Abertas inscrições para percursos formativos de profissionais da Educação no 2º semestre de 2025
A Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape) abriu, nesta segunda-feira (28), as inscrições para os percursos formativos do segundo semestre de 2025. Os servidores da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) interessados em ampliar conhecimentos e aperfeiçoar práticas pedagógicas podem se inscrever até o dia 10 de agosto, pelo site oficial da Eape. Os cursos ofertados são gratuitos e voltados para os servidores efetivos e temporários das carreiras de magistério público e assistência à educação. Também seguem abertas as vagas para professores de unidades parceiras da educação infantil. Os percursos formativos da Eape contemplam uma variedade de temáticas, organizadas por eixos como Inclusão e educação especial; Gestão educacional; Educação e sustentabilidade; Metodologias e práticas pedagógicas; Tecnologias e inovação; Política Nacional do Ensino Médio; Mobilidade e trânsito, e Formação para a EJA. Percursos formativos representam uma grande oportunidade de capacitação para servidores da educação, contemplando diferentes áreas de atuação | Foto: André Amendoeira/SEEDF As formações são oferecidas nos turnos matutino, vespertino, noturno e em formato EaD, o que garante mais flexibilidade de participação aos servidores. A lista completa de cursos pode ser acessada aqui. Somente em 2024, mais de 10 mil servidores participaram das formações promovidas pela Eape. No primeiro semestre de 2025, o número de atendimentos chegou a 12.522. Com a ampliação da oferta e a diversidade de temas, a expectativa é de que o número de participantes seja ainda maior no segundo semestre deste ano. Tecnologia “Estamos animados em colocar em prática, neste semestre, o percurso Horizontes Digitais: Inovações para Educadores do Futuro”, destaca Luciana de Almeida, diretora de Formação e Pesquisa da Eape. O percurso integra o Programa Horizontes Digitais, criado pela Portaria nº 264. Ele se apoia em três pilares: o domínio das tecnologias digitais em sala de aula, a formação contínua dos profissionais da educação e a garantia da infraestrutura necessária para a efetiva aplicação dos recursos. “Nosso objetivo é transformar o ambiente escolar e as práticas pedagógicas, estimulando o uso crítico, criativo e prazeroso dos recursos digitais já disponíveis para estudantes e professores” Luciana de Almeida, diretora de Formação e Pesquisa da Eape “Nosso objetivo é transformar o ambiente escolar e as práticas pedagógicas, estimulando o uso crítico, criativo e prazeroso dos recursos digitais já disponíveis para estudantes e professores”, enfatiza Luciana. Capacitação Entre os destaques da programação também estão os cursos Inteligência Artificial na Educação: Práticas Pedagógicas para o Século XXI; Agroecologia como Matriz Formativa na Escola do Campo; Educação em Tempo Integral: Premissas e Práticas Pedagógicas para a Educação Básica e Trilha Formativa do Programa Superação; voltados à recomposição das aprendizagens nos anos iniciais e finais do ensino fundamental. Já na área da inclusão, cursos como Deficiência Intelectual: Aporte para Prática Pedagógica; Conhecendo a Trissomia do 21; Educação Precoce: Interações com Alunos com Deficiência e TEA e Sistema Braille Integral – Leitura e Escrita, seguem como fundamentais para o fortalecimento da educação inclusiva na rede pública de ensino. A Eape também reafirma seu compromisso com a valorização da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Mais de 15 cursos estão disponíveis para professores dessa modalidade, distribuídos por regionais de ensino e voltados tanto a educadores da rede quanto a educadores populares. *Com informações da Secretaria de Educação
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Seminário de Educação Inclusiva tem inscrições abertas
Profissionais da educação já podem inscrever-se no seminário Educação Inclusiva – 10 anos da Lei Brasileira de Inclusão, que ocorrerá no dia 8 de maio, das 8h30 às 17h, no auditório da sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O evento é realizado pelo MPDFT em parceria com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe-DF). A educação inclusiva é um direito que visa a garantir o acesso dos estudantes a uma aprendizagem de qualidade, respeitando as singularidades de cada um | Foto: Divulgação/SEEDF O encontro é voltado para servidores da SEEDF, professores da rede pública e privada, estudantes de pedagogia e demais cursos superiores, além de servidores e membros do MPDFT. A ação tem como objetivo capacitar profissionais da educação na implementação de práticas inclusivas nas escolas, visando garantir o acesso e a participação de todos os alunos, independentemente de suas habilidades e contextos. Os interessados devem inscrever-se até o dia 5 de maio. Esse encontro possibilitará uma troca de experiências capaz de melhorar a formação dos professores e potencializar o aprendizado e o desenvolvimento de todos os alunos, promovendo um ambiente escolar mais justo e acolhedor. Clique aqui para realizar a inscrição e aqui para conferir a programação do seminário. Inclusão Este ano, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) completa dez anos. Entre os avanços conquistados pela legislação, está a obrigação de que as instituições de ensino ofereçam atendimento adequado e recursos de acessibilidade para todos os estudantes. Nos últimos anos, a discussão sobre a inclusão educacional ganhou destaque e refletiu a necessidade de um sistema educacional mais plural e diverso, que ofereça oportunidades equitativas para todos. A educação inclusiva é um direito que visa a garantir o acesso dos estudantes a uma aprendizagem de qualidade, respeitando suas singularidades e promovendo a diversidade nas escolas. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Gestores educacionais e parlamentares debatem políticas públicas voltadas para a inclusão
A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, e representantes da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Autismo se reuniram nesta quarta-feira (15) para discutir a educação inclusiva. Organizações da Sociedade Civil (OSCs) dedicadas à defesa e à inclusão de pessoas com deficiência também estiveram presentes no encontro marcado pelo diálogo e pela busca de soluções conjuntas. “Nosso trabalho é garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação inclusiva e de qualidade. Estamos aqui para ouvir e construir soluções conjuntas que beneficiem as nossas crianças e jovens”, destacou Hélvia Paranaguá. A gestora também compartilhou a experiência pessoal com a temática, mencionando o impacto que a convivência com familiares com síndrome de Down e autismo teve na trajetória como educadora. “Para mim, a inclusão é mais que uma meta profissional, é um compromisso de vida”, afirmou. Hélvia Paranaguá: “Estamos aqui para ouvir e construir soluções conjuntas que beneficiem as nossas crianças e jovens” | Foto: Alan Resah/SEEDF O deputado distrital Eduardo Pedrosa destacou a importância da parceria entre os poderes Legislativo e Executivo para atender às demandas da comunidade e assegurar a representação de pessoas com deficiência. “A sociedade precisa ampliar o conhecimento sobre o autismo e outras deficiências. O diálogo com o governo é essencial para avançarmos em soluções efetivas”, ressaltou. Ele também destacou que, embora os diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) tenham crescido no Brasil, ainda não há dados oficiais abrangentes sobre a condição. Atenta ao aumento significativo no número de diagnósticos de TEA na rede pública — de 3,6 mil estudantes em 2019 para cerca de 12 mil em 2024 —, a Secretaria de Educação tem adotado medidas para atender às novas demandas. Uma das iniciativas envolve a redução do número de alunos por turma em classes que incluem estudantes com deficiência, garantindo maior dedicação dos professores. Por exemplo, turmas que teriam até 30 estudantes são reduzidas para 19 em casos de um aluno com TEA, ou para 15, caso haja dois estudantes com diagnósticos. *Com informações da Secretaria de Educação
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Alteração na Lei do Voluntariado é publicada no DODF
Foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), na manhã desta quinta-feira (19), a alteração da Lei nº 3.506, de 20 de dezembro de 2004, que cria o voluntariado junto ao Serviço Público do Distrito Federal e orienta para a inclusão da formação teórica e prática do Educador Social Voluntário (ESV). Essa medida também orienta a atuação da equipe gestora e pedagógica da unidade escolar no processo de inclusão dos estudantes. A Lei passa a vigorar acrescida do artigo 2º-A, que trata da dinâmica profissional do ESV assim como devem auxiliar e acompanhar estudantes da educação especial, com deficiência, com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com Síndrome de Down – SD. Além destes, o texto também apresenta informações sobre o exercício das atividades diárias com estudantes com altas habilidades ou superdotação, mediante ações de formação teórica e prática disponibilizadas. A medida também orienta a atuação da equipe gestora e pedagógica da unidade escolar no processo de inclusão dos estudantes | Foto: Divulgação/SEEDF “A Formação poderá melhorar de forma significativa o serviço prestado pelos ESVs, podendo resultar, de fato, em um atendimento mais qualificado e inclusivo aos Estudantes. Oferecer formação é uma excelente maneira de valorizar o trabalho voluntário, reconhecendo a importância e impacto que o ESV tem no atendimento nas Instituições educacionais públicas”, explica Carlos Ney, chefe da Unidade de Apoio às Coordenações Regionais de Ensino (Unicre). Entre os tópicos publicados, estão a formação sobre educação especial e educação inclusiva; a formação relacionada à interação ou alteração comportamental e à socialização do estudante com deficiência, TEA, altas habilidades ou superdotação; a formação sobre intervenções no campo da tecnologia assistiva como promoção de acessibilidade; visitas presenciais a instituições, escolas e entidades que prestem atendimento e assistência aos estudantes com deficiência, TEA, SD, altas habilidades ou superdotação. Além dos pontos salientados, aplica-se o disposto na publicação à formação teórica e prática para os docentes do sistema público de ensino do Distrito Federal, por meio de programas de formação continuada. A formação teórica e prática para o ESV deve ocorrer durante o processo de convocação e de formação do Programa Educador Social Voluntário. Por último, o Diário Oficial do DF destaca que no processo de análise curricular dos critérios de seleção e classificação do Programa Educador Social Voluntário, deve ser incluído campo com pontuação a ser atribuída para candidatos que tenham experiência comprovada na atuação em escolas, entidades ou instituições que prestem atendimento e assistência aos estudantes com deficiência, TEA, SD, altas habilidades ou superdotação. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Salas especiais estimulam desenvolvimento de alunos com altas habilidades no DF
Reconhecimento e pertencimento são as principais sensações descritas pelos alunos de altas habilidades que frequentam a Sala de Recursos de Artes Visuais Ângela Virgolim, na Escola Classe (EC) 113 Norte e voltada para estudantes da rede pública e privada. Na unidade, cujo foco são as artes plásticas, os alunos têm acesso a materiais artísticos e podem soltar a criatividade no contraturno, conseguindo estímulos para o enriquecimento intelectual e humano. Sala de recursos de artes visuais oferece a alunos com altas habilidades condições perfeitas para desenvolver múltiplos talentos | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para quem não é familiar ao termo, o aluno de altas habilidades – ou com superdotação – é aquele que apresenta um potencial elevado em uma ou mais áreas da capacidade humana – intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Esses estudantes apresentam particularidades em relação ao ritmo e complexidade, sendo muito comum a aprendizagem rápida e sem necessidade de repetição. À frente da sala de recursos de artes visuais da EC 113 Norte, o professor Samuel de Oliveira José afirma que a palavra “superdotado” ainda pode gerar discriminações relacionadas aos alunos de altas habilidades. “Eu chamo de talentoso”, aponta. “E ninguém é talentoso em todas as áreas, muitas vezes pode ser bom em uma área e não em outra. Tenho alunos que se desenvolveram na área de matemática, outros em línguas e outros em artes”. Pertencimento O professor Samuel de Oliveira José estimula que os alunos exponham seus trabalhos: “Se você escreveu um livro e não publicou, você não escreveu nada – você pensou, e está dentro do seu pensamento. Então expor, para o aluno, é muito gratificante” Samuel afirma que muitas vezes o aluno vai estudar desenho, mas ao olhar uma escultura, pintura ou maquete, quer fazer outro trabalho. E assim é encaminhado, com o incentivo do uso da reciclagem nos projetos. “Muitas vezes identifico um material que casa com o que o aluno está trabalhando e trago para a sala, é um trabalho bem pessoal”, detalha. O professor frisa que os alunos gostam do espaço, e muitos o frequentam até depois da faculdade, levando os trabalhos para o local – o que serve de estímulo para os recém chegados. “Eles vêm porque querem, e têm aquela sensação de pertencimento quando se encontram com o grupo”, diz. O professor ressalta, ainda, que a importância do trabalho executado na sala reside na oferta de mais visibilidade: “Quem faz uma pintura e não a expõe, só fez para si. Para a comunidade, ele não fez. Se você escreveu um livro e não publicou, você não escreveu nada – você pensou, e está dentro do seu pensamento. Então expor, para o aluno, é muito gratificante”. Como funciona 518 Número de salas para altas habilidades disponíveis entre as regionais de ensino do DF O acesso à sala de recursos ocorre quando o professor percebe o talento do aluno que pode ser da área de humanas ou da de exatas, e o direciona por meio de uma ficha de encaminhamento que segue para a regional de ensino. Após avaliação do portfólio, o jovem fica de observação por um período de quatro a 16 semanas. Ao ser notado como potencial para seguir na sala de recursos, ele é encaminhado para a equipe de altas habilidades, onde uma psicóloga faz a triagem e acompanhamento prévio para que a matrícula seja efetivada. A sala de recursos da 113 Norte está em funcionamento desde 2005 e uma reforma foi realizada em 2023, com recursos de R$ 50 mil originários de emenda parlamentar do deputado distrital João Cardoso. Mais de mil alunos já passaram pelo espaço, que atualmente conta com seis turmas de oito alunos, totalizando 48 jovens. De acordo com a Secretaria de Educação (SEEDF), o DF conta com 518 salas para altas habilidades distribuídas entre as 14 regionais de ensino. Educação personalizada A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Lúcia de Barros, lembra que a sala de recursos é fundamental para que os alunos possam ter uma educação de qualidade, personalizada e inclusiva. Ela afirma também que a sala funciona como uma estratégia pedagógica para suprir as necessidades individuais desses estudantes, proporcionando apoio especializado e um ambiente adaptado às suas necessidades. “Eu vejo um grande tesouro nessa sala. Ela consegue ligar todas as disciplinas, desde matemática até sustentabilidade, que é o que a gente vê nas obras e projetos das crianças” Fernanda Neves de Oliveira, diretora da EC 113 Norte “A Secretaria de Educação tem priorizado convocar psicólogos para que o fluxo do atendimento aconteça, pois na equipe é indispensável a presença do psicólogo”, ressalta Vera Lúcia. “Além disso, estamos desenvolvendo cursos de formação, encontros pedagógicos e compra de materiais para aprimorar as aulas.” A diretora da EC 113 Norte, Fernanda Neves de Oliveira, avalia que o caráter interdisciplinar que a sala de recursos oferece é importante para o desenvolvimento humano: “Eu vejo um grande tesouro nessa sala. Ela consegue ligar todas as disciplinas, desde matemática até sustentabilidade, que é o que a gente vê nas obras e projetos das crianças”. Encontro e amadurecimento Malu Wanderley Rodrigues, aluna da EC 113 Norte, diz ter se encontrado ao passar a frequentar a sala de recursos: “Eu comecei a me sentir mais relaxada” “Você tem que ter delicadeza para manusear o pincel, assim como você precisa ter delicadeza em fazer uma cirurgia; a arte ajuda muito” Malu Wanderley Rodrigues, estudante Para muitos alunos, a sala de recursos da EC 113 Norte foi um encontro. É o caso da estudante Malu Wanderley Rodrigues, 9. Tendo como estilo favorito de desenho o mangá, Malu descreve o efeito do lugar onde mais gosta de estar durante as atividades da semana: “Eu comecei a me sentir mais relaxada”. A pequena conta que pretende ser médica cirurgiã no futuro, e explica que as habilidades em desenho podem ajudar. “Você tem que ter delicadeza para manusear o pincel, assim como você precisa ter delicadeza em fazer uma cirurgia; a arte ajuda muito”. Para a mãe dela, a professora da Universidade de Brasília (UnB) Kaline Amaral Wanderley, 40, a sala de recursos representa um avanço. Malu, relata, tinha dificuldade de socialização e de comunicação, o que foi transformado pelo desenho, que ajudou a criança a colocar um pouco dos sentimentos para fora. “Com o Samuel, ela começou a tentar buscar um pouco da essência dela, porque você vai se descobrindo nos desenhos”, conta. “Ali ela foi descobrindo qual era o estilo dela, além de encontrar pessoas que também fazem o que ela faz. Antes ela se sentia um pouco diferente, depois conseguiu socializar com eles”. Kaline Wanderley, mãe de Malu, acompanha com entusiasmo o progresso da menina na escola: “Eu até fiquei com medo da aceleração por achar que ela era muito jovem, mas fluiu, e hoje ela tem vários amigos e consegue se relacionar. O ponto-chave desse processo foi a sala – sem ela, a gente não conseguiria esse processo” Malu também foi adiantada do terceiro para o quinto ano, um processo de aceleração recomendado pela equipe pedagógica ao perceber que ela se adaptaria melhor em uma série mais avançada. “A gente viu que ela estava sendo puxada para baixo na sala dela, e hoje ela está totalmente adaptada, trouxe um amadurecimento”, observa o professor Samuel. A mãe da estudante reforça a decisão acertada: “Eu até fiquei com medo da aceleração por achar que ela era muito jovem, mas fluiu, e hoje ela tem vários amigos e consegue se relacionar. O ponto-chave desse processo foi a sala – sem ela, a gente não conseguiria esse processo. A Malu vivia infeliz porque não conseguia se encontrar com as crianças da turma. Hoje ela foi, inclusive, aprovada no Colégio Militar, e isso tudo trouxe concentração e autoconfiança para ela”. Da sala para o mundo O espaço já teve alunos que se destacam profissionalmente ao redor do mundo, desde empresas de publicidade a apresentação de exposições nos Estados Unidos. Breno Machado, 35, estudou por sete anos na sala de recursos da escola e atualmente é o diretor-executivo da Mandrill, uma produtora de animação e vídeo do Brasil sete vezes premiada na Europa. “A sala de altas habilidades faz parte do progresso da educação e lida com o ser humano de forma mais individual, então ter esse espaço nos defende demais, é algo muito valioso e relevante para a construção de uma pessoa. Atribuo muito quem sou hoje a essa sala” Breno Machado, diretor-executivo de produtora de animação Apaixonado pelo storytelling desde sempre, ele afirma que a sala teve grande participação em sua formação na área visual e na observação de onde existe arte para alavancar como gestor. Ele diz também que aprende a ter tato para construir processos organizados em grandes empresas. “Ali aprendi a reconhecer o valor das artes e que cada pessoa carrega um talento muito grande”, aponta. “Eu achava que era só uma pessoa interessada, e aprendi muito sobre autoconhecimento. A sala de altas habilidades faz parte do progresso da educação e lida com o ser humano de forma mais individual, então ter esse espaço nos defende demais, é algo muito valioso e relevante para a construção de uma pessoa. Atribuo muito quem sou hoje a essa sala”. Base forte As gêmeas Luiza Helena de Araújo Caetano e Laura Helena de Araújo Caetano, 24, passaram pela sala de altas habilidades dos 6 aos 14 anos e confirmam a importância do espaço nas carreiras atuais e no desenvolvimento pessoal. Fazendo mestrado em gravura nos EUA, Laura já expôs a arte no exterior e diz que a sala e os professores foram o empurrão de que precisava na vida profissional: “É um espaço para deixar a criatividade viver solta mesmo, fluir. Foi a base da minha formação, um lugar com tanta coisa para olhar, que me fez ficar bem curiosa para o mundo em vários aspectos, até pelo contato com pessoas de outras escolas e idades diferentes. Influenciou muito em quem eu sou e no que escolhi fazer”. Já Luiza é engenheira e supervisora de projetos no departamento de rodovias do condado de Allen County, em Indiana, EUA. Considerada muito artística desde o ensino médio, iniciou a carreira na área de arquitetura e migrou para a engenharia ao conseguir uma bolsa de estudos no exterior. Para ela, a formação atual se deve muito aos recursos visuais que adquiriu quando era mais nova. “Eu me vejo tendo soluções bem artísticas para alguns problemas, e meu raciocínio é bem visual para pensar em uma alternativa e chegar a uma resposta”, conta. “Isso é graças à minha experiência na sala de recursos com o Samuel, que foi riquíssima e transformou minha vida nesse estilo de pensar. É um espaço muito propício para crescer como ser humano, aceitar coisas diferentes e entender outros lados de você – o que só a experiência da sala de aula não daria muito espaço”. O principal ponto abordado pelos ex-alunos é a sensação de pertencimento e acolhimento. “Quando você é superdotado, uma das coisas sentidas é a intensidade, agitação e animação com as coisas”, acentua Luiza. “As pessoas tinham um estranhamento com o meu jeito de ser, mas ali na sala era um espelho, um espaço em que todo mundo era meio desse jeito, então transformou a minha vida e influenciou bastante quem eu sou hoje, como eu me vejo e como vejo o mundo”.
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XIV Fórum de Orientação Educacional terá educação inclusiva como tema
Comemorado nesta quarta-feira (4), o Dia do Orientador Educacional será celebrado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) com a realização da 14ª edição do Fórum de Orientação Educacional, promovido pela Subsecretaria de Educação Básica (Subeb). Este ano, o encontro tem como eixo central cultivar uma educação inclusiva e integrada e é realizado em dois formatos. Na quarta (4), será online e na sexta (6), presencial, das 9h às 12h, no Auditório do Museu Nacional da República. O tema escolhido para 2024 tem como objetivo ressaltar a importância da orientação educacional na promoção de um ambiente escolar acolhedor e acessível, além de sensibilizar a comunidade e apoiar o envolvimento das famílias. Dessa forma, busca-se proporcionar aos estudantes o desenvolvimento de habilidades e a valorização do próprio potencial, por meio de uma educação justa e humanizada. “Esse profissional da carreira magistério atua como um elo entre os diferentes atores do processo educativo, promovendo diálogos que integram família, escola e comunidade” Erika Goulart, gerente de Orientação Educacional Para a gerente de Orientação Educacional da SEEDF, Erika Goulart, a atuação dessa profissão ultrapassa os muros da escola. “Esse profissional da carreira magistério atua como um elo entre os diferentes atores do processo educativo, promovendo diálogos que integram família, escola e comunidade colaborando para a superação de barreiras de aprendizado, conflitos interpessoais e desafios emocionais, sempre considerando o contexto histórico e social de cada indivíduo”. O Fórum traz a marca da valorização profissional, formação continuada e divulgação de políticas públicas. O evento conta com a participação dos profissionais da área, atuantes nas unidades escolares da SEEDF, além de educadores convidados. O fórum deve contar com a participação de mais de 700 orientadores educacionais | Foto: Divulgação Nesta quarta (4), a partir das 19h, o Fórum terá formato online. A transmissão será feita pelo canal da gerência de Orientação Educacional. Já na sexta (6), o encontro será presencial, no Auditório do Museu Nacional da República, das 9h às 12h. É prevista a participação de mais de 700 orientadores. Portanto, é necessário que o público chegue cedo, pois haverá credenciamento, conforme a programação: Credenciamento; acolhimento com apresentação cultural; mesa de abertura; palestra; interações; lançamento da revista Rosa dos Ventos; e encerramento. Eixos A orientação educacional está dividida em eixos: ações institucionais, ações junto ao professor, ações junto às famílias, ações junto ao estudante e ações em rede. São os profissionais da área que, muitas vezes, estão à frente de tarefas consideradas estratégicas, como a atuação na garantia de direitos dos estudantes de todas as idades, desde a educação infantil até a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Marli Hott, orientadora educacional lotada na Coordenação Regional de Planaltina, destaca o papel da profissão na sociedade: “O orientador educacional tem uma atuação fundamental na vida da comunidade escolar, pois acompanha, aconselha e visa o desenvolvimento integral do estudante buscando o seu protagonismo e independência para um desenvolvimento no âmbito acadêmico, profissional e pessoal. Tenho muito orgulho de ser orientadora educacional, pois é uma atuação apaixonante”. *Com informações da Secretaria de Educação
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Alunos com altas habilidades têm atendimento especializado na rede pública do DF
Na Secretaria de Educação (SEEDF), o Atendimento Educacional Especializado (AEE) prestado ao aluno com altas habilidades/superdotação (AH/SD) é de responsabilidade da Gerência de Atendimentos Educacionais Especializados (Gaesp) da Diretoria de Educação Inclusiva e Atendimentos Educacionais Especializados (Dein), vinculada à Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin). “A gente trabalha com todo tipo de linguagem”, explica o professor Leandro Vasconcelos Nunes Monteiro (D), com a aluna do CEF 08 de Sobradinho Maria Clara Costa Silva | Foto: Felipe Noronha/SEEDF “O compromisso da SEEDF com o atendimento aos alunos com altas habilidades/ superdotação reflete nossa convicção de que cada estudante possui um potencial único a ser desenvolvido”, afirma a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Lúcia Ribeiro. “Por meio das salas de recursos específicas, os estudantes recebem o apoio necessário para potencializar seus talentos e habilidades acadêmicas, artísticas e atléticas, com profissionais habilitados e capacitados, dispondo de uma estrutura adequada para atender às necessidades específicas de cada aluno”. Salas de recursos As salas de recursos específicas de AH/SD são organizadas em polos com as turmas da área acadêmica ou de talento artístico, conforme a demanda. Além disso, as equipes de AH/SD de cada coordenação regional de ensino (CRE) devem contar com um psicólogo especialista para atender todos os estudantes do polo e familiares. O atendimento, previsto para alunos desde os primeiros anos da educação infantil até o último ano do ensino médio, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ocorre uma vez por semana, no contraturno, com a duração de quatro horas). Para ingressar no AEE e frequentar a Sala de Recursos Específica, o aluno deve ser identificado com AH/SD. O processo de identificação desses estudantes tem início na observação de comportamentos sugestivos, o que leva a uma posterior indicação ao AEE. A indicação ao AEE pode ser feita pelo professor ou familiares do aluno, sendo formalizada por uma ficha de indicação que deve ser entregue na CRE pretendida ou em um polo de atendimento. As alunas do 6º ano do CEF 08 de Sobradinho Pyetra Eduarda Souza dos Anjos, 11, e Ester Pessoa de Sousa, 12, solicitaram à direção da escola participação na Sala de Recursos de Robótica. A professora itinerante fez a indicação e, atualmente, elas estão em processo de avaliação. Se forem identificados os comportamentos sugestivos de AH/SD, poderão frequentar o atendimento especializado até o final do ensino médio. Ester, que quer ser advogada criminalista, gosta de construir robôs com peças de lego. “Faz mais ou menos um mês que eu venho pra cá”, conta. “Venho quando tem aula vaga e fico fazendo robótica. Eu queria participar do torneio do FLL [First Lego League]”. Talentos Utilizada nas avaliações, Teoria dos Três Anéis propõe que, para ser considerada com altas habilidades, a pessoa deve ter muita facilidade em alguma área, estar engajada nessa atividade e demostrar comportamento criativo na área de interesse Já na Sala de Talentos, Maria Clara Costa Silva, 16, aluna da 2ª série do ensino médio, foi indicada por uma professora em 2022. “Eu estava no 9º ano do ensino fundamental”, relata. “Uma vez, estava mexendo nos meus desenhos, e uma professora de Geografia pediu para vê-los, e aí me indicou. Eu preenchi um formulário e depois vim fazer a entrevista com o meu pai. Eles me aceitaram na hora”. Com os recursos materiais, o convívio com outros alunos com interesses semelhantes e a orientação do professor, ela viu suas habilidades atingirem novos patamares. Para o futuro, Maria Clara pretende ingressar na Universidade de Brasília (UnB) e se dedicar a algum curso relacionado a artes. Após o início do atendimento, o estudante passa por um período de observação, de quatro a 16 semanas, em que são avaliados os comportamentos sugestivos de altas habilidades/superdotação. Para essa avaliação, é utilizada como referência a Teoria dos Três Anéis, de Joseph Renzulli, segundo a qual, para a pessoa ser considerada com altas habilidades, ela deve ter muita facilidade em alguma área, estar engajada nessa atividade e demonstrar comportamentos criativos dentro dessa área de interesse. Se, depois dos 16 encontros, as altas habilidades/superdotação forem identificadas, o aluno permanecerá no AEE até o final do ensino médio. Os alunos matriculados em unidade escolar da rede privada de ensino passam por um processo semelhante. Devem preencher a ficha de inscrição e encaminhá-la para a CRE localizada na mesma região administrativa onde o estudante reside. Depois, devem aguardar o contato do professor itinerante, para que o processo de avaliação seja iniciado. Experiência transformadora Nayara Dias de Menezes relata como o atendimento especializado mudou a vida escolar de seu filho Rafael, hoje no 3º ano do ensino fundamental. O garoto frequenta a Sala de Recursos do CEF 08 de Sobradinho desde 2022, após um período desafiador em que se recusava a ir à escola. “Consegui o contato com uma professora que me encaminhou à coordenadora de Altas Habilidades/Superdotação”, lembra. “O acolhimento é essencial. Ter um filho com altas habilidades traz desafios diários, principalmente nos aspectos emocionais e sociais” Nayara Dias de Menezes, mãe de aluno “Iniciamos o processo quando Rafael tinha 5 anos, mas, devido à pandemia e às vagas limitadas para alunos de escolas particulares, ele só começou o atendimento aos 7 anos”, rememora. “O atendimento foi fundamental para a autoestima dele, ajudou-o no reconhecimento entre seus pares e potencializou suas habilidades. Houve uma redução significativa da ansiedade e um desenvolvimento da autonomia criativa. O acolhimento é essencial. Ter um filho com altas habilidades traz desafios diários, principalmente nos aspectos emocionais e sociais.” Equipe especializada “Estudantes com altas habilidades vivem um mundo interno rico e complexo. Essa percepção aguçada os torna mais sensíveis a nuances e emoções, o que pode gerar desafios como ansiedade e dificuldades de socialização. A parceria com os pais é essencial para garantir um acompanhamento integral e eficaz” Maria Luiza Macedo, psicóloga do CEF 08 de Sobradinho Para atender esses alunos, há mais de 80 profissionais especializados da rede pública do DF, entre professores das áreas específicas, psicólogos e professores itinerantes. O professor da Sala de Recursos passa por processo de aptidão e atua de acordo com a sua habilitação. Atualmente há salas de recursos específicas de AH/SD nas áreas de ciências humanas, linguagens, matemática e artes. “Dentro da sala, a gente trabalha com todo tipo de linguagem”, explica o professor Leandro Vasconcelos Nunes Monteiro, que leciona Artes Visuais na Sala de Recursos de Talentos do CEF 08 de Sobradinho desde 2012. “A gente trabalha com animação, com estrutura, com modelagem, pintura e, inclusive, computação gráfica, que é bem presente agora.” Atualmente, ele atende cerca de 50 alunos entre 11 e 18 anos, do 6º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio. “Estudantes com altas habilidades vivem um mundo interno rico e complexo”, detalha a psicóloga Maria Luiza Macedo, do CEF 08. “Essa percepção aguçada os torna mais sensíveis a nuances e emoções, o que pode gerar desafios como ansiedade e dificuldades de socialização. Muitas vezes, sentem-se incompreendidos por seus pares e carregam a responsabilidade de sempre serem os melhores. No meu trabalho, busco criar um espaço seguro para que expressem seus sentimentos e desenvolvam habilidades para lidar com as altas expectativas e as comparações constantes. A parceria com os pais é essencial para garantir um acompanhamento integral e eficaz.” Professor itinerante Também ganha destaque nesse processo o professor itinerante, que atua como articulador entre os diversos segmentos da comunidade educacional, estabelecendo conexões estratégicas entre a Diretoria de Educação Especial, as salas de recursos, as unidades escolares, as famílias e as CREs. Seu papel abrange tanto o suporte pedagógico quanto o administrativo, sendo fundamental na coleta e análise de dados, no acompanhamento individualizado dos estudantes e na orientação especializada a professores e familiares. Para exercer a função de professor itinerante, é necessário possuir formação específica em AEE, com ênfase no trabalho com alunos superdotados. Além da formação, o profissional deve obter uma concessão de aptidão para atuar na educação especial, particularmente nas salas de recursos para altas habilidades/superdotação. Esta concessão é feita por uma banca examinadora, durante o processo de concurso de remanejamento. Famílias participam “O atendimento ao estudante com AH/SD é um assunto que tem entrado na pauta, não só das escolas, mas das famílias também”, pontua a professora itinerante Rachel Souza Rabelo, do CEF 08 de Sobradinho. “São estudantes que precisam de uma suplementação curricular, pois seus interesses vão além dos conteúdos acadêmicos trabalhados em sala de aula.” O trabalho, segundo ela, vai além do atendimento direto ao aluno: “Realizamos um apoio integral à família do aluno com AH/SD, abordando questões emocionais e orientando os professores do ensino regular sobre as necessidades específicas desses estudantes e as adaptações necessárias em sala de aula”. A diretora de Educação Inclusiva e Atendimentos Educacionais Especializados, Dulcinete Castro Nunes Alvim, ressalta a importância dessa interação: “Nós temos resultados fantásticos desses trabalhos realizados”. Segundo ela, os projetos desenvolvidos nesses atendimentos demonstram o potencial dos alunos em diversas áreas, como saúde, educação e tecnologia. A diretora assegura que esses jovens podem contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade. *Com informações da Secretaria de Educação
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Política de matrícula para migrantes e refugiados na rede pública de ensino é regulamentada
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) publicou na segunda-feira (11) a Portaria nº 1.444, de 8 de novembro de 2024, que regulamenta a Política Distrital de Proteção e Direito de Matrícula de Crianças Migrantes, Refugiadas, Apátridas e Solicitantes de Refúgio. Essa iniciativa visa garantir o direito à educação de crianças de 4 meses a 6 anos, conforme estabelece a Lei nº 7.395, de janeiro de 2024. “É fundamental garantir a integração dessas crianças ao ambiente escolar de forma harmoniosa e respeitosa, assegurando que suas condições migratórias não sejam um empecilho ao direito à educação”, destacou a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF, Vera Lúcia Barros. A pasta também pretende promover ações de sensibilização e estabelecer parcerias com outras secretarias para fornecer apoio social adicional. A comunidade indígena de migrantes venezuelanos Warao Coromoto é acolhida em projeto da Secretaria de Educação | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Com a nova normativa, crianças migrantes e refugiadas terão direito a matrícula imediata em creches e escolas públicas do Distrito Federal, mesmo que apresentem documentação incompleta. A medida dispensa a exigência de tradução juramentada de documentos e considera apenas a idade da criança para a definição da série ou etapa escolar, promovendo inclusão e acolhimento, sem discriminação por nacionalidade ou situação migratória. A rede de apoio às crianças migrantes será ampliada por meio de parcerias interinstitucionais para assistência social, saúde e cidadania, criando uma estrutura de suporte integral aos estudantes e suas famílias Entre os principais pontos, a portaria regulamenta o acolhimento desses estudantes, com orientações para combater a discriminação e incentivar o respeito à diversidade cultural nas instituições de ensino. A inclusão desses alunos será facilitada com a capacitação de professores e a oferta de ensino de português como língua de acolhimento, além da adaptação do processo avaliativo à língua materna do estudante. Com a regulamentação, o Distrito Federal busca cumprir os princípios da proteção integral à infância, alinhando-se a normas nacionais e internacionais de direitos humanos. A Portaria nº 1.444 entrou em vigor na data de sua publicação, reafirmando o compromisso da SEEDF com a construção de um ambiente escolar inclusivo e acolhedor para todos. Acolhimento e Inclusão A rede de apoio às crianças migrantes será ampliada por meio de parcerias interinstitucionais para assistência social, saúde e cidadania, criando uma estrutura de suporte integral aos estudantes e suas famílias. Nesse sentido, as escolas também fornecerão informações às famílias sobre o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente e outros serviços de apoio disponíveis no Distrito Federal. Um mural cheio de histórias ocupa o corredor do CIL do Guará, instituição que está formando estudantes estrangeiros na língua portuguesa | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Para fortalecer a interação sociocultural, a portaria incentiva ações que promovam a convivência entre crianças de diferentes origens. As atividades pedagógicas incluirão estratégias que valorizem as culturas e origens diversas, enriquecendo o repertório cultural de todos os alunos. Os Centros Interescolares de Línguas (CILs) também estarão envolvidos para oferecer atividades no contraturno, auxiliando no aprendizado do português e promovendo uma rede de apoio para os estudantes. Ações da SEEDF Patrícia Melo, diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), ressalta as iniciativas que a SEEDF já vem realizando para atender ao crescente número de estudantes migrantes internacionais. “Queremos garantir não só o acesso desse público estrangeiro, mas também a sua permanência em um espaço de aprendizagem culturalmente sensível”, destacou. A SEEDF realiza a produção de um videocast por meio do Núcleo Digital de Aperfeiçoamento da Educação Inclusiva e Integral, com o tema Migrantes internacionais: a língua como acolhimento. Os vídeos contam com a participação de Patrícia Melo, Príscila Mesquita, vice-diretora do Centro Interescolar de Línguas do Guará (CILG), e Juscelino Sant’Ana, professor de Língua Estrangeira Moderna da SEEDF. Foi produzido o documentário Bem-vindos ao Distrito Federal, projeto do CIL do Guará com a oferta de Português como Língua de Acolhimento (Plac), que já alcançou mais de 700 estudantes de aproximadamente 20 nacionalidades. Também foi produzido o documentário Acolhimento dos Estudantes Venezuelanos Indígenas da etnia Warao, pelas equipes pedagógicas das Escolas Classe Café Sem Troco, do Paranoá, e Morro da Cruz, de São Sebastião. O produto versa sobre o acolhimento de forma inclusiva e interculturalmente sensível, com toda a mobilização necessária para que o acesso e a permanência desses estudantes sejam garantidos. *Com informações da Secretaria de Educação
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Músicos com deficiência levam alegria para alunos da EC 39 de Taguatinga
Neste sábado (21), é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída pela Lei nº 11.133/2005 e está inclusa no calendário escolar da rede pública de ensino do Distrito Federal. O dia, que visa dar visibilidade e trazer conscientização sobre um tema valioso, foi comemorado pela Escola Classe (EC) 39 de Taguatinga. A apresentação da banda Toque Especial encantou os alunos da Escola Classe 39 de Taguatinga, na última quinta (19) | Foto: Jotta Casttro/ SEEDF Em homenagem à luta pelos direitos das pessoas com deficiência (PcD), a escola convidou a banda Toque Especial para uma apresentação musical aos alunos, realizada na última quinta-feira (19). O grupo, composto por músicos com deficiência, incluindo alguns alunos da rede pública de ensino do DF, encantou as crianças com um repertório diversificado, trazendo músicas populares. A iniciativa não só proporcionou momentos de alegria, como também reforçou a mensagem de inclusão e respeito às diferenças. Durante a apresentação, os músicos interagiram com as crianças, que participaram ativamente, cantando e dançando. Para a supervisora pedagógica da EC 39, Leandra Bezerra, eventos como esse são essenciais para promover a conscientização sobre a importância de uma sociedade mais inclusiva, despertando o senso de empatia e respeito desde cedo. “Achamos importante que nossas crianças reconheçam a luta dessas pessoas e que, sendo ou não deficientes, possam abraçar essa causa e acolher a diversidade de maneira geral”, afirmou. O músico Márcio Bernardino, 50 anos, tem deficiência intelectual e física e participa do grupo desde o início. “Eu estudei na rede pública de ensino e considero importante realizar apresentações nas escolas para os alunos conhecerem nosso trabalho e também é uma forma de lutar contra o preconceito, pois mostramos que, mesmo com limitações, nós conseguimos ser produtivos”, destacou o vocalista e trombonista da banda. A banda A banda Toque Especial desempenha um papel transformador para os próprios artistas, que superam barreiras discriminatórias e têm a oportunidade de apresentar sua arte, sendo bem recebidos em diversas instituições. “Esse trabalho que desenvolvemos há 30 anos é muito importante para nós. Poder trazer nossa música para o público e ver a alegria das crianças é impagável”, ressaltou Neftali Júnior, professor aposentado da SEEDF e um dos líderes da banda. As crianças se divertiram ao som de músicas populares e aprenderam mais sobre inclusão e respeito às diferenças Com uma rede que busca acolher todos os estudantes, a Secretaria de Educação (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), reafirma seu compromisso de oferecer um espaço de aprendizado equitativo e transformador, onde as diferenças são celebradas e respeitadas. *Com informações da Secretaria de Educação
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Estudantes com TEA de Taguatinga têm momento de diversão em banho de chuveiro no pátio
Em meio ao calor e a baixa umidade que atingem o Distrito Federal nessa época do ano, as escolas de rede pública de ensino do DF pensam em estratégias para tornar o ambiente escolar mais agradável. Foi pensando nisso que o Centro de Educação Infantil (CEI) 11 de Taguatinga promoveu no início dessa semana uma atividade refrescante e divertida: um banho de chuveiro coletivo no pátio da escola. Além disso, foram distribuídos picolés de fruta para as crianças, proporcionando um momento de interação e lazer. A atividade foi destinada a alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na atividade, quando as crianças aprenderam a compartilhar espaços, respeitar o tempo e as necessidades dos outros colegas, também foram oferecidos picolés de frutas para refrescar e proporcionar um momento saboroso | Foto: Mary Leal/SEEDF A iniciativa não foi apenas uma maneira de combater o calor, mas também uma atividade lúdica pensada para estimular a socialização entre as crianças. Durante o banho, os alunos tiveram a chance de explorar diferentes sensações, se divertir com os colegas e fortalecer os laços afetivos em um ambiente descontraído e acolhedor. Para os professores, momentos como este são essenciais, pois oferecem novas formas de interação e ampliam o repertório de experiências dos alunos, promovendo o bem-estar físico e emocional. “Esses momentos de banho ajudam muito no desenvolvimento das crianças, é uma oportunidade para socializar de maneira leve e divertida”, ressaltou Bárbara Teixeira, professora do CEI 11. A água, que naturalmente traz uma sensação de relaxamento, também contribuiu para o desenvolvimento sensorial, tão importante no processo de aprendizagem de estudantes com TEA. Além disso, o banho de chuveiro se mostrou uma ferramenta valiosa para trabalhar habilidades sociais e motoras. As crianças aprenderam a compartilhar espaços, respeitar o tempo e as necessidades dos outros, enquanto se movimentavam livremente sob a água. *Com informações da SEEDF
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Publicado edital para professores interessados em atuar na educação inclusiva
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) lançou edital de processo seletivo simplificado para atuação de professores de educação básica na Associação Pestalozzi de Brasília. Coordenada pela Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) e autorizada pela Subsecretaria de Gestão de Pessoas (Sugep), a seleção visa à prestação de atendimento pedagógico especializado. Educação inclusiva é o foco da seleção recentemente publicada | Foto: Divulgação/SEEDF O processo é fruto da parceria entre a SEEDF e a associação, por meio do Acordo de Cooperação nº 4/2024, que oferta atendimento especializado a estudantes com deficiência e transtorno do espectro autista (TEA). O processo seletivo simplificado busca preencher um total de 20 vagas, distribuídas entre 14 vagas para professores, três para professores de educação física e três vagas para professores de artes. Para todos os casos, a carga horária será de 40 horas semanais. O profissional interessado deve ser professor de educação básica do magistério público do DF, com aptidão para atuar no segmento de educação especial, e ter, no mínimo, três anos de efetiva atuação em atividades de docência no âmbito da SEEDF. Fases O processo seletivo será realizado em duas etapas. A primeira compreende a inscrição e o envio da documentação exigida. Já na segunda etapa, será feita a análise documental por uma banca examinadora especificada em edital. O processo visa garantir a oferta de educação especial gratuita e de qualidade na rede pública a todos os estudantes, independentemente de suas necessidades, para que tenham acesso a um aprendizado inclusivo e equitativo. Confira o edital. *Com informações da Secretaria de Educação
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Alunos do ensino médio participam da primeira aula do Enem Inclusivo e Especial 2024
A Secretaria de Educação do DF (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), deu início, neste sábado (24), ao projeto Enem Inclusivo e Especial 2024. A iniciativa visa atender e preparar todos os estudantes com deficiência da rede pública de ensino da 3ª série do ensino médio que tenham se inscrito para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A aula inaugural, realizada no Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas), contou com duas palestras principais: a primeira apresentou o novo sistema de acessibilidade para o exame, e a segunda teve um caráter motivacional, com o objetivo de inspirar os participantes na preparação para a prova. Foto: Mary Leal/ SEEDF Uma das grandes novidades foi a apresentação de uma ferramenta tecnológica que promove a interatividade entre os estudantes e professores. Trata-se de uma plataforma que oferece acesso a um grupo interativo para o Enem Inclusivo e Especial, onde os alunos podem tirar dúvidas, realizar exercícios gamificados, participar de simulados e comparar resultados. “Quando unimos nossas forças, nada é limitante; tudo é possível” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do DF A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF, Vera Barros, destacou a importância da iniciativa: “Nosso objetivo é que esses estudantes se sintam preparados e confiantes para enfrentar o Enem. A inclusão vai além do acesso; envolve também o sucesso e a permanência desses jovens nos ambientes educacionais e, futuramente, no mercado de trabalho.” Além das palestras, o evento contou com a participação especial de Luis Felipe Sales, 22 anos, ex-aluno da primeira turma do projeto em 2019. Recém-formado no ensino superior, ele compartilhou sua experiência, respondeu a perguntas dos estudantes e ofereceu dicas valiosas para enfrentar o exame com confiança. “Eu fui aluno da primeira turma do Enem Inclusivo e Especial. Lembro que o processo não foi fácil, mas sejam persistentes e compareçam às aulas. Tenho certeza de que vocês também conseguirão”, relembrou Luis. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, esteve presente no evento e parabenizou a Subin e todos os envolvidos pela iniciativa. “Quero saudar todos os professores, monitores e educadores sociais voluntários que se dedicam a planejar e executar políticas públicas para nossas crianças. Quando unimos nossas forças, nada é limitante; tudo é possível”, afirmou. Preparação Durante o curso, os estudantes participarão de atividades que simulam o ambiente e o formato do exame oficial, permitindo que se familiarizem com as condições do dia da prova. Eles também poderão reforçar seus conhecimentos em áreas como linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e redação. Além disso, o evento de abertura ofereceu palestras e orientações específicas sobre o exame, abordando técnicas de estudo e gerenciamento de tempo. Vander Peixoto, pai de um dos participantes, expressou sua satisfação com o projeto durante o evento de abertura: “A surpresa que estou tendo aqui é totalmente positiva. A começar pelo acolhimento, que está sendo excelente. Estão recebendo nossos filhos com seriedade e dedicação, transmitindo segurança. Peço que continuem e divulguem mais, porque é uma oportunidade que pode ser aproveitada por todos”, agradeceu. Vera Barros reforçou a importância de ações como essa para a construção de uma educação inclusiva: “A inclusão é um direito, não uma concessão. Queremos que todos os nossos alunos tenham as mesmas chances, independentemente de suas limitações. Este Enem Inclusivo e Especial é mais um passo na construção de uma educação inclusiva”, concluiu. *Com informações da Secretaria de Educação
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Estudantes de Santa Maria criam caixa robótica que dá voz a colega com paralisia cerebral
A ação de dar voz a um colega em sala de aula pode ser feita de diversas maneiras. No Centro de Ensino Fundamental (CEF) 213 de Santa Maria, estudantes do 7º ano se uniram para criar uma solução para driblar as dificuldades de comunicação de uma colega com paralisia cerebral. Intitulado A Voz da Ana, o projeto que permite que a aluna Ana Vitória Soares Oliveira se comunique com os outros colegas é fruto da aliança de duas iniciativas: o projeto Roboticraft, da unidade de ensino, e o M²CE, da Universidade de Brasília (UnB), que visa estimular meninas e mulheres a se interessarem pelas ciências exatas, promovendo maior presença do gênero feminino nesta área do conhecimento Estudantes que se uniram para realização do projeto A Voz da Ana acompanham o uso do equipamento, que facilita a comunicação de Ana Vitória | Foto: André Amendoeira/ SEEDF Tudo começou quando o professor William Vieira de Araújo, ao adaptar as atividades da aluna Ana Vitória, que tem dificuldades na mobilidade e na fala, percebeu a extrema facilidade da estudante com a escrita e a leitura. “Ao trazer o tablet para a Ana, percebi a habilidade que ela tinha em escrever e ler rapidamente com o programa”, relata. “Eu levei essa questão para as meninas do projeto, e elas já se empolgaram em tentar resolver essa situação. Começamos a estudar sobre o programa mais profundamente”, reforça. A partir desse momento, o projeto A Voz da Ana nasceu e reuniu 11 alunas da escola na criação de uma solução para as dificuldades de comunicação da colega. As alunas perceberam que existe um texto de fundo do programa Scratch, que serviu de base para a criação do sistema. Para produzir o equipamento, foi preciso desenvolver habilidades em programação e pensar também na engenharia do equipamento, que no começo era feito de papelão. Dessa forma, foi feito o dispositivo de voz e teclado, por meio do qual Ana pode tanto digitar o que quiser quanto apertar botões na interface inicial, que dão respostas usadas frequentemente de maneira mais ágil. Ana se familiarizou logo com o uso da caixa robótica. “Quando nós apresentamos o equipamento, ela rapidamente começou a digitar e escrever coisas que estavam na cabecinha dela, e nós percebemos como a Ana enxergava o mundo. Ela começou a interagir em sala de aula, conversar com os professores, falava o nome dos colegas, ajudava a fazer a chamada. Isso fez com que ela começasse a entender melhor e participar mais do processo de ensino-aprendizagem”, destaca o professor. Com muita facilidade, Ana se comunica escrevendo no tablet e interage em sala de aula O projeto A Voz da Ana vai além da sala de aula. É um exemplo inspirador de inclusão, e reflete o poder da tecnologia e da colaboração na transformação de realidades e na construção de um ambiente educacional mais acolhedor. “Quando vi a caixa que as meninas fizeram, comecei a chorar”, comenta a vice-diretora da escola, Raquel Antunes. *Com informações da Secretaria de Educação
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Pesquisa revela perfil de educadores sociais voluntários do Distrito Federal
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), por meio da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais, apresentou na manhã desta quarta-feira (26) os resultados da pesquisa Educação inclusiva no Distrito Federal: o papel dos educadores sociais voluntários. O estudo buscou compreender o perfil desses profissionais, seus incentivos para o ingresso e permanência no programa, além dos desafios para o desempenho da função. Pesquisa traz informações inéditas sobre os educadores sociais voluntários, que cumprem um papel crucial no ensino inclusivo do DF | Foto: Divulgação/ IPEDF O evento contou com a participação de representantes do IPEDF e das secretarias de Educação (SEE) e Extraordinária da Pessoa com Deficiência (SEPD). A diretora de Estudos e Políticas Sociais do instituto, Marcela Machado, comentou sobre o levantamento: “A pesquisa traz informações inéditas sobre esse ator que cumpre um papel crucial na educação inclusiva no DF, que é o educador social voluntário. É nosso papel enquanto instituto de pesquisa trazer informações sobre fenômenos sociais que demandam explicações e investigações, para permitir que o poder público possa agir de maneira focalizada”. Os dados revelam que 83,5% dos educadores sociais voluntários (ESVs) são mulheres, enquanto 14,8% são homens. A faixa etária predominante é de 30 a 49 anos, representando 53% dos respondentes, enquanto apenas 2% têm 60 anos ou mais. Em termos de etnia, 55% se identificaram como pardos, 24,8% como brancos e 17,3% como pretos, com uma pequena porcentagem de indígenas (0,5%). As atividades dos ESVs abrangem diversos aspectos do dia a dia escolar, como auxílio em sala de aula (89%), atividades recreativas (77%), locomoção (73%), refeições (69%) e higienização (67%) A maioria dos ESVs possui formação nas áreas de ciências humanas, linguística, letras e artes (67%), seguidos por ciências exatas e biológicas (6% cada), engenharia/tecnologia (6%) e ciências agrárias (1%). Além disso, 57% dos respondentes não possuem outra ocupação além de educador social voluntário. As motivações para atuar como ESVs variam, com 29% mencionando a experiência pessoal com crianças e/ou adolescentes com deficiências e transtornos, 24% buscando uma oportunidade profissional e 16% querendo aplicar os conhecimentos obtidos na universidade. A necessidade financeira e a busca por experiência profissional também são citadas como motivações significativas. Os educadores voluntários indicaram níveis variados de escolaridade, com a maioria tendo ensino superior completo (41,5%) ou pós-graduação (22,1%). Quanto aos alunos assistidos, os tipos de deficiências mais comuns incluem transtornos do espectro autista (82%), deficiências mentais (50%), físicas (45%), visuais (13%) e auditivas (13%). As atividades dos ESVs abrangem diversos aspectos do dia a dia escolar, como auxílio em sala de aula (89%), atividades recreativas (77%), locomoção (73%), refeições (69%) e higienização (67%), entre outras. No entanto, eles enfrentam desafios, como falta de materiais adequados (40%), equipe técnica e apoio insuficientes (40%), alto número de alunos por classe (54%), e projetos pedagógicos que não contemplam a inclusão (22%). Ao serem questionados sobre como melhorar as condições de trabalho, os ESVs apontaram a necessidade de aumento do valor do ressarcimento por turno (80%), oferta de cursos de capacitação (81%) e maior número de educadores sociais voluntários em cada sala/escola (59%). Metodologia A pesquisa utilizou métodos quantitativos e qualitativos, incluindo surveys, grupos focais e entrevistas com gestores da SEE e diretores de escolas públicas. Esses resultados fornecem uma visão detalhada sobre o perfil e os desafios enfrentados pelos educadores sociais voluntários, destacando áreas que merecem maior atenção para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes em educação inclusiva. *Com informações do IPEDF
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Seminário discute direitos humanos e diversidade nas escolas
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), promoverá o 2º Seminário de Direitos Humanos e Diversidade, nesta quarta-feira (12), das 9h às 12h e das 14h às 17h. Com o tema Pluralidade e Inclusão na Educação, o evento será no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), no Setor de Autarquias Norte, Quadra 3, Bloco A. O seminário visa proporcionar uma ampla formação sobre o tema aos servidores da secretaria e à sociedade de forma geral. O evento é aberto ao público e não é necessário realizar inscrição prévia. A programação do Seminário de Direitos Humanos e Diversidade terá palestras, apresentação de casos de sucesso e será aberto à comunidade em geral | Foto: André Amendoeira/SEEDF Na programação, além de palestras sobre educação em direitos humanos, educação antirracista, e direitos dos estudantes LGBTQIAPN+, estarão a apresentação de experiências exitosas de projetos da rede pública de ensino do DF, como o Projeto Entre Elas, do CEM 04 de Sobradinho II. Desde 2021, a unidade escolar desenvolve o trabalho de valorização feminina e enfrentamento às violências contra meninas e mulheres. Também haverá o relato de experiência do ex-estudante da rede pública do DF Andrey Silva, que já foi membro do Comitê Consultivo de Adolescentes do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescentes (CDCA/DF). Hoje, aos 19 anos, Andrey faz licenciatura em geografia na Universidade de Brasília (UnB) e é educador social voluntário em escola pública do Itapoã. A primeira edição do seminário foi realizada em novembro do ano passado e abordou temas como diversidade e relações étnicos-raciais em palestras e minicursos de professores e convidados. Além disso, houve também a exposição de trabalhos realizados ao longo do ano, como o acolhimento dos alunos da comunidade indígena Warao Coromoto na rede pública de ensino. *Com informações da Secretaria de Educação
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Projeto Enem Inclusivo e Especial oferece preparação a estudantes com deficiência
Com as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) abertas até sexta-feira (7), a Secretaria de Educação do Distrito Federal, por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) incentiva a participação no exame dos estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA), comportamento de altas habilidades ou superdotação e transtornos funcionais. A inscrição no Enem 2024 é fundamental e necessária para que estes alunos possam participar do projeto de aulas preparatórias Enem Inclusivo e Especial. Realizado pela SEEDF, o projeto Enem Inclusivo e Especial é realizado desde 2019 | Foto: Mary Leal/SEEDF Desde 2019, a Subin realiza o projeto Enem Inclusivo e Especial, uma iniciativa fundamental para garantir que estudantes com deficiência e transtornos funcionais tenham uma preparação adequada com todos os recursos de acessibilidade necessários para a participação no Enem. Para participar do Enem Inclusivo e Especial é imprescindível que os estudantes realizem a inscrição no Enem 2024 até a próxima sexta-feira (7) Realizadas aos sábados, as aulas do projeto oferecem recursos de acessibilidade, como intérpretes de Libras, audiodescrição, leitores de prova e monitores da faculdade de pedagogia da Universidade de Brasília (UnB), assegurando que todos os participantes realizem o exame em condições justas e adequadas. Em 2024, o projeto continua com a missão de promover a inclusão. As aulas devem começar em agosto, alguns meses antes do exame, que, neste ano, será aplicado em 3 e 10 de novembro. Os encontros serão ministrados por professores voluntários de diversos componentes curriculares, como matemática, física, química, geografia, história, biologia, filosofia, sociologia, língua estrangeira, gramática, redação e artes. Inscrição Para participar do Enem Inclusivo e Especial é imprescindível que os estudantes realizem a inscrição no Enem 2024 até a próxima sexta-feira (7). Esse é o primeiro passo para garantir a inclusão dos alunos no projeto. As inscrições devem ser feitas no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Um vídeo de divulgação da subsecretária da Subin, Vera Barros, foi enviado para as escolas da rede pública com o objetivo de sensibilizar e incentivar os pais a inscreverem os filhos no Enem. As coordenações regionais de ensino e equipes gestoras das unidades escolares desempenham um papel crucial em informar e motivar as famílias sobre a importância dessa inscrição. *Com informações da SEEDF
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Seminário debate os desafios da educação inclusiva
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF), por meio da Coordenação Regional de Brazlândia, realizou o Seminário de Educação Inclusiva, nesta quarta-feira (24), no Centro de Ensino Médio 01 da região. O seminário reuniu cerca de 200 profissionais das unidades vinculadas à regional de ensino. A iniciativa faz parte das ações da secretaria para promover o diálogo e a troca de experiências sobre a educação inclusiva e de qualidade na rede pública de ensino do DF. “É importante para a manutenção da temática nos espaços públicos e privados de forma a gerar consciência das possibilidades educacionais garantidas à pessoa com deficiência para o exercício de sua cidadania”, afirma a gerente de Acompanhamento à Educação Inclusiva, Jane Carrijo. O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira, destacou algumas leis que respaldam os direitos das pessoas com deficiência | Foto: Divulgação Além disso, Jane também destacou as novas ações da SEE-DF, incluindo o lançamento do projeto Núcleo Digital de Aperfeiçoamento da Educação Inclusiva e Integral. Este projeto, em parceria com a Subsecretaria de Formação Continuada (EAPE), é um centro para o desenvolvimento de diversos conteúdos e temas pedagógicos, disponibilizados online. Destina-se ao público em geral interessado no tema, mas principalmente aos professores da rede e aos servidores da Secretaria de Educação do DF. Desafios A Coordenação Regional de Brazlândia atende aproximadamente 700 estudantes com laudo de algum tipo de deficiência ou transtorno. Nesse contexto, Neuseli Rodrigues, coordenadora da CRE de Brazlândia, enfatizou que esse público foi a principal motivação para realizar o seminário. “Nossos professores precisam se apropriar de toda essa temática para atender o nosso estudante da melhor forma possível dentro de sala de aula” Neuseli Rodrigues, coordenadora da CRE de Brazlândia “Pensamos nesse seminário justamente em função do aumento que nós tivemos de diagnósticos de estudantes com algum tipo de deficiência ou transtorno. Se os alunos estão chegando, os professores precisam estar preparados para receber esses estudantes. Nossos professores precisam se apropriar de toda essa temática para atender o nosso estudante da melhor forma possível dentro de sala de aula”, pondera. Durante o evento, o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos apresentou ações desenvolvidas na pasta e aproveitou para destacar algumas leis que respaldam os direitos das pessoas com deficiência. “A minha vida toda foi transformada pela educação, por professores, por educadores que me trouxeram princípios, e uma visão de excelência do que eu poderia fazer. Aprendi que nem sempre você pode ser o melhor, mas pode fazer o melhor. Então eu vejo que a educação é um grande instrumento para a transformação de vidas”, conta Flávio. Educação inclusiva na rede A educação especial é uma modalidade de ensino oferecida tanto em unidades escolares regulares quanto em unidades especializadas, como os Centros de Ensino Especial (CEEs), o Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV), o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) e a Escola Bilíngue Libras Português Escrito. Essa modalidade de ensino é garantida a estudantes com deficiências, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), bebês e crianças de até 4 anos pelo Programa de Educação Precoce. Todas as escolas da rede pública de ensino do DF que oferecem a educação básica, assim como as instituições educacionais parceiras, são inclusivas. Ou seja, elas se organizam para oferecer a cada estudante, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação, um ensino significativo que reconhece e respeita as diferenças, atendendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades. *Com informações da Secretaria de Educação
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Lives e videocasts vão oferecer conteúdos pedagógicos sobre educação inclusiva e integral
Fornecer conteúdos pedagógicos para contribuir com o aperfeiçoamento permanente sobre a educação inclusiva e integral. Esse é o objetivo do Núcleo Digital de Aperfeiçoamento da Educação Inclusiva e Integral, lançado pela Secretaria de Educação (SEEDF). O projeto, que nasceu de uma parceria entre a Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) e a Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais de Educação (Eape), oferecerá conteúdos relevantes sobre a temática em forma de live, videocasts e podcasts. Conteúdo será disponibilizado por meio de lives gravadas com profissionais da educação | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF A partir da próxima quarta-feira (17), o material será disponibilizado por meio do canal da Eape no YouTube. O projeto destina-se ao público em geral interessado no tema, mas principalmente aos professores da rede e servidores da SEEDF. A titular da Subin, Vera Barros, ressalta a importância da disseminação sobre o tema para toda a comunidade escolar. “Todos podem participar. Esse projeto foi todo pensado para transmitir conteúdos pedagógicos importantes para que toda a comunidade escolar esteja alinhada sobre a diversidade na educação”, destaca. Já a subsecretária da Eape, Graça de Paula, lembra que o conteúdo ficará disponível e poderá ser visto a qualquer tempo. “O público poderá ter acesso ao material de qualquer lugar já que o conteúdo ficará disponível nos nossos canais de comunicação”, indica. Confira a programação das lives e videocasts: → 17/4, às 14h30: Brasília, nosso patrimônio → 30/4, às 14h30: Inclusão e diversidade no ambiente escolar → 17/5, às 9h30: Voando alto – educação em tempo integral → 18/5, às 9h30: Crianças, adolescentes e violências – por um olhar protetivo → 23/5, às 14h30: A importância do papel da família na educação inclusiva → 3/6, às 9h30: Voando alto – objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) em foco → 19/6, às 9h30: Migrantes internacionais – a língua como acolhimento → 26/6, às 9h30: Autismo – orientação para a escola, família e sociedade. *Com informações da SEEDF
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Escolas do DF atendem mais de 30 mil alunos com necessidades específicas
O Governo do Distrito Federal (GDF) oferece uma série de iniciativas para garantir a inclusão de todos os estudantes na rede pública de ensino. São 30.370 alunos com necessidades específicas distribuídos nas 835 escolas, todas aptas para atender crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência. Somente com atendimento bilíngue na Língua Brasileira de Sinais (Libras), são 60 instituições, com previsão de inauguração de mais uma, no Plano Piloto. Uma delas é a Escola Bilíngue de Taguatinga (QNH 01/03 Área Especial 1 e 2), que atende estudantes com deficiência auditiva e ouvintes filhos de pais com deficiência auditiva. As aulas são todas em Libras e em português escrito, em regime integral. A Escola Bilíngue de Taguatinga atende estudantes com deficiência auditiva e ouvintes que são filhos de pais com deficiência auditiva | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília A escola recebe estudantes de todos os segmentos – da educação infantil ao ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Também há estimulação precoce para crianças entre seis meses e 3 anos, com atendimentos semanais. É uma maneira de preparar os pequenos para ingressarem na escola. A autônoma Monielle Dantas, mãe do pequeno Enzo, que tem 9 anos e está no 4º ano do ensino fundamental, conta como a vida do filho e da família mudou completamente após ele ingressar na escola. Monielle também fez o curso de Libras oferecido pela instituição. A escola bilíngue recebe estudantes da educação infantil ao ensino médio e EJA | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília “Quando veio para a escola, ele se encontrou. O comportamento mudou completamente. Ele se desenvolveu tanto que pôde deixar a medicação. Hoje, ele interage, conversa perfeitamente, soletra. Aqui ele também viu que outras pessoas são surdas, que não é só ele. Agora, ele fala que tem amigos e diz que é feliz”, comemora. O acolhimento é sentido por todos os estudantes. A estudante Sophia Pontes, 14, do 9º ano do ensino fundamental, também se sente assim. “Quando eu era pequena, eu não era compreendida, era tudo muito difícil. Quando cheguei aqui, ficava com vergonha da língua [Libras]. Agora, é muito melhor. Minha mãe aprendeu a língua aqui na escola, e eu ensino à minha avó”, conta Sophia. A estudante Sophia Pontes conta que frequentar uma escola bilíngue mudou sua vida: “Minha mãe aprendeu a língua [Libras] aqui na escola e eu ensino à minha avó” | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Filhos ouvintes Os filhos ouvintes de pais com deficiência auditiva também têm lugar garantido na escola. Os codas – termo que vem da sigla em inglês para a expressão children of deaf adults, que significa “filhos de adultos surdos” – desempenham um papel muito importante. Muitas vezes, eles atuam como intérpretes entre suas famílias e as comunidades onde vivem. É o caso de Erick Luan Barbosa, de 12 anos, que está no 6º ano. Ele conta que tudo ficou mais fácil depois que ele passou a estudar na Escola Bilíngue. Erick Luan Barbosa é filho de pais surdos: “Depois que vim para cá, a gente conseguiu se comunicar” | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília “Eu adoro ensino em Libras. Depois que vim para cá, a gente conseguiu se comunicar, e melhorou muito a nossa vida. Eu e minha irmã vamos ao banco para os nossos pais, levamos eles ao médico, ao mercado”, disse, referindo-se à irmã Liza, de 14 anos, que também é ouvinte e frequentou a escola até o ano passado. Mesmo conteúdo “Todos os surdos são recebidos em nossa escola. Mas a educação é individualizada para atender às necessidades de cada um deles”, ressalta a diretora da instituição, Clissineide Caixeta. Quando a diretora diz que todos os deficientes auditivos são recebidos, ela fala de modo literal. A instituição conta com estudantes que, além da surdez, têm síndrome de Down, autismo ou são surdo-cegos. Todos são atendidos conforme as suas especificidades. A Escola Bilíngue de Taguatinga, inclusive, ainda tem vagas. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (61) 3318-2756 para saber como fazer a matrícula. Referência inclusiva O Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi) do Gama, que está sempre no topo de aprovação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do vestibular da Universidade de Brasília (UnB), também é referência quando se trata de inclusão. A Sala de Recursos do Cemi é dedicada a estudantes com necessidades especiais, que desempenham atividades lúdicas baseados em raciocínio lógico e de forma individualizada | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Estudantes com necessidades específicas participam das aulas regulares, mas têm um espaço para chamar de seu na Sala de Recursos. Por lá, eles fazem atividades lúdicas com foco em raciocínio lógico e de forma individualizada. “Eles vêm no intervalo e no horário do almoço para fazer outras atividades. Algumas são desenvolvidas em pequenos grupos, mas a maioria é individualizada para atender a cada um”, explica a professora Gracinha Veras. O estudante Heitor Cauã Coelho Silva garante: “O Cemi é uma das escolas mais inclusivas” | Foto: Lucio Bernardo Jr./ Agência Brasília O local está mais que aprovado por Heitor Cauã Coelho Silva, de 17 anos, que tem hiperfoco em filosofia e história. “O Cemi é uma das escolas mais inclusivas. As outras não tinham sala de recurso. Aqui eu socializo, debato. Eu, como autista, interajo com outros autistas. Sei que eles vão me entender”, observa. Garantia de atendimento Entre as principais ações da Secretaria de Educação para melhorar a educação inclusiva no DF está o Núcleo de Acolhimento às Demandas de Educação Especial. Lá, um profissional da Diretoria de Educação Inclusiva recebe denúncias e sugestões via Ouvidoria. Esse profissional é responsável por entrar em contato com a unidade escolar para providenciar assistência necessária ao atendimento das demandas.
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Alunos com autismo encontram acolhimento na rede pública de ensino
Estar em sala de aula é um dos momentos mais importantes na rotina de Davi Ferreira, 13 anos. O estudante do Centro de Ensino Fundamental (CEF) da 104 Norte tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, graças aos estímulos do ambiente escolar, tem apresentado melhoras significativas no desenvolvimento. “Ele sempre teve estímulos pedagógicos por meio das escolas públicas do Distrito Federal. Temos uma adequação curricular, uma equipe multidisciplinar dentro da escola e uma monitora que o acompanha”, conta a mãe do menino, a administradora Geane Ferreira, 46. Frequentando o CEF 104 Norte, o estudante Davi Ferreira tem apresentado melhoras significativas no desenvolvimento | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília A rotina de Davi começa cedo, com aulas de inglês no Centro Interescolar de Línguas 1 de Brasília. Depois, ele vai para as aulas no CEF 104 Norte e, em dias alternados, para a Sala de Recursos da instituição. O estudante afirma que gosta de frequentar o espaço de ensino e conta um pouco do dia a dia: “Eu vou para a escola de inglês, eu pego o livro, o caderno. [Estudo] matemática, biologia, artes…”, diz. Todas as unidades da rede pública de ensino do DF são inclusivas, não há qualquer distinção entre os alunos. Além disso, existem instituições especializadas dedicadas à complementação de necessidades específicas dos estudantes O diagnóstico veio quando ele tinha 2 anos. Geane conta que notou a ausência de contato visual e o levou para uma consulta neurológica. “Cheguei no fundo do poço, porque até então eu não sabia o que era o autismo. Mas tive amparo nas escolas públicas em que Davi estudou, que o ajudaram a se desenvolver, a ter maior interação social”, relembra. Nesta terça-feira (2) é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, criado em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para levar informação à população e reduzir o preconceito contra quem tem a condição. Na capital do país, o Governo do Distrito Federal (GDF) oferece apoio e acolhimento a toda a população com autismo, sobretudo no ambiente escolar. Geane Ferreira elogia: “Tive amparo nas escolas públicas em que Davi estudou, que o ajudaram a se desenvolver, a ter maior interação social” Todas as unidades da rede pública de ensino do DF são inclusivas, não há qualquer distinção entre os alunos. Além disso, existem instituições especializadas dedicadas à complementação de necessidades específicas dos estudantes. São elas os centros de ensino especial (CEEs), o Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV), o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS), e a Escola Bilíngue Libras Português Escrito. “Quando falamos de inclusão, falamos de redução no número de alunos por turmas, no atendimento complementar na sala de recursos e na figura dos monitores e dos educadores sociais voluntários, que atuam nas escolas com a função de auxiliar os estudantes nas áreas de alimentação, locomoção e higiene e onde mais for necessário”, informa a gerente de Acompanhamento da Educação Inclusiva da Rede Pública do DF, Jane Corrijo. Todas as unidades da rede pública de ensino do Distrito Federal são inclusivas, não há distinção entre os alunos Cada caso é analisado pelas equipes pedagógicas das regionais de ensino, para identificação da necessidade de inclusão dos estudantes nos centros especiais e em outras iniciativas. A Secretaria de Educação do DF (SEEDF) é responsável por 14 unidades especializadas e mantém iniciativas que ensejam o desenvolvimento da pessoa com deficiência, como o Programa de Educação Precoce e a Educação de Jovens e Adultos Interventiva. Acolhimento Quem acompanha Davi em sala de aula e nas demais dependências da escola é a educadora social voluntária Sandra Alves Gomes, 37 anos. Ela relata que, em dois anos de suporte, o menino já apresentou diversas evoluções. “Ele escreve mais, lê mais, participa mais em sala e no intervalo, conversa mais com os alunos, brinca com eles. Antes não era assim, ele era muito na dele, ficava sempre quietinho, e hoje está mais livre, mais solto”, afirma. Monitora do CEF da 104 Norte, Priscilla Rocha explica que, com adaptações, alunos com necessidades específicas são atendidos em turmas regulares A monitora Priscilla Franco Rocha explica que as crianças com necessidades específicas são atendidas em classes regulares. “São as salas de aulas comuns em que os professores adaptam o material didático-pedagógico para o atendimento específico desses estudantes”, pontua. “Então, se ele tem TEA ou Síndrome de Down, o professor vai adaptando o conteúdo e avaliando o progresso daquela criança. Assim, o aluno vai adquirindo os conteúdos previstos no currículo de ensino no próprio tempo”, explica. Um dos professores da Sala de Recursos do CEF 104 Norte é Luiz Peres, que acumula mais de 30 anos de docência. Ele explica que as atividades aplicadas variam conforme o estudante. Para alguns, o tempo disponível serve para aprofundar conhecimentos e tirar dúvidas, enquanto para outros é o momento de desenvolver habilidades como concentração e memória. “Essa sala funciona como um complemento ao trabalho dos professores em sala de aula. Os alunos têm aula regular no turno normal e no turno contrário vêm aqui para o atendimento”, explica. “A filosofia fundamental é a ludicidade, com atividades e jogos feitos pela gente ou adaptado. Também priorizamos o acolhimento, porque caso não se sintam acolhidos, o trabalho não funciona”, completa o professor.
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Projetos de professora com transtorno do espectro autista inspiram alunos e colegas
Transformar dificuldades em superação e inspiração. Essa foi a escolha de Sara Borges, 37 anos, professora da Escola Classe (EC) 316 Sul, ao escolher a pedagogia como profissão. Diagnosticada com transtorno do espectro autista (TEA) nível 2, ela só desenvolveu a fala depois de dez anos, mas, hoje, utiliza a voz em sala de aula para mudar a realidade de outras crianças e conscientizar os estudantes sobre o bullying e a exclusão, um dia sofridos na própria pele. A professora Sara Borges dá aulas para uma turma do ensino fundamental com crianças de 9 e 10 anos | Fotos: André Amendoeira/ SEEDF Sara se recorda de uma infância e juventude marcadas pela marginalização por causa de suas limitações. Para ela, a sociedade ainda tem um olhar de exclusão para as pessoas com deficiência. A professora quer mudar essa situação na realidade que ela pode alcançar, dentro da sala de aula. “A diretora dessa escola foi a primeira pessoa que me disse sim na vida. Em outros empregos, me mandavam para casa quando viam minha condição” Sara Borges, professora da Escola Classe 316 Sul “Eu sofri muito bullying e agressões durante toda a minha infância e juventude e isso me impactou muito. Não tive um professor que me acolhesse, mas eu cresci e quis fazer diferente. Quero que meus alunos acreditem que eles podem ser o que quiserem. Eu quero inspirá-los“, comenta Sara. O trabalho como professora da rede pública de ensino do Distrito Federal, na EC 316 Sul, é o primeiro emprego de Sara. Aos 37 anos, ela realiza um sonho ao dar aula para uma turma do ensino fundamental com crianças de 9 e 10 anos. “A diretora dessa escola foi a primeira pessoa que me disse sim na vida. Em outros empregos, me mandavam para casa quando viam minha condição. Ela acreditou em mim e eu coloco todo meu amor aqui para meus alunos”, conta. Inspiração dos colegas A diretora da EC 316 Sul, Cláudia Madoz, relembra como foi receber a profissional para integrar o corpo docente da unidade escolar. “Foi emocionante. O desejo de todos os professores de alunos com TEA é levar o estudante onde ele quer chegar. Levá-lo a ser o profissional que ele deseja ser. E ela está sendo um exemplo para os estudantes e seus familiares, desmistificando rótulos criados pela nossa sociedade muitas vezes preconceituosa”, ressalta Cláudia. Sara começou a dar aula na Escola Classe 316 Sul no início do ano letivo de 2024, mas já soma muitos projetos realizados em parceria com os colegas neste tempo A gestora elogia as aulas criativas e reflexivas dadas por Sara. “Eu trabalho com educação especial há muitos anos e a cada dia ela nos surpreende com seu trabalho, onde os alunos são levados a ter uma visão crítica sobre o contexto da sociedade atual na qual estão inseridos“, comenta. Projetos inclusivos Sara começou a dar aula na Escola Classe 316 Sul no início do ano letivo de 2024, mas já soma muitos projetos realizados em parceria com os colegas neste tempo. Na Semana Distrital da Conscientização e Promoção da Educação Inclusiva aos Alunos com Necessidades Especiais, no início de março, realizada em toda a rede pública de ensino do DF, Sara promoveu várias ações para os alunos. Em uma delas, os alunos colocaram um adesivo na boca e eram incentivados a se comunicarem sem a fala, para entenderem um pouco como os mudos se comunicam. Em outra atividade, imobilizaram o braço que escreviam e refletiram sobre a rotina de uma pessoa com deficiência em tarefas diárias como ir ao banheiro, encher a garrafinha de água e escrever somente com uma mão. As atividades foram aprovadas pelos estudantes. “Eu gostei de me colocar no lugar de uma pessoa com deficiência. Nenhuma pessoa deve ser excluída, todas as crianças merecem fazer amizades”, comenta Ricardo Pedroza, 9 anos, aluno da turma de Sara. “Não importa se a pessoa tem ou não deficiência, ela quer ser respeitada, como qualquer outra”, completou a estudante Marina de Oliveira, 9 anos. As atividades criativas da professora Sara são aprovadas pela turma da Escola Classe 316 Sul Protagonismo dos estudantes Sara acredita que as crianças aprendem de forma dinâmica e, com esse objetivo, desenvolve projetos em que as crianças são protagonistas no processo de aprendizagem. Um deles foi uma atividade em que a professora levou uma caixa de papelão e pediu que os alunos se agrupassem e decidissem o que fazer com ela. O intuito era incentivar a escuta. Assim, eles tiveram que desenvolver habilidades de organização, persuasão e divisão de tarefas. O resultado foi a construção de um castelo. “Eu fiquei calada durante a aula, eles que decidiram tudo, se organizaram, definiram as tarefas e me apresentaram o resultado que ficou lindo”, comemora Sara. As ideias para estimular o desenvolvimento dos alunos vêm de dentro de casa. Sara é paraibana e, desde que recebeu o diagnóstico de TEA nível 2, sofreu perdas, inclusive a convivência com a mãe, que escolheu não lidar com as limitações da filha. Hoje, Sara é casada e mãe de três filhos, de 15, 13 e 8 anos, dois dos quais também já foram diagnosticados com TEA. “Eu sou uma mãe inclusiva, então desde que meu primeiro filho nasceu, há 15 anos, eu apresento o mundo de forma que brilhe os olhos dele. Eu quero que ele viva de forma prazerosa, então é natural, para mim, desenvolver projetos inclusivos. A gente não precisa de pena ou de dó, a gente precisa de espaço para se desenvolver”, pontua. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal
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Jornada Pedagógica promove educação inclusiva e intercâmbio de profissionais
Um encontro de saberes e experiências. Na manhã desta quinta-feira (21), a comunidade educacional do Distrito Federal se reuniu para participar da 5ª Jornada Pedagógica do Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem (SEAA). O evento, idealizado pela Secretaria de Educação do DF (SEE-DF), promove boas práticas pedagógicas para o apoio à aprendizagem de pedagogos, psicólogos, professores e coordenadores. O encontro aconteceu ao longo do dia no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), na Asa Norte. A jornada promove boas práticas pedagógicas para o apoio à aprendizagem | Fotos: Mary Leal/SEE-DF O objetivo da jornada é promover a troca de ideias, metodologias e boas práticas entre os participantes, enriquecendo assim o repertório profissional de todos. Para abertura do evento, estiveram presentes a subsecretária de Educação Inclusiva Especial, Vera Lúcia Barros, a psicóloga e gerente da SEEA, Luciana Moreira Oliveira, e a diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade (DSADHD), Patrícia Souza Melo. “Nosso foco são os nossos estudantes, e queremos trabalhar na prevenção à violência” Vera Lúcia Barros, subsecretária de Educação Inclusiva Especial A subsecretária Vera Lúcia destaca o compromisso da SEE-DF com a formação e a comunidade escolar. “Nesses encontros, estão todos os profissionais envolvidos no serviço de apoio à aprendizagem. São pedagogos, psicólogos, professores e coordenadores, todos foram convidados para trocar conhecimentos e experiências”, explica. “O conhecimento não se esgota, e é isso que dá possibilidade de transformação”, completa. Um dos focos do evento foi o trabalho de prevenção à violência. “Nosso foco são os nossos estudantes. O nosso objetivo é trabalhar na prevenção e trazer toda a comunidade para buscar uma mudança de conduta dentro e fora do ambiente escolar”, afirma Vera Lúcia. A 5ª Jornada Pedagógica do Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem reafirmou o compromisso da Secretaria de Educação com a formação continuada de seus profissionais e com a promoção de uma educação inclusiva e de qualidade para todos. A psicóloga escolar Dianne Prestes Reis é integrante da equipe especializada de apoio à aprendizagem desde 2014 Processos educacionais Pela manhã, o evento teve a palestra do servidor Christiano Sasaki, da Unidade Gestora da Lei de Proteção de Dados Pessoais (UGLGPD) da SEEDF, sobre a importância dos dados pessoais na educação de maneira a proteger a privacidade de estudantes, professores, servidores e todos envolvidos nos processos educacionais. Houve também palestra com o tema “Ética e elaboração de documentos no SEAA”, intermediadas pela psicóloga escolar Camila Fé Maia e a pedagoga Tatiana Santos, e a psicóloga escolar Michele Faria, todas integrantes do serviço especializado. Para os participantes, a jornada representou uma oportunidade única de aprimoramento profissional e de fortalecimento dos laços com a comunidade educacional. “É gratificante poder compartilhar experiências e aprender com colegas tão dedicados”, afirmou a psicóloga escolar Dianne Prestes Reis, integrante da equipe especializada de apoio à aprendizagem desde 2014. “Essa troca de saberes é essencial para o nosso crescimento como educadores e para o sucesso de nossos alunos”. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal
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Aberta Semana Distrital da Conscientização e Promoção da Educação Inclusiva
Começa nesta terça (5) a Semana Distrital da Conscientização e Promoção da Educação Inclusiva aos Alunos com Necessidades Especiais, promovida pela Secretaria de Educação (SEEDF). As atividades serão coordenadas pelas subsecretarias de Educação Inclusiva e Integral (Subin) e de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape). Alunos com necessidades especiais e respeito à diversidade são os temas em torno dos quais a programação se desenvolve | Foto: Divulgação/SEEDF O foco é á defesa dos direitos dos alunos com deficiência ou com necessidades educacionais especiais, com a meta de assegurar a consolidação da educação inclusiva, combater a discriminação e a intolerância e promover o respeito à diversidade. A comunidade escolar poderá participar de três cursos a serem transmitidos pelo canal da Eape no YouTube. “Com esses cursos, temos o objetivo de buscar um alinhamento da nossa comunidade escolar sobre educação especial e inclusiva”, afirma a titular da Subin, Vera Lúcia Ribeiro de Barros. “Temas como inclusão de estudantes autistas e comunicação para surdos serão tratados com o intuito de contribuir para uma formação mais completa dos nossos professores.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Veja, abaixo, os temas e tópicos dos cursos da programação. Terça (5), das 9h às 12h Tema: Convivendo na diversidade: os vários atores no contexto da educação infantil/educação especial e seus papéis → A inclusão como um direito e um dever na escola atual → A convivência de pessoas típicas e pessoas com deficiência/TEA na educação infantil → As responsabilidades de toda a comunidade escolar, com destaque na ação docente → A função da escola no processo inclusivo das crianças com deficiência → Como assegurar os direitos das crianças com deficiência dentro da UE (adequação curricular e AEE) Quarta (6), das 14h às 17h Tema: Inclusão do estudante com transtorno do espectro autista → Estratégias de avaliação e planejamento para alunos com TEA → Protocolos e escalas de avaliação e intervenção para alunos com TEA → Práticas baseadas em evidências → Sugestões de adaptações → Organização de sala de aula e cuidados com materiais → Rotina diária estruturada e comunicação Quinta (7), as 14h às 17h Tema: Precisamos conversar sobre a educação bilíngue de surdos → Com coordenação dos professores surdos Adriana Gomes (SEEDF) e João Paulo Miranda (UnB), esse encontro abordará os principais desafios na implementação de uma educação bilíngue e a importância da formação dos profissionais que atuam na educação de surdos. Acompanhe a programação pelo canal da Eape no YouTube. *Com informações da Secretaria de Educação
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Participe da pesquisa sobre educadores sociais voluntários no DF
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) está conduzindo uma pesquisa para conhecer o perfil dos educadores sociais voluntários (ESVs) em atividade no Distrito Federal. Além disso, busca compreender como ocorre a atuação desses educadores e quais são os incentivos, necessidades e barreiras para sua participação na educação inclusiva. Questionário ajuda a avaliar e contribuir para a educação inclusiva no DF | Foto: Divulgação/IPEDF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O objetivo da pesquisa é coletar evidências para compreender a política de educação inclusiva no âmbito distrital e contribuir para a elaboração de políticas públicas mais eficazes. A inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais e/ou deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA) é reconhecida pelo Estado brasileiro como um direito social fundamental, que deve ser garantido pelas unidades escolares. O IPEDF convida pessoas que atuam como ESVs a responderem ao questionário anônimo disponível até 15 de fevereiro. O procedimento é rápido. Em apenas oito minutos, você pode contribuir para a melhoria das políticas públicas promovidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Participe por meio deste link. *Com informações do IPEDF
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Educadores sociais voluntários devem se inscrever até o dia 15
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) fará um levantamento para conhecer o perfil dos educadores sociais voluntários (ESV) que estão em atuação no Distrito Federal, além de entender como se dá a atuação desses educadores e quais os incentivos, necessidades e barreiras para sua atuação na educação inclusiva. A pesquisa tem como objetivo levantar evidências para entender a política de educação inclusiva distrital e auxiliar na elaboração de políticas públicas mais efetivas. A inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais e/ou deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA) é entendida pelo Estado brasileiro como um direito social fundamental e tem que ser assegurada pelas unidades escolares. Para sua realização, o IPEDF convida as pessoas que atuaram como educadores sociais voluntários no Distrito Federal a se cadastrarem para participar e responder ao questionário. Em uma segunda etapa, o instituto entrevistará as pessoas que se inscreveram. As entrevistas serão realizadas presencialmente, online ou por telefone. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Como se cadastrar Para participar, a pessoa deve preencher o formulário disponível na página Cadastro educadores sociais voluntários para participação em pesquisa. As inscrições devem ser realizadas até o dia 15 deste mês. *Com informações do IPEDF
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Pesquisa sobre educação inclusiva no DF será realizada nos próximos meses
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) vai realizar, nos próximos meses, uma pesquisa sobre o papel dos educadores sociais voluntários que atuam no Distrito Federal. O resultado da chamada pública foi divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (18). O projeto de pesquisa selecionou sete bolsistas por meio do Programa de Bolsas do IPEDF para entrevistar educadores sociais voluntários e gestores. Os bolsistas, graduados e mestres em áreas específicas, atuarão por três meses a partir de dezembro. [Olho texto=”“As experiências bem-sucedidas de outros estados, que serão mapeadas pela pesquisa, também ajudarão a aprimorar as propostas para a educação inclusiva no DF”” assinatura=”Marcela Machado, diretora de Estudos e Políticas Sociais (Dipos) do IPEDF” esquerda_direita_centro=”direita”] Com a pesquisa, espera-se conhecer quem são esses profissionais, suas motivações para ingressar no programa e os desafios identificados na realização de suas atividades. Serão mapeadas, de forma complementar, políticas públicas sobre educação inclusiva em outros estados brasileiros que tenham se mostrado efetivas. Educação inclusiva Com a pesquisa sobre o papel dos educadores sociais voluntários, o IPEDF busca conhecer quem são esses profissionais, suas motivações para ingressarem no Programa de Bolsas e os desafios identificados na realização de suas atividades | Foto: Divulgação/IPEDF A inclusão escolar de pessoas com deficiência ou transtornos do desenvolvimento já é entendida pelo Estado brasileiro como um direito social fundamental. Ao contrário da educação especial, em que há a segregação desses alunos, a educação inclusiva não tem categorizações e promove a diversidade, atentando-se às necessidades de cada aluno. Para a materialização dessa inclusão, o sistema educacional conta com o trabalho de algumas figuras, como a dos educadores sociais voluntários. Os educadores sociais voluntários, entre outras atribuições, auxiliam estudantes com necessidades educacionais especiais e/ou deficiência e transtorno do espectro autista (TEA) em atividades diárias, como alimentação, locomoção e higienização. De acordo com a diretora de Estudos e Políticas Sociais (Dipos) do IPEDF, Marcela Machado, “entender a educação inclusiva perpassa por compreender a perspectiva dos educadores sociais voluntários, suas demandas, necessidades e obstáculos, para que os gestores consigam elaborar políticas públicas mais assertivas tanto para os alunos, quanto para quem atua na linha de frente. As experiências bem-sucedidas de outros estados, que serão mapeadas pela pesquisa, também ajudarão a aprimorar as propostas para a educação inclusiva no DF”. *Com informações do IPEDF
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No DF, inclusão se aprende na escola
Um exemplo de instituição inclusiva, acessível e com educação humanizada é o trabalho da Escola Classe 45 (EC 45) de Ceilândia. A unidade lembra a importância do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado neste domingo (2), e mostra, por meio de ações desenvolvidas cotidianamente, o que é inclusão. Vitor Sousa: “O que importa é que todo mundo é amigo aqui. Eu gosto de todas as matérias e da escola” | Foto: André Amendoeira/SEE A unidade tem 775 estudantes, entre os quais 37 diagnosticados com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O local atende alunos da educação infantil e do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Nas turmas inclusivas, a equipe pedagógica da EC 45 observa peculiaridades durante o ano letivo. No início das aulas, a escola opta por manter as mesmas turmas ao longo dos anos. As professoras dos anos anteriores também conversam e fazem um trabalho integrado na adaptação com a professora que vai assumir a turma. Turmas inclusivas [Olho texto=”“Os cursos e capacitações são importantes, mas você tem que observar a criança e seus hábitos para começar a relação e evoluir ao longo do ano com processo de aprendizagem” ” assinatura=”Ianê Rodrigues, professora da EC 45″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] O estudante Vitor Sousa, 10, cursa o quinto ano e está em uma turma inclusiva. Crianças do ensino regular e alunos diagnosticados com TEA, como ele, estudam juntas. “O que importa é que todo mundo é amigo aqui. Eu gosto de todas as matérias e da escola”, afirma ele. Ele estuda na EC 45 desde os 4 anos de idade e diz apreciar a integração com as outras crianças, os momentos culturais na escola e a convivência. Recentemente, passou a investir em seu talento artístico. Durante a entrevista, ficou animado, fez uma escultura utilizando fita adesiva de um dos seus personagens preferidos, o Sonic, e mostrou o trabalho no pátio da escola, no meio do recreio, rodeado pelos colegas. A EC 45 também tem acessibilidade física em toda estrutura da escola. O local também atende estudantes com outras necessidades especiais e deficiências, como a síndrome de Down. “A inclusão de todos é importante, em um local que esteja fisicamente acessível ou adequando as atividades pedagógicas do currículo escolar às necessidades de cada estudante”, pontua o diretor da escola, Fernando Tiago. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Cada estudante importa O ensino humanizado é uma missão realizada a cada dia na EC 45 de Ceilândia. Ianê Rodrigues é professora na unidade e vive essa experiência há 26 anos. “Cada aluno é único, especialmente os autistas”, afirma. “Temos que ter esse olhar individualizado nas turmas inclusivas e ter uma observação direta. Os cursos e capacitações são importantes, mas você tem que observar a criança e seus hábitos para começar a relação e evoluir ao longo do ano com processo de aprendizagem.” Carlos Eduardo Soares, 6 anos, está na turma de alfabetização da professora Ianê. O autismo não impede seu processo de aprendizagem. “Eu me sinto integrado com meus amigos e já sei ler; gosto da Turma da Mônica e da Bíblia”, conta ele. A semente da conscientização e inclusão já mostra frutos. Um dos colegas de turma de Carlos, Heitor, diz se sentir à vontade em interagir com estudantes autistas na mesma sala e afirma que todos se dão bem. “Carlos é meu amigo”, diz. “Eu gosto dele. Nós nos ajudamos aqui na escola.” *Com informações da Secretaria de Educação
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Projeto de coordenação pedagógica criativa reúne professores e artistas
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) promoverá evento com novas abordagens pedagógicas em educação em direitos humanos, educação para a diversidade, educação ambiental e educação inclusiva. O projeto será realizado nesta quinta-feira (23), na Estação da Cidadania de Ceilândia, localizada na QNM 28, em dois turnos. O objetivo é reunir professores da educação básica, artistas e interessados na linguagem artística no primeiro projeto de coordenação pedagógica criativa. As inscrições podem ser realizadas por meio deste link. Arte: Sejus O debate pretende estimular o processo criativo; planejar e executar uma produção artística com a integração, ou não, das linguagens artísticas; selecionar a temática a ser abordada; conhecer obras de artistas locais e referências das respectivas linguagens; e incentivar uma investigação sobre conteúdos pessoais e maneiras de comunicação por meio da arte. Para o secretário de Justiça e Cidadania, Jaime Santana, o evento é importante na promoção de direitos humanos. “A ideia é contribuir para a formação estética dos estudantes, produzir e apresentar à comunidade um trabalho artístico, além de possibilitar acesso às produções artísticas e trabalhar na promoção e socialização da arte.” Segundo a professora de artes Lidi Leão, o intuito da iniciativa é conhecer as estruturas físicas do espaço Estação da Cidadania e fomentar o seu usufruto pela comunidade escolar, para realizar expressões de multilinguagens, com trabalhos pedagógicos específicos que possam ocupar as dependências das áreas externa e interna do local, previsto para ser inaugurado no terceiro bimestre. “Pretendemos repassar conteúdos que possam sugerir atividades a serem desenvolvidas com os alunos, para alcançar o objetivo final. Para isso, utilizaremos o recurso do papel como matéria-prima na confecção de obras artísticas em todas as linguagens: cênicas, visuais, música, dança e cinema”, ressalta a professora. Serviço Projeto de Coordenação Pedagógica Local: Estação de Cidadania da Sejus, localizada na QNM 28, em Ceilândia Data: 23/6 Horário da turma da manhã: das 7h15 às 11h40 (60 vagas) Horário da turma da tarde: das 13h30 às 17h40 (60 vagas) Inscrições: https://forms.gle/hh33BEk8GW4B635LA *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
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Aprendizagem além dos limites da visão
O Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) é especializado no atendimento aos estudantes com deficiência visual | Fotos: Robson Dantas/SEE Como os jovens da sua geração, o estudante João Victor Alves Dornelas de Macedo tem uma rotina comum. Gosta de escutar música e bater papo, estuda no Centro de Ensino Médio Setor Leste, sua disciplina preferida é Língua Portuguesa, faz inglês no Centro Interescolar de Línguas (CIL) e sonha em cursar Comunicação Social ou Direito. Ele é um dos 600 estudantes com deficiência visual, surdo cego ou com baixa visão matriculados nas escolas públicas do Distrito Federal. [Olho texto=”“Com o apoio da sala de recursos, a dedicação dos professores e o carinho da minha família já me adaptei às atividades virtuais”” assinatura=”João Victor Alves de Macedo, estudante” esquerda_direita_centro=”direita”] João Victor possui deficiência visual desde que nasceu e, aos três meses de idade, já era atendido pelo Programa de Educação Precoce (PEP) desenvolvido pela rede pública de ensino do DF e que atende crianças de zero a três anos e 11 meses de idade. Segundo a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral Vera Lucia Ribeiro de Barros, o objetivo é “promover o desenvolvimento máximo do potencial de cada criança. Mesmo na pandemia não houve a interrupção do atendimento de forma plena aos alunos. Utilizamos instrumentos para acompanhar o desenvolvimento de cada estudante e as famílias têm nos acompanhado nesse processo”, destaca Vera Lucia. [Olho texto=”As escolas públicas contam com 24 salas de recursos que prestam Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos estudantes com deficiência visual” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O início da pandemia também foi desafiador para João Victor, que nem por isso desanimou. “Com o apoio da sala de recursos, a dedicação dos professores e o carinho da minha família já me adaptei às atividades virtuais”, afirma. As escolas públicas contam com 24 salas de recursos que prestam Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos estudantes com deficiência visual. Essas salas são espaços inclusivos que proporcionam o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social do estudante com necessidades específicas. No episódio desta semana do Podcast EducaDF da Secretaria de Educação foi apresentado o atendimento especializado oferecido pelas escolas públicas aos estudantes com deficiência visual e a adaptação à pandemia. A logística de atendimento incluiu o uso de recursos específicos como softwares de voz e entrega em domicílio de material didático aos estudantes para que não sejam prejudicados pela pandemia. O diretor do CEEDV Airton Dutra de Farias: 25 anos dedicados aos estudantes com deficiência visual Transcendendo os desafios cotidianos Além do PEP e das salas de recurso, a rede conta com o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV), onde João Victor também estuda. A escola oferece o mesmo currículo das unidades escolares regulares com as adaptações necessárias e procedimentos metodológicos específicos. O atendimento se dá de maneira sistêmica e o CEEDV é denominado como uma escola de passagem. “Após o atendimento no PEP, a criança segue para o Programa de Atendimento Pedagógico Especializado (PAP), onde inicia o processo de alfabetização tanto no Braille, quanto no uso do Soroban, um ábaco adaptado. Os estudantes saem alfabetizados do CEEDV para o ensino regular”, diz Airton. O Braille é um sistema de escrita tátil e, tradicionalmente, é escrito em papel relevo. O Soroban, por sua vez, é um recurso utilizado para o ensino-aprendizagem da matemática aos estudantes com deficiência visual. Vencendo os estigmas Os professores que atuam no ensino para estudantes com deficiência visual possuem uma formação específica e continuamente participam de capacitações. Muitos deles venceram seus próprios dilemas, como é o caso do professor Fernando Rodrigues, que convive com a cegueira há 38 anos, e atua no CEEDV, desde 2005, ensinando Soroban. “Minha motivação é contribuir para o crescimento de cada pessoa. Embora o início da pandemia tenha sido difícil, montamos estratégias e o resultado foi que muitos estudantes estão evoluindo mais do que no presencial”, enfatiza Fernando. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ainda, de acordo com o diretor Airton, que tem se dedicado a esse público há 25 anos, “conhecimento e felicidade ou se compartilha ou se perde. Esses estudantes têm direito à educação. O atendimento especializado proporciona autonomia e cidadania plena preparando os estudantes para a escola regular e o mercado de trabalho, ou seja, para a vida”, finaliza. *Com informações da Secretaria de Educação
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