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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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'Futuro Futuro' vence o Troféu Candango de melhor longa no 58º Festival de Brasília

O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chegou ao fim na noite deste sábado (20), após nove dias de programação intensa marcada pela celebração dos 60 anos da primeira Semana do Cinema Brasileiro, realizada em 1965. A edição de 2025 reuniu 80 filmes — entre curtas e longas — selecionados a partir de mais de 1,7 mil inscritos. Além do Cine Brasília, as exibições chegaram a Planaltina, Gama e Ceilândia, reafirmando o compromisso com a descentralização cultural e a acessibilidade, com sessões que incluíram audiodescrição, legendagem descritiva e Libras. Após nove dias de programação, acabou na noite deste sábado (20) o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Fotos: Divulgação/Secec-DF O grande vencedor O Troféu Candango de melhor longa-metragem da Mostra Competitiva foi entregue a Futuro Futuro, de Davi Pretto. O filme se passa em um futuro próximo no qual a inteligência artificial e uma nova síndrome neurológica impactam a vida de um homem de 40 anos que perdeu a memória. A narrativa explora como os avanços tecnológicos alteram a percepção da realidade e a vida em sociedade. A produção também conquistou os prêmios de melhor roteiro e de melhor montagem, assinada por Bruno Carboni. A entrega do prêmio foi feita pelo coordenador de Audiovisual da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Júnior Ribeiro, em nome do secretário Claudio Abrantes. “A entrega do Candango de melhor longa é um momento simbólico, porque representa o reconhecimento da força criativa do cinema brasileiro. O Festival de Brasília continua sendo um espaço de resistência e de projeção nacional e internacional da nossa produção audiovisual”, destacou Abrantes. A edição de 2025 reuniu 80 filmes selecionados a partir de mais de 1,7 mil inscritos Outros destaques A Mostra Competitiva premiou ainda Aqui Não Entra Luz, de Karol Maia, com Melhor Direção, e Quatro Meninas, de Karen Suzane, que recebeu o Prêmio Especial do Júri. Entre os intérpretes, Murilo Benício foi eleito Melhor Ator por Assalto à Brasileira, enquanto Dhara Lopes venceu como Melhor Atriz por Quatro Meninas. Nos prêmios técnicos, Corpo da Paz, de Torquato Joel, conquistou quatro troféus: edição de som, trilha sonora, direção de arte e fotografia. Na Mostra Brasília – Troféu Câmara Legislativa, o longa Maré Viva, Maré Morta, de Cláudia Daibert, foi o grande vencedor, levando o prêmio do júri oficial e o júri popular, além de categorias técnicas como edição de som. Entre os curtas, Rainha, de Raul de Lima, se destacou com os prêmios de melhor curta (júri oficial), montagem e trilha sonora. Premiações especiais Nas mostras paralelas, Uma Baleia Pode Ser Despedaçada Como uma Escola de Samba, de Marina Meliande e Felipe Bragança, venceu o prêmio da crítica internacional (Fipresci). O Prêmio de Temática Afirmativa foi para Adelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini, enquanto Aqui Não Entra Luz recebeu o Prêmio Zózimo Bulbul de Melhor Longa. O Troféu Saruê, concedido pelo Correio Braziliense ao melhor “momento” do Festival, foi entregue ao cineasta José Eduardo Belmonte. O Prêmio Jean-Claude Bernardet do Júri Jovem UnB da Mostra Caleidoscópio foi para Atravessa Minha Carne, de Marcela Borela. O Prêmio Canal Brasil de Curtas ficou com Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades. Já Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil, de Evaldo Mocarzel, conquistou o Prêmio Marco Antônio Guimarães. Memória e renovação A edição também prestou homenagem a Fernanda Montenegro que, aos 95 anos, recebeu o Troféu Candango pelo conjunto da obra. A atriz, premiada na primeira edição do festival em 1965, enviou um vídeo emocionado de agradecimento. [LEIA_TAMBEM]Para a diretora do Festival, Sara Rocha, esta foi uma edição que conciliou tradição e inovação. “Celebrar os 60 anos do Festival de Brasília foi uma oportunidade de revisitar a nossa história e, ao mesmo tempo, apontar caminhos para o futuro. Tivemos uma programação diversa, com filmes potentes, debates e oficinas que reforçam o papel do festival como vitrine e espaço de formação para o cinema brasileiro”, afirmou. O festival encerrou-se com a exibição do longa A natureza das coisas invisíveis, dirigido por Rafaela Camelo. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)

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Protocolo de combate ao racismo em eventos culturais é lançado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

O Distrito Federal deu um passo histórico no enfrentamento ao racismo. Na noite dessa quinta-feira (18), durante o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) assinaram o Protocolo de Combate ao Racismo em Eventos Culturais. O ato simbólico, realizado no Cine Brasília, contou com a presença de mais de 600 pessoas e será oficializado nos próximos dias com a publicação do decreto no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O documento estabelece diretrizes para prevenir, identificar, intervir e responsabilizar casos de racismo em eventos culturais, artísticos e manifestações públicas de qualquer porte, seja em espaços abertos, casas de shows, bares, restaurantes, teatros, estádios ou transmissões virtuais. Entre as medidas previstas estão campanhas educativas permanentes, capacitação de equipes, mensagens de alerta antes de cada evento e protocolos de acolhimento imediato às vítimas, com acionamento das autoridades competentes. O Protocolo de Combate ao Racismo em Eventos Culturais foi assinado nessa quinta (18), entre a Sejus e a Secec, durante o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Fotos: Divulgação/Sejus-DF A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou o caráter pioneiro da iniciativa. “Este é um protocolo construído com diálogo, responsabilidade e compromisso. O DF é pioneiro ao lançar um instrumento normativo como esse, que nasce de uma demanda concreta e urgente da sociedade e se consolida como política pública. A Sejus tem atuado de forma contínua em projetos que combatem o racismo em diferentes espaços, seja no esporte, na educação ou agora na cultura. Nosso compromisso é garantir ambientes seguros, inclusivos e respeitosos, onde a arte possa florescer sem discriminação.” Construção coletiva [LEIA_TAMBEM]O lançamento tem forte simbolismo: em 2024, durante o mesmo festival, um produtor relatou ter sofrido ato racista por parte de outro colega, caso que repercutiu no meio cultural e chegou à Sejus. A partir desse episódio, a pasta iniciou um processo de construção conjunta com produtores culturais e audiovisuais do DF, resultando no texto do protocolo. O subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Juvenal Araújo, relembrou a ocorrência e ressaltou a importância da iniciativa: “No festival do ano passado, um produtor denunciou ter sido vítima de racismo e não havia nenhum protocolo para lidar com a situação. A partir desse caso, começamos a construir coletivamente esse documento, ouvindo os produtores culturais e as entidades da área. O DF se torna agora o primeiro do Brasil a instituir um protocolo específico de combate ao racismo em eventos culturais. É simbólico lançá-lo justamente no Festival de Brasília, onde tudo começou, e mais simbólico ainda transformá-lo em referência nacional”. Representando a Secec, a presidente do Conselho de Cultura do DF, Rosa Carla Monteiro, reforçou a relevância da parceria: “Este protocolo traz não apenas formação e informação, mas caminhos de ação permanentes. Saímos de uma lógica de ações pontuais para a construção de uma política continuada, em parceria entre governo, sociedade civil e o setor cultural. A arte é o espaço mais plural e diverso da sociedade e nada mais justo que seja também um espaço de enfrentamento ao racismo. O Festival de Brasília, que traduz a diversidade cultural do país, é o palco ideal para esse compromisso histórico”. O documento foi assinado em um ato simbólico, no Cine Brasília, com a presença de mais de 600 pessoas e será oficializado nos próximos dias com a publicação no DODF Iniciativas de referência O protocolo se soma a outras ações inovadoras de combate ao racismo desenvolvidas pela Sejus, como a campanha Cartão Vermelho para o Racismo, realizada em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e já aplicada em estádios de todo o Brasil, e o Programa de Letramento Racial, que capacita educadores, servidores e agentes culturais em práticas antirracistas. Também integra esse conjunto de medidas o inédito Protocolo Por Todas Elas, instituído em 2024 para garantir segurança e apoio a mulheres em situação de violência em espaços públicos e privados. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)

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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro leva cultura para além do Plano Piloto

O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro está cumprindo seu propósito de descentralizar o acesso à cultura cinematográfica levando exibições, oficinas e debates a localidades periféricas. Nesta edição, além do Cine Brasília, o evento ocorre em Planaltina, Gama e Ceilândia — e os números dos participantes comprovam que há demanda e entusiasmo onde antes havia silêncio. Públicos conectados As sessões itinerantes em Planaltina, Gama e Ceilândia levam filmes a locais onde o público jovem não costuma encontrar programação cultural diversificada. Essa descentralização aproxima o cinema da comunidade, reduz distâncias físicas e simbólicas, contemplando realidades culturais distintas dentro do mesmo Distrito Federal. A descentralização do Festival de Cinema no Distrito Federal tem impacto direto na formação de novos públicos e na democratização do acesso à cultura. Ao chegar a cidades como Planaltina, Gama e Ceilândia, o evento rompe barreiras históricas e promove pertencimento, permitindo que crianças e adolescentes se vejam representados nas telas e percebam a possibilidade de também se tornarem protagonistas do universo audiovisual. A descentralização do Festival de Cinema no Distrito Federal tem impacto direto na formação de novos públicos e na democratização do acesso à cultura | Foto: Divulgação/Secec-DF A experiência aponta ainda perspectivas de longo prazo: consolidação do modelo itinerante como política cultural estruturante, fortalecimento de vocações locais e redução das desigualdades no acesso à arte. "A comunidade vem aderindo cada dia mais e nós fizemos uma campanha muito forte de mobilização junto às escolas. Trazer o cinema para as RAs é fundamental”, afirma a secretária adjunta de Cultura e Economia Criativa, Patrícia Paraguassu. A dirigente destaca que levar o cinema para além do centro não é gesto caridoso: é reparador, é educativo, é forma de cidadania. “O Festival do DF está mostrando que cultura pública de qualidade se faz com presença — física, simbólica — nas cidades do Distrito Federal”, ressaltou. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)

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GDF promove sessão especial para 400 estudantes da rede pública no Festival de Cinema de Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) promoveu, nesta segunda-feira (15), a exibição do filme Hora do Recreio, de Lúcia Murat (2025), para cerca de 400 estudantes da educação em tempo integral da rede pública de ensino, como parte da programação do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A iniciativa faz parte do projeto Territórios Culturais, parceria entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e a Secretaria de Educação (SEEDF). A ideia é disponibilizar professores da rede pública de ensino, mediante seleção por edital, para atuar em espaços culturais e museus desenvolvendo ações pedagógicas. No Cine Brasília, está lotada a professora Ilane Nogueira, que conduz o projeto. Hora do Recreio é um documentário que combina linguagem ficcional e documental para refletir sobre os desafios da educação pública no Brasil. Narrado sob o ponto de vista de adolescentes entre 14 e 19 anos, o filme aborda temas sensíveis e urgentes, como violência, racismo, feminicídio e evasão escolar, a partir das vivências de jovens moradores de comunidades do Rio de Janeiro. A produção acompanha ainda a construção e apresentação de uma peça teatral inspirada no romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto, visando conexão entre literatura, arte e realidade social. A iniciativa faz parte do projeto Territórios Culturais, parceria entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e a Secretaria de Educação (SEEDF) | Fotos: Geovanna Albuquerque/Agência Brasília A sessão reuniu estudantes do CEM 01 do Guará, CEM 2 de Ceilândia, CEM 01 do Riacho Fundo, Escola Industrial de Taguatinga, Centro Educacional Irmã Maria Regina Velanes Regis e CED Incra 08. Além de assistir ao filme, eles participaram de um debate com a cineasta Lúcia Murat, diretora da película, ampliando a reflexão proposta pelo documentário. A diretora Lúcia Murat, homenageada no festival com o Prêmio Leila Diniz — destinado a mulheres que se destacam no cinema nacional pela coragem, sensibilidade e potência criativa —, destacou a importância de levar o longa a estudantes da rede pública. “Esse filme foi feito para eles. A gente precisa criar políticas públicas que permitam que esses jovens tenham acesso ao cinema em boas condições, numa sala com som e tela de qualidade. É fundamental que eles possam se ver e refletir a partir dessa experiência”, afirma. “Eu não trabalho com respostas, mas com perguntas. O que quero é ouvir esses jovens e provocar discussões que eles levem adiante”, acrescenta. O longa já foi exibido no Festival de Berlim, onde recebeu prêmio, e no É Tudo Verdade, mas ainda não chegou ao circuito comercial brasileiro.   Entre os estudantes presentes, estava Ana Clara da Silva Cardoso, aluna do terceiro ano do ensino médio. Ela conta que se emocionou durante a exibição. “O filme trouxe assuntos pesados de forma leve, que chegaram a emocionar todo mundo. Vi muita gente chorando. São questões que a gente vive no dia a dia e muitas vezes não são discutidas”, disse. Ela relatou ainda que viu no longa semelhanças com um curta produzido por sua turma como trabalho escolar para o Dia da Consciência Negra: “Usamos até a mesma música, ‘Cota não é esmola’. Quando percebi, fiquei surpresa. Parecia que estávamos conectados com o mesmo propósito”, afirma. “Me animou bastante a pensar no audiovisual, porque vi que a gente também pode produzir conteúdos potentes, capazes de dialogar com a realidade”, conclui. Entre os estudantes presentes, estava Ana Clara da Silva Cardoso, aluna do terceiro ano do ensino médio. Ela conta que se emocionou durante a exibição A professora Silvia Eulália de Sousa Leite, que acompanhava os alunos, reforçou a relevância do encontro. “O filme cria um espaço de escuta para os jovens, algo que eles pedem sempre e que nem sempre encontram. Muitos se sentiram representados e emocionados com as histórias. Essa identificação é fundamental para fortalecer a autoestima e encorajar os estudantes a falarem de suas próprias vivências. “Eu ainda acredito que são esses jovens que vão mudar o nosso país.”, avalia. Para ela, a atividade extrapola o campo cultural e se conecta diretamente com a educação. “Ver esses meninos atentos, debatendo, emocionados, é gratificante. São momentos que renovam nossa esperança de que essa geração possa transformar o país”, acrescenta.

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58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro divulga seleção oficial dos filmes e programação

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com o Instituto Alvorada Brasil, anunciou a programação oficial do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A mais tradicional mostra cinematográfica do país ocupará o Cine Brasília entre sexta-feira (12) e o dia 20 deste mês, com agenda extensa e diversa, além de levar exibições para Planaltina, Gama e Ceilândia. Esta edição marca também os 60 anos da primeira realização do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, iniciado em 1965 sob o nome de Semana do Cinema Brasileiro. Para 2025, o festival terá formato ampliado, com nove dias de atividades, incluindo um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e outro na Mostra Brasília. Ao todo, serão exibidos 80 filmes, distribuídos em seis mostras: as tradicionais Competitiva Nacional e Mostra Brasília, e quatro paralelas — Caleidoscópio, Festival dos Festivais, Coletivas Identidades e História(s) do Cinema Brasileiro —, além do Festivalzinho e das sessões especiais. As projeções ocorrerão no Cine Brasília, no Complexo Cultural de Planaltina e nas unidades do Sesc no Gama e em Ceilândia. O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ocupará o Cine Brasília entre os dias 12 e 20 deste mês | Foto: Divulgação/Secec-DF O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, ressaltou a relevância do Festival de Brasília para o país, especialmente pela política de continuidade na gestão do evento. “A partir de uma inovação jurídica, conseguimos fazer um contrato mais extenso de três anos que nos dá uma possibilidade maior de planejamento e de captação. Como consequência, neste segundo ano da parceria, conseguimos devolver ao festival sua posição de protagonismo, junto a outros grandes festivais, como o de Gramado”, disse o gestor, antes de anunciar o lançamento de um concurso de projetos para a criação do Anexo do Cine Brasília. “O festival se soma e se beneficia com este planejamento em longo prazo, que já traz muitos avanços de curadoria, visibilidade e operação”, complementa a diretora-geral do evento, Sara Rocha. "As obras que serão apresentadas cruzam séculos da história brasileira, indo do nosso passado mais remoto a propostas de possíveis futuros, tentando encontrar os traços fundamentais da nossa formação como nação" Eduardo Valente, diretor artístico da 58ª edição do Festival de Brasília Seguindo a tradição, esta edição também contará com debates, seminários, oficinas, homenagens, solenidades de abertura e premiação, ambiente de mercado e oficinas gratuitas. Com 1.702 filmes inscritos, sendo 1.396 curtas e 306 longas, o festival apresenta sete longas-metragens e 12 curtas na Mostra Competitiva Nacional; cinco longas e 11 curtas no 27º Troféu Câmara Legislativa – Mostra Brasília, dedicada às produções do DF; e mais de 30 títulos nas mostras paralelas. Sob a direção artística de Eduardo Valente, a 58ª edição do Festival de Brasília propõe um olhar amplo sobre o cinema e a sociedade brasileira em 2025. “Na Mostra Competitiva Nacional temos filmes de 14 estados diferentes da federação, cobrindo todas as cinco regiões do país. Essa amplitude de origens geográficas não foi um pressuposto curatorial, mas a seleção reforça o objetivo do Festival de Brasília de servir de plataforma para olhares múltiplos e complementares”, disse. Valente destacou ainda a diversidade temporal das narrativas: “As obras que serão apresentadas cruzam séculos da história brasileira, indo do nosso passado mais remoto a propostas de possíveis futuros, tentando encontrar os traços fundamentais da nossa formação como nação, chamando a atenção para suas incompletudes, contradições e injustiças”. A Mostra Brasília distribuirá R$ 298.473,77 em prêmios concedidos pelos júris oficial e popular por meio do 27º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal Outro ponto de destaque é a equidade de gênero na direção dos filmes. Muitos trabalhos trazem perspectivas racializadas, assinadas por realizadores indígenas e negros de diferentes gêneros, ampliando a multiplicidade de visões tanto nas telas quanto nos bastidores. Os selecionados para as mostras competitivas nacionais receberão cachês de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Já os filmes exibidos nas mostras paralelas e em sessões hors concours também terão remuneração. A Mostra Brasília distribuirá R$ 298.473,77 em prêmios concedidos pelos júris oficial e popular por meio do 27º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Na cerimônia de abertura, na sexta-feira, será exibido o novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, O Agente Secreto, protagonizado por Wagner Moura e premiado em duas categorias no Festival de Cannes, na França, e no Festival de Cine de Lima, no Peru. O encerramento do evento terá a exibição do longa brasiliense A Natureza das Coisas Invisíveis, de Rafaela Camelo. O filme, com trajetória internacional, já passou por importantes eventos, como o Festival de Berlim, e recebeu prêmios como o de Melhor Filme do Júri Infantil no 43º Festival Internacional de Cinema do Uruguai. Mostras paralelas O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresenta uma programação diversificada por meio de suas mostras paralelas. A mostra Caleidoscópio exibe cinco longas-metragens que desafiam convenções de gênero cinematográfico, transitando entre ficção, não ficção, experimental e animação, com produções oriundas de cinco estados brasileiros. Fora das mostras, o Cine Brasília recebe sessões especiais em homenagem a personalidades e obras fundamentais. A programação inclui retratos de artistas como Cacá Diegues e Sérgio Mamberti A mostra Festival dos Festivais, tradicional no evento, reúne cinco trabalhos de não ficção premiados em importantes encontros de 2025, como a Mostra de Tiradentes, o Panorama Coisa de Cinema, o CachoeiraDoc, o In-Edit e o Olhar de Cinema, apresentando formatos variados, do autorretrato ao retrato biográfico. Inédita, a mostra Coletivas Identidades traz três trabalhos urgentes que provocam debates sobre questões sociais relevantes, como conflitos territoriais e religiosos, no Brasil e no mundo. Já a mostra História(s) do Cinema Brasileiro oferece um panorama do passado e do presente de nosso cinema, com três longas que não apenas registram gerações decisivas de cineastas brasileiros, como também buscam apontar novas propostas para essa trajetória. Para marcar os 60 anos do Festival em 2025, serão exibidos dois longas da Semana do Cinema Brasileiro, evento que deu origem ao Festival de Brasília em 1965: São Paulo S/A (em nova cópia 4K) e A Falecida, que consagrou Fernanda Montenegro. Além disso, haverá uma sessão especial com três curtas de Kleber Mendonça Filho já exibidos em edições anteriores. Sessões especiais Fora das mostras, o Cine Brasília recebe sessões especiais em homenagem a personalidades e obras fundamentais. A programação inclui retratos de artistas como Cacá Diegues e Sérgio Mamberti, uma revisitação do trabalho da Caravana Farkas e o mais recente filme de Lúcia Murat, homenageada com o Prêmio Leila Diniz nesta edição. Além de oficinas e exibições paralelas, o 58º Festival de Brasília confirma a realização da sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios Será prestada também uma homenagem ao crítico e cineasta Jean-Claude Bernardet, que faleceu neste ano, com a exibição de quatro de seus curtas-metragens realizados em parceria com o cineasta Fábio Rogério. Outra sessão especial celebrará o cinema brasiliense, com a reapresentação de um curta que completa 25 anos de sua estreia no festival e a exibição do novo longa da cineasta local Cibele Amaral, que reflete sobre o fazer cinematográfico e o futuro da sociedade. Além disso, três clássicos brasileiros recentemente restaurados, digitalizados e relançados em novas cópias serão exibidos, entre eles Terceiro Milênio, de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer. Homenageados O primeiro Troféu Candango desta edição será entregue à grande homenageada do Festival de Brasília de 2025, a veterana atriz Fernanda Montenegro, premiada pelo conjunto da obra. A atriz participou da primeira edição do Festival, ainda chamado Semana do Cinema Brasileiro, e recebeu o primeiro prêmio de Melhor Atriz com o filme A Falecida. Ao longo de seis décadas, esteve em mais de 15 edições, consolidando sua presença como um dos grandes nomes do cinema nacional. O Troféu Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV) de 2025 será concedido ao ator brasiliense Chico Sant’Anna, que tem mais de 40 anos de carreira dedicados ao teatro e ao cinema. O Prêmio Leila Diniz vai reconhecer a cineasta Lúcia Murat por sua trajetória no cinema brasileiro. Já a Medalha Paulo Emílio Salles Gomes será entregue à pesquisadora Ivana Bentes. A homenagem é concedida anualmente a figuras com trajetórias reconhecidas e consolidadas no âmbito de atividades que Paulo Emílio, criador do festival, exerceu de forma marcante: a crítica, a preservação, o pensamento e o ensino de cinema Ambiente de Mercado Além de oficinas e exibições paralelas, o 58º Festival de Brasília confirma a realização da sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com participação de players do setor audiovisual nacional e internacional. Também retorna a Conferência Nacional do Audiovisual, retomada no ano passado como um fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, aberta ao público. Mostra Competitiva Nacional – Longas · Morte e Vida Madalena, de Guto Parente (CE) · Xingu à Margem, de Wallace Nogueira e Arlete Juruna (BA) · Quatro Meninas, de Karen Suzane (RJ) · Corpo da Paz, de Torquato Joel (PB) · Aqui Não Entra Luz, de Karol Maia (MG) · Assalto à Brasileira, de José Eduardo Belmonte (SP) · Futuro Futuro, de Davi Pretto (RS) Mostra Competitiva Nacional – Curtas · Logos, de Britney (RS) · Safo, de Rosana Urbes (SP) · Dança dos Vagalumes, de Maikon Nery (PR) · Faísca, de Bárbara Matias Kariri (AC) · Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini (RJ) · Boi de Salto, de Tássia Araújo (PI) · Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades (BA) · A Pele do Ouro, de Marcela Ulhoa e Yare Perdomo (RR) · Cantô Meu Alvará, de Marcelo Lin (MG) · Ajude os Menor, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL) · Replika, de Piratá Waurá e Heloisa Passos (MT) · Fogo Abismo, de Roni Sousa (DF) [LEIA_TAMBEM]Mostra Brasília – Longas · Vozes e Vãos, de Edileuza Penha de Souza e Edymara Diniz · Mil Luas, de Carina Bini · Maré Viva Maré Morta, de Claudia Daibert · A Última Noite da Rádio, de Augusto Borges · Menino, Quem Foi Seu Mestre?, de Rafael Ribeiro Gontijo e Sandra Bernardes Mostra Brasília – Curtas · Notas sobre a Identidade, de Marisa Arraes · Dizer Algo sobre Estar Aqui, de Vaga-Mundo: Poéticas Nômades · O Bicho que Eu Tinha Medo, de Jhonatan Luiz · A Brasiliense, de Gabmeta · O Fazedor de Mirantes, de Betânia Victor e Lucas Franzoni · Rainha, de Raul de Lima · Terra, de Leo Bello · Dois Turnos, de Pedro Leitão · Três, de Lila Foster · O Cheiro do Seu Cabelo, de Clara Maria Matos · Rocha: Substantivo Feminino, de Larissa Corino e Patrícia Meschick Mostra Caleidoscópio · Nosferatu, de Cristiano Burlan · Palco Cama, de Jura Capela · Atravessa Minha Carne, de Marcela Borela · Uma Baleia Pode Ser Dilacerada como uma Escola de Samba, de Marina Meliande e Felipe M. Bragança · Nimuendajú, de Tania Anaya Mostra Festival dos Festivais · Cais, de Safira Moreira · A Mulher sem Chão, de Auritha Tabajara e Débora McDowell · Vasta Natureza de Minha Mãe, de Aristótelis Tothi e Inez dos Santos · As Travessias de Letieres Leite, de Iris de Oliveira e Day Sena Mostra Coletivas Identidades · Pau d’Arco, de Ana Aranha · Notas sobre um Desterro, de Gustavo Castro · A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos Mostra História(s) do Cinema Brasileiro · Relâmpagos de Críticas, Murmúrios de Metafísicas, de Julio Bressane e Rodrigo Lima · Os Ruminantes, de Tarsila Araújo e Marcelo Mello · Anti-Heróis do Udigrudi Baiano, de Henrique Dantas Sessões especiais · Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil, de Evaldo Mocarzel · Para Vigo Me Voy, de Lírio Ferreira e Karen Harley · O Nordeste sob a Caravana Farkas, de Arthur Lins e André Moura Lopes · Hora do Recreio, de Lúcia Murat (Prêmio Leila Diniz) · Ontem, Hoje e Amanhã e O Cego Estrangeiro, de Marcius Barbieri · O Socorro não Virá, de Cibele Amaral 60 Anos do Festival de Brasília · São Paulo S/A, de Luiz Sérgio Person · A Falecida, de Leon Hirszman · Vinil Verde, Noite de Sexta, Manhã de Sábado e Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho Clássicos Brasileiros · Terceiro Milênio, de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer · A Lenda de Ubirajara, de André Luiz Oliveira · Viramundo, de Geraldo Sarno; Nossa Escola de Samba, de Manuel Horacio Giménez; Hermeto, Campeão, de Thomaz Farkas Homenagem a Jean-Claude Bernardet · Mensagem de Sergipe · O Homem do Fluxo · Vim e Irei como uma Profecia · Homenagem a Kiarostami Festivalzinho · Quando a Gente Menina Cresce, de Neli Mombelli · Hacker Leonilia, de Gustavo Fontele Dourado · Notícias da Lua, de Sérgio Azevedo · A História de Ayana, de Cristiana Giustino e Luana Dias · Seu Vô e a Baleia, de Mariana Elisabetsky · Baú, de Matheus Seabra e Vinicius Romadel. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)

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Festival de Cinema de Brasília celebra 60 anos com programação ampliada e homenagem a Fernanda Montenegro

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) completa 60 anos em 2025 e chega à 58ª edição com novidades que reforçam sua tradição como o mais longevo e prestigiado evento do audiovisual no país. Em entrevista coletiva no Cine Brasília nesta quarta-feira (20), foram anunciados o artista homenageado da edição, a identidade visual, a dinâmica das mostras e a agenda multicultural que estará em cartaz entre 12 e 20 de setembro. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes (C), ressaltou a importância do FBCB: “Celebramos os 60 anos do festival investindo não só no Cine Brasília, mas em todo o audiovisual do DF” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Nesta edição, o festival também ampliou o número de obras: serão 80 títulos exibidos ao longo de cinco dias. Além das mostras competitivas e paralelas, estão previstas conferências, atividades formativas, o Ambiente de Mercado e o tradicional Festivalzinho, voltado ao público infantil. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, ressaltou que o evento reflete uma política de continuidade: “O Festival de Brasília sempre foi um dos maiores e mais prestigiados; Brasília faz parte da vanguarda do audiovisual brasileiro. A gente assume um protagonismo do ponto de vista da organização e planejamento, dando a possibilidade de viver esse momento do cinema brasileiro com um olhar de continuidade. Celebramos os 60 anos do festival investindo não só no Cine Brasília, mas em todo o audiovisual do DF”.   Conselho consultivo Entre os anúncios feitos na coletiva, destacam-se a criação do Conselho Consultivo de Cinema e Audiovisual do DF, e ainda o lançamento do concurso público de projetos para a construção do anexo do Cine Brasília. Abrantes reforçou que a elaboração de um conselho de cinema e audiovisual para o Distrito Federal é algo singular, possibilitando uma consulta qualificada com quem faz cinema na capital. “Isso é fruto do trabalho integrado do GDF com a Secretaria de Cultura, além de uma escuta constante a toda a comunidade que dialoga nessa área”, afirmou. “Temos, nas conferências do Festival do Cinema, grandes autoridades discutindo legislação e formas de fomento. Então não é só uma ação isolada; o GDF tem sido um indutor, não somente para colocar recursos, mas do ponto de vista de discutir.” Homenagem histórica Sarah Rocha, diretora-geral do festival:  “O Cine Brasília tem uma programação cada vez mais potente e com uma capacidade de atração de público cada vez mais visível”   A grande homenageada da 58ª edição do Festival de Brasília será a artista Fernanda Montenegro, que foi a primeira atriz premiada no FBCB, em 1965, pelo filme A Falecida, de Leon Hirszman. “Era inescapável essa homenagem, mais do que justa e merecida”, enfatizou a diretora-geral do festival, Sarah Rocha. De acordo com a gestora, as novas iniciativas tornam o festival ainda mais potente, representativo e estrategicamente posicionado no calendário de eventos nacionais. “O Cine Brasília tem uma programação cada vez mais potente e com uma capacidade de atração de público cada vez mais visível”, lembrou. “É uma grande alegria poder apresentar essa programação, que foi trabalhada com muito esmero a partir de mais de 1.700 inscrições de filmes do Brasil inteiro.” Vozes diversas Diretor artístico do festival, Eduardo Valente falou sobre a seleção dos filmes deste ano: “A gente tem as cinco regiões representadas, permitindo a quem vem acompanhar essa semana ter realmente um cinema brasileiro à disposição” [LEIA_TAMBEM]A sessão de abertura trará Agente Secreto, filme de Kleber Mendonça Filho premiado em Cannes (França). A programação contará ainda com produções inéditas e clássicos do cinema nacional restaurados. O diretor artístico do festival, Eduardo Valente, destacou que este ano haverá obras de mais de 15 estados, trazendo equidade de gênero com praticamente a mesma quantidade de diretores e diretoras, além da presença de cineastas indígenas e negros. “Avaliamos esse total de filmes tentando buscar os que tenham relação com a história e a tradição do festival, títulos que de alguma maneira lidam com questões sociais e políticas importantes do Brasil, além de obras que têm interesse pela linguagem do cinema e o que ele pode propor”, detalhou o diretor. “O grande barato é ver que esse todo permite enxergar de um olhar mais amplo. A gente tem as cinco regiões representadas, permitindo a quem vem acompanhar essa semana ter realmente um cinema brasileiro à disposição”. A grade completa da programação está na página oficial do festival, e as inscrições para as oficinas podem ser feitas até o dia 25 deste mês.  

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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro celebra 60 anos com programação multicultural

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega aos 60 anos, reafirmando o papel como o mais longevo e tradicional festival de cinema do país. A programação completa da nova edição será anunciada na próxima quarta-feira (20), a partir das 9h, no hall do Cine Brasília, espaço icônico que há seis décadas abriga as exibições e encontros do evento. A 58ª edição do festival será realizada entre 12 e 20 de setembro, com uma agenda multicultural que contempla mostras competitivas e paralelas, debates, atividades formativas e o Ambiente de Mercado. Programação do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro será anunciada em evento nesta quarta-feira (20) | Foto: Divulgação/Secec-DF O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, ressalta a relevância histórica do evento: “O Festival de Brasília é mais do que um encontro de cinema. Ele é um patrimônio cultural que conecta gerações, promove a diversidade e projeta a produção audiovisual brasileira para o mundo. Chegar aos 60 anos mantendo a essência e, ao mesmo tempo, se reinventando é um motivo de orgulho para todos nós”. Logo após o anúncio, será feita uma coletiva de imprensa com Abrantes e outras autoridades e a imprensa poderá se credenciar para a cobertura do festival. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Cinema Voador aterrissa em três regiões do Distrito Federal com exibições gratuitas

A um mês da 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o projeto Cinema Voador já sobrevoa o Distrito Federal com aterrissagens programadas para este mês em Arapoanga, nesta quarta-feira (13); em Planaltina, no dia 15; e na Estrutural, nos dias 21 e 22. Em arquibancadas ao ar livre, as sessões gratuitas de cinema vão exibir desde clássicos do audiovisual a produções cinematográficas brasileiras raras. Este ano também tem novidade para as crianças: uma mostra infantil, com direito a animações, para comemorar mais de oito décadas da produção Fantasia, de Walt Disney. Os filmes selecionados para o Cinema Voador enaltecem a diversidade e apresentam a riqueza do audiovisual brasileiro. Segundo o idealizador do projeto, José Damata, são títulos que não ocupam espaço no circuito comercial e, por isso, ganham público com o projeto. "Selecionamos filmes que são verdadeiros tesouros do cinema nacional, com diretores fundamentais como Joaquim Pedro de Andrade, Rosemberg Cariry e Paulo Thiago. Nosso papel é levar obras de qualidade para as periferias, criando novos públicos e despertando o encanto pelo cinema”, explica. Filmes selecionados para o Cinema Voador enaltecem a diversidade e apresentam a riqueza do audiovisual brasileiro | Fotos: Divulgação As exibições começam nesta quarta-feira (12), em Arapoanga, na Praça da Administração, onde a população poderá conferir as obras Fantasia, Couro de gato, O calango e Corisco e Dadá. Na quinta (13), será a vez do Vale do Amanhecer, em Planaltina. Na sexta-feira (15), a programação segue na cidade, desta vez na Praça da Igrejinha. Na Estrutural, as duas sessões serão na Praça da Administração, também às 18h. De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, levar o projeto a diferentes lugares do Distrito Federal é uma oportunidade de promover a cultura do pertencimento e aproximar as comunidades da política cultural. “O Festival de Brasília é patrimônio da nossa cultura e, com o Cinema Voador; reafirmamos que ele pertence a todo o povo do Distrito Federal. Levar sessões gratuitas para Planaltina e para a Estrutural é mais do que descentralizar a programação, é garantir que a política cultural chegue a todas as regiões, fortalecendo nossa identidade e valorizando o audiovisual brasileiro”, destaca. Trajetória De norte a sul do país, o idealizador Damata leva não só os filmes às periferias do Brasil, mas também sensibilização e reflexão. Além disso, o evento, que existe desde 1994, promove a inclusão para as comunidades, com espaços pensados para mobilidade e acessibilidade, com recursos que proporcionam diversão para todos. “As pessoas se reúnem curiosas, ansiosas para descobrir o que vamos exibir naquela noite. É mágico ver como o cinema pode unir comunidades e emocionar plateias inteiras”, avalia o secretário. Evento, que existe desde 1994, promove a inclusão para as comunidades Na última década, o Cinema Voador participou de três edições do Festival de Cinema de Brasília (2014, 2017 e 2018). Em maio e junho de 2024, o cinema itinerante aterrissou nas cidades de Ceilândia e Taguatinga. Festival [LEIA_TAMBEM]O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega à 58ª edição e comemora 60 anos. Considerado o palco mais tradicional do cinema nacional, o festival é promovido pelo Instituto Alvorada e pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. O evento ocorre entre 12 e 20 de setembro, no Cine Brasília, com o filme O agente secreto, de Kleber Mendonça Filho, na abertura oficial. Outra novidade para esta edição é o júri internacional, formado em parceria com a Fipresci (Fédération Internationale de la Presse Cinématographique), que completa 100 anos em 2025. Serão críticos de três países na avaliação da Mostra Caleidoscópio.  As inscrições para submissão de filmes e obras ao festival já foram encerradas e, em breve, após o processo de curadoria, será divulgada a seleção oficial de curtas e longa-metragens nacionais para o evento. Acompanhe tudo no site oficial. Confira a programação do Cinema Voador. Arapoanga Quarta-feira (13) 18h - Fantasia/Couro de gato/O calango/Corisco e Dadá Local: Praça dos Esportes Planaltina Quinta-feira (14) 18h - A fera do mar/Corisco e Dadá/A vida é um sopro/Paisagem natural  Local: Vale Do Amanhecer Sexta-feira (15) 18h - Fantasia 2ª parte/Sagarana o duelo Local: Praça da Igrejinha Estrutural Dia 21 18h - A fera do mar/Corisco e Dadá Local: Praça da Administração Dia 22 18h - Fantasia/Curtametragem Brasília, contradições de uma cidade nova/Sagarana o duelo Local: Praça da Administração.

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Filme 'O Agente Secreto' abrirá a 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Na edição comemorativa de 60 anos de sua fundação, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro escolheu como filme de abertura o novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, O Agente Secreto, protagonizado por Wagner Moura e premiado em duas categorias no Festival de Cannes. O filme 'O Agente Secreto', destaque no Festival de Cannes, será exibido no dia 12 de setembro, no Cine Brasília, na abertura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Foto: Divulgação De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, trazer um filme da potência de O Agente Secreto para abrir o Festival de Brasília, justamente na comemoração de seus 60 anos, é um gesto simbólico e estratégico. “É colocar o nosso público em contato direto com o que há de mais vigoroso no cinema brasileiro contemporâneo, reconhecido internacionalmente. É assim que reafirmamos o papel de Brasília como capital cultural do país”, explicou Abrantes. [LEIA_TAMBEM]A produção, com distribuição da Vitrine Filmes, será exibida no dia 12 de setembro, na cerimônia de abertura do mais tradicional festival de cinema do país, no Cine Brasília. O diretor Kleber Mendonça, a produtora Emilie Lesclaux e a atriz Maria Fernanda Cândido são presenças confirmadas no evento. Os ingressos para a sessão podem ser adquiridos a partir das 10h do dia 7 de agosto, em link disponível no perfil oficial do Festival de Brasília no Instagram. Serviço Abertura da 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Data: 12 de setembro Filme: O Agente Secreto Ingressos: a partir do dia 7 de agosto, em link disponível no perfil oficial do Festival de Brasília no Instagram. *Com informações da Secec-DF  

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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro abre inscrições para a seleção de filmes

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília. O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do festival até 9 de junho. Coletiva de imprensa realizada no hall do Cine Brasília, nesta terça (6), marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens para a seleção oficial do evento | Foto: Divulgação/Secec-DF A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar. Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes. [LEIA_TAMBEM]Para Sara Rocha, coordenadora-geral do festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”. Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília. Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira. Neste ano, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra Brasília A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do festival. Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público. A programação completa do festival será divulgada em 20 de agosto. Cine Brasília A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas. “Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília. A estrutura do Cine Brasília será ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra 60 Anos do Festival Como parte das comemorações pelos 60 anos do festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca. A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.  · Todas as Mulheres do Mundo (1966), de Domingos de Oliveira · Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles · Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat · Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis · É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert · Temporada (2018), de André Novais de Oliveira Inscrições para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Período: desta terça (6) a 9 de junho Link: https://festcinebrasilia.com.br/inscricoes/ Data do festival: 12 a 20 de setembro Local: Cine Brasília – EQS 106/107. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)

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Espaço do Direito Delas no Festival de Cinema oferece atendimento a vítimas de violência

Pela primeira vez dentre as suas 57 edições, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro tem um espaço exclusivo para o acolhimento às mulheres vítimas de violência. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) montou ao lado da sala de debates um estande do programa Direito Delas, que oferece atendimento social, psicológico e jurídico às vítimas diretas de violência e seus familiares. “O papel inovador da mulher no cinema brasileiro é fundamental para a diversificação das narrativas e para a inclusão de perspectivas únicas que antes eram marginalizadas”, declarou a produtora Sara Oliveira (D), ao receber o prêmio Leila Diniz entregue pela secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani | Foto: Divulgação/Sejus-DF “Nada mais pertinente em um espaço de diálogo, de igualdade, de lazer e entretenimento como esse para trazer o protocolo contra o assédio e a importunação sexual das mulheres”, comentou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Através dessa iniciativa, inédita, temos uma sala para o atendimento de todas as mulheres que se sentem inseguras com uma mão indevida ou uma fala que elas não podem ouvir.” A sala de acolhimento dispõe de espaço para atendimento exclusivo e uma equipe técnica multiprofissional, formada por assistentes sociais, psicólogos, servidores especialistas em direito e legislação e profissionais da área administrativa da Sejus-DF. Criado em novembro de 2023, o programa já amparou 1.258 vítimas diretas e indiretas de violência doméstica e familiar em 6.319 atendimentos. Atualmente, o Direito Delas tem dez núcleos fixos localizados no Plano Piloto, Ceilândia, Guará, Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia e Estrutural. Premiação A organização do Festival de Brasília escolheu a secretária Marcela Passamani, em reconhecimento a sua forte atuação em defesa dos direitos e defesa das mulheres do DF, para entregar à produtora Sara Silveira o prêmio Leila Diniz, que, retomado após sete anos, celebra mulheres de destaque na história do cinema brasileiro, tanto na frente quanto atrás das câmeras. “O papel inovador da mulher no cinema brasileiro é fundamental para a diversificação das narrativas e para a inclusão de perspectivas únicas que antes eram marginalizadas”, afirmou a produtora. Com atuações destacadas em projetos que exploram narrativas ousadas e socialmente relevantes, como nos filmes Bicho de Sete Cabeças e Trabalhar Cansa, Sara Silveira é uma produtora de cinema que foge do estilo tradicional de direção ou roteiro. Sua atuação inclui não só a produção executiva, mas também o desenvolvimento de projetos autorais e inovadores. *Com informações da Sejus-DF

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Resultado de chamamento público para Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é divulgado

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) divulgou nesta quarta-feira (3), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), por meio da Comissão de Seleção dos Projetos, o resultado final do Edital de Chamamento Público nº 15/2024 para a celebração de termo de colaboração com a organização da sociedade civil (OSC) que realizará as  57ª, 58ª e 59ª edições do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). A proposta vencedora foi apresentada pelo Instituto Alvorada Brasil, classificado em primeiro lugar. A proposta vencedora ganhou o direito de realizar as edições 57ª, 58ª e 59ª do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília As edições serão realizadas nos anos de 2024, 2025 e 2026, em datas a serem indicadas pela Secec, entre os meses de setembro e novembro. Cada edição terá duração de oito dias corridos, em formato híbrido, com exibições de filmes presenciais, e demais ações em ambientes presenciais, virtuais e/ou canal de TV. O valor de referência estimado para a realização do evento é de R$ 9 milhões, com previsão de R$ 3 milhões para cada ano. Festival O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é o mais antigo evento dedicado ao cinema nacional, prestigiado por realizadores e críticos por oferecer espaço à apreciação, reflexão e participação do público e de profissionais do cinema. Tornou-se ao longo dos anos um festival de grande prestígio cinematográfico, não apenas por seu pioneirismo, mas pela ousadia que pautou sua trajetória e seus premiados, antecipando ou reafirmando a consagração de filmes e autores. Estrear na tela do tradicional Cine Brasília, o mais nobre templo da sétima arte da capital brasileira e sede histórica do Festival, continua sendo a ambição de muitos realizadores. O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é o mais antigo evento dedicado ao cinema nacional | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília A ação foi criada em 1965, por iniciativa do historiador e crítico Paulo Emílio Sales Gomes, à época à frente do primeiro curso superior de cinema, criado na Universidade de Brasília. Nasceu como Semana do Cinema Brasileiro, nome que manteve durante as duas primeiras edições, até que, em 1967, tornou-se Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Apenas nos anos de 1972 a 1974 não foi realizado, no auge do regime militar. Em 2007, recebeu o registro de Patrimônio Cultural lmaterial pelo Governo do Distrito Federal. Em 2020 e 2021, por conta da pandemia de covid-19, o evento foi virtual. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Cultura: reforma do Teatro Nacional e apoio do FAC a 442 projetos

“O ano de 2023 foi um desafio significativo para nós na Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, mas também foi marcado por avanços importantes que moldaram nossa trajetória. Ao longo deste ano, lançamos uma série de editais cruciais: o FAC contemplou 442 projetos; a Lei de Incentivo, 38; o Programa Conexão investiu aproximadamente R$ 4 milhões; e publicamos os editais referentes à Lei Paulo Gustavo, com 2.016 projetos inscritos. Todos esses chamamentos fortaleceram ainda mais a riqueza e diversidade cultural que tanto prezamos. Com investimento de R$ 60 milhões, estão sendo construídas no Teatro Nacional novas saídas de emergência e um reservatório de incêndio, além do restauro da Sala Martins Pena e da fachada marcante de Athos Bulcão | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Além dos editais, alcançamos um marco significativo: avançamos consideravelmente na restauração da sala Martins Pena do Teatro Nacional Claudio Santoro, um espaço emblemático que representa nossa dedicação em preservar e revitalizar nossos patrimônios culturais. Falando em espaços, nossos equipamentos culturais tornaram-se epicentros de expressão, irradiando programações diversas em todas as regiões do Distrito Federal. Esses eventos, repletos de pluralidade, foram essenciais para conectar nossa comunidade a manifestações artísticas e culturais diversas. O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro contou com 10 curtas-metragens com classificação livre voltados ao público infantil | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Um ponto de virada foi o lançamento da Política Aldir Blanc, um marco fundamental para a cultura. Esta política desempenhará um papel crucial ao oferecer suporte financeiro a artistas, espaços culturais e projetos artísticos em todo o país, preservando nossa riqueza cultural e impulsionando seu alcance. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, um dos principais festivais do país, foi um sucesso, proporcionando uma plataforma para celebrar e disseminar a sétima arte. Simultaneamente, a reintrodução do Prêmio José Aparecido destacou projetos vinculados aos patrimônios culturais e históricos, reconhecendo sua importância e valor. Antecipamos os editais do Carnaval 2024 para garantir uma festividade à altura das expectativas de toda a nossa comunidade no Distrito Federal. Encerramos o ano com uma programação de Natal memorável, preparando o terreno para a aguardada festa de Réveillon. Estamos prontos para continuar nossa jornada comprometida com a promoção da cultura, da arte e da economia criativa no próximo ano.” *Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa    

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Documentário narra últimos quatro anos de vida do icônico Hugo Rodas

Selecionado para a Mostra Competitiva do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que segue até sábado (16), o documentário Rodas de Gigante marca a estreia de Catarina Accioly como roteirista e diretora em longas-metragens em um filme traduzido pelo “improviso poético” e que faz reverência à trajetória do multifacetado diretor de teatro latino-americano Hugo Rodas. Pupila do artista, que morreu aos 82 anos em abril de 2022, no Distrito Federal, Catarina Accioly registrou no Brasil — onde Rodas viveu por mais de 40 anos — e no Uruguai — terra natal do diretor — os quatro últimos anos de vida de Hugo, que narra em primeira pessoa a despedida como icônico diretor teatral. Catarina Accioly acompanhou in loco momentos e situações vividas em intimidade e publicamente por Rodas, entre 2018 a 2022, recortando fragmentos da rotina teatral e afetiva, conexões com inúmeras redes afetivas e profissionais, dos 79 aos 82 anos, entrelaçados com a pandemia da covid-19 e a luta que o artista travou contra um câncer no intestino. “O filme traz a contradição do confronto do protagonista diante de sua morte [que ocorreu três meses após a finalização das filmagens] anunciada ao mesmo tempo em que mostra, em cadência inspiracional, as delícias da persistência e exaltação da vida. As festas de aniversário dos 79 aos 82 anos são pilares estruturais desta história”, relata Accioly. Documentário de Catarina Accioly narra em primeira pessoa a despedida do diretor de teatro Hugo Rodas | Foto: Divulgação Catarina Accioly conheceu Rodas aos 19 anos, quando cursava artes cênicas na Universidade de Brasília (UnB),. Há 16 anos atuando como diretora de audiovisual, ela se considera “cria do teatro” pela convivência e aprendizado, em especial com o amigo e mestre. “Realizar esse filme partiu de um desejo ardente de conviver, observar e registrar os últimos anos de vida de Hugo. E estar em conflito pelo sentimento de conviver e presenciar uma intensa despedida de Hugo em frente à lente”, diz. Multiartista [Olho texto=”“Estrear como roteirista e diretora em longas-metragens com este documentário é um enorme desafio. Dirigi um filme que narra em primeira pessoa a despedida de alguém que é muito importante para o teatro, para muita gente e, especialmente, para mim. Hugo foi meu maestro e professor, cúmplice e carrasco, amigo contraditório de toda uma vida”” assinatura=”Catarina Accioly, roteirista e diretora do documentário Rodas de Gigante” esquerda_direita_centro=”direita”] Radicado no Brasil desde meados dos anos 1970, Hugo Rodas atuou como ator, diretor, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e professor de teatro. Estabeleceu-se no DF em 1975 e consolidou-se como um dos diretores mais expressivos e inquietos do país. Alguns dos maiores sucessos de público e crítica da história do teatro e da dança de Brasília têm a assinatura de Hugo Rodas: Senhora dos afogados (1987), A casa de Bernarda Alba (1988/1991), A menina dos olhos (1990/1991), Romeu e Julieta (1993/99), O olho da fechadura (1994/1995), The Globe Circus (1997), Shakespeare in concert (1997), Arlequim: servidor de dois patrões (2001/2002), Rosanegra – uma saga sertaneja (2002/2005) e O rinoceronte (2005/2006), além do memorável Adubo ou a sutil arte de escoar pelo ralo (2005-2015). No Planalto Central, Rodas fundou o Grupo Pitú (1976-1981), com o qual apresentou vários trabalhos, entre os quais o clássico Os Saltimbancos, contemplado com o Prêmio do Serviço Nacional do Teatro como melhor espetáculo infantil de 1977. No início dos anos 1980, trabalhou no Teatro Oficina, com o diretor José Celso Martinez Corrêa, e no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), com o diretor Antônio Abujamra (1932-2015), com quem fez diversas parcerias em direção teatral ao longo da vida, entre elas, Senhora Macbeth (2006), com Marília Gabriela, Os demônios (2006), do escritor russo Fiodor Dostoiévski, e Cantadas (2007), monólogo com a atriz Denise Stoklos. “Certamente eu não teria trilhado passos de autoralidade que me conduziram a roteirista e diretora de cinema se tivesse outra trajetória se não fosse formada por um homem tão genuíno, encantador e talentoso como Hugo Rodas”, afirma a diretora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Accioly diz que começou a documentar Rodas no aniversário dele de 79 anos, e que a estruturação do documentário se deu por meio do relacionamento com o personagem central, na reverberação de “conflitos muito profundos de morte e vida, de permanência e relação por meio da arte, do mundo normal ao pandêmico”. E conclui: “Estrear como roteirista e diretora em longas-metragens com este documentário é um enorme desafio. Dirigi um filme que narra em primeira pessoa a despedida de alguém que é muito importante para o teatro, para muita gente e, especialmente, para mim. Hugo foi meu maestro e professor, cúmplice e carrasco, amigo contraditório de toda uma vida”. Serviço ? Documentário Rodas de Gigante, de Catarina Accioly (98 minutos) ? Data: quinta-feira (14) ? Horário: 18h ? Local: Cine Brasília Confira a programação completa do  56º Festival de Brasília do Cinema aqui. *Com informações da Secec-DF

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Festival de cinema para crianças é destaque neste domingo (10)

Neste fim de semana iniciou-se o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e, no domingo (10), a criançada já pôde se divertir com uma programação para lá de especial no Cine Brasília. O chamado “Festivalzinho” reuniu 10 curtas-metragens com classificação livre para sensibilizar o público infantil para o cinema nacional. A programação para as crianças se repete no dia 16 de dezembro, às 10h; e no Complexo Cultural de Planaltina nos dias 13, às 9h, e 14 de dezembro, às 14h. A entrada é gratuita. Dirigido à criançada, o “Festivalzinho” reuniu 10 curtas-metragens com classificação livre para sensibilizar o público infantil para o cinema nacional | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O “Festivalzinho” é como se fosse um programa no qual os filmes passam em sequência, podendo cada um ter entre um e 20 minutos. A duração total das exibições é de aproximadamente uma hora. Antes de iniciar com as mostras, a criança tem a oportunidade de assistir a um teatro ao vivo com duas apresentadoras que introduzem, de forma lúdica e educativa, temas sobre o cinema local. O ‘Festivalzinho’ conta com a participação de duas apresentadoras que introduzem, de forma lúdica e educativa, temas sobre o cinema local “É uma oportunidade única para as crianças conhecerem o cinema brasileiro. Não é uma exibição comum, são pessoas que não estão no meio comercial, mas estão fazendo arte tão boa quanto. São diversos curtas em formatos diferentes, como clipe e animação. Para as crianças, isso é ótimo porque é dinâmico e permite que elas tenham contato com várias linguagens em uma só ida ao Cine Brasília”, defendeu uma das apresentadoras, Paula Sallas. Para a apresentadora Elisa Carneiro, o mais importante é conscientizar as crianças sobre a qualidade das exibições que são produzidas no Brasil. “O ‘Festivalzinho’ também é uma formação de público. Hoje, as salas de filmes estão sempre dentro de shoppings. Aqui, fica em uma quadra. O nosso papel, antes de o filme começar, é de fazer essa mediação para embarcar no universo da arte”, afirmou. A funcionária pública Ada Cordeiro, 40 anos, é mãe do Joaquim, de dois anos. Eles participaram do Festivalzinho e elogiaram os filmes exibidos. “Foi ótimo e muito interessante. O Joaquim interagiu bastante no último, do Papai Noel. Foi a primeira vez dele no cinema e ele não tem hábito de assistir televisão, então foi uma experiência única”, avaliou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A nutricionista Aline Figueiredo, 43 anos, também levou o filho Miguel, de oito anos, para assistir aos curtas. Para ela, é importante incentivar as criações nacionais. “É a primeira vez que a gente vem ao ‘Festivalzinho’. Achei superlegal. O mais divertido é a criançada vir e sair do cinema tradicional e incentivar a assistir aos filmes que são feitos aqui”, pontuou. A Aline também é uma frequentadora assídua do festival de cinema mais longevo do país. De acordo com ela, a participação no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é de longa data, hábito estimulado pelo pai que, agora, é repassado por ela ao filho Miguel. “Eu lembro quando eu era criança, meu pai me buscava na Escola Classe e a gente vinha de uniforme assistir aos filmes. Era tradição. Esse ano não vou deixar de participar, tentarei vir na terça-feira”, compartilhou. Para conferir a programação completa do evento, acesse o site do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

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Festival de cinema começa com homenagem ao ator Antônio Pitanga

O tão aguardado Festival de Brasília do Cinema Brasileiro teve a abertura da sua 56ª edição neste sábado (10), uma emocionante cerimônia que destacou a potência da sétima arte na capital. Em 58 anos de história, o FBCB tem como homenageado o ator Antônio Pitanga, e seu filho Rocco Pitanga foi um dos apresentadores da noite. A cerimônia de abertura do FBCB, que contou com apresentações artísticas e a presença de autoridades, culminou na exibição do filme Ninguém Sai Vivo Daqui, do cineasta André Ristum, uma trama passada no Hospital Psiquiátrico Colônia de Barbacena, em Minas Gerais | Fotos: Divulgação A atriz, cantora e roteirista brasiliense Gabriela Corrêa esteve ao lado de Rocco na apresentação desta festa do cinema, que contou com a presença de parlamentares, representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e do governo federal, além de todo público que chegou cedo para garantir o lugar e registrar lotação máxima no Cine Brasília. O ator Antônio Pitanga é o homenageado na 56ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Durante a cerimônia de abertura foram entregues dois prêmios: o ABCV, uma iniciativa da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo, e a Medalha Paulo Emílio Salles Gomes. Duas mulheres representantes do audiovisual em Brasília foram as agraciadas: Mari Coeli com o Prêmio ABCV e Dacia Ibiapina com a medalha. O grande homenageado do 56° FBCB, Antônio Pitanga reforçou em seu discurso a importância do Festival de Brasília como vitrine para as produções do audiovisual. O Prêmio Candango, pelo Conjunto da obra dedicado a Antônio Pitanga, contempla seus 83 anos de vida, sendo 60 de carreira e mais de 70 filmes. O ator ainda agradeceu a oportunidade da ocasião: “Que façam mais homenagens em vida.” Outro nome famoso das telas esteve presente na homenagem a Antônio, a atriz Elisa Lucinda, que demonstrou a grandiosidade do evento fruto de um grande esforço do GDF, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), em sua realização. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Claudio Abrantes, destacou a importância de políticas públicas que proporcionem esse espaço amplo e democrático de difusão cultural. Abrantes ainda anunciou que, no próximo, ano haverá a retomada do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) destinado a projetos do setor audiovisual. A cerimônia culminou na exibição do filme de abertura do Festival, Ninguém Sai Vivo Daqui, do cineasta André Ristum, uma trama passada no Hospital Psiquiátrico Colônia de Barbacena, em Minas Gerais. Toda programação pode ser acessada no site www.festcinebrasilia.com.br. *Com informações da Secec

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Fim de semana terá festival de cinema, atrações natalinas e muita música

Este fim de semana está repleto de opções de cultura e lazer para quem pretende não ficar em casa entre esta quinta-feira (7) e o domingo (10). De atrações natalinas a festival de cinema, o que não falta é programação especial para agitar o brasiliense. Uma das principais atrações é a chegada do Papai Noel ao Riacho Fundo nesta quinta. Por lá, será inaugurada a Vila do Bom Velhinho, que poderá ser visitada entre 19h e 23h, no estacionamento do Conselho Tutelar da cidade. Ainda em clima natalino, a programação se estende para o Núcleo Bandeirante. No domingo (10) o Papai Noel vai chegar à Placa da Mercedes e ficará para receber a criançada entre 9h e 14h. Já nos dias 15, 16 e 17, a partir das 19h, haverá uma cantata de Natal e show com artistas locais e regionais na Praça do Padre Roque. O longa ‘Rodas de Gigante’ estará em cartaz no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Foto: Divulgação Também neste fim de semana começa o mais longevo festival de cinema do país, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Em sua 56ª edição, o evento começa sábado (9), exibindo produções realizadas em todas as cinco regiões do Brasil, marcadas pela diversidade de vozes, de narrativas e de estéticas, desde o cinema indígena à produção urbana periférica e dos interiores do Brasil. De maneira inédita, esta edição conta com a incorporação de tecnologia 4K para todas as exibições no Cine Brasília. Entre sexta (8) e domingo (10) será realizada a 4ª edição do evento Brasília Trend Fashion Week. O evento traz o conceito de moda inclusiva e aborda temas diversos, como as modas para a melhor idade e plus size. O festival ocorrerá no Sesc do Guará, das 10h às 23h, com entrada franca mediante doação de 1 kg de alimento não perecível. O trio Caco de Cuia é uma das atrações musicais da Feira Cultural de Ceilândia e sobe ao palco do evento às 20h50 | Foto: Divulgação Para quem curte música, uma das opções é o Tropical Jazz, marcado para sábado (9) e domingo (10), na Praça das Fontes do Parque da Cidade. Trata-se de um festival pautado no encontro do estilo musical com outros gêneros brasileiros. O evento é das 16h à 0h. Os ingressos devem ser adquiridos no site do festival. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em Ceilândia, no sábado (9), acontece a 9ª edição da Feira Cultural, na Casa do Cantador. A celebração envolve artistas da cultura popular da cidade, exposições de produtores locais da economia criativa e conta com a presença do cantor e compositor Odair José como atração nacional. A programação cultural é gratuita e começa a partir das 15h com um line-up diversificado para todos os gostos e idades.

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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro exibe produções em 4K

Já começou a contagem regressiva para a mais longeva e uma das principais celebrações da sétima arte no país, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Em sua 56ª edição e com investimento de R$ 2,75 milhões, a programação promete trazer uma experiência inédita para os cinéfilos. Pela primeira vez, os filmes serão exibidos com a tecnologia 4K — sistema de ultradefinição que apresenta melhor qualidade nas telas, com imagens mais nítidas e detalhadas. Com a expectativa de receber 20 mil pessoas, as mostras começam neste sábado (9) e vão até o dia 16, com exibições que contemplam as cinco regiões do país. [Olho texto=”“Trabalhamos incansavelmente para promover e democratizar o acesso às oportunidades, seja para a comunidade cultural apresentar seus trabalhos no melhor espaço possível, com a melhor qualidade possível, seja para a população desfrutar dessas produções. O Festival de Cinema de Brasília, com as exibições em 4K, é fruto desse grande trabalho em conjunto do governo com a sociedade civil”” assinatura=”Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Com o apoio e financiamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), a organização da sociedade civil (OSC) Amigos do Futuro, corresponsável pela realização da 56ª edição do festival, investe aproximadamente R$ 130 mil no aluguel do equipamento de projeção em alta definição, fornecido por um dos principais exibidores do país. “Acreditamos que a experiência cultural deve ser algo único e marcante na vida de cada um. Trabalhamos incansavelmente para promover e democratizar o acesso às oportunidades, seja para a comunidade cultural apresentar seus trabalhos no melhor espaço possível, com a melhor qualidade possível, seja para a população desfrutar dessas produções. O Festival de Cinema de Brasília, com as exibições em 4K, é fruto desse grande trabalho em conjunto do governo com a sociedade civil”, pontuou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Imagem: Divulgação do filme ‘O Sonho de Clarice’  Esta edição bateu recorde de filmes inscritos: foram 1.269 títulos, sendo 984 curtas e 285 longas. O 56º Festival de Brasília apresentará, durante oito dias, seis longas-metragens e 12 curtas na Mostra Competitiva Nacional; quatro longas e oito curtas do 25º Troféu Câmara Legislativa – Mostra Brasília, voltado para as produções do DF, e mais de 20 títulos nas mostras paralelas. Além da alta definição em tela, outro investimento técnico incorpora o uso de processadores de áudio e servidores Dolby, o que garantirá qualidade nunca antes vista para o público frequentador do evento. Com uma programação vasta, os filmes refletem a diversidade narrativa e estética de expressões brasileiras. Os selecionados para as mostras competitivas nacionais serão remunerados com cachê de seleção de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Para atualizar esta grande janela exibidora do cinema nacional, alçando-a ao seleto grupo de festivais brasileiros que hoje exibem em 4K, propusemos ao Governo do Distrito Federal [GDF] um investimento em projeção que supera em mais de quatro vezes o que historicamente vinha-se investindo. O Festival de Brasília vai, este ano, para um novo patamar”, avaliou o presidente da OSC Amigos do Futuro, Fernando Borges. Os ingressos para as exibições custam R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia, podendo ser adquiridos na bilheteria do Cine Brasília a partir de duas horas antes de cada sessão. Para conferir a programação completa, acesse o site do festival.

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Festival do Cinema Brasileiro abre inscrições para seleção de filmes

Até 12 de novembro estão abertas as inscrições de filmes para o 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A iniciativa é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Amigos do Futuro. Referência entre os festivais brasileiros, o mais longevo festival de cinema do país ocupa mais uma vez o Cine Brasília, também com exibições da Mostra Competitiva Nacional e Mostra Brasília em Samambaia e Planaltina, entre 9 e 16 de dezembro, exibindo e destacando as mais recentes obras cinematográficas produzidas no país. Ao todo, serão selecionados seis longas-metragens e 12 curtas para a Mostra Competitiva Nacional, além de quatro longas e oito curtas para a Mostra Brasília, voltada para produções do DF. As inscrições serão realizadas somente no site do festival. [Olho texto=”“O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é motivo de muito orgulho para todos nós, até por ser o festival de mais tradição do país. O cinema é uma arte de muito estudo e diversidade, representando tudo o que buscamos diariamente, visando democratizar esse acesso à cultura”” assinatura=”Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A 56ª edição promete uma programação diversificada, com uma escolha de filmes que busca incorporar a mais ampla diversidade narrativa de expressões brasileiras, equilibrando o volume de produções representantes das cinco regiões do país. Os filmes selecionados para as mostras competitivas nacionais serão premiados nos valores de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Já na Mostra Brasília, o audiovisual candango concorre a R$ 240 mil em prêmios concedidos pelo 25º Troféu Câmara Legislativa. Sob a direção artística de Anna Karina de Carvalho, a equipe de curadoria dispõe de três comissões compostas por profissionais renomados do audiovisual brasileiro, cujos nomes serão divulgados após os resultados. As comissões dividem-se entre a de longas e a de curtas da Mostra Competitiva Nacional, formadas pela direção do festival, e a da Mostra Brasília, formada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A seleção privilegia obras inéditas, finalizadas entre 2022 e 2023, excluindo filmes que já se inscreveram em edições anteriores. No site do Festival de Brasília é possível encontrar o regulamento da seleção de filmes, o edital do Troféu Câmara Legislativa e o formulário de inscrição. A seleção completa de filmes que compõem o 56º FBCB será divulgada até o início de dezembro. Ao todo, serão selecionados seis longas-metragens e 12 curtas para a Mostra Competitiva Nacional, além de quatro longas e oito curtas para a Mostra Brasília | Foto: Thais Mallon “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é motivo de muito orgulho para todos nós, até por ser o festival de mais tradição do país. O cinema é uma arte de muito estudo e diversidade, representando tudo o que buscamos diariamente, visando democratizar esse acesso à cultura”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Abrantes reforça: “Seguiremos dialogando com todos os profissionais de cinema e do audiovisual diuturnamente para que, cada vez mais, possamos aprimorar e consolidar a realização desse festival que movimenta as artes, a cultura e, sobretudo, a economia da nossa cidade”. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Festival do Cinema Brasileiro terá investimento de cerca de R$ 3 milhões

O edital de chamamento para escolha da Organização da Sociedade Civil (OSC) responsável pela estruturação da 56ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi lançado nesta segunda-feira (14). As inscrições estão abertas até o dia 13 de setembro. A OSC escolhida atuará em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec). Para 2023, o investimento para a realização do tradicional festival será de R$ 2.750.000, superando o investimento do último ano, fechado em R$ 2 milhões. A edição deste ano será realizada entre 9 e 16 de dezembro. O secretário de Cultura do DF, Claudio Abrantes, destacou a importância dessa edição. “Acreditamos na cultura e no cinema de Brasília e de todo Brasil. A 56ª edição do festival vem para unir os apaixonados por essa arte e os estudiosos, além de movimentar toda a economia da nossa cidade”, afirma Abrantes. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)

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Com recursos do FAC, filme de super-herói homenageia Ceilândia

Um cientista vive solitário em seu ateliê até que a vida o surpreende com o diagnóstico de uma doença fatal. O que poderia ser um pesadelo transforma-se em recomeço: a enfermidade permite que o homem desenvolva superpoderes. A história faz parte do curta-metragem Coração de Ícaro, com exibição marcada para esta quarta-feira (29), às 20h, no Sesc Ceilândia, na QNN 27. A entrada é gratuita. Segundo a cineasta, “esse filme visa fortalecer uma representação social positiva da pessoa idosa, trazendo reflexões sobre saúde, convivência, relações entre gerações, amor e a criança que nunca morre dentro de nós” | Foto: Divulgação A produção contou com o Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), e será inscrito no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. “Sem o recurso, o filme não seria possível, porque fazer cinema é muito oneroso e, depois da pandemia, os valores aumentaram muito”, pontua a diretora do curta, Simone Borges. [Olho texto=”“As relações que o protagonista vive durante a história revelam as várias camadas da vida de um idoso”” assinatura=”Simone Borges, diretora do curta” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Toda a história se passa em Ceilândia, que completou 52 anos na última segunda-feira (27). “Sou uma cineasta ceilandense. Então, achei importante representar a cidade de forma positiva, como uma cidade que nasceu do nada e que hoje explode cultura, economia, vida…”, explica a diretora. Borges acrescenta que o filme também traz reflexões sobre a terceira idade. “As relações que o protagonista vive durante a história revelam as várias camadas da vida de um idoso”, diz. “Esse filme visa fortalecer uma representação social positiva da pessoa idosa, trazendo reflexões sobre saúde, convivência, relações entre gerações, amor e a criança que nunca morre dentro de nós”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Serviço Coração de Ícaro – Data: quarta-feira (29) – Horário: 20h – Endereço: QNN 27 Área Especial S/N, Ceilândia Norte – Entrada gratuita

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Filme biográfico de Jorge Bodanzky eterniza primeiros anos da UnB

Prestes a completar 80 anos no próximo mês de dezembro, Jorge Bodanzky é a memória viva dos anos seminais da Universidade de Brasília (UnB) e da capital. Aliás, seus anos de juventude se confundem tanto com uma quanto com outra. Um sentimento de nostalgia, saudade e registro histórico presente no seu documentário biográfico Utopia Distopia, exibido na tarde desta quarta-feira (16) no Cine Brasília. A projeção abriu a mostra paralela que homenageia o cineasta no 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). Bodanzky em bate-papo após a exibição de ‘Utopia Distopia’: “Esse filme foi exibido de forma virtual no Festival de Brasília durante a pandemia. Meu sonho era que ele fosse exibido aqui no Cine Brasília, o que acontece agora, então é uma emoção muito grande” | Foto: Henrique François/Divulgação “Esse filme foi exibido de forma virtual no Festival de Brasília durante a pandemia. Meu sonho era que ele fosse exibido aqui no Cine Brasília, o que acontece agora, então é uma emoção muito grande”, diz o veterano cineasta. Utopia Distopia é um projeto que acalentava há mais de dez anos e que saiu do papel graças à parceria com o produtor de cinema do DF Bruno Caldas. “Estava em Pirenópolis dando uma palestra e conheci o Bruno, que estava interessado em produzir um projeto sobre Brasília. Foi quando o projeto ganhou vida”, lembra Bodanzky. “Na verdade, o Bodanzky já fazia parte da minha vida desde O Bicho de Sete Cabeças, da Laís, sua filha; esse sobrenome está presente na minha vida há bastante tempo”, afirma Bruno. É uma homenagem à Universidade de Brasília e aos personagens que orbitaram ao seu redor no início do surgimento do icônico espaço de cultura e saber. Nomes símbolos dos primórdios de Brasília, como Darcy Ribeiro, Anísio Teixeira, Oscar Niemeyer, Lucio Costa e uma infinidade de professores e alunos, como Maria Coeli, Márcia Neves, Alex Chacon e Bodanzky, que integrou a segunda turma de cinema e fotografia da UnB. Bodanzky em cena do curta-metragem ‘Brasília em Super 8’ | Foto: Divulgação “Na época, eu era um estudante cheio de ideias e pouco confuso”, narra o diretor de fotografia e cineasta, que chegou a Brasília por acaso, depois de desistir de viajar para o Peru. “A UnB surgiu como importante núcleo cultural do país”, continua narrando. Inegável a importância histórica do filme, com imagens incríveis de uma Brasília que estava nascendo física e intelectualmente. Cenas em preto e branco que são testamento de uma época, endossado por depoimentos cheios de afetos e recordações vivas. Durante o debate, realizado no hall do Cine Brasília, Bodanzky se juntou à esposa Márcia e amigos como Vladimir Carvalho, entre outros, para falar sobre sua carreira, sobre a Amazônia e o Brasil. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Antes da projeção de Utopia Distopia, uma raridade. A exibição do curta-metragem Brasília em Super 8, que, como o nome indica, traz registros poéticos da cidade pelas lentes de um jovem fascinado pela bela arquitetura do lugar e os horizontes deslumbrantes. Uma cena chama atenção: Bodanzky filmando a cidade com sua Super 8 para fora do carro, beijando o vento do cerrado e passando pelo Buraco do Tatu. Nesta quinta-feira (17), às 14h, no Cine Brasília, uma sessão imperdível. A projeção do longa Compasso de Espera, único filme dirigido pelo diretor de teatro Antunes Filho, e no qual Bodanzky faz a direção de fotografia. “Talvez seja um dos primeiros filmes sobre a temática negra do país, que traz o ator Zózimo Bulbul como protagonista, hoje homenageado pelo festival com o nome de um prêmio”, frisou Bodanzky. “Foi uma experiência única, estou curioso para rever esse filme”, confidenciou.

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Banco lança programa de apoio à cultura

Brasília, 15 de setembro de 2022 – No mês em que completa 56 anos, o BRB apresentou o BRB Cultural, projeto que prevê uma série de ações de fomento à cultura, entre as quais análise da viabilidade para investimentos no setor até 2025. Com isso, o Banco de Brasília atuará em defesa dos valores culturais e afetivos da capital federal, símbolo da modernidade e reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade. O banco público vai estudar o desenvolvimento de ações de apoio à reforma da Sala Villa Lobos, do Teatro Nacional, de modernização da Orquestra Sinfônica, de investimento na 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, entre outras estratégias para espaços culturais. BRB irá atuar com programação diversificada e estratégias de ações nos museus de Brasília, entre os quais o Museu Nacional da República | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Segundo o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, o intuito é estimular o DF como polo cultural e de entretenimento, atraindo mais turistas e gerando emprego e renda, “objetivos estatutários do BRB como banco público”, explica o gestor. [Olho texto=”“A parceria com o BRB tem um significado muito importante, ainda mais por toda a memória afetiva que o banco carrega junto à cidade. Temos muitos motivos para agradecer, pois era justamente o que faltava para concluirmos os projetos que farão a cultura do Distrito Federal romper fronteiras”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] “Estamos trabalhando para construir um programa que, certamente, vai transformar a realidade de Brasília. Esta será uma contribuição importante para a cultura local, pois fortalecerá os laços emocionais de vínculo dos nossos clientes com a cidade. A cultura faz com que sejamos mais humanos. Por isso, agora, passaremos a cuidar, também, da alma das pessoas, adentrando um campo da sociedade tão amplo e cheio de significados”, afirma Costa. “A parceria com o BRB tem um significado muito importante, ainda mais por toda a memória afetiva que o banco carrega junto à cidade. Temos muitos motivos para agradecer, pois era justamente o que faltava para concluirmos os projetos que farão a cultura do Distrito Federal romper fronteiras. Além de mostrar para todo o país a importância, a diversidade e tudo aquilo que a produção cultural carrega, como geração de emprego, geração de renda e o bem-estar da população em geral”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Outros espaços culturais De acordo com o memorando assinado na terça-feira (13), a Sala Villa Lobos, principal espaço do Teatro Nacional e o único de ópera e ballet da cidade, com capacidade para 1.407 pessoas, deve ser amplamente reformado e preparado para receber grandes espetáculos. O BRB Cultural também apoiará a modernização da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. Além do Teatro Nacional, o BRB pretende atuar com programação diversificada e estratégias de ações nos museus de Brasília: Museu Histórico, Espaço Lúcio Costa, Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, Memorial dos Povos Indígenas, Museu de Arte de Brasília, Museu do Catetinho, Museu Nacional da República e Museu Vivo da Memória Candanga. O BRB Cultural prevê, ainda, a realização de um edital de ocupação dos espaços públicos culturais, com o objetivo de promover a democratização e a formação de plateia por meio de produtos artísticos e culturais acessíveis à população do DF. *Com informações do BRB

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Divulgado resultado final de edital para realização de festival de cinema

Brasília, 2 de agosto de 2022 – O resultado final do Edital nº 14/2022, que seleciona a Organização da Sociedade Civil (OSC) para realização do 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (2). Assim, após constatação de que não houve nenhum recurso administrativo interposto ao resultado provisório, a Associação Amigos do Futuro fica definida como responsável pelo evento, consolidado como um dos mais importantes do cinema nacional. Esta edição, a primeira em formato presencial depois dos dois anos da pandemia da covid-19, está prevista para o período de 14 a 20 de novembro, no Cine Brasília. A OSC foi a única candidata no processo seletivo, obtendo pontuação de 13,6 pela proposta apresentada. Confira o resultado final do edital. A partir de agora, será homologado o resultado, e a Associação Amigos do Futuro terá sete dias para apresentar seu plano de trabalho. Após análise técnica e emissão de parecer jurídico, será assinado o instrumento de parceria prevendo a disponibilização de R$ 2 milhões para a realização do festival em formato híbrido – exibição dos filmes de forma presencial e também em um ambiente virtual. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Sai resultado provisório sobre gestão do 55º Festival de Brasília 

Brasília, 25 de julho de 2022 – A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) publicou, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (25), o resultado provisório do Edital nº 14/2022, que vai selecionar organização da sociedade civil (OSC) para realização do 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). Acesse aqui. A Secec recebeu uma única candidatura no processo seletivo, tendo a OSC Amigos do Futuro obtido pontuação preliminar de 13,6. A organização, selecionada em caráter definitivo, receberá R$ 2 milhões para realizar o evento, que, além da exibição dos filmes presenciais, deverá incluir ambiente virtual e/ou canal de TV na programação. O prazo para interposição de recursos é de cinco dias corridos, a contar da publicação do resultado provisório de classificação das propostas no DODF, pelo e-mail protocolo@cultura.df.gov.br. *Com informações da Secec

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Festival de Cinema de Brasília volta ao formato presencial

Depois de dois anos longe do calor humano das plateias presenciais, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) prepara-se para movimentar o tradicional Cine Brasília, lotando a 106 Sul com o burburinho do mais importante e tradicional evento da sétima arte nacional. O primeiro passo foi dado nesta terça-feira (7), com a publicação do edital de chamamento público com vistas à celebração de termo de colaboração com organização da sociedade civil (OSC) para gestão do evento – marcado para o período de 14 a 20 de novembro deste ano. Festival representa o mais tradicional evento brasileiro a ter o cinema como foco | Foto: Pedro Ventura/Arquivo Agência Brasília [Olho texto=”“A alma do Festival de Brasília está no olho no olho, no boca a boca do fim da sessão, nos aplausos e nas vaias” ” assinatura=”Angela Inácio, subsecretária de Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] O investimento é de R$ 2 milhões. Além das exibições presenciais dos filmes, a proposta precisa incluir ambiente virtual e/ou canal de tevê.  Para participar, a OSC precisa ser legalmente constituída no Distrito Federal e ter atuação de pelo menos dois anos. “É sempre um momento de felicidade anunciar o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – nesse caso, voltando ao contato físico, às trocas de impressões e às apostas dos espectadores”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Faremos mais uma vez um evento memorável.” Nas duas últimas edições virtuais, por conta da covid-19, o FBCB movimentou público de 1 milhão de pessoas entre o Canal Brasil, o canal da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) no YouTube e plataformas de streaming (tecnologia de transmissão de dados pela internet, especialmente em áudio e vídeo). “Esse retorno é mais que desejado, porque a alma do Festival de Brasília está no olho no olho, no boca a boca do fim da sessão, nos aplausos e nas vaias”, avalia a subsecretária de Economia Criativa, Angela Inácio. “Esse DNA volta com força ao nosso templo sagrado, o Cine Brasília.” O festival [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Patrimônio Imaterial do Distrito Federal desde 2007, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é o mais antigo encontro dedicado ao cinema nacional do país, prestigiado por realizadores e críticos por oferecer espaço à apreciação, re?exão e participação do público e de profissionais do cinema. Ao longo dos anos, destacou-se pela ousadia que pautou sua trajetória e os premiados, antecipando ou reafirmando a consagração de filmes e autores. A ação nasceu em 1965, intitulada Semana do Cinema Brasileiro, por iniciativa do historiador e crítico Paulo Emílio Sales Gomes, à época coordenador do primeiro curso superior de cinema, criado na Universidade de Brasília (UnB). O nome Festival de Brasília do Cinema Brasileiro passou a ser usado em 1967. Apenas nos anos de 1972 a 1974, durante a ditadura militar, o evento não ocorreu. Realizada anualmente, a ação é sucesso de público, entre cineastas, diretores, atores e atrizes, estudantes, pesquisadores, profissionais do audiovisual, produtores, técnicos e espectadores. Tornou-se um termômetro da safra anual de lançamento dos melhores filmes produzidos no país, revelando atores, diretores e técnicos. Nas telas, trabalhos de qualidade projetam aspectos passados, contemporâneos e futuros do cinema nacional. O júri popular, manifestação da opinião do público sobre os filmes, é tradicionalmente participativo, consagrando o FBCB como umas das plateias mais críticas do país. Confira, abaixo, o cronograma do edital de chamamento: ? Inscrições: do dia 8 deste mês a 7/7 ? Análise das propostas: 8 a 17/7 ?  Resultado provisório: 19/7 ?  Recursos: 20 a 24/7 ?  Análise dos recursos: 25/7 a 1º/8 ?  Resultado final: 3/8 ?  Habilitação: 4 a 10/8 ?  Conferência da documentação de habilitação: 11 a 17/8 ?  Homologação do resultado final: 19/8 ?  Convocação da organização selecionada para apresentar o plano de trabalho: 20 a 26/8 ? Análise e aprovação do plano de trabalho: 27/8 a 2/9 ? Emissão de parecer jurídico: 3 a 8/9 ? Contratação: 9/9 Acesse aqui o edital. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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‘Não existe mais bolha cultural no Distrito Federal’

No Papo Aberto desta semana, o secretário Bartolomeu Rodrigues comemora a descentralização da cultura no Distrito Federal, avalia os benefícios da realização da 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em formato remoto e fala à Agência Brasília, em primeira mão, sobre a transformação do Complexo Funarte no Centro Ibero-americano de Culturas. O secretário também comemorou o sucesso da Feira de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, realizada na Praça da República, totalmente reformada, e dos cerca de R$ 200 milhões destinados ao fomento do setor neste ano. Ele fala ainda sobre outras conquistas, projetos e até emoções vivenciadas à frente da pasta. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista. Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Atualmente, em que etapa se encontra o processo de descentralização do apoio à cultura no DF? Com a nossa política de descentralização, de atender a periferia, furamos todas as bolhas. Não existe mais bolha cultural no Distrito Federal. Antes, os recursos atendiam a grupos e isso era motivo de muitas críticas, ninguém acreditava que o Estado poderia contribuir com seus projetos. Não estamos dialogando com alguns segmentos, mas com muitos. Outras expressões artísticas, como os contadores de história, vieram aqui agradecer o apoio ao setor. Eles receberam pela primeira vez recursos do Estado por meio dessa política de descentralização da secretaria. Chorei ao recebê-los com faixas de agradecimento e uma placa para me presentear. Como está a 54ª edição do Festival de Cinema? O formato virtual retira o calor humano que sempre caracterizou o Festival de Brasília, mas, em contrapartida, a mostra hoje é nacionalizada. E os debates acalorados continuam, pois eles também existem no formato remoto, até mesmo pela qualidade das pessoas que estão participando do evento, como [os cineastas] Costa-Gavras e Ruy Guerra. Neste ano, acredito que o festival esteja atingindo 1,5 milhão de pessoas. Não é à toa que esse festival tem o subtítulo Cinema do Futuro e o Futuro do Cinema. Este é um momento de discussão do cinema nacional, que está passando pela pior crise de sua história. Também é importante abordar que Brasília, nesta crise, passou a ser protagonista do cinema nacional. Por meio do Fundo de Apoio à Cultura, 18 longas-metragens já estão inscritos para serem apresentados no festival do próximo ano. O Rio de Janeiro, que é a Meca do cinema nacional, não chega nem perto disso. Hoje, todos os olhos na área do audiovisual estão voltados para Brasília. Esta edição acontece em um momento em que Brasília ganha um protagonismo que nunca teve. Neste momento, a classe do audiovisual, que está sufocada, amordaçada, tem 18 longas financiados aqui no Distrito Federal. O sr. poderia falar sobre o andamento do projeto de reforma do Teatro Nacional? Nos últimos meses, fizemos uma readequação do projeto básico, que tinha seis anos e precisava ser atualizado. Por exigência da Caixa Econômica Federal, fizemos a readequação das mais de 400 plantas que precisaram ser modificadas. Mais de 2 mil itens foram atualizados. Todo esse processo foi concluído e entregue à Caixa, que é o agente financeiro da reforma. Qual o valor da obra? O valor do financiamento para a reforma é de R$ 33 milhões, e esses recursos serão destinados à Sala Martins Penna. Porém, com a readequação, o valor da obra aumentou. Tivemos a pandemia no meio do caminho, então é natural que o projeto tenha sofrido modificações. O governador Ibaneis Rocha já liberou os recursos da contrapartida, no valor de R$ 15 milhões. O valor total da obra será de R$ 48 milhões. [Olho texto=”“No ano que vem, a capital estará com uma agenda muito rica com relação às culturas dos países ibero-americanos. Para isso, estão sendo feitos entendimentos com as embaixadas dos 24 países participantes”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] E o restante do teatro, como as salas Villa-Lobos e Alberto Nepomuceno? Nós fatiamos a reforma do Teatro Nacional. Muitas coisas já estamos fazendo, como trabalhos internos, por exemplo. Reformamos o sistema de ar-condicionado e temos condições de fazer a reforma da Sala Alberto Nepomuceno. O projeto está sendo elaborado. O foyer do teatro está recebendo benfeitorias com recursos próprios da Secretaria de Cultura, sem necessidade de financiamento. Futuramente teremos outra grande obra, que é a da Sala Villa-Lobos. A reforma não se encerra com a entrega da Martins Penna. O Governo do Distrito Federal quer concluir a obra do Teatro Nacional. Outra obra que está sendo empreendida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa é a da Sala Plínio Marcos, no Complexo Cultural Funarte.  Quando será concluída? Aquele espaço não é mais Funarte, a placa até já foi retirada. Em 2022, aquele complexo vai transformar-se no Centro Ibero-Americano de Culturas. No momento, a cidade do México tem esse título, que será entregue a Brasília em abril de 2022. No ano que vem, a capital estará com uma agenda muito rica com relação às culturas dos países desse bloco. Para isso, estão sendo feitos entendimentos com as embaixadas dos 24 países participantes. O Espaço Funarte será reinaugurado com atividades culturais de todos os países que fazem parte da América Ibero-Americana. Serão eventos como festival de cinema, feiras gastronômicas, teatro dos países, artesanato. O espaço ficará pronto no início de 2022. O valor total da obra de manutenção é de cerca de 800 mil. E como foi a experiência do projeto Praça da República? O evento foi ótimo, marcou a entrega formal da reforma da praça. Foram três dias de evento – o nome era T Cultura –, que contou com a presença maciça da população. Foi o primeiro evento público em que foi exigido o certificado de vacinação. Nossa ideia é realizar muitas atividades no local a partir de abril do próximo ano, quando terminam as chuvas. Temos um projeto bonito que é fazer atividades culturais de praça, como rodas de choro e de capoeira, quadrilhas etc. O nome provisório é Quintas às Cinco e Meia. O que é a Escola do Carnaval? A Escola do Carnaval é um projeto destinado à capacitação do setor do carnaval. Ele foi preparado considerando a possibilidade de não ter evento. A gente se preocupou em manter as atividades daqueles que formam a cadeia produtiva da festa, como as costureiras, as pessoas que trabalham com adereços, manutenção dos equipamentos, entre outros. É uma forma de manter o carnaval vivo dentro de suas próprias sedes. Essa ideia foi abraçada pela comunidade carnavalesca, e todos aplaudiram porque traz benefícios para as escolas de samba.

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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro abre as inscrições

[Olho texto=”“É sempre uma felicidade imensa anunciar ao Brasil que o Festival de Brasília se prepara para receber filmes de todos os estados e que, juntos, vamos realizar um evento que historicamente influencia e transforma o cinema brasileiro”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Patrimônio imaterial do Distrito Federal e mais tradicional evento do gênero no Brasil, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) abre as inscrições para a seleção de filmes que vão disputar os Candangos na 54ª edição, na primeira quinzena de dezembro, com transmissão por canal de tevê e em ambiente on-line. Podem participar filmes concluídos a partir de 2019 e, preferencialmente, inéditos. As inscrições serão realizadas entre 10 de setembro e 4 de outubro pelo site www.festcinebrasilia.com.br. O secretário Bartolomeu Rodrigues comemora a realização do Festival de Brasília com a inscrição de filmes de todo o Brasil | Fotos: Nityama Macrini/SECEC-DF Com aporte de R$ 2 milhões, a edição de 2021 do FBCB é uma realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) em parceria com a organização da sociedade civil Amigos do Futuro, selecionada por meio de edital público. “É sempre uma felicidade imensa anunciar ao Brasil que o Festival de Brasília se prepara para receber filmes de todos os estados e que, juntos, vamos realizar um evento que historicamente influencia e transforma o cinema brasileiro”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Prêmios em R$ 400 mil [Olho texto=”“Todos os filmes selecionados serão contemplados com cachês, num total de R$ 400 mil distribuídos para as 30 produções escolhidas por comissões de seleção de notório saber. Essa seleção em si já é uma premiação para as obras que serão exibidas”” assinatura=”Érica Lewis, diretora do Festival de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] Serão selecionados filmes nacionais para as tradicionais Mostras Competitivas de Longas (seis) e de Curtas-Metragens (12) e Mostra Brasília (12 – quatro longas e oito curtas). Os longas devem ter duração igual ou superior a 60 minutos e os curtas, até 30 minutos. “Todos os filmes selecionados serão contemplados com cachês, num total de R$ 400 mil distribuídos para as 30 produções escolhidas por comissões de seleção de notório saber. Essa seleção em si já é uma premiação para as obras que serão exibidas”, aponta Érica Lewis, diretora do Festival de Brasília e subsecretária de Economia Criativa da Secec. Foram designados como cachê os valores de R$ 30 mil (longas da Mostra Competitiva Nacional), R$ 10 mil (curtas da Mostra Competitiva Nacional), R$ 15 mil (longas da Mostra Brasília de Cinema Candango) e R$ 5 mil (curtas para Mostra Brasília). Haverá ainda uma sessão especial hors concours designada pela curadoria do FBCB, composta, neste ano, pelo cineasta Silvio Tendler e pela professora e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) Tânia Montoro. Ambos estiveram presentes na edição de 2020, quando o Festival de Brasília teve público de 620 mil espectadores na Mostra Competitiva de Longa-Metragem no Canal Brasil – Silvio Tendler como diretor artístico e curador, e Tânia Montoro como jurada da Mostra de Longas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Festival de Brasília estreou em 1965, ainda como Semana do Cinema Brasileiro, e se firmou como um fórum de linguagens e tendências políticas do nosso cinema. É possível contar a história e a evolução do cinema nacional moderno a partir da programação do evento, que sempre teve uma aderência da plateia, considerada a mais participativa do país. Em sua trajetória, o festival brasiliense enfrentou o autoritarismo da ditadura militar e foi censurado entre as edições de 1972 e 1974. Acesse a Linha do Tempo do FBCB https://www.cultura.df.gov.br/linhadotempofbcb/ *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Com a palavra, os vencedores do 53º Festival de Cinema de Brasília

Num ano atípico, em que as pessoas tiveram que aprender a se ressocializar e se manifestar de maneira diferente, o simples fato de participar de um evento da envergadura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), mesmo que virtualmente e sem a presença, in loco, do público, foi um grande feito. Maior vitrine da produção nacional no País, o festival encerrou na segunda-feira (21) sua 53ª edição. “Acreditar e persistir em fazer o cinema brasileiro. Exibir os filmes em festivais, viver e continuar vivendo essas histórias. Esse reconhecimento para o filme é importante porque a mensagem dele é muito bonita”, comentou o cineasta Lino Meireles, ainda exultante com os três troféus conquistados em sua pioneira participação no evento com o documentário Candango: Memória do Festival, uma viagem afetiva pela origem e os bastidores do mais emblemático evento cinematográfico do País. O cineasta Lino Meireles comemora os três troféus conquistados em sua pioneira participação no evento com o documentário Candango: Memória do Festival | Foto: Divulgação/Secec Além de levar o Troféu Câmara Legislativa de Melhor Longa da Mostra Brasília e a menção Marco Antônio Guimarães, pelo belíssimo trabalho de pesquisa, o filme foi eleito o mais querido do público da corrida paralela, no Júri Popular, com quase 45% dos votos. “A primeira coisa que penso depois de uma tarde daquelas, com esses prêmios, é a saudade da minha equipe”, lembra Lino. “O cinema é uma coisa que a gente faz em conjunto, um prêmio para um filme é um prêmio para muita gente. Três então…”, festeja. Carioca que viveu dez anos em Brasília, Betse de Paula conhece bem a loucura que é o público do Festival de Brasília e a aura mítica do Cine Brasília. Para ela e muitos, uma Meca do cinema nacional, o que reitera a importância de se ter realizado o evento este ano, mesmo com todos os problemas envolvendo a pandemia e o desmonte da cultura nacional. “Ser selecionado para o Festival de Brasília já é, em si, o prêmio. Queria parabenizar a organização do festival por fazer esse evento incrível e atípico. Foi um prazer ter participado e, muito melhor, com o prêmio recebido”, agradece ela, referindo-se ao Prêmio Especial da Mostra Oficial de Longa, pela Montagem de A Luz de Mario Carneiro, trabalho realizado por Márcia Luz, com quem trabalha há anos. “A dedicação dela à montagem é uma coisa admirável”, resume. Ainda debruçado sob sombras brasilienses, a ficha não caiu para o diretor David Murad, vencedor do Prêmio de Melhor Curta da Mostra Brasília com o drama de ficção Do Outro Lado, projeto de uma década, que narra as peripécias de um garoto de nove anos que tenta ampliar seus horizontes com o simples fato de atravessar a rua. “Do Outro Lado foi meu primeiro roteiro e, por muito tempo, tentei realizá-lo. Ter esse primeiro reconhecimento justamente no festival em que me criei, tantas vezes estive como público e imaginei um dia estar como realizador, é incrível”, desabafa o diretor. Para ele, ser premiado num dos mais relevantes eventos do gênero do País é um passaporte para o prestígio. “Acredito que carregar o ‘selo’ do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro vai ajudar nessa jornada. Hoje sou pura gratidão à minha maravilhosa equipe que fez esse filme acontecer”, destaca. O Brasil profundo em foco Uma das arquetípicas figuras do Brasil profundo, o personagem Macunaíma foi imortalizado pelo escritor modernista Mário de Andrade no clássico livro que escreveu em 1928, mais tarde popularizado no filme homônimo de Joaquim Pedro de Andrade, de 1969. Nessa edição do 53º FBCB, o mito de origem indígena foi desnudado para toda a nação por meio do exuberante documentário Por Onde Anda Makunaíma?, de Pedro Séllos. O resultado? O prêmio máximo da competição: Melhor Filme da Mostra Oficial de Longas do evento. Pedro Séllos levou o prêmio máximo da competição: Melhor Filme da Mostra Oficial de Longas, com o documentário Por Onde Anda Makunaíma? | Foto: Divulgação/Secec Para o jovem talentoso cineasta e sua equipe, o Troféu Candango é mais do que a valorização da multiplicidade da cultura brasileira, com todos os sotaques, cores, feições e visões de mundo. É, também, o resgate e o reconhecimento do saber dos povos indígenas que, há séculos, resistem aos ataques culturais, religiosos, econômicos e políticos. “Agora, mais do que nunca, agradeço a eles, principalmente o prêmio. O filme é fruto de muita dedicação e idealização de um cinema sensível e de resistência”, comenta. “Estou transbordando de alegria. Acho que para mim e toda equipe, que passa pelo Sul, Sudeste, Norte e Nordeste, este prêmio é um dos maiores reconhecimentos possíveis!”, diz. Autor de um dos filmes mais contundentes do festival, contado de forma poética e atmosférica, o diretor Rodrigo Ribeiro levou o Candango de Melhor Direção pelo curta A Morte Branca do Feiticeiro Negro. Na narrativa documental, o cineasta explora o fantasma da escravidão no Brasil. “Mais do que um ganho, o prêmio representa uma vitória de realizadores pretos que conquistam espaços que supostamente não era para ser nosso – vide tamanha discrepância de atuação e oportunidades entre brancos e pretos na função de diretor”, lamenta. “Ocupar esses cargos, contar nossas histórias, a partir de um olhar subjetivo e intransferível é um sonoro ‘estamos aqui!’”, fala, orgulhoso. Um dos projetos mais premiados foi o curta Pausa Para o Café, de Tamiris Tertuliano, que mostra a força do olhar feminino em meio à dureza do cotidiano | Foto: Divulgação/Secec A força da delicadeza feminina Um dos projetos mais premiados nessa edição do festival, o curta Pausa Para o Café, de Tamiris Tertuliano, traz a força do olhar feminino em meio à dureza do cotidiano. É a história de duas mulheres cúmplices de seus problemas e conflitos pessoais num rápido intervalo de um café. O delicado desempenho das atrizes Maya e Rosana Stavis foi reconhecido pelo Júri Oficial da competição com o Candango de Melhor Atuação. “Ter nossa produção selecionada para o Festival já foi uma alegria sem tamanho. A premiação é a cereja do bolo que precisávamos para ter o ânimo de prosseguir nesse ano tão difícil que foi 2020. Estou extasiada e muito animada para futuros trabalhos, quero sempre estar cercada de mulheres incríveis”, diz, animada, a diretora e co-roterista Tamiris Tertuliano, à frente de uma pequena produtora de Curitiba. “Maya e Rosana Stavis mereciam nada menos que a premiação. Trabalhar com cada uma delas me fez perceber que o cinema não só merece mais mulheres, precisa de mais mulheres à frente de projetos”, reivindica a diretora do filme, que ainda venceu os Candangos de Melhor Roteiro e Montagem. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Festival de Brasília e Anistia Internacional premiarão filmes humanistas

Amazonense, Cosme Alves foi um verdadeiro guardião do cinema brasileiro | Foto: Secec-DF A 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) apresenta um novo troféu especial neste ano. Trata-se do “Prêmio Cosme Alves Netto”, que em sua estreia vai agraciar o filme que melhor representar os direitos humanos e os pilares humanistas defendidos pela Anistia Internacional Brasil, entidade responsável pela iniciativa de criar a honraria. Estudioso e amante do cinema, Cosme Alves Netto é homenageado por sua dedicação ao audiovisual e à militância sociopolítica. O amazonense foi um verdadeiro guardião do cinema brasileiro, tendo sido perseguido e torturado pela ditadura militar. Entre 1965 e 1989, ele dirigiu a Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) e foi programador do Cinema Paissandu. [Olho texto=”“É uma homenagem ao amor que Cosme sentia pelo cinema nacional. Sua partida, em 1996, deixou muitas saudades. Ele foi responsável pela formação de gerações e gerações de cineastas”” assinatura=”Silvio Tendler, curador e diretor artístico do FBCB” esquerda_direita_centro=”centro”] “O festival está muito feliz em oferecer este prêmio”, diz Silvio Tendler, curador e diretor artístico da 53ª edição do FBCB. “É uma homenagem ao amor que Cosme sentia pelo cinema nacional. Sua partida, em 1996, deixou muitas saudades. Ele foi responsável pela formação de gerações e gerações de cineastas”, lembra. O júri da premiação é composto por Jurema Werneck, diretora-executiva, e Alexandra Montgomery, diretora de programas, ambas da Anistia Internacional Brasil. A banca também conta com o cineasta e diretor convidado, Joel Zito Araújo. [Olho texto=”“Contar histórias é fundamental para a construção de um povo. Nas telas de cinema, é possível transmitir valores de um mundo mais justo com emoção”” assinatura=”Jurema Werneck, Anistia Internacional, membro do júri” esquerda_direita_centro=”centro”] Todos os seis longas-metragens e 12 curtas que compõem a Mostra Oficial Competitiva do Festival de Brasília estão elegíveis para receber o Prêmio Cosme Alves Netto. A honraria consistirá em uma placa gravada no tradicional Troféu Candango. Para Jurema Werneck, a condecoração visa reconhecer o trabalho de profissionais da sétima arte comprometidos com a luta por justiça social. “Contar histórias é fundamental para a construção de um povo. Em todos esses anos, a Anistia Internacional sempre esteve comprometida em amplificar vozes de pessoas e de comunidades que lutam pela preservação dos direitos humanos. Essas vozes se expressam de modo potente e sensível pela arte. Nas telas de cinema, é possível transmitir valores de um mundo mais justo com emoção”, enfatiza. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Anistia Internacional foi criada em 1961. É um movimento de mais de 7 milhões de pessoas e tem compromisso com a justiça, a igualdade e a liberdade, com o objetivo de proteção e defesa dos direitos humanos. A organização apoiará a promoção do filme vencedor por meio de sua rede de ativistas no Brasil, bem como na realização de outras sessões, em comum acordo com a diretora ou o diretor do filme vitorioso.   * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Cartas de amor abrem mostra de longas

Filme relata a história de um amor que sobrevive há quase 70 anos | Foto: Secec-DF Se há uma palavra que a cineasta e montadora pernambucana Natara Ney gosta de usar é afeto. É natural, portanto, que seu primeiro longa-metragem, o documentário “Espero Que Esta te Encontre e Que Estejas Bem”, seja norteado  pelo sentimento do início ao fim. O filme abre a mostra competitiva de longa-metragem do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, entre 15 e 20 de dezembro. Projeto de 10 anos, a obra, com seu título poético, demonstra que não há limites para temáticas e narrativas no cinema. O filme relata a história de um amor que sobrevive há quase 70 anos, contada por centenas de cartas que se perderam na poeira da vida. Mais precisamente 110 correspondências, encontradas em janeiro de 2011 em um golpe de sorte do destino, em uma feira de antiguidades da Praça XV, Rio de Janeiro. [Olho texto=”“O filme é uma reflexão sobre o tempo em que vivemos e a importância de preservar a memória, os arquivos”” assinatura=”Natara Ney, diretora” esquerda_direita_centro=”centro”] “Cheguei às cartas durante pesquisa para um projeto de outra pessoa. Eram lindas e bem escritas”, lembra Natara, ainda emocionada com o achado. “Organizei tudo por ordem cronológica e comecei a ler. Aquilo era um diário que contava a vida de um casal durante dois anos; a expectativa daquele amor, da união de ambos, a chegada do casamento, a mudança das cidades”, conta a diretora. Natara Ney: “Percebi que as cartas eram uma cápsula do tempo” | Foto: Secec-DF As cidades às quais ela se refere são Campo Grande, capital sul mato-grossense, e o Rio de Janeiro, então Distrito Federal do país. Durante os anos de 1952 e 1953, os pombinhos trocaram intensas, apaixonadas e afetivas cartas de amor. À época, ele era um funcionário da extinta empresa aérea Panair do Brasil, então de passagem por Campo Grande. Ela, moradora pertencente a uma tradicional família da região. A partir desse desenlace fecundo, o espectador é convidado a passear por emocionante narrativa marcada por memórias, saudades e passagem do tempo, assim como a participar de intrigante abordagem sobre a rapidez e a superficialidade dos dias atuais. Impressões captadas desde o momento em que a diretora se dispôs a devolver as missivas para seus verdadeiros donos, ou pelo menos seus familiares, registrando o caminho e as vozes dessa aventura. O desfecho é apaixonante. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Percebi que as cartas eram uma cápsula do tempo. E que cada pessoa que tocava naquele material, abria uma gaveta de memória, afeto e amor. Vivemos tempos de ansiedade, de velocidade, em que você tem que ser mais rápido para ser melhor. O filme é uma reflexão sobre o tempo em que vivemos e a importância de preservar a memória, os arquivos”, observa. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Festival de cinema: chegou a hora do júri popular

Tradicional no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a votação do júri popular está mantida nesta edição 53, na qual os filmes serão transmitidos pelo Canal Brasil e na plataforma Canais Globo. No primeiro canal serão exibidos os longas da Mostra Oficial, entre 15 e 20 de dezembro; já a estrutura do grupo fluminense transmitirá os curtas da Mostra Oficial, de 16 a 20 dezembro, e os longas e curtas da Mostra Brasília, entre 17 e 20 deste mês. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para votar basta acessar o link do formulário de votação, informando endereço de e-mail. Os links serão disponibilizados no site da Secretaria de Cultura e Economia Criativa conforme a ordem de exibição dos filmes. No caso dos longas-metragens da Mostra Oficial, a votação será aberta por 12 horas para cada filme, das 23h (início da exibição do filme no Canal Brasil) até as 11h do dia seguinte. Serão seis links individuais, um para cada longa-metragem. Vote aqui:   Mostra Oficial Longa-Metragem   Dia 15 de dezembro de 2020 Canal Brasil, às 23h Espero que Esta te Encontre e que Estejas Bem (PE, RJ, MS) (vote)  (Natara Ney, Documentário, PE/RJ/MS, 83 min) 16 de dezembro Canal Brasil, às 23h Longe do Paraíso (BA) (vote) (Orlando Senna, Ficção, BA, 106 min) 17 de dezembro Canal Brasil, às 23h A Luz de Mario Carneiro (RJ) (vote) (Betse de Paula, Documentário, RJ, 73 min) Filme cedido pelo Canal Curta! 18 de dezembro Canal Brasil, às 23h Por Onde Anda Makunaíma? (RR) (vote) (Rodrigo Séllos, Documentário, RR, 84 min) Filme cedido pelo Canal Curta! 19 de dezembro Canal Brasil, às 23h Entre Nós Talvez Estejam Multidões (MG, PE) (vote) (Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito, Documentário, MG/PE, 92 min) 20 de dezembro Ivan, O TerrirVel (RJ) (vote) (Mario Abbade, Documentário, RJ, 103min) Canal Brasil, às 23h Para os curtas da Mostra Oficial, haverá um link único com as 12 opções disponíveis. A votação transcorre do dia 16 até as 11h do dia 21 deste mês. Mostra Oficial Curta-Metragem (vote)   Entre 16 e 20 de dezembro Plataforma Canais Globo Para longas e curtas da Mostra Brasília, haverá um link para cada formato, disponível entre os dias 17.12 até as 11h do dia 21.12. Mostra Brasília Entre 17 e 20 de dezembro Plataforma Canais Globo Longas (vote) Curtas (vote) * Com informações da Secretaria de Cultura

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Mostra de cartazes do Cine Brasília abre na terça (15)

A partir desta terça (15), quem passar pela Estação 106 Sul do Metrô/Cine Brasília poderá apreciar um pouco da história da primeira e maior sala de cinema do Distrito Federal, com a exposição Cartazes Cine Brasília. É possível conferir o material até 15 de fevereiro de 2021. A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) com a administração do Metrô-DF. Com registros históricos de filmes que passaram pela telona da sala de projeção, a mostra abre para visitação no mesmo dia do início do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), que este ano, devido à Covid-19, deixou o cine e migrou para o Canal Brasil e para o streaming Canais Globo. Acervo cultural “Os cartazes das edições anteriores do Festival de Brasília são um tesouro que a secretaria tem em mãos”, comemora o titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues. “Disponibilizar isso ao público é valorizar a memória viva do maior e mais importante festival de cinema do país.” Com o registro imagético de diversos festivais, mostras, além de filmes brasilienses, nacionais e internacionais exibidos na telona de um dos cinemas mais tradicionais do país em atividade, a exposição reúne 44 pôsteres ao todo, divididos em quatro categorias temáticas: Produções Brasilienses (como Amor ao Quadrado, de René Sampaio, e Fuga sem Destino, de Afonso Brazza), Sucessos da Crítica Nacional (Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans), Sucessos da Crítica Internacional (Acossado, de Jean-Luc Godard) e Festivais e Mostras de Cinema (com cartazes do FBCB e outros eventos do Cine Brasília). “É uma ação para preservar a história audiovisual que já passou pelo Cine Brasília e uma política de preservação e construção de memória artística e cultural”, resume o gerente e programador do Cine Brasília, Rodrigo Torres, que assina a curadoria da exposição. “Também é um convite à população que não frequentava o cinema para enxergar o espaço com um olhar mais próximo”. Exposição Cartazes Cine Brasília Abertura: terça (15). Visitação: até 15 de fevereiro de 2021, na Estação 106 Sul do Metrô. Horário: mesmo período de funcionamento do metrô – de segunda a sábado, das 5h30 às 23h30; domingos e feriados, das 7h às 19h. Acesso gratuito. * Com informações da Secec

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Edição de 1969 do Festival de Cinema foi marcada pelo tropicalismo

A produção Meteorango Kid – Um Herói Intergalático, de André Luiz Oliveira, foi um dos destaques do festival, em 1969 | Foto: Divulgação O ano de 1969 seria o mais tropicalista entre todos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Pelo menos no que diz respeito aos participantes da mostra competitiva de longas-metragens, uma mescla da nata do Cinema Marginal e do Cinema Novo. Para se ter uma ideia, Grande Otelo era uma das principais atrações do encontro, junto com as divas Leila Diniz e Helena Ignez. Então vencedor da edição anterior, com o revolucionário O Bandido da Luz Vermelha, Rogério Sganzerla voltava à mostra com releitura moderna da chanchada brasileira em A Mulher de Todos. “Possivelmente estávamos nos beijando quando saiu o resultado”, provoca hoje a octogenária Helena Ignez, que vivia nas telas a sensual e feminista Ângela Carne e Osso. “Era a primeira personagem feminista do cinema e lembro, no festival, do Rogério ser atacado pela crítica, com insinuações grosseiras de como ele estava me explorando como sexy, num sentido, insinuavam eles, que poderia ser até mesmo pornô”, conta a atriz. Sem ficar atrás, Joaquim Pedro de Andrade trazia uma interpretação colorida e histriônica do Brasil, no vibrante Macunaíma, baseado em livro de Mário de Andrade, enquanto o cineasta Julio Bressane chocava a plateia com o violento O Anjo Nasceu. O vencedor daquele ano histórico seria David Neves, com o poético Memória de Helena, mas quem roubaria a cena seria o jovem diretor baiano André Luiz Oliveira, então com 21 anos, apresentando o anárquico Meteorango Kid – Um Herói Intergalático. Joaquim Pedro de Andrade (foto) fez uma interpretação colorida e histriônica do Brasil, no vibrante Macunaíma, baseado em livro de Mário de Andrade, com Grande Otelo | Foto: Divulgação “Em Brasília o filme aconteceu. Quem venceu oficialmente o festival foi o Davi Neves, com Memória de Helena, mas Meteorango, que ganhou prêmios especiais, saiu vencedor pelo impacto que causou”, lembra André Luiz, 50 anos depois. “Lembro-me das muitas manifestações mais que calorosas ao filme, além da beleza contagiante de Leila Diniz e o semblante decepcionado de Joaquim Pedro que não levou o merecido prêmio de Melhor Filme”, conta. [Olho texto=”O vencedor daquele ano histórico seria David Neves, com o poético Memória de Helena, mas quem roubaria a cena seria o jovem diretor baiano André Luiz Oliveira, então com 21 anos, apresentando o anárquico Meteorango Kid – Um Herói Intergalático.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] E Meteorango Kid teve problemas com a censura. Moderno e ousado, o filme era uma afronta à hipocrisia da sociedade conservadora e ao clima político da época. Por meio do personagem Lula, trazia uma exaltação de rebeldia e revolta contra aqueles dias de opressão. A trama, debochada, caiu nas graças do público jovem, mas não dos censores, que tentaram, até o último minuto, impedir a exibição da película, sem sucesso. Graças à intervenção e sabedoria de figuras como a do professor Paulo Emílio Salles Gomes e do crítico baiano Walter da Silveira, entre outros. “Havia rumores de que censores estavam no cinema decidindo se o filme passaria ou não. Decidiram deixar exibir com a presença deles na cabine de projeção, para controlar a altura dos diálogos indesejáveis, absolutamente bizarro e ridículo”, recorda André Luiz Oliveira. “Fiquei irritado com isso, levantei e estava saindo da sala, quando o professor Walter da Silveira me pegou no corredor, mostrando que a resistência era ficar, já que a plateia estava se divertindo e vaiando os censores. O filme foi exibido até o fim e ovacionado”, se diverte, hoje, o cineasta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Naquele ano de 1969, o clima fechou não apenas no palco da maior festa do cinema brasileiro, mas também nos bastidores do Festival. No Hotel Nacional, point dos participantes e convidados do evento, a galera que tostava sob o abrasador calor do cerrado, à beira da mítica piscina do local, tomou um susto com as cenas de agressões do cineasta Rogério Sganzerla contra o crítico de cinema Rubens Ewald Filho. Indignado com uma análise pessimista do jornalista sobre o filme A Mulher de Todos, um dos concorrentes da mostra, o diretor não titubeou em enchê-lo de sopapos. “Ele havia dito pelos corredores do hotel que isso iria acontecer se cruzasse com o Ewald e cumpriu sua promessa”, lembra o veterano Wladimir Carvalho, que presenciou a cena, já que fazia a estreia no Festival de Brasília, naquele ano, com seu segundo curta-metragem, A Bolandeira. “Minha história com Brasília começa com esse festival de 1969 e a coisa mais candente foi a exibição do Macunaíma, do Joaquim Pedro de Andrade, em plena ditadura, na vigência do AI-5, um filme extraordinário, de caráter político. Era uma novidade, fiquei encantado”, diz. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Divas do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Marcélia Cartaxo em A Hora da Estrela: troféu de Melhor Atriz em 1985 | Foto: Divulgação Quem viu a cena não se esquece. Foi um ato de emoção que contagiou toda a sala do Cine Brasília naquela 13ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). O ano era o de 1985 e, de repente, a atriz Marcélia Cartaxo, então com vinte e poucos anos, estava sendo carregada pelo público, de mão em mão, numa intensa e grande corrente de amor, até ao palco. Lá, ao lado da cineasta Suzana Amaral, era coberta de flores, abraços e aplausos que duraram infinitos dez minutos. “Foi uma coisa inesquecível”, recorda a atriz, emocionada até hoje com a lembrança. “Foi assim que eu entrei no cinema brasileiro, que a vida me definiu enquanto artista, me dizendo que eu ia seguir essa trajetória e que seria para sempre, porque, depois que bebe água artística, nunca mais você consegue sair desse lago.” Tudo isso aconteceu após a sessão do filme A Hora da Estrela, de Suzana Amaral, um marco do cinema nacional e, até então, um dos poucos trabalhos conduzidos por mãos femininas. Baseado em obra homônima de Clarice Lispector, o projeto, protagonizado por Marcélia, narra a história de Macabéa, uma mulher nordestina sonhadora que vive as agruras e peripécias do amor numa cidade grande. O papel, um dos mais marcantes das telonas, consagraria Marcélia com o primeiro Candango de Melhor Atriz no Festival de Brasília. [Olho texto=”“Foi o meu passaporte para a arte”” assinatura=”Marcélia Cartaxo, atriz” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Aquilo realmente me pegou de surpresa, foi um grande acontecimento na minha vida”, relembra a artista. “Nunca tinha vivenciado algo assim, nem no teatro. Foi o meu passaporte para a arte. Ali constatou que realmente a minha carreira profissional seria por meio da arte”. Marcélia voltaria a erguer o Candango de Melhor Atriz por sua atuação no longa Big Jato, de Cláudio Assis, em 2015. Damas do Candango Grandes atrizes nacionais foram premiadas no festival mais importante e antigo do país – uma tradição que empolga o público, convidados e enche de glamour o evento conhecido pelo seu tom político e contestatório. Fernanda Montenegro em A Falecida, de 1966: primeira premiada | Foto: Divulgação A primeira estrela a receber o prêmio de Melhor Atriz no FBCB foi Fernanda Montenegro, com o filme A Falecida, do cineasta Leon Hirszman. Baseado em texto de Nelson Rodrigues, o longa, uma pérola do Cinema Novo, foi exibido quando o evento ainda se chamava Semana do Cinema Brasileiro e o prêmio era uma placa e não a estatueta em si, que apareceria mais tarde. “Tenho uma história minha por aí de que é impossível esquecer”, comentaria Fernanda Montenegro, anos depois, em uma entrevista ao jornal Correio Braziliense. “É um festival que cuida do cinema brasileiro. Respeita e é resultado da produção em cinema nacional.” Joana Fomm, a eterna vilã Perpétua da novela Tieta (1989), é outra diva consagrada na telona pelo Candango. Ela é a campeã em participações no Festival de Brasília, no qual concorreu oito vezes ao prêmio de Melhor Atriz – reconhecimento que chegou em 1990, com o drama Césio 137, de Roberto Pires. Irreverência Em 1982, a musa Vera Fischer ganharia nessa categoria com o polêmico Amor, Estranho Amor, de Walter Hugo Khouri. Um dos detalhes que tornou o filme famoso foi o fato de ter no elenco Xuxa, cuja personagem aparecia nua. A ex-apresentadora chegou a anunciar sua presença na premiação, mas não veio. Na 20ª edição da mostra, em 1987, Louise Cardoso, homenageando Leila Diniz, levaria o prêmio no papel da diva rebelde que, por sua vez, perderia a “placa” de Melhor Atriz, em 1966, para a exuberante Helena Ignez, em O Padre e a Moça, de Joaquim Pedro de Andrade. À época, Leila Diniz, uma sensação no festival e na capital, por onde passava, concorria com Todas as Mulheres do Mundo, de Domingos Oliveira, vencedor daquela segunda Semana do Cinema Brasileiro. Helena Ignez em A Mulher de Todos, filme de 1969 | Foto: Divulgação “Para mim o Festival de Brasília significa muitíssimo”, reconhece Helena Ignez, que voltaria a receber o prêmio de Melhor Atriz, três anos depois, em 1969, com o irreverente A Mulher de Todos, dirigido pelo marido, Rogério Sganzerla. “Foram anos seguidos de premiação, eu ainda muito jovem e isso significou muito para mim”, conta ela, que, quando ganhou o segundo prêmio, tinha apenas 27 anos. Helena voltaria a participar do festival nos anos 2000, na condição de produtora e de diretora. Em 1976, Zezé Motta seria outra diva aclamada no palco do Cine Brasília pelo empolgante Xica da Silva, de Cacá Diegues. Zezé retornaria ao festival em 2017 compondo o elenco do agraciado filme de horror O Nó do Diabo, dirigido por Ramon Porto Mota, Gabriel Martins, Ian Abé e Jhésus Tribuzi. Multipremiada Musa do cinema contemporâneo brasileiro, a atriz paraense Dira Paes também se tornou recorrente na cerimônia de premiação do Festival de Brasília. Ela conquistou cinco troféus Candango – três na categoria Melhor Atriz e dois como Atriz Coadjuvante. O primeiro foi em 1996, no papel feminino de Corisco & Dadá, filme de Rosemberg Cariry. Sob direção de Cláudio Assis, foram dois prêmios conquistados: em 2002, pela personagem Kika, de Amarelo Manga; e em 2006, no papel de Bela, em Baixio das Bestas. Dira Paes (com Chico Diaz) em Corisco & Dadá: prêmio em 1996 | Foto: Divulgação “O Festival de Brasília é um marco na minha carreira”, comenta Dira. “Foi o lugar onde mais tive trocas com os outros profissionais do cinema. Foi o lugar perfeito para entender os debates políticos, a cultura do audiovisual e sobre estilos, devido à grande diversidade que o evento sempre teve”. Para ela, o Candango trouxe muita alegria, especialmente no seu primeiro ano de participação na mostra competitiva. “Foi um dos momentos mais felizes da minha carreira, era um ano com muitos filmes interessantes, estávamos voltando da retomada do cinema brasileiro e jamais esperei vencer na primeira participação, isso é muito marcante”, conclui. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)

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O impacto de estrear o primeiro longa no Festival de Brasília

Sertão de Alagoas, meados de 1995. Sob o sol escaldante da caatinga, um jovem cineasta e sua equipe contemplam, no distante céu azul fortemente anil, próximo à região de Piranhas, o voo solitário de um avião. Era o intervalo das filmagens da clássica história entre mocinho e bandido, travada em pleno coração agreste. Mal sabiam eles que, em pouco menos de um ano, todos embarcariam naquele “big jato” rumo ao Planalto Central. Tal qual o bando de cangaceiros bandoleiros retratados na trama, tomariam de assalto a 29ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com o filme Baile Perfumado, um marco da retomada do cinema no Brasil. Esse ano de 1996, considerado histórico pela qualidade e programação, teve a gestão de Silvio Tendler, na época, secretário de Cultura e Esportes. Hoje, o premiado cineasta é o curador do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que será realizado entre 15 a 20 de dezembro, no Canal Brasil e no streaming Brasil Play. [Olho texto=”“Ah, ganhar em Brasília, com meu longa-metragem de estreia, foi sensacional, inacreditável, lavou a alma, fiquei muito feliz”” assinatura=”Cláudio Assis, cineasta pernambucano” esquerda_direita_centro=”direita”] “Virou uma mania nossa ficar vendo, no céu, os riscos desse avião, ali, na beira do Rio São Francisco”, lembra hoje, com alegria, Lírio Ferreira, codiretor do projeto, junto com o amigo Paulo Caldas. “Fomos selecionados para o Festival de Brasília e, no voo, olhando da janela lá embaixo a represa de Xingó e o Rio São Francisco, tive o insight. Aquele avião que a gente via cruzar o céu da caatinga, durante as filmagens, era o mesmo que nos levava para Brasília. “Bateu uma energia boa, sentíamos que alguma coisa aconteceria no Festival de Brasília”, contou. Lampião e Abraão E aconteceu. Com narrativa permeada pelo encontro real entre o bando de Lampião e o mascate libanês Benjamim Abraão – responsável pelos únicos registros audiovisuais dos cangaceiros, no sertão nordestino nos anos de 1920 -, o projeto se consagraria, em 1996, como o melhor filme da respeitada mostra. “Terminamos de filmar muito perto do Festival, a lata chegou quente em Brasília. E foi incrível porque não imaginávamos que teria a repercussão que teve, foi muito significativo em vários sentidos”, volta no tempo Lírio, mencionando o fato de que Baile Perfumado quebraria um hiato de 20 anos sem a realização de um longa-metragem em Pernambuco. “A premiação do filme em Brasília foi uma surpresa imensa, tínhamos acabado de fazer a primeira cópia e ele nunca tinha sido exibido para o público”, conta Paulo Caldas. [Olho texto=”“No Festival de Brasília, nasceu o moderno cinema pernambucano.”” assinatura=”Paulo Caldas, codiretor de Baile Perfumado, vencedor do festival em 1996″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] É verdade. Prova disso, foi o sucesso arrebatador do colega conterrâneo Cláudio Assis, três vezes campeão com o Candango de melhor filme na competição. O primeiro troféu conquistado seria em 2002, com o impactante Amarelo Manga. “Ah, ganhar em Brasília, com meu longa-metragem de estreia, foi sensacional, inacreditável, lavou a alma, fiquei muito feliz”, recorda o cineasta pernambucano, quase 20 anos depois daquela 35ª mostra. O cineasta está presente no evento desde 1987, quando exibiu o curta-metragem Henrique?, sinalizando rumo à retomada do cinema nacional. Com seu estilo visceral e sincero, Cláudio Assis levaria ainda os prêmios de Melhor Filme em 2006, com Baixio das Bestas e em 2015, com Big Jato. Para o diretor, participar do festival que o consagrou é sempre uma honra e um prazer. “É uma coisa corriqueira na minha vida, é um festival que sempre prezo para participar, faço questão de defender meus filmes de defender o próprio festival”, diz o realizador, que trabalha no momento em Gigante Pela Própria Natureza, filmado só com anões. Laís Bodanzky estreou no Festival de Brasília, em 2000, como realizadora de longa-metragem de ficção, com o filme Bicho de Sete Cabeças (imagem de arquivo, produzida antes do decreto que exige o uso de máscara)| Foto: Divulgação Certidão de batismo Filha do cineasta Jorge Bodanzky, Laís revisita suas memórias de pré-adolescente para falar do festival de cinema mais importante do país. Com apenas 11 anos em 1980, viu, junto com o pai, a sessão triunfante de Iracema – Uma Transa Amazônica, desde seu lançamento, em 1975, censurado pela ditadura vigente. “Teve a anistia e o Festival de Brasília exibiu o filme. Foi uma participação importante, que povoou meu imaginário, com certeza, sobre a relevância do evento”, rebobina no tempo Laís Bodanzky. “Voltar lá depois com Bicho de Sete Cabeças era, assim, uma grande conquista”, acrescenta a cineasta, que sentiu, na pele, as boas e imprevisíveis vibrações da mostra em 2000. Seria sua estreia no Festival de Brasília, como realizadora de longa-metragem de ficção, marcando o retorno ao evento seis anos após sua primeira participação, em 1994, com o curta-metragem Cartão Vermelho. Na densa trama baseada no livro Canto dos Malditos, as dramáticas situações de abuso nos hospitais psiquiátricos são entremeadas pela questão das drogas e conflitos de gerações. Um enredo de tirar o fôlego, protagonizado pelo então jovem ator Rodrigo Santoro, que incomodou, de forma furiosa, o contestador público do festival no Cine Brasília. Experiência que, para o bem ou para o mal, marcaria Laís Bodanzky, para sempre. [Olho texto=”“Eu já conhecia o festival, sempre acompanhei, meu sonho era ter o filme lá. E aconteceu.”” assinatura=”Laís Bodanzky, diretora de Bicho de Sete Cabeças, filme vencedor do festival, em 2000″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] Laís recorda que a plateia, sempre politizada e participativa, começou a vaiar Rodrigo Santoro quando o convidou para falar. “Era uma vaia direcionada ao ‘ator galã da Globo’, e percebemos que não tínhamos espaço para falar, então descemos do palco, e as vaias continuaram nos primeiros cinco minutos de projeção. Mas, aos poucos, as pessoas foram se calando e assistiram ao filme inteiro em silêncio”, relembra a diretora. A consagradora redenção viria no final da exibição de Bicho de Sete Cabeças. E bem ao estilo do Festival de Brasília, ou seja, de forma surpreendente e emocionante. “A plateia ovacionou o filme num nível tão grande quanto a vaia. Na hora de ir embora, algumas pessoas pediram desculpas para a equipe, para o Rodrigo. A certidão de nascimento do Bicho de Sete Cabeças foi no Festival de Brasília e, como todo parto, cheio de dor, mas, também, com muito amor e felicidade”, compara Laís, que saiu da 33ª edição do Festival com os prêmios de melhor Filme, Direção, Fotografia, ator coadjuvante (Gero Camilo) e ator (Rodrigo Santoro). “Foi um marco, de fato, na carreira do filme e, óbvio, na minha carreira”, admite. O diretor baiano André Luiz Oliveira começou sua história com o Festival de Brasília aos 21 anos, em 1969 (imagem de arquivo, produzida antes do decreto que exige o uso de máscara)  | Foto: Divulgação Marcado para sempre Experiência marcante também seria para o diretor baiano André Luiz Oliveira, que começou sua história com o Festival de Brasília aos 21 anos, em 1969, quando sairia sagrado com três prêmios especiais com o polêmico Meteorango Kid – Herói Intergaláctico, entre eles o da Opinião Pública. O curioso é que o filme foi inscrito na mostra à revelia do jovem cineasta. “Eu não escolhi, nem o inscrevi no Festival de Brasília. Quando dei por mim, o filme já estava sendo exibido no festival e eu presente.  Acho que foi alguém que viu numa sessão histórica no MAM do Rio, semanas antes, e o indicou”, revela. “A censura na sessão foi absolutamente bizarra e ridícula! Mas a plateia estava se divertindo e vaiando os censores, o filme foi exibido até o final e foi ovacionado”, rememora. Passados mais de cinco décadas da avassaladora estreia em 1969, André Luiz Oliveira, hoje com 72 anos e integrante da Comissão de Seleção do 53º FBCB, avalia o impacto que o Festival de Brasília teve em sua trajetória. “O fato é que eu não estava, minimamente, preparado emocional, intelectual e psiquicamente para receber tamanha carga sobre mim. Só me recuperei, inteiramente, quando fiz Louco Por cinema, uma catarse cinematográfica desse impacto causado pelo Meteoro!”, destaca.

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Comissão de Seleção do Festival de Brasília avalia 698 filmes

Com 698 filmes inscritos, a 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) entra na fase decisiva de seleção. Ainda neste mês serão conhecidas as 30 produções escolhidas pela Comissão de Seleção montada pelo curador, o cineasta Silvio Tendler. Os selecionados ocuparão a grade de programação do evento de cinema mais tradicional do país, que, neste ano, será exibido de 15 a 20 de dezembro, no Canal Brasil e streaming Brasil Play. As 30 obras selecionadas receberão R$ 400 mil em prêmios. “É um número de inscritos impressionante para nenhum festival colocar defeito. O Festival de Brasília é querido, desejado e importante. Praticamente, será o último do ano, já que infelizmente não teremos o Festival do Rio. Vai ser um belo festival e eu, como curador, estou muito feliz com essa chegada dos filmes e das pautas que estamos montando para as atividades paralelas”, comemora Silvio Tendler. [Olho texto=”“Desse coquetel vai romper o novo no Festival de Brasília. É uma Comissão de Seleção plural e abarcativa”” assinatura=”Sílvio Tendler, cineasta e curador do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro” esquerda_direita_centro=”centro”] Desde que assumiu a direção artística do 53º FBCB, Silvio Tendler convocou toda a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) a construir uma edição histórica. As três comissões formadas trazem em si esse desafio. São integradas por 13 profissionais, entre cineastas, artistas, produtores, curadores e professores de diversas gerações. De André Luiz Oliveira (ganhador do Candango com o antológico Meteorango Kid – O Herói Intergalático, em 1969) à atriz Anne Celestino (que ganhou como melhor intérprete, em 2019, por Alice Junior. Desde que assumiu a direção artística do 53º FBCB, Silvio Tendler convocou toda a secretaria a construir uma edição histórica | Foto: Divulgação “Além desse encontro de gerações, dosei com muitas mulheres (oito de 13), negros, LGBTQIs. Gente de diversos territórios, cores e pegadas. Todos os grupos estão contemplados”, comemora Silvio Tendler, Safra especial é esperada Presidido pelo cineasta e músico André Luiz Oliveira, o grupo responsável por escolher os seis longas-metragens da Mostra Competitiva Oficial é composto pela professora e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), Tânia Montoro; pela jovem atriz pernambucana Anne Celestino; pela diretora Adriana Dutra; e pelo cineasta e produtor Luiz Carlos Lacerda, carinhosamente conhecido como “Bigode”. “Espero que o Festival seja um sucesso como sempre foi. Brasília merece todo nosso respeito e apoio pela importância que esse festival tem”, sacramenta o cineasta André Luiz Oliveira. Mesmo com uma longa carreira atrelada ao mais importante e celebrado festival de cinema do país, quando aqui participou, em 1969, aos 21 anos, com o anárquico Meteorango Kid…, André Luiz Oliveira recebeu o convite do curador Sílvio Tendler com surpresa. “É uma responsabilidade grande extrair dessa safra de filmes brasileiros, num momento tão difícil que o audiovisual está passando, o que há de melhor para oferecer ao público”, destaca. “É uma safra especial porque, apesar do desmonte em relação à produção do audiovisual, os filmes surgem de qualquer jeito, filmes baratos e criativos, filmes incríveis”, comemora. [Olho texto=””Espero que os filmes escolhidos tragam a força e a diversidade do cinema brasileiro”” assinatura=”André Carvalheira, cineasta e membro da comissão de seleção dos curtas” esquerda_direita_centro=”centro”] Curtas são vitrines de tendências Um dos membros da comissão de seleção dos curtas (presidida pelo professor e cineasta Clementino Luiz de Jesus), o diretor de fotografia André Carvalheira emprestou seu olhar sensível e perspicaz a quase 60 produções. Só de curtas foram mais de 40 obras fotografadas, destaque para trabalhos como Uma Questão de Tempo (2006), de Catarina Accioly, e Riscados pela Memória (2018), filme de Alex Vidigal protagonizado pelo veterano Antonio Pitanga. Cavalheira e Clementino estarão na mesma comissão das cineastas Edileuza Penha de Souza e Nara Barreto Campello; e da montadora Cintia Bomit Bittar. Juntos, vão selecionar 12 produções. “O festival é uma super vitrine, um grande acontecimento. No caso dos curtas, são trabalhos que trazem novas linguagens, novos diretores, então há o cuidado de fazer uma seleção que tenha coerência no sentido de curadoria”, observa Carvalheira. Um dos membros da comissão de seleção dos curtas, o diretor de fotografia André Carvalheira emprestou seu olhar a quase 60 produções | Foto: Divulgação O brilho da “prata da casa” Criada em 1996, exclusivamente para prestigiar as produções do Distrito Federal, a Mostra Brasília ganhou o carinho especial do público brasiliense e prestígio considerável nos reconhecimento das “pratas da casa”. O que só aumenta a competência do júri da Comissão de Seleção dos 12 filmes que farão parte dessa categoria. “Muitos profissionais do cinema, veteranos ou iniciantes, almejam mostrar seus trabalhos no Festival de Brasília. Acredito que, até pela dificuldade em selecionar, teremos um FBCB com filmes significativos, de grande qualidade técnica e artística”, aponta a atriz, diretora de teatro e cinema, Glória Teixeira, que divide o peso dessa responsabilidade com as colegas Carina Bini Fernandes e Maria das Graças Quaresma. Desafio Diretora-executiva do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), a subsecretária Erica Lewis respira aliviada a virada das inscrições para a fase de seleção. Sabe que o desafio é intenso porque essa escolha vai dar a identidade dessa edição. “Esse Festival de Brasília é especial, feito no suor, na raça, com as nossas mãos. Estou muito curiosa e confiante porque sei que, com uma Comissão de Seleção tão plural e representativa como essa, sairá um Festival de Brasília inesquecível”, projeta. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Por três edições, Leila Diniz foi musa absoluta do Festival de Brasília

Leila Diniz estava esplendorosa na produção Edu: Coração de Ouro, que participou da II Semana do Cinema Brasileiro, em 1966 | Divulgação: Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro Em 1966, a mulher brasileira contemporânea fazia a sua revolução nas telas do cinema. E nenhum nome representava tão bem esse levante de comportamento contra o machismo do que o de Leila Diniz. Na II Semana do Cinema Brasileiro, que, no ano seguinte, se tornaria o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a musa de todas as estações subiu ao palco do Cine Brasília para a apresentação do filme Todas as Mulheres do Mundo, do cineasta e então companheiro, Domingos de Oliveira. Ali, estreante, arrancava os sapatos e os atiçava para o alto. Era o sinal de que Brasília podia ser feminina, debochada e progressista. Os sapatos de Leila Diniz voaram sob gritos, gargalhadas e aplausos. Um deles caiu sobre o colo de um espectador que o pegou como se fosse um cobiçado Candango (troféu dado aos premiados). A ex-professorinha e agora atriz não estava para brincadeiras. Ali, descalça e olho no olho com a plateia, erguia seu corpo como arma contra as estruturas arcaicas de poder e de comportamento que amordaçavam o país. [Olho texto=”“Sobre minha vida e meu modo de viver não faço o menor segredo, sou uma moça livre!”” assinatura=”Leila Diniz” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Naquele ano de 1966, Leila Diniz combinou como ninguém os sentidos da vida. Protestou, militou pela educação e encheu de felicidade os bastidores da Semana de Cinema. Como uma mulher política, integrou a comitiva que se encontrou com autoridades do DF para discutir educação pública. Saiu daqui com uma Menção Honrosa do júri oficial pela atuação em Todas as Mulheres do Mundo. Coube a Helena Ignez, outra beldade, o Candango de Atriz. Antes do trágico acidente aéreo que a matou em 1972, Leila Diniz voltaria ao Festival de Brasília mais duas vezes. Aportava na capital federal cada vez mais mítica e ícone da liberdade da mulher brasileira. Separada de Domingos de Oliveira, veio em 1967 com Edu, Coração de Ouro (de 1967), filme que teve críticas mornas. Com luminosidade e carisma, atraía as câmeras da imprensa. Foi vista em eventos paralelos, como em uma cerimônia no Itamaraty e em um badalado encontro de artistas no Iate Clube. Os jornais atribuíram à atriz o papel de ter tirado a edição de um certo marasmo. [Olho texto=”Com inscrições abertas até 10 de novembro, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro segue sua continuidade na 53ª edição, que acontece de 15 a 20 de dezembro, com exibição no Canal Brasil e streaming Play Brasil. Em apenas dez dias de inscrições abertas, 398 obras foram cadastradas para a seleção das mostras Competitiva e Brasília.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Leila livre, leve e solta Em 1970, na exibição de Os Deuses e os Mortos, de Ruy Guerra, grande vencedor do Candango, a passagem de Leila Diniz por Brasília foi colossal. Ela foi clicada se divertindo na piscina do Hotel Nacional, um dos espaços preferidos dos artistas. Em uma das fotos de Orlando Britto, aparece de biquíni deitada numa cadeira de sol a se espreguiçar de felicidade. A imagem de 1970, um dos piores e mais sangrentos anos da ditadura militar, é uma crônica da vida intensa. “Naquele ano, as estrelas da festa eram o diretor Ruy Guerra e as atrizes Ana Maria Magalhães e Leila Diniz. Eu era um jovem fotógrafo do jornal O Globo e fui pautado para cobrir o festival. Ia à noite para o Cine Brasília, onde havia as projeções dos filmes e, durante o dia, para o Hotel Nacional. Foi lá que fiz essa foto dos três artistas na piscina”, conta Orlando Brito. Já em sua quarta edição, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro era um dos raros espaços para debates e contestação ao regime militar. Estava na mira da censura e da repressão. Não demoraria muito para ser interditado entre 1972 e 1974. Leila Diniz, infelizmente, já não estava mais entre nós. Mas sua festa feminina e revolucionária segue viva até os dias de hoje, onde a luta da mulher contra o machismo brasileiro segue no front. Fontes de pesquisa: – Festival 40 anos, a Hora e Vez do Filme Brasileiro, de Maria do Rosário Caetano. – 30 Anos de Cinema e Festival, a História do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, coordenação de Berê Bahia. – Blog Com a Palavra, a Fotografia, de Orlando Brito. – Pasquim, entrevista de Leila Diniz Edições do Correio da Manhã, O Globo e Correio Braziliense, de 1966, 1967 e 1970.

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Bartolomeu Rodrigues: ‘O FAC é de toda a cultura’

O impacto que a pandemia tem causado na cultura local afeta artistas e a população, privada dos prazeres da diversão e do entretenimento. Mas, enquanto os bons ventos da alegria e do lazer não sopram por aqui, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) tem aproveitado o isolamento social e o vazio dos espaços culturais para, literalmente, arrumar a casa. Do início do ano até agora, pelo menos 11 equipamentos culturais passaram por algum tipo de reforma. Após 13 anos fechado, o Museu de Arte de Brasília (MAB), prestes a ser inaugurado, se consolida como a primeira grande conquista da gestão atual do GDF no setor. O próximo passo é a restauração do Teatro Nacional. “Durante toda a campanha, o governador Ibaneis Rocha sempre lamentou o fato de esses patrimônios importantes da cidade estarem fechados e a população, privada de acesso”, recorda o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, o Bartô, eficiente parceiro nas implementações das políticas públicas no DF. “Esse período da pandemia não foi motivo para nós pararmos; pelo contrário.”  E é verdade. Em pouco mais de sete meses à frente da pasta, o gestor tem se mostrado incansável perante a missão de que foi incumbido. Bem à vontade com o estilo de administração compartilhada do governo atual, o secretário vem buscando parcerias sólidas para tirar do papel projetos antigos – como as obras na Sala Martins Penna, no Teatro Nacional, que, com ajuda da Novacap, até o fim do ano devem começar. Num bate-papo com a Agência Brasília, o regente maior da cultura no DF falou sobre os preparativos para a 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema, os planos de revitalização da Rádio Cultura, a implementação de projetos pontuais nas regiões administrativas e, claro, em relação à maior ferramenta de incentivo às artes no DF, o Fundo de Apoio à Cultura (FAC).  “O FAC tem um caráter democrático, não é uma confraria, pertence à cultura do Distrito Federal”, valoriza. Acompanhe, a seguir, os principais trechos da entrevista. Foto: Renato Alves/Agência Brasília O Museu de Arte de Brasília [MAB] está prestes a ser reinaugurado. Pode-se dizer que é uma das primeiras grandes conquistas da gestão Ibaneis na área cultural? A entrega do MAB à arte, à cultura de Brasília é uma demonstração da preocupação do governador Ibaneis com o setor. Durante toda a campanha, ele sempre lamentou o fato de esses patrimônios importantes da cidade, como o Teatro Nacional e o MAB, estarem fechados, e a população privada de ter acesso. Só que, para o MAB, nós temos um projeto mais ambicioso, porque a reinauguração do espaço vai desencadear um grande projeto de criação de um complexo cultural naquela área à beira do lago. Um complexo vai abarcar o MAB, aqueles lotes vazios que estão na frente, que serão ocupados com projetos bastante vigorosos na área de cultura, até a Concha Acústica. Vamos integrar aquilo dali a um amplo complexo cultural que vai marcar a cultura de Brasília e será um grande feito do governo Ibaneis. [Olho texto=”“O período de pandemia nos serviu como um alerta da necessidade que o governo tem de dar uma atenção maior a esses patrimônios”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O que a Secretaria de Cultura tem feito pelos outros equipamentos culturais da cidade? Esse período da pandemia não foi motivo para nós pararmos; pelo contrário, aproveitamos o fato de esses espaços estarem fechados e colocamos o corpo técnico da secretaria, que é bastante comprometido com o patrimônio da cidade, em ação. Aproveitamos para fazer uma reavaliação desse importante conjunto de equipamentos culturais que a cidade tem, que fazem de Brasília uma cidade diferenciada das demais capitais do país.  Uma coisa que constatamos é que todos eles estavam e estão precisando de um olhar mais atento. Na verdade, o período de pandemia nos serviu como um alerta da necessidade que o governo tem de dar uma atenção maior a esses patrimônios. Por exemplo, a Praça dos Três Poderes estava em completo estado de degradação. O próprio governador, durante uma visita ao local, ficou assustado com a situação do espaço, com todas as pedras portuguesas sujas, grama nascendo onde não era para nascer, um cenário de abandono total. De modo que estamos só começando a fazer a revitalização não apenas do Centro Cultural dos Três Poderes – que conta com uma parceria também do STF e do Gabinete de Segurança Institucional –, mas de outros equipamentos culturais da cidade. É um trabalho que vai continuar, será permanente. Nesta semana, foi publicado no Diário Oficial do DF um convênio entre a Secec e a Novacap que vai permitir a restauração da Sala Martins Penna… Finalmente o projeto de revitalização do Teatro Nacional vai sair do papel? Esse convênio deflagra um processo que já vem se arrastando durante alguns anos, e vai permitir à Novacap poder concluir a readequação do projeto básico. O trabalho de restauração do Teatro Nacional é muito abrangente e complexo. Necessita de especialistas em uma área que o corpo técnico da Novacap, o principal braço executor da obra, não possui. Então, esse recurso inicial, no valor de quase R$ 800 mil, é para contratação de consultorias especializadas. Aliás, nós já tempos o dinheiro da reforma de toda a Sala Martins Penna aprovado, que é no valor de R$ 33 milhões, uma verba do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, do Ministério da Justiça. Numa previsão otimista, se não houver nenhum entrave burocrático, até o final do ano já estamos começando as obras no espaço – mas não vamos nos fixar apenas na sala Martins Penna. O desejo do governador e o nosso objetivo é que, em 2022, estejamos reinaugurando o Teatro Nacional, devolvendo-o à população. É uma reforma que será feita por etapas. Começamos pela Martins Penna porque é a área do teatro mais degradada; em seguida, vamos para a Sala Villa-Lobos e terminamos com a Sala Alberto Nepomucemo. O GDF está buscando outras fontes de financiamento, mas o fato é que a restauração do Teatro Nacional é muito complexa e muito abrangente. E é bom que se diga: estamos consertando erros que deixaram se arrastar por muito tempo. Infelizmente herdamos uma sucessão de total descaso com o Teatro Nacional. É triste verificar a situação em que pegamos esse equipamento, completamente abandonado por má administração. A Novacap sempre esteve presente em todo o GDF, mas a parceria com a Secec nesta gestão está bem intensa. É o estilo Ibaneis Rocha de governar, com integração e união? Olhe, acho que isso reflete o nível de entrosamento na equipe do governo Ibaneis Rocha. Todos nós, gestores, nos conhecemos; os secretários estão todos comprometidos, é uma corrida de passar o bastão. Todo mundo quer o sucesso do outro. Nesse momento, estamos numa corrida, passando o bastão para a Novacap, e todos queremos chegar juntos lá na frente. Trabalhamos em sinergia, estamos tendo ao longo dos anos muitos obstáculos que superamos, sempre um ajudando o outro, não há competição entre as secretarias envolvidas. Um exemplo dessa união é que, quando foi dada a determinação para a reforma do Teatro Nacional, três pastas saíram juntas para concretização dessa tarefa: as secretarias de Cultura, de Obras e a de Governo, além da Novacap. Então, estamos de mãos dadas o tempo todo, com um alinhamento muito grande. Quais as novidades com relação ao Fundo de Apoio à Cultura [FAC] em tempos de pandemia? Lançamos dois FACs emergenciais: o FAC On-line, que está na fase de divulgação dos resultados, com mais de 100 selecionados e orçamento de R$ 2 milhões, e o FAC Premiação, que está na fase de recurso – e devemos estar pagando nos próximos dias. São FACs emergenciais lançados atendendo aos inúmeros apelos que recebemos da classe artística, que estava vivendo e ainda vive esse período de forte crise, com pessoas passando por necessidades básicas. Então, criamos o FAC Premiação para atender 500 agentes culturais, sendo que houve mais de 1.800 inscrições para o recurso, uma procura recordista; e o FAC On-line, que vai atender projetos pequenos em plataformas virtuais. Fora isso, já estava previsto o lançamento de um FAC regionalizado para atender a periferia. Estamos priorizando aqueles projetos culturais de agentes mais necessitados, das áreas mais urgentes. O último FAC Regional foi de R$ 8 milhões; agora fizemos um no valor de R$ 13 milhões que está em plena execução. [Olho texto=”“O FAC não tem dono, não é uma confraria. O FAC pertence à cultura do Distrito Federal”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]  A ideia é, mais do que nunca, fazer valer o espírito democrático do FAC? O FAC é um instrumento importante de fomento da cultura. Acho que, pela primeira vez, esse instrumento está tendo um tratamento mais voltado para os setores mais carentes. O FAC sempre ficou muito concentrado em determinadas áreas culturais que já se beneficiam dele há muito tempo. Estou descentralizando isso. O FAC não tem dono, não é uma confraria. O FAC pertence à cultura do Distrito Federal. O FAC é de toda a cultura. Hoje somos 4 milhões de pessoas aqui dentro, com muita gente fazendo arte e com muita gente que não teve acesso ao FAC. Já comecei, nos editais que lançamos, a garantir uma participação maior de agentes culturais que nunca tiveram acesso a esse recurso. Quero ampliar a atuação do FAC. Temos ainda neste semestre, por exemplo, um valor que não sei precisar para editais, que será direcionado nesse sentido. E mais: nós estamos trabalhando para que o próximo FAC atenda microprojetos culturais. Quero pulverizar ainda mais os recursos do FAC. Ele tem que ir para a periferia. O FAC não é para privilegiar pessoas, não é para ser usado politicamente. O FAC tem que ser democratizado. Nós queremos fazer uma gestão realmente democrática que atenda e defenda a cultura do Distrito Federal. O legado que eu quero deixar é esse. Eu escolhi um lado e estou do lado dos pequenininhos. Há projetos pontuais da secretaria direcionados a regiões administrativas? Sim. Temos um grande projeto para as RAs que acabamos de fazer e que será um marco na cultura do Distrito Federal – o Integra Cultura, que nasceu de uma portaria conjunta feita em parceria com a Secretaria de Governo e será instaurado em todo DF. Esse programa vai representar uma virada de página na implementação de políticas culturais locais. Está aí uma coisa de que me orgulho. O objetivo dessa iniciativa é tirar o papel de espectador, que hoje os gerentes de cultura das administrações regionais têm em relação às políticas públicas da cidade, e torná-los protagonistas da situação. Aliás, essa integração com os agentes culturais de cada cidade do DF está prevista na nossa LOC [Lei Orgânica da Cultura], mas faltava um instrumento para colocar em prática essa ideia, e nós criamos esse instrumento. Conversei muito com o [secretário de Governo] José Humberto sobre o assunto, e ele disse que essa ação será um passo gigantesco no setor, topou na hora, sobretudo porque sua secretaria trabalha diretamente com as administrações regionais. Alguma novidade na programação da Rádio Cultura nesta gestão? Encontramos a Rádio Cultura também numa situação de penúria. É outro instrumento importante da secretaria, do governo, que merece uma atenção especial porque é um veículo de comunicação da política cultural do governo. Ela já acusou os reflexos da nossa administração, e queremos, até o final, colocar essa estação no topo das grandes emissoras do DF. É uma rádio que tem mais de 30 anos de história, com um corpo de funcionários que está fazendo um trabalho heroico, e precisamos resgatar sua importância para a cidade. Quero aproveitar para – como não vamos ter alguns eventos importantes este ano, em função da pandemia – direcionar recursos que iam ser usados em shows, pelo menos parte deles, para reequipar a rádio. O investimento da estação não é alto, é mais uma vontade política, e nós vamos resgatar o seu prestígio. Em que pé estão os preparativos para a 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro? Bom, o edital para o chamamento da OSC [Organização da Sociedade Civil] já foi lançado; e, uma vez escolhida a OSC, o que deve acontecer nos próximos dias, aí sim, vamos ter uma ideia do que será o festival, em quantas satélites haverá telões para apresentar em sistema drive in, enfim, esses detalhes estarão prontos, imagino, no final de agosto. Os preparativos para o Festival de Brasília estão numa animação muito grande, estou muito contente com os rumos que o evento está tomando, mesmo com a pandemia. Estou apostando todas as fichas no Festival. Vamos ter um festival maravilhoso, num formato híbrido, como já foi adiantando antes, e o desejo de fazer o festival é contagiante entre toda a equipe que está trabalhando para que ele aconteça. Como vai acontecer no mês de dezembro, queremos, inclusive, que o festival se transforme numa espécie de virada do ano. Os recursos não são milionários, mas suficientes para fazer uma boa festa. É uma demonstração de sensibilidade com a cultura da cidade que o governador apresentou, porque na verdade foi ele quem salvou o festival. Se eu fosse homenagear uma pessoa nesse momento, eu homenagearia o governador, por não deixar que ele [o festival] fosse interrompido. Da última vez que ele foi interrompido, nós estávamos vivendo um período conturbado da história do país, um momento político; e agora temos a pandemia, que está sendo uma sombra sobre todo mundo, sobre todos os eventos, porque muitos festivais foram cancelados, e o nosso festival poderia ser mais um desses – o que não aconteceu. Aliás, todas essas pessoas que são icônicas na história do festival, a exemplo do [cineasta] Vladimir Carvalho, estão engajadas. Venho recebendo telefonemas de pessoas que têm se apresentado como voluntárias, com muita disposição para ajudar, gente da maior representatividade, da maior importância na história do Festival de Brasília. Isso é muito animador, faz com que queiramos ainda mais que o festival saia redondinho, que ele seja um presente de fim de ano para a cultura do DF. O senhor falou em fim de ano. Quais as chances de os grandes eventos da virada acontecerem? Temos que ser realistas quanto a essa questão. Ainda não há uma posição do governo como um todo sobre o assunto, mas estamos vendo movimentos no país inteiro e temos que ter responsabilidade. Ou seja, cultura está sempre associada a eventos, momentos de alegria; queremos promover eventos e momentos de alegria, mas com responsabilidade. Não queremos promover aglomeração. Sem querer ser pessimista, tudo indica que teremos pela frente um percurso muito grande exigindo cautela da população. Se a decisão final não for comemorar o réveillon nas ruas, vamos encarar com toda a naturalidade. Temos que ter os pés no chão. Como não teve festa nos 60 anos de Brasília, não vamos forçar a barra com relação ao fim de ano, de jeito nenhum. Temos que pensar racionalmente como algumas grandes cidades que estão se antecipando, inclusive, com relação ao carnaval. O que estou fazendo é o seguinte: estamos na mesma toada. Estamos observando, vendo o desenrolar das coisas, da pandemia, vendo com preocupação que, provavelmente, não teremos um quadro que nos dê segurança, que estará tudo bem até lá. Vamos ser realistas; vamos trabalhar, nesse momento, para salvar vidas. A prioridade é essa. [Olho texto=”“Queremos promover eventos e momentos de alegria, mas com responsabilidade. Não queremos promover aglomeração”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] O Brasília Junina 2020 vai acontecer? Tenho conversado bastante com todos sobre isso. Quadrilha é uma festa de contato. É como uma escola de samba. Uma festa junina, a gente tem que ponderar. É como aconteceu, por exemplo, com a Via Sacra de Planaltina. Não vamos estimular nenhum modelo de festividade, de evento que promova contato. De novo: vamos ser realistas, vamos trabalhar com os pés no chão. Não dá para a gente imaginar quadrilha, por enquanto.

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Festival premia curta do Cemi Gama sobre racismo

Bernardo Ocker Pozza, do segundo ano do colégio Elefante Branco. Foto: André Amendoeira,/SEEDF A 5ª edição do Festival de Curtas das Escolas Públicas do Distrito Federal teve início nesta segunda-feira (25) com a apresentação de 15 produções do ensino médio. Os curtas concorreram nas categorias roteiro, direção, fotografia, montagem, desenho de som, ator, atriz, abordagem do tema e melhor filme escolhido pelo júri popular e comissão julgadora. Campeão deste ano, Eu queria ser branco… queria!, dos estudantes do Centro de Ensino Médio Integrado do Gama, repercutiu o racismo e tentou captar a visão dos alunos em relação à própria cor. “Já estávamos trabalhando a questão da consciência negra em sala de aula. Então, levamos o nosso trabalho para outra escola para perceber como os estudantes reagiriam. Um garoto contou sobre o preconceito que sofria na escola e que outras crianças só brincariam com ele se pintasse o próprio corpo. Ficamos chocados e tentamos mostrar que esse tipo de depoimento pode vir de qualquer ambiente, não somente na escola”, ressaltou a diretora do curta, Adrielle Gomes Dantas, estudante do 3º ano do ensino médio. O melhor curta desta edição foi produzido em um mês, ainda em 2018, a sete mãos, para o Curtas Conscientes, projeto do Cemi Gama. Ao receber a premiação, os estudantes garantiram que o interesse nas artes não é somente pela nota final, mas pela oportunidade de usar o que aprendem na escola para fazer uma transformação na sociedade. Entre 2.420 produções, o melhor curta escolhido pelo júri popular foi Oco, do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, com 13% dos votos (336). Ator e editor do vídeo, Bernardo Ocker Pozza, do 2º ano, garantiu que as três horas por dia de produção foram bem investidas para ele e todo o grupo formado por cinco pessoas. “Nosso filme fala sobre os sentimentos e emoções dos adolescentes”, contou. Bolsas Como premiação, o Centro Universitário Iesb, parceiro do Festival de Curtas, entregou bolsas de 100% para o melhor ator, melhor atriz e direção. Os dois primeiros em artes cênicas e o último, no curso de cinema. Os melhores roteirista e montador receberam 50%, cada, de bolsa também para cursar cinema e a melhor fotógrafa ganhou 50% para o curso de fotografia. As bolsas serão asseguradas para os estudantes que ainda vão cursar o ensino médio. Jaqueline Moura, do 2º ano do CED São Francisco, em São Sebastião, foi a campeã nos cliques, o que rendeu o prêmio de melhor fotografia desta segunda-feira. O trabalho da estudante, que também dirigiu o curta, foi supervisionado pelo educador social Leandro Souza. A parceria apresentou a liberdade da escola que eles querem, sem repressão ou padronização de pensamento. “Decidimos o tema juntos, La Liberté. Vamos levar a experiência para ajudar os colegas no próximo ano”, comemorou. O tema principal do ano, mas não obrigatório às produções, foi “A escola que temos, a escola que queremos”. A melhor abordagem ficou com o Setor Leste, em A escola libertária. A ideia do festival era abordar o pensamento crítico a partir das obras e as multidimensões pedagógicas do cinema. “A escola que queremos é a escola que acolhe, é a escola que ensina e, sobretudo, a escola que inclui. Esse evento mostra, naturalmente, que cinema não é apenas diversão. É uma indústria, uma profissão, e nós podemos aprender muito, conhecer pessoas, novas técnicas. Eventos como esse, a Secretaria de Educação irá sempre apoiar e incentivar”, garantiu o secretário de Educação, João Pedro Ferraz. Vencedores na categoria Ensino Médio Categoria Filme Aluno/Escola Melhor filme Eu Queria ser branco… Queria CEMI – Gama Melhor direção Goles de Vida Anna Perpétuo Dettmar Melhor abordagem do tema A Escola Libertária Setor Leste Montagem Caverna Thiago Gomes Fotografia La Liberté Jaqueline Moura Atriz Oco Briza Mantzos Ator TCBD João Gabriel Silva Desenho de Som Apenas um Sonho Caio Rodrigues da Silva Roteiro Garota Espirro Emanoelly Matos Pereira Júri popular Oco Elefante Branco *Com informações da Secretaria de Educação  

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