Resultados da pesquisa

Cerrado

Thumbnail

Ceilândia celebra Dia de Mudas com o plantio de 500 árvores nativas do Cerrado

Ceilândia amanheceu mais verde neste domingo (7). A Administração Regional, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do DF, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e Novacap, realizou o plantio de 500 mudas nativas do Cerrado na Nova Área de Eventos do P Sul — área escolhida estrategicamente por estar próxima ao Rio Melchior, contribuindo para a proteção das nascentes e para a recuperação ambiental do território. As mudas — doadas pela Novacap por meio do Programa de Arborização Urbana do Distrito Federal — foram plantadas com apoio de moradores, voluntários, servidores e lideranças comunitárias, reforçando a importância da união da comunidade em prol do meio ambiente. O administrador regional de Ceilândia, Dilson Resende, destacou a relevância do projeto para o futuro da região. Moradores também participaram do plantio voluntário | Foto: Divulgação/Administração Regional de Ceilândia “Estamos unindo esforços para fortalecer a preservação do Cerrado e construir uma Ceilândia cada vez mais verde. O plantio dessas mudas é um gesto simples, mas de grande impacto para o futuro da nossa região”, ressaltou o administrador. Moradores também participaram do plantio voluntário. Para o comerciante João Carlos Mendes, a ação fortalece o sentimento de pertencimento no P Sul. “Participar desse plantio é uma forma de devolver algo para a nossa cidade. Essas 500 mudas vão transformar a área, melhorar o ar e trazer mais qualidade de vida. É bonito ver a comunidade unida por um futuro mais verde”, disse. Além de ampliar as áreas verdes, a iniciativa contribui para a proteção do ecossistema local, reforçando a importância do Rio Melchior para Ceilândia e estimulando mais consciência ambiental na comunidade. *Com informações da Administração Regional de Ceilândia

Ler mais...

Thumbnail

Ação plantará 15 mil mudas do Cerrado em várias regiões do DF

No próximo domingo (7), o Governo do Distrito Federal (GDF) realizará a maior edição do Dia de Plantar, evento anual instituído pelo Decreto nº 44.606, de 2023, que representa o compromisso contínuo do GDF com a restauração ecológica, a ampliação de áreas verdes e o engajamento da população na defesa de um dos biomas mais ricos do país. Neste ano, haverá o plantio de 15 mil mudas com ações simultâneas em várias regiões administrativas do DF. O ponto central da celebração será o Parque Ecológico do Cortado, em Taguatinga.  A edição de 2025 contará com 10 mil mudas fornecidas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e outras 5 mil vindas do Instituto Arvoredo. A ação envolve integração entre a Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF), o Instituto Brasília Ambiental, a Novacap, a Secretaria de Governo (Segov-DF), administrações regionais, comitês ambientais e da sociedade civil. "Cada uma dessas 15 mil mudas plantadas representa esperança, compromisso climático e responsabilidade com o Cerrado, que é o berço das nossas águas" Gutemberg Gomes, secretário do Meio Ambiente O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, destaca que o evento será um marco para o DF. “Cada uma dessas 15 mil mudas plantadas representa esperança, compromisso climático e responsabilidade com o Cerrado, que é o berço das nossas águas. Agradeço a cada servidor, parceiro institucional e cidadão que se somou a esta causa. Só avançamos porque trabalhamos juntos. Seguiremos ampliando nossas áreas verdes e fortalecendo a resiliência ambiental do DF, para que as próximas gerações encontrem um território mais equilibrado, saudável e resiliente", comentou o secretário. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, também reforçou a importância da união de esforços. “O Dia de Plantar mostra que, quando governo e comunidade se unem, o resultado é poderoso. Estamos aqui para reafirmar o compromisso do GDF com a proteção do Cerrado e com uma cidade mais verde para todos. Esse é um trabalho que não se faz sozinho: depende da participação de todos que acreditam em um futuro sustentável. Hoje, plantamos árvores, mas também plantamos consciência, cidadania e esperança. O Governo do Distrito Federal seguirá investindo em políticas ambientais responsáveis e na recuperação das nossas áreas naturais”, afirmou Celina. Celina Leão: "O Dia de Plantar mostra que, quando governo e comunidade se unem, o resultado é poderoso" | Foto: Divulgação/Sema-DF Desde a primeira edição, o Dia de Plantar tem expandido seu alcance e impacto ambiental. Em 2023, foram plantadas 5 mil mudas no Parque Ecológico do Guará Ezequias Heringer. No ano seguinte, mais de 10 mil mudas foram plantadas no Parque Ecológico do Riacho Fundo e em diversas regiões do DF. Serviço Dia de Plantar 2025 Data: Domingo (7), às 8h30 Local central: Parque Ecológico do Cortado, Taguatinga *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF)  

Ler mais...

Thumbnail

Seminário alinha ações de reflorestamento no DF

A Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) promoveu, na manhã desta sexta-feira (28), o Seminário Dia de Plantar 2025/2026, encontro que reuniu órgãos públicos, entidades parceiras e cidadãos engajados na causa ambiental para definir o plano de plantios do próximo ciclo. A iniciativa prepara o terreno para a celebração do Dia de Plantar, instituído oficialmente pelo Decreto nº 44.606, de 7 de junho de 2023, que estabelece o segundo domingo de dezembro como data anual para o plantio coletivo de mudas nativas do Cerrado. A programação teve apresentações técnicas e rodadas de diálogo sobre os próximos passos da mobilização ambiental no DF. Foram apresentados as diretrizes e o planejamento das ações de plantio para o ciclo 2025/2026, com destaque para a organização das demandas regionais, as responsabilidades compartilhadas entre os entes envolvidos e as parcerias locais para execução das atividades. A proposta é fortalecer a integração entre governo e sociedade para garantir maior eficiência nas ações de reflorestamento e recuperação ambiental no Distrito Federal. Gutemberg Gomes: "O Dia de Plantar é muito mais do que uma ação simbólica. Trata-se de uma construção coletiva que envolve múltiplos atores em torno de um objetivo comum: preservar o Cerrado e garantir um futuro mais verde para as próximas gerações" | Foto: Divulgação/Sema-DF O seminário também reforçou o compromisso coletivo com a sustentabilidade e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Para o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, o momento foi essencial para alinhar esforços e fomentar o protagonismo de cada região na agenda ambiental.  [LEIA_TAMBEM]“O Dia de Plantar é muito mais do que uma ação simbólica. Trata-se de uma construção coletiva que envolve múltiplos atores em torno de um objetivo comum: preservar o Cerrado e garantir um futuro mais verde para as próximas gerações. O seminário é uma etapa fundamental desse processo, pois promove o alinhamento entre governo, administrações regionais, instituições ambientais e a sociedade civil organizada. É por meio dessa união que conseguimos realizar ações concretas e duradouras em todas as regiões do DF”, afirmou o secretário. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destacou o seminário como uma ferramenta estratégica para fortalecer a articulação entre Estado e sociedade civil. “Mais do que um momento de planejamento, este seminário representa a união de forças em torno de um propósito comum: o cuidado com o meio ambiente. Nossa meta não é apenas plantar mudas, mas garantir que elas floresçam, cresçam e ajudem a transformar o Distrito Federal em um território cada vez mais verde, resiliente e sustentável”, afirmou a vice-governadora. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF

Ler mais...

Thumbnail

APA do Lago Paranoá é beneficiada com plantio de mudas

Na manhã desta sexta-feira (28), a Unidade de Educação Ambiental (Educ) do Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a Associação dos Chacareiros do Núcleo Rural Córrego do Urubu (Anru) e o Instituto Arvoredo, plantou 300 mudas em área rural localizada no Lago Norte, pertencente à Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago Paranoá. Estudantes participaram do plantio e depois saborearam lanches com frutos do Cerrado | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental As mudas plantadas foram doadas por meio de acordo de cooperação técnica firmado entre o Brasília Ambiental e o Instituto Arvoredo, na execução de ações de integração da sociedade com o meio ambiente, para a conscientização e a preservação do Cerrado. Mais de 200 alunos da Escola Classe Beija-Flor, da Asa Norte, participaram do projeto. Além de ajudarem no plantio, também puderam saborear frutas nativas do Cerrado, como macaúba, jatobá, acerola e manga. Concluído o trabalho, fizeram uma trilha, conduzida pelas professoras, até a área que futuramente abrigará o Parque Ecológico Pedra dos Amigos. [LEIA_TAMBEM]A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, elogiou a iniciativa: “Ações educativas como essa são fundamentais para cuidar do nosso Cerrado, reforçando a importância de poder público e sociedade caminharem juntos para cuidar do meio ambiente e garantir um futuro sustentável para todos”. Ao final da atividade, os estudantes puderam se refrescar com a água do recém- inaugurado filtro natural do Centro Comunitário Córrego do Urubu, que funciona por meio de uma tecnologia sustentável, na qual a captação e a filtragem se dão pela luz solar. A qualidade da água desse filtro foi atestada pelo projeto Jardim de Chuva, do Instituto Oca do Sol, que faz o monitoramento. O estudo revelou que a água está com ph7, de ótima qualidade para a saúde, demonstrando  o cuidado que a comunidade local tem com os recursos hídricos de uma região tão rica em nascentes.   *Com informações do Brasília Ambiental

Ler mais...

Thumbnail

Pesquisa apoiada pela FAPDF ajuda na busca por espécies resilientes às mudanças climáticas

Na fronteira entre o Cerrado e a Amazônia, um dos biomas mais afetados pelo desmatamento, um grupo de pesquisadores e coletores de sementes se uniu em torno de um mesmo propósito: restaurar ecossistemas degradados de forma sustentável, combinando ciência, tecnologia e conhecimento tradicional. O estudo faz parte da iniciativa Amazônia +10, criada em 2022 para incentivar projetos interinstitucionais de pesquisa sobre sustentabilidade e adaptação climática. Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), a iniciativa reúne instituições do Distrito Federal, Mato Grosso e Rio de Janeiro em um esforço conjunto pela restauração ecológica da Amazônia mato-grossense. O projeto, intitulado Integrando conhecimentos locais e ciência em busca de soluções para a restauração ecológica frente às mudanças climáticas na Amazônia mato-grossense, é coordenado pela professora Isabel Belloni Schmidt, da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o pesquisador Daniel Luis Mascia Vieira, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, e conta ainda com a colaboração de equipes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Isabel Schmidt: "Nosso foco é encontrar espécies capazes de resistir às mudanças climáticas e fortalecer as redes comunitárias que fazem da restauração uma fonte de renda e conservação ambiental” | Fotos: Divulgação/FAPDF “A proposta nasceu da vontade de conectar o conhecimento científico com a experiência prática dos coletores de sementes da Amazônia mato-grossense. Nosso foco é encontrar espécies capazes de resistir às mudanças climáticas e fortalecer as redes comunitárias que fazem da restauração uma fonte de renda e conservação ambiental”, explica Isabel Schmidt. Investimento em ciência e sustentabilidade O projeto tem duração de 36 meses e orçamento total de R$ 830 mil, dos quais R$ 110 mil são provenientes da FAPDF. O financiamento permitiu deslocamentos da equipe do Distrito Federal para a região amazônica, aquisição de insumos laboratoriais, coleta de sementes e análise de germinação e plântulas, pequenas plantas em estágio inicial de crescimento. A linha de apoio integra os esforços da fundação para estimular a pesquisa colaborativa entre estados e consolidar o papel do Distrito Federal na agenda de inovação e sustentabilidade nacional. “O apoio da FAPDF foi fundamental para que a equipe de Brasília pudesse atuar diretamente com as comunidades, garantindo o intercâmbio entre ciência e saber tradicional”, reforça Isabel Schmidt. "Apoiar projetos como este é investir em soluções sustentáveis que unem conhecimento local, inovação e conservação — pilares essenciais para o futuro do Cerrado e dos demais biomas do país" Leonardo Reisman, presidente da FAPDF Para o presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, o projeto simboliza o compromisso da fundação com a ciência aplicada à sustentabilidade e à valorização dos povos da Amazônia: “A FAPDF acredita que a pesquisa científica deve dialogar com quem vive e protege o território. Apoiar projetos como este é investir em soluções sustentáveis que unem conhecimento local, inovação e conservação — pilares essenciais para o futuro do Cerrado e dos demais biomas do país. Cuidar da ciência é cuidar da vida: das florestas, das águas e do ar que respiramos. É pensar nas próximas gerações e na responsabilidade que temos com o futuro da humanidade”, afirmou Reisman. Sementes que guardam o futuro da floresta A pesquisa parte de uma realidade urgente: o avanço da degradação florestal no chamado Arco do Desmatamento, no norte do Mato Grosso, e a necessidade de restaurar as matas ciliares — faixas de vegetação nativa que protegem rios, lagos e nascentes — e outras áreas de preservação permanente. Para isso, o projeto investiga espécies nativas com potencial de adaptação a cenários climáticos futuros, usando abordagens científicas de ponta, como a modelagem de distribuição potencial de espécies (SDMs, do inglês Species Distribution Models), que indica as regiões onde cada espécie poderá sobreviver diante do aumento da temperatura e da redução das chuvas. As análises incluem atributos morfoanatômicos e ecofisiológicos das plantas — ou seja, características ligadas à estrutura das folhas e tecidos vegetais, à forma como realizam a fotossíntese e à capacidade de resistir à escassez de água. As sementes analisadas são coletadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia (RSPA), cooperativa de agricultores familiares e organizações locais que atua na produção e comercialização de sementes florestais nativas. Oficina de trabalho junto a Rede de Sementes Portal da Amazônia (RSPA) em setembro de 2025 Durante o estudo, foram realizados testes de germinação e quebra de dormência em diferentes condições experimentais — em laboratório e em casa de vegetação — para identificar o desempenho das espécies e aprimorar técnicas de restauração ecológica. A quebra de dormência é um processo utilizado para “despertar” sementes que permanecem em repouso natural, mesmo em condições favoráveis ao crescimento. Por meio de técnicas controladas, como variações de temperatura, escarificação da casca ou imersão em água, os pesquisadores estimulam a germinação, reproduzindo os fatores que a planta encontraria na natureza. As análises também incluíram o acompanhamento do desenvolvimento das plântulas — pequenas plantas em estágio inicial de crescimento, que surgem logo após a germinação e antecedem a formação das mudas —, permitindo avaliar o vigor e o potencial de adaptação das espécies. Daniel Vieira: "As redes de sementes têm papel essencial na restauração ecológica, pois unem geração de renda e preservação ambiental"  “As redes de sementes têm papel essencial na restauração ecológica, pois unem geração de renda e preservação ambiental. Nosso objetivo é oferecer subsídios científicos para que o trabalho dessas comunidades se torne ainda mais eficiente e sustentável”, destaca Daniel Vieira, pesquisador da Embrapa. O método de semeadura direta, que consiste em lançar as sementes diretamente no solo, é uma das principais apostas do grupo. Apesar de mais simples e de menor custo, ele exige rigor técnico para garantir a germinação e o estabelecimento das plantas, especialmente em ambientes com gramíneas exóticas invasoras, espécies de capins trazidas de outros países que se espalham rapidamente e competem com as plantas nativas por luz, água e nutrientes. Por isso, o projeto também testa novas técnicas de armazenamento, beneficiamento e germinação, buscando reduzir as perdas e aumentar a diversidade de espécies utilizadas. Restauração ecológica Além dos resultados científicos já alcançados, a pesquisa mantém foco na continuidade das ações e na disseminação do conhecimento. Com olhar voltado para o futuro, o projeto prevê a ampliação da base de dados na plataforma WebAmbiente, o maior repositório nacional de informações sobre espécies nativas mantido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pela Embrapa. O estudo também contribui para a elaboração de um catálogo de espécies comercializadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia O estudo também contribui para a elaboração de um catálogo de espécies comercializadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia, com informações técnicas, imagens e dados de germinação que auxiliam coletores, restauradores e gestores ambientais. Essas informações fortalecem debates sobre políticas públicas de adaptação climática e restauração florestal, especialmente no âmbito do Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). [LEIA_TAMBEM]Ao articular ciência, conhecimento tradicional e gestão ambiental, o projeto busca consolidar um modelo sustentável de restauração ecológica, capaz de orientar decisões futuras e inspirar novas práticas voltadas à conservação e ao uso responsável da biodiversidade amazônica. Sobre a Amazônia +10 Lançada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), a iniciativa Amazônia +10 é um programa nacional que fortalece a pesquisa científica voltada à sustentabilidade, conservação e valorização da Amazônia. O programa fomenta projetos interinstitucionais de grande escala, que unem diferentes fundações de amparo à pesquisa (FAPs) estaduais e promovem a cooperação entre universidades, centros de pesquisa e comunidades locais. Ao apoiar iniciativas integradas, a Amazônia +10 busca gerar soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável da região e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. *Com informações da FAPDF

Ler mais...

Thumbnail

GDF apresenta ações de proteção do Cerrado na COP 30, em Belém

O Instituto Brasília Ambiental levou a relevância do Cerrado e as ações de preservação desenvolvidas no Distrito Federal à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), realizada em Belém (PA). O presidente da autarquia, Rôney Nemer, apresentou, na manhã desta terça-feira (11), o painel Emergências em biodiversidade e emergências climáticas no bioma Cerrado. Nemer destacou a missão, as competências e as principais atuações do Brasília Ambiental, ressaltando o papel da instituição na conservação do Cerrado e na geração de água, fatores fundamentais para o equilíbrio ambiental da região Centro-Oeste e do país. Entre os exemplos de sucesso apresentados, o presidente do instituto citou a Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae). A unidade abriga mais de 50 nascentes, monitora médios e grandes mamíferos e recebe mais de 30 pesquisas científicas. O local ainda é o único no mundo onde ocorre o fenômeno das águas emendadas, em que uma mesma nascente verte água para duas grandes bacias hidrográficas: a do Tocantins-Araguaia, que segue para a Amazônia; e a do Paraná, que flui para o Rio da Prata, passando por Bolívia, Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. A Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae) foi um dos principais temas da apresentação de Rôney Nemer no evento internacional | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental Rôney Nemer ainda ressaltou a diversidade da fauna e da flora locais e destacou os desafios impostos pelas chuvas intensas e secas prolongadas, frutos das emergências climáticas que impactam diretamente a proteção do Cerrado. Outros temas abordados na exposição foram as ações de prevenção e combate ao fogo, o acolhimento e reabilitação de animais no Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre, os programas de educação ambiental e os planos de adaptação e mitigação climática integrados desenvolvidos pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF). [LEIA_TAMBEM]O presidente encerrou a apresentação com um apelo aos participantes pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 504/2010, que visa incluir o Cerrado entre os biomas considerados patrimônio nacional. “Somente os esforços locais não são suficientes. O Cerrado representa uma contribuição essencial para todo o patrimônio natural do Brasil”, afirmou. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, aponta a mobilização contínua do GDF em cuidar do meio ambiente: “A preservação do cerrado é essencial para o equilíbrio climático e o abastecimento de todo o país. Levar essa pauta à COP 30 reforça o compromisso do DF com a sustentabilidade e com o protagonismo nas ações de conservação e adaptação às mudanças do clima”. *Com informações do Brasília Ambiental  

Ler mais...

Thumbnail

Coleta de sementes auxilia na preservação do Cerrado

Uma equipe da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) acabou de retornar de uma expedição de quatro dias em Goiás (Goiânia, Anápolis, Abadiânia, Corumbá de Goiás, Pirenópolis e Jaraguá) em busca de frutos maduros para coleta de sementes. Periodicamente ocorrem expedições como essa com o intuito de resgatar as origens genéticas do bioma e semeá-las no meio urbano do Distrito Federal. O Departamento de Parques e Jardins da Diretoria das Cidades da Novacap, responsável pela coleta, enviou equipe com engenheiro florestal, técnico agrícola, encarregado de jardinagem e auxiliares de serviços gerais para percorrer a rota traçada pelos próprios funcionários da companhia há mais de 15 anos, devido à variedade de espécies. De acordo com o engenheiro florestal e assessor do Departamento de Parques e Jardins, Matheus Fuente, as expedições são importantes para o recolhimento de sementes mais sadias, ainda não expostas ao meio urbano e protegidas naturalmente contra fungos e bactérias em um ecossistema fechado. A ação auxilia na preservação do meio ambiente e na manutenção da biodiversidade do Centro-Oeste. “Acredito que sempre que fazemos essas expedições, estamos conservando e fortalecendo o bioma. E mais ainda, dando a identidade adequada para o clima e o local do meio urbano”, explica. Periodicamente ocorrem expedições como essa com o intuito de resgatar as origens genéticas do bioma e semeá-las no meio urbano do Distrito Federal | Foto: Divulgação/Novacap A expedição coletou 361,5 kg de 15 espécies: gonçalo alves, chichá-do-cerrado, palmeira guariroba, ipê amarelo, cabo de machado, banha-de-galinha, guatambu do cerrado, palmeira rabo de raposa, jenipapo, ingá colar, cagaiteira, jatobá-pitomba, jabuticabeira, amendoim do campo e cajuzinho do cerrado. Conforme explica Fuente, há diversos métodos de recolhimento, a depender da espécie em questão. Para algumas, basta apenas pegar os frutos no chão, como acontece com a cajuzinho do cerrado. No caso do ipê, as sementes são aladas, então é utilizada uma lona. Já em outras matrizes, é necessário o uso do podão, para corte de eventuais cachos. A atuação inicia-se na observação de possíveis indivíduos (árvores) com material de interesse. Em seguida, confirma-se a saúde e disponibilidade das sementes, para então afirmar o ponto de coleta. “O processo é longo e cada espécie tem sua peculiaridade. Após a coleta, elas vão para beneficiamento, armazenamento, semeadura e produção de mudas, para depois entrar no programa de arborização da Novacap”, esclarece Matheus. *Com informações Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)

Ler mais...

Thumbnail

Livro sobre a loba-guará Pequi é lançado no Zoo Brasília

Além da programação especial para o Dia das Crianças, o Zoológico de Brasília celebrou o Dia Nacional do Lobo-guará, no dia 12 de outubro, com o lançamento do livro Pequi e o Cerrado Voador. A obra convida o leitor a mergulhar em uma aventura poética pelo Cerrado. No enredo, os animais do bioma enfrentam o desafio de atravessar uma imensa faixa de pedra que ameaça a sobrevivência da fauna e da flora locais: a tão temida estrada. O destaque do livro é Pequi, uma loba-guará que habita os campos de capim alto e se une a outros animais, plantas e humanos para proteger o Cerrado.  Ao longo da história, os personagens trilham uma jornada de resistência e esperança. Mais do que uma narrativa sobre superação, o livro desperta a reflexão sobre a importância da cooperação e da preservação ambiental. A publicação é fruto de uma parceria entre a associação civil A Vida no Cerrado (Avinc) e a ONG Jaguaracambé (Associação para Conservação da Biodiversidade). A personagem principal do livro foi inspirada na história real de uma loba-guará chamada Pequi, que perdeu a vida em uma rodovia após uma trajetória de resgate e superação. “A história da Pequi nos ensinou muito sobre resiliência e sobre o poder da união em torno da conservação da biodiversidade e da manutenção do Cerrado”, afirma Ana Paula Nunes de Quadros, presidente da ONG Jaguaracambé. Quem foi Pequi? Pequi foi uma loba-guará resgatada ainda filhote após perder a mãe. Ela tornou-se um símbolo dos esforços de reabilitação e de conservação da fauna do Cerrado. Depois de meses de cuidados intensivos realizados pelo Zoológico de Brasília, pela ONG Jaguaracambé e pelo Parque Vida Cerrado, Pequi foi preparada para retornar à natureza. Durante o processo de readaptação, Pequi viveu em um recinto especialmente construído, onde aprendeu a caçar, reconhecer frutos do Cerrado e se comportar como uma loba selvagem. Pequi voltou à natureza depois de passar por cuidados no Zoológico, mas acabou atropelada | Foto: Vinícius Rozendo Viana/Zoológico de Brasília “O Zoológico guarda uma história muito bonita com a Pequi. Ela chegou ao Zoo junto com os irmãos, em 2020, com menos de 20 dias de vida”, recorda Ana Raquel Gomes Faria, assessora da Superintendência de Conservação do Zoológico de Brasília. “Ela era a menor da ninhada, mas sempre respondia bem ao manejo e ao processo de reabilitação, mostrando uma grande força e vontade de viver e, principalmente, uma vontade de retornar ao ambiente natural, como foi proposto desde o início”, acrescenta Ana Raquel. A soltura de Pequi ocorreu em abril de 2023. Ela mostrou força e instinto de sobrevivência por meses, mas foi atropelada em uma rodovia, revelando a difícil realidade que as espécies do Cerrado enfrentam diante da expansão urbana. Apesar da breve vida, Pequi conseguiu reforçar a importância das ações de conservação e educação ambiental Apesar da breve vida, Pequi conseguiu reforçar a importância das ações de conservação e educação ambiental, bem como a necessidade de medidas concretas para a redução do impacto das estradas para a flora e a fauna silvestre. “A Pequi nos mostrou o quanto é possível criar alianças entre os seres humanos e outros animais. Ela foi cuidada por vários profissionais ao longo da vida e esse vínculo continua vivo no livro. É uma forma de imaginar a Pequi livre e viva, caminhando pelo Cerrado e lutando, ao lado de outras espécies, por um Cerrado contínuo e saudável para todos”, afirma Dodó Riberiana, co-coordenadora do Núcleo de Educação Socioambiental da Avinc. O livro está disponível em versão online. *Com informações do Zoológico de Brasília  

Ler mais...

Thumbnail

Alunos da EC 14 do Gama se formam guardiões ambientais

Alunos da Escola Classe 14 do Gama se tornaram guardiões ambientais, nesta quinta-feira. Sob o comando do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), a turma Murici do Cerrado formou 44 estudantes do 5º ano do ensino fundamental. A iniciativa faz parte do Programa de Educação Ambiental Lobo-Guará (Prealg), desenvolvido em parceria entre o BPMA e instituições de ensino do Distrito Federal com o objetivo de formar cidadãos conscientes, multiplicadores de boas práticas e defensores do meio ambiente. O projeto forma cidadãos conscientes, multiplicadores de boas práticas e defensores do meio ambiente | Foto: Divulgação/PMDF Durante o curso, os alunos aprenderam sobre a importância da preservação ambiental e o papel de cada cidadão na proteção da fauna e da flora do Cerrado. O projeto baseia-se na Lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais) e integra as ações de prevenção primária da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) aos delitos ambientais, com ênfase na criação irregular de animais silvestres. Nesta data, também foram celebrados os 22 anos de criação do Programa Lobo-Guará, que já formou mais de 14 mil guardiões ambientais e atendeu mais de 700 mil pessoas desde a implementação, consolidando-se como uma importante iniciativa preventiva e educativa da Polícia Militar do Distrito Federal. *Com informações do IgesDF  

Ler mais...

Thumbnail

Disque-Cerrado chega ao Jardim Botânico para incentivar o plantio de árvores nativas

Com o objetivo de promover a restauração ecológica e a conscientização ambiental no Mês do Cerrado, o Instituto Brasília Ambiental, em parceria com o Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB), lança o serviço Disque-Cerrado na Região Administrativa do Jardim Botânico-DF. A iniciativa integra o Projeto Ação Oikos, localizado no Centro de Práticas Sustentáveis (CPS), e visa conectar a população urbana com a preservação ativa do bioma Cerrado. O serviço permite que qualquer morador da região solicite gratuitamente o plantio de até três mudas nativas do Cerrado por CPF. As mudas são cultivadas no próprio CPS, e o plantio é realizado por uma equipe técnica capacitada, que entrega junto uma cartilha educativa com orientações sobre os cuidados necessários para o desenvolvimento saudável da planta. “Ao levar o apoio técnico e as mudas nativas gratuitamente, estamos removendo barreiras e garantindo que o interesse genuíno da população em cuidar do meio ambiente se transforme em uma ação concreta e bem-sucedida. É uma iniciativa que ensina o plantio e o cuidado", ressalta a vice-governadora Celina Leão. Como funciona o serviço A solicitação é feita por meio de um formulário eletrônico, acessível pelo link oficial do projeto: Formulário Disque-Cerrado. O requerente informa seus dados e a localização desejada para o plantio. A ação é organizada de modo a otimizar os recursos. A equipe se deslocará para a área solicitada sempre que houver um mínimo de 10 mudas a serem plantadas dentro de um raio de um hectare. A solicitação é feita por meio de um formulário eletrônico, acessível pelo link oficial do projeto: Formulário Disque-Cerrado | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O plantio segue protocolos técnicos de conservação ambiental: abertura e adubação do berço, aplicação de gel especial que permite o plantio em qualquer época do ano, cobertura com vegetação morta e irrigação inicial. Em seguida, a pessoa ou condomínio recebe a cartilha educativa com orientações sobre rega e controle de pragas, como formigas. “É importante reflorestar e mostrar a revitalização do Cerrado. Sem Cerrado não tem água, e sem água não tem vida”, enfatizou Rôney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental. Por que adotar uma muda do Cerrado? Plantar uma árvore nativa vai muito além do aspecto estético. Trata-se de uma ação concreta de impacto ambiental e comunitário. Cada árvore adulta pode absorver cerca de 25 kg de dióxido de carbono por ano, oferecendo sombra, frutos, redução de ruídos e temperatura, além de evitar erosões e enchentes por meio da absorção da água da chuva. No contexto da cidade do Jardim Botânico, essa ação ganha ainda mais relevância. A região é uma das poucas áreas urbanas com infraestrutura voltada à educação ambiental e à produção sustentável. Com sua baixa densidade populacional e vastas áreas verdes, torna-se o cenário ideal para a reconexão com a natureza e a valorização do bioma Cerrado, um dos mais ameaçados do Brasil. “Nossa meta nesta primeira fase é plantar mil árvores do Cerrado, que vão melhorar muito a qualidade de vida na nossa cidade”, destacou Rose Marques, presidente do MCJB. A coordenadora do projeto, Luana da Mata, complementa: “Já produzimos quase 10 mil mudas e agora estamos indo além. Quem quiser adotar uma árvore do Cerrado, nós plantamos para você”. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

Ler mais...

Thumbnail

Guia sobre a vegetação do Cerrado no Jardim Botânico de Brasília é lançado

O Jardim Botânico de Brasília (JBB) lançou, na quinta-feira (4), o livro Flora do Jardim Botânico de Brasília Ervas e Arbustos — Guia de Campo, obra inédita que reúne informações sobre a vegetação do Cerrado encontrada na Unidade de Conservação. O evento contou também com a reinauguração do mosaico Centenário de JK e com a abertura da exposição Fragmentos de uma Visão: O Legado Musivo de Gougon. O guia traz em suas mais de 650 páginas a descrição de 548 espécies de ervas e arbustos presentes no Jardim Botânico de Brasília, com fotos detalhadas de autoria do fotógrafo Maurício Mercadante. A publicação inclui informações sobre ocorrência, endemismo, morfologia, além de períodos de floração e frutificação, resultado do trabalho das botânicas Priscila Rosa, Maria Rosa Zanatta e Daniela Ramalho. Além de trazer informações técnicas sobre a flora do Cerrado, o livro se destaca pelos imagens | Foto: Divulgação/JBB Os 2 mil exemplares da obra, destacada como objeto de consulta, serão distribuídos para instituições públicas, bibliotecas, universidades, jardins botânicos, herbários e algumas escolas públicas do Distrito Federal. De acordo com a botânica e servidora do JBB, Maria Rosa Zanatta, a obra supre uma lacuna histórica: “Difundir o conhecimento sobre a biodiversidade do Cerrado do JBB é estratégico para a valorização e proteção da Unidade de Conservação, bem como dos remanescentes de vegetação natural em seu entorno”. A exposição de mosaicos segue aberta no Centro de Visitantes do JBB até 30 de setembro, de terça a domingo, das 9h às 17h. Para acessar a versão digital do livro acesse o link da Biblioteca Digital do Cerrado do JBB. *Com informações do JJB

Ler mais...

Thumbnail

Projeto Agroflorestando promove restauração produtiva e engajamento comunitário no Cerrado

Conciliar práticas agrícolas com a recuperação do solo e da vegetação nativa é o objetivo central do projeto Agroflorestando, coordenado pela professora Cristiane Gomes Barreto, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB), com apoio da FAPDF por meio do Edital Learning 2023. Bióloga formada pela UnB, Cristiane construiu uma carreira marcada pelo diálogo entre ciência e políticas públicas ambientais. Após experiências em zoologia, consultoria e licenciamento, retornou à universidade para o doutorado em Desenvolvimento Sustentável, onde investigou a história ambiental e a paisagem.  Desde 2016, como servidora, atua em projetos voltados à restauração ecológica, agricultura familiar e inovação social. O Agroflorestando foi estruturado em três eixos: o fortalecimento comunitário, a análise de recursos tangíveis como mudas e sementes nativas, e a inovação social por meio de oficinas e trocas de conhecimento. Essa abordagem integrada permitiu envolver estudantes de mestrado e doutorado, agricultores e jovens do meio rural, ampliando a circulação de saberes e práticas sustentáveis. Brigadistas e agricultores familiares durante atividade de análise de solo nas oficinas do projeto | Foto: Divulgação/Projeto Agroflorestando Entre as atividades realizadas, destacam-se as oficinas de tecnologias sociais, como a oficina com jovens do Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura Familiar (PADEF) e a oficina sobre combate ao fogo, que reuniu agricultores familiares, brigadistas e especialistas da área. Esses encontros resultaram não apenas em troca de experiências, mas também na criação de metodologias comunitárias para prevenção e enfrentamento de incêndios, um dos principais desafios ambientais do Cerrado. Os avanços já são expressivos. No campo científico, o projeto contabiliza cerca de dez trabalhos apresentados em congressos, artigos submetidos e três trabalhos acadêmicos em andamento. No aspecto social, houve a criação de uma associação de jovens agricultores no assentamento Osiel Alves, passo decisivo para a gestão coletiva de iniciativas locais. Já os impactos ambientais incluem o retorno da fauna — aves, répteis e mamíferos — às áreas em processo de restauração. O percurso também envolveu desafios. O alto custo de mudas nativas e um incêndio que destruiu parte de uma área restaurada exigiram resiliência e criatividade da equipe. Como resposta, foram desenvolvidos cinco protótipos comunitários de baixo custo para prevenção e combate ao fogo, além de equipamentos e metodologias que agora começam a ser replicados em territórios da agricultura familiar. O apoio da FAPDF foi essencial para garantir bolsas de pesquisa e a participação direta de agricultores, promovendo engajamento comunitário sem prejuízo às atividades produtivas. Agora, a iniciativa caminha para uma nova etapa: a construção de uma fábrica comunitária, que será gerida pela associação de jovens agricultores. O espaço vai abrigar tecnologias e protótipos criados nas oficinas, gerando alternativas de renda e fortalecendo a agricultura familiar no DF. “O apoio da FAPDF foi fundamental para garantir que o projeto pudesse unir ciência, comunidade e sustentabilidade, deixando um legado duradouro para o Cerrado”, destaca a professora Cristiane Barreto. *Com informações da FAPDF

Ler mais...

Thumbnail

Dia Mundial da Cobra: cartaz ressalta papel ecológico dos ofídios

Nesta quarta-feira (16) é comemorado o Dia Mundial da Cobra e o Instituto Brasília Ambiental aproveita a data para ressaltar o importante papel ecológico que esses animais desempenham no meio ambiente. “Há na cultura popular um receio grande com relação às serpentes. No entanto, elas exercem um papel ecológico fundamental no controle de roedores que contribuem na disseminação de zoonoses. Além disso, colaboram no equilíbrio da cadeia ecológica quando servem de alimento para aves, mamíferos e até mesmo outras serpentes”, explica o biólogo da Gerência de Fauna Silvestre (Gfau) da autarquia, Thiago Silvestre. Ele acrescenta que as serpentes possuem também grande importância para a medicina e prevenção de acidentes ofídicos, por meio do uso do seu veneno para a produção de soros antiofídicos, que são ministrados nos principais hospitais e referências do Distrito Federal. De acordo com estudos científicos, o Cerrado possui em média 117 espécies de serpentes registradas. “Um número alto destes indivíduos configuram-se como não peçonhentos, e acabam sendo mortos por conta do pavor que as pessoas possuem pelos que possuem veneno. Neste sentido, caso encontre uma serpente em ambiente urbano, a melhor forma de lidar é manter a distância e chamar o Batalhão da Polícia Militar Ambiental por meio do telefone 190. Cabe ressaltar que matar indivíduos da fauna silvestre, incluindo as serpentes, configura crime ambiental por meio da Lei 9.605, sujeito a pena de prisão e multa”, adverte Silvestre. De acordo com estudos científicos, o Cerrado possui em média 117 espécies de serpentes registradas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Outro fator de suma importância, ressaltado pela equipe da Gfau, é a necessidade de educar as crianças, desde cedo, a evitar chegar perto de serpentes. “E também, se possível, orientá-las a identificar as principais espécies, e a chamar um adulto assim que verificar a presença do réptil nas proximidades”, completam. Conscientização Entre as iniciativas do Brasília Ambiental voltadas à conscientização da importância desse animal estão: o lançamento do Cartaz das Serpentes do Cerrado, em 3 de junho, que marcou a abertura da Semana do Meio Ambiente e o Dia Nacional da Educação Ambiental; e a sinalização da moradia de uma cobra da espécie jararaca na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), onde as cobras são muito presentes em números e espécies. A moradia fica a 90 metros da administração da Estação. O cartaz integra a coleção Eu Amo Cerrado, desenvolvido pela Unidade de Educação Ambiental (Educ) da autarquia. A coleção visa a levar informações sobre biodiversidade do bioma, despertando a curiosidade e sensibilização do público para a preservação das riquezas naturais. A educadora ambiental do Instituto, Mariana dos Anjos, destaca a importância de a população tomar consciência que as cobras têm papel fundamental para o equilíbrio ecológico do Cerrado. “De forma a mudar o pensamento de tomar esses animais como inimigos e matá-los. Qualquer ação que leve à dizimação deles é muito prejudicial ao meio ambiente”, enfatiza. No que se refere à sinalização da casa da jararaca na Esecae, a educadora ressalta que é uma atitude de valorização e proteção do animal. Ela conta que a moradia, no primeiro momento, foi entendida como a Casa do Tatú. Mas com o trabalho da também educadora ambiental, Clebiane Pereira, de observação do espaço, foi identificada a verdadeira moradora: uma jararaca. A partir daí a casa foi devidamente identificada. Entre as iniciativas do Brasília Ambiental voltadas à conscientização da importância desse animal estão o lançamento do Cartaz das Serpentes do Cerrado | Arte: Brasília Ambiental Dos Anjos explica que a identificação foi importante para o estudo dos hábitos do animal. “Como, por exemplo, se ela fica mais dentro da casa ou se sai para tomar sol, em que horários os deslocamentos dela ocorrem e a duração deles, entre outras informações. Saber esses hábitos é fundamental para orientar os visitantes locais, de forma que nem o animal, nem as pessoas sofram qualquer prejuízo e possam manter uma relação harmônica”, esclarece. Educação Ambiental A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destaca a relevância da promoção da educação ambiental, especialmente, com relação aos animais silvestres. “Ações que geram o entendimento do papel de cada animal na manutenção do equilíbrio ecológico são fundamentais para despertar a consciência da população sobre a importância de preservar o meio ambiente”, disse. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, lembrou que as ações de educação ambiental levam à transformação de hábitos. “Eu mesmo sou fruto destas ações de educação ambiental, pois eu, que sou um arquiteto urbanista e nunca imaginei que aprenderia tantas coisas relacionadas à área ambiental, após assumir a Presidência do Brasília Ambiental, tenho agora a minha visão de mundo totalmente diferente, transformada. A minha vida hoje é o meio ambiente”. Origem Apesar de a origem da atribuição do 16 de julho ao Dia Mundial das Cobras não ser muito clara, a data é celebrada em todo o mundo como uma oportunidade de se promover uma reflexão sobre a necessidade de conservação das serpentes ao redor do planeta. Cientificamente, a forma correta de nomear o animal é “serpente”. O termo “cobra” é utilizado apenas para se referir às espécies de najas. Porém, no Brasil, popularmente se fala tanto cobra quanto serpente. Algumas cobras típicas do Brasil são: cobra cascavel, coral verdadeira, jararaca-de-alcatrazes, jararaca-ilhoa, jararaca-cruzeira, cobra-verde, falsa coral, jiboia, dentre outras. Existem mais de três mil espécies de cobras espalhadas pelo mundo, sendo que um quarto delas é venenoso. Só no Brasil são cerca de 400 espécies. Apesar do importante papel ecológico delas, muitas espécies encontram-se criticamente ameaçadas de extinção, inclusive algumas brasileiras. As causas são o desmatamento e a caça, além do comércio ilegal das espécies. Por isso, é importante não matar as cobras e preservar seu habitat. *Com informações do Brasília Ambiental

Ler mais...

Thumbnail

GDF e Poder Judiciário firmam parceria para o plantio de 70 mil mudas de espécies nativas do Cerrado

Nesta terça-feira (15), a Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) participou de solenidade no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tratar da implementação de um Plano de Compensação Ambiental, em cumprimento à Resolução CNJ n° 594/2024. O encontro marca o início de uma parceria estratégica entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Poder Judiciário brasileiro, que visa à promoção da descarbonização institucional e à neutralidade de carbono até 2030. "Este acordo representa mais do que o plantio de árvores, é a semeadura de um compromisso duradouro com o Cerrado, com a justiça climática e com as próximas gerações", afirma a vice-governadora Celina Leão | Foto: Divulgação/Sema-DF A parceria prevê o plantio de 70 mil mudas de espécies nativas do Cerrado, dentro de um projeto com duração de quatro anos, que incluirá implantação e manutenção dos plantios de recuperação. A ação está inserida no Plano de Logística Sustentável do TST/CSJT e será um importante passo para a recuperação ambiental de áreas degradadas, com impacto direto na conservação da biodiversidade do bioma Cerrado. A iniciativa integra o Programa Justiça Carbono Zero, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e representa um marco ambiental para o país. Em atenção às diretrizes da Resolução, o TST, o Ministério Público do Trabalho da 10ª Região e o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região formalizaram a proposta de cooperação com o GDF para viabilizar ações concretas de recomposição florestal no território do Distrito Federal. [LEIA_TAMBEM]“Firmar esta parceria é avançar com responsabilidade rumo a um futuro mais sustentável. O Governo do Distrito Federal tem compromisso com ações concretas de recomposição ambiental e se orgulha de unir esforços com o Poder Judiciário e o Ministério Público no âmbito do Programa Justiça Carbono Zero. A formalização dessa cooperação atende à Resolução CNJ nº 594/2024 e estabelece diretrizes claras para a aplicação de recursos destinados à execução do Plano de Descarbonização do Tribunal Superior do Trabalho, com foco na recuperação de áreas degradadas no território do Distrito Federal", afirma a vice-governadora Celina Leão. "Este acordo representa mais do que o plantio de árvores, é a semeadura de um compromisso duradouro com o Cerrado, com a justiça climática e com as próximas gerações. Serão 70 mil mudas nativas plantadas ao longo de quatro anos, em um projeto que alia preservação, técnica e cooperação. Proteger o Cerrado é preservar a nossa identidade. Ao lado de instituições que compartilham esse propósito, mostramos que o diálogo interinstitucional é capaz de gerar soluções reais. Brasília reafirma, assim, sua vocação como capital que integra desenvolvimento, responsabilidade ambiental e inovação no serviço público”, acrescenta Celina. O secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, reforçou o papel estratégico da ação para a agenda climática local. "A implementação do Plano de Compensação Ambiental no âmbito do Programa Justiça Carbono Zero demonstra que o meio ambiente está no centro das decisões institucionais. Com o plantio de mais de 70 mil mudas de espécies nativas do Cerrado, damos mais um passo firme rumo à restauração ecológica e à mitigação dos efeitos da mudança climática no DF", declarou. *Com informações da Sema-DF

Ler mais...

Projeto Raízes do Amanhã promove uso sustentável de espécies nativas do Cerrado em Brasília

O potencial econômico e ambiental da flora nativa do Cerrado ganhou destaque em uma ação do projeto Raízes do Amanhã: Espécies Nativas de Valor Econômico, nesta sexta-feira (27), na 115 Norte. A iniciativa do Instituto Desponta Brasil capacita pequenos produtores rurais, comunidades e estudantes para o manejo e cultivo dessas espécies, com o objetivo de diversificar a produção agrícola e gerar renda no Distrito Federal. O objetivo principal do Raízes do Amanhã é fomentar o uso sustentável da vasta biodiversidade brasileira como uma alternativa estratégica para a agricultura e o desenvolvimento de novos negócios. A proposta busca fortalecer a segurança alimentar e promover a resiliência do setor produtivo frente aos desafios das mudanças climáticas. Além da preservação ambiental, o Raízes do Amanhã fortalece a segurança alimentar e o setor produtivo | Foto: Divulgação/Sema-DF “O projeto Raízes do Amanhã nasceu com o objetivo de aproximar todos os estudos do Brasil de suas regiões administrativas, especialmente no Cerrado. É a divulgação de um projeto que se baseia em mais de 40 anos de pesquisas e saberes acumulados sobre nossa flora nativa”, afirmou Kadmo Côrtes, diretor responsável pelo projeto e presidente do Instituto Desponta Brasil, ressaltando a base de conhecimento que sustenta a iniciativa. O secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, destacou a importância da participação comunitária e o impacto econômico do projeto. “Este projeto é de extrema importância, mostrando a riqueza do Cerrado, com palestras e encontros com agricultores familiares. Ele vai ao encontro da agenda ambiental do Distrito Federal, gerando tanto o aproveitamento de espécies regionais quanto um ganho financeiro direto para pequenos produtores e agricultores, aumentando a renda individual e coletiva do DF”, detalhou. O projeto oferecerá uma série de oficinas de capacitação e atividades formativas com foco na agricultura sustentável A iniciativa está alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), contribuindo para o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), ODS 13 (Ação contra a Mudança Climática Global) e ODS 15 (Vida Terrestre). Essas metas globais enfatizam a promoção de práticas agrícolas sustentáveis, a adaptação climática e a conservação da vida terrestre, pilares do projeto. [LEIA_TAMBEM]Para Lídio Coradin, coordenador da iniciativa Plantas para o Futuro, o projeto Raízes do Amanhã é um passo crucial para o futuro do país. Ele defende que o verdadeiro valor das espécies nativas vai muito além da mera preservação. “Nosso país tem um tesouro ainda subutilizado em sua flora nativa, com um potencial imenso para a alimentação, saúde e economia”, afirma Coradin. “Após anos de pesquisa, reafirmo que essas espécies são uma chave estratégica para a segurança alimentar e a resiliência climática do Brasil. O grande desafio, e o que projetos como o Raízes do Amanhã e o Plantas para o Futuro buscam, é conectar todo esse conhecimento científico com as mãos de quem cultiva, para que esse legado biológico se traduza em prosperidade para todos.” Como parte das atividades, o Raízes do Amanhã oferecerá uma série de oficinas de capacitação e atividades formativas com foco na agricultura sustentável, recuperação de áreas degradadas e criação de produtos derivados das nossas plantas nativas. As aulas estão programadas para ocorrer em locais como a Embrapa Hortaliças, a Universidade do Distrito Federal (UnDF) e Fazenda Malunga, com cronograma que se estende de 2 de junho até 8 de outubro de 2025. *Com informações da Sema-DF

Ler mais...

Thumbnail

Pesquisa aponta plantas do Cerrado aptas a recuperar solos contaminados

Uma pesquisa acadêmica realizada por Gabriel Gonçalves, estudante do curso de Gestão Ambiental da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF), identificou 13 espécies de plantas nativas do Cerrado com potencial para a recuperação de solos contaminados por herbicidas agrícolas na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF). O levantamento teve como foco a fitorremediação, técnica ambiental que utiliza a capacidade natural de plantas e suas microbiotas associadas para reduzir ou eliminar poluentes no solo. O estudo foi conduzido a partir de uma revisão sistemática de artigos científicos publicados nas bases de dados Scopus e Scielo, analisando os últimos dez anos de produção científica sobre o tema. A iniciativa buscou mapear as espécies nativas que poderiam ser aplicadas como solução sustentável para os impactos causados pelo uso intensivo de agrotóxicos na agricultura, principal atividade econômica de grande parte dos municípios da Ride-DF. O estudo mapeou as espécies nativas que poderiam ser aplicadas como solução sustentável para os impactos causados pelo uso intensivo de agrotóxicos na agricultura | Foto: Divulgação/Secretaria do Entorno De acordo com os resultados, entre as 13 espécies com maior potencial fitorremediador, destaca-se a predominância da família Fabaceae. Segundo a pesquisa, características morfofisiológicas dessas plantas, como o desenvolvimento radicular profundo e a capacidade de adaptação a solos pobres, favorecem mecanismos de remediação ambiental.  “A pesquisa teve como objetivo mapear, por meio de uma revisão científica dos últimos dez anos, espécies nativas do Cerrado com potencial para recuperar áreas agrícolas contaminadas por herbicidas na Ride-DF”, esclarece Silmary de Jesus, professora da UnDF e orientadora do estudante pesquisador. Ela explica ainda que foram identificadas 13 espécies de plantas capazes de atuar na fitorremediação sem causar novos impactos ambientais. “O trabalho oferece aos agricultores da região um catálogo prático de espécies aptas à recuperação do solo. As informações visam auxiliar especialmente a agricultura familiar, propondo soluções sustentáveis baseadas na flora local. A iniciativa reforça o papel da ciência aplicada à realidade regional”, completou a docente. Entre os principais contaminantes identificados nas áreas agrícolas analisadas estão os herbicidas Atrazina, 2,4-D e Sulfentrazone, amplamente utilizados em cultivos como soja, milho e cana-de-açúcar. Esses compostos, ao longo dos anos, têm provocado preocupação ambiental devido à sua persistência e aos riscos para os recursos hídricos e a saúde pública. Gabriel Gonçalves: "A pesquisa foi uma oportunidade de unir ciência e compromisso social" Gabriel Gonçalves destacou o compromisso com a sustentabilidade regional. “A pesquisa foi uma oportunidade de unir ciência e compromisso social. Investigar alternativas sustentáveis para a recuperação de solos contaminados na Ride é uma forma de retribuir à nossa região com conhecimento que transforma. Acredito no papel dos estudantes como agentes de mudança por meio da ciência aplicada”, disse.  Para o secretário do Entorno do DF, Cristian Viana, a pesquisa é um exemplo de como o conhecimento técnico-científico pode ajudar na formulação de políticas públicas mais sustentáveis para a região. “A identificação de soluções ambientais com base na flora nativa é um passo importante para conciliarmos a produtividade agrícola com a preservação ambiental no Entorno do DF”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]A pesquisa reforça o papel estratégico da ciência aplicada no enfrentamento dos desafios ambientais da Ride-DF, propondo alternativas viáveis e de baixo custo para a recuperação de áreas agrícolas degradadas. “Estimular pesquisas voltadas à realidade da Ride-DF é uma prioridade para a UnDF, pois entendemos que o conhecimento científico precisa dialogar diretamente com os desafios do nosso território. Trabalhos como esse mostram como a ciência feita na universidade pública pode gerar soluções concretas para o desenvolvimento sustentável do DF e Entorno”, afirmou a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós‑Graduação, Fabiana França.  O encontro reuniu pesquisas de diversas áreas do conhecimento — que vão desde ferramentas de inteligência artificial até estudos sobre crise climática — reforçando o compromisso da UnDF com a produção de conhecimento relevante para a sociedade. A iniciativa representa um marco institucional, ao consolidar a prática da iniciação científica como elemento central na formação de novos pesquisadores desde a graduação. *Com informações da Secretaria do Entorno

Ler mais...

Thumbnail

DF registra redução histórica de 95,1% no desmatamento do Cerrado em 2024

O Distrito Federal alcançou um feito histórico no combate ao desmatamento em 2024. De acordo com o Relatório Anual de Desmatamento (RAD 2024), elaborado pela iniciativa MapBiomas, a área desmatada no DF despencou de aproximadamente 638 hectares em 2023 para apenas 31 hectares em 2024. Essa redução de 95,1% representa a maior queda proporcional entre todas as unidades da Federação. Esse resultado expressivo é reflexo direto da implementação e fortalecimento do Sistema Distrital de Informações Ambientais (SISDIA), especialmente com a entrada em operação do novo Módulo de Monitoramento e Controle. A ferramenta integra, em tempo quase real, alertas de desmatamento, focos de calor e imagens de satélite, permitindo que órgãos ambientais, forças de segurança e a Defesa Civil atuem de forma coordenada — desde o envio de equipes de campo até a lavratura de autos de infração e o acompanhamento da regeneração das áreas afetadas. A redução de 95,1% representa a maior queda proporcional entre todas as unidades da Federação | Foto: Matheus H. Souza A estrutura tecnológica do SISDIA conecta 14 órgãos do Governo do Distrito Federal e registra mais de 6 mil acessos mensais. O módulo cruza informações como limites de unidades de conservação, cadastros rurais, cicatrizes de queimadas e imagens de alta resolução do programa Brasil MAIS Imagens. Esse cruzamento reforça o monitoramento territorial e tem sido fundamental no apoio às ações de fiscalização, que são prioridade do Comitê de Governança de Controle da Grilagem. Outro avanço importante foi a integração automática dos laudos validados do MapBiomas Alerta à base de dados do SISDIA. Isso permite que as equipes de fiscalização tenham acesso imediato a informações qualificadas sobre cada alerta de desmatamento, com painéis analíticos que ajudam a priorizar as vistorias e a emitir autos de infração no mesmo dia em que o alerta é publicado, reduzindo drasticamente o tempo de resposta do Estado. [LEIA_TAMBEM]Além de monitorar o desmatamento, o sistema acompanha os focos de calor. Entre 1º de janeiro e 15 de julho de 2024, o DF registrou um aumento de 94% nos focos de calor em comparação com o mesmo período de 2023, passando de 39 para 76 registros. Essa informação tem sido essencial para a mobilização rápida de brigadistas e a atuação das salas de situação na prevenção de incêndios florestais. “Essa redução histórica no desmatamento do Cerrado é uma demonstração clara de que a integração entre tecnologia, planejamento estratégico e ação de campo dá resultado. O Governo do Distrito Federal está mostrando que é possível proteger o meio ambiente com inteligência, rapidez e colaboração entre os órgãos. Esse é um compromisso da nossa gestão: cuidar do nosso território e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações”, afirmou a vice-governadora do DF, Celina Leão. “Investimos para que a inteligência geográfica seja a espinha dorsal da fiscalização ambiental”, destaca o secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes. “Entre a modernização de licenças, os serviços avançados de geoprocessamento e o novo módulo de controle, já aplicamos R$ 2 milhões na plataforma, integrando dados estratégicos como os laudos do MapBiomas, os focos de calor do INPE e os alertas do BrasilMais. O retorno vem em agilidade, transparência e menor pressão sobre o nosso Cerrado”, concluiu o secretário O projeto agora avança para uma nova fase de refinamento funcional. As equipes da Sema-DF, Brasília Ambiental, DF-Legal, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Secretaria de Segurança Pública estão calibrando regras de disparo de alertas, trilhas de auditoria e protocolos de resposta rápida. A meta para 2025 é ampliar ainda mais a efetividade das ações de combate ao desmatamento, prevenção e controle de incêndios florestais e a proteção das áreas especialmente preservadas, evitando o avanço desordenado sobre o território do Cerrado no DF. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF)

Ler mais...

Thumbnail

Primeiro a florescer no DF, ipê-roxo abre temporada de cores e encanta a população

Começou a temporada de floração dos ipês, cartões-postais do Distrito Federal que rendem inúmeros posts nas redes sociais e encantamento diário da população pelas ruas da capital. O primeiro a aparecer é o ipê-roxo, entre junho e agosto. A cor vibrante colore as ruas e avenidas das cidades, em contraste com o céu azul, outra marca registrada da capital que rende registros da população. Os próximos ipês a aparecerem são o amarelo, de julho a setembro, e o rosa e o branco, ambos de agosto a outubro. Primeiros da espécie a florescer, os ipês-roxos podem atingir 15 metros de altura e 50 anos de vida | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Os ipês-roxos são encontrados em diversos pontos do Quadradinho, como na tesourinha da SQS 114, SQS 705, SQS 910/911, SQN 206 e ao longo da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). A espécie é o xodó dos brasilienses e existe em todos os biomas brasileiros, sendo adaptável a diferentes condições de clima e altitude, fatores que influenciam no período de floração. As árvores podem chegar a 15 metros de altura e vivem até 50 anos. Mais de 93,8 mil mudas de ipês foram plantadas no DF entre 2016 e 2023, de acordo com dados da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Responsável pelo plantio e a manutenção das árvores, incluindo o desenvolvimento das mudas, a companhia mantém um programa de arborização contínuo que atende todas as regiões administrativas. O cultivo O local de cultivo das mudas e das espécies selecionadas depende da demanda e da produção dos viveiros, conforme as condições e recursos disponíveis em cada ano. O plantio costuma ocorrer no período chuvoso, entre outubro e março, para facilitar o crescimento e nutrição das raízes e prepará-las para o período da estiagem. Já o cuidado inclui roçagem da área de cultivo e manejo de pragas, permitindo o crescimento saudável das plantas. [LEIA_TAMBEM]“As espécies do Cerrado têm uma particularidade que é a acidez do solo”, explica o engenheiro florestal Leonardo Rangel da Costa, da Novacap. “O nosso solo é pobre em nutrientes, que não estão amplamente disponíveis para a planta. As espécies do Cerrado são bem-adaptadas a isso e conseguem crescer e florescer mesmo diante da seca, deixando a cidade ainda mais bonita.” Segundo ele, uma curiosidade deste ano é que o início da floração dos ipês-roxos praticamente coincidiu com o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. “A diversidade de espécies ajuda a sempre termos a cidade florida”, pontua. “O roxo é o primeiro dos ipês, com floração de junho a agosto, e posteriormente vem o amarelo, de julho a setembro. Depois é a vez do rosa e do branco, que começam a florir em agosto; e temos, ainda, o ipê-verde, pouco conhecido pelas pessoas e que floresce no meio de setembro”. Paisagem embelezada Lília Bezerra:  “Cada cor traz a sua marca, o seu brilho, a sua forma de nos traduzir um sentimento” Próximo ao Templo da Boa Vontade, na SGAS 915, uma árvore alta e exuberante encantou a aposentada Lília Regina Bezerra, 61 anos. Inicialmente, ela pensou tratar-se de uma paineira, outra espécie nativa do Cerrado que pinta as paisagens brasilienses de cor-de-rosa de dezembro a abril. Olhando com atenção, descobriu que era um ipê-roxo, devido às características das flores. A florada dos ipês-roxos tem o fundo amarelado e forma um buquê nos caules, enquanto a das paineiras fica distribuída pelas árvores, com pétalas abertas. Acácia dos Santos: “Tem um muito bonito aqui na SQS 207, perto do Eixo. Acho lindo esse tempo aqui em Brasília” Mesmo com a dúvida sobre a espécie, de uma coisa Lília tinha certeza: os ipês são muito apreciados na capital. “Cada cor traz a sua marca, o seu brilho, a sua forma de nos traduzir um sentimento”, define. “Eles alegram o dia, nos lembram de coisas boas. Às vezes na rotina, naquele estresse do dia a dia, essas árvores nos tiram daquela coisa sorumbática, nos deixam mais alegre, com o olhar mais colorido. O ipê traz um sinal de vida. Brasília foi muito bem-planejada; não é à toa que estão plantadas as árvores - acho que isso foi pensado justamente para quebrar a rigidez da construção, com a sutileza, a delicadeza da natureza”. O charme dos ipês-roxos também compõe o dia a dia da trabalhadora doméstica Acácia dos Santos, 32, que sempre aproveita para fazer fotografias das árvores. “Tem um muito bonito aqui na SQS 207, perto do Eixo”, conta. “Eu desço de manhã cedo para levar minha filha à escola e sempre o vejo. Acho lindo esse tempo aqui em Brasília. E não tenho preferência [pela cor dos ipês], gosto de todas”.  

Ler mais...

Thumbnail

Estudantes comemoram Dia Mundial do Meio Ambiente plantando mudas

Nesta quinta-feira (5), em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o Batalhão de Polícia Militar Ambiental da PMDF (BPMA), promoveu ação de plantio de mudas nativas do Cerrado. A ação foi realizada no Colégio Militar Tiradentes da PMDF e faz parte do Programa de Educação Ambiental Lobo Guará. A atividade integrou a programação da Semana do Meio Ambiente e contou com a participação de 30 alunos integrantes do Grêmio Estudantil do CMT, grupo que mantém vínculo com os valores ambientais promovidos pelo BPMA. Também participaram da ação 10 policiais militares ambientais e cinco servidores da escola. Na atividade, os alunos aprenderam, entre outras coisas, sobre a importância das árvores nativas do Cerrado | Foto: Divulgação/PMDF [LEIA_TAMBEM]Durante o plantio, os estudantes refletiram sobre a importância das árvores nativas do Cerrado, da preservação do bioma e do papel ativo da juventude na construção de um futuro mais sustentável. O Cerrado é reconhecido como um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, mas também figura entre os mais ameaçados. Ações como essa ajudam a sensibilizar as novas gerações e fortalecer o senso de responsabilidade ambiental. Neste ano, o Dia Mundial do Meio Ambiente traz o tema O fim da poluição plástica global, um chamado urgente para repensar o uso do plástico e seus impactos no planeta. *Com informações da PMDF

Ler mais...

Thumbnail

Escolas públicas celebram o Dia do Meio Ambiente com iniciativas inovadoras

No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quinta-feira (5), o Centro de Ensino Médio (CEM) de Taguatinga Norte celebra os 22 anos do projeto Cerrado Vivo – uma das iniciativas da rede pública do Distrito Federal voltadas à educação ambiental, tema presente no currículo da educação básica do DF. A proposta leva estudantes a áreas de preservação, como o Jardim Botânico e a Chapada dos Veadeiros, promovendo o estudo do bioma por meio de aulas teóricas e saídas de campo. Arthur Vilela, Thayanne Aparecida e Elisa Guimarães participam de atividades que estimulam a pesquisa científica, a escrita e o desenvolvimento de portfólio | Fotos: André Amendoeira/SEEDF A professora Eliana Maria da Conceição, coordenadora do projeto, destaca a importância de apresentar o Cerrado aos alunos. Segundo ela, a iniciativa tem caráter interdisciplinar e envolve disciplinas como biologia, história e geografia, além de estimular a escrita e a produção literária. “É interessante porque os estudantes vão adquirindo uma consciência muito grande em relação ao Cerrado. Nas saídas de campo, eles mesmos apresentam os conteúdos estudados previamente. Desenvolvem consciência crítica, argumentação e um interesse genuíno pelo tema”, explica a professora. [LEIA_TAMBEM]“Antes, eu achava que o Cerrado era só um monte de mato seco, mas quando visitei o Jardim Botânico, descobri espécies incríveis, como o chuveirinho e a palmeira-juçara. Me apaixonei pelo bioma”, conta Arthur Vilela Santiago, 18 anos, aluno do 3º ano e integrante do projeto desde 2023. Pesquisa e novas descobertas O Cerrado Vivo exige preparação prévia dos alunos, que são incentivados a fazer pesquisas e elaborar trabalhos aprofundados sobre as características do bioma e os impactos do desmatamento. As atividades são avaliadas pelos professores e compõem um portfólio escrito que reúne a trajetória de mais de duas décadas do projeto. A aluna do 3º ano Elisa Guimarães Freitas, 17 anos, conheceu a iniciação científica por meio do Cerrado Vivo e realizou um estudo para o Sesi Lab. “Hoje estou colhendo os frutos desse projeto. Participo de outros grupos de pesquisa científica que têm me ajudado bastante”, conta a jovem, que também produziu um cordel sobre o tema. Já a estudante Thayanne Aparecida, 17, destacou a relevância da preservação: “O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil. É extremamente importante, afinal abastece as principais bacias hidrográficas do país”. A professora Eliana trabalha os diferentes aspectos do Cerrado com os alunos Sustentabilidade na rede pública Para a diretora de Educação em Tempo Integral Érica Soares, da Secretaria de Educação (SEEDF), a educação ambiental vai além da ecologia ou da reciclagem. “É uma ferramenta transformadora, que promove o pertencimento, o cuidado com o espaço coletivo e a compreensão de que pequenas atitudes geram grandes impactos”, afirma. Além de atender aos princípios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os projetos estimulam o pensamento científico, a interdisciplinaridade e a construção de soluções sustentáveis. O aprendizado se torna mais significativo e alinhado à realidade dos alunos, promovendo uma formação mais completa. *Com informações da SEEDF  

Ler mais...

Thumbnail

Brasília Ambiental celebra 18 anos com caminhada e confraternização

O Instituto Brasília Ambiental celebrou, nesta quarta-feira (28), 18 anos de criação. Em clima de comemoração, servidores, superintendentes e representantes de associações participaram de uma caminhada no Parque Ecológico Olhos d’Água, seguida por uma confraternização com coffee break. Servidores da autarquia participaram de uma confraternização na quarta-feira (27) | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental A atividade simbolizou não apenas a trajetória da instituição, mas também a dedicação dos profissionais que contribuem, diariamente, para a preservação ambiental do Distrito Federal. Durante o evento, depoimentos destacaram histórias de superação, desafios enfrentados ao longo dos anos e conquistas coletivas. “É um órgão que trabalha cuidando do presente para garantir o futuro das próximas gerações”, comemorou a vice-governadora Celina Leão. "Tudo realizado com muito comprometimento, dedicação e competência para proporcionar que todos tenham acesso aos recursos naturais, de forma sustentável, de modo a beneficiar toda a população.” Desenvolvimento sustentável O presidente da autarquia, Rôney Nemer, também comemorou: “Se alguém tivesse me contado algum dia que eu me emocionaria ao devolver um lobo-guará ao seu habitat e que me emocionaria ao lidar com o meio ambiente, eu não acreditaria. Então, hoje quero agradecer por ter o apoio de todos vocês confiando na minha intuição e me ajudando todos os dias”. Superintendente de Administração Geral do Instituto, Ricardo Roriz pontuou: “Passamos por muitos desafios, mas sobrevivemos e, além disso, nos fortalecemos. Hoje conquistamos o respeito da sociedade e do governo e sentimos muito orgulho da nossa missão, que é cuidar do nosso Cerrado”. Criado em 2007, o Brasília Ambiental tem como missão a promoção do desenvolvimento sustentável, a conservação dos recursos naturais e o fortalecimento das unidades de conservação do DF. Ao completar a maioridade, a autarquia reafirma seu compromisso com o meio ambiente e com as futuras gerações. *Com informações do Brasília Ambiental

Ler mais...

Thumbnail

Complexo Viário do Riacho Fundo recebe paisagismo com espécies nativas do Cerrado

Está em andamento o paisagismo do Complexo Viário Deputado César Lacerda, no Riacho Fundo, realizado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). Os dois viadutos construídos em trincheiras por empresa contratada pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER-DF) vão receber, ao todo, 89 palmeiras de espécies nativas do Cerrado, como jerivás e guarirobas. Segundo o diretor de Cidades da Novacap, Raimundo Silva, o serviço de paisagismo na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) começou há cerca de 30 dias e integra a segunda etapa das intervenções no local. A primeira fase consistiu na preparação do terreno, plantio de grama e organização dos canteiros, seguida pela inauguração do viaduto. A etapa atual inclui a complementação paisagística, executada pela Novacap enquanto o DER-DF finaliza as adequações estruturais da obra. O paisagismo no complexo viário será composto por palmeiras | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O paisagismo é uma demanda da Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF) e tem sido conduzido com foco em impacto visual imediato, mas também leva em consideração critérios técnicos e de sustentabilidade. A escolha por palmeiras, em detrimento de árvores de copa densa, se deve à necessidade de manter a visibilidade e a segurança nas vias, pois, em sistemas viários, uma arborização fechada cria uma cortina que prejudica o deslocamento e a fluidez do trânsito, e as palmeiras permitem compor o paisagismo sem criar barreiras visuais. Na EPNB, além da plantação de palmeiras, o projeto contempla o plantio de 851 árvores distribuídas ao longo da ligação do viaduto com o Núcleo Bandeirante e entre os setores do Riacho Fundo e Riacho Fundo II. Segundo Raimundo, embora a Novacap tenha viveiros próprios, as palmeiras utilizadas nessa etapa foram adquiridas já adultas, por meio de licitação, com o objetivo de garantir um paisagismo pronto no momento da entrega da obra. “Se a gente plantasse mudas jovens dos nossos viveiros, elas levariam de cinco a dez anos para atingir o porte ideal”, explica. A escolha da árvore leva em conta a necessidade de manutenção e o uso racional da água Raimundo destaca, no entanto, que a escolha das espécies também leva em conta a necessidade de manutenção e o uso racional da água. “Estamos em um momento de escassez hídrica. Por isso, optamos por plantas mais resistentes, que demandem menos irrigação”, afirma. Ele faz um contraponto com o paisagismo do balão do Aeroporto Internacional de Brasília, que utiliza flores ornamentais e exige manutenção constante, com replantio a cada 90 dias para manter o impacto visual: “As pessoas não devem esperar esse tipo de paisagismo em obras viárias. Ali é um caso específico, com canteiros baixos, pouco trânsito e alta frequência de cuidados. Já aqui, priorizamos espécies de baixa manutenção e adaptadas ao clima do Cerrado.” O investimento nesta fase está incluído no valor total da obra, estimado em aproximadamente R$ 23 milhões, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A intervenção beneficia cerca de 100 mil motoristas diariamente para se deslocar entre regiões administrativas e outros estados. [LEIA_TAMBEM]Complexo viário O complexo viário foi inaugurado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em novembro de 2024 e batizado de forma a homenagear o ex-deputado distrital César Trajano de Lacerda, que morreu aos 89 anos, em abril do ano passado. O novo viaduto beneficia não apenas o Riacho Fundo, mas também outras cidades do Distrito Federal, como Taguatinga, Recanto das Emas, Santa Maria e cidades do Entorno, como Alexânia e Santo Antônio do Descoberto. As trincheiras oferecem retornos para o Núcleo Bandeirante e Samambaia. A obra foi iniciada em novembro de 2021 e executada pelo Consórcio Viaduto do Riacho Fundo. Para garantir a segurança dos pedestres, foram instalados gradis de metal com o intuito de impedir travessias perigosas, principalmente nos pontos com passarelas.

Ler mais...

Thumbnail

DF amplia projeto com inteligência artificial para prevenir incêndios no Cerrado

Governo do Distrito Federal · DF AMPLIA PROJETO COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA PREVENIR INCÊNDIOS NO CERRADO Com o objetivo de reforçar e expandir a prevenção de incêndios florestais no Distrito Federal, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) lançou o projeto SemFogo-DF II, segunda fase de uma iniciativa que será ampliada com novos pontos de monitoramento e o uso intensificado de tecnologias como inteligência artificial e visão computacional. A expansão prevê a instalação de equipamentos em três regiões estratégicas do Cerrado brasiliense: a Estação Ecológica Águas Emendadas, o Jardim Botânico de Brasília e a Torre do Shopping JK. A seleção da organização responsável pela execução será feita por meio do Edital de Chamamento Público nº 01/2025, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de segunda-feira (19), com orçamento previsto de R$ 2.021.676,40. Poderão participar organizações da sociedade civil (OSCs) brasileiras, sem fins lucrativos, com pelo menos três anos de constituição comprovada e atuação estatutária nas áreas de meio ambiente e recursos hídricos. O prazo para envio das propostas é de 30 dias, e o edital está disponível na área do Funam no site da Sema. A tecnologia será uma importante aliada na preservação do Cerrado durante o período de maior risco de incêndios florestais | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Nós temos trabalhado com todas as ferramentas disponíveis para prevenir incêndios em nosso Cerrado e a tecnologia é uma importante aliada para identificarmos e combatermos rapidamente focos de incêndio, principalmente, em áreas sensíveis de preservação ambiental, que merecem toda a nossa atenção. Nosso intuito é proteger o meio ambiente e as pessoas que vivem próximas a esses locais”, afirma a vice-governadora Celina Leão. Para o secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, a adoção de tecnologias inteligentes marca uma nova etapa no enfrentamento da crise climática: “Com o SemFogo-DF II, unimos inovação e compromisso ambiental. Monitorar incêndios em tempo real significa agir com rapidez, proteger vidas, biodiversidade e garantir o futuro do nosso Cerrado”. O SemFogo-DF II está alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Agenda 2030 [LEIA_TAMBEM]O projeto é articulado com o Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia) e está alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Agenda 2030, reforçando a integração entre ciência, gestão pública e preservação ambiental. Além da instalação dos novos pontos, a torre de monitoramento já existente na Torre de TV Digital, implantada em 2022 com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAPDF), seguirá em operação. A tecnologia envolvida no SemFogo-DF II permitirá a detecção precoce de incêndios por meio de câmeras de alta precisão e softwares de análise de imagem, proporcionando resposta imediata das equipes de combate. Com a automatização do processo de alerta, espera-se uma significativa redução das áreas atingidas pelo fogo e dos danos à fauna, à flora e às comunidades locais. O edital também estimula parcerias entre OSCs por meio de atuação em rede, desde que as ações estejam formalmente previstas no Termo de Atuação em Rede. Além disso, as propostas deverão incluir contrapartidas não financeiras, variando entre 10% e 20% do valor total previsto para a execução do projeto.  *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente

Ler mais...

Thumbnail

Feira do Livro de Brasília vai abordar meio ambiente e sustentabilidade

Governo do Distrito Federal · FEIRA DO LIVRO DE BRASÍLIA VAI ABORDAR MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE Entre os dias 30 deste mês e 8 de junho, o Complexo Cultural da República se transforma em um grande território de encontros. É a Feira do Livro de Brasília – Edição Especial: Meio Ambiente e Sustentabilidade. Nesta edição, o evento une literatura, educação ambiental e mobilização cidadã em torno de um propósito comum: valorizar o Cerrado e cultivar um futuro mais justo, consciente e com muita leitura. Tendo como foco a educação ambiental, Feira do Livro apresenta programação diversificada | Foto: Divulgação/Sema-DF Promovida pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) em parceria com a Câmara do Livro do Distrito Federal, a feira tem apoio das secretarias de Educação (SEEDF) e de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). O evento faz parte da Semana do Meio Ambiente e propõe uma agenda qualificada de atividades culturais, formativas e sensoriais. A educação e o meio ambiente caminham juntos quando pensamos no futuro do nosso país”, reforça a vice-governadora Celina Leão. “A Feira do Livro de Brasília, nesta edição especial, é uma celebração do conhecimento, da natureza e da cidadania”, comemora o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “Levar a literatura para o coração do Cerrado, conectada à educação ambiental, é uma forma poderosa de inspirar novas gerações a cuidar do meio ambiente com consciência e responsabilidade.”  Cidade da Leitura O evento é gratuito e tem a expectativa de reunir mais de 40 mil visitantes, com ações voltadas a estudantes, professores, famílias, mediadores de leitura, educadores ambientais, autores e artistas. Entre os destaques, está a criação da Cidade da Leitura e da Sustentabilidade Ambiental, um espaço cenográfico e educativo voltado à convivência intergeracional, à educação ambiental e à fruição artística e literária. Será um dos espaços centrais da feira, reunindo uma intensa programação de oficinas ambientais, contação de histórias e atividades educativas voltadas à valorização do Cerrado e à consciência ecológica. [LEIA_TAMBEM]O programa de visitação escolar beneficiará mais de 6 mil estudantes da rede pública de ensino, com transporte gratuito, kits lanche e mediação de atividades. Ao todo, mais de 172 ônibus escolares serão mobilizados durante os dez dias de evento — uma ação inédita que fortalece o direito à leitura e amplia o acesso à cultura como instrumento de cidadania ambiental. Com estrutura acessível, segura e sustentável, a feira também dará protagonismo à produção local, gerando renda e visibilidade para mais de 30 expositores, editores e autores independentes. A comunicação será multiplataforma, com presença nas redes sociais, conteúdos audiovisuais autorais e mobilização por meio de influenciadores dos universos da literatura, da educação e da sustentabilidade. Feira do Livro de Brasília – Edição Especial: Meio Ambiente e Sustentabilidade → Do dia 30 deste mês a 8 de junho, no Complexo Cultural da República (Esplanada dos Ministérios). Entrada gratuita.  *Com informações da Sema-DF

Ler mais...

Thumbnail

Floração das paineiras embeleza ainda mais as ruas e áreas públicas do Distrito Federal

A floração da paineira rosa, árvore ornamental de grande porte conhecida pelo tronco abaulado e pelas flores vistosas, já colore o Distrito Federal desde fevereiro e vai até junho. A espécie Chorisia speciosa é plantada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) em projetos de arborização urbana durante o início do período chuvoso, pois se adapta bem ao clima do Cerrado. A árvore chama atenção pela beleza das flores que tomam conta da copa enquanto perde as folhas. Originária da América do Sul, especialmente das regiões Leste e Sul do Brasil, a espécie é amplamente usada na arborização das nossas cidades. Também conhecida como barriguda, devido ao formato característico do tronco, que se alarga na base. O caule e os troncos têm pequenas saliências semelhantes a espinhos. Com copa ampla e arredondada, a árvore atinge grande porte e produz uma intensa floração rosada, com variações mais claras ou mais escuras entre os exemplares. Em alguns casos, as flores podem ser brancas. Originária da América do Sul, especialmente das regiões Leste e Sul do Brasil, a espécie é amplamente usada na arborização das nossas cidades | Foto: Kiko Paz/Novacap Após a floração, aparecem os frutos maduros e surge a paina, uma fibra branca que envolve as sementes e é dispersa pelo vento, o que originou o nome “paineira”. De acordo com o engenheiro florestal da Novacap, Leonardo Rangel da Costa, as fibras já foram usadas pela indústria para encher travesseiros. O tempo médio para que a árvore comece a florir varia entre cinco e dez anos após o plantio, dependendo das condições do solo e do ambiente e podem ser encontrados em diversas regiões administrativas do DF, como a Epia, a Vila Planalto, a L4 Norte e o Setor de Oficinas Norte. Segundo o engenheiro florestal, a paineira tem um papel ecológico importante na atração da fauna local, como aves, borboletas, morcegos e beija-flores, que ajudam na polinização. “Ela também armazena água no tronco, o que é uma adaptação ao clima do Cerrado”, explica. A companhia cultiva em média anualmente cerca de 100 mil mudas de diversas espécies, incluindo a paineira rosa também sendo cultivadas nos viveiros da Novacap. A escolha do local para plantio leva em conta as características da espécie, que possui raízes grandes e requer solo permeável para evitar danos a calçadas e infraestruturas. Além da paineira rosa, outras espécies floridas contribuem para o visual da cidade entre março e abril. São elas: quaresmeira rosa e roxa (Tibouchina granulosa), bauínia ou pata-de-vaca (Bauhinia variegata e Bauhinia blakeana), chichá (Sterculia striata) e lofantera (Lophantera lactescens). Destruir, danificar ou prejudicar plantas em áreas públicas ou privadas constitui crime, previsto na Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais). A punição prevista pode ser de detenção, variando de três meses a um ano, ou multa, com a possibilidade de aplicação das duas penalidades simultaneamente. Para denunciar atos de vandalismo ou furtos, a população pode entrar em contato com a Ouvidoria da Novacap, pelo telefone 3403-2626, ou com a Polícia Civil, por meio do número 197. *Com informações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap)

Ler mais...

Thumbnail

Projeto do DF impulsiona nova missão espacial para monitoramento do Cerrado

Imagine um nanossatélite brasileiro voando sobre a Amazônia e o Cerrado, coletando dados em tempo real para prever riscos ambientais e proteger os biomas mais ameaçados do país. Agora imagine esses dados sendo analisados por cientistas aqui mesmo, na Universidade de Brasília (UnB). Essa é a proposta do Sistema Perception e da missão espacial Perceive, iniciativas que transformam a forma de monitoramento dos biomas mais estratégicos para a sobrevivência humana na Terra. O projeto é desenvolvido pelo Laboratório de Simulação e Controle de Sistemas Aeroespaciais (Lodestar), que manteve no espaço entre 2022 e 2024 o nanossatélite pioneiro AlfaCrux, resultado de estudos da UnB com financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF). Esse foi o primeiro nanossatélite 100% fomentado por uma fundação de apoio à pesquisa, o que reforçou o papel de Brasília como polo de inovação científica e tecnológica.  O Satélite Perceive é responsável por receber informações sobre os biomas mais ameaçados do país e transmiti-las para os cientistas | Fotos: Manuel Diz-Folgar/UVigo O Sistema Perception representa uma cooperação internacional entre Brasil e Espanha, por meio da parceria com a Universidade de Vigo – que há mais de uma década trabalha com engenharia espacial junto à UnB – e a empresa Alén Space. O investimento da FAPDF por meio do edital Leaning Tech para o início dessa pesquisa foi de R$ 1,5 milhão.  A missão é liderada pelo professor Renato Borges, do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB, referência nacional em engenharia aeroespacial. A iniciativa envolve cientistas de diversas áreas, da biologia à inteligência artificial, conectando dados da Terra ao espaço. Unindo engenharia espacial e ciência ambiental, a missão tem um objetivo claro: tornar o Brasil protagonista no monitoramento remoto de seus ecossistemas. Muito além de um satélite O Sistema Perception é mais que uma missão espacial. Ele funciona como um ecossistema tecnológico que une sensores terrestres, comunicação via satélite, inteligência artificial e modelos climáticos. Tudo isso para produzir dados confiáveis, em tempo real, sobre mudanças ambientais que antes poderiam passar despercebidas. Os primeiros alvos dessa tecnologia são dois gigantes da biodiversidade: a Floresta Amazônica e o Cerrado. Em parceria com o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a equipe irá usar torres de medição em plena floresta para monitorar o carbono do ar. No Cerrado, a UnB lidera a investigação dos recursos hídricos e do solo numa região considerada hotspot de biodiversidade – e também de pressão agropecuária. A missão Perceive é liderada pelo professor Renato Borges, do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB, referência nacional em engenharia aeroespacial Como funciona? Para entender a tecnologia, pense em duas frentes de ação: • Unidades de monitoramento remoto instaladas em áreas críticas, com sensores que medem desde a temperatura do solo até a umidade do ar; • Satélite Perceive, responsável por receber essas informações e transmiti-las para os cientistas, mesmo de locais onde não há nem sinal de celular. Os dados são processados por uma plataforma digital – também em desenvolvimento na UnB – que usa inteligência artificial para prever situações como secas extremas, risco de queimadas ou degradação do solo. Assim, políticas públicas podem ser ajustadas com base em evidências. O professor Renato Alves Borges e o engenheiro Ignacio Gonzalez-Rua durante demonstração tecnológica ponta a ponta de solução de coleta de dados para o Perceive, semelhante à utilizada na missão AlfaCrux Investimento histórico O embrião do Sistema Perception surgiu graças ao projeto AlfaCrux, uma missão espacial inédita, fruto da parceria entre a UnB e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Com investimento de R$ 2 milhões, levou ao espaço, entre 2022 e 2024, o primeiro nanossatélite construído por uma equipe totalmente treinada dentro do próprio Distrito Federal. O nanossatélite AlfaCrux é um cubo de 10 centímetros e 1 kg que representa grandes avanços na tecnologia espacial, cuja réplica em tamanho real está exposta no Planetário de Brasília Luiz Cruls, para visitação do público. Durante essa missão, a equipe do Lodestar foi capacitada em todas as etapas do ciclo espacial, da concepção à operação em órbita. Essa vivência prática possibilitou a maturidade técnica necessária para o desenvolvimento do Perceive e do Sistema Perception. Além da inovação científica, o Sistema Perception tem impactos sociais e econômicos que vão muito além da academia “A FAPDF entende que não existe soberania sem ciência. Com o projeto é possível verificar que é viável formar equipes completas, com tecnologia própria, para pensar soluções brasileiras para desafios globais. Essa missão é a prova de que investir em conhecimento transforma o presente e prepara o futuro”, afirma Marco Antônio Costa Júnior, presidente da FAPDF. Em apenas 10 minutos, o nanossatélite deixou a Terra e alcançou sua órbita a cerca de 500 km de altitude. Sua missão principal era testar tecnologias voltadas para coleta de dados ambientais, como queimadas, desmatamento e dados atmosféricos, além de capacitar novos profissionais para o setor aeroespacial nacional. Durante os dois anos em que esteve ativo, o AlfaCrux completou mais de 10 mil voltas ao redor da Terra, coletando dados fundamentais para estudos ambientais. Passava duas vezes ao dia por Brasília, permitindo o monitoramento constante por parte da equipe de pesquisadores da UnB. O último pacote de dados foi recebido em 3 de abril de 2024, pouco antes de o satélite se desintegrar na atmosfera terrestre, sem deixar lixo espacial. Essa missão teve impacto direto na capacitação de mais de 30 estudantes e pesquisadores, preparando mão de obra altamente qualificada para o setor espacial. Estudantes da rede pública do DF visitam a exposição sobre o nanossatélite AlfaCrux, no Planetário de Brasília | Foto: Divulgação/FAPDF Cooperação que cruza oceanos A história desse projeto começou há mais de uma década, em 2013, quando a Universidade de Brasília participou da missão do primeiro CubeSat espanhol. Desde então, a parceria com a Universidade de Vigo (UVigo), na Espanha, só cresceu. Hoje, envolve também a Universidade de Nottingham, no Reino Unido, além da Alén Space, empresa europeia especializada em tecnologias satelitais. Inovação no espaço, impacto na Terra Além da inovação científica, o Sistema Perception tem impactos sociais e econômicos que vão muito além da academia: • Na economia, permite uma gestão mais eficiente dos recursos naturais, especialmente em áreas-chave como a agricultura e a energia; • No meio ambiente, ajuda a conservar água, biodiversidade e carbono – elementos fundamentais na luta contra a crise climática; • Na sociedade, capacita jovens e pesquisadores, gera conhecimento local e amplia a presença científica em regiões remotas; • Na política pública, oferece dados que podem transformar decisões sobre desmatamento, uso da terra e adaptação às mudanças climáticas. Próximos passos Antes de o satélite voar, a equipe testa tudo com um sistema chamado FlatSat – uma réplica do satélite que permite a realização de testes funcionais completos de toda a missão, mas em solo. É com essa versão que estão sendo experimentadas tecnologias como o uso de rádio via LoRa, comum na internet das coisas, adaptado ao ambiente espacial. Além disso, a solução testada no AlfaCrux já opera na plataforma, viabilizando demonstrações completas de coleta de dados. A ideia é garantir que o Perceive tenha comunicação robusta mesmo nos locais mais isolados do Brasil. A entrega da primeira versão da plataforma de dados está prevista para este ano. O lançamento do satélite, estimado para até o final de 2026, ainda depende da captação de recursos específicos para a missão. “Hoje, o Perception e o Perceive contam com uma equipe de 27 pessoas, mas já com novos membros sendo integrados ao grupo original, ultrapassando 32 participantes. Esse grupo contempla diferentes áreas do conhecimento – por exemplo: nas engenharias, temos elétrica, telecomunicações, aeroespacial, produção, mecânica – e ainda participação de área como administração, biologia, geociências, ciências da computação, segurança cibernética”, destaca Renato. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF)

Ler mais...

Thumbnail

Lançado livro sobre a conservação do Cerrado no Caminho de Cora Coralina

No último dia 3, a auditora fiscal de atividades urbanas Celia Maria Machado Ambrozio lançou em Pirenópolis (GO) o livro Conservação do Cerrado: Entre Cultura e História no Caminho de Cora Coralina. A obra é um estudo aprofundado sobre a conservação ambiental e a interação com aspectos culturais e históricos na rota turística e ecológica liga a cidade de Cocalzinho de Goiás à histórica Cidade de Goiás, local onde viveu a renomada poetisa Cora Coralina. Livro promove conscientização ambiental sobre a importância do Cerrado | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental A trilha passa por importantes regiões de preservação ambiental, incluindo a Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra dos Pireneus, o Parque Estadual dos Pireneus e o Parque Estadual de Jaraguá. O livro é resultado da dissertação de mestrado de Celia, realizado entre 2021 e 2022 na Universidade de Brasília (UnB), no curso de meio ambiente e desenvolvimento rural. “Publicações como essa são fundamentais para ampliar o entendimento da sociedade sobre a importância da preservação do Cerrado” Celina Leão, vice-governadora do DF Durante sua investigação, Celia selecionou dez propriedades rurais para um estudo mais detalhado, entre elas algumas reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs), bem como fazendas tradicionais que preservam a conscientização ambiental, a cultura e a gastronomia goiana. A auditora percorreu trilhas, fez entrevistas com proprietários e analisou mapas de uso do solo, utilizando dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do MAP-Biomas. O livro traz uma reflexão sobre o papel dos atores envolvidos na conservação do Cerrado, como o governo, as redes de organização social, diversos segmentos das sociedades, proprietários rurais, empreendedores de turismo e voluntários, além de enfatizar a importância da interação entre meio ambiente, cultura e história. Segundo Celia, a publicação busca disseminar conhecimento e incentivar a participação de diferentes setores na proteção do bioma. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, ressaltou a relevância do trabalho da servidora para a conscientização ambiental e cultural da região: “A integração entre meio ambiente, cultura e história é fundamental para o desenvolvimento sustentável do nosso país”. O estudo de Celia Maria Machado Ambrozio, auditora do Brasília Ambiental, identificou desafios e oportunidades para a conservação do Cerrado “Publicações como essa são fundamentais para ampliar o entendimento da sociedade sobre a importância da preservação do Cerrado. O trabalho da Celia alia conhecimento técnico e sensibilidade cultural, e isso contribui de forma concreta para fortalecer a educação ambiental e a valorização das nossas riquezas naturais”, afirmou o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer. Segundo Celia Ambrozio, a escolha do Caminho de Cora Coralina para a pesquisa se deu pela sua relevância ambiental e cultural. “A região é reconhecida pela criação da primeira RPPN do Brasil, denominada Vagafogo. Rica em biodiversidade, cultura e história, a região apresenta grande potencial para a formação de corredores ecológicos e para a conscientização sobre a conservação do Cerrado”, comenta. O estudo identificou desafios e oportunidades para a conservação do bioma, destacando a importância da educação ambiental, da adesão ao CAR e da formação de corredores ecológicos. Outro ponto relevante foi a necessidade de maior participação do Estado e dos proprietários rurais na governança ambiental, além do fortalecimento de redes de conservação e gestão territorial. “A pesquisa demonstra a melhoria contínua nesse processo de governança ambiental para promover a participação mais efetiva da sociedade, integração, apoio mútuo nessa representação do setor rural e a sensibilização sobre a importância da conservação e da recuperação do bioma”, complementa Celia. *Com informações do Brasília Ambiental  

Ler mais...

Thumbnail

Natureza como terapia: Cerrado auxilia na recuperação emocional

Os cuidados voltados aos pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II do Riacho Fundo vão além dos fornecidos pela equipe multiprofissional da unidade, composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais. No Banho de Floresta – ação terapêutica de contato direto com a natureza –, o tratamento fica a cargo de outra equipe igualmente gabaritada: os animais, as árvores e os riachos do Cerrado candango. “Buscamos proporcionar um caminho de descoberta, de reaprender a respirar e ativar os nossos cinco sentidos. Cada dia é diferente do outro e nós sempre enfatizamos que, no tratamento da saúde mental, ‘é preciso viver um dia de cada vez’”. A fala é da coordenadora das oficinas no Caps II, Cássia Maria Garcia. Banho de Floresta no Riacho Fundo proporciona imersão dos pacientes na mata ao redor do Caps II | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O projeto teve início em julho de 2020, em meio à pandemia. Cássia Maria, que coordena as atividades terapêuticas no Caps desde 2006, relata que a ação ao ar livre tem sido essencial para que muitos pacientes enfrentem seus próprios momentos de medo e de inquietação. “Quando a depressão e as crises de ansiedade surgem, o mais comum é o isolamento, é buscar a escuridão e fugir do sol e da luz. Na natureza, sem perceber, fazemos o contrário: o sol nos encontra, o ar nos inspira, literalmente”, revela a coordenadora. O ex-vigilante Milton Ozimo, 53, ou apenas Irmão Milton, precisou se aposentar por conta de questões psicológicas relacionadas ao antigo trabalho. Em tratamento há anos no Caps II, Milton conta que o Banho de Floresta vem lhe proporcionando a paz interior necessária para enfrentar as dificuldades naturais da vida. “Essa caminhada pela natureza faz muito bem, a gente acaba se enchendo de uma sensação de alívio. Só por esse momento pela manhã, já temos ajuda o bastante para toda a semana”, avalia. “Essa caminhada pela natureza faz muito bem para a nossa saúde mental, a gente acaba se enchendo de uma sensação de alívio”, relata Irmão Milton Contato com a natureza Os benefícios à saúde do contato direto com a natureza são conhecidos há milhares de anos por diversas culturas ao redor do mundo. A caminhada pela floresta, da maneira como é aplicada no Caps II, inspira-se no shinrin-yoku japonês, prática adotada naquele país a partir 1982. Os defensores dessa terapia afirmam que a imersão em um ambiente de floresta contribui para a regulação da pressão arterial, a estabilização dos batimentos cardíacos, o aumento do relaxamento e a melhora da qualidade do sono. Agente de quatro patas No Riacho Fundo, o passeio é conduzido por um profissional ilustre: o famoso cachorro Caramelo, que a todo momento percorre a fila de pacientes que sobem a trilha. Sempre dócil, mas vigilante, ele pastoreia os participantes que se desgarraram do grupo, adentra os atalhos pela mata, chafurda as patas na terra molhada e bebe a água direto das incontáveis nascentes que brotam ao redor. Cássia Maria faz questão de elogiar o cão parceiro: “O Caramelo nos protege e nos guia. Sempre amável com os pacientes, até uma aranha ele nos sinaliza. Ele sente e late quando algo impõe risco, é incrível o nosso mascote”. O Banho de Floresta ocorre todas as terças-feiras, a partir das 9h, e é destinado aos pacientes em tratamento no Caps II do Riacho Fundo e seus familiares. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

Ler mais...

Thumbnail

Paca é reintroduzida ao Cerrado após reabilitação

Na manhã desta terça-feira (11), uma ação de conservação marcou o Cerrado do Distrito Federal. Uma paca, que enfrentou desafios para se recuperar, foi solta em seu habitat natural, simbolizando o compromisso do Instituto Brasília Ambiental com um futuro melhor para a fauna silvestre da região. Além da autarquia, a soltura contou com a participação do Hospital de Fauna Silvestre (Hfaus) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Resgatada em 23 de janeiro, em Ceilândia, o animal sofreu um violento ataque de um cachorro que lhe provocou uma grave laceração. Após o incidente, a paca foi submetida a uma cirurgia complexa para assepsia, reposicionamento da pele e sutura da ferida, procedimentos essenciais para conter o risco de infecções e garantir sua recuperação. O processo de reabilitação foi longo e cuidadoso. A paca permaneceu internada por 46 dias, período durante o qual recebeu tratamento intensivo, incluindo sessões de laserterapia, técnica que contribuiu significativamente para a cicatrização e o fortalecimento do organismo. Esse acompanhamento especializado possibilitou que, gradualmente, o animal recuperasse sua condição física para enfrentar os desafios da vida selvagem. O animal foi liberado na área da Chapada Imperial, após 46 dias recebendo atendimento veterinário O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, enfatiza a necessidade do Hfaus na preservação do meio ambiente: “Em anos de atividades com o meio ambiente nossos técnicos detectaram a necessidade de zelar pela nossa fauna. Hoje celebramos a conquista de ter um modelo de cuidados com os animais silvestres, e nossa maior recompensa é vê-los voltar ao seu ambiente natural”. A reintrodução aconteceu na área da Chapada Imperial, que integra o território de monitoramento dos médios e grandes mamíferos. Essa escolha estratégica visa assegurar que a paca seja acompanhada de perto, permitindo a avaliação de sua adaptação e o suporte necessário para sua plena reintegração ao ecossistema. Para o chefe do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas/Ibama), Júlio César Montanha, esses momentos marcam os esforços em conjunto dos órgãos ambientais federal e distrital na preservação do meio ambiente. “Estamos em uma parceria contínua, cuidando do equilíbrio da nossa ecologia em ações como essa, além da reabilitação dos animais que ainda estão conosco pra uma soltura futura”, comentou. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destaca que em meio às ameaças que a animais silvestres enfrentam diariamente, iniciativas como esta reforçam a sua importância. “A reintrodução deste exemplar representa não apenas o sucesso de uma intervenção médica e de reabilitação, mas também o comprometimento dos profissionais e das autoridades ambientais com a preservação da biodiversidade”, afirma Celina. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

Ler mais...

Thumbnail

Distrito Federal fortalece presença internacional e se consolida como polo estratégico do agronegócio

Pela primeira vez, o DF participará da Fruit Attraction 2025, uma das maiores feiras globais do setor de frutas e hortaliças, entre os dias 25 e 27 deste mês, em São Paulo. Com um estande próprio de 180 m², a iniciativa tem como objetivo fortalecer a fruticultura local e ampliar as oportunidades para os produtores locais no mercado nacional e internacional. Produção local é destaque no encontro; recentemente, revista Exame classificou o DF como melhor cidade para fazer negócios agropecuários | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A participação será coordenada pela Associação Semper Fidelis, com fomento da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e parceria com Emater-DF e Ceasa-DF. O espaço servirá como vitrine para os produtores da região, promovendo networking, novas parcerias comerciais e a valorização da produção do DF no cenário agropecuário. Nos últimos anos, o DF vem se consolidando como um dos principais polos estratégicos do agronegócio brasileiro. Recentemente tendo recebido o título de melhor cidade para fazer negócios no setor agropecuário, segundo ranking da revista Exame, o Distrito Federal se destaca por sua localização privilegiada e ambiente favorável a novos investimentos. Esses fatores impulsionam o crescimento do setor e ampliam a presença da região em eventos internacionais. Participações Doze empresas do DF marcarão presença, destacando a diversidade e a qualidade da produção local. Entre elas estão a Agroindústria Machadinho, com 15 anos de experiência em alimentos minimamente processados; a Amazônia Real Nuts, maior agroindústria do Centro-Oeste no setor de castanhas e frutas secas, e a Central Unium Brasília, que reúne cooperativas da agricultura familiar. Produtos que seguem a linha da sustentabilidade estarão em focos durante a feira internacional Empresas especializadas também estarão presentes, como a Cerrado Blue, referência no cultivo de mirtilos; a Fazenda Amigos do Cerrado, produtora de limão-taiti orgânico, e a Fazenda Malunga, pioneira em alimentos orgânicos. Destacam-se ainda a Feel Berry – Agropecuária JPC, que investe na produção de mirtilos; a Maracujá Imperador do Cerrado, com sua variedade única de maracujá-azedo, e a Sucopira Sucos Naturais, produtora de sucos e kombuchas sem conservantes. A sustentabilidade será um diferencial, com a participação da SustentAgro, que atua na gestão de resíduos por meio da fibra de coco. No segmento de vinhos, a Villa Triacca Hotel Vinícola & Spa apresentará sua produção de inverno, enquanto a Morangos Brasil levará seus frutos de alta qualidade. Mercado internacional Essas empresas reforçam o potencial do DF no agronegócio e buscam expandir suas oportunidades comerciais no cenário internacional. A seleção dos produtores que representarão o DF foi feita pela Associação Semper Fidelis, seguindo critérios técnicos e transparentes. Foram priorizados produtores de frutas e hortaliças convencionais e orgânicas com capacidade produtiva, potencial para novos mercados e adoção de boas práticas agrícolas. Atualmente, o DF conta com mais de 2.160 hectares de áreas produtivas e cerca de 2.300 produtores rurais. Em 2023, a produção frutícola da região alcançou 37.615 toneladas, com destaque para goiaba, abacate, limão e banana, conforme dados do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP). A participação do Distrito Federal na feira é um marco significativo, ressaltando o papel fundamental da fruticultura na geração de renda para as propriedades rurais. Com a maioria das propriedades abaixo de cinco hectares, o incentivo à produção de frutas e hortaliças é essencial para garantir a permanência das famílias no campo e impulsionar novas oportunidades de negócio. Além de fomentar parcerias comerciais, o evento valoriza a biodiversidade do Cerrado e seus produtos nativos. A feira também tem o potencial de atrair compradores ao Distrito Federal, ampliando as oportunidades comerciais para os produtores locais. Fruit Attraction Desde sua criação, em 2009, a Fruit Attraction se consolidou como um dos maiores eventos do setor hortifrutícola, reunindo mais de 2 mil expositores e atraindo cerca de 90 mil visitantes de diversos países. Para este ano, a expectativa é que o encontro reforce ainda mais a importância do Distrito Federal no agronegócio, gerando novas oportunidades de investimento e parcerias comerciais.   *Com informações da Seagri-DF

Ler mais...

Thumbnail

Parque Bernardo Sayão, no Lago Sul, ganha calçadas, quadras poliesportivas, quiosques e playground

A implantação do Parque Distrital Bernardo Sayão, localizado no Lago Sul, entrou em sua terceira e última etapa. Nesta semana, estão sendo implantadas calçadas, quadra poliesportiva, parque infantil, Ponto de Encontro Comunitário (PEC), pergolados e quiosques no local, com um investimento de R$ 746.423,28. A obra, que está a cargo da empresa City Engenharia e Construções, é oriunda de compensação ambiental da Incor Incorporadora, referente ao empreendimento habitacional Quinhão 16. Segundo o cronograma, as obras devem ser concluídas até o final de abril. Nesta semana, estão sendo implantadas calçadas, quadra poliesportiva, parque infantil, Ponto de Encontro Comunitário (PEC), pergolados e quiosques no Parque Distrital Bernardo Sayão | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, ressalta a importância da obra. “Essa etapa vai permitir que sejam instalados todos os equipamentos necessários para que o público possa usufruir, confortavelmente, do parque”, disse o gestor. Na primeira fase das obras, realizada no ano passado, o parque ganhou coopervia, banheiros públicos, sede administrativa e guarita. O investimento foi de R$ 1,4 milhão, proveniente de compensação ambiental da empresa Orimi S.A., referente ao empreendimento Aldeias do Cerrado. Na segunda etapa, foi providenciado o cercamento do parque, que ainda não foi instalado, mas já está pronto. Essa compensação ambiental foi oriunda do Departamento de Estrada e Rodagens (DER-DF), no valor de R$ 1,9 milhão. “O Governo do Distrito Federal segue firme no compromisso de ampliar e qualificar as áreas protegidas da nossa cidade. A implantação do Parque Distrital Bernardo Sayão representa um avanço significativo nessa missão, oferecendo estrutura adequada para que todos possam usufruir de um ambiente seguro, acessível e ecologicamente preservado”, comentou a vice-governadora, Celina Leão. Fragmento do Cerrado O Parque Distrital Bernardo Sayão, criado pelo Decreto nº 24.547/2004, é um grande fragmento de Cerrado inserido na matriz urbana. Os estudos do plano de manejo da unidade revelaram uma diversidade singular e considerável sensibilidade ambiental na área. A Unidade de Conservação preserva importantes remanescentes de formações savânicas e campestres, além de conter nascentes do córrego Rasgado, abarcando um pequeno trecho de mata de galeria. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

Ler mais...

Thumbnail

Projeto voltado para recuperação do Cerrado e educação ambiental é lançado no Jardim Botânico

O Cerrado, bioma essencial para a biodiversidade brasileira, ganha um importante reforço em sua preservação com o lançamento do projeto Ação Oikos realizado no sábado (1º), no Centro de Práticas Sustentáveis (CPS) do Jardim Botânico. O projeto, fruto de uma parceria entre o Instituto Brasília Ambiental e o Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB), tem como objetivo impulsionar ações de educação ambiental e recuperação da vegetação nativa do Cerrado. Entre as atividades estão a obra dos viveiros do CPS, o plantio e a distribuição gratuita de mudas nativas e medicinais, além de cursos e atividades para a comunidade. Para a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, a educação ambiental é a principal porta para a conscientização da comunidade. “Durante muito tempo, nos acostumamos a ver o meio ambiente se renovando sozinho, mas, com eventos climáticos extremos ocorrendo com cada vez mais frequência, precisamos educar e mobilizar a sociedade para que cada um faça sua parte na preservação”, destacou. Para a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, a educação ambiental é a principal porta para a conscientização da comunidade | Fotos: Divulgação/ Sema-DF A iniciativa, que terá 16 meses de duração, também promoverá a capacitação de moradores, funcionários de condomínios da região e servidores de escolas públicas para a implementação de mini-hortas de plantas medicinais e temperos. Essa ação beneficiará diretamente a alimentação escolar e incentivará o cultivo sustentável. A Ação Oikos não apenas contribui para a restauração do meio ambiente, mas também conscientiza as futuras gerações sobre a importância da preservação e do uso sustentável dos recursos naturais. O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, ressaltou a importância da parceria em prol do meio ambiente: “Somando forças, conseguimos alcançar mais espaços, recuperar mais áreas e cuidar daquelas que já existem. Essa parceria reforça o nosso compromisso com o Cerrado”. Engajamento A Ação Oikos foi estruturada para atender a múltiplas frentes de atuação, garantindo não apenas a recuperação da vegetação, mas também a promoção da conscientização ambiental e o envolvimento da comunidade. Entre os principais resultados esperados, estão: → Obra dos viveiros de plantas nativas do Cerrado e medicinais no CPS; → Produção e distribuição gratuita de 12 mil mudas, sendo 8 mil de árvores nativas do Cerrado e 4 mil de plantas medicinais; → Criação de mini-hortas medicinais em pelo menos oito escolas públicas do Jardim Botânico e regiões vizinhas; → Estabelecimento de parcerias com escolas para visitas educativas ao CPS, incentivando o aprendizado ambiental na prática; → Capacitação da comunidade e de síndicos para a implementação de práticas sustentáveis em condomínios; → Lançamento do Disque-Cerrado, iniciativa que permitirá aos moradores solicitar o plantio gratuito de mudas em suas propriedades, desde que assumam o compromisso de cuidar delas. A equipe de plantio, composta por profissionais capacitados, atenderá às solicitações sempre que houver um mínimo de dez mudas a serem plantadas em uma área de um hectare, reduzindo custos logísticos e garantindo a eficiência do programa. O plantio seguirá um protocolo técnico de conservação, incluindo o uso de substrato adequado, aplicação de gel para plantio e entrega de uma cartilha educativa ao solicitante, assegurando que a muda receba os cuidados necessários para seu desenvolvimento. O projeto é aberto à participação de toda a comunidade do Distrito Federal, que poderá receber mudas gratuitamente, participar de oficinas e ações educativas, além de visitar os viveiros do CPS Sustentabilidade O Cerrado é um dos biomas mais ameaçados do Brasil, sofrendo constantes impactos devido ao desmatamento e às queimadas. A região do Jardim Botânico é um território privilegiado para a recuperação ambiental, pois abriga um dos poucos espaços urbanos voltados à educação ambiental e à sustentabilidade: o Centro de Práticas Sustentáveis. Ao investir na obra dos viveiros e no envolvimento da população, a Ação Oikos não apenas contribui para a restauração do meio ambiente, mas também conscientiza as futuras gerações sobre a importância da preservação e do uso sustentável dos recursos naturais. Como participar? O projeto é aberto à participação de toda a comunidade do Distrito Federal, que poderá receber mudas gratuitamente, atuar nas oficinas e ações educativas, além de visitar os viveiros do CPS. Para acompanhar a programação completa e conhecer o calendário de distribuição de mudas, acesse o site da Ação Oikos. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

Ler mais...

Thumbnail

Visita técnica em fazenda-modelo reforça compromisso com a recuperação do Cerrado

Na última segunda-feira (27), servidores da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) visitaram a Fazenda Entre Rios, localizada no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF) para obter informações sobre os projetos Biomas, Pravaler, Paisagens Rurais e WebAmbiente, iniciativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A visita foi conduzida pelo pesquisador da Embrapa, José Felipe Ribeiro, e pelo técnico de campo, Roberto Ogata. Eles apresentaram resultados de 12 anos dos projetos na recuperação de áreas de vegetação nativa e no uso sustentável de propriedades rurais. Técnicas como o plantio direto de sementes, o uso de mudas em consórcio e a aplicação de maquinário agrícola têm demonstrado eficácia na recuperação de áreas degradadas. Na visita, os servidores da Sema-DF foram apresentados a resultados de 12 anos em projetos de restauração ambiental | Foto: Divulgação/Sema-DF O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, reforçou a relevância do trabalho conjunto entre os órgãos do governo e entidades de pesquisa para alcançar resultados expressivos na restauração ambiental. “Iniciativas como essas evidenciam a importância de uma abordagem transversal, em que instituições públicas, como a Sema, trabalhem em sinergia com entidades de pesquisa, a exemplo da Embrapa, e com o setor produtivo, representado pela CNA. Somente com essa integração é possível promover o desenvolvimento sustentável e garantir que políticas públicas sejam efetivas na conservação e recuperação do Cerrado”, afirmou. O subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos, Luciano Miguel Pereira, destacou a importância da iniciativa e a necessidade de ações específicas para integrá-las à política pública da secretaria. “As práticas apresentadas podem, sim, ser utilizadas pela Sema. Trata-se de uma verdadeira vitrine de sucesso. Esses projetos não apenas podem como devem ser incorporados à política pública da secretaria. No entanto, é fundamental que sejam iniciados processos SEI direcionados para esse fim, respeitando a legislação vigente, como a Lei de Licitações ou o MROSC”, comentou. A ideia é incluir as iniciativas apresentadas à política ambiental do GDF A engenheira florestal e coordenadora de Gestão das Águas da Sema, Elisa Meirelles, destacou a importância das práticas implementadas e o impacto do projeto ao longo dos anos. “Durante a implantação do projeto Biomas, entre 2012 e 2014, utilizamos técnicas voltadas à recuperação de reserva legal e Áreas de Preservação Permanente (APP), sempre considerando o ambiente — seja Cerrado, mata ou campo. O objetivo era orientar o produtor rural na recomposição da vegetação, promovendo o uso sustentável do Cerrado em pé”, frisou. Ainda de acordo com Elisa, o projeto foi um grande sucesso: “Hoje, temos mais de 80 hectares no Distrito Federal que se tornaram uma verdadeira vitrine de pesquisa. Ali, demonstramos tanto as técnicas que deram certo quanto aquelas que não obtiveram os resultados esperados, oferecendo um aprendizado valioso ao público sobre como recompor a vegetação nativa por meio do plantio direto de sementes, mudas e maquinários agrícolas, seja em consórcio ou não, com diferentes finalidades, como espécies frutíferas, madeireiras, ornamentais e paisagísticas.” *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente

Ler mais...

Thumbnail

Programa incentiva atividades voluntárias nas unidades de conservação

O Instituto Brasília Ambiental publicou no Diário Oficial do DF (DODF) desta quarta-feira (22), instrução que cria o Programa de Voluntariado nas Unidades de Conservação (UCs) do Distrito Federal administradas pela autarquia. “Para o Brasília Ambiental é muito importante, pois quando você traz a população para conhecer a rotina, o dia a dia de uma Unidade de Conservação as pessoas passam a ter uma visão diferenciada de uma UC e, neste sentido, elas se transformam em aliadas na preservação daquelas áreas”, disse o presidente do Instituto, Rôney Nemer. O Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação visa promover e valorizar as iniciativas técnicas, culturais, educacionais, científicas, recreativas e conservacionistas | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O superintendente substituto de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon), Marcos Cunha, explica que no âmbito do Governo do Distrito Federal (GDF) já existe um programa amplo de incentivo ao voluntariado, para atender a toda administração pública distrital e que a ideia da normativa recém-lançada é a promoção de um projeto específico, voltado para as áreas protegidas existentes na capital. “Essa instrução, inclusive, atende a um anseio da população, uma vez que as Unidades de Conservação geridas pelo órgão são muito procuradas por pessoas interessadas em desempenhar serviços nestes espaços, de forma não remunerada. Com essa instrução, o próximo passo será buscar pela regulamentação, com a descrição das atividades a serem desempenhadas, entre outros detalhes”, esclarece Cunha. O Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação visa promover e valorizar as iniciativas técnicas, culturais, educacionais, científicas, recreativas e conservacionistas, em benefício da sociedade, do bem público e da conservação do meio ambiente no Distrito Federal. Com o projeto estabelecido, de tempos em tempos, o Brasília Ambiental irá lançar editais de chamamento de pessoas para colaborarem, de forma espontânea e sem vínculo empregatício, contribuindo, assim, para a preservação das áreas de proteção do bioma Cerrado no DF. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

Ler mais...

Thumbnail

Cagaita, baru, murici, araticum… Projeto do DF pesquisa potencial de frutos do Cerrado

Há quem ame ou odeie o pequi. Mas você conhece cagaita, baru, buriti, mangaba, murici, jatobá-do-cerrado e araticum? Com o objetivo de conhecer o potencial destes frutos para a preservação do cerrado e para atender a políticas públicas da merenda escolar, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) está desenvolvendo o projeto Caminhos da restauração: valoração dos produtos florestais não madeireiros. O projeto do IPEDF tem o objetivo de proteger o Cerrado, o segundo maior bioma em área do país, sua grande biodiversidade, espécies endêmicas (únicas para um determinado local), que ajudam a regular o clima e fazem a recarga de aquíferos abastecendo as principais bacias hidrográficas do país e são também importantes estocadores de CO2, especialmente em suas raízes. O Cerrado tem um gigantesco potencial de biodiversidade que pode servir de fonte de alimentos, medicamentos e cosméticos que, extraídos de forma adequada, podem aumentar o potencial econômico do bioma, além de reduzir as desigualdades sociais daqueles que utilizam produtos oferecidos pela floresta. O projeto do IPEDF tem o objetivo de proteger o Cerrado, o segundo maior bioma em área do país | Foto: Divulgação/IPEDF A iniciativa do IPEDF também está em consonância à lei nº 7.228/2023, sancionada em janeiro de 2023, que prevê que a merenda escolar do DF priorize a compra de frutos e produtos nativos do Cerrado. Assim, o projeto, ao trazer informações quanto aos benefícios socioeconômicos, culturais, ambientais, estimativa da cadeia de valor e traças cenários econômicos para os produtos florestais não madeireiros, está ao mesmo tempo subsidiando o governo quanto ao atendimento à lei e valorizando a floresta em pé. Manutenção do homem na área rural A pesquisa visa a contribuir com as ações do Governo do Distrito Federal, que reconhece a importância deste bioma para a manutenção da qualidade de vida das populações e manter o home do campo no seu habitat, além de gerar emprego e renda. A pesquisa vai buscar aprofundar o conhecimento sobre a cadeia produtiva e ajudar na implementação de políticas públicas que possam valorizar os produtos florestais não madeireiros, como as frutas do Cerrado, castanhas e sementes que podem ser processadas e inseridas na alimentação dos estudantes das escolas públicas do DF. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)

Ler mais...

Thumbnail

Coleta de sementes preserva a biodiversidade do Cerrado

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) realiza periodicamente a coleta de sementes, essencial para a preservação da biodiversidade do Cerrado. Recentemente, ocorreu a etapa dedicada ao pequi, entre novembro e dezembro. As coletas de sementes são parte de um calendário planejado que se adapta ao amadurecimento das diferentes espécies. As equipes da Novacap percorrem o Cerrado em busca de frutos maduros, como manga espada, pitomba e butiá, entre outros. As coletas de sementes são parte de um calendário planejado que se adapta ao amadurecimento das diferentes espécies | Foto: Divulgação/Novacap No caso do pequi, a coleta é feita com foco em frutos que já caíram, pois têm maior probabilidade de germinação. Para outras espécies, algumas são derrubadas, e a equipe utiliza redes e malhas embaixo para coletar. Se estiverem no ponto de serem colhidas, elas são coletadas de acordo com as técnicas dos coletores, variando conforme a experiência do pessoal que trabalha com a semeadura. Após a coleta, as sementes passam por preparação para germinação e, em seguida, são plantadas em áreas selecionadas do Distrito Federal. Essa estratégia assegura que as mudas sejam adaptáveis ao ambiente urbano, aumentando a taxa de sobrevivência e os impactos positivos a longo prazo. Essa iniciativa é vital para a preservação do meio ambiente e para a recuperação de ecossistemas degradados, além de valorizar a cultura do Centro-Oeste. “O plantio de mudas nativas auxilia na recuperação de ecossistemas, aumenta a biodiversidade local e atrai polinizadores e outras espécies”, destaca o assessor do Departamento de Parques e Jardins, Matheus Fuente. A ação do pequi contou com uma equipe de 11 profissionais, entre motoristas, supervisores e auxiliares, todos com ampla experiência em serviços voltados ao plantio e à manutenção de áreas verdes. Após o plantio, a companhia realiza monitoramentos regulares para avaliar o crescimento e a saúde das mudas. Esse acompanhamento assegura a manutenção das áreas plantadas e a adaptação das mudas ao ambiente urbano. De acordo com a Divisão de Agronomia, vinculada ao Departamento de Parques e Jardins da Novacap, a coleta e o plantio de pequi e outras espécies nativas reforçam a importância da preservação ambiental e contribuem para uma cidade mais verde, conectada com suas raízes culturais. Após a coleta do pequi, a Novacap já se prepara para as próximas etapas, que ocorrerão no próximo ano, quando outras espécies estarão no ponto ideal de maturação das sementes. *Com informações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)

Ler mais...

Thumbnail

Educação ambiental é incorporada ao currículo das escolas públicas do DF

A Lei nº 7.649, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta quinta-feira (26), estabelece a obrigatoriedade da inclusão do tema transversal “Educação ambiental e gestão de resíduos sólidos” no currículo da educação básica das escolas públicas do Distrito Federal. A medida, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha e de autoria do deputado Fábio Félix, visa promover a preservação do Cerrado e a responsabilidade ambiental entre estudantes, educadores e a comunidade escolar. A Lei nº 7.649 destaca a importância de consolidar o conhecimento sobre o Cerrado, o bioma local, e reforçar sua preservação como essencial para o equilíbrio ecológico | Foto: Mary Leal/SEEDF Com a nova legislação, busca-se desenvolver uma compreensão integrada sobre o meio ambiente, considerando as interações entre seus elementos e os impactos do desenvolvimento socioeconômico no DF. Também está entre as metas da lei a consolidação do conhecimento sobre o Cerrado, o bioma local, como um pilar essencial para o equilíbrio ecológico e a sobrevivência da biodiversidade regional. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, enfatizou a importância da iniciativa. “ É fundamental que toda a comunidade escolar esteja envolvida nesse processo, despertando nos estudantes, educadores e famílias a compreensão de que a proteção ambiental é um compromisso coletivo que transcende a sala de aula e reverbera em toda a sociedade”, afirmou. A legislação traz diretrizes claras para garantir a sua efetividade, como autonomia pedagógica, pluralismo de ideias e uma abordagem interdisciplinar. As escolas poderão adotar uma ampla variedade de ferramentas, como livros, documentários, ações comunitárias e peças teatrais, para enriquecer o aprendizado e envolver os estudantes em práticas sustentáveis. Além de ampliar o conhecimento, a lei busca fomentar mudanças de comportamento, incentivando atitudes individuais e coletivas voltadas à preservação ambiental nos contextos escolar, doméstico e comunitário. O objetivo é engajar toda a comunidade escolar na mobilização social e política, promovendo uma consciência crítica e responsável frente aos desafios ambientais. *Com informações da SEEDF  

Ler mais...

Thumbnail

Jardim Botânico de Brasília aprimora ações de conservação da flora do Cerrado

O Jardim Botânico de Brasília (JBB) tem empreendido ações dedicadas à conservação da flora do Cerrado, com foco em regiões pouco estudadas e em espécies raras e ameaçadas de extinção. Ao longo deste ano, diversas atividades geraram resultados expressivos, contribuindo diretamente para a preservação do bioma. Equipes do JBB percorreram regiões de Goiás para pesquisas | Foto: Divulgação/JBB Herbário Ezechias Paulo Heringer recebeu mais de 130 espécimes Em agosto, o JBB participou de um seminário organizado pelo Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), no escopo do Plano de Ação Nacional Bacia do Alto Tocantins, com o objetivo de avaliar as metas e estratégias de conservação. Também foram promovidas expedições de campo, resultando em avanços significativos para as coleções botânicas. Financiadas pelo projeto Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (GEF Pró-Espécies), do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Em setembro, as equipes da área técnica exploraram as regiões de Niquelândia e Pirenópolis, em Goiás. Durante essas incursões, foram coletados mais de 130 espécimes para o Herbário Ezechias Paulo Heringer, tendo ainda sido registradas 11 novas plantas incorporadas às Coleções Vivas do JBB. Entre as espécies ameaçadas identificadas, destacam-se Anemopaegma arvense e Clusia burchellii, ambas classificadas como em perigo. Expedição em São João d’Aliança Em novembro, atendendo a uma solicitação do Ministério do Meio Ambiente, o JBB empreendeu uma expedição em São João d’Aliança, também em Goiás. O trabalho resultou na coleta de mais de 150 espécimes e no acréscimo de novas plantas às Coleções Vivas do JBB, como a Aspilia pseudoyedaea (em perigo), endêmica do Distrito Federal, e a Chaetostoma scoparium (em perigo), registrada pela primeira vez fora da região de Alto Paraíso de Goiás. Ações de conservação “A missão do Jardim Botânico de Brasília se apoia em três pilares principais: conservação do Cerrado, pesquisa e educação ambiental”, afirma a diretora de Vegetação e Flora do JBB, Priscila Rosa. “É muito gratificante poder contribuir um pouco para essa missão e, em nome do GDF, melhorar o conhecimento do nosso bioma.” Essas iniciativas são importantes para gerar informações sobre a flora local e apoiar a criação de unidades de conservação. Em um momento em que a conversão de áreas do Cerrado em monoculturas cresce em ritmo acelerado, o trabalho desenvolvido pelo JBB se mostra, assim, essencial para a preservação da biodiversidade.  *Com informações do Jardim Botânico de Brasília

Ler mais...

Thumbnail

Programa Reflorestar distribuiu mais de 46 mil mudas em 2024

O Programa Reflorestar, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) em parceria com a Emater-DF, apresentou números expressivos em 2024: foram 46.725 mudas de plantas nativas do Cerrado doadas a 185 produtores rurais. Desde 2009, o Reflorestar já doou mais de 689 mil mudas, restaurando cerca de 620 hectares. Para o futuro, o programa planeja incluir espécies como baru e pequi, valorizando a biodiversidade e gerando oportunidades socioeconômicas para os produtores. O programa Reflorestar, destaca a Emater-DF, é essencial para os produtores familiares que precisam recuperar áreas degradadas, como áreas de Preservação Permanente (APP) ou reservas legais | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília As mudas doadas são cultivadas na Granja Modelo do Ipê, em substrato sustentável, com origem a partir de sementes coletadas em campanhas realizadas no DF e em municípios da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF), como Nova Roma (GO) e Januária (MG). Após a doação, os mutirões de plantio – organizados em parceria com os beneficiários – garantem que as mudas sejam plantadas e mantidas por pelo menos 24 meses. “A recuperação dessas áreas é um processo caro. Por isso, o apoio do governo por meio da Seagri e da Emater-DF, com a doação de mudas nativas do Cerrado e a orientação técnica, é fundamental” Marcos Lara, gerente de Meio Ambiente da Emater-DF Peça-chave na operação do programa, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) auxilia na elaboração de projetos, mobilização de produtores e visitas técnicas. Os pequenos agricultores familiares têm prioridade, especialmente aqueles que cuidam de nascentes e corpos hídricos de interesse comunitário. O gerente de Meio Ambiente da Emater-DF, Marcos Lara, destacou que o programa Reflorestar é essencial para os produtores familiares que precisam recuperar áreas degradadas, como áreas de Preservação Permanente (APP) ou reservas legais, conforme exige a legislação ambiental – em especial a lei nº 4.734/2011, que estabelece diretrizes para a criação do programa de reabilitação da área rural. “A recuperação dessas áreas é um processo caro, com custos que podem variar entre R$ 20 mil e R$ 28 mil por hectare, já que cada muda nativa custa entre R$ 12 e R$ 15, sendo necessárias, no mínimo, mil mudas por hectare. Por isso, o apoio do governo por meio da Seagri e da Emater-DF, com a doação de mudas nativas do Cerrado e a orientação técnica, é fundamental. Ajuda o produtor a evitar multas e processos judiciais, além de contribuir para a preservação ambiental e o equilíbrio ecológico”, observou. Retorno à sociedade “Temos uma responsabilidade gigantesca com a região por causa do Lago do Descoberto, então falo que hoje sou produtor de água”, diz o produtor rural Gilver Ferreira Entre os beneficiados pelo programa Reflorestar está o produtor rural de Brazlândia Gilver Ferreira, 51, que recebeu cerca de 500 mudas de 13 espécies diferentes entre janeiro e novembro deste ano. A propriedade de 16 hectares administrada por ele, no Incra 6, está há 50 anos na família e por muito tempo foi uma grande área apenas de pasto. Hoje, com uma mudança visível proporcionada pelo reflorestamento, o principal objetivo do local é o fornecimento de água. “Eu recupero as áreas degradadas e antigas passagens utilizando as mudas, com o apoio da Granja Ipê. Busco parcerias porque é necessário manter limpo e controlar as plantas invasoras, fração por fração, visto que a gente não consegue abraçar tudo. E temos uma responsabilidade gigantesca com a região por causa do Lago do Descoberto, então falo que hoje sou produtor de água”, afirmou.  “A gente não está levando só uma muda, mas salvando um rio, uma nascente e fazendo as pessoas acreditarem em um mundo melhor” Antônio Barreto, subsecretário de políticas econômicas agropecuárias da Seagri-DF Segundo Gilver, o apoio do governo entra na seleção das espécies para determinada área, que podem ser úmidas, cerrado alto, margens de lagos. Com a diversidade, é fundamental que a escolha da espécie seja apropriada para cada característica de terreno. Para o produtor, o principal ganho para a sociedade é em função da água. “O retorno vai ser na torneira do pessoal lá na cidade. Uma propriedade como essa, por exemplo, eu poderia transformar em condomínio. Então a gente tenta mostrar como esse trabalho é capaz de preservar um foco de educação ambiental e fornecer recursos para várias gerações. A grande proposta é se tornar uma propriedade modelo”. Mais que uma semente O Reflorestar também tem como parceiros institucionais o Brasília Ambiental, a Universidade de Brasília (UnB) e a Embrapa Cerrados, que auxiliam na coleta de sementes, desenvolvimento de tecnologias e capacitação técnica para recuperação de áreas degradadas. O subsecretário de políticas econômicas agropecuárias da Seagri-DF, Antônio Barreto, destacou que o DF está localizado em uma região alta do Brasil, chamada formadora de bacias, onde quatro delas nascem no quadradinho. Ele afirma que isso traz a necessidade de que o produtor rural e os municípios produzam com sustentabilidade e cresçam com consciência ecológica. O gestor também frisou que o programa beneficia tanto o meio ambiente quanto o produtor, proporcionando uma formação de riqueza, sustentabilidade ambiental e manutenção do conceito que o agricultor tem sobre o trabalho – além de levar qualidade de vida para que o produtor permaneça no campo e consiga uma renda que o faça viver dignamente com a família. “Fortalecemos, neste GDF, produzir as mudas do Cerrado que têm valor econômico para gerar renda e também promover essa conexão com a natureza e o Brasil com os mutirões de reflorestamento. A gente não está levando só uma muda, mas salvando um rio, uma nascente e fazendo as pessoas acreditarem em um mundo melhor. É um mundo de coisas em um saquinho de sementes”, acentuou.

Ler mais...

Thumbnail

Projeto diverte e ensina alunos da Escola Classe Córrego do Meio sobre preservação ambiental

Com árvores nativas, flores e muita terra nas mãos, o Cerrado ganhou novos defensores nesta quarta-feira (4). Cerca de 100 crianças da Escola Classe Córrego do Meio, em Planaltina, participaram de uma manhã cheia de aprendizado e diversão no Quintal Produtivo Agroecológico, projeto do Instituto Federal de Brasília (IFB). Entre brincadeiras e atividades práticas, os pequenos se conectaram ao bioma que é sua casa, descobrindo a importância de cuidar do meio ambiente e de adotar práticas agroecológicas. Cerca de 100 crianças da Escola Classe Córrego do Meio, de Planaltina, participaram, no Quintal Produtivo Agroecológico, do IFB, de atividades práticas e brincadeiras para aprender mais sobre o Cerrado e a importância da preservação do meio ambiente | Fotos: Divulgação O projeto, desenvolvido por estudantes e professores do curso de Agroecologia com apoio da Finatec e recursos de emenda parlamentar da deputada federal Érika Kokay, integra o VI AgricerradoS — Semana Agrícola do Cerrado para a Sociedade Sustentável. Durante a visita, as crianças aprenderam a identificar árvores do Cerrado que compõem o Sistema Agroflorestal, plantaram e semearam flores, instalaram chapéus chineses para proteger as plantas das formigas cortadeiras e participaram de jogos educativos, como a Trilha do Quintal Produtivo Agroecológico. Crianças aprenderam sobre preservação ambiental de forma divertida, com músicas e brincadeiras da palhaça Cocada Além das atividades práticas, a presença da palhaça Cocada trouxe ainda mais leveza à manhã. Com seu jeito descontraído, ela encantou os pequenos enquanto reforçava as lições sobre a importância de preservar o meio ambiente. Ao final, as crianças foram recebidas no prédio da Agroecologia para um lanche especial, encerrando a experiência de forma marcante. Para o professor Paulo Guilherme, coordenador do projeto, a ação transcende o aprendizado técnico. “É muito renovador para nós, servidores do IFB, realizar atividades com crianças do meio rural. Isso fortalece nossas esperanças em um mundo mais justo e sustentável”, afirmou. Encerrado nesta quinta-feira (5), no IFB Campus Planaltina, o AgricerradoS ofereceu uma programação gratuita e variada com palestras, oficinas, minicursos, exposições, dias de campo e feiras. A iniciativa teve o objetivo de convidar a sociedade a se reconectar ao Cerrado e explorar práticas que integram sustentabilidade e desenvolvimento.

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador