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Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC)

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Projeto Descobrindo Brasília leva crianças para imersão na história da capital federal

As casas de madeira que abrigaram o primeiro hospital de Brasília foram cenário para o aprendizado de mais de 20 crianças em situação de vulnerabilidade do Varjão. Os estudantes conheceram a história da construção da capital federal no Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), e ainda passaram na Catedral e na Ponte JK, outros espaços icônicos do Quadradinho. O passeio ocorreu graças ao projeto Descobrindo Brasília, promovido pela Secretaria de Atendimento à Comunidade do Distrito Federal (Seac-DF). A iniciativa atenderá o dobro de crianças neste ano em comparação ao ano passado, quando foi criada. Serão 240 crianças em duas semanas de atividade. Os primeiros passeios ocorreram entre os dias 2 e 4 deste mês, com participação de projetos sociais de Samambaia, Água Quente e Santa Maria. Nesta semana, além do grupo Realizando Sonhos do Varjão, vão participar entidades do Itapoã e de Sobradinho II. O percurso também incluirá o Memorial dos Povos Indígenas e o Planetário de Brasília. “Levamos crianças que nunca tiveram condições de conhecer os pontos históricos da nossa cidade, criando memórias afetivas que estimulam o interesse pelo conhecimento”, destaca a secretária de Atendimento à Comunidade, Clara Roriz. “Além disso, as visitas contribuem para mostrar às crianças que tudo tem um começo, um meio e um fim, que às vezes o caminho não vai ser fácil, mas que, com perseverança, elas podem chegar onde elas quiserem.” O passeio ocorreu graças ao projeto Descobrindo Brasília, promovido pela Secretaria de Atendimento à Comunidade do Distrito Federal (Seac-DF) | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Toda a experiência é gratuita e pensada para que seja inesquecível. As crianças são buscadas na sede dos projetos sociais por um ônibus do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) e há distribuição de lanches, fornecidos pelo Sesi Fibra. As visitas são intermediadas por monitores e as aulas são breves, com apresentação de vídeos, para garantir a atenção e diversão dos pequenos cidadãos. “Trazemos as crianças para realmente conhecer a história de Brasília, passando em vários pontos históricos”, assegura o subsecretário da Seac-DF, José Roberto Paiva. Curiosidade O projeto ocorre em um período especial para os brasilienses: no dia 21 deste mês, Brasília completará 65 anos de existência. Para a estudante Sofia Rodrigues, a melhor parte do passeio foi justamente entender mais como tudo aconteceu, desde a decisão de trazer a capital para o interior do país até a construção dos primeiros prédios do Planalto Central. “O que mais gostei foram os vídeos que mostraram mais como era antigamente. Aprendi que as pessoas de antigamente, quando iam de ônibus, era muito cheio e tinham que ir pulando de ônibus. Aquele povo foi guerreiro mesmo, eu não ia dar conta não”, comenta. O estudante Guilherme Torres, 11 anos, adorou conhecer o dia a dia dos operários que ajudaram a erguer a capital do país e as tecnologias que usavam à época, como o lambe-lambe. “Os candangos são as pessoas que vieram em um caminhão para construir a cidade do zero e acho que fizeram um ótimo trabalho. E o lambe-lambe é uma câmera antiga que a gente bota a cabeça em um pano, sem lente”, explica o menino. “Achei interessante na hora que eles mostram os quartos, os cômodos. Não imaginava que era assim, me senti no de volta para o futuro.” O estudante Guilherme Torres, 11 anos, adorou conhecer o dia a dia dos operários que ajudaram a erguer a capital do país e as tecnologias que usavam à época, como o lambe-lambe Com entrada gratuita de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, o museu oferece a exposição permanente Poeira, Lona e Concreto, que narra a história da cidade desde os sonhos, os projetos, a construção, até os dias atuais. A mostra é composta por diferentes ambientações, com fotografias, textos, móveis e objetos do início de Brasília. O espaço passou por restauração completa em 2022. A educadora social do projeto do Varjão, Thamires Neves, destaca que a oportunidade fortaleceu os vínculos dos estudantes com a cidade. “Eles ficaram bastante animados para conhecer Brasília e algumas coisas que as pessoas mais velhas de casa já comentaram”, observa ela, que agradece a iniciativa do GDF. “Foi surpreendente viver essa experiência e ver a felicidade no rosto das nossas crianças é incrível.” Visite também As exposições do Museu Vivo da Memória Candanga podem ser visitadas de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Em horários agendados, o museu promove visitas guiadas que têm como foco a educação patrimonial e a história de Brasília. Instituições de ensino públicas e particulares interessadas devem preencher o formulário disponível neste site. É possível ainda combinar uma visita guiada ao museu diretamente com a gerência. Basta enviar o nome do solicitante e da instituição de ensino, telefone e e-mail para contato, endereço da escola, data e horário da visita, quantidade de visitantes (alunos, professores, monitores, motorista), faixa etária e série escolar dos alunos para o e-mail mvmc@cultura.df.gov.br. Serviço Museu Vivo da Memória Candanga Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h Endereço: Lote D Setor Juscelino Kubitschek – Núcleo Bandeirante Telefones: (61) 3301-3590 Acesse a programação completa do espaço no Instagram.

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A construção de Brasília e seus personagens em exposição

Está em cartaz até este domingo (30) a exposição Brasília 63 anos – a concretização de um sonho. Organizada a partir da obra da escritora e pioneira Mercedes Urquiza, a mostra apresenta uma viagem ao passado para resgatar um pouco da história da capital por meio de quadros, totens e fotos cedidos pelo Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC). Os trabalhos podem ser vistos no shopping Liberty Mall, na Asa Norte, entre as 9h e as 19h, diariamente. Totens em tamanho real mostram figuras fundamentais na história da capital federal, como Juscelino Kubitschek | Foto: Caio Martins/Secec Uma boa parcela do acervo fotográfico sobre a construção da capital foi disponibilizada pelo MVMC, além de totens em tamanho real de personalidades como o ex-presidente Juscelino Kubitschek, o engenheiro Bernardo Sayão e candangos que trabalharam nas obras da cidade. “É uma oportunidade para que as pessoas possam conhecer a riqueza do acervo que temos no Museu da Memória Candanga”, resume o subsecretário de Patrimônio Cultural, Aquiles Brayner. “Muitos turistas vão até lá, mas pessoas de Brasília ainda têm baixa frequência.” O museu, com suas casinhas coloridas à beira da Estrada Parque Indústria Abastecimento (Epia), completa nesta quarta-feira (26) 33 anos de fundação, sendo uma fonte de valiosos registros sobre a criação de Brasília. “Disponibilizamos boa parte do acervo da exposição Poeira, Lona e Concreto que é permanente lá no museu. Fotos, peças e posters daquela época também podem ser vistos”, explica a gerente do MVMC, Eliane Falcão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Autora do livro A Trilha do Jaguar: na Alvorada de Brasília, Mercedes Urquiza ajudou a conceber o projeto e participou de um bate-papo recente com visitantes do museu. Sua obra, à venda no local, é uma autobiografia que conta a história da viagem de Buenos Aires até o Planalto Central, em 1957, quando a “capital da esperança” ainda nem constava no mapa brasileiro. Foram 48 dias a bordo de um Jeep acompanhada pelo marido, Hugo Maschwitz, e pelo cachorro da família. Uma vez em Brasília, ela nunca mais saiu daqui.  Por fim, a exposição traz ainda imagens do premiado fotógrafo sueco Ake Borglund, que detalha por outros ângulos a construção da capital.  Serviço Exposição: Brasília 63 anos – a concretização de um sonho ? Visitação: até o dia 30, das 9h às 19h ? Local: Shopping Liberty Mall – Setor Comercial Norte (SCN), Quadra 2 ? Classificação indicativa livre ? Entrada gratuita. 

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Museu Vivo da Memória Candanga completa 33 anos nesta quarta (26)

Espaço de preservação da história de Brasília, o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) completa 33 anos nesta quarta-feira (26). As casas de madeira colorida, que conservam o legado deixado pelos candangos na época da construção da capital federal, são usadas atualmente como palco de aprendizado e transformação. São oferecidas oficinas de segunda a sexta-feira, com professores voluntários, nos períodos matutino e vespertino. O leque de opções inclui cursos de crochê no lacre, corte e costura, teatro, macramê, gravura e xilogravura, bordado, costura criativa, argamassa (efeito madeira em madeirite), tecelagem e bordado em ponto russo. A disponibilidade das turmas deve ser consultada pelo telefone 3301-3590. As exposições no Museu Vivo da Memória Candanga podem ser visitadas de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A aposentada Auxiliadora Guenes, 70, é uma das professoras da oficina de corte e costura. Nascida em Pernambuco, veio para Brasília em 1968, acompanhando a família e, em tantos anos chamando o DF de casa, morou em diversas cidades. “Quando chegamos, era tudo mato. Existiam poucas cidades, além do Plano Piloto, mas passei por quase todas”, relembra. [Olho texto=”O MVMC abrigou a primeira unidade de saúde brasiliense, o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, criado para atender a todos que ajudavam a erguer a capital federal” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A aula promovida no museu é prática e aberta a quem quiser aprender, independentemente do sexo e da idade. “A pessoa chega com uma peça de roupa que lhe serve bem, colocamos em cima do papel, modelamos como ela preferir e vamos para o tecido, cortar e costurar”, explica Auxiliadora, que, juntamente com outra professora, comanda uma turma de cerca de 20 alunos. Legado O MVMC abrigou a primeira unidade de saúde brasiliense, o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), criado para atender a todos que ajudavam a erguer a capital federal. O complexo seguiu em funcionamento até 1974, quando foi fechado. Em 1990, o Governo do Distrito Federal (GDF) instituiu o tombamento do conjunto de casas, permitindo o processo de restauração do espaço. Em 26 de abril de 1990, o local foi reaberto e inaugurado como um símbolo histórico. Para a gerente do espaço, Eliane Falcão, o museu carrega uma missão importante, que tem sido cumprida com sucesso em 33 anos de existência: preservar o patrimônio do DF. “Aqui guardamos a história dos pioneiros, do candango, da nova capital. Aqueles que participaram da construção e ainda estão vivos ficam muito felizes em ver que contamos a história deles”, avalia. Composta por diferentes ambientações, a mostra ‘Poeira, Lona e Concreto’ resgata, em fotos, objetos e documentos, a época da chegada dos candangos | Foto: Divulgação/Secec Gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o museu oferece, além de oficinas gratuitas, exposições permanentes. Uma delas é Poeira, Lona e Concreto, que narra a história da cidade desde os sonhos, os projetos, a construção, até os dias atuais. A mostra é composta por diferentes ambientações, com fotografias, textos, móveis e objetos do início de Brasília. O espaço passou por restauração completa em 2022. Outras mostras disponíveis são A importância da mulher na construção da nova capital, O cerrado de Pau e Pedro, A construção de Brasília: fotos de Jankiel Gonczarowska, Brasília 63 anos – a concretização de um sonho e Candangos pioneiros: Ernesto Silva e Edson Porto. Visitas [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As exposições podem ser visitadas de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Em horários agendados, o museu promove visitas guiadas que têm como foco a educação patrimonial e a história de Brasília. “Em média, recebemos dois mil visitantes por mês, sendo que a maioria são estudantes do DF e de todo o Brasil”, informa Falcão. As visitas podem ser marcadas pelo projeto Territórios Culturais, fruto de parceria da Secec com a Secretaria de Educação (SEE). Para participar, instituições de ensino públicas e particulares interessadas devem preencher o formulário disponível neste site. É possível ainda combinar uma visita guiada ao museu diretamente com a gerência. Basta enviar o nome do solicitante e da instituição de ensino, telefone e e-mail para contato, endereço da escola, data e horário da visita, quantidade de visitantes (alunos, professores, monitores, motorista), faixa etária e série escolar dos alunos para o e-mail mvmc@cultura.df.gov.br. Serviço Museu Vivo da Memória Candanga ? Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h ? Endereço: Lote D Setor Juscelino Kubitschek – Núcleo Bandeirante ? Telefones: (61) 3301-3590 ? Acesse a programação completa do espaço no Instagram.  

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A africanidade de Josafá Neves em exposição no Museu Vivo

A riqueza estética das religiões de matriz africana ganha destaque na exposição Orixás – Geometria, Símbolos, Cores, do artista plástico Josafá Neves, que chega ao Museu Vivo da Memória Candanga neste sábado (11). A mostra, que conta com fomento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), é parte da programação que celebra os 32 anos do equipamento cultural, gerenciado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Nascido no Gama, o artista Josafá Neves participou de exposições individuais e coletivas em várias partes do Brasil e no exterior, em países como Cuba, Venezuela, França e Estados Unidos | Foto: Divulgação/Secec “Uma produção artística que propõe diálogo com a memória, a identidade e a cultura afro-brasileira. A exposição é uma oferenda de composição, cores e movimento aos orixás, às forças da natureza e à comunidade”, define Josafá Neves. Para o artista, é uma honra que a exposição, depois de rodar por outros espaços culturais do país, seja reaberta agora no Museu Vivo da Memória Candanga, localizado no Núcleo Bandeirante, região onde ele estabeleceu seu ateliê há mais de 20 anos, produzindo obras muitas vezes inspiradas pelo ambiente cultural que o cerca. [Olho texto=”“A mostra também é uma oportunidade de homenagear a população local, que em boa parte se caracteriza por pessoas de ancestralidade africana e indígena”” assinatura=”Josafá Neves, artista plástico” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A mostra também é uma oportunidade de homenagear a população local, que em boa parte se caracteriza por pessoas de ancestralidade africana e indígena”, destaca. Josafá Neves nasceu no Gama e começou a desenhar aos 5 anos de idade, nas calçadas e ruas da vizinhança. Depois, mudou-se para Goiânia (GO), e foi ali que passou a se dedicar integralmente às artes plásticas, tendo como característica marcante em sua obra as pinceladas negras de traços distintos, que expressam seus sentimentos e ancestralidade. Reconhecido internacionalmente, ele participou de exposições individuais e coletivas em várias partes do país, assim como em Cuba, Venezuela, França e Estados Unidos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No evento de abertura da exposição, das 15h às 17h do sábado, o artista plástico fará, ao lado do curador da mostra, Marcus Lontra, fará uma visita guiada com o público presente. O trabalho também conta com a participação da escritora Cristiane Sobral, relacionando as peças com poemas que fazem referência às divindades da umbanda e do candomblé. O projeto vai ainda oferecer oficina de montagem de um painel afro-indígena para os alunos da rede pública, sobretudo das regiões do Núcleo Bandeirante e Candangolândia. A oficina será realizada pela arte-educadora Tainã Cristina, que trabalha, tanto em sua pesquisa quanto em sua prática artística, as estéticas das artes de tradição africanas e ameríndias. A ideia é que o painel produzido pelos alunos seja doado ao Museu Vivo da Memória Candanga ou a uma instituição indicada pelo espaço. Museu Vivo da Memória Candanga 32 anos do Museu Vivo O Museu Vivo da Memória Candanga foi inaugurado em 1990, nas casas que correspondiam ao primeiro hospital do Distrito Federal, o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira. Atualmente, elas formam o mais fiel conjunto de arquitetura de madeira do período da construção da capital e abrigam um espaço cultural destinado ao resgate e valorização da cultura local e das tradições dos candangos. [Olho texto=”Para marcar o aniversário do museu, além da abertura da exposição Orixás, ao longo deste sábado, a partir das 9h, será realizada uma diversa programação, com Festival Candanguice, Encontro de Motorhomes, Piquenique Literário, Feira de Artesanato, desfile do projeto Valfenda e visitas guiadas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Não poderíamos deixar passar em branco os 32 anos deste espaço, que é tão importante para o registro, a preservação e a difusão das histórias e da cultura candanga. O Museu Vivo cumpre seu papel social, propondo e realizando ações que contribuem para a sociedade, se consolidando como um espaço de transformação social e desenvolvimento educacional e cultural da sociedade”, celebra Eliane Rodrigues, gerente do equipamento. Para marcar o aniversário do museu, além da abertura da exposição Orixás, ao longo deste sábado, a partir das 9h, será realizada uma diversa programação, com Festival Candanguice, Encontro de Motorhomes, Piquenique Literário, Feira de Artesanato, desfile do projeto Valfenda e visitas guiadas pelo acervo permanente do equipamento, entre outros. Confira mais informações em @museuvivodamemoriacandanga. Arte: Divulgação/Secec Serviço Exposição Orixás – Geometria, Símbolos, Cores, do artista plástico Josafá Neves Local: Museu Vivo da Memória Candanga Abertura: sábado (11), 15h Em cartaz até 13 de agosto 9h às 17h, de segunda a sábado *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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‘Sorria, Brasília’ acende a memória cultural

Os 62 anos de Brasília voltaram a ser revividos no Museu Vivo da Memória Candanga, que fez a reabertura da mostra histórica “Poeira, Lona e Concreto” | Foto: Nityama Macrini / Ascom Secec-DF Na quarta-feira (20), o projeto “Sorria, Brasília” pôs a memória em movimento para celebrar os 62 anos da cidade. A história dos candangos voltou a ser narrada no Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) com a reabertura da mostra histórica “Poeira, Lona e Concreto”, que retornou ao espaço expositivo completamente higienizada e preservada. No Memorial dos Povos Indígenas (MPI), estudantes e visitantes ficaram diante do precioso acervo de dezenas de etnias e ainda tiveram uma aula sobre o verdadeiro papel dos povos originários na formação do Brasil. À noite, o Complexo Cultural de Planaltina (CCP) fez uma viagem no tempo sobre os 49 anos da Via Sacra ao Vivo, patrimônio imaterial do DF. [Olho texto=”“Colocar essas narrativas em jorro com o presente é uma missão do Estado”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] “A memória cultural é o bálsamo que movimenta a vida de uma nação. Colocar essas narrativas em jorro com o presente é uma missão do Estado”, defende Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa. Força originária Os 50 alunos de escola pública que visitavam o Memorial dos Povos Indígenas pareciam mergulhados numa história agora contada com mais representatividade. Para muitos, a experiência foi mágica, enriquecedora. Afinal, são mais de 12 mil anos de história num único espaço. Alunos de uma escola pública do DF foram ao Memorial dos Povos Indígenas conhecer a história agora contada com mais representatividade. Para muitos, a experiência foi mágica, enriquecedora | Foto: Caio Marins / Ascom Secec-DF “Aprendi muitas coisas sobre os índios que eu não sabia, gostando muito do passeio”, comentou a aluna do 4ª da Escola Classe 01 do Guará, Valentina Tavares Matias, 9 anos, deslumbrada com fotos antigas que compõem a exposição permanente do espaço. [Olho texto=”“Todo o solo brasileiro sempre foi bem respeitado pelos povos indígenas, consideramos a terra como se fosse a nossa mãe”” assinatura=”Mirim Ju Ian, membro do povo Guarani” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Professora de humanas da turma, Rilza Cortez enfatizou a importância da experiência presencial. “Eles já estão aprendendo sobre cultura indígena na escola, sobre a miscigenação das três raças, mas vir pessoalmente ao museu e ter contato com todas essas artes, trazer a história para algo mais palpável ajudam a fixar o assunto com maior facilidade”, defende. Membro do povo Guarani, Mirim Ju Ian, 31 anos, hipnotizou a garotada falando sobre a importância da Mãe Natureza. Aproveitou a ocasião para ensinar cantos e danças típicas da sua tribo. “Todo o solo brasileiro sempre foi bem respeitado pelos povos indígenas, consideramos a terra como se fosse a nossa mãe”, disse o indígena, que estuda geografia na UnB. “Escolhi esse curso justamente para aprender mais sobre a terra”, explicou. Candangos vivos Os 49 anos da Via Sacra ao Vivo, patrimônio imaterial do DF, estão expostos no Complexo Cultural de Planaltina. As pessoas que  prestigiaram o evento, relembraram e reviveram as emoções de cada ato encenado | Foto: Nityama Macrini / Ascom Secec-DF A exposição “Poeira Lona e Concreto” também foi reaberta nesta quarta-feira no Museu Vivo da Memória Candanga. A mostra, que passava por um processo de restauração, retorna em clima de festa, já que faz parte da programação do Sorria Brasília – 62 anos. Entre fotos e objetos históricos do Museu, que no passado já foi o primeiro hospital da cidade, teve dança e discursos potentes. Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, a exposição é um registro fundamental para a história da cidade e destaca o carinho dos gestores para manter o espaço. “O que mais me comove aqui no Museu Vivo da Memória Candanga é a doação das pessoas para que isso esteja aqui de pé, contando histórias”. Outro que se emocionou com as surpresas do que viu foi o servidor público Marcos Alves da Silva, 48 anos, que já conhecia o museu, mas não a exposição. “Achei a exposição de suma importância, estou surpreso por não conhecer e acho que é legal destacar que existe nas peças uma perspectiva bem feminina”, pontua. [Olho texto=”“Para nós, é um momento muito gratificante ver Brasília sorrindo novamente”” assinatura=”Aquiles Brayner, subsecretário do Patrimônio Cultural” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Pela Via Sacra A abertura da exposição “Via Sacra Ao Vivo – Rumo aos 50 anos” foi uma festa aos olhos dos visitantes. Figurinos, objetos, recortes de jornal, cartazes e peças do cenário ajudam a contar a história dessa que é uma das maiores encenações à céu aberto do país, a Via Sacra Ao Vivo ou Via Sacra de Planaltina. Assim, contam também a história das pessoas que fazem essa verdadeira celebração artística e religiosa acontecer há 49 anos. Mais de 70 pessoas prestigiaram o evento, relembrando e revivendo as emoções de cada ato encenado. Entre elas, estava Iohana Hanani, 32 anos, que participa da Via Sacra desde os seis anos de idade. Na apresentação desse ano, ela teve a honra e o desafio de viver o papel de Maria Madalena. Cada detalhe da personagem foi estudado a fundo, incluindo o figurino, que integra a mostra. “Achei a exposição espetacular! É uma porta para a comunidade conhecer de perto e sentir o que a gente sente”, celebrou. Quem também prestigiou o evento foi Mauro Lúcio, que viveu o próprio Jesus Cristo durante mais de vinte anos de Via Sacra. “Me sinto muito realizado, como se fosse uma sementinha que foi plantada naquela época e está frutificando agora. A Via Sacra faz parte da vida da gente e é emocionante ver tudo que aconteceu nesses anos todos.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Preto Rezende, coordenador-geral do Grupo Via Sacra Ao Vivo explicou que os preparativos para 2023 já começaram. “A gente começa aqui a fazer uma coisa grandiosa, já pensando em levar para o ano que vem, com a comemoração dos 50 anos da Via Sacra!” Já o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner, elogiou o trabalho que resultou na exposição, que, segundo ele, foi muito propícia para celebrar o aniversário de Brasília. “Para nós, é um momento muito gratificante ver Brasília sorrindo novamente”, afirmou. A exposição fica em cartaz até 20 de maio, no Complexo Cultural de Planaltina, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Gerente do espaço e curador da exibição, Junior Ribeiro conta que “a Via Sacra não é mais só de Planaltina, mas um patrimônio imaterial de todo o Distrito Federal” e, por isso, a mostra que tem tanta importância, permitindo que sua força transcenda a encenação. *Com informações da Secec-DF

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Cultura registrou um ano com diversas realizações

O ano 2021 foi de canteiros de obras e superação de metas para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Até 31 de dezembro, a pasta empenhou, por meio de editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o aporte de R$ 155 milhões. Esse é o maior investimento de toda a história do FAC e coloca o Distrito Federal na ponta entre as unidades da Federação que mais aplicaram em cultura no ano passado. Cultura investiu em obras durante todo o ano | Foto: Divulgação Para o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, conhecido como Bartô, este é um marco da administração de Ibaneis Rocha. “Nenhum governo teve essa sensibilidade. O desafio está em fazer com que o FAC seja descentralizado, de forma a atender um universo maior de projetos culturais, como preconiza a Lei Orgânica da Cultura no DF”, diz. Principal instrumento de incentivo ao segmento, o Fundo de Apoio à Cultura foi trabalhado em três editais (Visual Periférico e Multicultural I e II). Juntos, os documentos envolveram 22 linguagens artísticas e ofereceram reservas de vagas para quem nunca tinha acessado o recurso. Pessoas com Deficiência (PCDs) também foram contempladas com o benefício. Uma campanha para popularizar o Cadastro de Entes Agentes Culturais (Ceac), que credencia o proponente a acessar os editais, aumentou em 34% a base de inscritos. Assim, a Secec criou linhas para o Meu Primeiro FAC, com reservas de vagas. “Como nunca antes, todas as linguagens culturais foram alcançadas, com os recursos sendo descentralizados para ampliar o leque de oportunidades. Nunca a periferia foi tão contemplada”, conta Bartolomeu Rodrigues. “Se o Multicultural I tinha o objetivo de descentralizar, democratizar e incluir, o Multicultural II vem com o viés da retomada das atividades econômicas do DF, com a proposta de geração de cerca de 100 mil empregos num prazo de seis meses”, explica o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural, João Moro. A volta do MAB Um dos espaços mais emblemáticos da cultura no DF, o Museu de Arte de Brasília (MAB), está de portas reabertas, após 14 anos de espera. Reinaugurado em 21 de abril de 2021, o local tem alterado, com exposições de qualidade, a rotina da Vila Planalto, formando, juntamente com a Concha Acústica, o Complexo Cultural Beira Lago. “É uma felicidade ter esse museu tão caro para arte e para história das artes visuais de Brasília e do Brasil entregue e com melhorias em sua edificação, sobretudo, porque enfrentamos, neste último ano, a adversidade da pandemia da covid-19”, pontua o secretário. “A sua reabertura é um presente para todos, brasilienses, brasileiros e cidadãos do mundo.” Com a reforma estimada em R$ 9 milhões, o edifício do MAB foi expandido em mais de 500 m². A requalificação total do interior do prédio, com mudança de layout, permitiu a ampliação da galeria do primeiro pavimento para mais de 1.022 m² de área útil, quando antes não chegava a 1.000 m². Também se destaca a qualidade do sistema de ar-condicionado, adequado para instituições museológicas, e do sistema de prevenção a incêndio. Entre as novidades está a instalação de dois elevadores, um deles suficiente para transportar as obras. Pensando na preservação dos itens, a iluminação na galeria foi adequada, evitando incidência de luz solar sobre as telas por meio da instalação de paredes em drywall em frente às janelas. Dedicada às apresentações artísticas ao ar livre, a Concha Acústica voltou a fazer parte do cenário cultural do DF, após investimento de R$ 422 mil para reforma e manutenção do espaço. Entre os trabalhos de manutenção feitos no local, estão a pintura completa e regularização das placas de concreto danificadas que compõem o piso, a reforma do alambrado, pintura das estruturas, instalação de refletores, substituição de vidros e aplicação de película. Os serviços também incluíram pintura dos batentes de proteção da guarita, limpeza das lajes e faixas do estacionamento, roçagem e reparos hidráulicos/elétrico. Manutenção de outros espaços culturais Recuperação do Teatro Nacional é um dos desafios | Foto: Divulgação Importantes para a divulgação das artes em todos os seus segmentos e tendências, os equipamentos culturais do Distrito Federal, além de funcionarem como pontos de encontros, lazer e entretenimento para a população, são essenciais para a formação de conhecimento sobre a arte. Daí a necessidade de estarem sempre adequados e aptos a receber o público. Para tanto, foram aplicados R$ 7 milhões de recursos diretos na recuperação desses locais. Nesse contexto, a recuperação do Teatro Nacional, outro relevante espaço cultural da cidade, surge como um desafio. Mesmo fechado, o teatro recebeu melhorias em todo sistema de refrigeração e ar-condicionado. A Secec e a Novacap estão finalizando os termos do edital para contratação de empresa que fará as obras de restauração do teatro com recursos do próprio GDF.  Cidade Patrimônio Após concluir os estudos e análises das necessidades emergenciais dos principais espaços culturais do DF, a pasta pôs em ação, desde março do ano passado, um plano de trabalho chamado “Brasília, Cidade Patrimônio”, para reformar e fazer a manutenção da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), Memorial dos Povos Indígenas (MPI), Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Concha Acústica, Cine Brasília, Museu Nacional da República (MuN), Conjunto Fazendinha e Complexo Cultural Samambaia (CCS). Concha Acústica também passou por reformas importantes | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Composto por um complexo de cinco edificações de madeira construídos nos anos 50, o Conjunto Fazendinha, situado na Vila Planalto, passou por reformas emergenciais nas estruturas de madeiras e instalações elétricas. Até agora, a Secec investiu R$ 290 mil para recuperar o espaço. Localizado na DF-330, Km 4, em Sobradinho, o Polo de Cinema e Vídeo Grande Otelo estava abandonado desde 2013. Com investimentos de mais de R$ 231 mil, a Secec iniciou, em julho de 2021, uma obra de recuperação do galpão central, além da parte elétrica e pintura. O local também ganhou reforço na iluminação, com novas luminárias e refletores externos, pintura, dedetização e manutenção dos jardins da parte externa. “Essa reforma revitaliza a estrutura física do polo, que seguia há anos sem atenção. O que vamos discutir agora é o processo de ocupação. Há muitas ideias postas na mesa”, conta Bartolomeu Rodrigues. Em agosto do ano passado, três espaços memoriais essenciais para a preservação da história e da cultura – Museu do Catetinho, Museu da Memória Candanga (MVNC) e Memorial dos Povos Indígenas (MPI) – tiveram seus sistemas de incêndio substituídos e modernizados. Cravada no coração do Plano Piloto, a Praça do Complexo Cultural da República é um dos espaços públicos mais visitados de Brasília. Point de skatistas, artistas, visitantes do museu e da biblioteca, o local também recebeu intervenções estruturais de manutenção e preservação do patrimônio. Os trabalhos tiveram a parceria do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) com frisagem, varrição, catação, lavagem e pintura dos meios-fios, além da recuperação do espelho d´água. O investimento é da ordem de R$ 187 mil. Após a reintegração do Complexo Funarte Brasília aos equipamentos da secretaria, foi anunciada a reforma do Teatro Plínio Marcos e a mudança de nome para Centro Ibero-Americano de Cultura. A obra prevê manutenção da fachada, impermeabilização da cobertura, pintura externa, recuperação das calçadas, preservação das esquadrias de vidros e recuperação de captação de águas pluviais. O valor do investimento é R$ 485 mil. “Estou muito seguro sobre o futuro do Complexo Cultural Funarte Brasília pela sensibilidade com que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa trata desse equipamento”, valoriza o presidente do complexo, Tamoio Marcondes. Já no Gama, a Secec comanda a reforma do Cine Itapuã para recuperar a estrutura do espaço, de valor de R$ 464 mil. Olhar sensível às minorias Com uma atenção especial às minorias, a Secec marcou presença, em 2021, ao reconhecer a potência e talento de artistas do segmento LGBTQIA+ e mulheres negras do DF. Com aporte de R$ 300 mil, a pasta selecionou 80 nomes para premiação. Além de incentivo em dinheiro, os artistas ganhadores levaram troféus e divulgação de seus trabalhos com catálogo ilustrativo. A comissão de seleção do Prêmio LGBTQIA+ avaliou 300 fichas de inscrições e portfólios de artistas consagrados no segmento, que concorreram ao certame por suas contribuições ao desenvolvimento artístico do DF e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Foram 50 premiados com o valor de R$ 3 mil cada. “Desde que assumi a gestão da pasta de Cultura e Economia Criativa, voltei minha atenção e preocupação para a comunidade LGBTQIA+, simultaneamente uma das mais invisíveis e potentes da cadeia de cultura”, lembra o secretário. Além disso, 30 agentes culturais negras das mais diversas regiões administrativas tiveram suas trajetórias artísticas reconhecidas pela contribuição sociocultural a comunidades em 22 linguagens artísticas diferentes. A iniciativa foi da Subsecretaria de Difusão e Diversidade Cultural (SDDC), que pagou o prêmio de R$ 5 mil a cada uma. “Esse prêmio é só um símbolo do compromisso da Secec com a valorização da diversidade que existe na cultura. As 30 selecionadas, em seu conjunto, representam com excelência a força da arte negra feminina do DF”, saudou a titular da SDDC, Sol Montes. Aldir Blanc Dispositivo emergencial criado pelo governo federal para dar suporte à classe artística no período de pandemia, a Lei Aldir Blanc já pagou 100% dos beneficiários dos projetos da primeira fase, aplicando mais de R$ 33 milhões repassados pela União. O montante representa quase 90% dos recursos empenhados e contempla 2.824 profissionais da área. Na segunda fase, mais 500 agentes culturais foram agraciados, fechando, assim, a execução da lei. Execução de Termo de Fomento Regulamentado por meio do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), o Termo de Fomento consiste na execução, pela Secec, de projetos viabilizados por emendas parlamentares. Em 2021, a pasta aprovou 73 projetos distribuídos com realizações presenciais em todas as RAs, somando R$ 27,7 milhões de investimentos. Esse volume de ações é resultado da assinatura de termos de fomento com Organizações da Sociedade Civil (OSCs). “O Termo de Fomento ganhou um foco na Secec ao percebermos a potência desse instrumento em movimentar a cadeia da economia criativa”, avalia Bartolomeu Rodrigues. “Entendemos que fomentar os espaços culturais do DF é uma experiência muito exitosa. Iniciamos pelo MAB e Concha Acústica, mas queremos expandir o projeto, aberto ao público e de forma gratuita, para outros equipamentos culturais”, conta produtor executivo do projeto Complexo Beira Lago, Acir Carvalho. Arte urbana Em julho de 2021, a Galeria dos Estados ganhou intervenção de grafiteiros e se tornou uma galeria a céu aberto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Aberta a todas as tendências, linguagens artísticas e movimentos, a Secec abraçou a arte urbana no DF promovendo a cultura do grafite pela cidade. Assim, edital no valor total de R$ 150 mil, lançado em 2020, mas só executado em 2021 por conta da pandemia, viabilizou a contratação de 100 artistas com cachê de R$ 1,5 mil cada para colorir o viaduto da Galeria dos Estados. Uma das vias mais importantes do Plano Piloto e todo o DF, a W3 Sul também vai servir de palco para a arte urbana. Isso porque o edital W3 Arte Urbana, lançado em novembro de 2021, escolheu 27 artistas que farão intervenções nas paradas de ônibus da charmosa avenida. Para esse certame, a Secec aportou R$ 81 mil em recursos e vai remunerar cada selecionado com um cachê de R$ 3 mil. Encabeçado pela Secec, o projeto também conta com a parceria das secretarias de Governo (Segov), de Transporte e Mobilidade (Semob) e de Projetos Especiais (Sepe), além da Administração Regional do Plano Piloto. Festival de Cinema de Brasília Maior festa da cultura no DF, nascida cinco anos após a inauguração da cidade, em novembro de 1965, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) é referência nacional e transcende sua importância como mera mostra cinematográfica. O encontro teve êxito de público entre 7 e 14 de dezembro, em formato virtual. “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sempre, em sua natureza, foi um espaço para o diálogo com o que está por vir. Daqui nasceram linguagens, estéticas e debates políticos que construíram a identidade do novo cinema brasileiro”, reforça o titular da Secec. A 54ª edição do evento contou com quase mil inscritos e teve a ficção como destaque na mostra competitiva. “Essa edição nasce histórica porque vai pautar esse mundo pós-pandemia. Nada será como antes, e essas tendências serão examinadas nos dias de festival”, festeja o secretário. Foram trabalhos vindos de 11 estados brasileiros, a maioria dialogando com o tema “O Cinema do futuro e o futuro do cinema”. Incentivo à leitura Mala do Livro | Divulgação/Secec Os projetos de incentivo ao livro e a leitura ganharam corpo em 2021, quando a Mala do Livro completou 31 anos, tornando-se um projeto para exportação para outros estados e países da América do Sul e da África que falam português. “A Mala do Livro é um programa tipo exportação, que rompeu as fronteiras do Distrito Federal; tem a força que tem devido a esses voluntários amantes da leitura”, define Bartolomeu Rodrigues. Por meio de aporte de R$ 500 mil, a Secec lançou edital para contemplar 100 agentes com prêmio de R$ 5 mil. Em outra frente, um edital de R$ 1,2 milhão vai capacitá-los. Atualmente, a Mala do Livro tem 75.300 títulos cadastrados no sistema em 196 malas (na verdade, caixas de madeira dobráveis). Há ainda 188 malas disponíveis em instituições que prestam assistência social, além de outras sete em hospitais. A Ride-DF, que avança para Minas e Goiás, contabiliza mais de 500 unidades. Candanguinho e Candango A Secec lançou o I Prêmio Candanguinho de Poesia Infanto-Juvenil, que selecionou 30 obras inéditas de crianças e jovens entre 6 e 17 anos para compor a coletânea de poesias Mala do Livro: uma viagem na cultura, em celebração aos 30 anos do projeto da Biblioteca Nacional de Brasília. “A grande adesão ao Candanguinho mostra que essa iniciativa estava sendo requerida há muito tempo. É um espaço para que crianças e jovens possam se expressar era uma lacuna no DF, por isso a equipe da BNB envolvida no projeto está muito entusiasmada com os resultados. Esse programa e o prêmio representam um pedacinho de um desafio maior de estímulo à escrita, à leitura e à oralidade que a Secec está construindo”, explica a assessora de Relações Institucionais da Secec, Beth Fernandes. Na sequência, veio o edital para selecionar instituição que vai gerir o I Prêmio Candango de Literatura, com aporte de R$ 1 milhão. Essa instituição vai coordenar, em parceria com a Secec, todas as fases do concurso – do lançamento à entrega do prêmio, que terá as categorias Romance, Poesia, Conto, Prêmio Brasília, Capa e Projeto Gráfico, além de duas linhas destinadas a iniciativas de incentivo à leitura (Geral e PcD). “O Prêmio Candango de Literatura é uma aspiração que nasceu desde o início dessa gestão, com o objetivo de integrar a comunidade internacional de língua portuguesa. É uma forma de estimular e valorizar os escritores nesse momento delicado”, conclui o secretário de Cultura e Economia Criativa. Arte: Agência Brasília  

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Fotos mostram cotidiano poético do Núcleo Bandeirante

O Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), está com a exposição Joaquim Paiva: Cor e Vida. São 16 fotos do fotógrafo, professor e diplomata aposentado do Itamaraty, nascido em 1946 no Rio de Janeiro, onde reside atualmente. Paiva morou em Brasília por 20 anos, em quatro passagens que permearam a atividade diplomática em sete postos no exterior. Na capital, encantou-se com o Núcleo Bandeirante – cujo primeiro nome foi “Cidade Livre”, atual Região Administrativa VIII –, um dos primeiros locais onde se instalaram os candangos que construíram Brasília. As fotos mostram cores de roupas e de ambientes no contexto do cotidiano desses pioneiros e seus descendentes, que o carioca registrou com câmeras amadoras. Foto, de antes da pandemia, que integra a exposição Joaquim Paiva: Cor e Vida, no MVMC | Foto: Divulgação/Secec “O Núcleo Bandeirante era marcado pelos puxadinhos, pela diversidade. Muito colorido e cheio de gente, onde a cultura popular, o artesanato e o folclore estavam muito presentes. Tudo muito diferente do racionalismo do Plano Piloto, com seus edifícios claros e sem árvores naquela época”, descreve ele. O diplomata acredita que as vivências no exterior aguçaram seu olhar para os cenários que encontrava e registrava quando voltava a Brasília do “exílio remunerado”, como gosta de frisar. Fotojornalismo na veia A influência do fotojornalismo nas décadas de 1970 e de 1980 na capital federal, às quais se refere como “era mais gloriosa” do ofício, levaram-no a acumular fotos. A coleção chegou a 3.200 imagens no total, 2.700 delas hoje em regime de comodato no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. O autor doou 140 imagens ao MVMC, depois de uma exposição feita no cinquentenário da capital, em 2010. O curador da mostra, que está na Casa Azul do equipamento da Secec, Felipe Ramón Moro Rodríguez, explica que escolheu material que “trata da vida da pessoa comum, não da autoridade”.  E detalha: “Quem é de fora, quando pensa em Brasília, pensa nos políticos. Essa exposição retrata gente simples, do povo”, diz. Pela mesma razão, não incluiu registros das grandes construções arquitetônicas, mas de casas levantadas pelos pioneiros e moradores. “O próprio Museu Vivo [antes Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira] foi construído dessa maneira.” A gerente do MVMC, Eliane Falcão, afirma que a obra de Joaquim Paiva mostra o universo da arte na construção da nova capital. “As fotografias mostram a importância da passagem do tempo com base em uma linguagem muito própria e particular, em uma cidade que estava começando”, comenta. Retorno a Brasília Joaquim Paiva voltará a Brasília em 2022 na mostra itinerante do Centro Cultural Banco do Brasil Brasilidade Pós-Modernismo, celebrando o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Com curadoria de Tereza de Arruda, registros de Paiva integram o núcleo temático “Futuro” da mostra itinerante, ao lado de esboços e desenhos de Lina Bo Bardi, Lucio Costa e Oscar Niemeyer e do cineasta Jorge Bodanzky. Até novembro no Rio, Brasilidade Pós-Modernismo segue depois para São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. Exposição Joaquim Paiva: Cor e Vida Casa Azul, Museu Vivo da Memória Candanga Núcleo Bandeirante – Setor JK Lote D – Núcleo Bandeirante Visitação: todos os dias, das 9h às 17h. Telefone: (61) 3301-6641. *Com informações da Secec

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Mostra ‘Consultório do Dr. Edson’ abre no Museu Vivo

Administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) abre, nesta sexta-feira (27), a mostra Consultório do Dr. Edson Porto, reproduzindo o local de trabalho do médico pioneiro de Brasília, que morreu, aos 86 anos, em 2018. A exposição fica aberta à visitação pública, dentro dos protocolos de segurança sanitária, de sexta a domingo, das 10h às 16h, e conta com 30 peças ambientadas na réplica do consultório montado no MVMC. A mostra reúne 30 peças, ambientadas na réplica do consultório montado no MVMC, incluindo cadeiras e mesas, armário de remédios, bandejas e coletores de urina e fezes, entre outros | Foto: Ascom/Secec São equipamentos trazidos para Brasília, a fim de fazer, no canteiro de obras, atendimentos que não podiam ser levados para Goiânia de avião, pelo crescente custo: cadeiras e mesas, autoclave (para esterilização), geladeira, armário de remédios, bandejas, coletores de urina e fezes, pastas de documentos, entre outros. “Estamos aproveitando um trabalho de higienização dos itens da exposição permanente Poeira, Lona e Concreto (mais de mil itens) para dar visibilidade aos serviços prestados por esse médico pioneiro”, explica o coordenador das diretorias da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac), Felipe Ramón. [Olho texto=”“Era muito comum baterem na janela de nossa casa no meio da noite, gritando ‘Dr. Edson, ajuda pelo amor de Deus’”” assinatura=”Marilda Porto, esposa de Dr. Edson” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Esposa de Dr. Edson, Marilda Porto, 81 anos, fala com muito orgulho dos tempos heroicos em que morava com o marido numa das casinhas de madeira do atual museu, quando o local era o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO). A edificação, concebida para ser provisória, foi levantada em apenas dois meses, inaugurada em julho de 1957, de modo a atender o crescente número de operários acidentados no canteiro de obras da construção de Brasília e dar assistência a um contingente crescente de crianças e adultos que inchavam a população do que seria a capital federal três anos mais tarde. “Era muito comum baterem na janela de nossa casa no meio da noite, gritando ‘Dr. Edson, ajuda pelo amor de Deus'”, relata Marilda, que veio de Goiânia num jipe, em estrada de terra, casada com ele, aos 18, um ano depois de começarem namoro de compromisso no Jóquei Clube de Goiás. Dr. Edson morou com a esposa numa das casinhas de madeira do atual museu, quando o local era o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) Mineiro de Araguari (MG), Dr. Edson Porto estudou medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) antes de aceitar o desafio de atender nos alojamentos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), no que é hoje a Candangolândia. A prática de pediatria, a especialidade do médico, teve de aguardar um pouco e ceder espaço a urgências, como operar, suturar e amputar membros dos homens que erguiam as estruturas planejadas por Oscar Niemeyer. “Ninguém tinha equipamento de proteção, trabalhavam de chapéu de palha e sandálias”, testemunha Marilda. Com cinco filhos e uma penca de netos, Marilda fala daquela época como “uma experiência magnífica, de grande valor humano, em que as pessoas trabalhavam com alegria e entusiasmo, se ajudando, algo que não vemos muito hoje”. Ela diz que conviveu com todo mundo – faxineiras, operários da manutenção do hospital, enfermeiras, motoristas – e sugere que fotos dessa gente, muitas das quais ela coleciona, deveriam ficar expostas no MVMC. [Olho texto=”Outras duas mostras são anunciadas para setembro no MVMC: ‘Joaquim Paiva: Cor e Vida’ e ‘Brasília, Feminino de Brasil'” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Mais duas exposições Felipe Ramón anuncia para setembro mais duas exposições no MVMC, com datas a confirmar. Joaquim Paiva: Cor e Vida é, segundo ele, que assina a curadoria, “uma exposição que procura celebrar o aspecto dinâmico e vivo dos primeiros anos da capital federal.” “Não são fotografias das grandes obras arquitetônicas, nem retratos de personalidades, mas registros da expressão criativa de pessoas comuns, da pujança do cotidiano expressa em suas casas, locais de trabalho, roupas, corpos e rostos”, explica Ramón. Segundo o curador, o fotógrafo nascido em Vitória (ES) em 1946, advogado e diplomata, dava chance aos pioneiros da cidade para posar, escolher a maneira como queriam ser fotografados. A outra exposição com o acervo do MVMC fará um recorte sobre o papel das mulheres na construção da capital e levará o nome de Brasília, Feminino de Brasil. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Também curador dessa exibição, Ramón diz que “a exposição das mulheres pretende ajudar a corrigir uma injustiça histórica: muitas vezes apenas os pioneiros são lembrados, esquecendo o papel importantíssimo das mulheres na criação simbólica e cultural desta capital de todos os brasileiros”, contextualiza. Para essa exibição, estão sendo preparados áudios acionados por QR Code, convidando a um passeio entre objetos e fotografias da época da construção, num resgate do lugar do feminino na capital de concreto armado. Serviço Mostra Consultório do Dr. Edson Porto Local: Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) – Núcleo Bandeirante – Setor JK Lote D Horário de visitação: sexta a domingo, das 10h às 16h Telefone: (61) 3301-6641 *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Sete pontos culturais de portas abertas nesta sexta-feira (28)

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) publicou, nesta segunda-feira (24), a Portaria nº 70, que reabre, a partir da sexta-feira (28) sete equipamentos culturais sob sua gestão: Museu Nacional da República (MuN), Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Panteão da Pátria, Espaço Lucio Costa, Museu da Cidade (os três formam o Centro Cultural Três Poderes (CC3P),  duas galerias do Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) e o Museu de Arte de Brasília (MAB), este último retornando à visitação pública depois de 14 anos fechado. O Memorial dos Povos Indígenas (MPI), por estar em reforma, vai permanecer fechado até a conclusão da obra. Já o Museu do Catetinho, por não apresentar condições mínimas de funcionamento dentro dos aspectos de segurança do protocolo covid-19 e estar em reforma, também segue fechado. O Espaço Cultural Renato Russo só terá as duas galerias do piso principal em funcionamento. Os demais espaços permanecem fechados. A Concha Acústica está autorizada a receber visitantes, desde que seja realizada exposição de arte em seu interior, ou mediante concessão de autorização especial. Os parques do Museu do Catetinho e do Museu Vivo da Memória Candanga seguem fechados. “Os museus abrem as suas portas de forma segura e sem riscos de aglomerações, tornando-se alternativas prudentes de experiência artística para a população”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Rota segura Seguindo todos os protocolos de segurança previstos pelas autoridades sanitárias, os equipamentos reabrem, em sua maioria, após quase três meses fechados, devido ao segundo período de quarentena instituído para evitar a disseminação da pandemia. Para a volta ao funcionamento normal, esses espaços passaram por um rigoroso processo de limpeza e sinalização de segurança, respeitando as medidas sanitárias necessárias para proteger servidores e visitantes da covid-19. Os locais voltam a propor um diversificado circuito artístico. Espaço Lucio Costa retorna com a exposição Plano Piloto de Brasília, que tem base nas projeções do urbanista Lucio Costa | Fotos: Divulgação/Secec Confira, abaixo, o roteiro de cada um desses espaços culturais. Centro Cultural Três Poderes (CC3P) O gerente interino do CC3P, Ricardo Almeida, destaca a satisfação em reabrir os espaços para a população, com as medidas de segurança cabíveis. “Convidamos todos a conhecerem nossos espaços e conhecer mais sobre a história de Brasília, da democracia e dos heróis nacionais”, reforça. Panteão da Pátria Entre as atrações em cartaz, o espaço cultural localizado no coração de Brasília reabre com a exposição sobre a vida e trajetória política de Tancredo Neves, além do Livro de Aço dos Heróis da Pátria e do Mural da Liberdade de Athos Bulcão. O público ainda poderá conferir o painel  Inconfidência Mineira, de João Câmara, e o vitral de Marianne Peretti. Espaço Lucio Costa O museu retoma com o funcionamento com a mostra Plano Piloto de Brasília, a partir do material projetado pelo urbanista Lucio Costa. Como em uma viagem ao tempo, o visitante tem acesso a fotos e informações históricas, além de uma grande maquete da capital federal. Museu da Cidade Museu traz a sua exposição permanente, com frases talhadas no mármore branco que contam a história de interiorização da capital federal, desde o século 18 até sua inauguração. Regras de visitação: De sexta a domingo, das 9h às 15h; Lotação do salão: Panteão da Pátria, 20 pessoas; Espaço Lucio Costa, dez ; Museu da Cidade, cinco. Completada a capacidade, será formada fila de espera. É obrigatório o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Telefone para mais informações: (61) 98355-9870 (WhatsApp). Museu Vivo da Memória Candanga   Museu Vivo da Memória Candanga A gerente do MVMC, Eliane Falcão, celebra a reabertura com a esperança de que em breve tudo possa voltar ao expediente normal. “O Museu Vivo é a morada dos pioneiros da nossa capital. Será mais uma alternativa de passeio cultural possível”, afirma. Exposição Poeira, Lona e Concreto – Com acervo composto pelas edificações históricas, peças, objetos e fotos da época da construção de Brasília, a exposição permanente narra a história da cidade, desde os projetos até a inauguração, em 1960. Cerrado de Pau de Pedro – Esculturas de madeira que remetem ao olhar e ao amor pelo bioma cerrado visto pelo artista popular Seu Pedro de Oliveira Barros. Mostra permanente, com peças feitas com madeiras recolhidas no cerrado. Regras de visitação: De  sexta a domingo, das 10h às 16h, somente para dois salões expositivos. O parque permanece fechado. Lotação do salão: dez pessoas por salão. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 3301-3590. Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) Espaço Cultural Renato Russo “Temos um cronograma extenso de exposições de excelente qualidade represadas e temos certeza de que o público ficará satisfeito ao nos visitar”, celebra o gestor do local, Renato Santos. Localizado na 508 Sul, o Espaço Cultural Renato Russo reabrirá duas de suas galerias expositivas: Rubem Valentim, com a mostra Mulheres à Margem, e Parangolé, com Anônimos. Mulheres à Margem: Trabalhos de seis artistas mulheres, cada uma apresentando uma linguagem própria para lidar com questões femininas dentro da sociedade. Anônimos: A mostra traz série fotográfica de Armando Salmito. Sob o olhar do artista, a mostra aborda existência e urbanidade, tendo como plano de fundo a cidade de Nova York (EUA). Regras de visitação: De sexta a domingo, das 10h às 16h.  Lotação: Galeria Rubem Valentim: 14 visitantes; Galeria Parangolé: sete visitantes. Dentro das galerias, o distanciamento é de 9m² entre visitantes. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 98503-9728 (WhatsApp) Museu Nacional da República Novidade para o público: o Museu da República passou por uma pequena reforma O Museu Nacional preparou novas exposições para sua reabertura. O público poderá conferir mostras inéditas, como as de Alex Vallauri, no expositivo principal; Marcos Amaro, no mezanino; Marçal Athayde, na galeria térreo, e Suyan de Mattos, na Sala 2. Outra novidade é que o museu também passou por uma pequena reforma. “Nós desmontamos a galeria acervo para recuperar a arquitetura original do prédio. Agora, podemos ver o mezanino suspenso por tirantes, sem nenhum pilar, como no projeto original de Oscar Niemeyer. O contato direto com as obras de arte e com o prédio do Museu é algo que queremos incentivar com atenção à saúde coletiva”, destaca a diretora do espaço, Sara Seilert. Decifra-me ou te Devoro – O Enigma da Cidade – Do maranhense Marçal Athayde. Traz a produção recente de telas e esculturas do artista radicado no Rio de Janeiro. Reúne 32 obras que abordam as relações e tensões entre o sujeito e a cidade. Alex Vallauri – Retrata, por meio de andaimes verdes e tapumes intercalados, uma invasão urbana no ambiente expositivo tradicional e patrimonial. São cartazes, obras, estruturas, andaimes, ruídos estênceis. A cidade está em constante transformação neste exato segundo. Combinam-se experiências e ações espontâneas que compõem contextos urbanos. O Poço – Do artista Marcos Amaro, é o segundo ato do projeto Ontologias, um estudo experimental expandido, cujo conceito parte principalmente da interpretação filosófica da natureza do ser, da existência e da realidade. Além de um conjunto de cinco desenhos, O Poço tem como peça central uma obra homônima, que traz no fundo de sua estrutura um espelho. Suyan de Mattos – O público poderá enxergar que a dor é subjetiva, complexa e difícil de definir. Há dez anos, a artista adoeceu e passou a sentir dor diariamente. A partir de então, mudou a sua linguagem da pintura para o bordado. Essa técnica passou a significar ativar e misturar suas experiências de vida para produzir um padrão individual e inimitável. Regras de visitação: De sexta a domingo, das 10h às 16h. Lotação do salão: 30 pessoas. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 3325-5220. Museu de Arte de Brasília (MAB) Com prédio entregue à população em 21 de abril deste ao, aniversário de 61 anos de Brasília, o Museu de Arte de Brasília (MAB) volta a receber o público depois de 14 anos fechado. Nesse momento, a ocupação artística abrange hall, pilotis e área externa do museu, com mostra fotográfica de Orlando Brito (pilotis), gravuras de Tarsila do Amaral (hall) e esculturas que ocupam o jardim. “Desde a fundação do MAB, as diferentes gestões que se sucederam desejaram ou tentaram criar um parque de esculturas na região do museu, ideia que se materializou nessa reabertura. O parque foca na produção de autores de Brasília que demonstram diferentes aspectos da produção dessa forma de arte na capital”, destaca o gerente do local, Marcelo Gonczarowska. Regras de visitação: De quarta a segunda-feira, das 9h a 21h. Fechado às terças-feiras. Capacidade: pilotis – 140 pessoas; hall – 15. Obrigatório uso de máscara, controle de temperatura e espaçamento entre as pessoas; álcool gel disponível. Informações e agendamento de visitas guiadas para grupos: mab@cultura.df.gov.br. Em todos os espações museológicos da Secec, a recomendação é que o visitante não toque na superfície das obras de arte, mesmo aquelas que estão ao ar livre e tenham concepção interativa. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa 

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Museu Vivo guarda o choro dos primeiros bebês brasilienses

As casas do HJKO são o mais fiel conjunto de arquitetura de madeira da época da construção de Brasília | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Nascida no então Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), em 1966, a servidora pública Áurea Viana faz parte da primeira geração de brasilienses. Filha da pernambucana Dulce e do cearense Raimundo, ela levou os filhos para visitar o seu lugar de nascimento, o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), que celebra, nesta segunda-feira (26), 31 anos de existência como uma instituição artística. Fechado em razão da pandemia da covid-19, o equipamento cultural comemora o aniversário com atividades on-line em suas redes sociais. No acervo, fotos do fotógrafo e diplomata Joaquim Paiva, do acervo do MVMC e de personagens históricos. Memórias da construção [Olho texto=”“O Museu Vivo da Memória Candanga é uma joia valiosa, que traz em si essa dupla representatividade: o nascimento dessa primeira geração de brasilienses e a salvaguarda da memória dos seus pais” ” assinatura=” Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Áurea conta que os filhos ficam curiosos quando percebem que hoje a maternidade é um espaço que guarda memórias da construção de Brasília. “Sou a filha mais velha e nasci no HJKO, pois, no início da vida de casados, meus pais moraram na Cidade Livre, atualmente, Núcleo Bandeirante. Minha mãe conta que o hospital era uma bênção na vida de todos. Mesmo sendo de madeira e muito simples, conseguia atender as necessidades da turma que trabalhava para entregar a nova capital aos brasileiros. Eles foram guerreiros e vencedores. Trabalharam e criaram os filhos com dignidade, e todos são apaixonados por Brasília”, relembra. “O Museu Vivo da Memória Candanga é uma joia valiosa, que traz em si essa dupla representatividade: o nascimento dessa primeira geração de brasilienses e a salvaguarda da memória dos seus pais”, afirma Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa. Oferta desafiadora Nascido em 1959 no antigo HJKO, o empresário Tito Palmieri conta que foi um dos primeiros filhos da capital. Registrado no livro 1, na página 2, Tito revela que os pais vieram na época da construção com uma oferta desafiadora para morar e trabalhar na nova cidade. O pai, o mato-grossense João Cristóvão Palmieri, era médico do hospital e foi responsável por diversos partos e intervenções cirúrgicas feitas na época. [Olho texto=”“O Museu une o passado com os dias atuais, momentos em que os filhos de Brasília apontam as histórias vividas por seus pais e avós, despertando assim o interesse em aprender costumes da época em que surgiu Brasília”” assinatura=”Eliane Falcão, gerente do Museu Vivo da Memória Candanga” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Tito conta que o pai atuou como médico do Exército e foi um dos principais agentes de saúde no HJKO. A família morou na W3 Sul, onde hoje é a Quadra 711. “O Museu Vivo é um local onde, sempre que vou, me emociono, por lembrar que eu e minha família fizemos parte do início da capital do Brasil! Que o Museu Vivo seja sempre esse lugar de lembrança e acolhimento, que seja sempre zelado e preservado”, desejou Tito Palmieri. “O Museu une o passado com os dias atuais, em momentos que os filhos de Brasília apontam as histórias vividas por seus pais e avós, despertando assim o interesse em aprender costumes da época em que surgiu Brasília”, explica Eliane Falcão, gerente do Museu Vivo da Memória Candanga De maternidade a museu As casas do HJKO são, atualmente, o mais fiel conjunto de arquitetura de madeira da época da construção da nova capital do país. Após o crescimento do Distrito Federal, o primeiro hospital se transformou em um local de resgate da cultura trazida pelos que se aventuraram em vir para construir Brasília, o Museu Vivo da Memória Candanga. Regido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Museu Vivo, localizado entre as regiões administrativas da Candangolândia e do Núcleo Bandeirante, foi inaugurado no dia 26 de abril de 1990, com a destinação de preservar o legado deixado pelos candangos na época da construção de Brasília. A charmosa alameda composta de casas simples e coloridas, cercada por árvores frutíferas, faz parte do cenário que torna o Museu “vivo”. As dependências do MVMC reúnem histórias de diversas famílias que tomaram rumos diferentes do que imaginaram urbanistas, engenheiros, missionários, políticos e arquitetos que idealizaram a nova cidade. O ambiente alegre e com um ar interiorano mostra a identidade acolhedora do povo brasileiro. O espaço fala por si só, com uma verdadeira viagem ao passado com cenários, fotos e objetos antigos, representando o suor dos corajosos trabalhadores que começaram uma cidade do zero. Além de sua exposição permanente que retrata a vida dos candangos (“Poeira, Lona e Concreto”), ao longo de sua trajetória, o Museu Vivo também se tornou referência em oficinas prestadas à comunidade, seja por meio da capacitação a partir de tradições e também por atividades curriculares voltadas para estudantes do ensino fundamental, com noções de educação patrimonial e pertencimento cultural. O olhar de Joaquim Paiva [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Responsável pela maioria dos cliques feitos na época da construção de Brasília, o fotógrafo e diplomata Joaquim Paiva manifestou seu sentimento pelo Museu por meio do seu olhar subjetivo. Com parte de suas fotografias ofertadas ao acervo do espaço, ele conta que, na época, a capital federal era uma cidade ainda por se fazer. Seus contrastes, suas cores e formas o cativaram, em seu primeiro trabalho fotográfico, realizado no Núcleo Bandeirante. “Felicito em especial  a todos aqueles que muito trabalharam e contribuíram para a existência desse Museu, e espero que o Governo do Distrito Federal continue a manter e valorizar o Museu Vivo da Memória Candanga, em suas diversas atividades, e incentive a preservação e o enriquecimento da sua coleção para o bom conhecimento e desfrute das novas gerações”, manifestou Joaquim. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa  

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