar com os custos. A população em situação de rua tem 10% das vagas do RenovaDF reservados para ela | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), conta com uma reserva de 10% das vagas para pessoas em situação de rua. Desde a criação do programa, em 2021, 727 alunos nessa condição se formaram. Só nos últimos 12 meses — de junho de 2024 a maio deste ano —, foram 504. Destes, 48 foram inseridos no mercado de trabalho após o curso. “O GDF tem trabalhado de forma constante para garantir dignidade e criar oportunidades reais para que pessoas em situação de rua possam recomeçar. Iniciativas como as desenvolvidas pela Sedes [Secretaria de Desenvolvimento Social] e pela Sedet foram pensadas exatamente com esse objetivo. Investir em capacitação profissional é uma forma concreta de oferecer não apenas a saída das ruas, mas também a chance de reconstruir a vida com autonomia e dignidade", apontou Gustavo Rocha, secretário-chefe da Casa Civil, órgão do GDF responsável pelo Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua do DF. Gustavo Rocha: "O GDF tem trabalhado de forma constante para garantir dignidade e criar oportunidades reais para que pessoas em situação de rua possam recomeçar" | Foto: Vinicius de Melo/Secretaria de Economia O Censo Distrital da População em Situação de Rua mostrou ainda que 63% das pessoas nessas condições no DF nasceram em outra unidade da Federação. Entre esses, 42,9% vieram para capital federal à procura de emprego. “Os resultados alcançados pelo Renova mostram que o DF é uma porta de recomeço para todos aqueles que sabem agarrar a oportunidade. Cada vaga preenchida representa superação, inclusão, cidadania e dignidade para todos e isso é o que faz todos os esforços valerem a pena”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes. Política Distrital Outra ação deste GDF voltada a pessoas em situação de rua foi a nomeação de 15 delas em cargos públicos dentro do próprio governo. Tal medida foi estabelecida em setembro do ano passado, por meio do Decreto 46.250/2024. Os nomeados foram divididos igualmente em três secretarias: Justiça e Cidadania, Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda. Além disso, o DF foi a primeira unidade da Federação a apresentar um plano de política pública após a suspensão das ações de abordagem à população de rua pelo Supremo Tribunal Federal no último ano. As ações de acolhimento começaram a ser implementadas após uma fase de testes em maio de 2024, quando o GDF realizou visitas na Asa Sul e em Taguatinga, atendendo cerca de 50 pessoas com assistência social e oferta de serviços públicos. O DF foi a primeira unidade da Federação a apresentar um plano de política pública após a suspensão das ações de abordagem à população de rua pelo STF | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília [LEIA_TAMBEM]Em 27 de maio de 2024, o GDF tornou oficial o Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua. Desde então, ocorrem ações semanais em diversos pontos do Distrito Federal. Os órgãos do governo já passaram por regiões como Plano Piloto, Vila Planalto, Taguatinga Norte e Sul, Ceilândia, Águas Claras e Arniqueira. "A pessoa em situação de rua precisa de um olhar diferente, de oportunidades que desenvolvam suas autonomias e o processo de saída das ruas. Este GDF tem dado essas oportunidades por meio do Plano Distrital para População de Rua. Elas são abordadas, atendidas e mapeadas pela Sedes e encaminhadas para a Sedet, que qualifica e emprega por meio do RenovaDF. Isso é olhar a pessoa em situação de rua com suas complexidades, é entregar dignidade", reforçou a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. "Os resultados mostram que estamos no caminho certo. O 2º Censo da População em Situação de Rua revelou que o crescimento desse público no DF foi menor que em outros estados, o que reforça a efetividade das políticas públicas que temos implementado", arrematou o secretário Gustavo Rocha.
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Censo da população em situação de rua no DF será em janeiro
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) inicia em janeiro a coleta de dados do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua. A pesquisa percorre o DF para mapear o perfil e as necessidades das pessoas em situação de rua. O trabalho é realizado em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF). O levantamento utiliza um questionário estruturado para coletar dados essenciais que servirão de base para elaborar e implementar políticas públicas. O questionário aplicado pelo IPEDF em parceria com a Sedes-DF levanta dados como orientação sexual, idade, histórico de residência no DF e outros | Foto: Divulgação/IPEDF Entre as informações levantadas estão dados sociodemográficos, como sexo de nascimento, orientação sexual, raça/cor, data de nascimento ou idade, tempo em situação de rua, presença de crianças sob sua responsabilidade, histórico de residência no DF, nacionalidade e situação migratória, vínculo com moradia fixa, além de benefícios governamentais recebidos. A primeira edição da pesquisa foi realizada em 2022. A realização periódica, a cada dois anos, do Censo Distrital da População em Situação de Rua foi instituída pelo Decreto nº 45.474, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em fevereiro de 2024. *Com informações do IPEDF
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DF terá censo periódico inédito sobre população em situação de rua
O Distrito Federal é pioneiro na realização de uma pesquisa sobre a população de rua. Foi publicado no Diário Oficial do DF (DODF) desta quarta-feira (7) o Decreto nº 45.474, que institui a realização periódica da pesquisa Censo Distrital da População em Situação de Rua, a cada dois anos. A pesquisa deverá, por meio de questionário censitário, contar essa população e coletar informações úteis para subsidiar a elaboração e a implementação de políticas públicas eficazes. A coleta de dados deverá ser realizada no segundo semestre de 2024 | Foto: Divulgação/IPEDF O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) trabalha nessa pauta em parceria com as secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Justiça e Cidadania (Sejus). Para o presidente do IPEDF, Manoel Clementino, essa é uma pesquisa que mostra o olhar atento do governo para um assunto tão sensível. “Subsidiar o debate sobre a população de rua no DF com evidências científicas é permitir que as políticas públicas estejam em consonância com a real necessidade dessa população”, completa. Para a diretora de Estudos e Políticas Sociais do Instituto, Marcela Machado, “a publicação do decreto garante que as informações sobre a população em situação de rua no DF estejam em constante atualização. O pioneirismo do DF em encampar o decreto faz com que o governo tenha a real dimensão sobre quantas pessoas estão em situação de rua no momento da realização da pesquisa, fato que é mais difícil de se obter se focarmos apenas em dados administrativos, como os oriundos do CadÚnico”. A pesquisa deverá coletar dados junto a pessoas em situação de rua, em serviços de acolhimento ofertados pela Sedes, em comunidades terapêuticas, operadas pela Sejus ou credenciadas junto ao Conselho de Políticas sobre Drogas (Conen-DF). A área de Justiça e Cidadania garantirá acesso aos pesquisadores nos espaços de acolhimento das comunidades terapêuticas, as quais estiverem conveniadas, em dias e horários previamente combinados entre os responsáveis pela pesquisa e os coordenadores das unidades. A coleta de dados deverá ser realizada no segundo semestre de 2024. Para a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, a elaboração será realizada a muitas mãos, enriquecendo esta poderosa ferramenta pública. “A Sedes, com olhar técnico e sensível a individualidade de cada cidadão assistido, colabora desde a concepção, trazendo questões críticas à execução de políticas públicas para esta população. Os resultados, por sua vez, nortearão decisões diárias, e agora também comparativas, pois o decreto estabelece a bianualidade da pesquisa. Estratégia fundamental para aprimorar nossas políticas de assistência e desenvolvimento social no DF”, ressalta. [Olho texto=”A pesquisa deverá coletar dados junto a pessoas em situação de rua, em serviços de acolhimento ofertados pela Sedes, em comunidades terapêuticas, operadas pela Sejus ou credenciadas junto ao Conselho de Políticas sobre Drogas (Conen-DF)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Já a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destaca que “é de extrema importância o fortalecimento das políticas, ações e projetos direcionados à população em situação de rua no Distrito Federal e a realização periódica da pesquisa é de grande valia para as decisões a serem tomadas para a referida população. A Sejus reforça o compromisso, enquanto Estado, nas pautas de proteção, respeito e valorização da vida”. Os dados serão coletados por meio de questionários estruturados, com dados sociodemográficos; como sexo de nascimento; orientação sexual; raça/cor; data de nascimento ou idade; tempo em situação de rua; se está acompanhado/a de alguma criança na rua; se sempre residiu no Distrito Federal; nacionalidade, com identificação de situação migratória; existência de vínculo com moradia fixa; se recebe algum benefício do governo e quais são eles, entre outros. A pesquisa, por meio do censo, visa balizar o governo na implementação de políticas públicas específicas para essa população e vai contemplar informações sobre crianças e adolescentes em situação de rua por meio de questionário específico. *Com informações do IPEDF
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