Hospital de Base inaugura novo arco cirúrgico e reforça capacidade assistencial
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) inaugurou, nesta quinta-feira (18), um novo arco cirúrgico, equipamento essencial para procedimentos que exigem visualização interna precisa e em tempo real durante as cirurgias. Além de ampliar o parque tecnológico do hospital, o aparelho contribui para tornar os procedimentos mais seguros e eficientes. O investimento fortalece a autonomia cirúrgica da maior unidade hospitalar do Distrito Federal, amplia o acesso da população a procedimentos complexos e reafirma o compromisso do Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (IgesDF) com uma saúde pública moderna, segura e resolutiva. A nova tecnologia representa uma versão mais moderna e avançada dos outros oito aparelhos do tipo já existentes no Hospital de Base. O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) inaugurou um novo arco cirúrgico, equipamento que contribui para tornar os procedimentos mais seguros e eficientes | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF O nome arco cirúrgico faz referência ao formato em “C” do aparelho, que permite mobilidade e a captação de imagens em diferentes ângulos, sem a necessidade de movimentar o paciente durante o procedimento. O recurso é utilizado em cirurgias de ortopedia, cardiologia, neurologia, urologia e gastroenterologia. Segundo o diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, Edson Gonçalves, o novo equipamento incorpora avanços tecnológicos importantes, como menor emissão de radiação e integração imediata ao sistema de prontuário eletrônico, o que possibilita acesso mais rápido às imagens durante os procedimentos. “Com a visualização imediata, o médico não precisa esperar a revelação de filmes radiográficos para confirmar se um procedimento foi bem-sucedido. Ele já consegue ver na hora”, detalha. [LEIA_TAMBEM]Na prática, esses avanços impactam diretamente a rotina cirúrgica da unidade. Além de reduzir a dependência de equipamentos mais antigos, o novo arco cirúrgico amplia a capacidade cirúrgica com suporte de imagem, otimiza o uso das salas operatórias e contribui para a redução das filas de espera. A especialista clínica Maria Carolina Campelo destaca que o aparelho garante maior eficiência tanto em procedimentos complexos quanto nos de menor porte. “Essa máquina tem resolução muito alta, o que permite ampliar a imagem com bastante zoom e visualizar a região operada com muitos detalhes e alta acurácia”, complementa. Para a gestão do IgesDF, a entrega do equipamento reforça uma estratégia mais ampla de modernização da rede. O presidente do Instituto, Cleber Monteiro, ressalta que o novo arco cirúrgico representa um avanço concreto na qualidade da assistência prestada pelo Hospital de Base. “Temos buscado tecnologias que vão realmente fazer a diferença para o paciente, e isso é a nossa razão de ser. Podem ter certeza de que estamos em tratativas para adquirir outros equipamentos do mesmo nível, para que todos tenham acesso ao melhor equipamento possível”, afirma. O nome arco cirúrgico faz referência ao formato em “C” do aparelho, que permite mobilidade e a captação de imagens em diferentes ângulos, sem a necessidade de movimentar o paciente durante o procedimento Modernidade e benefícios A aquisição do novo arco cirúrgico representa uma solução tecnicamente superior, mais segura e alinhada à política institucional de redução de riscos e modernização da infraestrutura hospitalar. A Gerência de Engenharia Clínica do IgesDF foi responsável pela especificação técnica do equipamento e pela condução de todo o processo de instalação, assegurando conformidade regulatória, segurança operacional e plena integração à rotina assistencial do Hospital de Base. O investimento foi de R$ 1,27 milhão, viabilizado por emendas parlamentares da bancada do Distrito Federal na Câmara dos Deputados. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Voluntários fortalecem humanização e ampliam apoio a pacientes no Hospital de Base
No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), humanizar é um ato diário e boa parte dessa corrente de cuidado nasce das mãos de quem doa tempo, escuta e carinho. Nesta sexta-feira (5), Dia Internacional do Voluntário, quatro entidades que atuam na unidade celebram o impacto de um trabalho que vai muito além das doações: elas acolhem, emocionam, transformam rotinas e fazem a diferença na vida de pacientes e familiares. Administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), o hospital conta com uma rede de voluntários que se tornou parte essencial da experiência de quem passa pelo maior hospital público do Centro-Oeste. Antonia Gonçalves Leite: "O voluntariado transformou meu processo de cura emocional e espiritual" | Fotos: Divulgação/IgesDF Ao longo de 2025, a Associação de Amigos do Hospital de Base, o Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV), a Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) e o Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer (MAC) somaram esforços que resultaram na arrecadação de mais de 127 cadeiras de rodas, cinco mil cestas básicas, 100 mil lanches e outros 10 mil itens, como remédios, materiais de higiene e fraldas. Além das doações, os grupos promovem atividades de humanização que incluem música, contação de histórias, feirinhas, reiki, oficinas e ações de escuta ativa. Para muitos voluntários, o primeiro contato com o grupo ocorre justamente durante essas atividades. Foi o caso de Antonia Gonçalves Leite. Em 2010, enquanto aguardava atendimento para tratar um câncer de mama, ela ouviu o som de um violino ecoar pelo ambulatório. Ao seguir a música, encontrou uma voluntária da Rede Feminina tocando para os pacientes. Encantada com o gesto, Antonia se cadastrou como voluntária naquele mesmo dia. “Aqui eu fui abraçada, acolhida, fiz parte de projetos que me ajudaram em todos os sentidos. Desde o início, eu disse que não queria apenas receber, queria doar também. O voluntariado transformou meu processo de cura emocional e espiritual”, relata. Gerações que cuidam Monica Bezerra: “O trabalho voluntário traz uma realização interior profunda, um sentimento de dever cumprido" O caminho até chegar ao voluntariado não é o mesmo para todas as pessoas. Para Monica Bezerra, o convite veio de dentro de casa. A mãe dela, Temis Lima, era membro do SAV oferecendo reiki e chamou a filha para fazer parte também. O convite foi aceito em 2008, e ela continua atuando até hoje. Monica chegou a atuar como presidente do SAV por alguns anos, mas prefere o contato direto com o paciente. “O trabalho voluntário traz uma realização interior profunda, um sentimento de dever cumprido. E é isso que é a vida, é fazer aquilo que te traz o bem todos os dias”, comenta. A dedicação de Monica também inspirou a filha, Rafaela Sales, que atuou por alguns anos no SAV, trabalhando ao lado da mãe e da avó e dando continuidade a uma trajetória familiar construída com afeto, espiritualidade e cuidado com o próximo. O voluntariado costuma ajudar também a quem o exerce, não apenas aos que recebem os serviços Outro caso marcante é o de Larissa Bezerra, coordenadora da Rede Feminina, que segue o trabalho iniciado pela mãe. Vera Lúcia Bezerra da Silva, a Verinha, dedicou quase três décadas à Rede, levando acolhimento a pessoas em situação de vulnerabilidade. Após seu falecimento, em 2024, Larissa assumiu a responsabilidade. “Desde criança acompanhei minha mãe. No começo foi difícil assumir esse desafio, mas hoje encontro forças no propósito dela: ajudar o próximo”, diz Larissa. Histórias que se cruzam O voluntariado também chega por acaso, como aconteceu com Vanessa Rocha, enfermeira do HBDF. Ela sempre observava os voluntários da Associação de Amigos circulando pelo hospital, até que um dia entrou na loja da entidade e encontrou doações desorganizadas. Ajudou espontaneamente, e não parou mais. Há quatro anos, dedica parte do horário de almoço para apoiar o grupo. “O voluntariado te torna mais humano. A convivência com tantas histórias nos deixa mais empáticos e nos faz olhar para o próximo com mais atenção”, destaca. [LEIA_TAMBEM]Foi também por curiosidade que Ivana Amaral conheceu o MAC. Ao acompanhar a filha médica pelo Hospital de Base, viu os desenhos de coração com três letras e quis entender do que se tratava. A descoberta a levou a integrar o movimento. “O papel do voluntário é acolher, apoiar e levar esperança. Se precisam conversar, estou totalmente disponível enquanto estou ali”, explica. Como participar ou contribuir ⇒ Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV): (61) 99982-6626 ⇒ Associação de Amigos do Hospital de Base: 3550-8900, ramal 9031/ (61) 99659-0365 ⇒ Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC): 3550-8900, ramal 9178 (Sala de Atendimento)/ 3550-8900, ramal 9277 (Sala de Acolhimento)/ 3364-5467 (Administração) ⇒ Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer (MAC): 3550-9900, ramal 9029/ (61) 99219-3998 *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Dados do Hospital de Base mostram que quedas matam mais que ferimentos por armas de fogo
Quando se fala em casos graves que levam à morte no pronto-socorro de hospitais do Distrito Federal, é comum imaginar acidentes de trânsito ou ferimentos por armas de fogo. No entanto, o grande vilão da sala vermelha do Centro de Trauma do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), são as quedas. Apesar de frequentemente subestimados, esses acidentes, desde escorregões em casa até quedas simples na rua, representam risco significativo, especialmente pelos impactos na cabeça que podem causar lesões graves. Entre pessoas idosas, o risco é ainda maior. Dados catalogados em 2023 e divulgados pela equipe do Centro de Trauma do HBDF mostram que quase metade dos atendimentos por queda envolveu pessoas acima de 60 anos. Um terço das vítimas era mulher. Telecilia Leite Borges, 72 anos, moradora de Redenção do Gurgueia (PI), conta que escorregou enquanto puxava água com um rodo e não se lembra do momento da queda, apenas de acordar no chão. Após dois dias de dor de cabeça, buscou atendimento em uma cidade próxima, fez tomografia e foi liberada. Dias depois, com perda de força na perna esquerda, caiu novamente e machucou os joelhos. O filho, morador do Distrito Federal, levou a mãe para o Hospital de Base, onde ela foi internada com hemorragia cerebral e passou por cirurgia. “Estou me sentindo muito melhor. Assim que me liberarem, estou pronta para ir para casa”, relata. Dados catalogados em 2023 e divulgados pela equipe do Trauma do HBDF mostram que quase metade dos atendimentos por queda envolveu pessoas acima de 60 anos | Foto: Divulgação/IgesDF A dificuldade em identificar rapidamente um traumatismo craniano é um dos principais desafios no atendimento a vítimas de queda, explica o cirurgião-chefe do Centro de Trauma do HBDF, Rodrigo Caselli. Após qualquer queda com impacto na cabeça, ele recomenda observar sinais de alerta como dores intensas, tonturas, desmaios, vômitos e convulsões. Entre idosos, o risco é ainda mais elevado, já que lesões graves podem surgir mesmo sem sintomas imediatos. O cirurgião orienta que toda pessoa idosa que bater a cabeça seja levada ao hospital. “É melhor descobrir que não há nada de errado do que esperar e ter uma situação muito pior depois”, alerta. Quedas que matam Os dados mostram que quedas causaram mais mortes do que ferimentos por arma de fogo no Pronto-Socorro do HBDF. Entre as 166 mortes registradas em 2023 na Sala Vermelha, por casos de alta gravidade, 33 foram resultantes de quedas, 26 decorrentes de colisões ou quedas de motocicletas, 22 por atropelamentos, 17 por quedas de grande altura e 13 por perfuração por arma de fogo. Segundo o especialista, o alto índice de letalidade das quedas está relacionado aos impactos na cabeça que podem levar a lesões sérias. Das 95 pessoas atendidas por queda ao longo de 2023, 66 apresentaram traumatismo craniano fechado. “Nossas maiores causas de morte são hemorragia e traumatismo craniano. A gente tem um serviço preparado e organizado para atender o paciente de forma muito rápida. Então nós conseguimos salvar a pessoa que está sangrando, mas é mais difícil salvar a pessoa que bateu a cabeça”, afirma. Prevenção Como grande parte das quedas ocorre dentro de casa, nem sempre é possível preveni-las totalmente. Caselli reforça o uso de equipamentos de proteção por quem anda de skate, patins, patinete ou similares. “Às vezes, são quedas bobas, mas elas acontecem muito rápido por causa das rodas, o que aumenta a força do impacto e, consequentemente, o risco”, detalha. Também é recomendado instalar barras de apoio em banheiros e áreas de risco, especialmente em imóveis onde vivem pessoas idosas. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF)
Ler mais...
Paciente também é protagonista na prevenção de infecções hospitalares e proliferação de superbactérias
A resistência bacteriana é um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea, e enfrentá-la depende não apenas dos profissionais de saúde, mas também dos pacientes, acompanhantes e da sociedade como um todo. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), uma das unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) tem adotado estratégias inovadoras para ampliar essa conscientização, com foco na educação, no comportamento e na prevenção. Publicação elaborada pelo Hospital de Base orienta as pessoas sobre a importância da prevenção à transmissão de microorganismos | Foto: Divulgação/IgesDF “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas” Julival Ribeiro, infectologista do Hospital de Base “O paciente tem papel fundamental no controle das infecções”, indica o infectologista Julival Ribeiro, coordenador do Nucih. “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas.” Para aproximar esse tema do público, o Nucih desenvolveu um folheto educativo que explica, de forma simples, a importância da higiene das mãos e dos cuidados com a transmissão de microrganismos. O material é distribuído a pacientes, acompanhantes, voluntários e à equipe do projeto Humanizar, que recebe treinamento específico. “Esses voluntários têm uma atuação muito importante no acolhimento, mas é essencial que saibam como evitar, ainda que inadvertidamente, a disseminação de bactérias resistentes”, aponta o infectologista Lino Silveira. “Embora ajam com as melhores intenções, como cumprimentar ou abraçar um paciente, podem atuar como vetores dessas bactérias. O treinamento garante que as boas intenções se somem à segurança do paciente.” O impacto das infecções hospitalares As infecções em ambiente hospitalar, especialmente em pacientes com trauma grave, câncer ou outras doenças críticas, podem ter impacto direto no desfecho clínico. Mesmo um paciente que se recupera de uma hemorragia ou fratura pode evoluir para óbito em decorrência de uma infecção multirresistente adquirida durante a internação. Segundo Julival Ribeiro, o avanço da resistência bacteriana ameaça a efetividade dos tratamentos. “Estamos vendo bactérias que não respondem mais aos principais antibióticos disponíveis, e isso aumenta o tempo de internação, eleva os custos hospitalares e, sobretudo, compromete a vida dos pacientes”, alerta. Da hospitalização ao meio ambiente A atuação do Nucih ultrapassa os limites do hospital. Uma análise elaborada em parceria com a engenharia sanitária da unidade avaliou o esgoto de Brasília e identificou indícios da presença de bactérias resistentes no meio ambiente. O achado reforça a necessidade de uma visão integrada sobre o problema. “Falamos de uma questão que envolve não apenas a saúde humana, mas também a saúde animal e ambiental”, atenta o infectologista Tazio Vanni. “É o conceito de saúde única, que é entender que tudo está interligado.” Saúde única e uso racional de antibióticos [LEIA_TAMBEM]A resistência bacteriana também está ligada ao uso indiscriminado de antibióticos na agropecuária, prática que acelera a seleção de microrganismos resistentes e traz reflexos para a saúde pública. O Plano de Ação Nacional para o Controle da Resistência aos Antimicrobianos, implementado pelo governo federal e alinhado às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), busca justamente frear esse avanço. “Desde 2013, a OMS recomenda que todos os países adotem estratégias integradas para controlar a resistência antimicrobiana”, situa Tazio. “O Brasil está na segunda versão do seu plano, o que demonstra o compromisso em tratar o tema como prioridade nacional.” Inovação e futuro Além das medidas de prevenção e controle, novas abordagens vêm sendo estudadas — é o caso do uso de recursos biológicos como vírus bacteriófagos, que atacam bactérias específicas, representando uma alternativa promissora à antibioticoterapia tradicional. “Compreender a complexidade dessa interação entre diferentes formas de vida é o que chamamos de saúde planetária”, conclui Julival Ribeiro. “Precisamos aprender com a natureza para encontrar soluções sustentáveis no combate à resistência bacteriana.” *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Dia Nacional das Arritmias Cardíacas ressalta importância da prevenção
No último domingo (9), sobreviver era a única coisa em que Douglas Rodrigues, de 29 anos, conseguia pensar. Ele começou a se sentir mal em casa e procurou atendimento no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), com fortes dores no peito, dormência nos braços e no céu da boca, além de suor intenso. Durante a triagem, sofreu uma parada cardiorrespiratória e perdeu a consciência. Após a terceira parada, foi transferido para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde passou por um cateterismo. Douglas Rodrigues teve uma crise cardíaca, foi atendido em tempo hábil e concluiu que precisa mudar os hábitos de vida: “Vou começar a andar de bicicleta e fazer caminhadas assim que voltar para casa” | Foto: Divulgação/IgesDF O atendimento rápido e a atuação das equipes do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) foram decisivos para que o caso de Douglas tivesse um final feliz. Situações como a dele mostram a importância do reconhecimento precoce dos sintomas e da busca imediata por ajuda médica. “Conhecendo o histórico de doenças na família, podemos prever quem tem mais risco” Ximena Ferrugem Rosa, cardiologista do HBDF Nesta quarta-feira (12), é celebrado o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, data que reforça a importância do cuidado com o coração. A cardiologista Ximena Ferrugem Rosa, do HBDF, lembra que o acompanhamento preventivo é essencial, sobretudo para pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas, hipertensão ou diabetes. “Conhecendo o histórico de doenças na família, podemos prever quem tem mais risco”, aponta a médica. “Hoje vivemos um momento da medicina em que conseguimos realizar testes genéticos para calcular esse risco e fazer intervenções pontuais nos indivíduos mais vulneráveis.” Ximena também reforça a adoção de hábitos saudáveis, como não consumir em excesso sal e açúcar e manter uma rotina regular de atividades físicas. “É fundamental evitar o uso de drogas e de esteroides anabolizantes, como a testosterona, tão comuns atualmente”, alerta. “Os cardiologistas têm observado um aumento nos casos de infarto relacionados ao uso inadequado desses hormônios”. Ocorrências O infarto agudo do miocárdio continua sendo uma das principais causas de morte no país. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 300 mil e 400 mil casos são registrados todos os anos no Brasil, e, a cada cinco a sete ocorrências, uma resulta em óbito. De acordo com dados da Secretaria de Saúde (SES-DF), até junho deste ano, os hospitais da rede pública registraram 1.458 internações relacionadas a infarto agudo do miocárdio, sendo que 55 evoluíram para óbito. Em 2023, foram 2.428 internações e 101 mortes; já em 2024, o número chegou a 2.306 internações e 107 óbitos. [LEIA_TAMBEM]Douglas, que nunca havia enfrentado problemas graves de saúde antes das paradas cardiorrespiratórias, afirma que o episódio serviu de alerta. “Algo vai ter que mudar”, afirma. “Vou começar a andar de bicicleta e fazer caminhadas assim que voltar para casa”. Os sintomas De modo geral, as doenças cardiovasculares se manifestam por sintomas como falta de ar, dor no peito, que pode irradiar para o queixo, pescoço, braços, costas ou abdômen superior, especialmente durante esforços físicos. Também podem ocorrer palpitações, inchaço nas pernas ao acordar e episódios de desmaio. “Muitas vezes a falta de ar é percebida como cansaço ou dificuldade para realizar atividades antes simples, então é importante ficar atento”, explica Ximena. A médica ressalta ainda que algumas doenças cardíacas podem ser silenciosas ou apresentar sintomas variados, especialmente em mulheres, idosos e pessoas com diabetes. “Às vezes, um episódio de suor excessivo acompanhado de náusea e mal-estar estomacal, em indivíduos com maior risco cardiovascular, já é motivo de preocupação”, sinaliza. “A morte súbita pode ser a primeira manifestação de uma doença cardíaca grave”. No caso das arritmias, é comum que o coração ultrapasse 100 batimentos por minuto em situações que envolvem liberação de adrenalina, como durante esforço físico, estresse, ansiedade, dor, desidratação ou infecção. “Quando essa aceleração ocorre em repouso ou persiste por vários minutos após o término da atividade física, é preciso atenção e investigação médica”, adverte a cardiologista. “Isso vale para casos em que a aceleração vem acompanhada de tontura, dor no peito, falta de ar ou até desmaio.” *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Ambulatório de Neurologia Cognitiva do Hospital de Base dobra atendimentos
Quando o aposentado Antônio Batista, de 86 anos, começou a esquecer nomes e se perder em caminhos conhecidos, a família acreditou que era apenas o peso da idade. “A gente acha que é normal, que todo idoso fica esquecido. Mas um dia percebemos que ele precisava de ajuda”, conta a filha, Fabiana da Silva. Foi no Ambulatório de Neurologia Cognitiva do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que Antônio encontrou respostas, tratamento e acolhimento. Nos últimos meses, o ambulatório tem se consolidado como um ponto de referência para pacientes do DF e do Entorno. O número de acompanhamentos mais que dobrou em um ano, passando de 120, em 2024, para 262, em 2025. “A maioria dos pacientes tem idade média de 70 anos, e os diagnósticos mais frequentes são de doença de Alzheimer e demência vascular, condições que exigem acompanhamento contínuo”. Para o neurologista e chefe do ambulatório, Carlos Uribe, o aumento reflete tanto a maior demanda quanto o empenho da equipe em ampliar a capacidade de atendimento | Foto: Divulgação/IgesDF Segundo o neurologista e chefe do ambulatório, Carlos Uribe, o aumento reflete tanto a maior demanda quanto o empenho da equipe em ampliar a capacidade de atendimento. “Passamos de um para dois turnos semanais, o que nos permitiu acolher mais pacientes e reduzir o tempo de espera. Hoje, cada consulta inicial é feita com atenção redobrada para levantar o histórico, definir hipóteses e encaminhar exames que vão desde análises laboratoriais até ressonância magnética ou punção lombar, quando necessário”, explica. Trabalho em equipe O ambulatório conta com uma equipe composta por um preceptor neurologista e residentes de neurologia e psiquiatria, que atuam de forma integrada na investigação dos casos. Essa abordagem multiprofissional fortalece o aprendizado dos jovens médicos e aprimora a qualidade da assistência. “Os residentes de psiquiatria e psiquiatria geriátrica também participam, buscando compreender o manejo das alterações cognitivas em idosos, algo cada vez mais comum com o envelhecimento populacional”, complementa Uribe. Para a médica residente Beatriz Pires, o ambiente é um espaço de aprendizado e empatia. “É uma das áreas mais ricas da neurologia. Recebemos casos em estágios muito diferentes. Alguns pacientes chegam no início do declínio da memória, o que nos dá chance de intervir precocemente. Outros, infelizmente, demoram a buscar ajuda e já chegam com o quadro mais avançado, muitas vezes por falta de acesso ou desconhecimento”, relata. Imagem: IgesDF Além do diagnóstico O acompanhamento no ambulatório é individualizado e adaptado à evolução de cada paciente. Alguns retornam a cada três ou quatro meses, outros mantêm contato mais próximo com a equipe, inclusive fora do horário de consulta, quando precisam de relatórios ou receitas. “Há pacientes que ficam conosco por anos, às vezes até o fim da vida. Cada história é única, e nossa missão é oferecer o máximo de dignidade e cuidado possível”, afirma Uribe. Para Beatriz, o papel da equipe vai além do diagnóstico. “Nosso compromisso é com a qualidade de vida de quem está doente e de sua família, orientando sobre o cuidado e as adaptações que a condição exige”. E para famílias como a de Antônio, cada consulta representa mais do que um ato médico, é um gesto de humanidade. “Aqui, meu pai é tratado com respeito e paciência. Eles não cuidam só da doença, cuidam da gente também”, declara a filha, Fabiana da Silva. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Voluntárias se reúnem no Hospital de Base e compartilham histórias de luta contra o câncer
“Eu tive câncer, mas ele nunca me teve”. Essas palavras são de Fátima Cardoso, carinhosamente conhecida como Fatinha, diagnosticada com a doença em 2018. No ano seguinte, ela virou voluntária na Rede Feminina de Combate ao Câncer, durante o tratamento oncológico. Quando, segundo ela, teve forças para continuar. “Naquele momento, eu estava assustada e com medo. Mas fui acolhida com tanto carinho que descobri dentro de mim uma força que eu nem sabia que existia. A Rede mudou o rumo da minha vida”. Fatinha é uma das 25 mulheres que, nessa quarta-feira (22), se reuniram no jardim do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), na Casa Rosa, sede da Rede Feminina. E o mês dedicado ao combate ao câncer de mama não poderia ser mais propício para a tarde que elas tiveram. Voluntárias que já foram pacientes, pacientes que se tornaram voluntárias e novas integrantes se uniram por um mesmo propósito: compartilhar histórias, dividir esperanças e celebrar a vida. O encontro foi idealizado pela coordenadora das tardes de quarta-feira, Cláudia Silveira, que quis retribuir o carinho das voluntárias que todos os dias acolhem com amor quem enfrenta o tratamento contra o câncer. “Eu pensei: por que não fazer uma tarde diferente? São essas mulheres que sempre acolhem. Então, hoje, quis que fossem acolhidas, que tivessem voz e pudessem dizer como se sentem. Esse é um momento de escuta, de amor e de gratidão. É o que chamo de loucura de amor”, relata. Voluntárias que já foram pacientes, pacientes que se tornaram voluntárias e novas integrantes se reuniram no jardim do Hospital de Base | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Voluntária há 15 anos, a coordenadora lembrou que, desde jovem, já se dedicava ao trabalho social em sua cidade natal. Ao mudar-se para Brasília, buscava um novo espaço para servir e, por morar perto do Base e ter uma tia que também era voluntária, conheceu a Rede Feminina. Sob uma tenda decorada com flores e laços cor-de-rosa, histórias de coragem e superação ecoaram pelo jardim. A ideia é que encontros como esse sejam realizados semanalmente, em dias alternados, para que todas as voluntárias possam ser agraciadas.[LEIA_TAMBEM] Histórias que inspiram Entre os depoimentos estava o de Mônica Custódio, 47 anos. Em 2019, ela descobriu um câncer de mama e, durante o tratamento, tornou-se voluntária da Rede Feminina. Hoje enfrenta um novo desafio, o câncer de útero, mas segue firme. “Minha família mesmo virou as costas para mim, mas aqui eu encontrei outra família. A Rede me acolheu, me buscou em casa, me deu força para continuar. Nós somos uma família. Aqui, a gente não se entrega. A gente luta de cabeça erguida e com sorriso no rosto”, compartilha. Um elo que transforma vidas A coordenadora da Rede Feminina, Larissa Bezerra, explicou que a iniciativa foi pensada para fortalecer os laços entre as voluntárias. “Esse encontro é uma forma de integrar quem está chegando e reacender o sentimento de pertencimento em quem já está há anos conosco. Muitas dessas mulheres passaram pelo câncer e hoje são exemplos de amor e empatia. O acolhimento é o coração da Rede, ele pulsa todos os dias nas doações, nos sorrisos e nas palavras de conforto”, destaca. Além das trocas de experiências, o encontro contou com a participação do cantor Lucas Alvez, da dupla Lucas Alvez & Guilherme. Voluntário da Rede desde fevereiro deste ano, ele encantou as participantes com canções que embalaram o clima de leveza e emoção. “Conheci a instituição quando acompanhava uma pessoa em tratamento. Vi o trabalho incrível que fazem aqui e quis fazer parte. Hoje, posso retribuir com o que sei fazer, cantar”, explica. O cantor Lucas Alvez fez a festa das participantes do encontro “Hoje fomos acolhidas. Hoje, quem sempre dá, recebeu. E saímos daqui ainda mais fortes, mais unidas e mais gratas pela vida”, resume Fatinha. Sobre a Rede Feminina de Combate ao Câncer Criada em 1984, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Hospital de Base é uma instituição parceira do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) que atua diariamente no acolhimento de pacientes oncológicos e familiares. Mantida por voluntárias, a rede desenvolve cerca de 40 projetos sociais e conta com 150 integrantes ativas. O trabalho da instituição inclui a oferta de lanches diários para pacientes e acompanhantes, doação de perucas, próteses mamárias e kits de higiene, atividades de artesanato com pacientes, corte de cabelo e barba, inclusive para os acamados, e atendimento musical e cultural com voluntários. Com sede no Jardim do HBDF, a Rede simboliza empatia e solidariedade, oferecendo conforto, força e esperança a quem enfrenta o câncer no Distrito Federal. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Hospital de Base é referência no tratamento de doenças que afetam o sistema imunológico
Quando o corpo não consegue se defender, cada gripe, tosse ou infecção pode se tornar uma batalha perigosa. É essa a realidade de quem convive com imunodeficiências primárias — doenças raras, geralmente presentes desde o nascimento, em que o organismo apresenta falhas de defesa contra vírus, bactérias e outros agentes. O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), é referência nesse tratamento, oferecendo acompanhamento especializado, medicamentos modernos e mais qualidade de vida para os pacientes. O ambulatório de imunologia do HBDF atende cerca de 250 adultos por semana, sempre às segundas e terças-feiras, das 7h às 18h. Crianças com imunodeficiências são acompanhadas no Hospital da Criança de Brasília José de Alencar (HCB) e, ao completarem 18 anos, passam a ser tratadas no Hospital de Base. Segundo a médica alergista e imunologista Thalita Dias, as infecções respiratórias, como pneumonia de repetição, são as manifestações mais comuns. Em alguns casos, é necessária a reposição de imunoglobulina humana — anticorpos prontos que ajudam o organismo a combater infecções. “O sistema imune precisa funcionar bem para reagir contra vírus e bactérias. O diagnóstico precoce é fundamental para que possamos prevenir complicações e garantir mais qualidade de vida ao paciente”, explica Thalita. "O diagnóstico precoce é fundamental para que possamos prevenir complicações e garantir mais qualidade de vida ao paciente”, explica a médica alergista e imunologista Thalita Dias | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Superação Geneci Moreira do Nascimento, 63 anos, sofria de fraqueza, diarreia e infecções pulmonares repetidas. Desde 2008, recebe tratamento no ambulatório de imunologia do HBDF, com aplicações quinzenais de imunoglobulina. “Depois de várias infecções pulmonares que eu descobri que tinha baixa imunidade. Minha vida mudou completamente. Hoje tenho qualidade de vida graças à medicação e ao cuidado da equipe do Base”, afirma. Lauro Pinto Cardoso Neto, 57 anos, também foi diagnosticado após uma pneumonia grave em 2020. Desde 2023, recebe tratamento mensal e relata melhora significativa. “Antes vivia doente. Agora, com o acompanhamento e a medicação, minha saúde está controlada”. Urticária crônica: mais que um problema de pele Lauro Pinto Cardoso Neto relata melhora: “Antes vivia doente. Agora, com o acompanhamento e a medicação, minha saúde está controlada” Uma outra forma de doença autoimune são as urticárias crônicas, condição caracterizada por erupções cutâneas recorrentes, com lesões que variam em tamanho e forma, e são frequentemente acompanhadas de coceira intensa. O Hospital de Base também é referência no tratamento da doença. Marise Jardim de Melo, 66, tem urticária crônica espontânea há mais de 30 anos. Paciente do Hospital de Base desde 2019, ela conta que sofreu muito em busca de tratamento desde a descoberta da doença. Atualmente, toma um remédio indicado para alergias graves, o Omalizumabe, a cada seis semanas, no Centro de Infusão do HBDF. [LEIA_TAMBEM]“Estar viva é um milagre. Passei anos lutando contra essa doença e, quando já não tinha mais esperança, o Base me deu a chance de uma nova vida. Eu sabia da existência desse medicamento, mas custava o meu salário de professora. Cheguei a pensar que era câncer. A coceira era insuportável, minha pele ficava inchada e vermelha, e eu não conseguia trabalhar. Mas, graças a Deus, consegui um tratamento eficaz no HBDF”, conta Marise. Desde 2018, o serviço é oferecido no ambulatório de alergia. O medicamento, aplicado por injeção, ajuda a controlar os sintomas. Atualmente, 80 dos 500 pacientes atendidos no Base recebem essa terapia. Para a imunologista Thalita Dias, a urticária crônica tem grande impacto social e emocional. “Apesar de não ser letal, causa sofrimento intenso e afeta a autoestima. Muitos deixam de sair de casa por vergonha das lesões na pele e pelo desconforto constante”. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Contação de histórias encanta pacientes e acompanhantes no Hospital de Base
Na última sexta-feira (10) a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI PED) do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) foi palco de contação de histórias, presentes dos voluntários e muita diversão por parte da equipe multiprofissional ー tudo pensado para comemorar o Dia das Crianças. Maria Lacerda Queiroz, ou Tia Bibi como é conhecida, é contadora de histórias do Instituto História Viva, participa do projeto há mais de um ano e, pela primeira vez, levou o universo da imaginação e da fantasia para as alas da UTI Pediátrica. Crianças, pais e acompanhantes tiveram um momento de distração e risadas em meio à medicação e aparelhos de monitoramento. O empenho da equipe proporcionou momentos de leveza e diversão em meio a medicações e tratamentos | Foto: Divulgação/IgesDF Acostumada a ler para idosos em casas de repouso, Maria revela que sempre teve vontade de ter essa experiência com o público infantil. “Eu tinha um certo medo de como ia ser, porque idosos são diferentes das crianças e dos adolescentes, mas eu fui muito acolhida pela equipe, pelos pacientes e pelas mães, que foram muito participativos. Fiquei muito feliz, foi um momento muito gratificante”, destaca. Uma das mães que aproveitaram o sono da filha para ouvir as histórias foi a Lucileia Tavares de Sousa que, há quase dois meses, acompanha a filha internada. “É muito bom ter esse momento para distrair. Eu me diverti muito, pude dar algumas risadas e fiquei até mais leve”, conta. Tia Bibi trabalha com idosos e sempre quis ter experiência com o público infantil A adolescente Tayná Ferreira Lopes, de 13 anos, não deixou que o joelho imobilizado a impedisse de sair um pouco da maca, para ouvir a Tia Bibi. “Eu achei ela muito engraçada, fiquei rindo muito e adorei as músicas e a casinha com flores que ela mostrou. Esses momentos diferentes ajudam a passar o tempo”, destaca. Sexta Maluca Cabelos malucos e mochilas malucas já são tradição nas escolas de todo o país na semana que antecede o Dia das Crianças. Pensando nisso, a equipe multiprofissional da UTI PED adaptou a brincadeira e criou a Sexta da Touca Maluca e da Meia Divertida. “Foi lindo ver a dedicação dessa equipe, o amor para arrancar sorrisos dos nossos pacientes. Aproximamos ainda mais os colaboradores dos pacientes e seus familiares e sentimos que o resultado foi alcançado. Todos se divertiram, riram e compartilharam momentos de alegria, mesmo em meio às dificuldades”, celebra Clara França, terapeuta ocupacional da unidade. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
'Pequenos Leitores, Grandes Sonhos' transforma leitura em ferramenta de cuidado e esperança no Hospital de Base
“Eu achei muito interessante, porque incentiva a criança a se distanciar um pouco do celular”, conta Adriana Lopes da Silva, mãe e acompanhante de Weydilla Tainá Ferreira, de 13 anos, internada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A menina, que adora pintar e ler, é uma das primeiras pacientes a participar do “Pequenos Leitores, Grandes Sonhos”. O projeto, lançado nesta terça-feira (7), na UTI Pediátrica do HBDF, é uma antecipação ao Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro. Idealizado pela equipe da unidade, o projeto tem como objetivo incentivar o hábito da leitura entre pacientes pediátricos, familiares e profissionais de saúde. Com o apoio de livros doados, muitos por colaboradores do IgesDF, o novo espaço de leitura oferece momentos de pausa, imaginação e afeto para crianças em tratamento intensivo, substituindo, por alguns minutos, as telas pelos encantos das histórias. De acordo com o médico e chefe da UTI Pediátrica, Abdias Aires, a ideia nasceu do desejo de tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor e menos frio. “Com a doação de um carrinho de livros, pensamos em criar esse espaço para estimular as crianças. Em tempos de tanta tela e internet, queremos resgatar o contato afetivo com as histórias, sejam contadas por um pai, uma mãe, um enfermeiro ou um médico. A leitura ajuda na memória, na criatividade e no fortalecimento emocional das crianças”, explica. Ao compartilhar a leitura, pais e filhos criam momentos de afeto e conforto | Foto: Divulgação/IgesDF Segundo ele, ler junto é também uma forma de cuidar. “Ao compartilhar a leitura, pais e filhos criam momentos de afeto e conforto, reduzindo o estresse da hospitalização e contribuindo para o bem-estar emocional das crianças internadas. Pesquisas mostram que a leitura acompanhada pode melhorar o humor, a colaboração e até mesmo a resposta clínica dos pacientes pediátricos”, complementa. A gerente-geral de Assistência do HBDF, Fernanda Hak, destaca que a iniciativa causa um impacto humano e simbólico dentro da unidade. “Nada é mais bonito do que ver o trabalho de uma equipe que, mesmo diante da rotina intensa de uma UTI, encontra tempo para cultivar a imaginação e o amor. O livro permite que a criança saia do leito por alguns instantes e viaje para lugares que só a mente pode alcançar. A leitura cura, acolhe, distrai e cria laços entre pacientes, famílias e profissionais”, ressalta. [LEIA_TAMBEM]Para a gerente das UTIs do HBDF, Jovita Castro, o sucesso do projeto é fruto da dedicação coletiva. “Esse projeto só se tornou realidade porque cada um fez um pouco mais do que sua obrigação. Trabalhar em uma UTI exige cuidado, técnica e coração. E é justamente esse carinho e essa sensibilidade que tornam o nosso serviço mais humano. Tenho muito orgulho dessa equipe, que entende que o acolhimento também faz parte do tratamento”, afirma. Ramificações do projeto Além de despertar o prazer pela leitura, o projeto “Pequenos Leitores, Grandes Sonhos” busca fortalecer vínculos entre pais, cuidadores e equipe multiprofissional, tornando o ambiente hospitalar mais leve e afetuoso. A ação marca o início de uma semana especial na UTI Pediátrica do HBDF, que preparou uma série de atividades em comemoração ao Dia das Crianças. Nos dias 9 (quinta-feira) e 10 (sexta-feira), o setor ganhará cores e alegria com o tema “Circo”, trazendo brincadeiras, música, decoração temática e a presença especial de uma contadora de histórias, que dará o pontapé inicial nessa jornada de imaginação e encantamento. O projeto continuará recebendo doações de livros infantis e infantojuvenis, que serão incorporados ao acervo da unidade para uso contínuo dos pacientes. Quem desejar contribuir pode entrar em contato com uma das redes de voluntariado do Hospital de Base, Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama, Amigos do Hospital de Base, Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV) ou Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer (MAC). Os contatos estão disponíveis no site oficial do IgesDF. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Projeto Respira Enfermagem proporciona momentos de bem-estar a profissionais do Hospital de Base
Em meio à rotina intensa do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), a Gerência de Enfermagem, em parceria com o Projeto Acolher, do Instituto de Gestão Estratégica do DF (IgesDF), lançou nesta segunda-feira (29) o Projeto Respira Enfermagem. A iniciativa foi pensada para oferecer aos profissionais de enfermagem uma pausa necessária e um momento de alívio do estresse do dia a dia. Idealizadora da iniciativa, Gabriela Rodrigues, assessora técnica da gerência, explica que a ação surgiu a partir das exigências para a certificação do serviço de trauma pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG), processo do qual o HBDF participa. Os profissionais relaxaram com atividades como a auriculoterapia | Fotos: Divulgação/IgesDF "Uma das diretrizes é oferecer atividades de relaxamento à equipe. Por isso, queríamos criar algo voltado especialmente para técnicos e enfermeiros, que fosse contínuo e, no futuro, pudesse se estender a outros setores do hospital”, destaca. Os participantes tiveram acesso a atendimento nutricional, equipamentos de massagem, auriculoterapia e sessões de meditação com musicoterapia. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
No mês de conscientização sobre o linfoma, Hospital de Base reforça atendimento a pacientes com a doença
No mês de conscientização sobre o linfoma, lembrado em 15 de setembro, histórias como a de Francisco Janailson Rodrigues, de 39 anos, mostram a importância do diagnóstico precoce e do acesso rápido ao tratamento. Portador de linfoma de Hodgkin, ele descobriu a doença após semanas de febre, dores e perda de peso. “Cheguei a perder 17 quilos. No início, pensei que fosse outra condição, mas depois da biópsia veio o diagnóstico. Estou no meu primeiro mês de tratamento e já sinto a diferença de estar em um lugar onde nada falta e todos se dedicam a cuidar da gente”, conta. Pacientes com linfoma recebem acompanhamento especializado no Centro de Infusão Verinha do Hospital de Base | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Francisco realiza duas sessões de quimioterapia por mês, previstas para se estenderem por seis meses. Até agora, não apresentou efeitos colaterais relevantes e mantém confiança na recuperação. “Estou conseguindo me alimentar bem, não tive fraqueza nem vômitos. O mais importante é o acolhimento: a equipe é muito atenciosa e sempre disponível para esclarecer dúvidas. Isso nos dá tranquilidade”, acrescenta. Casos como o dele recebem acompanhamento especializado no Centro de Infusão Verinha do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), unidade gerida pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). O espaço é referência em terapias oncológicas e hematológicas, garantindo acesso a medicamentos e atendimento humanizado para pacientes diagnosticados com linfoma. Cresce número de atendimentos Entre janeiro e julho, o HBDF registrou 979 pacientes com linfoma, alta de 10,4% em relação ao mesmo período de 2024 (887 casos). O volume de consultas também subiu: foram 3.264 no primeiro semestre deste ano, contra 2.409 no mesmo período do ano passado, um aumento de 35,5%. Em todo o ano de 2024, a unidade havia contabilizado 1.238 pacientes e 4.457 consultas. Nos sete primeiros meses de 2025, já foram atingidos 79% do total de pacientes e 73,2% das consultas realizadas no ano anterior, evidenciando crescimento contínuo da demanda. Com a ampliação da capacidade de atendimento, os pacientes do HBDF conseguem iniciar a quimioterapia logo após a primeira consulta, quando necessário Categorização dos linfomas De acordo com Luiz Henrique Ramos, chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do HBDF, o linfoma é um grupo de doenças linfoproliferativas que afetam o sistema linfático. Divide-se em duas categorias principais: linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin, cada uma com diversos subtipos. “Alguns casos são de crescimento lento, e que permitem apenas acompanhamento, mas outros são agressivos e exigem tratamento imediato. Nossa equipe está preparada para atuar em todas as variações da doença”, afirma. O diagnóstico costuma começar pela suspeita clínica, geralmente devido ao aumento de gânglios em regiões como pescoço, axilas ou virilha, associados a sintomas como perda de peso, febre e sudorese noturna. “A confirmação vem com biópsia do gânglio, seguida de exames complementares como tomografia, sorologias e, em muitos casos, o PET-CT, disponível no HBDF e essencial para determinar extensão e localização do câncer no corpo, e o acompanhamento”, explica Ramos. O tratamento é definido de forma individualizada e pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. “A quimioterapia, em geral, é feita de forma ambulatorial, mas alguns casos exigem internação. Já o transplante é indicado quando há recidiva ou em situações específicas. Estamos em processo de credenciamento para realizar transplantes no HBDF, o que trará mais agilidade e integração no cuidado”, completa o especialista. No Hospital de Base, os tratamentos são individualizados e podem incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea Agilidade no cuidado humano No Centro de Infusão Verinha, os pacientes encontram não apenas tecnologia, mas também agilidade e acolhimento, destaca Larissa Dias, chefe de Enfermagem do Ambulatório Onco-Hematológico. “Ampliamos a capacidade de tratamento e hoje conseguimos iniciar a quimioterapia logo após a primeira consulta. Isso é crucial, já que o linfoma pode ser agressivo e exige início rápido da terapia”, afirma. [LEIA_TAMBEM]O papel da enfermagem é central: além de monitorar pacientes durante a infusão, a equipe mantém acompanhamento telefônico para avaliar reações, orientar sobre sinais de alerta e garantir a continuidade do tratamento. “Nosso objetivo é oferecer cuidado integral. Monitoramos sinais vitais, avaliamos o acesso venoso, orientamos sobre hidratação e alimentação e encaminhamos para serviços de apoio, como nutrição e psicologia. Estamos presentes em todas as etapas”, reforça. Para os pacientes, essa dedicação significa não apenas receber medicamentos, mas também recuperar esperança e qualidade de vida. “O maior diferencial é o cuidado humano aliado ao conhecimento técnico. O tratamento é exigente, mas aqui conseguimos dar ao paciente a confiança de que ele não está sozinho”, conclui Larissa. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Tecnologia revoluciona o controle de medicamentos no Hospital de Base
Maria Luisa está internada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) desde o início de agosto para tratar complicações oncológicas. Todas as manhãs, pontualmente às 8h, a paciente de 68 anos recebe seus comprimidos já embalados e identificados, sem imaginar o caminho que cada um deles percorreu até chegar à bandeja. Por trás daquele gesto simples, há o trabalho de uma equipe inteira dedicada a garantir que o tratamento chegue até ela com segurança e precisão. Esse processo vem transformando a rotina do HBDF, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Desde 13 de maio, quatro máquinas de unitarização de medicamentos operam na unidade, trazendo mais segurança aos pacientes e eficiência à gestão. Em pouco mais de três meses, já foram individualizadas 535 mil doses, avanço que otimiza a rastreabilidade, reduz perdas e gera economia. O Hospital de Base conta com quatro máquinas de unitarização de medicamentos; em pouco mais de três meses, já foram individualizadas 535 mil doses | Fotos: Divulgação/IgesDF A unitarização consiste em separar os medicamentos por doses, devidamente embalados e identificados. Cada unidade de ampolas e comprimidos recebe um rótulo com nome, lote, validade e cores que indicam sua categoria, tipo de tarja, necessidade de refrigeração ou sensibilidade à luz. O método reduz desperdícios e evita erros na administração, pois facilita a identificação das medicações. O impacto também já se reflete nas finanças. No segundo trimestre de 2025, as despesas com estoque caíram R$ 30,9 milhões em relação ao mesmo período do ano passado, sem redução no número de atendimentos, que, ao contrário, aumentaram. Esse resultado é fruto da implementação do processo em si, somada ao uso de inventários rotativos, gerenciamento de validades e giro de estoque. Segundo a gerente de Insumos Farmacêuticos e Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) do IgesDF, Jessica Nobre, o processo já era adotado no Centro de Distribuição do Instituto, mas seguia de forma manual no Base. “Antes, os comprimidos eram embalados individualmente com etiquetas pequenas e as ampolas não tinham identificação adequada. Isso gerava perdas e falta de rastreabilidade. Com as máquinas, demos um salto em segurança e gestão de estoque”, afirma. Medicamentos unitarizados garantem mais segurança no tratamento dos pacientes, além de reduzir perdas e gerar economia Modernização em rede O IgesDF adquiriu oito máquinas: duas para a Central de Distribuição, que abastece as 13 unidades de pronto atendimento (UPAs) e o Hospital Cidade do Sol, duas máquinas no Hospital Regional de Santa Maria e quatro para o Hospital de Base, consolidando o processo em uma das maiores unidades de saúde da América Latina. “A mudança atende às exigências de órgãos fiscalizadores e certificações hospitalares, reduzindo perdas e otimizando inventários, o que trouxe uma economia significativa”, reforça Jessica. Na prática, os benefícios chegam a quem lida diariamente com os medicamentos. A chefe do Núcleo de Insumos Farmacêuticos do HBDF, Sâmara Monteiro, destaca a segurança como maior ganho. “Cada embalagem tem informações claras e cores que facilitam a identificação: azul para os que precisam ser refrigerados, preta para medicamentos psicotrópicos, vermelha para potencialmente perigosos e marrom para medicamentos sensíveis à luz. Isso ajuda a enfermagem e reduz erros”, explica. [LEIA_TAMBEM]O farmacêutico responsável pelo setor, Pedro Henrique Alves, detalha o fluxo: “O setor de medicamentos da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) envia os remédios para a sala de unitarização. As máquinas identificam e embalam conforme suas classes farmacológicas. Após o procedimento, o profissional os devolve ao estoque da CAF mediante protocolo, para atender aos pedidos de reposição das farmácias satélites (de cada unidade do hospital). Todo esse processo garante mais agilidade, segurança e controle, desde a chegada do medicamento à farmácia até sua administração ao paciente”. Na enfermaria, a mudança também é visível. A técnica de enfermagem da ortopedia, Deize Kelly, conta que a checagem ficou mais segura. “A farmácia prepara o kit, a enfermagem confere e o técnico responsável revisa. Isso reduz de forma significativa o risco de erros. Antes, os rótulos manchavam ou se soltavam; hoje, as embalagens são resistentes e fáceis de ler”, relata. “É uma mudança que impacta toda a cadeia”, resume Jessica Nobre. “Do gestor, que controla melhor os estoques, ao paciente, que recebe o medicamento de forma segura. A unitarização mostra que tecnologia e cuidado caminham juntos na saúde pública”, conclui. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Homenagem ressalta legado humano e científico de colaboradores e ex-servidores do Hospital de Base
Nesta quinta-feira (11), o auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) sediou uma sessão solene em homenagem aos 65 anos do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A iniciativa foi proposta pelo deputado Jorge Vianna e reuniu autoridades, gestores, servidores e ex-colaboradores da unidade, que é referência em alta complexidade no Centro-Oeste. Ao todo, 252 profissionais receberam moções de louvor pelos serviços prestados ao hospital e à saúde pública. A solenidade contou com a presença da vice-governadora Celina Leão; do presidente do IgesDF, Cleber Monteiro; da gerente administrativa do HBDF, Fernanda Hak; da diretora de Inovação, Ensino e Pesquisa, Emanuela Dourado; do substituto da Diretoria de Atenção à Saúde, Giuseppe Gatto; e do diretor de Infraestrutura, Logística e Obras, Marcos Dutra. Ao abrir a sessão, a vice-governadora Celina Leão ressaltou o papel do HBDF como patrimônio do Distrito Federal. “Na Ouvidoria do Governo do Distrito Federal (GDF), chegam muitas reclamações, mas também recebemos muito mais elogios. Isso prova que o Hospital de Base é essencial e faz a diferença na vida das pessoas. Quero parabenizar todos os profissionais que mantêm essa história viva. O Base é vida, é SUS e representa a nossa luta por uma saúde pública cada vez melhor”, ressalta. Ao todo, 252 profissionais receberam moções de louvor pelos serviços prestados ao hospital e à saúde pública | Foto: Alberto Ruy/IgesDF O deputado Jorge Vianna destacou a trajetória de esperança e superação que marca a história da instituição. “O Hospital de Base é muito mais que um prédio ou um serviço de saúde. É um testemunho vivo da capacidade extraordinária do ser humano. Ali, diariamente, médicos, enfermeiros, técnicos e tantos outros profissionais devolvem brilho à vida da população. Por trás de cada número, há uma família que pode seguir unida graças ao trabalho de vocês. Esse valor é inestimável”, afirma. O parlamentar também apresentou números que dimensionam a relevância do HBDF, somente em 2024 foram realizadas mais de 14 mil cirurgias, 120 mil atendimentos de urgência e emergência e 299 mil consultas, além de transplantes e procedimentos de alta complexidade. Reconhecimento à trajetória Entre os depoimentos que emocionaram o público, destacou-se o da enfermeira aposentada Jucimar Pereira Gomes, 85 anos, que trabalhou no serviço público por quatro décadas. “Quando entrei, com 25 anos, trabalhávamos de domingo a domingo. Não havia escolha, havia obrigação. Mas havia também vocação e entrega. Hoje, vejo que cada esforço valeu a pena, porque ajudamos a construir essa história”, conta. A gerente administrativa do HBDF, Fernanda Hak, reforçou que o hospital é muito mais que uma estrutura física. “Não são os 65 anos de um edifício que celebramos, mas de vidas transformadas, de profissionais que se doaram e continuam se doando todos os dias. E também dos pacientes que passaram por lá. O Base é, acima de tudo, uma casa de cuidado”, destaca. [LEIA_TAMBEM]O diretor de Infraestrutura, Logística e Obras do IgesDF, Marcos Dutra, compartilhou uma experiência pessoal que reforça o legado do hospital. “Depois de uma visita técnica, aproveitei para visitar o sobrinho de uma colega que havia sofrido um acidente. No quarto, conversei com pacientes e acompanhantes e ouvi relatos que me emocionaram. Uma jovem, vinda do Rio de Janeiro, disse nunca ter visto, em um hospital público, tanta receptividade, carinho e atenção”, relata. O médico Giuseppe Gatto fez um resgate histórico, lembrando pioneiros que ajudaram a erguer o hospital. “Eles não inauguraram apenas um hospital. Inauguraram um ideal de serviço público e compromisso com a vida, que se perpetua até hoje. O legado formador e científico do Base é um dos maiores patrimônios do Distrito Federal”, destaca. O presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, agradeceu o empenho dos servidores e destacou os investimentos em andamento. “É um hospital antigo, que exige reformas complexas, mas estamos avançando. A construção do novo centro cirúrgico e a modernização da estrutura mostram nosso compromisso de entregar sempre o melhor para a população. O verdadeiro patrimônio do Base são as pessoas que nele trabalham”, enfatiza. Em sua fala, a diretora de Ensino e Pesquisa, Emanuela Dourado, destacou o papel do HBDF na formação de profissionais de saúde. “Todos querem estudar e trabalhar no Base porque ele é referência. É uma família que se renova, formando gerações que levam esse legado adiante”, revela. “Essas homenagens reforçam que o Base não é apenas o maior hospital público da capital, mas um símbolo de dedicação, ciência e humanidade”, finaliza Cleber Monteiro. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
65 anos do Hospital de Base: investimento moderniza estrutura e amplia capacidade
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), que completa 65 anos no próximo dia 12 de setembro, tem se destacado por projetos que aumentam a eficiência e a qualidade do atendimento. Um exemplo é o Projeto Lean, iniciado em agosto de 2023, que otimiza o uso das salas cirúrgicas, amplia a quantidade de procedimentos diários, reduz cancelamentos e garante que as operações comecem dentro do horário programado, entre 7h e 7h30. Além disso, a unidade implementou o Protocolo Onda Vermelha, modelo emergencial voltado a vítimas de trauma grave com choque hemorrágico. O sistema permite acionar simultaneamente áreas críticas, como o centro cirúrgico, radiologia e banco de sangue, acelerando exames, transfusões e intervenções de urgência. De acordo com Renato Lins, chefe do Trauma, “o protocolo reduz o tempo de resposta, garantindo rapidez nos exames e na disponibilidade imediata de salas para intervenções urgentes”. Hospital de Base investe em modernização e amplia capacidade de atendimento | Fotos: Alberto Ruy/ IgesDF Avanços no tratamento oncológico Em 2024, o HBDF inaugurou o Centro de Infusão Verinha, destinado a quimioterapias oncológicas e hematológicas. O espaço climatizado e privativo aumentou a capacidade de atendimento e proporcionou mais conforto aos pacientes. Somente em 2024, foram realizadas 11.834 aplicações oncológicas e 7.313 de hematologia. Entre janeiro e julho de 2025, já foram registradas 5.809 aplicações oncológicas e 4.202 de hematologia. Obras e investimentos futuros Desde que assumiu a gestão do HBDF, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) promoveu melhorias estruturais, como a reforma da cozinha, da enfermaria de oncologia e da radiologia, que recebeu novos equipamentos, incluindo um angiógrafo e uma ressonância magnética. O novo centro cirúrgico, em construção com investimento de R$ 13,5 milhões, terá 16 salas (duas de alta tecnologia), Recuperação Pós-Anestésica (RPA) com 18 leitos e áreas de apoio para equipes médicas e logísticas. Projetos recentes reforçam a referência da unidade em procedimentos de alta complexidade e cuidado humanizado A chegada de dois aceleradores lineares de fótons, prevista para 2026, permitirá tratamentos de radioterapia de alta tecnologia, antes disponíveis apenas em convênios privados. Edson Gonçalves, superintendente do HBDF, destaca que, pioneiro na capital federal, o hospital mantém-se como referência nacional e segue comprometido em oferecer assistência de excelência a quem mais precisa. Emergência ampliada Para 2026, o foco será a construção do novo Pronto-Socorro do Hospital de Base. A obra, estimada em R$ 18 milhões, já está projetada e contará com duas unidades de suporte: uma voltada para pacientes do Centro de Trauma e outra para pacientes clínicos, somando 125 leitos. As intervenções também preveem mudanças nos acessos de emergência, aproximando os ambientes críticos e restringindo a circulação em áreas sensíveis. Além disso, a recepção principal e o acesso ao edifício serão reformulados, oferecendo um espaço mais acolhedor e confortável aos usuários. A fachada ganhará um novo desenho, mais moderno e funcional. Segundo o vice-presidente do IgesDF, Rubens Pimentel Jr., o impacto será significativo. “Estamos diante de uma transformação estrutural que vai ampliar a capacidade de atendimento e garantir mais segurança e conforto aos pacientes. O novo Pronto-Socorro e o futuro centro cirúrgico representam um salto de qualidade que vai beneficiar diretamente a população atendida pelo Hospital de Base e por toda a rede pública do Distrito Federal”. Na reportagem de amanhã, sobre os 65 anos do Hospital de Base, vamos mostrar os diversos exemplos de atendimento humanizado realizados na unidade. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
Ler mais...
No Dia de Combate ao Fumo, o alerta é sobre os riscos dos cigarros eletrônicos
“Comecei a usar vape aos 17 anos porque todos os meus amigos usavam. Parecia inofensivo, tinha vários sabores e não deixava cheiro. Um ano depois, já não conseguia ficar sem”, conta João Alves (nome fictício). “Hoje, aos 20 anos, estou em tratamento para bronquite crônica e sei que esse hábito me trouxe consequências que vou carregar para sempre; mesmo assim não consigo largar.” Nesta sexta-feira (29), é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data foi instituída em 1986 como marco na luta contra os danos causados pela nicotina. Se, por um lado, as políticas públicas reduziram de forma histórica o número de fumantes de cigarro convencional, por outro, um novo desafio preocupa médicos e autoridades: o crescimento do número de jovens fumantes por conta dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes ou pods. Os cigarros eletrônicos liberam nicotina em alta concentração, além de metais como níquel e alumínio e substâncias cancerígenas formadas pelo aquecimento de solventes | Foto: Bruno Henrique/IgesDF “Recebemos cada vez mais jovens com pulmões comprometidos por inflamações graves. Muitos acreditam que o cigarro eletrônico é inofensivo, mas na prática vemos o contrário. É um risco silencioso e perigoso”, afirma a pneumologista Izabel Diniz, do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Segundo dados da pesquisa Vigitel 2023, realizada pelo Ministério da Saúde, 2,1% da população já usou cigarros eletrônicos. Entre os jovens de 18 a 24 anos, esse índice sobe para 6,1%. Estima-se que cerca de 4 milhões de brasileiros já experimentaram os dispositivos, mesmo com a proibição em vigor pela Anvisa desde 2009. [LEIA_TAMBEM]O perigo escondido no vapor Ao contrário do que sugere a aparência moderna e o marketing colorido, os cigarros eletrônicos não estão livres de riscos. Estudos indicam que os líquidos aquecidos liberam nicotina em alta concentração, além de metais como níquel e alumínio e substâncias cancerígenas formadas pelo aquecimento de solventes. “O cigarro — seja industrializado, de palha, narguilé ou eletrônico — expõe o pulmão a milhares de substâncias tóxicas e cancerígenas. A falsa ideia de que o cigarro eletrônico faz menos mal ameaça retroceder décadas de avanços conquistados contra o tabaco”, reforça a pneumologista. Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, uma epidemia de lesões pulmonares relacionadas ao uso de vapes resultou em mais de 2,5 mil internações e cerca de 60 mortes entre 2019 e 2020. No Brasil, o Ministério da Saúde vem notificando casos graves desde 2020. Izabel Diniz, pneumologista do Hospital de Base: "A falsa ideia de que o cigarro eletrônico faz menos mal ameaça retroceder décadas de avanços conquistados contra o tabaco" O câncer de pulmão O tabagismo ainda é o principal fator de risco para o câncer de pulmão, responsável por cerca de 85% dos casos da doença. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que, entre 2023 e o início de 2025, o Brasil registrou cerca de 704 mil novos casos de câncer por ano. Aproximadamente 32 mil desses registros foram de pulmão, um dos tipos mais letais, ficando atrás apenas dos tumores de mama, próstata e colorretal em número de ocorrências. “O que está em jogo é a saúde das próximas gerações. Precisamos informar, educar e fiscalizar, evitando que o cigarro eletrônico comprometa o futuro que conquistamos com a queda do tabagismo tradicional”, conclui a pneumologista Izabel Diniz. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Ressonância magnética do Hospital de Base realiza mais de 300 exames em três meses
Sentada na sala de espera da radiologia, Veronice Freire segura firme a bolsa no colo. O olhar revela ansiedade, mas também alívio. “Essa análise é fundamental para o meu tratamento. Tenho um câncer e, sem esse exame, não teria como acompanhar a evolução”, conta. Desde que começou a fazer ressonâncias magnéticas no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Veronice passou a sentir que cada laudo é uma etapa vencida. Entre 12 de maio e 14 de agosto, foram realizadas 315 ressonâncias magnéticas no Hospital de Base | Foto: Divulgação/IgesDF A ressonância magnética é um dos métodos mais avançados para investigar o corpo humano sem cortes, sem radiação e com precisão suficiente para diferenciar até os menores detalhes entre tecidos. “É uma ferramenta indispensável, que possui alta resolução de contrastes. O exame é capaz de diferenciar com muita clareza tecidos e estruturas que têm composições físicas ou químicas muito semelhantes, medindo tamanhos de massas, fraturas e até monitorando se o tratamento está funcionando”, explica a radiologista Ana Carolina de Freitas. No HBDF, o impacto desse exame vai muito além dos gráficos e imagens. Só nos últimos três meses, entre 12 de maio e 14 de agosto, foram realizados 315 exames, com uma rotina que inclui 12 agendamentos diários, dois encaixes e um atendimento prioritário para pacientes internados. Cada sessão é mais do que um procedimento técnico: é uma possibilidade concreta de diagnóstico rápido e tratamento preciso. Arte: IgesDF Mais agilidade A chefe do Serviço de Enfermagem em Radiologia, Eva Fernanda, reforça que a rapidez no atendimento tem feito a diferença. “Hoje, conseguimos realizar o exame em menos de 15 dias após a solicitação. Isso significa menos tempo de espera, mais agilidade no diagnóstico e, consequentemente, mais chances de sucesso no tratamento”, destaca. [LEIA_TAMBEM]Os benefícios para a saúde pública não se restringem ao câncer. A ressonância também detecta fraturas ocultas, distensão de ligamentos, massas abdominais e alterações em órgãos internos. Em casos específicos, é possível visualizar as vias biliares, o pâncreas e a vesícula biliar, com uma tecnologia que oferece imagens tão detalhadas que se tornam fundamentais para orientar procedimentos cirúrgicos. Operar um equipamento de alta complexidade exige cuidado e preparo. A técnica em radiologia Elisabeth Rocha explica que, muitas vezes, a ressonância vem depois de exames de raios-X ou tomografia. “Ela é mais aprofundada, detalha lesões e doenças com mais clareza. Para alguns exames, pedimos preparo específico, como jejum ou uso de medicamentos que ajudam a melhorar a qualidade da imagem”, afirma. Paciente do HBDF, Veronice Freire revela a importância da ressonância magnética para seu tratamento: “Tenho um câncer e, sem esse exame, não teria como acompanhar a evolução” Para pacientes como Veronice, todo esse cuidado técnico se traduz em confiança. “Sei que a equipe faz o possível para que o exame saia perfeito. Cada imagem ajuda meu médico a decidir o próximo passo do meu tratamento”, relata. No Hospital de Base, o serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Médica supera tumor cerebral e retribui trabalhando no Hospital de Base
Aos 32 anos, a médica infectologista Mariana Ramos vive uma jornada marcada por superação e recomeço. Após ser diagnosticada com um tumor cerebral em 2022, durante a residência médica, ela foi tratada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Hoje, curada, atua na mesma unidade onde salvaram a vida dela. A infectologista Mariana Ramos é grata pelo tratamento que recebeu no HBDF: “As equipes que me atenderam proporcionaram as melhores condições possíveis” | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF O diagnóstico veio durante o terceiro ano de residência, quando ela sofreu uma crise convulsiva inesperada. Após exames, veio o diagnóstico de meningioma, tumor benigno que afeta as meninges, membranas que revestem o cérebro. Na época, Mariana passou por cirurgia e ficou sete dias internada na UTI. Em seguida, enfrentou uma cirurgia na cabeça, conhecida como cranioplastia, e um longo processo de reabilitação física e emocional. Durante o tratamento, Mariana conta que nunca se sentiu sozinha. Cada vez que abria os olhos, havia sempre um profissional ao seu lado, pronto para ajudar. Segundo ela, esse cuidado fez toda a diferença — mesmo afastada da rotina da residência médica na época, se sentia acolhida. “As equipes que me atenderam proporcionaram as melhores condições possíveis”, garante. [LEIA_TAMBEM]Mesmo com o sucesso da cirurgia, Mariana teve outras complicações – acordou sem mexer os dois lados do corpo e sem falar direito. “Tive que aprender o básico, como um bebê; dependia completamente das outras pessoas. Mexer a cabeça, sentar e levantar, somente com apoio dos outros”, recorda. “Naquele momento, eu realmente entendi o sentido da equipe multidisciplinar. Foram aqueles profissionais que salvaram a minha vida”. Curada do tumor, a médica infectologista participou de um processo seletivo para o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) no final de 2024 e, atualmente, trabalha no HBDF, atuando na linha de cuidados da neurocirurgia, no controle de infecção hospitalar. Para o coordenador do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital de Base, Julival Ribeiro, ter Mariana nesta função é de extrema importância para o atendimento ao paciente da neurocirurgia. “A história de superação, a experiência vivida por ela, e o esforço das nossas equipes para salvá-la são fatores fundamentais para que a tenhamos nessa linha de frente”, destaca. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Equipamentos doados ao HBDF modernizam processamento de exames
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) acaba de receber um reforço para o seu laboratório: dez novos leitores de etiquetas, doados pela Associação de Amigos do Hospital de Base. A entrega moderniza a infraestrutura do setor e representa um avanço na qualidade dos serviços prestados à população, especialmente em uma área que processa mais de 4 mil amostras biológicas por dia. Com os novos equipamentos, o laboratório ganha mais agilidade, segurança e precisão. A leitura automatizada dos códigos de barras melhora o controle e a rastreabilidade das amostras, além de liberar os profissionais para atividades mais estratégicas e menos repetitivas. Os novos equipamentos permitem a leitura automatizada dos códigos de barras, o que melhora o controle e a rastreabilidade das amostras | Foto: Divulgação/IgesDF Segundo a chefe do laboratório do HBDF, Lara Malheiros, a necessidade surgiu por conta de limitações técnicas dos antigos leitores. “Eles exigiam acionamento manual e nem sempre reconheciam todos os códigos. Com mais equipamentos, teremos mais pontos de registro, o que otimiza o fluxo. Antes, um colaborador precisava esperar a liberação de um leitor para registrar suas amostras, o que impactava diretamente no tempo de resposta dos exames”, explica. Lara também reforça a importância da rastreabilidade no processo laboratorial: “Mais de 4 mil amostras diárias exigem registro tanto na coleta quanto na triagem. Com os novos leitores, garantimos a rastreabilidade do início ao fim do processo”. [LEIA_TAMBEM]Os equipamentos chegaram na manhã da doação e já começaram a ser identificados e preparados para instalação pela equipe de qualidade do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). A expectativa é que estejam em pleno funcionamento em até 24 horas, ampliando significativamente a capacidade operacional do laboratório. Agilidade, precisão e cuidado Para Elaine Araújo, gerente de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HBDF e especialista em diagnóstico por imagem, a mudança representa um marco. “A leitura automatizada traz mais rapidez e segurança, uma vez que as amostras passam a ser registradas com mais agilidade. A adoção desses leitores representa um grande avanço para a área”, afirma. A gerente destaca ainda que os novos equipamentos poderão beneficiar outros setores, como anatomia, farmácia e hemodinâmica, onde a automatização ainda é parcial: “Com mais leitores, esperamos ganhos significativos também nessas áreas”. A doação foi realizada pela Associação de Amigos do Hospital de Base, que mantém uma escuta ativa às necessidades da instituição. “Essa era uma demanda essencial da equipe do laboratório. Não poderíamos deixar de contribuir em um momento tão necessário”, afirma Maria Oneide, representante da associação. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
DF oferece tratamento e apoio integral a quem sofre de câncer de pulmão
As dores nas costas se tornaram tão intensas que o marceneiro aposentado Luiz de França, de 65 anos, mal conseguia sair da cama. “Acordei um dia e não consegui levantar. Nunca tinha sentido nada antes”, relembra. O susto foi o primeiro passo até o diagnóstico de câncer de pulmão, confirmado em outubro do ano passado, no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) é referência em oncologia. Com o diagnóstico em estágio avançado, Luiz encarou a notícia com serenidade. “Eu fiquei tranquilo. Pensei: ‘Já enfrentei tanta coisa, vou enfrentar mais essa’. E fui muito bem acolhido desde o começo”, conta ele, que segue em tratamento com quimioterapia e acompanhamento. Exames prévios podem levar o paciente à descoberta de um câncer de pulmão, doença que muitas vezes tem sintomas silenciosos | Fotos: Divulgação/IgesDF A história de Luiz reforça a importância da escuta ao corpo e da busca por atendimento médico, mesmo na ausência de sintomas típicos. Segundo a pneumologista Nancilene Melo, chefe da unidade de pneumologia do HBDF, os indícios da doença podem ser silenciosos ou atípicos, especialmente nos estágios iniciais. “Tosse persistente, dor no peito, rouquidão, falta de ar e perda de peso sem explicação são sintomas que merecem atenção”, reforça a médica. A busca pelo tratamento começa com uma consulta simples em uma unidade básica de saúde (UBS). Caso haja suspeita, o paciente é encaminhado para uma consulta com especialista. Nancilene explica que há casos em que os primeiros sinais aparecem quando o câncer já avançou, como dores nas costas ou nos ossos. “É por isso que o rastreio entre pessoas de risco, como fumantes e ex-fumantes, é tão importante”, explica. Tratamento que evolui "Hoje conseguimos oferecer tratamentos personalizados, com base no perfil molecular da doença de cada paciente. Isso aumentou a sobrevida e melhorou muito a qualidade de vida" Victor Oliveira Alves, chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital de Base De acordo com o chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital de Base, Victor Oliveira Alves, o cenário do câncer de pulmão mudou significativamente nos últimos anos. “Hoje conseguimos oferecer tratamentos personalizados, com base no perfil molecular da doença de cada paciente. Isso aumentou a sobrevida e melhorou muito a qualidade de vida”, explica. Ele destaca a chegada da terapia-alvo como um avanço para o tratamento no SUS. “Também chamada de terapia direcionada, é um tratamento contra o câncer que utiliza medicamentos para identificar e atacar especificamente as células cancerígenas, poupando as células saudáveis. Mesmo nos casos de doença avançada, conseguimos controlar o câncer por mais tempo. E, em alguns casos raros, até alcançar o que chamamos de cura oncológica”, destaca. Segundo o oncologista, a pandemia da covid-19 também teve um efeito inesperado: aumentou o número de exames de tórax realizados, o que levou à detecção mais precoce de nódulos pulmonares em alguns pacientes. “Essa mudança de comportamento tem feito a diferença. Quando diagnosticamos cedo, o tratamento pode ter intenção curativa”, reforça. Apoio além do físico Pacientes que se culpam por fumar ou ter se exposto a fatores de risco precisam de acompanhamento psicológico O impacto do diagnóstico vai além do corpo. Segundo a psicóloga hospitalar Luiza Gayão, o câncer de pulmão carrega um peso emocional importante, tanto para o paciente quanto para a família. “Muitos se sentem culpados por terem fumado ou por fatores de risco. Há medo, luto simbólico, perda da autonomia. É um momento muito sensível”, diz. Para ela, o cuidado precisa ser integral. “A psicologia hospitalar oferece um espaço de acolhimento para que o paciente compreenda seus sentimentos, resgate sua história, sua dignidade e encontre força para seguir com o tratamento. O vínculo terapêutico é fundamental nesse processo”, afirma. Prevenção ainda é a melhor arma Apesar dos avanços no tratamento, o câncer de pulmão ainda é o tipo mais letal. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2023 foram mais de 28 mil novos casos e cerca de 20 mil mortes pela doença no Brasil. 65 Número de pacientes que fazem tratamento mensal para o câncer de pulmão no HBDF Somente no primeiro semestre de 2025, foram realizadas 31 consultas de primeira vez e 521 retornos em oncologia clínica no Hospital de Base, com casos em diferentes estágios da doença. Atualmente, cerca de 65 pacientes passam por tratamento ativo todos os meses na unidade. O tabagismo segue como o principal vilão, responsável por até 85% dos casos. Mas os especialistas alertam: a ameaça também vem dos cigarros eletrônicos, cada vez mais populares entre os jovens. “Esses dispositivos expõem o pulmão a substâncias tóxicas que podem causar danos sérios e aumentar o risco de câncer no futuro”, alerta a pneumologista Nancilene. [LEIA_TAMBEM]No Distrito Federal, as UBSs oferecem grupos de apoio à cessação do tabagismo, abertos a qualquer cidadão. “Parar de fumar é possível e não precisa ser solitário. Há ajuda disponível, e o primeiro passo pode salvar sua vida”, reforça a médica. Diversas UBSs do Distrito Federal oferecem grupos de apoio para quem deseja parar de fumar. Para saber onde encontrar o mais próximo de você, entre em contato com a Coordenação de Tabagismo pelo telefone (61) 3449-4441 ou acesse o site. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Hospital de Base promove campanha Julho Verde contra o câncer de cabeça e pescoço
O Serviço de Fonoaudiologia (Sefon) do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) promoveu, nesta segunda-feira (28), uma blitz interativa para promover o Julho Verde, uma campanha para conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço. A ação incluiu, além da distribuição de folders e fitinhas verdes, a realização de um quiz interativo com distribuição de brindes. A equipe realizava perguntas simples com mitos e verdades sobre a doença, além de um painel e um banner temático com frases de impacto e espaço para fotos, e também momento para tirar dúvidas com enfermeiros e fonoaudiólogos. O objetivo da iniciativa é conscientizar pacientes, familiares e colaboradores sobre riscos, sinais e sintomas da doença. Além disso, visa incentivar a adoção de hábitos saudáveis e a busca por diagnóstico precoce. O objetivo da iniciativa é conscientizar pacientes, familiares e colaboradores sobre riscos, sinais e sintomas da doença | Foto: Divulgação/IgesDF Jeziel Almeida, aos 55 anos, descobriu que as recorrentes infecções de garganta eram algo mais grave: um câncer de laringe. Sem dar importância aos sintomas, ele enfrentou uma dura batalha contra a doença e passou por cirurgia em 2020 no HBDF. Hoje, aos 60 anos, é voluntário no hospital e apoiador da campanha Julho Verde. “É importante que as pessoas fiquem atentas a qualquer sinal diferente com seu corpo, porque mesmo sobrevivendo ao câncer, ficam sequelas irreversíveis na nossa vida. Talvez se tivesse descoberto a doença um pouco mais cedo, não teria ficado com minha voz comprometida”, conta Jeziel. Fonoaudióloga da Unidade de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HBDF, Ana Gabriela Nobre Fernandes, explica que, mesmo com o tratamento, o paciente tem sua rotina completamente alterada. “Após a cirurgia, esse paciente vive com algumas dificuldades. A rotina de sono muda, além da sua alimentação e respiração. Os números de casos vêm aumentando. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a previsão para 2025 é de 39.550 novas ocorrências de câncer de cabeça e pescoço no Brasil, sendo 2.760 no Centro-Oeste. Por isso, nosso objetivo no HBDF é conscientizar sobre os riscos e alertar para a busca da avaliação médica o quanto antes, pois o diagnóstico precoce ajuda na cura”, ressalta. Nádia Bittencourt, 60 anos, aguardava uma consulta no ambulatório de nefrologia do HBDF nesta segunda-feira e aprovou a campanha. “Eu tenho uma filha que fuma, então essa iniciativa desperta na gente uma preocupação para esse tipo de doença, que no dia a dia vamos ignorando. O alerta faz a gente lembrar que precisamos estar atentos e cuidar da nossa saúde”, conclui. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Hepatites virais: Prevenção, testagem e tratamento salvam vidas
Neste 28 de julho, Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) reforça a importância da conscientização, prevenção e diagnóstico precoce de infecções como cirrose e câncer de fígado, que podem evoluir de forma silenciosa para complicações graves. O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais alerta para a importância da conscientização, prevenção e diagnóstico precoce dessas doenças | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF No primeiro semestre de 2025, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) diagnosticou 35 casos de hepatites virais. Em comparação com o mesmo período de 2024, houve uma leve redução, com 37 casos entre janeiro e junho do ano passado – ao longo de 2024, o hospital identificou 72 pacientes com a infecção. As hepatites virais são inflamações causadas por vírus que atingem o fígado e se dividem em cinco tipos: A, B, C, D e E. Vale ressaltar, no entanto, que outros agentes infecciosos – como os da gripe, dengue e herpes – também podem afetar o órgão. Segundo a médica Liliana Mendes, supervisora da residência médica em Hepatologia do HBDF, é importante compreender que as hepatites virais nem sempre apresentam sintomas. “Muitos pacientes não sentem nada, mas outros podem ter náuseas, vômitos, febre, icterícia e alterações nas enzimas hepáticas. Em alguns casos, pode levar a uma hepatite fulminante e até mesmo a um transplante de fígado com urgência”, afirma. A testagem rápida permite identificar com precisão e celeridade os casos reagentes, o que é essencial para quebrar a cadeia de transmissão das hepatites virais | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF Entre as formas mais graves estão as hepatites B e C crônicas, cuja transmissão ocorre principalmente pelo contato com sangue contaminado, relação sexual sem proteção e compartilhamento de objetos cortantes ou perfurantes – como agulhas e seringas. Portanto, é sempre bom lembrar que a prevenção é o caminho mais seguro para conter o avanço dessas doenças. Diagnosticado com hepatite C em 2007, o servidor público aposentado Oscar Macedo descobriu o vírus por acaso, durante exames pré-operatórios para uma cirurgia nasal. Com o diagnóstico confirmado, foi encaminhado para o Hospital de Base, onde fez acompanhamento no núcleo especializado no tratamento da doença. Lá, passou por consultas, exames laboratoriais e uma biópsia hepática que revelou fibrose em estágio avançado. "A hepatite C, infelizmente, ainda não tem vacina, mas tem cura. O tratamento é feito com medicamentos de uso oral, disponibilizados pelo SUS" Liliana Sampaio, supervisora da residência médica em Hepatologia do HBDF O primeiro tratamento, realizado no próprio Base entre 2009 e 2010, utilizou os remédios disponíveis na época. Em 2012, com o surgimento de novos medicamentos, Oscar teve acesso a um tratamento mais moderno e eficaz, novamente pelo Hospital de Base, que resultou na eliminação definitiva do vírus. Desde então, ele realiza acompanhamento regular na unidade e celebra a cura técnica, chamada de “resposta virológica sustentada”. Mesmo curado, Oscar segue orientações médicas para proteger o fígado e evitar uma possível reinfecção. Para ele, o atendimento recebido no Base foi essencial para superar a doença e ter qualidade de vida, reforçando o papel fundamental da rede pública no enfrentamento às hepatites virais. Vacinas e tratamento gratuito pelo SUS No Brasil, a vacina contra a hepatite B é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em três doses, a partir do primeiro mês de vida. Também está disponível a imunização contra hepatite A, cuja transmissão ocorre pela via fecal-oral, em duas doses. Ambas as vacinas são eficazes e seguras. [LEIA_TAMBEM]“A hepatite C, infelizmente, ainda não tem vacina, mas tem cura. O tratamento é feito com medicamentos de uso oral, disponibilizados pelo SUS”, explica Liliana Sampaio, que também é pesquisadora do HBDF e doutora em gastroenterologia pela USP. Para auxiliar no combate às hepatites, é fundamental que todos os adultos realizem a testagem para hepatites B e C. Essa triagem permite vacinar quem ainda não tem imunidade contra a hepatite B e iniciar precocemente o tratamento de quem já foi infectado, evitando complicações. De acordo com a farmacêutica e especialista em Vigilância em Saúde, Thaynnara Pires, o Hospital de Base realiza rastreamento ativo de casos por meio do monitoramento contínuo de indicadores da Vigilância Epidemiológica e análise conjunta com o Núcleo de Laboratório. Todas as amostras coletadas são acompanhadas e notificadas de forma oportuna aos órgãos competentes, como o Ministério da Saúde, por meio dos sistemas oficiais de informação. Farmacêutica e especialista em Vigilância em Saúde, Thaynnara Pires informa que o Hospital de Base realiza rastreamento ativo de casos de hepatites B e C por meio de monitoramento contínuo | Foto: Bruno Henrique/ IgesDF Testes rápidos O acesso aos exames e à correta indicação médica são ferramentas que garantem maior efetividade nas ações de saúde pública. “A testagem rápida permite identificar com precisão e rapidez os casos reagentes, o que é essencial para quebrar a cadeia de transmissão das hepatites virais”, diz Thaynnara. A analista do laboratório clínico do HBDF, Isabella Mariano, explica que os testes rápidos para detecção das hepatites virais estão disponíveis no hospital, mas precisam ser solicitados por um profissional de saúde do IgesDF. “Só realizamos o exame com o pedido médico interno. Os testes rápidos têm resultado liberado no mesmo dia, e a sorologia completa também”, afirma. Essa agilidade é essencial para garantir o início rápido do acompanhamento e tratamento. O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais é mais que uma data simbólica: é um alerta para o cuidado contínuo com a saúde do fígado. Com prevenção, testagem e tratamento adequado, é possível evitar complicações graves e salvar vidas. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Projeto leva aulas de boxe à ala psiquiátrica do Hospital de Base
No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o boxe tem se mostrado um importante aliado no tratamento de pacientes internados na ala psiquiátrica. Há algum tempo, práticas esportivas vêm sendo incorporadas às terapias como uma forma eficaz de auxiliar na recuperação da saúde mental. E, nos últimos seis meses, essa proposta ganhou ainda mais força com o projeto Nocauteando o Sofrimento Mental. “O boxe, como outras artes marciais, funciona como uma válvula de escape. Ajuda a aliviar a ansiedade e a angústia tão presentes nos transtornos mentais”, diz o médico psiquiatra Régis Barros | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Idealizado pelo psiquiatra Régis Barros, o projeto leva, toda segunda-feira, aulas de boxe para os pacientes. Durante cerca de 30 a 40 minutos, eles participam de atividades lúdicas que incluem exercícios de respiração, alongamentos, fundamentos do boxe e mensagens motivacionais, tudo adaptado para proporcionar bem-estar físico e emocional. [LEIA_TAMBEM]Régis Barros, além de médico psiquiatra, é atleta graduado em jiu-jítsu, luta livre esportiva e thai-kickboxing. A vivência nos esportes inspirou a criação do projeto como uma alternativa complementar para amenizar o sofrimento de quem enfrenta a dura batalha contra transtornos mentais. “O boxe, como outras artes marciais, funciona como uma válvula de escape. Ajuda a aliviar a ansiedade e a angústia tão presentes nos transtornos mentais”, explica Régis. Cada paciente do projeto ganha um par de luvas, doadas à unidade. Eles têm a oportunidade de praticar a modalidade de forma segura e acompanhada por profissionais da equipe multidisciplinar do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF). O objetivo vai além do exercício físico, ocupa a mente e promove a socialização. “A proposta é dar aos nossos pacientes uma ferramenta real para atravessar esse momento com mais leveza e esperança”, acrescenta o médico. Transformação pelo esporte A iniciativa tem conquistado não só os pacientes, mas também seus familiares. É o caso de *Eronice Gonçalves, 65 anos, avó de um adolescente internado na ala psiquiátrica. “Desde que meu neto começou a fazer boxe, ele é outra pessoa. Estava angustiado, deprimido e muito agressivo. Agora está calmo, animado com o tratamento. É realmente um santo remédio”, conta. Aulas têm impacto positivo no comportamento dos pacientes, segundo familiares O novo lutador *M. A. N. está bastante empolgado e não vê a hora de lutar boxe fora do hospital. “Quando eu sair, não quero mais jogar futebol como antes, vou lutar boxe. Essa luta é boa demais, nunca mais quero parar”. *Nomes fictícios para preservar a identidade da fonte. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Médico finlandês especialista em trauma visita o Hospital de Base
Em visita ao Brasil para ministrar palestras em cursos e congressos de cirurgia, o médico finlandês e cirurgião de trauma Ari Leppaniemi visitou o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) nesta quarta-feira (2). O médico está na capital federal para ministrar curso teórico e prático e conheceu as instalações do serviço de trauma do hospital gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF). “Estou muito impressionado com a forma como os sistemas estão funcionando aqui. É de alta qualidade. No geral, é um ótimo sistema, e tenho que dar crédito às pessoas que começaram isso e que continuam fazendo até hoje”, afirmou Leppaniemi. Médicos do IgesDF ressaltaram a importância do intercâmbio internacional no Hospital de Base | Foto: Alberto Ruy/IgesDF [LEIA_TAMBEM]Ari Leppaniemi, referência na área de trauma, também comentou sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), comparando com o modelo adotado na Finlândia: “Temos um sistema de saúde pública muito forte, e acredito que esse é o caminho a ser seguido. O setor público é o que deve e precisa assumir a maior parte do peso na área da saúde.” Para o cirurgião do IgesDF, Rodrigo Caselli, a presença do médico estrangeiro reforça a importância do serviço de trauma do HBDF, que tem buscado constante aperfeiçoamento de suas práticas. “Tê-lo conosco aqui é um privilégio e uma oportunidade de aprendizado valiosa para nossa equipe”, declarou. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Junho Amarelo destaca desafios da afasia e reforça empatia no cuidado com pacientes
No mês de conscientização da afasia, o Junho Amarelo, a equipe de fonoaudiologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) promoveu uma ação nas áreas de neurologia e neurocirurgia. Voltada para acompanhantes e profissionais da saúde, a iniciativa sensibilizou e orientou sobre os desafios enfrentados por pacientes que convivem com esse distúrbio da comunicação. A afasia é uma condição que compromete a linguagem, afetando a fala, a escrita, a leitura e a compreensão, e geralmente é causada por acidente vascular cerebral (AVC) ou traumatismo craniano. A ação contou com orientação e com atividades lúdicas para pacientes com dificuldade na fala | Fotos: Divulgação/IgesDF Além das explicações técnicas, a atividade também proporcionou uma experiência prática e emocional do que significa perder a capacidade de se comunicar. Foram realizadas dinâmicas como telefone sem fio, mímicas e desafios de decodificação de mensagens, simulando as dificuldades enfrentadas por quem vive com afasia. “Queríamos que os acompanhantes e profissionais sentissem, ainda que por instantes, a frustração de um paciente que tenta se expressar e não consegue. Quando a linguagem falha, o afeto precisa falar mais alto”, resume a fonoaudióloga Aline Monteiro, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), que administra o HBDF. A campanha Junho Amarelo busca a conscientização sobre a afasia A chefe da fonoaudiologia do Hospital de Base, Bartira Pedrazzi, destaca que o trabalho vai além da reabilitação. “A proposta é trazer à tona temas pouco discutidos, como a afasia, e mostrar a importância do papel do acompanhante como mediador da comunicação do paciente”, afirma. Foi o que aconteceu com Bianca Silva, filha da paciente Maria das Dores, de 58 anos, diagnosticada com afasia após um AVC. “Às vezes ela fala coisas que não fazem sentido. É preciso ter muita paciência. Uso bastante a internet para nos ajudar a conversar. Essa atividade vai me ajudar ainda mais”, relata. [LEIA_TAMBEM]Outro participante, Robson Carvalho, acompanhava a ex-esposa, Nilza Gregório, internada há 45 dias, após um aneurisma. “Ela perdeu algumas palavras, mas cada pequeno progresso é uma vitória. O mais importante agora é paciência, carinho e presença”, compartilha. Cuidado e afeto Com uma equipe de 38 fonoaudiólogos distribuídos por todo o hospital, o IgesDF garante atendimento especializado em diversas áreas, especialmente nos setores com maior concentração de pacientes neurológicos. “Nosso objetivo é oferecer um cuidado que vá além do técnico, com acolhimento e escuta ativa”, reforça Bartira. Ao fim da atividade, os participantes receberam uma cartilha informativa com orientações práticas e um QR Code com acesso a conteúdo educativo sobre a afasia, além de uma lembrança simbólica do momento de aprendizado e empatia. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Viver bem com asma é possível: Histórias de superação no Hospital de Base
Celebrado em 21 de junho, o Dia Nacional do Controle da Asma chama atenção para uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns e que, embora não tenha cura, pode ser controlada. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), pacientes como Márcia Madalena Santos, 78 anos, e Germaila Ribeiro, 40, são exemplos de que é possível viver bem com a condição quando se tem acompanhamento adequado e uma rotina de cuidados. Márcia convive com a asma desde a infância. Hoje, participa das sessões de fisioterapia respiratória oferecidas pelo hospital. “Se a gente não se cuida, vem a crise e derruba mesmo”, conta. “Com o tratamento, consigo fazer minhas coisas com menos cansaço. Mas tem que cuidar todo dia”. Com histórico familiar da doença, ela aprendeu que o controle está nos detalhes da rotina: “Minha mãe teve, meus filhos também. É de família. Eu já sei como é. Hoje, com a fisioterapia, me sinto melhor. Faço minhas coisinhas com menos cansaço”. Márcia Madalena Santos participa das sessões de fisioterapia respiratória no Hospital de Base | Fotos: Divulgação/IgesDF Já Germaila, paciente do HBDF há 27 anos, lembra que enfrentava crises severas durante a infância, no Maranhão: “Desmaiava com falta de ar, era direto no balão de oxigênio. Aqui, com o acompanhamento, tudo mudou. Hoje eu trabalho, cuido da casa e vivo com mais tranquilidade”. O alergologista Vitor Pinheiro, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), explica que a asma é uma inflamação crônica das vias aéreas, com sintomas como tosse seca, chiado, aperto no peito e falta de ar. A gravidade e a frequência variam, e o controle depende de prevenção, educação e adesão ao tratamento contínuo. “Muitas pessoas só buscam ajuda nas crises, mas isso é um erro. O tratamento é diário, com remédios, mudança de hábitos e atenção aos gatilhos”, alerta Vitor. Ambulatório especializado No Hospital de Base, os casos mais graves da doença recebem atendimento no ambulatório específico para asma moderada a grave, voltado à atenção terciária. O serviço é referência por oferecer acompanhamento especializado e acesso ao que há de mais avançado no tratamento: os imunobiológicos. O acesso a essa medicação com distribuição pelo SUS representa um diferencial importante, especialmente para pacientes com asma grave de difícil controle, que continuam enfrentando crises mesmo com o uso adequado de medicamentos convencionais. Esse tipo de tratamento é fundamental para quem, mesmo seguindo corretamente o tratamento, continua enfrentando crises e limitações no dia a dia. [LEIA_TAMBEM]Cuidado que fortalece Segundo o fisioterapeuta do HBDF, Reubi Farias, o trabalho com os pacientes inclui exercícios para fortalecer a musculatura e reduzir a sobrecarga respiratória: “Com mais força e resistência, os pacientes enfrentam menos crises e diminuem o uso de bombinhas. E isso impacta diretamente na qualidade de vida, especialmente no frio e na seca”. Vacinar é cuidar Entre os principais fatores que agravam a asma estão infecções respiratórias, mofo, poeira, pelo de animais e mudanças bruscas de temperatura. Segundo o especialista, manter a vacinação em dia é fundamental, especialmente contra o vírus influenza. “A gripe pode desencadear crises graves. Por isso, os asmáticos devem se vacinar todos os anos. É uma medida simples, mas extremamente eficaz”, aponta o alergologista. Ele também alerta para os cuidados redobrados no inverno, quando o clima seco e frio favorece infecções respiratórias: “Evitar locais fechados e aglomerações, manter o ambiente arejado e seguir o tratamento corretamente são atitudes que fazem a diferença”. Só em maio de 2025, o Hospital de Base atendeu 198 pacientes asmáticos ambulatorialmente Rede que cuida Referência em média e alta complexidade, o HBDF atendeu 198 pacientes asmáticos ambulatorialmente só em maio deste ano. O acompanhamento começa pelas unidades básicas de saúde (UBSs), responsáveis pelo diagnóstico inicial e encaminhamento ao hospital, quando necessário. O diagnóstico precoce é essencial. Em casos de asma alérgica – o tipo mais comum –, testes de sensibilidade, histórico de rinite e dermatite atópica ajudam a definir o melhor tratamento. “Crianças com histórico familiar têm maior chance de desenvolver a doença. Por isso, sinais como chiado, tosse noturna ou falta de ar devem ser observados desde cedo”, orienta Vitor Pinheiro. “Só tomar remédio não basta. É preciso entender a doença, seguir as orientações médicas, manter o ambiente limpo, evitar gatilhos e, principalmente, se vacinar. Com informação e cuidado, é possível viver bem com asma.” *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Rede pública de saúde do DF oferece prevenção para problemas oftalmológicos
As consultas regulares ao oftalmologista são fundamentais para a saúde ocular. Mesmo que não haja sintomas claros, os exames periódicos podem detectar problemas evitando futuras complicações. A recomendação é que os exames sejam realizados anualmente, principalmente após os 40 anos, mas isso pode variar dependendo do histórico familiar ou das condições de saúde do paciente. Segundo o oftalmologista Danillo Almeida, gerente dos Serviços Cirúrgicos do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), os problemas mais comuns que afetam a visão incluem ametropias (miopia, hipermetropia e astigmatismo), catarata, glaucoma e retinopatia diabética. Consultas periódicas com o oftalmologista podem identificar doenças silenciosas a tempo de evitar um problema mais grave | Fotos: Agência Saúde “Muitas dessas doenças se desenvolvem de forma silenciosa. Glaucoma e retinopatia diabética, por exemplo, não costumam apresentar sintomas no início, mas podem levar à cegueira se não forem tratadas a tempo. Consultar um oftalmologista regularmente é a melhor forma de se proteger”, explica o médico. No Hospital de Base, além dos atendimentos de emergência e alta complexidade, são realizados exames pré-operatórios, cirurgias de catarata, avaliação de fundo de olho e cirurgias para casos graves de glaucoma. Danillo reforça que a maioria dos pacientes com glaucoma pode ser tratada com colírios, sem necessidade de cirurgia, ao contrário da catarata, cujo tratamento é essencialmente cirúrgico. Cirurgias como a de catarata são realizadas no Hospital de Base de Brasília Outro problema comum, especialmente no inverno, são as conjuntivites, geralmente causadas por vírus. O médico alerta sobre os riscos do uso indiscriminado de colírios antibióticos sem orientação especializada. [LEIA_TAMBEM]Quando procurar o oftalmologista Crianças ⇒ Primeira consulta entre 6 meses e 1 ano, para avaliar o desenvolvimento visual ⇒ Aos 3 anos, exame completo antes da fase escolar ⇒ A partir dos 6 anos, consultas anuais Para adultos ⇒ Exames a cada dois anos, ou conforme orientação médica ⇒ Após os 40 anos, todos devem fazer avaliação para detecção precoce do glaucoma ⇒ Quem tem histórico familiar de glaucoma deve iniciar o rastreio aos 35 anos Para idosos ⇒ A partir dos 65 anos, o ideal é manter consultas anuais ⇒ Pacientes com doenças crônicas, como diabetes ou hipertensão, devem redobrar os cuidados, realizando exames com maior frequência. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Assistentes sociais acolhem histórias no DF
No dia 15 de maio, celebra-se o Dia do Assistente Social — uma data que vai além das homenagens e se torna um convite à reflexão sobre o impacto real que esses profissionais têm na vida de milhares de pessoas. No Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), o trabalho desses profissionais é fundamental para todos, ainda que pouco visível para muitos. Atualmente, a instituição conta com 102 assistentes sociais contratados, distribuídos entre os hospitais de Base do Distrito Federal (HBDF), Regional de Santa Maria (HRSM), Cidade do Sol (HSol) e as unidades de pronto atendimento (UPAs). São esses colaboradores que acolhem, escutam e traçam caminhos. No HBDF, foram mais de 45 mil atendimentos apenas em 2024. “Cada atendimento é uma história, uma oportunidade para que o paciente tenha acesso aos seus direitos, trazendo dignidade e esperança para aqueles que, muitas vezes, não sabem como lutar por isso,” afirma a assistente social Érica Tedesque, chefe do Serviço Social do hospital. No HBDF, o Serviço Social prestou mais de 45 mil atendimentos em 2024 | Foto: Divulgação/IgesDF O alcance dessa atuação vai além da burocracia. Os colaboradores fazem parte das equipes multiprofissionais, superando obstáculos como abandono familiar, dificuldades de transporte, falta de medicamentos de alto custo e ausência de documentos. “O paciente não é apenas um corpo doente. Ele tem uma história, vínculos, uma realidade social. Nosso papel é garantir que esse contexto seja levado em consideração, para que o cuidado seja realmente completo,” ressalta. No HRSM, 22 profissionais atuam em praticamente todos os setores do hospital — da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ao pronto-socorro infantil, da maternidade aos ambulatórios. Para a chefe do Serviço Social da unidade, Edileia Tibério Santana, essa presença é fundamental para assegurar um atendimento integral. “Somos uma equipe comprometida com a missão e a visão institucional do Instituto, pautando nossa atuação na promoção de um cuidado humanizado, ético e socialmente responsável,” explica. O olhar atento do assistente social começa na admissão do paciente. Desde o início, é planejada uma alta segura e viável — principalmente para quem enfrenta vulnerabilidades. Quando o retorno ao lar não é possível, a equipe articula com a rede pública acolhimentos institucionais, acompanhamento domiciliar ou acesso a benefícios sociais. Essa articulação exige diálogo constante com órgãos como Ministério Público, Defensoria Pública, Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e conselhos tutelares. O objetivo é claro: garantir que o cuidado não termine na saída do hospital, mas siga fortalecido por uma rede de apoio e profissionais que compreendem a complexidade da vida em todas as suas dimensões. [LEIA_TAMBEM]A colaboradora da UTI adulto do HRSM, Núbia Maria Borges, vivencia essa realidade diariamente. Para ela, o trabalho é intenso e profundamente humano. “Nesse contexto, minha atuação vai além do suporte técnico — trata-se de um trabalho de humanidade. Atendo pacientes em estado crítico e suas famílias, oferecendo acolhimento, orientação e esclarecimentos em momentos de sofrimento e angústia”, conta. “O que me impulsiona a atuar nesta área é a chance de impactar momentos decisivos da trajetória das pessoas. Acredito que, mesmo diante da gravidade, é possível oferecer conforto, dignidade e suporte — contribuindo para que o paciente e seus familiares se sintam acolhidos e respeitados em sua caminhada,” completa. No ambiente da cardiologia do HBDF, a assistente social Tatiana Maria compartilha um pouco da emoção do dia a dia: “Posso falar de cada ritmo cardíaco acelerado de felicidade da família e da equipe quando um paciente retorna de uma cirurgia de alto risco. Saber que o Serviço Social contribuiu naquele momento, na admissão social, orientações, intervenções, contatos, processos ou reuniões, traz uma sensação de total satisfação, como profissional e pessoa. É difícil citar um caso só, porque, em saúde do coração, um sopro pode custar uma vida,” conclui. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Pacientes do Hospital de Base recebem kits de cuidados para o Dia das Mães
Na última quarta-feira (7), pacientes em tratamento oncológico no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), receberam uma visita especial da equipe do gabinete do Procurador Regional da Primeira Região, Alfredo Frota, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), do Ministério da Fazenda. A ação, realizada em parceria com a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, levou kits de hidratantes e lembranças com bombons para mulheres internadas e suas acompanhantes, em homenagem ao Dia das Mães. A iniciativa faz parte do programa de qualidade de vida da Procuradoria, que busca promover ações solidárias dentro e fora do ambiente institucional. “Hoje nós viemos contribuir com uma lembrancinha para todas as acompanhantes e todas as mães que aqui estão. Também trouxemos hidratantes para as pacientes que são mães”, explicou Lucineide Costa, chefe de gabinete do procurador Alfredo Frota. “Essa é a segunda vez que estamos aqui. Estivemos também no Natal, e ficamos muito sensibilizados com a experiência”, lembrou. A ação levou kits de hidratantes e lembranças com bombons para mulheres internadas e suas acompanhantes, em homenagem ao Dia das Mãe | Foto: Divulgação/IgesDF A escolha pela parceria com a Rede Feminina veio da conexão criada na primeira visita. “Eles estiveram conosco no Natal Solidário, e agora voltaram com mais esse gesto de carinho. É uma forma de lembrar essas mulheres que elas não estão sozinhas”, disse Larissa Bezerra, coordenadora da Rede Feminina. O evento teve ainda a apresentação da violinista Clinaura Ramos de Macedo, 71 anos e voluntária da Rede Feminina há mais de dez anos, que tocou uma bela versão do clássico Ave Maria. Larissa aproveitou o momento para lembrar, emocionada, da própria mãe, Verinha, que liderava a Rede antes dela e faleceu em 2024. “O Dia das Mães sem ela é sempre muito difícil. Mas ver essas mulheres sorrindo, mesmo em meio à dor, me dá força para continuar o legado dela. É como se ela ainda estivesse aqui com a gente”, disse. A ação contou também com um lanche oferecido para os acompanhantes dos pacientes do HBDF assistidos pela Rede Feminina, com direito a sanduíche, salgadinhos, sucos, refrigerantes, café e chá. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Farmácia Hospitalar do IgesDF apresenta resultados e projeta inovações para 2025
A Geifo - Gerência de Insumos Farmacêuticos e OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) apresentou, nestas terça (6) e quarta-feiras (7), o comparativo dos resultados do primeiro trimestre de 2024 com o primeiro trimestre deste ano e dos projetos estratégicos da Farmácia Hospitalar. Números mostram que houve melhoras na comparação entre o primeiro trimestre de 2024 e o deste ano | foto: Alberto Ruy/IgesDF A atividade reuniu mais de 130 farmacêuticos hospitalares de todas as unidades do instituto, como o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Cidade do Sol (HSol) e as 13 unidades de pronto atendimento (UPAs). Com foco em engajamento, integração e eficiência, o encontro foi aberto pelo presidente do Conselho Regional de Farmácia do DF (CRF-DF), Humberto Lopes, que destacou a importância do papel dos farmacêuticos para a segurança e qualidade da assistência em saúde. Maior economia A titular da Geifo, Jéssica Nobre, ressaltou que, na comparação dos dados de 2024 com os de 2025, houve uma expressiva economia nos estoques e maior racionalização dos processos logísticos. “Nós tivemos uma redução total de mais de R$ 19 milhões no estoque geral, só no Hospital de Base”, afirmou. Segundo a gestora, esse avanço é fruto da vigilância constante, auditorias, inventários rotativos, remanejamento estratégico entre unidades e uso de novas tecnologias. Entre os dados apresentados, destacou-se a expressiva redução das perdas por vencimento, que caíram de 0,39% para 0,19%. Também foi abordado o reaproveitamento de mais de R$ 138 mil em medicamentos remanejados — o que incluiu mais de 31 mil unidades de insumos redistribuídas entre as farmácias do instituto. Essa estratégia evitou, por exemplo, a perda de R$ 6.650 em heparina, que pôde ser redirecionada ao Hospital de Base. A chefe do Serviço de Farmácia Clínica do HBDF, Nathalia Lobão, foi convidada a falar sobre a importância da integração entre as áreas clínica e hospitalar. “Estou aqui como farmacêutica clínica, mas, acima de tudo, sou farmacêutica”, disse. “Sem vocês, farmacêuticos hospitalares e logísticos, a gente não trabalha. E vai chegar o momento em que a logística também não vai funcionar sem os clínicos. Precisamos caminhar juntos”. Integração [LEIA_TAMBEM]Ao final da dinâmica, a superintendente de Administração e Logística do IgesDF, Bárbara Santos, reforçou o papel de cada profissional nos resultados alcançados: “Esses resultados não seriam possíveis sem o comprometimento, o olhar atento e a dedicação diária de cada farmacêutico aqui presente. Vocês fazem a diferença em cada ponta do processo”. O encerramento do encontro foi marcado por vídeos que retratam o dia a dia dos farmacêuticos e relembraram matérias publicadas na imprensa sobre inovações implantadas, como o uso de robôs para o transporte de materiais médico-hospitalares — projeto iniciado nos hospitais e que será ampliado para outras unidades. Também houve a entrega de certificados de reconhecimento aos farmacêuticos que mais se destacaram positivamente em suas unidades. Cada chefia de núcleo indicou de três a cinco profissionais, celebrando a dedicação e os resultados obtidos em equipe. “Hoje estamos aqui trazendo resultados; no ano passado, apresentamos as propostas, e agora mostramos que elas deram certo”, finalizou Jéssica. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Programa para reduzir infecções em cirurgias é lançado
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF) lançou, nesta quinta-feira (24), no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) o Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico (Prisc). A iniciativa diminui complicações pós-operatórias e promove uma recuperação mais segura e rápida aos pacientes submetidos a cirurgias. Durante o lançamento, colaboradores e pacientes conheceram o novo protocolo. O Prisc foi desenvolvido pelo Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) e tem como base uma abordagem multi, com ações integradas de prevenção, capacitação e monitoramento. Entre outras áreas, o Prisc abrange a prevenção pré-operatória eficiente e o uso adequado de antibióticos profiláticos | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF As principais medidas incluem prevenção pré-operatória eficiente; técnicas cirúrgicas seguras e desinfecção rigorosa; uso adequado de antibióticos profiláticos; controle da temperatura corporal e da glicemia; e boas práticas de cuidado pós-operatório por parte das equipes e dos próprios pacientes. Os objetivos são ambiciosos: reduzir o índice de infecções, diminuir o tempo de internação e elevar a qualidade do cuidado cirúrgico oferecido. A gerente-geral de Assistência do HBDF, Fernanda Abdul Hak, destacou a gravidade do problema. “Infecções em sítio cirúrgico são uma preocupação mundial, tanto na rede pública quanto na privada. Elas aumentam o tempo de internação, agravam o estado do paciente e, em alguns casos, levam à morte. Precisamos atuar antes mesmo de o paciente chegar ao centro cirúrgico, com medidas eficazes de controle e prevenção”, afirmou. Experiência e tradição em cirurgia O infectologista Tazio Vanni, também do HBDF, reforçou o papel da instituição como referência em procedimentos cirúrgicos. “O Hospital de Base é um dos maiores do Centro-Oeste, conhecido por sua excelência em cirurgia. É aqui que o presidente da República já se tratou, e é aqui que seguimos fortalecendo essa tradição com iniciativas como o PRISC”, declarou. “Essa é uma iniciativa que vai beneficiar toda a rede. É um marco para o sistema de saúde do DF” Emanuela Dourado, diretora de Inovação Ensino e Pesquisa Para a diretora de Inovação Ensino e Pesquisa, Emanuela Dourado, “essa é uma iniciativa que vai beneficiar toda a rede. É um marco para o sistema de saúde do DF”. Julival Ribeiro destacou que o PRISC é resultado de mais de um ano de trabalho e contou com a troca de experiências com especialistas internacionais. Entre eles, o cirurgião e diretor-assistente de Saúde Global da USAID, Atul Gawande, da Universidade de Harvard, que visitou o HBDF e compartilhou experiências. “Gawande conseguiu reduzir infecções na África com medidas simples e eficazes, aplicáveis também ao nosso contexto”, afirmou Julival. Além do Hospital de Base, o programa será implementado no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), ampliando o alcance do programa no combate às infecções hospitalares. A expectativa é que o Prisc se torne referência para outras instituições de saúde no Brasil e no Mundo, como modelo de inovação e boas práticas na assistência hospitalar. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Inaugurado em 1960, Hospital de Base se consolida como referência em atendimento de alta complexidade
Em 21 de abril de 1960, era inaugurada Brasília — símbolo de modernidade, esperança e integração nacional. Uma cidade projetada para o futuro, erguida com ousadia no coração do país. Em setembro daquele mesmo ano, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) abria as portas com a missão de cuidar da saúde da população que crescia junto com a nova capital. Ao longo de mais de seis décadas, o HBDF se consolidou como referência no atendimento de alta complexidade, superando desafios como a pandemia de covid-19. Ao longo de mais de seis décadas, o HBDF se consolidou como referência no atendimento de alta complexidade, superando desafios como a pandemia de covid-19 | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Testemunha viva dessa trajetória é Maria Oneide Miranda da Silva, coordenadora da Associação Amigos do Hospital de Base. Ela dedicou 40 anos ao HBDF como colaboradora e, hoje, continua a missão como voluntária à frente da associação, que presta apoio essencial a pacientes e familiares. “Essa casa fez parte da minha história. Foram quatro décadas de desafios, aprendizados e muitas vidas tocadas. Hoje, continuar aqui como voluntária é a forma de retribuir tudo o que aprendi e recebi”, conta. Outro nome que representa esse legado é o do médico infectologista Julival Ribeiro, que construiu a carreira dentro do HBDF. “É um orgulho fazer parte da história dessa instituição. Já vivemos tempos muito difíceis, mas seguimos firmes graças ao espírito coletivo e à competência dos nossos profissionais. O Hospital de Base é, sem dúvida, um pilar da saúde pública no Distrito Federal”, afirma. Para o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, o HBDF reafirma o papel essencial na saúde da capital. “É um hospital que nasceu praticamente junto com Brasília e cresceu com ela. Essa data nos convida a celebrar e a refletir sobre o compromisso que temos com o presente e o futuro do atendimento público de qualidade para todos”, destaca. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Hospital de Base recebe visita técnica sobre o Projeto Lean
A equipe de gestores do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) responsável pela implementação do Projeto Lean no Centro Cirúrgico do Hospital de Base recebeu, nesta quarta-feira (16), a visita de representantes do Comitê de Planejamento da Saúde, da Secretaria de Saúde (SES-DF). A comitiva veio conhecer de perto o funcionamento do programa implementado na unidade, com o objetivo de avaliar a possibilidade de replicar a metodologia em hospitais regionais da rede pública. Comitiva da SES-DF conheceu de perto o funcionamento do Projeto Lean, implementado no Hospital de Base | Fotos: Divulgação/IgesDF Durante a visita, os profissionais da SES-DF observaram a dinâmica das ações do projeto e conheceram os painéis analíticos utilizados para o acompanhamento de indicadores de desempenho. Também discutiram temas relacionados à organização interna do centro cirúrgico, como o início das cirurgias até as 7h e a padronização de processos ligados à prescrição de medicamentos na farmácia hospitalar. De acordo com Daniela Solórzano, assessora especial da Secretaria-Executiva do Comitê de Planejamento da Saúde, o encontro foi uma ação de benchmarking – termo usado para designar a busca de boas práticas para aplicação em outras unidades. “Viemos conhecer práticas que já estão avançadas aqui no Hospital de Base. Acompanhamos reuniões do colegiado cirúrgico e do time Lean para entender a dinâmica, a divisão hierárquica das equipes e como é o relacionamento entre os profissionais, especialmente com a anestesia, que é uma equipe estratégica”, explicou. O Comitê de Planejamento da Saúde foi criado em fevereiro e reúne 13 especialistas divididos em seis frentes prioritárias. A missão do grupo é implementar a metodologia Lean em áreas-chave da rede pública, buscando eficiência, padronização de processos e sustentabilidade dos projetos implantados. Segundo Daniela, a equipe já iniciou a primeira fase do projeto em uma unidade da SES e, ainda em abril, dará início à aplicação da metodologia em outro importante hospital da rede pública. “Nosso desafio é justamente aplicar o Lean nos centros cirúrgicos e prontos-socorros. Estamos mapeando boas práticas em várias unidades e a ideia é usar o que cada um tem de melhor para fortalecer o nosso projeto”, concluiu. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Hospital de Base recebe etapa final de curso internacional de cirurgia torácica com tecnologia 3D
O Centro Cirúrgico do Hospital de Base do Distrito Federal, gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), foi palco, nesta sexta-feira (11), da última etapa do II Curso Internacional de Segmentectomia Pulmonar e Estado da Arte em Reconstrução 3D, um dos eventos mais relevantes da cirurgia torácica do país. A programação reuniu profissionais do Brasil, Estados Unidos e Canadá em um intercâmbio técnico-científico voltado para o aprimoramento de técnicas minimamente invasivas no tratamento do câncer de pulmão precoce. Mais do que um momento de formação, o último dia do evento teve impacto direto na assistência à população: duas pacientes da fila da regulação da Secretaria de Saúde do DF, diagnosticadas com câncer de pulmão, foram operadas durante o curso, com acesso a uma das técnicas mais modernas da medicina atual. Os procedimentos foram transmitidos ao online para toda a América Latina, com tradução simultânea em espanhol. As cirurgias de duas pacientes com câncer de pulmão foram transmitidas online para a América Latina | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF “É muito significativo poder aliar um evento científico dessa magnitude ao atendimento direto de pacientes do SUS. Estamos operando casos de câncer de pulmão em estágio inicial, com as técnicas mais modernas disponíveis no mundo, e garantindo a esses pacientes o melhor tratamento possível dentro da rede pública”, afirma Antônio Bonaparte, chefe do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital de Base. Aplicação de técnicas modernas de ponta no SUS é possível Antônio Bonaparte destaca que o curso levantou a discussão de tópicos mais recentes em câncer de pulmão. “Também foram discutidas as indicações de ressecção cirúrgicas em segmentectomia e as inovações tecnológicas em reconstrução de imagens tridimensionais das tomografias”, explicou. A técnica apresentada envolve a segmentectomia pulmonar anatômica por videotoracoscopia, abordagem minimamente invasiva que permite retirar apenas o segmento do pulmão afetado pelo tumor, preservando o máximo de tecido saudável. Aliada a isso, a reconstrução tridimensional da anatomia do pulmão oferece um ganho inédito de precisão para os cirurgiões. “Essa reconstrução 3D é um avanço enorme. É possível ver com clareza a anatomia antes mesmo de abrir o paciente e manipular virtualmente os segmentos pulmonares” Antônio Bonaparte, chefe do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital de Base “Essa reconstrução 3D é um avanço enorme. É possível ver com clareza a anatomia antes mesmo de abrir o paciente e manipular virtualmente os segmentos pulmonares. É uma revolução que contribui diretamente para a segurança do procedimento”, explica Bonaparte. “Além disso, estamos falando de um câncer detectado precocemente, o que eleva as chances de cura para até 92%”, completa. O médico ainda ressaltou que “os últimos trabalhos mostraram que, para câncer em fases iniciais, estágio 1 e às vezes até estágio 2, com lesões pequenas, é possível fazer uma ressecção pulmonar mais econômica. Poder difundir essa técnica com mais cirurgiões do Brasil e da América Latina, vamos conseguir proporcionar aos pacientes a melhor técnica segura para câncer de pulmão precoce, diminuindo as complicações e garantindo uma qualidade de vida melhor”, concluiu. A ideia de realizar as cirurgias no Hospital de Base é mostrar que cirurgias de qualidade com técnicas e inovações tecnológicas também podem ser realizadas no SUS. “O mesmo tratamento que o paciente do privado e do convênio recebe, a gente também consegue trazer para a vida pública, para o hospital público, para o paciente do SUS, pois o cirurgião tem a mesma qualificação”, diz Bonaparte. O evento no Hospital de Base reuniu profissionais do Brasil, Estados Unidos e Canadá Ainda de acordo com ele, também é possível trazer os equipamentos de ponta para o Sistema Único de Saúde. “Hoje já temos no Hospital de Base alguns equipamentos e materiais similares aos que vão ser trazidos para a cirurgia. O que ainda não temos é o robô e essa realidade virtual em 3D. Como a maior porcentagem desses pacientes com câncer de pulmão estão no SUS, a intenção era que isso abrangesse também as unidades públicas de saúde para demonstrar que isso também é viável”, conta. Paula Ugalde, cirurgiã do Brigham and Women’s Hospital, da Harvard Medical School (EUA), referência mundial na área, foi um dos destaques do evento. “Tivemos o apoio fundamental de empresas que doaram os materiais, além da participação à distância da nossa radiologista, que está no Canadá. Foi realmente um time muito forte”, afirma. Segundo a especialista, o maior ganho é para a paciente, que pôde ser submetida a um procedimento minimamente invasivo com uso de tecnologia de ponta. “Fizemos uma incisão mínima, utilizando óculos de realidade mista, isso representa um salto de modernidade. Além disso, o ensino esteve presente, com alunos acompanhando a transmissão ao vivo e aprendendo com a prática.” *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Hospital de Base terá programa para a redução de infecções cirúrgicas
Comemorado em 11 de abril, o Dia do Infectologista é uma oportunidade para refletir sobre o papel fundamental desses profissionais na prevenção, diagnóstico e controle de infecções. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), os infectologistas desempenham um trabalho estratégico, que vai muito além do tratamento direto dos pacientes: eles monitoram riscos, estruturam protocolos e programas, além de atuar na contenção de surtos que podem comprometer a saúde coletiva. No próximo dia 24 de abril, a unidade de saúde será palco para o lançamento do Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico (Prisc), idealizado para reduzir infecções cirúrgicas, aprimorar o fluxo de atendimento e garantir mais segurança aos pacientes. O pioneirismo do programa foi elogiado pela Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (Abih). O Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico (Prisc)vai reduzir infecções cirúrgicas, aprimorar o fluxo de atendimento e garantir mais segurança aos pacientes | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF O desenvolvimento do programa contou com contribuições de instituições de prestígio, como a Universidade da Catalunha, na Espanha, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Usaid. O Prisc será implementado de forma integrada tanto no Hospital de Base quanto no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Núcleo de controle A abordagem ampla da medicina se reflete no trabalho diário dos profissionais do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) do HBDF, coordenado por Julival Ribeiro. “Monitoramos constantemente a estrutura, os processos e os cuidados com pacientes e ambientes, desde a limpeza adequada até o uso de equipamentos esterilizados, para reduzir os riscos de infecções hospitalares”, explica. Julival Ribeiro e Tazio Vianni trabalham no núcleo de infectologia do Hospital de Base “Nosso trabalho exige uma visão sistêmica do processo de saúde e doença, considerando não apenas o indivíduo, mas o ambiente hospitalar e as condições sociais nas quais os pacientes estão inseridos”, afirma Tazio Vanni, infectologista do HBDF. Segundo ele, quem atua na especialidade deve ter compromisso institucional e ético com o bem-estar dos pacientes e suas famílias, reduzindo o tempo de internação e os riscos associados à permanência hospitalar. Entre as infecções mais comuns em ambiente hospitalar estão as associadas à ventilação mecânica, à corrente sanguínea por uso de cateteres e às sondas urinárias e aos sítios cirúrgicos. “Essas quatro representam os maiores desafios e exigem uma mobilização conjunta de médicos, técnicos e enfermeiros para evitarmos complicações e darmos uma resposta rápida aos pacientes”, completa Tazio. Pandemia de covid-19 Durante a pandemia de covid-19, o trabalho dos infectologistas ganhou destaque. Na época, com a abertura de novos leitos de UTI e o uso intensivo de ventilação mecânica e antibióticos, aumentaram também os casos de infecções hospitalares e a disseminação de bactérias multirresistentes. “Ficamos muito mais atentos à proliferação de micro-organismos resistentes. A pressão seletiva causada pelo uso contínuo de antimicrobianos favoreceu o surgimento de cepas resistentes, que ainda hoje enfrentamos”, ressalta Tazio. Para conter esses riscos, o HBDF adota estratégias rigorosas de vigilância epidemiológica. “A tecnologia e a vigilância são fundamentais. Precisamos identificar rapidamente quando um paciente está colonizado por alguma bactéria ou infectado com covid-19, por exemplo, para que possamos agir imediatamente e evitar a propagação”, explica Julival. Além do ambiente hospitalar, o infectologista também precisa compreender os determinantes sociais da saúde. “Em comunidades sem saneamento básico, por exemplo, é inevitável que doenças infecciosas, como as diarreias bacterianas se espalhem. Por isso, para nós, a preocupação com a saúde pública não é uma preferência, é uma necessidade”, afirma Tazio. A pandemia deixou evidente a importância desses profissionais. “Ficou claro o quanto os infectologistas contribuíram para a resolução de um dos momentos mais difíceis que a nossa sociedade já enfrentou. Mais do que tratar, nosso papel é também impedir que novas infecções e epidemias se disseminem”, conclui Julival. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Hospital de Base realiza campanha de vacinação para colaboradores a partir desta terça (8)
O Núcleo Hospitalar de Vigilância Epidemiológica do Hospital de Base (NHEP), alinhado às diretrizes do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, está promovendo uma ação vacinal contra a influenza sazonal e de intensificação contra o sarampo, com a aplicação da vacina tríplice viral, exclusivamente para os trabalhadores de saúde lotados no Hospital de Base (HBDF). A partir desta terça (8), o Hospital de Base vai promover a vacinação de seus colaboradores contra influenza sazonal e sarampo | Foto: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF A ação tem início marcado para a próxima terça-feira (8) e tem como objetivo reduzir os riscos de morbimortalidade por doenças imunopreveníveis entre os profissionais de saúde. As vacinas serão aplicadas na Casa Rosa da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, localizada no jardim da unidade. O cronograma de aplicação das doses foi elaborado para atender colaboradores em diferentes turnos e plantões. Nos dias 8 e 11, as vacinas serão aplicadas das 7h às 18h; já nos dias 9 e 10, o horário será das 7h às 20h. Os estoques são limitados e estarão disponíveis enquanto durarem. Arte: IgesDF O colaborador deve apresentar identidade funcional e cartão de vacinação para que seja avaliada a necessidade de aplicação da tríplice viral. Pessoas com doenças febris agudas, moderadas ou graves, ou com casos confirmados de influenza, covid-19 ou sarampo, devem adiar a vacinação até a melhora dos sintomas. De acordo com a chefe do NHEP, Thaynnara Souza Pires, a vacinação é fundamental para os profissionais que atuam em unidades de saúde: “Em hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios, esses profissionais estão em contato direto com agentes infecciosos, o que os expõe a um risco elevado de contaminação. A vacinação é uma medida essencial para prevenir infecções, reduzir hospitalizações e evitar complicações graves, protegendo tanto os trabalhadores quanto os pacientes”. Ainda segundo Thaynnara, a vacinação não é apenas um ato de prevenção, mas um compromisso com a saúde coletiva. “Manter a caderneta vacinal atualizada vai muito além do cuidado individual. Essa atitude protege o próprio profissional de saúde, garante mais segurança aos pacientes — especialmente crianças e idosos, que são mais vulneráveis — e contribui para a redução da circulação de doenças no ambiente hospitalar e na comunidade, colaborando para um ambiente de trabalho mais seguro para todos”, finalizou. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Hospital de Base implementa Time de Resposta Rápida no centro cirúrgico para otimizar atendimento
O centro cirúrgico do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) deu um passo importante para a melhoria da assistência a pacientes em situações de emergência. Nas últimas quinta (27) e sexta-feiras (28), a equipe de colaboradores da área participou dos primeiros treinamentos práticos do Time de Resposta Rápida (TRR), uma iniciativa que busca melhorar a organização e a eficiência durante paradas cardiorrespiratórias (PCR) e outras intercorrências graves. A ideia surgiu da necessidade de estruturar melhor a resposta da equipe nesses momentos críticos. Segundo Gabriela Rodrigues de Paula Campos, assessora técnica da gerência de enfermagem, foi observada uma necessidade de ajuste na cronologia dos atendimentos, o que, sem a devida atenção, poderia ser algo que viria a comprometer a eficácia das manobras. “O Centro Cirúrgico lida com pacientes extremamente complexos, e a gente já sentia a necessidade de aprimorar esse atendimento. Conversando com o enfermeiro Gustavo Morato, surgiu a proposta de criar o TRR. Desenvolvemos um projeto, buscamos apoio e conseguimos implementar a iniciativa”, explica Gabriela. A ideia surgiu da necessidade de estruturar melhor a resposta da equipe nesses momentos críticos | Fotos: Divulgação/IgesDF Um dos pilares do projeto é um quadro organizacional, instalado na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), que padroniza as funções essenciais da equipe durante a resposta a uma parada cardiorrespiratória. Ele define quatro papéis principais: líder, responsável por coordenar a equipe e distribuir as funções; ventilação, que garante a oxigenação do paciente; medicação, encarregado da administração dos fármacos; e compressão, que executa a massagem cardíaca. “O quadro organiza as funções de cada profissional e agiliza o atendimento. A equipe já sabe onde deve estar e o que fazer assim que a emergência ocorre”, afirma Gabriela. Antes da instalação do quadro, a equipe do centro cirúrgico passou por um treinamento teórico online. Após um mês de capacitação, os profissionais receberam a certificação e, esta semana, participaram da primeira etapa dos treinamentos práticos. As atividades incluem módulos específicos sobre compressão torácica, uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) e simulações realísticas de emergências. Um dos pilares do projeto é um quadro organizacional, instalado na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), que padroniza as funções essenciais da equipe durante a resposta a uma parada cardiorrespiratória O enfermeiro do Núcleo de Educação Permanente (Nudep) ligado à Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), Brenner Sabóia, ofereceu o treinamento de TRR e ficou muito satisfeito com o desempenho da equipe. “Todos estão muito entusiasmados com essa capacitação pois ela ajuda a organizar ainda mais a equipe do Centro Cirúrgico. É um time de colaboradores que precisam ter o dobro de atenção com o paciente e o treinamento ajuda a melhorar o tempo de resposta em caso de uma parada cardiorrespiratória, levando, consequentemente, a uma chance maior de sobrevida”, lembra Brenner. De acordo com a chefe do Núcleo de Enfermagem do Centro Cirúrgico do HBDF, Élida Ferreira, a ideia é que esses treinamentos ocorram mensalmente, no que seria chamado de “Dia da Parada”, garantindo que todos os plantões contem com um TRR capacitado. “Queremos que os profissionais tenham pensamento crítico. Após cada simulação, realizamos um debriefing, onde analisamos o que deu certo e o que pode ser melhorado. Isso fortalece a segurança do paciente e a eficiência da equipe”, destaca Élida. O TRR já é uma realidade em outras áreas do Hospital de Base, como no centro de trauma. A expectativa agora é expandir a iniciativa para as salas cirúrgicas e padronizar a identificação dos profissionais com toucas coloridas, facilitando a visualização das funções dentro da equipe. “Inicialmente, pensamos em uniformes, mas como o processo é mais demorado, vamos começar com as toucas. Isso ajudará a tornar o TRR ainda mais eficiente”, comenta Gabriela. A implementação do projeto foi possível graças a doações tanto do quadro organizacional quanto das toucas coloridas. Além disso, um novo desafio se aproxima: a inclusão de treinamentos para atendimento pediátrico. Apesar de o HBDF não ser referência em pediatria, o hospital recebe crianças vítimas de trauma, e a equipe precisa estar preparada para atuar nesses casos. “A equipe aprovou a novidade e já pede mais treinamentos. Nosso objetivo é transformar esse modelo em um padrão dentro do centro cirúrgico, garantindo um atendimento cada vez mais seguro e ágil”, conclui Gabriela. *Com informações do Iges-DF
Ler mais...
Hospital de Base realiza primeiro implante de marcapasso sem fio na rede pública do DF
A equipe da Hemodinâmica do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) realizou, no último dia 13 de março, o primeiro implante de marcapasso sem fio na história da rede pública de saúde do DF. A paciente beneficiada foi Terezinha Borges, de 84 anos, que já possuía um marcapasso tradicional, mas desenvolveu uma complicação rara: a extrusão do gerador, ou seja, o dispositivo saiu para fora da pele, contaminando todo o sistema. Terezinha passou quase dois anos com o marcapasso tradicional antes que ele apresentasse o problema de extrusão. “Estava doendo muito e sangrando, uma situação muito ruim”, comentou. “Depois que implantaram o novo aparelho, tenho me sentido mais disposta, menos cansada”. O primeiro implante de marcapasso sem fio na história da rede pública de saúde do DF reforça o papel do Hospital de Base como referência em alta complexidade | Fotos: Divulgação/IgesDF De acordo com Raoni Galvão, cardiologista arritmologista do HBDF e especialista em estimulação cardíaca artificial, a paciente passou por um processo cuidadoso antes da cirurgia definitiva: “Em primeiro lugar, tivemos que realizar a extração desse marcapasso antigo, mantendo a paciente com um aparelho provisório no hospital, além de excluir a possibilidade de infecção na corrente sanguínea”. Após garantir que não haveria intercorrências, foi o momento de realizar o implante do marcapasso sem fio. O procedimento foi realizado na Hemodinâmica, sob anestesia geral, e durou cerca de 40 minutos. “Não é uma intervenção que envolve qualquer tipo de corte. É feita uma punção em uma veia da região da virilha, e, por dentro dessa veia, levamos os cateteres até o coração, onde liberamos o aparelho sob visualização direta”, detalhou o cardiologista. 438 Número de procedimentos que a equipe de Hemodinâmica do Hospital de Base realizou em 2024 Procedimento inovador O marcapasso sem fio representa um avanço significativo na tecnologia de estimulação cardíaca. O dispositivo é pequeno e dispensa os eletrodos que conectam o gerador ao coração, comuns no modelo tradicional. “Se temos um sistema pequeno que dispensa o uso desses eletrodos e já consegue ser implantado diretamente dentro do coração, praticamente inviabilizamos qualquer tipo de complicação relacionada a cabos ou infecções que podem se originar na pele e atingir o coração, gerando endocardite”, destacou o médico. A tecnologia é indicada principalmente para pacientes que já tiveram complicações com marcapassos tradicionais, idosos com a saúde mais fragilizada e pessoas com insuficiência renal crônica, especialmente aquelas que realizam hemodiálise. “Foi um caso muito bem selecionado e uma situação muito pertinente para usarmos essa nova tecnologia”, ressaltou Raoni. A paciente teve uma recuperação rápida e sem complicações. “No final da tarde, Terezinha já estava extubada, conversando no leito de UTI, completamente estável. Três dias depois, foi liberada para casa, sem intercorrências no pós-operatório”, contou o médico. “A realização do primeiro implante de marcapasso sem fio na rede pública do Distrito Federal é um marco para a saúde pública” Guilherme Porfírio, superintendente do Hospital de Base O Hospital de Base oferece diversos serviços dentro da Hemodinâmica. Em 2023, foram realizados 407 procedimentos de cardioestimulação, entre implantes e trocas de marcapassos e desfibriladores. Já em 2024, esse número aumentou para 438 procedimentos, uma média de 36,5 procedimentos por mês. “Outros procedimentos incluem cateterismos, angioplastias e embolizações, além dos procedimentos da Radiologia Intervencionista”, explicou o cirurgião cardíaco e chefe do ambulatório do HBDF, José Joaquim Vieira Junior. De acordo com Joaquim, a Hemodinâmica do Hospital de Base é uma das referências no DF e atende pacientes para pareceres, atendimentos ambulatoriais e procedimentos de emergência: “Exceto os emergenciais, todos os procedimentos são regulados pela fila da Central de Regulação da Secretaria de Saúde”. Imagem mostra a diferença entre o marcapasso convencional (abaixo) e o novo dispositivo (ao lado da moeda), que além de ser menor, dispensa os eletrodos que conectam o gerador ao coração Desafios para a incorporação no SUS Apesar dos benefícios, o marcapasso sem fio ainda não está disponível no SUS nem consta no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O dispositivo utilizado no HBDF foi doado pela única empresa que comercializa esse tipo de aparelho no Brasil. “É necessário realizar não apenas esse tipo de implante, mas trazer outras novas tecnologias para que os pacientes do SUS consigam utilizá-las. Esse marcapasso não é indicado para todos os que precisam de um marcapasso, mas pode beneficiar muitas pessoas, especialmente aquelas com comorbidades ou que já tiveram rejeição aos sistemas tradicionais”, enfatizou Raoni. O especialista acredita que, com a incorporação da tecnologia no SUS, muitos pacientes atendidos pelo HBDF poderão se beneficiar nos próximos anos: “Para o perfil de pacientes que o hospital atende, a adoção dessa tecnologia pode reduzir o tempo de internação e as complicações associadas ao marcapasso tradicional”. O superintendente do Hospital de Base, Guilherme Porfírio, comentou sobre a conquista da equipe da unidade. “A realização do primeiro implante de marcapasso sem fio na rede pública do Distrito Federal é um marco para a saúde pública. Trata-se de uma tecnologia inovadora, que oferece mais segurança e qualidade de vida ao paciente, com menor risco de complicações. Embora ainda não esteja padronizada pelo SUS, essa conquista reforça o papel do Hospital de Base como referência em alta complexidade e nos motiva a continuar buscando soluções que antecipem o futuro da medicina para a população que mais precisa”, declarou. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Hospital de Base recebe visita de oncologista da USP para mapeamento nacional de centros especializados
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) recebeu, na manhã de terça-feira (25), a visita do médico Edgard Engel, oncologista ortopédico e professor da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP). A visita faz parte de um projeto nacional que mapeia os principais centros especializados no tratamento de tumores ósseos e de partes moles no Brasil. “Nosso foco é garantir que os profissionais de saúde e a população saibam onde buscar tratamento especializado”, afirmou o oncologista Edgard Engel (E) | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Engel, que já foi presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Ortopédica, está percorrendo unidades de saúde em todo o país para documentar e fortalecer a rede de especialistas na área. O objetivo é consolidar informações sobre os hospitais que realizam esse tipo de cirurgia e divulgar esses centros tanto para médicos quanto para pacientes. “Nosso foco é garantir que os profissionais de saúde e a população saibam onde buscar tratamento especializado”, apontou ele. “A oncologia ortopédica é uma área rara, e os procedimentos precisam ser feitos em hospitais com equipe qualificada e estrutura adequada.” A iniciativa começou em 2022 e já percorreu diversas regiões do Brasil. Durante as visitas, o oncologista coleta dados, entrevista especialistas e registra informações que farão parte de um livro sobre o panorama da oncologia ortopédica no país. A previsão é que a obra seja concluída até 2026. Durante a visita ao hospital, Engel conversou com os médicos especialistas Fabrício Lenzi Chiesa, Guilherme Haubert, Eduardo Capelletti, Fábio Carreira e Lucas Araújo Leite. Na entrevista, eles discutiram o perfil do paciente do HBDF, os recursos diagnósticos e a demanda de pacientes. Referência “O Hospital de Base tem uma equipe experiente e estrutura adequada para oferecer esse tratamento dentro do SUS” Edgard Engel, oncologista e professor da USP O Hospital de Base se destaca como um dos centros de referência no tratamento de tumores ortopédicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Engel, 85% dos casos desse tipo de câncer são tratados em apenas 60 hospitais no Brasil, o que demonstra a importância de instituições como o HBDF na oferta de atendimento qualificado. “Felizmente, observamos que a maioria dos casos está concentrada em centros especializados, o que melhora o prognóstico dos pacientes”, afirmou o especialista. “O Hospital de Base tem uma equipe experiente e estrutura adequada para oferecer esse tratamento dentro do SUS.” Além de mapear os hospitais, o projeto busca incentivar a formação de novos profissionais e aprimorar a troca de informações entre os centros de referência. Ainda durante a visita, a equipe de oncologia ortopédica do HBDF compartilhou experiências e desafios enfrentados no atendimento a pacientes com tumores ósseos. A equipe também visitou o ambulatório de ortopedia, a enfermaria da ortopedia onde os pacientes ficam internados, a anatomia patológica e o seu laboratório. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Exposição celebra as mulheres da saúde no Hospital de Base
Uma homenagem especial marcou o Mês da Mulher no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Nesta quarta-feira (12), o jardim da unidade recebeu uma programação especial em reconhecimento ao protagonismo feminino na saúde, com destaque para a exposição fotográfica itinerante Celebrando as Mulheres: Cuidado e Protagonismo na Saúde. A iniciativa foi idealizada pela assistente social Beatriz Liarte, do Núcleo de Educação Permanente (Nudep), e teve o apoio da Gerência de Gestão do Conhecimento (GGCON), ambas ligadas à Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep). As fotos foram realizadas pelo fotógrafo Alberto Ruy e expressam toda a força e representatividade das trabalhadoras da saúde do Instituto. Nesta quarta-feira (12), o jardim da unidade recebeu uma programação especial em reconhecimento ao protagonismo feminino na saúde, com destaque para a exposição fotográfica itinerante Celebrando as Mulheres: Cuidado e Protagonismo na Saúde | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Beatriz explica de onde surgiu a ideia da exposição: a vontade de retratar mulheres de todas as nossas unidades que contribuem e participam para o cuidado em saúde. “Foram retratadas desde gestoras, profissionais de saúde até equipes terceirizadas que compõem nosso quadro”, conta. Ainda de acordo com ela, todas as participantes responderam uma pergunta norteadora: Quais as mudanças você gostaria de ver na saúde das mulheres do DF nos próximos anos? Segundo Beatriz, “apesar de estarem em localidades diferenciadas, e serem pessoas diferentes, todas manifestaram mensagens de esperança muito parecidas”. De acordo com Mariana Marques, gerente de Gestão do Conhecimento, o objetivo da exposição é retratar as mulheres do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) “de maneira autêntica, sem uniformes, evidenciando seu impacto na saúde independentemente da profissão desempenhada”. No verso das fotografias, cada mulher compartilha um sonho para a saúde do Distrito Federal. Uma força de trabalho feminina Durante a cerimônia de abertura, a diretora clínica do Hospital de Base, Christianne Gico, destacou a importância das mulheres na saúde e no IgesDF. “Nós, mulheres, compomos 73,83% da força de trabalho desta empresa. Um paciente, para ser atendido em 24 horas, passa pelo menos 17 horas e 43 minutos sob os cuidados de mãos femininas. Esta é uma instituição com DNA feminino”, afirmou. A programação do evento incluiu palestras, aula de dança, karaokê, atividades de relaxamento, aferição de pressão e consultoria de beleza A gerente Geral de Assistência do HBDF, Fernanda Hak, reforçou a relevância da mulher em posições de liderança. “Vamos levantar essa bandeira de que nós podemos liderar. Temos empatia, escuta, habilidades que fazem diferença. Precisamos mudar esse paradigma”, disse, ressaltando a necessidade de valorização do trabalho feminino. A gerente do Projeto Acolher, Paula Paiva, celebrou também a dedicação das mulheres na saúde. “Foi um dia pensado por uma comissão inteiramente formada por mulheres, para mulheres. A gente só consegue realizar nossos projetos porque temos esse apoio coletivo”, afirmou. Stephanie Sakayo, gerente de Humanização e Experiência do Paciente do IgesDF reforçou a importância da força das mulheres dentro do ambiente hospitalar. “Precisamos de momentos de valorização como esse, que nos façam refletir sobre a importância da mulher. As mulheres possuem um dom de humanizar tudo à sua volta. É um dom nato. Seja na nossa casa ou no nosso trabalho, ou na mediação de conflitos diários, é muito importante usar isso ao nosso favor”, falou. A programação do evento incluiu palestras, aula de dança, karaokê, atividades de relaxamento, aferição de pressão e consultoria de beleza. As associações de voluntários Rede Feminina de Combate ao Câncer, MAC, SAV, Projeto Acolher e Humanizar foram fundamentais para a realização das atividades. A exposição fotográfica “Celebrando as Mulheres: Cuidado e Protagonismo na Saúde” permanece no Hospital de Base até o dia 18, quando seguirá para o Hospital Regional de Santa Maria (19 a 25 de março) e depois para o Hospital Cidade do Sol (26 de março a 1º de abril), ampliando o reconhecimento às profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado da população. *Com informações do IgesDF
Ler mais...