Resultados da pesquisa

Febre maculosa

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Saúde capacita médicos sobre tratamento de dengue e febre maculosa

A Secretaria de Saúde (SES-DF) promoveu, no sábado (7), um treinamento com 80 médicos para aprimorar conhecimentos sobre a dengue e a febre maculosa. Os servidores atuam na Atenção Primária à Saúde (APS), formada pela rede de unidades básicas de saúde (UBSs), principal porta de entrada do SUS. O treinamento ocorreu na Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e abordou os protocolos desde a identificação dos sintomas ao cuidado nos casos mais graves.  O médico Thiago Castro, da UBS 01 da Asa Sul, participou da capacitação: “Saímos daqui mais seguros para manejar casos, como os de febre maculosa, que exigem rapidez no início do tratamento” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “Com a sazonalidade da dengue e os casos inéditos de febre maculosa no DF, é fundamental que a rede esteja preparada para enfrentar esses desafios”, afirmou a médica de família e comunidade Lívia Mariosi, da Coordenação de Atenção Primária à Saúde (Coaps). Referência Técnica Distrital (RTD) em Medicina de Família e Comunidade da SES-DF, a médica Alice Lima reforçou: “A capacitação ajuda os médicos a reconhecerem os casos precocemente, manejarem de forma adequada e notificarem com agilidade”. Para o médico Thiago Castro, da UBS 01 da Asa Sul, o curso foi essencial para fortalecer a segurança clínica. “É uma oportunidade de qualificação da rede, aprendendo com nossos colegas sobre doenças tão prevalentes como a dengue, que causou tantas mortes este ano”, disse. “Saímos daqui mais seguros para manejar casos, como os de febre maculosa, que exigem rapidez no início do tratamento”. A capacitação integra uma série de ações de qualificação promovidas pela SES-DF. No próximo sábado (14), o curso terá como tema a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), ampliando o foco para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de casos leves e moderados. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Febre maculosa: tudo que você precisa saber sobre a doença no DF

O tempo seco e quente no Distrito Federal é um aviso para tomar cuidado com a febre maculosa — doença infecciosa causada pela bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato-estrela. É na estiagem que aumenta a reprodução e proliferação desses aracnídeos, que podem estar infectados com a doença. O tema ganhou visibilidade após a Secretaria de Saúde (SES-DF) confirmar dois pacientes do DF detectados com a febre maculosa. Monitoramento das capivaras no Lago Paranoá identificou que maior parte dos carrapatos não vem diretamente delas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Até o momento, no DF, este ano, houve notificação de 59 casos –  40 descartados, 17 em investigação e dois confirmados. Esses são os primeiros registros desde o início do monitoramento da doença em 2007. Embora os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) façam o acompanhamento constante dos animais considerados hospedeiros da doença, é importante que a população saiba reconhecer os sintomas para o tratamento precoce. Segundo a SES-DF, os possíveis pontos onde houve a contaminação da doença passarão por uma inspeção. “Faremos a coleta de carrapatos nos locais prováveis de contágio para identificar qual a bactéria que causou a doença e fechar o ciclo de investigação”, detalha o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos. Artes: Fábio Nascimento/Agência Brasília Prevenção Não há vacina para prevenir a contaminação de febre maculosa. Todavia, existem cuidados que podem diminuir a ocorrência de carrapatos em um ambiente. A maneira mais eficaz de controlar a presença desses aracnídeos é manter a vegetação aparada, principalmente em períodos de altas temperaturas e umidade baixa — já que o carrapato depende de boas condições para sobreviver, e, com a roçagem, este ciclo é interrompido em até 99% dos casos. “Evite andar na grama, priorize lugares com calçadas” Luísa Helena Rocha, veterinária da Sema-DF A principal medida para combater a contaminação é evitar transitar em locais propícios à presença de carrapatos, como ambientes próximos a corpos d’água (rios e lagos, por exemplo). Esses locais costumam ser visitados por vários outros animais, o que pode favorecer a disseminação de carrapatos na vegetação. Recomenda-se andar em calçadas ou em locais asfaltados. Ao frequentar parques, o visitante deve tomar alguns cuidados para se prevenir. “Evite andar na grama, priorize lugares com calçadas”, recomenda a veterinária Luísa Helena Rocha, chefe da Assessoria de Biodiversidade e Proteção Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF). “Use roupas longas de proteção. A cada duas horas é importante verificar se não pegou nenhum carrapato. É importante manter sempre em dia os cuidados com os animais domésticos, vigiando e fazendo o controle contra esses aracnídeos”. Sintomas Para levantar a suspeita de febre maculosa, o paciente deve apresentar febre, dor de cabeça e manchas pelo corpo. Esses sintomas aparecem somente após o período de incubação da doença, que pode levar até 14 dias. Para o reforço da suspeita de contaminação, os sintomas precisam estar associados a algum contexto em que o paciente tenha tido contato com carrapatos. A partir da notificação de um caso suspeito na unidade pública de saúde, a vigilância epidemiológica instaura um inquérito ambiental, em que se verifica os possíveis locais onde essa pessoa esteve e se a doença foi contraída no DF ou em outro estado. Tratamento “Assim que o médico suspeita de febre maculosa, o tratamento precisa ser iniciado imediatamente, porque é isso que vai definir uma evolução de melhora, evitando complicações” Fabiano dos Anjos, subsecretário de Vigilância à Saúde Se apresentar os sintomas aliados ao histórico de contato com carrapato, o paciente deve procurar, o mais rápido possível, qualquer unidade básica de saúde (UBS) da rede. A suspeita de que esteja com febre maculosa já permite que o médico inicie o tratamento com antibiótico antes mesmo da confirmação, tendo em vista as chances de cura no estágio precoce da contaminação. “Assim que o médico suspeita de febre maculosa, o tratamento precisa ser iniciado imediatamente, porque é isso que vai definir uma evolução de melhora, evitando complicações”, reforça o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos. “A simples suspeição já permite que se comece com o antibiótico, mesmo sem o diagnóstico confirmado.” O critério de confirmação da febre maculosa é específico: deve-se fazer o exame de sorologia em dois momentos, um imediatamente à suspeição clínica e outro a partir de 15 dias. Os resultados dos dois exames são comparados, e, se houver aumento na titulação das células de defesa, confirma-se a infecção. O profissional que suspeitar de febre maculosa em algum paciente deve notificar as autoridades de saúde em até 24 horas. Pesquisa científica O GDF deu mais um passo nas ações que visam ao Estudo de Monitoramento e Proposta de Manejo de Capivaras e Carrapatos no Lago Paranoá. A organização da sociedade civil (OSC) responsável por dar andamento à pesquisa já foi selecionada. O trabalho será desenvolvido em três anos, ao custo total de R$ 1,5 milhão. No último ano, a Sema-DF coordenou a mesma pesquisa.  Os resultados obtidos após 15 meses de análises geraram dados suficientes para estimar o número de capivaras presentes na orla, identificar os pontos de maior concentração dos animais, entender os mecanismos de reação com aproximação dos seres humanos e diagnosticar as espécies de carrapatos. “No último estudo, identificamos que não existe uma superpopulação de capivaras no DF e que apenas 25% do lago é ocupado por elas”, afirma o biólogo Thiago Silvestre, do Instituto Brasília Ambiental. “Além disso, a pesquisa mostrou que o local onde houve maior abundância de carrapatos em uma coleta foi em um ponto onde nenhuma capivara foi avistada, na Estação de Tratamento de Esgoto Norte, o que significa que talvez existam outros hospedeiros.” Agora as pesquisas terão continuidade para além do Lago Paranoá. Além de cavalos e cachorros, os animais que vivem em regiões fronteiriças com o DF também serão alvos dos pesquisadores. O grupo também fará um estudo da viabilidade genética para inferir sobre a proporção da variação genética devida às diferenças entre grupos e dentro de cada grupo de capivara, bem como verificar as relações de parentesco entre indivíduos. “Um dos principais focos desse segundo estudo é ver se as capivaras analisadas infectadas portam a febre maculosa grave ou mais branda”, ressalta Thiago Silvestre.

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Encontro debate infestação de carrapatos e ações para prevenção de doenças

O Instituto Brasília Ambiental esteve presente, na manhã desta quinta-feira (28), em audiência pública para discutir a infestação de carrapatos no Distrito Federal. O evento, realizado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), teve o objetivo de dialogar sobre medidas de controle populacional de capivaras como estratégia para evitar doenças causadas por carrapatos, proposta em projeto de lei de iniciativa do deputado Ricardo Vale. Durante o evento, que contou com a participação de especialistas de diversas instituições, o presidente da autarquia ambiental, Rôney Nemer, chamou a atenção para uma perseguição existente contra as capivaras. A iniciativa teve o objetivo de dialogar sobre medidas de controle populacional de capivaras como estratégia para evitar doenças causadas por carrapatos | Foto: Divulgação/Instituto Brasília Ambiental “Fala-se mais dessa espécie (capivara) do que dos próprios carrapatos que podem ocasionar doença em contato com o ser humano, caso estejam contaminados pela bactéria Rickettsia rickettsii. E não são somente elas as hospedeiras, como também os equinos, cães, gatos e roedores. Tanto que, no estudo realizado por 15 meses, do qual o Brasília Ambiental participou com a Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (Sema-DF) e a Universidade Católica de Brasília, onde mais se encontrou carrapatos, ao longo da orla, foi na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Lago Norte, sendo que, no local, havia a presença apenas de equinos”, alertou o dirigente do instituto. A coordenadora do estudo de identificação e monitoramento da população de capivaras da orla do Lago, professora Morgana Bruno, da Universidade Católica de Brasília, apontou, por meio de suas pesquisas, que é possível a adoção de carrapaticidas para evitar a proliferação dos parasitas como um meio de solução para o problema. Contudo, são necessários avanços nos estudos quanto à viabilidade dessa ação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A escuta pública foi proposta pelo deputado distrital Ricardo Vale, no intuito de antever ações para possíveis problemas futuros e aprimorar o Projeto de Lei (PL) nº 616/2023, de sua autoria, que trata sobre o manejo dos maiores roedores do mundo. Além do parlamentar, a mesa de honra contou com a presença da advogada do Fórum Nacional de Proteção ao Animal, Ana Paula Vasconcelos; do doutor e pesquisador aposentado da Embrapa, José Roberto Moreira; da assessora da Sema, Luiza Rocha, e do subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. Tanto a representante da pasta do meio ambiente quanto o subsecretário fizeram questão de informar a todos os presentes no evento que os órgãos distritais possuem preparo técnico, seguindo rigorosos protocolos, além de ações protetivas e de controle. E, desde maio de 2023, quando surgiram casos de mortes por febre maculosa em outro estado brasileiro, vêm realizando reuniões, com maior frequência, com a sociedade para atendimento das demandas dos mais diversos setores e com os esclarecimentos que se fazem necessários. Vale ressaltar ainda que, segundo a Secretaria de Saúde, o Distrito Federal não registra caso de febre maculosa há 20 anos. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

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Caso suspeito de febre maculosa no DF é descartado

A criança moradora do Distrito Federal classificada como suspeita para febre maculosa não está com a doença. Foram realizadas três coletas de sangue, nos dias 31 de agosto, 11 de setembro e 15 de setembro, todas com resultado negativo. A Secretaria de Saúde (SES-DF) encaminhou as amostras ao Laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed), localizado em Minas Gerais, unidade de referência nacional para a testagem de febre maculosa. Com os resultados negativos, somados às ações da vigilância epidemiológica e ambiental, a pasta encerrou a investigação do caso. [Olho texto=”“Até o momento não foram registrados casos confirmados de febre maculosa no DF”” assinatura=”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”direita”] “Até o momento não foram registrados casos confirmados de febre maculosa no DF e as ações contínuas de Vigilância Epidemiológica e Ambiental permanecem sendo executadas”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Valero. Em 13 de setembro, a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da SES-DF realizou uma varredura no Pontão do Lago Sul para investigar possíveis carrapatos contaminados pela bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa. Porém, sequer foram identificados carrapatos. Até hoje, tanto no Lago Sul quanto em outras partes da capital federal, não foram identificados carrapatos contaminados com a bactéria. Definição do caso Secretaria de Saúde realizou varredura no Pontão do Lago Sul para investigar possíveis carrapatos contaminados | Foto: Jurana Lopes/ Agência Saúde-DF A respeito da afirmação de que a criança moradora do DF estava com febre maculosa, Valero esclarece ser necessário haver uma investigação aprofundada a respeito de todos os casos suspeitos. “Essas doenças, como o próprio nome já sugere, são raras e requerem todo um preparo e uma metodologia laboratorial diferenciada, específica. Algumas delas, inclusive, com processos genômicos”, explica. Por esse motivo, em caso de suspeita, a primeira atitude de um centro médico público ou privado é notificar o caso ao serviço de vigilância epidemiológica da SES-DF. “Temos que ter muito cuidado com a divulgação desses fatos, pois as situações suspeitas precisam, primeiramente, atender a definição de caso para a doença, apresentando os sintomas clássicos”, reitera o subsecretário. O diretor de Vigilância Epidemiológica da SES-DF, Adriano de Oliveira, lembra que a febre maculosa é uma doença de notificação compulsória, isto é, qualquer unidade de saúde, pública ou privada, que suspeite ou confirme esse diagnóstico deve registrar a notificação no Sistema de Informação Oficial. “Não há qualquer caso registrado no DF. E a confirmação se dá após resultado positivo de duas amostras de exame específico, que preconiza um intervalo de duas a três semanas entre as coletas”, esclarece. O que é a Febre Maculosa? [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até as mais graves, com elevada taxa de letalidade. Trata-se de uma doença causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato estrela. No Brasil, duas espécies de Rickettsia estão associadas a quadros clínicos da doença: Rickettsia rickettsii, que leva à febre maculosa, podendo apresentar a forma grave, e registrada nos estados da região Sudeste e Sul do país; e a Rickettsia parkeri, que tem sido identificada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves. Entre os principais sintomas estão febre súbita; dor de cabeça intensa; náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal; dor muscular constante; inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés; gangrena nos dedos e orelhas; e paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória. Recomenda-se que, assim que perceber a picada ou sentir os primeiros sintomas, a pessoa procure uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico e, em determinados casos, pode ser necessária a internação do paciente. A falta ou a demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Febre maculosa: governo realiza inspeção no Pontão do Lago Sul

Visando investigar possíveis carrapatos contaminados pela bactéria Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de febre maculosa brasileira (FMB), a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promoveu, nesta quarta-feira (13), uma varredura no Pontão do Lago Sul. Porém, nenhum carrapato foi encontrado. O objetivo foi realizar uma investigação ambiental e verificar se havia a presença do inseto no local. A técnica utilizada foi a de arrasto: uma lona amarrada em cabos de vassoura para entrar em contato com o solo e a vegetação, coletando possíveis carrapatos na fase jovem, período de maior transmissão. “Em todo caso suspeito de febre maculosa, esse é o procedimento”, destaca o biólogo da Dival Israel Martins. “É preciso que a equipe vá até o local, visite os pontos onde as informações indicam que houve uma exposição, na tentativa de buscar a população de carrapatos supostamente infectados, responsáveis pela transmissão da doença”, explica. A busca ocorreu após um caso suspeito de febre maculosa em uma criança que havia estado no Pontão. Diretoria de Vigilância Ambiental realizou inspeção no Pontão utilizando técnica de arrasto | Fotos: Jurana Lopes/Agência Saúde-DF Se qualquer tipo de carrapato fosse encontrado na orla do local, seria feita a investigação para verificar se o inseto teria ou não a bactéria Rickettsia rickettsii. Os bichos seriam encaminhados à Dival para a identificação da espécie e enviados ao laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que realiza esse tipo de análise. “Até hoje, a bactéria causadora da febre maculosa brasileira nunca foi achada nem nas capivaras e nem nos carrapatos presentes no DF. Toda a área da capital já foi investigada, não só a orla do Lago. Jamais encontramos a Rickettsia rickettsii”, enfatiza o gerente de Zoonoses, Isaías Chianca. Há a possibilidade de outras doenças causadas por diferentes tipos de bactéria Rickettsia provocarem febre no caso de picada por carrapato. Dessa forma, é importante que a pessoa afetada – e que tenha febre nos dias seguintes à picada – procure um serviço médico e avise o profissional sobre o ocorrido. “Isso faz toda a diferença para o diagnóstico correto e uma investigação mais assertiva sobre a situação”, alerta Chianca. No primeiro semestre deste ano, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da SES-DF recebeu poucas notificações de casos suspeitos de febre maculosa, sendo apenas seis até o mês de maio. Após a repercussão dos óbitos ocorridos em São Paulo, em junho, contudo, as notificações aumentaram, mesmo alguns quadros não se encaixando na definição de caso provável. “No total, foram notificados 104 casos suspeitos da doença no DF este ano e, desses, 62 já foram descartados. Outros 42 seguem em análise, pois, após o envio das amostras, o laboratório tem até 30 dias para apresentar os resultados. A investigação requer toda a análise laboratorial e epidemiológica, levando até 60 dias para conclusão”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Adriano Oliveira. Processo de confirmação Quando ocorre a suspeita de um caso, a unidade de saúde (pública ou privada) que está atendendo o paciente deve realizar a notificação imediata às autoridades de saúde para a investigação do caso, avaliando o local provável de infecção e promovendo a assistência ao paciente com a medicação indicada. O tratamento ocorre independente da confirmação laboratorial da doença. Para que haja a comprovação da transmissão, a primeira amostra deve ser colhida nos dias iniciais da doença (fase aguda). A segunda, de 14 a 21 dias após a primeira coleta. Ambas as amostras são encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde do Distrito Federal (Lacen-DF), que destinará ao laboratório de referência, Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais. Somente é possível confirmar um caso pelas duas amostras pareadas com alteração considerável de títulos de anticorpos. Após finalizada a investigação epidemiológica e ambiental, confirma-se ou descarta-se o caso. O que é? A inspeção ocorreu após um caso suspeito de febre maculosa em uma criança que havia estado no Pontão A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até as mais graves, com elevada taxa de letalidade. Trata-se de uma doença causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No Brasil, duas espécies de Rickettsia estão associadas a quadros clínicos da doença: Rickettsia rickettsii, que leva à febre maculosa, considerada a doença grave e registrada nos estados da região Sudeste e Sul do país; e a Rickettsia parkeri, que tem sido identificada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves. Entre os principais sintomas estão febre; dor de cabeça intensa; náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal; dor muscular constante; inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés; gangrena nos dedos e orelhas; e paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória. Recomenda-se que, assim que surgirem os primeiros sintomas, a pessoa procure uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico e, em determinados casos, pode ser necessária a internação do paciente. A falta ou a demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito. Prevenção ? Use roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro; ? Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; ? Evite andar em locais com grama ou vegetação alta; ? Use repelentes de insetos; ? Verifique se você e seus animais de estimação estão com carrapatos; ? Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça. Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Tudo o que você precisa saber sobre a febre maculosa

A febre maculosa tem ganhado destaque nos noticiários. Em atenção aos recentes casos fatais da doença contraídos em uma festa no interior de São Paulo, em que houve a presença de brasilienses, o Governo do Distrito Federal (GDF) adotou medidas preventivas diante da epidemia registrada. O último caso suspeito no DF foi em 2019, com provável contração da doença em outro estado. Arte: Agência Brasília Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2007 e janeiro de 2023, não houve nenhum óbito provocado pela febre maculosa no DF. Neste mesmo período, também não houve nenhum caso confirmado da doença no DF. De acordo com o biólogo da vigilância ambiental da Secretaria de Saúde (SES), Israel Moreira, Brasília não é uma área endêmica para doenças transmitidas por carrapato. “O principal vetor transmissor da febre maculosa é o carrapato do gênero Amblyomma. A doença que ele pode transmitir é mais comum, mais prevalente nas regiões Sul e Sudeste, com alguns casos registrados também no Nordeste”, pontuou. Apesar de Brasília não ser considerada uma área de risco para a febre maculosa, desde o dia 2 de junho, os agentes da SES atuam em um novo mapeamento de possíveis áreas de risco. “Essa já é uma medida de vigilância que a gente tem rotineiramente. Todos os dias fazemos serviço de vigilância no DF. Em todos os hospitais, postos de atendimentos, unidades de pronto atendimento (UPAs) e unidades básicas de saúde (UBSs) há equipe da vigilância epidemiológica que será notificada em casos suspeitos da doença”, explicou o gerente de Zoonoses da SES, Isaías Chianca. Para levantar a suspeita de febre maculosa, o paciente deve apresentar febre, dor de cabeça e manchas pelo corpo. Esses sintomas aparecem somente após o período de incubação da doença, que pode levar até 14 dias. Para o reforço da suspeita de contaminação, os sintomas precisam estar associados a algum contexto em que o paciente tenha tido contato com carrapatos. Arte: Agência Brasília “É extremamente importante a conduta tanto do profissional de saúde, em investigar, e do paciente, de contar onde esteve nos últimos dias. O período de incubação da doença é de dois a 14 dias, somente depois disso é que os sintomas aparecem. Como é um período longo, a pessoa pode não associar os sintomas a uma possível picada de carrapato há duas semanas”, detalhou o diretor de Vigilância Epidemiológica da SES, Fabiano dos Anjos. Inquérito ambiental A partir da notificação de um caso suspeito na unidade pública de saúde, a vigilância epidemiológica instaura um inquérito ambiental, em que se verifica os possíveis locais onde essa pessoa esteve e se a doença foi contraída no DF ou em outro estado. “Assim que temos uma suspeita, nós da Zoonoses já fazemos o inquérito ambiental e tomamos as medidas de bloqueio necessárias. No caso da febre maculosa, nós vamos até o local narrado pelo paciente, fazemos o levantamento sorológico em possíveis hospedeiros e aplicamos o inseticida. Também são feitas ações de educação ambiental com as pessoas que convivem nos arredores”, explicou Isaías. Segundo o especialista, as equipes estão em busca dos brasilienses que estiveram na festa no interior de São Paulo. “Algumas pessoas de Brasília estiveram presentes nessa festa. Estamos tentando localizá-las para mandar uma equipe de campo e fazer um inquérito onde moram para descartar qualquer outra possibilidade”, concluiu. [Olho texto=”“A doença causa hemorragia e a evolução do quadro clínico é muito rápida para a gravidade, por isso a letalidade é rápida também. A intervenção precisa ser imediatamente. O tratamento correto e rápido mata a bactéria e interrompe seu ciclo de multiplicação”” assinatura=”Fabiano dos Anjos, diretor de Vigilância Epidemiológica” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os residentes do DF que estiveram na festa em que houve o foco de febre maculosa podem se comunicar com a equipe da Zoonoses por meio dos telefones (61) 99145-6114 e (61) 99221-9439 ou pelo e-mail notificadf@saude.df.gov.br. Tratamento A suspeita de que o paciente possa estar com febre maculosa já permite que o médico inicie imediatamente o tratamento com antibiótico antes mesmo da confirmação, tendo em vista as chances de cura no estágio precoce da contaminação. “A doença causa hemorragia e a evolução do quadro clínico é muito rápida para a gravidade, por isso a letalidade é rápida também. A intervenção precisa ser imediatamente. O tratamento correto e rápido mata a bactéria e interrompe seu ciclo de multiplicação”, explicou Fabiano. O critério de confirmação da febre maculosa é específico: deve-se fazer o exame de sorologia em dois momentos, um imediatamente à suspeição clínica e outro a partir de 15 dias. Os resultados dos dois exames são comparados e, se houver aumento na titulação das células de defesa, confirma-se a infecção. Prevenção Não há vacina para prevenir a contaminação de febre maculosa. Todavia, há cuidados que podem diminuir a ocorrência de carrapatos em um ambiente. A maneira mais eficaz de controlar a presença desses aracnídeos é manter a vegetação aparada, principalmente durante o verão — já que o carrapato depende de boas condições para sobreviver e, com a roçagem, este ciclo é interrompido em até 99% dos casos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As pessoas devem evitar transitar em locais propícios à presença de carrapatos, como ambientes próximos a corpos d’água (rios e lagos, por exemplo). Esses locais costumam ser visitados por vários outros animais, o que pode favorecer a disseminação de carrapatos na vegetação. Recomenda-se andar em calçadas ou em locais asfaltados, e não pelas gramas. Ao frequentar parques, por exemplo, o visitante deve tomar alguns cuidados para se prevenir. “A gente recomenda que utilize roupas compridas e claras — para localizar facilmente um carrapato andando pela roupa — e sapatos fechados. O uso de repelente apropriado pode ser uma boa medida adicional. É importante que se vistorie o corpo a cada hora”, detalhou o biólogo Israel. Recomenda-se também manter em dia o controle carrapaticida nos pets, tendo em vista que eles podem ser picados e contaminados com a doença. Além disso, manter o pet sempre na guia impede o acesso a locais infestados.

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Canal especial vai orientar viajantes com sintomas de febre maculosa

Desde hoje (15), o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF) disponibilizou dois canais de atendimento 24 horas para receber informações e orientar a respeito de possíveis casos de febre maculosa no Distrito Federal. O contato é exclusivo para viajantes que estiveram nos últimos 15 dias em áreas com transmissão da doença e apresentem sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos. [Olho texto=”“Precisamos ampliar o nosso foco para todas as pessoas que estiveram naquela região”” assinatura=”Fabiano dos Anjos, diretor da Vigilância Epidemiológica” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O diretor de Vigilância Epidemiológica do DF, Fabiano dos Anjos, explica que a Secretaria de Saúde vai realizar um monitoramento amplo, indo além do evento em Campinas (SP), onde  pessoas contraíram a doença e morreram. “Precisamos ampliar o nosso foco para todas as pessoas que estiveram naquela região”, explica. Ele lembra que procedimento semelhante foi adotado, por exemplo, quando ocorreu a chegada da MPox (doença inicialmente chamada de “Varíola dos Macacos” e posteriormente de Monkeypox) e de variantes da covid-19. Nenhum caso no DF Não há nenhum registro de casos confirmados nem suspeitos no DF. Ainda assim, a Secretaria de Saúde orientou os servidores dos hospitais e das unidades básicas de saúde a respeito do acolhimento a pessoas com suspeita da doença. Será realizado o teste diagnóstico e, dependendo dos sintomas, o tratamento será iniciado imediatamente. O sinal clínico mais importante da febre maculosa são as manchas vermelhas na pele, que aparecem geralmente entre o 3º e 5º dia após o início dos sintomas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O Distrito Federal não é uma área endêmica das doenças transmitidas pelo carrapato”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. Não há casos registrados de óbitos por febre maculosa no DF há 20 anos. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa. A bactéria R. rickettsii é propagada aos humanos e aos animais apenas por meio da picada do carrapato-estrela ou micuim, nomes populares da espécie Amblyomma cajennense. Esses parasitas podem viver sobre a pele de cães, bois, gambás, coelhos, cavalos e capivaras, dentre outros animais. Serviço Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (CIEVS-DF) – (61) 99221-9439 e (61) 99145-6114 – notificadf@saude.df.gov.br *Com informações da SES-DF

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DF não registra casos de febre maculosa desde 2020

A morte prematura e súbita de um casal jovem no interior de São Paulo chamou a atenção para a febre maculosa. A doença é transmitida por picada de carrapato infectado com bactérias da família Rickettsia. Em humanos, quando não é tratada, a letalidade pode passar de 80%. A enfermidade é considerada rara e o Distrito Federal não registra nenhum caso há três anos. Durante uma viagem pelo interior de São Paulo (SP) e Minas Gerais (MG), a mulher percebeu picadas de inseto no corpo antes de os sintomas aparecerem. Com a persistência do quadro de febre e dor de cabeça em ambos, o casal procurou o serviço de emergência no dia 7 de junho, mas os dois morreram um dia após a internação. Os exames encaminhados para o Instituto Adolfo Lutz, laboratório com sede em São Paulo, confirmaram a morte dos dois em decorrência da doença. Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Divino Valero, é necessário buscar ajuda nos primeiros dias de sintoma, pois o atendimento rápido para tratar a doença faz toda a diferença. Já para evitar a contaminação, Divino alerta que é preciso combater o parasita. “O DF está vigilante quanto aos casos tanto na vigilância epidemiológica quanto na ambiental. Isso faz parte da nossa rotina. E na situação da febre maculosa, os cuidados seguem bem parecidos quanto à vigilância do meio ambiente e de animais. Fazendo o manejo ambiental, conseguimos evitar o carrapato, e consequentemente, a doença”, explica. A doença Arte: Secretaria de saúde A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense, não sendo passada diretamente de pessoa para pessoa nem pelo contato com animais infectados. A bactéria R. rickettsii é propagada aos humanos e aos animais apenas por meio da picada de um carrapato infectado. Mais comum entre os meses de maio a novembro, a doença tem tratamento por meio de antibióticos. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a chance de cura. [Olho texto=”“O DF está vigilante quanto aos casos tanto na vigilância epidemiológica quanto na ambiental. Isso faz parte da nossa rotina. E na situação da febre maculosa, os cuidados seguem bem parecidos quanto à vigilância do meio ambiente e de animais”” assinatura=”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Hospedeiros mamíferos amplificadores (cães, bois, cavalos, capivaras, etc.) são animais predispostos à infecção por R. rickettsii, mantendo níveis circulantes da bactéria na corrente sanguínea, o suficiente para causar infecção de carrapatos que dele se alimentem. O biólogo e gerente da Vigilância Ambiental de Vetores, Animais Peçonhentos e Ações de Campo (Gevac), Israel Moreira, destaca que, na capital federal, é mais comum apontar as capivaras como principais transmissores. “Pesquisa da Secretaria de Meio Ambiente mostrou que há infestações de carrapatos em áreas não visitadas por capivaras, reforçando que outros animais também são importantes na disseminação de parasitas. Inclusive o cachorro, animal tão próximo ao ser humano”, explica. Para ele, é fundamental manter os animais domésticos bem cuidados, dando banho e utilizando frequentemente carrapaticidas. Além disso, é preciso manter o quintal e as áreas com mato alto bem cuidados. Transmissão Para que haja a transmissão, os carrapatos devem permanecer fixados à pele do hospedeiro por um período variável entre seis e dez horas, o suficiente para que a bactéria seja reativada na glândula salivar e em seguida espalhada pelo corpo. Os carrapatos, além de vetores, são também reservatórios e amplificadores de R. rickettsii. O carrapato-estrela, da espécie Amblyomma cajennense, transmissor da doença, pode ser encontrado em animais de grande porte, além de cães, aves domésticas, gambás, coelhos e, especialmente, na capivara. O período de incubação varia de dois a 14 dias após a picada (média de sete dias). Quando buscar atendimento de emergência [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os sintomas têm início de forma repentina, com febre – de moderada a alta –, que dura geralmente de duas a três semanas, acompanhada de dor de cabeça, calafrios, congestão das conjuntivas (olhos vermelhos). A lesões – parecidas com uma picada de pulga – apresentam, às vezes, pequenas hemorragias sob a pele e aparecem em todo o corpo, nas palmas das mãos e na planta dos pés. Diferentemente do que acontece em outras doenças, como sarampo, rubéola e dengue hemorrágica, por exemplo. Saiba mais ? Cada fêmea de carrapato infectada pode gerar até 16 mil filhotes aptos a transmitir R. rickettsias; ? Os cães, muitas vezes, não apresentam nenhum sintoma da doença; ? É essencial fazer com frequência a higiene dos animais com carrapaticidas. O uso do produto deve ser realizado tanto em cães domésticos quanto em animais de grande porte como o cavalo ou boi; ? Sempre aparar o gramado rente ao solo. *Com informações da Secretaria de Saúde

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