Hospital de Base reforça combate às hepatites com ação interativa no Julho Amarelo
Em referência ao Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, nesta segunda-feira (28), o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) promoveu uma ação educativa no ambulatório da unidade, com o objetivo de conscientizar pacientes, familiares e colaboradores sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das hepatites B e C. A campanha, que faz parte do movimento Julho Amarelo, levou testagens rápidas, vacinação contra hepatite B, orientações com especialistas e atividades educativas com brindes ao ambulatório do Hospital de Base. A decoração temática, com balões e painéis na cor amarela, símbolo da luta contra as hepatites, chamou a atenção de quem passava pelo local. Além de se imunizar, quem participou da ação pôde conhecer meios de prevenção e tratamento das hepatites | Fotos: Divulgação/IgesDF “Eu vim só acompanhar minha mãe, mas quando vi a ação resolvi participar. Nunca tinha feito esse teste e agora saio mais tranquila e bem informada”, contou Larissa Alves, 25 anos. A ação foi promovida pela equipe da Vigilância Epidemiológica do HBDF, em parceria com a Comissão de Epidemiologia, Prevenção e Assistência (Cipa), o ambulatório de Gastroenterologia e Hepatologia, e a Gerência de ISTs da Secretaria de Saúde do DF. Este ano, o trabalho ganhou um diferencial: a união dos setores que costumavam realizar atividades separadas. [LEIA_TAMBEM]“Ampliamos o alcance ao juntarmos forças. Foi uma ação maior e mais resolutiva para quem passou por aqui”, destaca a farmacêutica e especialista em Vigilância em Saúde, Thaynnara Pires. Além dos serviços, os participantes puderam testar seus conhecimentos em um quiz com perguntas sobre as hepatites. A iniciativa buscou alertar para os riscos das infecções virais, muitas vezes silenciosas, que podem evoluir para doenças graves como cirrose e câncer de fígado. Segundo a gastroenterologista Liliana Mendes, quem teve resultado positivo nos testes será acompanhado no ambulatório da especialidade. “O objetivo vai além do diagnóstico. Vamos garantir o tratamento adequado a quem precisar”, explica. No primeiro semestre deste ano, o HBDF diagnosticou 35 casos de hepatites virais. No mesmo período de 2024, foram 37 casos. Em todo o ano passado, o hospital identificou 72 pacientes com a infecção. No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, as hepatites virais causam cerca de 1,1 milhão de mortes por ano. Renato Barros: "Essa ação mostra que cuidar da saúde também pode ser leve, informativo e acessível" “Essa ação mostra que cuidar da saúde também pode ser leve, informativo e acessível”, resume Renato Barros, que aproveitou a oportunidade para fazer o teste e atualizar sua vacinação para o tipo B. “Facilitou muito, não precisei ir até uma Unidade Básica de Saúde.” *Com informações do IgesDF
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Campanha Julho Amarelo alerta para a prevenção das hepatites virais
A hepatite é uma doença silenciosa que pode ser muito perigosa. Com o intuito de prevenir, reforçar as ações de vigilância e fazer o controle das formas virais, foi instituída a campanha Julho Amarelo. A prevenção é sempre o melhor caminho. Para alguns tipos há vacina, e para todas as formas da doença os tratamentos estão disponíveis na rede pública de saúde do Distrito Federal. A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, que são o foco do Julho Amarelo, ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool ou drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. Entre os sintomas estão cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites virais são classificadas em A, B, C, D (Delta) e E. Apenas os tipos C e E não têm vacina. Elas podem ser transmitidas por contágio fecal-oral, principalmente, em locais com condições precárias de saneamento básico e água, alimentos contaminados e relações sexuais desprotegidas. Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília Também pode ocorrer contágio por meio de contato com sangue contaminado, agulhas, seringas, lâminas de barbear ou materiais de manicure infectados; por transfusão de sangue ou hemoderivados ou o vírus ser passado de mãe para filho durante a gravidez, caso não haja a profilaxia correta para evitar o contágio. As mais comuns são causadas pelos tipos A, B e C. De acordo com a médica infectologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) Sônia Maria Geraldes, a “grande meta do Julho Amarelo é ampliar as testagens” entre a população. “Todos deveriam fazer o teste ao menos uma vez na vida, inclusive na gestação. Quem nunca se vacinou deve se vacinar. Somente a hepatite C não tem vacina, mas o tratamento é efetivo e leva a 98% de cura. Para isso, temos que fazer o diagnóstico”, enfatiza. O Governo do Distrito Federal disponibiliza as vacinas, testes e tratamentos na rede pública de saúde. Por isso, a infectologista recomenda que a população procure a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima. Entre 2014 e 2024, foram notificados 3.448 casos de hepatites virais entre os residentes do Distrito Federal, sendo 180 (4,7%) confirmados para hepatite A. No ano de 2020 não houve registro de casos confirmados. Desde 2019 há um aumento no número de casos de hepatite A; e, em 2024, foram registrados 24 casos da doença até o momento, mas nenhuma morte. A cobertura vacinal do DF é de 86,22% para hepatite A infantil. A vacina pentavalente, que protege contra hepatite B, além de difteria, tétano, coqueluche e meningite por Haemophilus influenzae tipo b, tem 85,56% de cobertura.
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Mutirão de exames para detecção de hepatites no Sítio do Gama
Os moradores do Residencial Santos Dumont, também conhecido como Sítio do Gama, em Santa Maria, poderão fazer, nesta quinta-feira (14), das 8h às 12h, exames de sangue para detecção de hepatites A, B e C e HIV, além de assistir a palestras sobre as diferenças entre os três tipos da doença, suas formas de contágio e prevenção. A ação faz parte da campanha Julho Amarelo para conscientizar sobre a necessidade de cuidados da população em relação às hepatites virais. Gerente da unidade básica de Saúde (UBS) do Sítio do Gama, Cláudia Rezende de Souza afirma que a meta é que 50 pessoas do Residencial Santos Dumont façam os exames. “Nas palestras, serão dadas informações sobre a hepatite C, que é uma doença viral, mas também será explicada a diferença entre os três tipos da doença”, prevê Cláudia. As palestras serão ministradas pela médica Jaqueline Pereira e a enfermeira Kele Cristina da Silva. Os exames de sangue para detecção de hepatites A, B e C e HIV serão realizados na UBS do Sítio do Gama das 8h às 12h | Foto: Arquivo Agência Saúde A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ter diversas causas, como o consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas. O tipo A é transmitido por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra; a doença fica incubada entre dez e 50 dias e normalmente não causa sintomas, porém, quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor escura e fezes esbranquiçadas. Os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos sobretudo por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material cirúrgico contaminado e não descartável estão entre as maiores vítimas, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sanguíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem. Os vírus das hepatites B e C podem ser transmitidos em relação sexual. Frequentemente, os sinais das hepatites B e C podem não aparecer, por isso grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença após anos e, muitas vezes, por acaso em testes para esses vírus. Quando aparecem, os sintomas são muito parecidos com os da hepatite A, mas, ao contrário desta, a B e a C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado. Capotaria e tai chi chuan Além do foco na hepatite, quem for à UBS do Sítio do Gama nesta quinta-feira terá a tradicional aula de tai chi chuan, que é realizada às quintas-feiras, a partir das 8h. Também haverá uma apresentação de capoterapia, que consiste numa variação da capoeira, orientada para idosos.
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Julho Amarelo debate as hepatites virais
O Julho Amarelo é o mês da luta contra as hepatites virais, doenças infecciosas que atacam principalmente o fígado. Embora nem sempre apresentem sinais e sintomas, quando não diagnosticadas, podem acarretar complicações das formas agudas e crônicas, muitas vezes levando à cirrose ou ao câncer de fígado. [Olho texto=”“Além da imunização, há outras formas muito importantes de prevenção e que não têm segredo: usar preservativo nas relações sexuais, o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas, alicates de unhas e seringas, e higienização correta dos alimentos”” assinatura=”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] “As hepatites virais podem ser controladas com diagnóstico precoce, tratamento e medidas de prevenção, incluindo vacinas para alguns tipos do vírus. No entanto, o desconhecimento sobre a doença faz com que muitas pessoas só sejam diagnosticadas quando apresentam complicações, como cirrose e câncer de fígado”, explica Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde. Para debater sobre as hepatites virais, a Secretaria de Saúde organizou o “Seminário sobre atenção integral às pessoas com hepatites virais no Distrito Federal: informar para sensibilizar”, que será realizado no próximo dia 19, das 8h30 às 17h, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). O principal objetivo é aprimorar as atividades de prevenção, vigilância, diagnóstico e tratamento das hepatites virais no DF. O seminário é destinado a profissionais de saúde das redes pública e privada, além de estudantes da área. As inscrições podem ser feitas neste link. Dados da doença No Distrito Federal, de 2017 a 2021, foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 1.331 casos novos de hepatites virais, sendo 515 (38,7%) de hepatite B, 812 (61,0%) de hepatite C, e quatro (0,3%) de hepatite D. Em relação à hepatite A, no ano de 2021 foram notificados 301 casos no Sinan, sendo dois casos confirmados. Destinado aos profissionais de saúde das redes pública e privada, o seminário organizado pela Secretaria de Saúde tem como objetivo aprimorar as atividades de prevenção, vigilância, diagnóstico e tratamento das hepatites virais no DF | Arte: SES-DF De 2017 a 2021, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), ocorreram no DF 109 óbitos que tiveram como causa básica as hepatites virais, sendo 76 por hepatite C e 19 por hepatite B. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. Transmissão A via primária de transmissão das hepatites virais B, C e D é a parenteral, por contato com sangue e hemoderivados, podendo também ser transmitidas por contato sexual e de mãe infectada para o recém-nascido (durante o parto ou no período perinatal). Usuários de drogas injetáveis, pessoas em hemodiálise ou com múltiplos parceiros apresentam maior risco de infecção pelos vírus. A transmissão pode ocorrer ainda pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear ou depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e fumadas (crack). Pode ocorrer também em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos, endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são respeitadas. Prevenção Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados. Para a do tipo A o recomendado é lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer, além do uso de água tratada, saneamento básico e higienização adequada dos alimentos. [Olho texto=”“Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite B ou C podem receber o tratamento gratuito pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as orientações dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e B (PCDT Hepatite C e PCDT Hepatite B) do Ministério da Saúde”” assinatura=”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo Beatriz, as vacinas são as principais estratégias de prevenção contra as hepatites A e B, e estão inseridas no Calendário Nacional de Vacinação pelo SUS. “Além da imunização, há outras formas muito importantes de prevenção e que não têm segredo: usar preservativo nas relações sexuais, o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas, alicates de unhas e seringas, e higienização correta dos alimentos”, destaca. A hepatite C não possui vacina. Diagnóstico e tratamento A rede pública de saúde do DF disponibiliza os meios para se diagnosticar as hepatites virais, sejam exames de sangue e testes rápidos ou laboratoriais, em qualquer unidade básica de saúde (UBS) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto. Os testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C estão disponíveis para toda a população na rede do SUS no DF. O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. Já em caso de hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais de 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir) tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especialmente a cirrose e o câncer de fígado. Tanto o tratamento para a hepatite B quanto para hepatite C está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). “Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite B ou C podem receber o tratamento gratuito pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as orientações dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e B (PCDT Hepatite C e PCDT Hepatite B) do Ministério da Saúde”, esclarece Beatriz. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Já fez teste para hepatite? Previna-se contra esse mal
Doenças silenciosas em que os sintomas e sinais pouco aparecem. As hepatites virais podem levar à morte caso não sejam tratadas com antecedência. E para detectar qualquer uma delas, é necessária a realização de um simples teste rápido, oferecido na rede pública de saúde. Na UBS 6 do Gama, ação desenvolvida dentro da programação do Julho Amarelo resultou em 106 testagens em um dia | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF No Brasil, são transmitidas mais comumente pelos vírus A, B, C ou D. Todavia, as três últimas são as mais frequentes. No Distrito Federal, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecem os exames de diagnóstico e encaminham o tratamento. Na UBS 6 do Gama, o amarelo (símbolo do combate à doença) tomou conta do posto de atendimento com balões e banners sobre a enfermidade. Conversas individualizadas dos agentes de saúde com usuários alertavam sobre as formas de contágio, como nas relações sexuais. O retorno, bem positivo: 106 testagens em um dia. [Olho texto=”“Em julho, reforçamos as ações de vigilância, controle e prevenção da doença. E, com o auxílio do teste rápido, podemos detectar e cuidar do paciente na rede do SUS”” assinatura=”Gisele Nunes, gerente das Áreas Programadas da Região de Saúde Sul” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já em Santa Maria, a receptividade na UBS 1 também agradou. Ao longo da semana passada, foram realizadas palestras e distribuídos folders de orientação. Em apenas um dia, 91 pessoas foram testadas. Populares, que passavam pela unidade para outros tratamentos saíam do posto orientados sobre as hepatites virais. “Em julho, reforçamos as ações de vigilância, controle e prevenção dos vários tipos da doença. É uma forma de educar. E, com o auxílio do teste rápido, podemos detectar e cuidar do paciente na rede do SUS”, explica a gerente das Áreas Programadas da Região de Saúde Sul, Gisele Nunes. O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), na Rodoviária do Plano Piloto, também realiza os exames. Tipos mais comuns no DF Entre 2016 e 2020, a Secretaria de Saúde contabilizou 2.290 casos confirmados de hepatites virais no DF. Desse total, as mais comuns na capital são as do tipo B e C. Foram 877 (38,3%) casos de hepatite B e 1.410 (61,6%) da modalidade C. Já a D, apresentou apenas três casos. Além de testagem e tratamentos, as UBSs do DF disponibilizam vacinas contra as hepatites dos tipos A e B para todas as idades “A hepatite é ‘silenciosa’ e dificilmente se manifesta. Às vezes provoca um mal-estar, enjoo ou icterícia (pele amarela causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue)”, informa a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel. “Dessa forma, é muito importante o diagnóstico precoce para se buscar a cura”, explica a especialista. Já desenvolvida, a enfermidade ataca o fígado, podendo levar, em alguns casos, à cirrose ou ao câncer desse órgão. Transmissão pelo sangue A principal forma de transmissão das hepatites B, C e D é por meio do contato com sangue e hemoderivados. Podem também ser transmitidas por contato sexual e da mãe infectada para o recém-nascido (durante o parto ou no período perinatal). [Olho texto=”“A vacina já é universal e disponível no SUS para todas as idades. É muito importante que as pessoas imprimam o seu calendário vacinal e façam a imunização disponível aqui nas unidades no DF”” assinatura=”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”direita”] A infecção acontece, ainda, via compartilhamento de objetos contaminados, bem como em procedimentos cirúrgicos, odontológicos e endoscopia, quando não estão devidamente esterilizados. A transmissão da hepatite A se dá por meio do contato das fezes com a boca (fecal-oral). Vacina é um bom caminho Já existe vacina na rede para essa doença infecciosa. Aplicada há muito tempo em crianças e recém-nascidos, ela nem sempre é lembrada pelo público adulto. Os tipos A e B podem ser prevenidos por meio da imunização e, inclusive, a dose está prevista no calendário nacional de imunização. “A vacina já é universal e disponível no SUS, para todas as idades, desde 2016. É muito importante que as pessoas imprimam o seu calendário vacinal e façam a imunização disponível aqui nas unidades no DF”, recomenda Beatriz Maciel. Prevenção e tratamento Para evitar a hepatite A, é recomendado lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro ou trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer. Também é indicado o uso de água tratada e higienização adequada dos alimentos. Já o tratamento desse tipo se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. As hepatites B e C podem ser prevenidas evitando-se o contato com o sangue contaminado, razão pela qual é recomendado usar preservativos nas relações sexuais; exigir materiais esterilizados ou descartáveis e não compartilhar itens, equipamentos ou utensílios de uso pessoal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento é feito com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir), com o objetivo de reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especialmente a cirrose e o câncer de fígado. No caso da hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), administrados, geralmente, por 8 ou 12 semanas.
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Julho Amarelo destaca importância da prevenção contra as hepatites virais
As hepatites virais são doenças silenciosas que provocam inflamação do fígado e nem sempre apresentam sintomas. No Brasil, são causadas mais comumente pelos vírus A, B, C ou D. Existe ainda o vírus E, com predominância na África e na Ásia. Representam um problema de saúde pública de grande importância, pois é significativo o número de pessoas atingidas e não identificadas. O Julho Amarelo é celebrado para efetivar ações relacionadas à luta contra as hepatites virais. A Organização Mundial de Saúde (OMS), durante a Assembleia Mundial da Saúde, realizada em maio de 2010, instituiu a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. “Quando não diagnosticadas, as hepatites virais podem acarretar complicações das formas agudas e crônicas, muitas vezes levando à cirrose ou ao câncer de fígado”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. [Olho texto=”De 2015 a 2019, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 1.859 casos confirmados de hepatites virais no DF.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] A Secretaria de Saúde divulgou neste mês o perfil epidemiológico das hepatites virais B e C no Distrito Federal entre 2015 e 2019, um boletim informativo com dados de todos os cinco anos analisados. De 2015 a 2019, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 1.859 casos confirmados de hepatites virais no DF. Destes, 1.033 (55,6%) são de hepatite C, 801 (43,1%) de hepatite B, 23 (1,2%) de hepatites B+C e 2 (0,1%) de hepatites A+B. Não foram notificados casos de hepatite B+D. De 2015 a 2019, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), 95 óbitos tiveram como causa básica as hepatites virais dos tipos B ou C. Destes, 72,6% tiveram como causa a hepatite viral crônica C; 14,7% a hepatite viral crônica B sem agente delta, 11,6% a hepatite aguda B sem agente delta e 1,1% a hepatite aguda C. Percebe-se também um aumento no coeficiente de mortalidade da hepatite C crônica, a partir de 2017. Em 2019 foram notificados 130 (4,3 casos por 100.000 habitantes) casos de hepatite B e 206 (6,8 casos por 100.000 habitantes) casos de hepatite C. “As hepatites B, C e D só podem ser diagnosticadas por meio de exames de sangue específicos para essas hepatites virais. Os testes rápidos para hepatite B estão disponíveis na rede pública e todas as pessoas não vacinadas adequadamente e com idade superior a 20 anos devem procurar uma unidade básica de saúde para fazer o teste rápido para hepatite B. Há também disponíveis testes rápidos para hepatite C. Inclusive, a hepatite C tem cura”, informa. Tratamento De acordo com Beatriz Luz, o tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por oito ou 12 semanas. Os DAA revolucionaram o tratamento da hepatite C, possibilitando a eliminação da infecção. “Todas as pessoas com infecção pelo HCV podem receber o tratamento gratuito pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as orientações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções (PCDT Hepatite C) do Ministério da Saúde. Os pacientes na fase inicial da infecção podem ser tratados nas UBSs, sem a necessidade de consulta na rede especializada para dar início ao tratamento”, esclarece. Já a hepatite B não tem cura. Entretanto, o tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especificamente cirrose, câncer hepático e morte. Os medicamentos disponíveis para controle da hepatite B são a alfapeginterferona, o tenofovir e o entecavir. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] As hepatites virais representam um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. São doenças infecciosas causadas por diferentes vírus, que têm em comum o tropismo primário pelo tecido hepático. Nem sempre a infecção por esses vírus apresenta sinais e sintomas, mas quando presentes, incluem frequentemente febre, fraqueza, mal estar, dor abdominal, enjoo/náuseas, perda de apetite, urina escura, icterícia (olhos e pele amarelados) e fezes esbranquiçadas. Transmissão As hepatites B e C são transmitidas pelo sangue (via parenteral, percutânea e vertical), sêmen e secreção vaginal (via sexual). A transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear ou depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, materiais para escarificação da pele para rituais, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e fumadas (crack). Pode ocorrer a transmissão também em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos, hemodiálise, transfusão, endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são respeitadas. Mundo Estima-se que 400 milhões de pessoas em todo o mundo estejam infectadas com o vírus da hepatite B (HBV) e aproximadamente 175 milhões de pessoas com o vírus da hepatite C (HCV). *Com informações da Secretaria de Saúde
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