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Filhotes de arara resgatados em situação de maus-tratos recebem cuidados no Hfaus

As duas ararinhas não param quietas: bicam a grade, batem as asas, emitem gritos que ecoam pelo Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus) inteiro. Elas foram resgatadas em situação de maus-tratos em uma agropecuária localizada no Sol Nascente. Segundo o biólogo Thiago Marques, em duas semanas as aves devem ser encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde passarão por testes de voo e comportamento antes de uma possível reintrodução à natureza. “As araras chegaram no dia 23 de setembro, entregues pela Polícia Civil após uma denúncia. Aqui, ajustamos a alimentação, iniciamos a suplementação e o acompanhamento veterinário diário, mantendo controle de temperatura e limpeza constante. Agora elas estão bem, crescendo e começando a emplumar”, explica o biólogo que acompanha a rotina das aves desde a chegada. O resgate das ararinhas do cativeiro até o Hfaus foi resultado de uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) que investigava a venda ilegal de aves após denúncia de uma protetora. Segundo o delegado-chefe Jônatas Silva, a equipe marcou um encontro com o suspeito, deslocou-se até a agropecuária indicada e encontrou os filhotes presos. O resgate das ararinhas do cativeiro até o Hfaus foi resultado de uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) que investigava a venda ilegal de aves após denúncia de uma protetora | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Os animais estavam dentro de uma caixa de papelão pequena em um banheiro sujo. Dentro da caixa havia bastante fezes e fazia muito calor. Duas pessoas foram presas pelo crime de maus-tratos animais, cuja pena varia de 3 meses a 1 ano de detenção. Eles foram levados à delegacia, onde assinaram o termo circunstanciado”, explica o delegado. Atendimento 24 horas O caso dessas duas aves é apenas um entre tantos que chegam ao hospital, muitas vezes após resgates realizados pela Polícia Civil e órgãos ambientais. O Hfaus funciona 24 horas por dia e se tornou referência na reabilitação da fauna do DF. Desde a inauguração, em março de 2024, já recebeu mais de 3,4 mil animais silvestres vítimas de atropelamentos, queimadas, tráfico e maus-tratos. Segundo o biólogo Thiago Marques, em duas semanas as aves devem ser encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama, onde passarão por testes de voo e comportamento antes de uma possível reintrodução à natureza “Muita gente ainda quer ter esses animais em casa como pets, mas eles não são bichos de estimação. O contato com animais silvestres assim aumenta o risco de transmissão de doenças entre animais e pessoas, como herpes, febre amarela, leishmaniose, pulgas, carrapatos e outros parasitas. Além disso, nem sempre conseguimos medir os impactos que essa interação causa na fauna silvestre", afirma Thiago. Delegacia pioneira Para combater crimes como o tráfico de aves e o maus-tratos animais, a população conta com a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA), especializada em investigar denúncias de comércio ilegal e crueldade contra a fauna. O Governo do Distrito Federal foi pioneiro ao criar a unidade, em agosto de 2023, tornando o DF referência no enfrentamento desse tipo de crime. Quem souber de algum caso de maus-tratos aos animais pode denunciar diretamente à PCDF, no telefone 197. “Sempre que tiverem conhecimento de pessoas anunciando animais silvestres, façam a gravação da tela e entreguem para a polícia. Nossa delegacia foi criada justamente para que possamos investigar de forma mais incisiva e rápida. Com isso, conseguimos garantir que crimes não passem impunes e que a sociedade tenha respostas rápidas”, garante o delegado.

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Fórum destaca projetos de educação ambiental em escolas públicas do DF

Em homenagem à Semana do Cerrado — que se encerrou nessa quinta-feira (11), no Dia do Cerrado —, foi realizado o VII Fórum Permanente de Educação Ambiental, na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). O encontro, ocorrido na quarta (10), reuniu professores das coordenações regionais de ensino (CREs) e servidores da Secretaria de Educação (SEEDF) para debater o tema “A justiça climática e a construção de territórios sustentáveis”. O fórum teve como tema 'A justiça climática e a construção de territórios sustentáveis' | Foto: André Amendoeira/SEEDF Professor de biologia e servidor da Gerência de Educação Ambiental, Língua Estrangeira, Memórias e Arte-Educação (Geapla), José Ricardo Neto, 53 anos, relatou que ele e os colegas organizam o fórum anualmente com temáticas diferentes, de modo que os docentes da rede reflitam e se inspirem para elaborar planos de aula e projetos voltados à educação ambiental. [LEIA_TAMBEM]“Trazemos práticas inspiradoras de uma escola para as outras verem e se motivarem a fazer seus próprios projetos. Queremos mostrar para o professor que a proposta dele tem visibilidade”, afirmou. Entre os trabalhos apresentados, a Escola Classe (EC) 02 do Guará e a Escola Classe Paraná, de Planaltina, se destacaram com a criação de uma ecomoeda. Os alunos coletam resíduos sólidos, como garrafas PET e latas de alumínio, que depois são recolhidos por uma cooperativa. O material é pesado e gera um valor pago à rede de ensino. Com o dinheiro arrecadado, os estudantes, junto aos professores, decidem como utilizá-lo — na reforma do ginásio, na organização de uma festa ou em outras ações. Escolas de diferentes regiões do Distrito Federal apresentaram projetos de educação ambiental | Foto: Catharina Braga/SEEDF Relevância Durante a abertura, a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF, Vera Barros, ressaltou a importância do fórum: "Ele não é apenas um espaço de troca de experiência e de saberes, mas também um chamado a um compromisso coletivo com o futuro das comunidades, do nosso país e do nosso planeta". O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou que a maioria dos problemas enfrentados pela instituição poderia ser evitada com mais consciência ambiental da população. “Para nós, parcerias como esta trazem um aprendizado muito grande, pois estamos reconstruindo nossa estratégia nacional de educação ambiental. É justamente por meio do diálogo com quem está na ponta, fazendo educação, que conseguiremos fazer algo mais assertivo”, afirmou. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)

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Celebrado nesta quinta (11), Dia do Cerrado terá o mês inteiro de atividades no DF

De galhos retorcidos que resistem ao fogo à vastidão de raízes que guardam umidade no subsolo, o Cerrado apresenta contrastes e força. Conhecido como a “caixa-d’água do Brasil”, por alimentar oito das 12 grandes bacias hidrográficas do país, ele é também um dos mais ameaçados biomas. Para celebrar sua importância ecológica e cultural, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) promove, ao longo deste mês, uma série de atividades em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, celebrado oficialmente nesta quinta-feira (11). Com centenas de espécies catalogadas da fauna e da flora, o Cerrado é um bioma que precisa cada vez mais de ações de preservação | Foto: Nicoly Silva/Jardim Botânico de Brasília A programação terá fóruns, bate-papos, eventos educativos e oficinas técnicas. Entre os destaques estão o projeto Terças-Feiras Sustentáveis, voltado à capacitação de servidores em temas como biodiversidade, clima e gestão ambiental; o Fórum Permanente de Educação Ambiental, que discutirá justiça climática e territórios sustentáveis; e o Fórum Distrital da Comissão de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), que busca fortalecer a participação social e as soluções locais em políticas ambientais.  “Quando cuidamos do meio ambiente, estamos cuidando das próximas gerações. E isso só é possível quando cada cidadão entende que também é responsável por essa transformação” Gutemberg Gomes, secretário do Meio Ambiente Além das ações educativas em escolas públicas, o mês inclui palestras sobre recursos hídricos e combate a incêndios florestais, oficinas sobre resíduos sólidos e eventos em parceria com universidades, como a UnDF. No Parque Veredinha, em Brazlândia, um encontro de sustentabilidade marcará a data com atividades voltadas à conscientização ambiental da comunidade. Políticas públicas A Sema-DF aproveita para reforçar suas principais políticas em curso, como a implantação da primeira usina pública de energia fotovoltaica, o incentivo às reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs), a política de florestas urbanas e a ampliação de sistemas de logística reversa e compostagem. O Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), plataforma digital de dados georreferenciados, avança como ferramenta de apoio à tomada de decisão nas áreas ambiental e territorial. “Celebrar o Cerrado hoje é semear esperança para o amanhã” Celina Leão, vice-governadora “Nosso trabalho é transversal: envolve educação, planejamento, agricultura, ciência e participação social”, define o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “Quando cuidamos do meio ambiente, estamos cuidando das próximas gerações. E isso só é possível quando cada cidadão entende que também é responsável por essa transformação.” A governadora em exercício, Celina Leão, reforça: “Celebrar o Cerrado hoje é semear esperança para o amanhã. Cada árvore protegida, cada nascente recuperada, cada criança que aprende a importância da natureza representa um passo na construção de um Distrito Federal mais resiliente e sustentável. Quando cuidamos desse bioma, estamos plantando os recursos que garantirão qualidade de vida às próximas gerações”. Patrimônio natural [LEIA_TAMBEM]Todas as ações referentes ao mês do Cerrado integram as diretrizes do Plano Estratégico 2019–2060 e sinalizam o papel do DF como referência nacional em políticas ambientais. “Estamos avançando em ações que unem inovação, participação social e preservação”, afirma o titular da Sema-DF. “O Cerrado é vital para o Brasil, e cabe a nós proteger esse patrimônio natural que garante água, biodiversidade e qualidade de vida para todos”. Em tempos de crise climática, o Cerrado resiste e o Distrito Federal celebra, educa e planta as sementes de um futuro sustentável. A Sema-DF também tem atuado de forma intensiva na prevenção e no combate aos incêndios florestais, um dos maiores inimigos do Cerrado. A secretaria coordena o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Ppcif), que reúne órgãos como Corpo de Bombeiros (CBMDF), Defesa Civil, Instituto Brasília Ambiental, Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros parceiros. O comandante do Centro de Comunicação Social do CBMDF, tenente-coronel Omar Oliveira, ressalta que o combate às queimadas vai além da resposta operacional. “Celebrar o Dia do Cerrado é também renovar o nosso compromisso com a vida”, enfatiza. “Nós estamos presentes diariamente na defesa da vida e do meio ambiente, atuando em prol da preservação da natureza e da segurança da população. Precisamos de toda a comunidade ao nosso lado, pois cuidar do Cerrado é cuidar de nós mesmos”. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente

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Zoo de Brasília conta com novo casal de primatas em risco de extinção

Após um período de dois meses de adaptação conjunta, o Zoológico de Brasília agora conta com um novo casal de macacos-aranha-de-testa-branca, da espécie Ateles marginatus. Em 2019, a fêmea, Kika, foi resgatada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e acolhida no Zoológico de Brasília. O macho Chicão chegou a Brasília em maio de 2025, transferido do Zoológico de Goiânia. Ambos já são adultos. Já adaptados ao ambiente do zoo, os pequenos primatas são conhecidos por sua grande agilidade | Foto: Betânia Cristina/Jardim Zoológico de Brasília A chegada de Chicão ao Zoológico de Brasília faz parte de uma iniciativa de manejo voltada à preservação de espécies ameaçadas. Segundo a classificação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o macaco-aranha-de-testa-branca está na categoria “em perigo”, o que demanda esforços coordenados e urgentes das equipes de conservação. [LEIA_TAMBEM]“Chicão e Kika podem, no futuro, contribuir para a reprodução dessa espécie”, explica o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto. “Além disso, a chegada do Chicão representa um importante avanço para o bem-estar de ambos e, ainda, para o manejo de uma espécie em perigo de extinção em um ambiente controlado. A integração harmoniosa entre Kika e Chicão é resultado do trabalho diário dedicado de toda a equipe do Zoológico de Brasília.” O macaco-aranha-de-testa-branca é endêmico do Brasil. A espécie pode ser encontrada nos estados do Pará e Mato Grosso. Ele tem a pelagem totalmente negra e possui esse nome porque a face é circundada por pelos brancos. A espécie se destaca pela agilidade, pois possui braços longos e uma cauda que colabora para o deslocamento entre os galhos. * Com informações do Zoológico de Brasília

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Fêmea de cachorro-do-mato recuperada no DF é devolvida à natureza nesta sexta-feira (28)

Correndo de volta à natureza sem olhar para trás, uma fêmea de cachorro-do-mato foi devolvida ao seu habitat natural pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta sexta-feira (28). O animal foi resgatado pela Polícia Ambiental em setembro de 2024 após ser vítima de atropelamento e encaminhado ao Zoológico de Brasília, onde recebeu atendimento especializado até sua completa recuperação. Durante a ação, dois saruês resgatados também foram soltos na reserva natural. Após atropelamento, a pequena fêmea de cachorro-do-mato foi tratada, passou por testes e rapidamente se recuperou, podendo voltar à natureza | Foto: Divulgação/Zoo de Brasília A soltura foi coordenada pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-DF) do Ibama e contou com o apoio do Zoológico de Brasília e do Instituto Brasília Ambiental, responsáveis por definir o local adequado para a reintegração da espécie e garantir que a ação não comprometa o equilíbrio ecológico da região, além de promover o monitoramento dos animais para garantir a readaptação. O retorno à vida selvagem ocorre de forma planejada, respeitando critérios que asseguram que o animal esteja apto a caçar, se defender de predadores e marcar território. Nesse intuito, antes de ser liberado, o animal é encaminhado para um recinto no Cetas dentro do Cerrado chamado “aclimatação”, com o ambiente natural que enfrentará em liberdade. Avaliação Júlio César Montanha, chefe do Cetas-DF: “A gente a considerava um fantasma, porque ela não aparecia para ninguém. E ela aprendeu a caçar, o mais importante. Esse era o objetivo, e foi cumprido” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília De acordo com o chefe do Cetas-DF, Júlio César Montanha, a fêmea de cachorro-do-mato foi avaliada do ponto de vista de saúde e comportamento e já estava pronta para voltar ao habitat de origem, por já apresentar apenas hábitos noturnos, caçar e se camuflar na presença humana. “A presença do cachorro-do-mato em uma região torna o Cerrado mais saudável” Júlio César Montanha, chefe do Centro de Triagem de Animais Silvestres “A gente a considerava um fantasma, porque ela não aparecia para ninguém”, relata. “Só foi pega em câmeras de vigilância dentro do recinto à noite; durante o dia ninguém a via, ela se camuflava muito bem. Esse é um tópico importante, a fuga do ser humano. E ela aprendeu a caçar, o mais importante. Tanto que, quando soltamos, ela nem deu tchau nem olhou para trás, só foi embora. Esse era o objetivo, e foi cumprido.” Júlio explica que o isolamento de área e o pouco contato com o ser humano promovido pelo Zoológico durante a estadia do animal colaborou fortemente para manter viva a parte selvagem da espécie: “É um exemplar muito importante para a fauna no controle de alguns animais, e, como ele tem uma dieta ampliada e também consome frutas, pode ser considerado um dispersor de sementes. A presença do cachorro-do-mato em uma região torna o Cerrado mais saudável”. Cuidado e recuperação Foram cerca de cinco meses de tratamento durante a permanência no Hospital Veterinário do Zoo, onde a filhote de cachorro-do-mato passou por um rigoroso processo de reabilitação, incluindo acompanhamento veterinário constante, alimentação balanceada e um ambiente controlado para garantir que desenvolvesse as habilidades essenciais para a sobrevivência na natureza. “A fêmea foi tratada com carinho, mas o contato humano foi sempre minimizado” Tânia Borges, diretora do Hospital Veterinário Na avaliação inicial, foi constatado que a fêmea apresentava uma luxação no membro posterior esquerdo e uma escoriação. Ela recebeu analgésicos e anti-inflamatórios e, posteriormente, passou por exames de ultrassonografia e recebeu sessões de acupuntura e cromoterapia. Além disso, foi avaliada por um fisioterapeuta e conduzida para várias sessões de reabilitação. A diretora do Hospital Veterinário, Tânia Borges, detalha o processo: “A fêmea foi tratada com carinho, mas o contato humano foi sempre minimizado. Ela era pesada semanalmente e, para garantir seu bem-estar, foi transferida para um recinto maior, que proporciona mais privacidade e várias opções de esconderijos. Quando ela atingiu o peso adequado para um adulto, foi transferida para um recinto de transição no Cetas-DF”.  Casos como esse são comuns no Zoológico de Brasília, que recebe animais resgatados pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) do DF e pelo Ibama. Muitos chegam feridos por atropelamentos, queimadas ou vítimas do tráfico de animais. O tempo de recuperação varia de acordo com a espécie, e filhotes exigem cuidados especiais para evitar que fiquem dependentes dos humanos. Para o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto, a soltura do cachorro-do-mato reforça a importância da conservação da fauna e do trabalho contínuo na reabilitação de animais silvestres, permitindo que eles retornem ao seu habitat e cumpram seu papel ecológico no meio ambiente. “É um exemplo do compromisso do Zoológico de Brasília com a conservação da fauna e do impacto positivo da colaboração entre instituições”, aponta. “Ver este filhote saudável e pronto para voltar à natureza é uma grande conquista para todos nós”. Saruês    Dois saruês também foram devolvidos à natureza | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Durante a ação, as equipes do Ibama também devolveram dois saruês resgatados à natureza. Um deles chegou ao Cetas-DF por meio de uma apreensão da Defesa Civil na quinta-feira (27), saudável e com hábitos selvagens. Já o segundo foi para o Hospital da Fauna Silvestre do DF (Hfaus), onde passou por um período de recuperação até estar apto para a soltura. Caçar, perseguir ou manter animais silvestres sem autorização é crime ambiental, sujeito a penas que podem ultrapassar três anos de detenção, além de multas. *

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Animais resgatados dos incêndios florestais recebem tratamento do GDF

Um trabalho ininterrupto executado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para atender os animais vítimas dos incêndios que atingiram o DF nas últimas semanas tem promovido resgates e tratamentos por meio de órgãos ambientais com a estrutura necessária para a recuperação da fauna do Cerrado. Anta macho em tratamento no Hospital Veterinário do Zoo de Brasília chegou ao local desidratado e com graves queimaduras nas patas | Foto: Divulgação/FJZB No Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília, atualmente, estão sendo atendidos uma anta e dois tamanduás, vítimas de queimadas. O macho de anta foi resgatado do fogo que consumiu parte do Parque Nacional na quarta-feira (18). Ele chegou ao zoo com as quatro patas gravemente queimadas, sem unhas, desidratado e com sinais de inalação de fumaça. Foi iniciado um tratamento especial com pele de tilápia, um método para queimaduras desenvolvido por médicos no Ceará e considerado um grande avanço na medicina devido à capacidade de eficácia na regeneração e cicatrização de ferimentos. Fêmea de tamanduá-bandeira foi resgatada de incêndio na Floresta Nacional com o filhote | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Já a tamanduá-bandeira fêmea, vítima do incêndio que se espalhou na Floresta Nacional, foi resgatada na segunda-feira (23) com queimaduras graves nas quatro patas e debilitada para procurar alimento. O filhote, por sua vez, chegou à unidade veterinária com queimaduras nos pés, mãos e na ponta do focinho. Atualmente ele é alimentado por sonda – e, como todos os demais pacientes, recebe cuidados para recuperação e reinserção na flora. Segundo a diretora do Hospital Veterinário do Zoológico, Tânia Borges, os tratamentos alternativos incluem métodos fitoterápicos e exames de todos os tipos para o monitoramento e melhora dos animais. Além disso, as equipes fazem uma busca ativa nas áreas atingidas pelo fogo para prestar apoio aos outros órgãos ambientais envolvidos nos resgates.  “Colaboramos também com o fornecimento de alimentos para os animais, além de materiais de contenção no caso do pessoal do parque precisar fazer algum resgate”, detalha a gestora. “A equipe fica de prontidão 24 horas para atender da melhor forma possível.” Animais no Hfaus O Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus) também recebeu diversos pacientes durante esse período. Na quarta-feira (25), um filhote de cachorro-do-mato foi encontrado por policiais militares do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPMA).  Filhote de cachorro-do-mato recebe tratamento após ter tido a coluna fraturada durante fuga de um incêndio em Brazlândia | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília O animal havia caído em um buraco de cerca de três metros de profundidade após se perder do bando para fugir de um incêndio no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Brazlândia. Depois de ser encaminhado ao Hfaus e passar por exames, teve constatada uma fratura na coluna e precisou ser submetido a cirurgia ortopédica. O bichinho passará por tratamento e reabilitação. Bugio que se perdeu da mãe ficou desidratado e também foi resgatado pelas equipes do Hfaus Um filhote de lobo-guará também recebe cuidados na unidade após ter sido encontrado debaixo de um carro. Apesar de não apresentar sinais de ferimentos, ele não estava em seu habitat natural e foi recolhido pelas equipes para não correr riscos de atropelamento, ataque de cães domésticos ou mesmo atacar por estar assustado. Ouriço-cacheiro também recebe atendimento após passar por um incêndio  “O Parque Nacional está dentro de Brasília, cercado por cidade. Então, esgotando os recursos, eles acabam chegando a lugares inadequados e entram em conflito com os humanos” Thiago Marques, biólogo do Hfaus O hospital veterinário também acolheu um pequeno bugio, que chegou desidratado e com hipotermia. Um grupo de civis afirma ter visto o filhote de primata cair do colo da mãe durante uma fuga do bando próximo às áreas afetadas pelas queimadas. Os veterinários da unidade pública também cuidam de um tamanduá filhote que ficou para trás durante a fuga da família, além de outros animais, como saruês, micos e ouriços-cacheiros –  a maioria filhotes. O biólogo do Hfaus responsável pelo manejo dos animais silvestres, Thiago Marques, lembra que os animais estão chegando com sinais evidentes de que buscam alimento, recurso em escassez pela degradação do ambiente original. “O DF é uma área gigante, e, se o animal se desloca, acaba chegando à civilização”, explica. “O Parque Nacional está dentro de Brasília, cercado por cidade. Então, esgotando os recursos, eles acabam chegando a lugares inadequados e entram em conflito com os humanos”. Thiago afirma ainda que a demanda do hospital veterinário tem aumentado de forma nítida desde que os incêndios florestais começaram, e frisa que nem sempre os animais vão chegar com ferimentos causados pelo fogo – mas também por incidentes provocados por fuga, abandono das famílias, escassez de alimentos, procura de abrigo e outras questões que são impactos diretos das queimadas. “Percebemos um aumento de casos, por exemplo, de ataque de cachorros, colisões com carros e vidraças, além de animais indo parar em locais urbanos”, aponta o biólogo. “As pessoas se assustam com eles e acabam tendo esses casos de ferimentos. Nosso trabalho é tentar resgatar, melhorar a vidinha deles e devolvê-los para a natureza o mais breve possível. Mas a grande maioria a gente não vai conseguir atender, que são anfíbios, répteis e invertebrados que não conseguem fugir. Eles são a base para muitos outros; e, quando há um problema com a base, afeta toda a cadeia alimentar.” Como ajudar Os profissionais do hospital veterinário ressaltam que os animais da fauna silvestre não devem ser tratados por civis, já que, por mais que o animal pareça que não está machucado, pode estar extremamente assustado ou com fome, enfrentando dias de fuga. Foi o caso da fêmea de tamanduá, que, antes de ser trazida pelos bombeiros ao Hfaus, estava correndo havia dois dias dentro da cidade. “A partir do momento em que ele é retirado da natureza, há chances de  não conseguir retornar” Clara Costa, chefe do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama Ao encontrar um animal na rua, filhote ou adulto, primeiramente é preciso verificar se ele está ferido ou precisa de socorro, pois nem todos os casos exigem intervenção humana.  “Mesmo que ele seja filhote, às vezes a mãe deixa ele em um cantinho para buscar alimento; e, querendo ajudar, a gente faz um resgate que não era necessário”, pontua a chefe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Clara Costa. “A partir do momento em que ele é retirado da natureza, há chances de  não conseguir retornar.” O ideal é sempre acionar os órgãos públicos ambientais, que atuam na linha de frente com apoio do BPMA, por meio do telefone 190, ou o Corpo de Bombeiros Militar do DF pelo telefone 193. Destinação dos resgatados Desde o início do ano há um acordo de cooperação técnica para o atendimento da fauna do DF e Entorno que envolve o Ibama, os institutos Brasília Ambiental (Ibram) e Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além do Jardim Zoológico de Brasília.A representante do Cetas, divisão do Ibama que recebe os bichos resgatados de incêndios florestais, atropelamentos, colisões, apreensões ou até entregas voluntárias, ressalta que, após os animais receberam alta dos hospitais veterinários parceiros, as equipes fazem uma avaliação física e comportamental dos resgatados, para saber se há alguma avaria que os impossibilite de retornar para a natureza. “Isso é fundamental caso seja um animal manso ou que não apresente os comportamentos típicos da espécie que vão auxiliá-lo a sobreviver na natureza”, detalha. “Após essa avaliação criteriosa, a gente define a destinação desses animais – que pode ser a soltura, que é o objetivo final sempre, ou cativeiro, nos casos em que eles não sobreviveriam sozinhos. Existe também a possibilidade de destiná-los aos zoológicos, criadouros ou mantenedores licenciados pelo Ibama.”

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GDF reforça efetivo no combate ao incêndio florestal no Parque Nacional de Brasília

Com o objetivo de ampliar os esforços para debelar o incêndio florestal iniciado no último domingo (15) no Parque Nacional de Brasília, o Governo do Distrito Federal (GDF) aumentou, nesta terça-feira (17), o efetivo empenhado na operação conjunta que envolve o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), o Instituto Brasília Ambiental, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Prevfogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Cerca de 640 bombeiros foram acionados para participar do combate e já estão se revezando em campo. Além disso, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) cedeu um helicóptero para auxiliar nos trabalhos aéreos. O coronel Marcos Rangel explicou que novos militares foram acionados para ampliar as equipes terrestre e aérea no enfrentamento à queimada iniciada no domingo | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O incremento logístico permitiu que a operação controlasse o incêndio e impedisse a expansão do fogo. “Posso considerar que a operação está sendo bastante exitosa e o nosso governador não está medindo esforços para que tenhamos sucesso nessa missão”, afirmou o coronel do CBMDF, Marcos Rangel. “Continuamos empenhados no combate. O incêndio já está controlado. Ele não se expandiu, mas continua presente na mata de galeria, que é de difícil acesso, dificultando nosso avanço”, complementa. “Posso considerar que a operação está sendo bastante exitosa e o nosso governador não está medindo esforços para que tenhamos sucesso nessa missão” Marcos Rangel, coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal O desafio agora é conter os focos subterrâneos na mata de galeria que se concentram próximo ao Córrego do Bananal. “O trabalho da tarde foi de manutenção das linhas para evitar novas reignições e combate dentro das matas de galeria. O perímetro total da área apagada está sendo monitorado, mas o Bananal ainda tem focos ativos dentro. Ele não vai se expandir, não vai aumentar a área atingida pelo incêndio, mas tem pontos quentes”, explicou o coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Paulo Morita. O monitoramento está sendo feito por meio dos helicópteros dos Bombeiros e da PMDF. “Em termos de água, estamos bastante favorecidos com cinco bombas d’água, carros-pipas do Exército e aeronaves Air Tractor do ICMBio e uma aeronave nimbus do Corpo de Bombeiros para o lançamento de água”, complementou o coronel Rangel. A queimada começou por volta das 11h30 do último domingo (15) próximo à região do Córrego do Bananal e da unidade de captação de água da Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb). Criado em novembro de 1961, o Parque Nacional de Brasília é uma unidade de conservação de proteção integral que mantém o bioma e abriga bacias dos córregos que formam a represa Santa Maria, responsável pelo fornecimento da água potável ao DF. A chefe do Parque Nacional de Brasília e Reserva Biológica Contagem, Larissa Diehl, explicou que a situação na Água Mineral é diferente da Floresta Nacional de Brasília (Flona), quando houve a necessidade de suplementação da alimentação dos animais Monitoramento dos animais Todas as equipes foram orientadas a fazer o monitoramento dos animais no parque, mas não há registro de resgate. Apenas uma anta adulta foi identificada com ferimentos, chegou a receber os cuidados necessários e continua solta no parque, que tem uma área de mais de 42 mil hectares. Até agora, a estimativa é de que 2,4 mil hectares de vegetação tenham sido consumidos. “É importante aproveitarmos para avisar a população que não estamos recebendo doações de alimentos. No momento, identificamos apenas um animal ferido, que continua solto. Ele não precisou ser removido ou contido”, avisou a chefe do Parque Nacional de Brasília e Reserva Biológica Contagem, Larissa Diehl. Ela explicou que a situação na Água Mineral é diferente da Floresta Nacional de Brasília (Flona), quando houve a necessidade de suplementação da alimentação dos animais. “A proporção de área atingida lá foi muito maior e, por isso, foram tomadas essas atitudes. No Parque Nacional, ainda não é necessário”. De acordo com João Paulo Morita, o desafio agora é conter os focos subterrâneos na mata de galeria que se concentram próximo ao Córrego do Bananal Força-tarefa Na segunda-feira (16), o GDF instalou uma força-tarefa por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) para investigar possíveis ações criminosas relacionadas ao episódio. A decisão foi tomada após reunião, no Palácio do Buriti, com a presença do governador Ibaneis Rocha, da vice-governadora Celina Leão e de órgãos de segurança e meio ambiente. No fim de agosto, após o DF ser atingido por fumaça vinda de outras unidades da Federação, o governador Ibaneis Rocha instituiu um grupo de trabalho para elaborar um plano de ação para eventos críticos da qualidade do ar. Em abril, foi decretado estado de emergência ambiental no DF para o período de junho a novembro, o que possibilitou a preparação dos órgãos que compõem o Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais que executa o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Distrito Federal (Ppcif) para otimizar recursos humanos e materiais em relação às queimadas. O principal apoio, no entanto, precisa vir dos moradores. Além de evitar o uso de fogo em áreas abertas, a população pode colaborar acionando o Corpo de Bombeiros pelo número 193 ao avistar qualquer foco de incêndio. Também é possível usar a Central de Denúncias de Incêndios Florestais, criada em julho pelo Brasília Ambiental, pelo número 9224-7202 — ligação ou WhatsApp. Previsão do tempo De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chuvas para os próximos dias na capital federal. Nesta terça-feira (17), o DF bateu a marca de 147 dias consecutivos de estiagem sem qualquer expectativa de precipitação. A seca deve permanecer ao longo da semana e também nos próximos dias. Além disso, segundo o meteorologista de plantão do Inmet, Heráclio Alves, as condições climáticas continuarão favorecendo a ocorrência de incêndios devido às altas temperaturas e ao clima seco. *Colaborou Fernando Jordão

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Após três dias, combatentes controlam incêndio no Parque Nacional de Brasília

A operação conjunta entre o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), o Brasília Ambiental, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Prevfogo do Ibama conseguiu controlar, na madrugada desta terça-feira (17), as chamas que atingiram o Parque Nacional de Brasília. Desde domingo (15), os combatentes atuavam em terra e pelo ar para impedir o avanço do fogo. As chamas que atingiram o Parque Nacional de Brasília foram controladas na madrugada desta terça-feira (17) por meio da operação conjunta entre o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), o Brasília Ambiental, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Prevfogo do Ibama | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Neste momento, mais de 500 bombeiros, agentes e brigadistas ambientais trabalham no resfriamento das áreas queimadas. O objetivo é evitar novos focos de incêndio. “Temos dois focos restritos a matas de galeria e em torno de 150 bombeiros trabalhando nesses locais. Além disso, cerca de 350 militares serão deslocados para esses pontos, onde irão fazer tanto o rescaldo como a vigilância. A nossa preocupação é ao longo do dia, com o aumento da temperatura e queda da umidade, que esses focos possam se propagar novamente”, detalha o comandante operacional, coronel Pedro Aníbal. A vice-governadora Celina Leão ressaltou que o Governo do Distrito Federal (GDF) colabora com a Polícia Federal nas investigações sobre a autoria do crime De acordo com o CBMDF, o fogo está confinado, mas há focos quentes dentro da mata de galeria do Córrego Bananal. “O que temos agora é um incêndio subterrâneo, que é o pior para se combater porque há muita fumaça e a visibilidade fica baixa. Não dá para saber ao certo onde que está queimando. É um trabalho demorado de água e aceiro”, defende o comandante-geral coronel Sandro Gomes. A queimada começou por volta das 11h30 do último domingo (15) próximo à região do Córrego do Bananal e da unidade de captação de água da Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb). As chamas se alastraram rapidamente pelo terreno em razão do clima quente e seco e já consumiram 2,4 mil hectares de vegetação. A suspeita é que o incêndio tenha sido criminoso. “Temos dois focos restritos a matas de galeria e em torno de 150 bombeiros trabalhando nesses locais. Além disso, cerca de 350 militares serão deslocados para esses pontos, onde irão fazer tanto o rescaldo como a vigilância”, detalha o comandante operacional, coronel Pedro Aníbal A vice-governadora Celina Leão ressaltou que o Governo do Distrito Federal (GDF) colabora com a Polícia Federal nas investigações sobre a autoria do crime. “Isso está sendo conduzido pelo nosso secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. Há uma colaboração entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do DF, inclusive na possibilidade de uso de equipamentos, de troca de informações, para que a gente chegue à materialidade e autoria desse crime”, explica. Segundo o presidente do ICMBio, Mauro Pires, o órgão entrará com uma representação na Advocacia Geral da União (AGU) para reparação dos danos causados pelo incêndio. “Essa é a nossa obrigação. Uma vez que for constatado que de fato houve crime, com a investigação da polícia, nós vamos encaminhar ao Ministério Público da União, por meio da AGU, para que seja um ato judicializado. O nosso objetivo é conscientizar e chamar atenção para a população evitar esse tipo de situação, principalmente nessa época do ano”, declara Mauro Pires. “O que temos agora é um incêndio subterrâneo, que é o pior para se combater porque há muita fumaça e a visibilidade fica baixa. Não dá para saber ao certo onde que está queimando. É um trabalho demorado de água e aceiro”, defende o comandante-geral coronel Sandro Gomes Para reforçar o trabalho das equipes em solo, o Corpo de Bombeiros escalou um helicóptero e um nimbus – avião especializado de combate a incêndio – para sobrevoarem a área e auxiliarem no combate à queimada. Quatro militares foram deslocados para o lançamento de água na linha de fogo. Cada aeronave tem capacidade para lançar três mil litros por viagem. Criado em novembro de 1961, o Parque Nacional de Brasília é uma unidade de conservação de proteção integral que mantém o bioma e abriga bacias dos córregos que formam a represa Santa Maria, responsável pelo fornecimento da água potável ao DF. Conhecido popularmente como Água Mineral, o espaço conta com uma área de 42 mil hectares que abrange a DF-003 (Epia), a DF- 001 (EPCT), a DF-097 (Epac), o Setor de Oficinas Norte (SOFN) e a Granja do Torto. Força-tarefa Uma força-tarefa foi criada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para investigar possíveis ações criminosas relacionadas ao episódio. A decisão foi tomada após reunião, na segunda, no Palácio do Buriti, com a presença do governador Ibaneis Rocha, da vice-governadora Celina Leão e de órgãos de segurança e meio ambiente. Segundo o presidente do ICMBio, Mauro Pires, o órgão entrará com uma representação na Advocacia Geral da União (AGU) para reparação dos danos causados pelo incêndio Na ocasião, também foi decidido que os bombeiros do DF que estão deslocados para outras unidades da Federação retornarão imediatamente para reforçar o enfrentamento aos incêndios florestais. Ao todo, o contingente do GDF empenhado para combater as chamas é de 1,5 mil pessoas, entre Brasília Ambiental, Sema e demais pastas. Cadê a chuva? De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chuvas para os próximos dias na capital federal. Nesta terça-feira (17), o DF bateu a marca de 147 dias consecutivos de estiagem sem qualquer expectativa de precipitação. A seca deve permanecer ao longo da semana e também nos próximos dias. Além disso, segundo o meteorologista de plantão do Inmet, Heráclio Alves, as condições climáticas continuarão favorecendo a ocorrência de incêndios devido às altas temperaturas e o clima seco. GDF em ação No fim de agosto, após o DF ser atingido por fumaça vinda de outras unidades da Federação, o governador Ibaneis Rocha instituiu um grupo de trabalho para elaborar um plano de ação para eventos críticos da qualidade do ar. A preocupação com os incêndios florestais — e suas consequências à população —, é anterior à criação do grupo de trabalho. Em abril, o governador decretou estado de emergência ambiental no DF para o período de junho a novembro, o que possibilitou a preparação dos órgãos que compõem o Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais que executa o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Distrito Federal (Ppcif) para otimizar recursos humanos e materiais em relação às queimadas. A prevenção às queimadas teve início nos primeiros meses do ano, bem antes do período da seca, por meio da Operação Verde Vivo — coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) desde 1999. Em um primeiro momento, as equipes fazem um trabalho de orientação. Depois, em uma fase iniciada em junho, há a intensificação dos trabalhos de combate, com apoio de 500 bombeiros, 27 caminhonetes, 24 caminhões-tanque, 22 caminhões de transporte da tropa, dois aviões e dois helicópteros, além de instituições parceiras. Também houve a convocação de 150 brigadistas pelo Brasília Ambiental. O principal apoio, contudo, precisa vir dos moradores. Além de não usar fogo em áreas abertas, a população pode colaborar acionando o Corpo de Bombeiros, pelo número 193, ao avistar qualquer foco de incêndio. Também é possível usar a Central de Denúncias de Incêndios Florestais, criada em julho pelo Brasília Ambiental, pelo número 9224-7202 — ligação ou WhatsApp.

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Servidores são capacitados para prevenção e combate a incêndios florestais

Até sexta-feira (2/6), servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) que integram o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), estão participando de um treinamento para prevenção e combate aos incêndios florestais. O Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais procura capacitar, com aulas práticas e teóricas, os diversos órgãos para um melhor alinhamento nas demandas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O curso é extremamente importante, pois estamos qualificando os nossos combatentes. Vamos contratar 150 brigadistas florestais que já foram treinados pelo Ibama e agora estão sendo capacitados pelos protocolos do Corpo de Bombeiros. Teremos, assim, um reforço qualificado para atuar no combate aos incêndios florestais do DF”, explica o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. O secretário Gutemberg Gomes ressalta a importância do curso: “Vamos contratar 150 brigadistas florestais que já foram treinados pelo Ibama e agora estão sendo capacitados pelos protocolos do Corpo de Bombeiros. Teremos, assim, um reforço qualificado para atuar no combate aos incêndios florestais do DF” Para a coordenadora do Ppcif, Carolina Schubart, o treinamento procura capacitar os diversos órgãos que participam do Plano de Prevenção para um melhor alinhamento nas demandas. “Temos o objetivo de preparar o corpo técnico dos servidores que atuam na temática de incêndios florestais para aprimorar ainda mais a eficácia no combate aos incêndios florestais de grande proporção no DF”, ressalta Schubart. Nesta etapa do treinamento comandado pelo Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), os servidores passam por aulas práticas e teóricas, com carga horária de 40 horas semanais, e aprendem a manusear o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), que é a ferramenta de gerenciamento das emergências do CBMDF. Alélia Medina, servidora do Instituto Brasília Ambiental, atua há dois anos como brigadista e acredita que o treinamento será um grande diferencial nas ações de combate Sistema gerencia as ações de combate aos incêndios florestais De acordo com o Corpo de Bombeiros, o SCI pode ser aplicado na organização das condutas que deverão ser adotadas no controle de cada situação. O sistema foi desenvolvido na década de 1970 para gestão no combate aos incêndios florestais na Califórnia, nos Estados Unidos. Ele garante a integração dos esforços para uma melhor resposta nas ações de enfrentamento aos incêndios e pode ser aplicado em qualquer tipo de situação de emergência. “No grupo do Ppcif, utilizamos o SCI para organizar melhor os recursos, planejar as ocorrências de incêndios florestais para controlar e avaliar as ações e caminhar no sentido de resolver o problema. Por fim, o sistema faz todas as diferenças nas ações, para não perdermos tempo e agirmos de maneira rápida e efetiva para cuidarmos de um bem tão precioso como o meio ambiente”, esclarece o sargento Fábio Santos, instrutor do curso de SCI. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A servidora do Instituto Brasília Ambiental Alelia Medina, que atua há dois anos como brigadista, está participando do curso e acredita que o treinamento será um grande diferencial nas ações de combate. “Estamos agregando a experiência e a vivência de como atuar de forma conjunta com os outros órgãos. Com os bombeiros, estamos aprendendo a questão da logística, planejamento e tudo isso poderemos aplicar nas ações de combate aos incêndios florestais que atuamos”, declara. Participam do curso 30 servidores de órgãos como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasília Ambiental, Jardim Botânico de Brasília (JBB) e Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF).  

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Reunião debate estratégias de prevenção e combate a incêndios florestais

Nove órgãos que integram o Plano de Prevenção e de Combate aos Incêndios Florestais no DF (Ppcif) estiveram reunidos nesta sexta-feira (3) para consolidar as ações que serão executadas pelo programa em 2023. Estiveram presentes representantes do Brasília Ambiental, ICMbio, Jardim Botânico de Brasília, Jardim Zoológico, Aeronáutica, IBGE, Corpo Militar de Bombeiros do DF e Ibama. Entre as metas estabelecidas no encontro, serão reforçados treinamentos como o de resgate da fauna nos incêndios florestais | Foto: Divulgação / Sema-DF De acordo com a coordenadora técnica do Ppcif na Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), Carolina Schubart, este ano serão reforçados os treinamentos, como o de resgate da fauna nos incêndios florestais, que será promovido pelo Zoológico de Brasília. Na ocasião, foi aprovado um protocolo específico para esse trabalho. “Outra meta será a realização de visitas às propriedades rurais em áreas de influência de unidades de conservação, para passar informações de prevenção ao fogo. Para isso, vamos articular as ações com a Secretaria de Agricultura e a Emater”, adiantou Carolina Schubart. De acordo com o calendário anual do Ppcif, nos próximos dias o governo assinará o decreto que estabelece Estado de Emergência Ambiental no DF. Isso permite agilizar as ações de prevenção e combate aos incêndios. A medida é válida até novembro e possibilita, entre outras iniciativas, a contratação de brigadistas, além de facilitar a compra de equipamentos pelo Ibram. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ficou acertado na reunião a realização de blitzes educativas entre os meses de abril e julho. A iniciativa envolve os órgãos do Ppcif e ocorre próximo a unidades de conservação mais vulneráveis aos incêndios, como a Estação Ecológica de Águas Emendadas e o Jardim Botânico. Este ano, o Ppcif também programou rondas integradas nos locais mais críticos. Outra iniciativa será o aprimoramento do trabalho de perícia em áreas afetadas pelo fogo, com o apoio do Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMbio). *Com informações da Sema

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Visita técnica orienta sobre resgate e recolhimento de animais silvestres

Servidores do Instituto Brasília Ambiental participaram de uma visita técnica ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Cetas/Ibama). No encontro, os técnicos do Ibama fizeram uma apresentação da estrutura e dos procedimentos adotados no recebimento de animais silvestres. Servidores do Brasília Ambiental visitaram o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental “A visita técnica faz parte das atividades da comissão do Brasília Ambiental designada para elaborar um edital de parceria baseado no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), para apoio ao Cetas no trabalho de resgate e atendimento dos animais silvestres para reabilitação e soltura”, explica Alessandra do Valle Abrahão, analista de atividades do meio ambiente e coordenadora da comissão. O encontro foi realizado no fim de janeiro. Parcerias via MROSC são acordos firmados entre a administração pública e organizações da sociedade civil (OSCs), em regime de mútua cooperação, que envolvem a transferência ou não de recursos financeiros, para consecução de finalidades de interesse público. Proteção Os centros de triagem de animais silvestres do Ibama são unidades responsáveis pelo recebimento de animais silvestres apreendidos, resgatados ou entregues espontaneamente pela população. São 24 unidades espalhadas pelo território brasileiro que fazem avaliação, tratamento, reabilitação e destinação desses animais, com o objetivo maior de devolução deles à natureza. Os Cetas do Ibama recebem, em média, mais de 50 mil animais por ano – a maioria são aves. No Distrito Federal, o Instituto Brasília Ambiental atua em conjunto com a autarquia federal nas ações de triagem, reabilitação, destinação e soltura da fauna silvestre. Em 2021, cerca de 11 mil animais silvestres foram devolvidos à natureza. *Com informações do Brasília Ambiental  

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Zoo treina especialistas em resgate de animais em incêndios florestais

Profissionais que atuam na identificação, contenção e manejo de mamíferos, aves e répteis, além dos cuidados e primeiros socorros a animais feridos, participam do Curso de Resgate de Fauna em Incêndio Florestal, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente, no âmbito do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF). O evento, que teve início terça-feira (8), ocorre até quinta-feira (10), das 8h30 às 17h, na Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), com 20 horas de duração, entre aulas teóricas e práticas. O Curso de Resgate de Fauna em Incêndio Florestal, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente, ocorre até quinta (10) | Fotos: Arquivo/Sema [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre os temas abordados no curso estão Identificação, contenção e manejo de aves e de mamíferos do Cerrado; Resgate, contenção e manejo de repteis e de artrópodes; Manejo e cuidados com animais feridos; Primeiros socorros, e Veterinária. A formação é voltada a brigadistas e servidores do Instituto Brasília Ambiental, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jardim Botânico de Brasília (JBB), Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). Entre os temas abordados no curso estão ‘Identificação, contenção e manejo de aves e de mamíferos do Cerrado’ e ‘Primeiros socorros’ A coordenadora técnica do PPCIF, Carolina Schubart, explica que a ação é de grande importância para a capacitação e integração das instituições. “Principalmente dos brigadistas florestais que trabalham em campo, que, assim que forem bem treinados, podem ajudar a salvar a vida dos animais feridos durante os incêndios, com um resgate realizado de forma mais segura, tanto para eles como para os animais”, ressalta. A brigadista florestal Amanda Victoria Marques Rodrigues, do Brasília Ambiental, avalia que o curso está sendo bastante útil no dia a dia da profissão. “Acredito que o brigadista florestal é o primeiro que tem contato com o animal que que está machucado. Então, é importante aprender a como proceder com o resgate”, afirma. A cabo do CBMDF Naiara Rayane de Sá de Oliveira também destacou a importância do curso: “Todas as informações que a gente recebe aqui são essenciais, já que muitas vezes, nos incêndios florestais, encontramos animais feridos que podem ser resgatados e melhor atendidos.” A médica veterinária e diretora de Aves do Zoológico de Brasília, Ana Cristina de Castro, explica que é importante saber como manejar os animais feridos com mais segurança no momento do resgate. “Tanto para ele, quanto para os profissionais que atuam na ocorrência. A dica é estar atento à individualidade e à fragilidade da espécie e ao modo correto de fazer as contenções”, alerta. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF

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Curso capacita servidores para resgate de animais em incêndios

A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) coordena o Curso de Resgate de Fauna em Incêndio Florestal, com o objetivo de capacitar servidores de órgãos que integram o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif). O treinamento começa nesta terça-feira (8) e vai até quinta (10), das 8h30 às 17h, na Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), com 20 horas de duração, entre aulas teóricas e práticas. Brigadistas terão aulas teóricas e práticas sobre resgate de animais em incêndios, incluindo os cuidados e primeiros socorros a bichos feridos | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Ministrado por profissionais da fundação, o curso vai preparar o corpo técnico que atua em  incêndios florestais para identificar, conter e manejar mamíferos, aves e répteis, além ensinar os cuidados e primeiros socorros a animais feridos. A formação é voltada a brigadistas e servidores do Brasília Ambiental, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jardim Botânico de Brasília (JBB), Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A coordenadora técnica do Ppcif na Sema, Carolina Schubart, explica que a ação é de suma importância para a capacitação e integração das instituições. “Principalmente para os brigadistas florestais que trabalham em campo, e que, assim, podem ajudar a salvar a vida dos animais feridos durante os incêndios, com um resgate realizado de forma mais segura, tanto para eles quanto para os animais”, completa. Entre os temas abordados, estão Identificação, contenção e manejo de aves e de mamíferos do cerrado; Resgate, contenção e manejo de repteis e de artrópodes; Manejo e cuidados com animais feridos; Primeiros socorros e Veterinária. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente

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Reunião da Comissão de Emergências Ambientais no aterro

A Comissão Distrital do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Perigosos (CD-PR2) do Distrito Federal realizou, na manhã desta sexta-feira (28), a primeira reunião extraordinária de 2021. O encontro aconteceu no aterro sanitário, em Samambaia. Capacitação de servidores e mapeamento de áreas de risco fazem parte do escopo de ações da CD-PR2 | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental Segundo explicou o superintendente de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento (Sufam) do Brasília Ambiental, David do Lago Ferreira, o encontro representou “importante passo na consolidação da relação de insumos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a serem adquiridos pelos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), que compõem CD-PR2”. Durante a reunião, a empresa Clean fez demonstrações de uma série de equipamentos e insumos utilizados para o gerenciamento de áreas contaminadas, atendimento a emergências, gerenciamento de risco e também monitoramento de gases em aterros sanitários. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A definição da relação de insumos e EPIs é a Instrução 2 do Grupo de Trabalho da Comissão, e está sob a coordenação do Corpo de Bombeiros, que tem como responsabilidade estabelecer a metodologia e os prazos para apresentação dos produtos resultantes dos trabalhos desenvolvidos. Esse GT tem como função ainda a elaboração do Plano de Emergência do DF, no qual deve estar definido a responsabilidade de cada órgão em situação de emergência ambiental. O encontro serviu também para que os integrantes da Comissão participassem de uma visita guiada por servidores do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) ao aterro sanitário. Eles puderam conhecer in loco como é feita a destinação final do resíduo sólido no DF e as ações de tratamento do chorume produzido. Em visita ao aterro sanitário, integrantes da comissão conheceram como se dá a destinação final dos resíduos sólidos no Distrito Federal e o tratamento de chorume Permanente  A CD-PR2 é uma comissão permanente, criada por meio de decreto e tem como objetivo desenvolver ações de preparação, prevenção, e resposta rápida para situações de emergência ambiental com produtos perigosos. Prevê a capacitação de servidores dos órgãos, desenvolvimento de ações como barreiras de fiscalização, aquisição conjunta de materiais, equipamentos, insumos e serviços para atendimento a emergências, bem como a elaboração de um Plano Distrital que defina a atribuição de cada instituição nas situações de emergência. E ainda o mapeamento de áreas de risco no DF, entre outras iniciativas. Participaram da reunião, além dos representantes do Brasília Ambiental, representantes do Corpo de Bombeiros, das Polícias Civil e Militar, Defesa Civil, SLU, Secretaria de Meio Ambiente (Sema), DER, Secretaria de Agricultura (Seagri), Caesb, Secretaria de Saúde e Ibama. A Comissão vai se reunir novamente no dia 18 de junho. *Com informações do Brasília Ambiental

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Curso capacita profissionais para combate a incêndios florestais

A segunda etapa do Curso de Sistema de Comando de Incidentes teve início nesta segunda-feira (24). O CSCI/Básico capacita oficiais e servidores dos órgãos do Governo do Distrito Federal que atuam no combate a incêndios florestais para o uso padronizado de ferramentas durante as ocorrências. A iniciativa, articulada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e aplicada pelo Corpo de Bombeiros (CBMDF), apresenta aos oficiais, praças e candidatos de outras instituições uma ferramenta de gerenciamento de incidentes padronizada para todos os tipos de sinistros. Tal modelo permite ao usuário adotar umSemaa estrutura organizacional integrada para suprir as complexidades e demandas de incidentes únicos ou múltiplos, independentemente das barreiras jurisdicionais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A primeira etapa foi realizada na última semana. Nessa segunda fase são ministradas aulas práticas e aplicada prova teórica nas instalações do Grupamento de Proteção Civil (GPCiv), em Taguatinga (DF). As atividades presenciais resguardam todos os procedimentos de segurança para evitar a contaminação por Covid-19. Devido à pandemia, na semana passada as aulas teóricas foram realizadas em ambiente virtual, pelo sistema EAD. O curso tem a duração de 20 horas. No total, 30 servidores das instituições parceiras que atuam na execução dos trabalhos de prevenção e combate estão em treinamento – profissionais do Brasília Ambiental, do Zoológico, do Jardim Botânico, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do ICMBio, da Polícia Militar do DF, da Defesa Civil, da Aeronáutica e da Escola Superior de Guerra. [Numeralha titulo_grande=”R$ 3 milhões” texto=”liberados pelo GDF para contratação de 148 brigadistas” esquerda_direita_centro=”centro”] “O curso é essencial para quem trabalha diretamente com incidentes de qualquer dimensão. No nosso caso, o curso é voltado para capacitar servidores a aplicar estratégias de melhor resposta e organização operacional para o combate aos incêndios florestais de grande proporção no DF”, informou a assessora técnica da Sema para o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF), Carolina Schubart. De acordo com Carolina, normalmente são realizados dois cursos por ano, com capacitação média de 60 profissionais. No entanto, com o isolamento decorrente da pandemia, só foi realizado um curso até o momento. A capacitação faz parte das ações do PPCIF, coordenado pela Sema e executado por instituições parceiras. Para a realização das ações, o GDF liberou R$ 3 milhões destinados à contratação de 148 brigadistas. Em abril foi publicado o Decreto 40.614/2020 declarando estado de emergência ambiental no Distrito Federal, com relação aos incêndios florestais que recorrentes entre os meses de abril e novembro. Também foram realizados aceiros mecânicos nas diversas unidades de conservação do DF.   * Com informações da Secretaria do Meio Ambiente

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Zoo de Brasília explica decisão inicial de não manter naja-monóculo

A Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) possui a concepção de zoológico moderno, onde as espécies mantidas nele atendem a propósitos de conservação, pesquisa e educação com bem-estar e planejamento com base científica. Para atingir esse objetivo, há o Plano de População do Zoológico de Brasília, documento que prioriza espécies que são nativas do cerrado; que apresentam algum fator de conservação; e que têm potencial para educação ambiental. Além desses critérios, são levados em consideração fatores relacionados a infraestrutura e a segurança, sobretudo em casos de espécies peçonhentas. É com base neste Plano de População que a FJZB decidiu não ficar com a naja-monóculo, serpente apreendida após acidente com estudante de medicina veterinária suspeito de tráfico de animais silvestres. Segundo a Instrução Normativa do Ibama nº 7, de 30 de abril de 2015 , caso a instituição não tenha o antiveneno específico de uma espécie peçonha que seja o suficiente para o tratamento de, no mínimo, três acidentados, o animal é imediatamente apreendido pelo órgão. O fato de não haver o fornecimento regular do soro antiofídico no país para a peçonha da naja-monóculo, além de colocar em risco a equipe que trabalha diariamente no serpentário de Brasília, vai contra à determinação do Ibama. Das 27 serpentes que a FJZB acolheu, em julho, oriundas de apreensões e entregas voluntárias, apenas cinco espécies se enquadram nas diretrizes do Plano de População e haveria interesse da instituição em ficar com os animais, caso definido pelo Ibama, são elas: periquitamboia, cobra-papagaio, jararacuçu, salamanta e jiboia-de-Madagascar. “Nós abandonamos o conceito de apenas exibir animais que as pessoas querem ver. Nosso objetivo aqui é muito maior. Temos que priorizar os animais que dependem dos nossos esforços para que não desapareçam para sempre da natureza, por meio da reprodução em cativeiro, da pesquisa científica e da educação ambiental perante a sociedade”, enfatiza o superintendente substituto de conservação e pesquisa do Zoológico de Brasília, Filipe Reis. Mesmo sem ter, até o momento, a destinação final definida pelo Ibama, o Zoológico de Brasília garante todos os cuidados necessários para garantir o bem-estar a todos os animais, além do monitoramento diário pela equipe técnica da instituição. A Fundação enfatiza que quem mantém animais silvestres ou exóticos de forma irregular pode fazer a entrega voluntária ao Ibama em todas as unidades do país sem responsabilização penal. A população também pode denunciar suspeitas de criação por meio da “Linha Verde”, no telefone 0800-618080. Plano de População O Plano de População de Espécies foi criado em 2018 pela equipe técnica do Zoológico de Brasília e tem vigência por cinco anos. Os trabalhos e os investimentos na Fundação devem ser direcionados, prioritariamente, ao manejo de populações saudáveis e viáveis de animais com potencial de contribuir para a conservação de suas espécies na natureza, à educação do público sobre como evitar ou minimizar os impactos antrópicos no mundo natural e ao avanço do conhecimento relacionado ao bem-estar e à conservação animal. Caso surja o interesse ou disponibilidade para trabalhar com uma espécie nova, não inclusa no Plano de População de Espécies em vigor, deve-se submeter a espécie em questão a todas as etapas do processo de planejamento para averiguar se é adequada ou não ao plano da FJZB. Vale ressaltar ainda que o Plano de População está em constante atualização na medida em que novos estudos e pesquisas são descobertas.

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Zoológico de Brasília também comemora Dia dos Namorados

Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília O amor é necessário para que todos, inclusive os animais, possam se sentir bem. No Dia dos Namorados,  comemorado no Brasil nesta sexta (12), vale saber que os “moradores” do Zoológico de Brasília contam com uma equipe especializada em encaminhar representantes de algumas espécies a uma harmoniosa vida a dois. E esse não é um trabalho fácil, pois exige muito estudo sobre o comportamento dos animais e cooperação entre várias instituições, dentro e fora do país, para formar o “par perfeito” da vida silvestre. Durante a pandemia, quando o zoo se encontra fechado, os casais segue se entendendo. Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Atualmente, o zoo conta com cerca de 40 casais, dentre aves e mamíferos, que fazem parte de programas de conservação. Um desses pares é o formado por Tucupi e Amarantos, primatas criticamente ameaçados de extinção da espécie sauim-de-coleira. Tucupi, o macho, já vivia no Zoológico de Brasília, enquanto a fêmea, Amarantos chegou de um resgate em Manaus (AM), feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O arranjo ocorreu em 2018, com a recomendação de pareamento entre Tucupi e Amarantos, que deu à luz no início deste ano. Foto: Ivan Mattos / Zoológico de Brasília Incentivo à aproximação Para que uma reprodução dê certo entre os casais indicados ao cruzamento, além de fazer a aproximação e o pareamento, a equipe técnica precisa montar o cenário que estimule os participantes. “Para incentivar a reprodução, a gente deixa o recinto o mais confortável e aconchegante possível, com um clima agradável”, conta a superintendente de conservação e pesquisa do Zoo, Luísa Helena Rocha. “Assim, os animais se sentem à vontade e ambientados. A gente também oferece acompanhamento médico-veterinário e nutricional”. Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília Além da reprodução natural, o Zoo de Brasília atua em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nos bancos de germoplasma, que fazem o armazenamento de informações genéticas a partir da identificação, da caracterização e da preservação de células germinativas de alguns seres vivos. “O banco de germoplasma e o manejo para reprodução dos animais vivos colaboram na manutenção de um banco genético que poderá ser utilizado para reintroduzir espécies na natureza”, explica Luísa. Foto: Marcela Lasneaux / Zoológico de Brasília Tucupi e Amarantos fazem parte de um universo de mais de 40 felizes casais formados por elementos das espécies bugio-de-mãos-ruivas, bugio-vermelho-do-rio-Purus, lobo-guará, macaco-aranha-de-cara-vermelha, gato-do-mato-pequeno, onça-pintada, ganso-do-havaí, emu, guará, urubu-rei, harpia, gavião-carrapateiro, jacutinga, mutum-de-penacho, mutum-cavalo, sabiá-poca, bicudo, canário-da-terra, papagaio-verdadeiro, papagaio-do-mangue, papagaio-da-cara-roxo, papagaio-moleiro, papa-cacau, papagaio-campeiro, papagaio-chauá, papagaio-do-peito roxo, arara-azul-grande, ararinha-de-testa-vermelha, arara-vermelha, arara-piranga, ararajuba, tiriba-de-pfrimer e tiriba-de-barriga-vermelha. Pareamento As recomendações de pareamento são feitas anualmente por especialistas, chamados studbook keepers. Esses profissionais que organizam a população de espécies ameaçadas no Brasil e no mundo e, de acordo com dados genéticos importantes, indicam qual indivíduo pode reproduzir e com quem. Isso acontece para garantir que a população mantida sob cuidados humanos seja geneticamente saudável e que contribua, no futuro, para o reforço das populações em vida livre. Acordo de cooperação Em 2018, a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil, o Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade e o Ministério do Meio Ambiente assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para atuar na elaboração, implementação, manutenção e coordenação dos programas de manejo em cativeiro de espécies ameaçadas em zoológicos e aquários brasileiros. O acordo aborda 25 espécies prioritárias, entre mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes, para a execução do acordo. O trabalho de conservação dessas espécies é importante para proteger também seus habitats e espécies relacionadas, pois muitas delas provocam o “efeito guarda-chuva”: sua conservação, por consequência, promove a conservação de vários outros animais que participam do ecossistema, sendo um enorme passo para a conservação da fauna brasileira.           * Com informações do Jardim Zoológico de Brasília

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Águas Claras e Floresta Nacional abrem jornada de blitze contra incêndio

| Foto: Sema / Divulgação O Parque de Águas Claras e a Floresta Nacional de Brasília serão as primeiras Unidades de Conservação (UCs) a receber a Blitz Educativa de Prevenção dos Incêndios Florestais no Distrito Federal. Com o objetivo de atender um público maior os eventos vão acontecer de forma simultânea, no dia 27 de março, das 8h às 12h. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ao todo serão dez as UCs atendidas, cinco a mais do que no ano passado. Além de Águas Claras, os parques Ezechias Heringer, Prainha, Fercal e Estação Rádio receberão as blitze pela primeira vez, em calendário que segue até agosto. A reunião de planejamento para a realização da estratégia em 2020 foi na tarde desta quinta-feira (20), na sede da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), responsável por coordenar o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF-DF). As blitze buscam conscientizar e alertar a população sobre a proibição e os perigos da queima de lixo e resto de poda, as principais causas de incêndio florestal no Distrito Federal. No ano passado, 4,4 mil veículos foram abordados em eventos no Park Way, na Floresta Nacional de Brasília, no Jardim Botânico de Brasília, no Parque Boca da Mata e na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae). Estas são áreas de preservação mais vulneráveis aos incêndios florestais. | Foto: Sema / Divulgação “Neste ano decidimos atender aos pedidos da população e, pela primeira vez, realizar duas blitzes no mesmo dia. No ano passado muitos motoristas abordados elogiavam a iniciativa e sugeriam outras regiões administrativas ou UCs para a gente atuar. Então, vamos testar o formato no final de março e avaliar seu funcionamento”, explica a coordenadora do PPCIF na Sema, Carolina Leite Queiroga Schubart. O Grupo Executivo do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF é composto por: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), Companhia de Saneamento Ambienta do DF (Caesb), Aeronáutica, Marinha, Corpo de Bombeiros (CBMDF), Secretaria de Saúde, Jardim Botânico de Brasília (JBB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Brasília Ambiental.   * Com informações da Secretaria de Meio Ambiente

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Zoológico de Brasília trata e reabilita animais com foco na soltura 

Ave vítima de tiro de chumbinho passa por laserterapia para reabilitação no Zoológico de Brasília | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília O canto da ave virou lamento. Nascida livre, a imponente e jovem águia-chilena de penas escuras foi alvejada por um tiro de chumbinho em uma das asas e, hoje, não pode voar. Resgatada em uma fazenda em Planaltina magrela e com fraturas, agora ela passa pelos cuidados dos médicos veterinários da Fundação Jardim Zoológico de Brasília. No Programa de Reabilitação e Soltura, o animal silvestre já passou por cirurgia e agora faz sessões semanais de fisioterapia. Devido à crueldade do crime que quase o matou, corre o risco de jamais poder voltar à natureza. O objetivo da equipe do Hospital Veterinário do Zoológico é devolver à natureza os bichos resgatados com ferimentos, mas nem sempre é possível. A águia – que tem “chileno” no nome mas origem no sertão nordestino – voa a elevadas altitudes e acaba alvo de quem treina tiro por esporte. Pelo conjunto de ferimentos e o tempo necessário para recuperação, o animal resgatado em maio pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) não deve ser devolvido aos ares. Em vez disso, será direcionada ao plantel para reprodução. Provavelmente fêmea, de acordo com o porte, a ave chegou no hospital veterinário com fratura em dois ossos da asa esquerda – rádio e ulna. Ela passou por uma cirurgia ortopédica para tirar o chumbinho, colocou um fixador externo e agora tem três sessões semanais de fisioterapia. “O calo ósseo precisa ser remodelado para voltar ao formato normal. Isso demora pelo menos um ano. Como ela já está recebendo alimentação com privilégios, vai ser bem difícil de voltar à natureza”, explica o médico veterinário Nícolas Costa. [Olho texto=”O que visamos é acelerar o processo para que possa retornar o quanto antes pro recinto ou à natureza, amenizando essa contenção do processo que é submetido no tratamento” assinatura=”Catherine Lara, veterinária fisioterapeuta” esquerda_direita_centro=”direita”] Pelas mãos da veterinária fisioterapeuta Catherine Lara, o animal recebe cuidados definidos por protocolo adequado à espécie. Ele precisa ser sedado para não ficar se debatendo, o que pode provocar mais machucados. O tratamento de laserterapia auxilia no processo de cicatrização da ferida, enquanto o magnetoterapia cria um campo magnético e acelera o processo de consolidação. “Optamos aparelhos mais confortáveis, que não causam dor. De modo geral, temos bons resultados”, ressalta a veterinária. “O que visamos é acelerar o processo para que possa retornar o quanto antes pro recinto ou à natureza, amenizando essa contenção do processo a que é submetido no tratamento”, aponta a médica veterinária. Com a atenção de toda a equipe, a ave já ganhou dois quilos. Avaliação é criteriosa Os animais feridos chegam ao Hospital Veterinário do Zoológico por dois caminhos. São direcionados pelo Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) ou pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) da Polícia Militar do Distrito Federal. A maioria chega vítima de atropelamentos, de ações humanas, como alvo de tiros, ou vítimas de tráfico de animais. No local, eles são assistidos, tratados, cuidados. A recuperação e readaptação desses bichos demanda muito tempo e dedicação. O prazo, no entanto, varia de acordo com cada espécie. Filhotes exigem cuidados específicos para que não se acostumem com os humanos e desaprendam a viver livres. Quando os bichos chegam adultos para tratamento, eles recebem os cuidados necessários e são soltos o quanto antes para que passem o mínimo tempo possível em contato com pessoas. Em época de seca, devido ao aumento de queimadas, surgem animais órfãos, perdidos e machucados. Cachorro-do-mato, Drogo não deve retornar à natureza depois do contato continuado com o ser humano, assim como a parceira Khaleesi | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Os médicos veterinários do Zoológico atestam a possibilidade de soltar os animais, com análise de cada caso. É preciso perceber se o animal consegue caçar, defender-se de predadores e marcar território, por exemplo. A definição do local para onde levar determinada espécie é feita pelo Ibama ou, no caso do DF, pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). É necessário checar se a soltura não afetará o equilíbrio do ecossistema. Os mamíferos e felinos são os de mais fácil devolução à natureza. “Eles vivem mais de caça, que é mais fácil de ofertar para manterem o instinto, que, apesar de não ser perdido, é preciso estimular”, diz Nícolas Costa, médico veterinário do Zoo.  Aqueles que não podem ser devolvidos à natureza, como a ave-chilena, ficam no plantel do Zoológico ou vão para criadouros. Dois exemplares de cachorro-do-mato, batizados de Drogo e Khaleesi, podem morrer se forem libertados. O veterinário Nicolas Costa explica que eles não temem o maior predador deles, o ser humano, por terem crescido em contato com gente. Em vez de atacar, vão se aproximar para receber carinho ou alimentação. É o exemplo de um tamanduá-bandeira que esteve por dez anos sob os cuidados de uma família em uma chácara. Crime ambiental Matar, perseguir e caçar animais silvestres é crime ambiental. Segundo a legislação, isso inclui manter os bichos em casa sem autorização, praticar ato de abuso, maus tratos, ferimentos ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. As penas previstas na legislação sobre Crimes Contra a Fauna podem passar de três anos de detenção, além de pagamento de multa.

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Batalhão Ambiental apreende mais de mil animais silvestres

Aves constituem a maior parte dos animais apreendidos nas operações de combate ao tráfico de espécies silvestres /Foto: Andre Borges/Agência Brasília No primeiro trimestre deste ano, o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) apreendeu 1001 animais silvestres e fez o resgate de 674. Por conta das apreensões feitas, 162 termos circunstanciados foram lavrados e 106 animais tiveram de ser atendidos em função de maus-tratos. Segundo o comandante do BPMA, major Souza Júnior, grande parte dos atendimentos é referente a apreensões de animais silvestres, em sua maioria, aves. “Em todo o ano passado, apreendemos 5.210”, informa. “As apreensões são realizadas por meio de patrulhamento em residências, que acabam em autuações por criação sem a devida autorização do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.” [Numeralha titulo_grande=”99351.5706″ texto=”Whatsapp Adoção, número pelo qual se podem fazer denúncias e solicitar inscrição para adotar animais resgatados” esquerda_direita_centro=”direita”] Encaminhamento Após a apreensão, os animais são encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama. “Dependendo do local do resgate e se o animal estiver em boas condições, optamos por liberá-los no meio ambiente”, explica o comandante. “É importante que, caso o cidadão se depare com um animal silvestre em casa ou em qualquer outra área urbana, entre em contato conosco por meio de nossos canais de atendimento para que possamos resguardar a vida humana e do animal”. Em junho do ano passado, o BPMA lançou o WhatsApp Adoção, serviço que pode ser acessado pelo mesmo telefone utilizado para fazer denúncias, o 99351.5706. Interessados em adotar animais resgatados pela unidade policial podem preencher uma ficha cadastral e participar da lista de espera para adoção. “A partir do momento em que a pessoa encaminha o pedido, nós avaliamos se ela tem capacidade de manter o animal, oferecer comida, espaço e carinho”, orienta o major Souza Júnior. “Muitos desses animais já sofreram, inclusive, violência psicológica. Então, é importante que eles não revivam isso”. Neste primeiro trimestre, o serviço operacionalizou procedimentos para a adoção de 30 cachorros e sete equinos.  

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