Produção agrícola do DF movimentou mais de R$ 5,8 bilhões em 2024 com alta dos setores de frutas, flores e pecuária
O Distrito Federal movimentou mais de R$ 5,8 bilhões de valor bruto da produção agrícola (VBP) no ano passado, em uma área produtiva de 204 mil hectares. Os dados estão presentes no relatório anual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). O resultado foi puxado pela alta de três setores: fruticultura, floricultura e pecuária - que, sozinha, arrecadou R$ 2,19 bilhões. Incentivo à diversificação de culturas é um dos fatores que resultam nos números positivos obtidos pelo DF | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Os números representam a soma de seis cadeias produtivas do agro brasiliense: olericultura, grandes culturas, fruticultura, floricultura, silvicultura e pecuária. Segundo o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, os indicadores apontam que o DF se mantém como referência nacional em agropecuária, graças ao incentivo à diversificação das culturas e implantação de tecnologias, além do suporte técnico oferecido a todos os produtores rurais do Quadradinho. “O DF continua sendo um expoente da agropecuária nacional, e estamos avançando também na agroindustrialização da produção”, enfatiza Duval. “Esse trabalho tem sido apoiado pelo governador Ibaneis Rocha, com a criação de grupos institucionais em prol de cadeias produtivas. Fizemos isso com a Rota da Uva e do Vinho; agora estamos trabalhando com a Rota do Queijo, valorizando a cadeia do queijo artesanal do DF, e vamos continuar avançando.” Em alta De todos os setores, a floricultura teve a maior alta registrada, com aumento de 29,39% no valor bruto de produção. Em 2024, o comércio de flores, plantas ornamentais e arranjos arrecadou mais de R$ 265 milhões - com destaque para as forrações, palmeiras e plantas de vaso em geral -, enquanto, em 2023, o resultado foi de R$ 205 milhões. [LEIA_TAMBEM]O segundo maior aumento ocorreu em fruticultura. De 2023 para 2024, o valor arrecadado passou de R$ 233 milhões para R$ 274 milhões, com alteração positiva de 18,43%. O maior resultado foi obtido pelo abacate convencional, com R$ 65,3 milhões e produção de 6,6 mil toneladas. “Na fruticultura, houve um aumento gradativo da área plantada com frutas no DF, com o abacate, goiaba, banana, açaí, mirtilo, pitaia, entre outros”, enumera Duval. “São frutas que antes não eram muito difundidas entre os produtores rurais, mas que a Emater, no seu trabalho de avaliação de mercado, indicou aos agricultores para que pudessem plantar para obter uma renda melhor para ele e sua família.” O plantio de frutas tem se expandido no DF com apoio do projeto Rota da Fruticultura, à frente do qual estão Emater-DF, Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O objetivo é a expansão da produção dos alimentos no DF, para gerar emprego e renda na região rural por meio da diversificação e implantação de novas culturas. Por fim, a pecuária teve crescimento de 4,54% na arrecadação no ano passado, com R$ 2,19 bilhões - equivalente a um terço do total bruto obtido pelo campo brasiliense. “Os principais produtos dessa cadeia são os ovos férteis, a suinocultura e a bovinocultura. Os dois primeiros são os maiores e, juntos, chegam a quase R$ 1,6 bilhão do total da cadeia”, explica Duval. Variedade Goiaba: somente em 2024, produção da fruta alcançou mais de 7 mil toneladas em uma área total de 396 hectares A goiaba foi a fruta mais cultivada em 2024, com produção de 7.060 toneladas em 396 hectares. Segundo o relatório anual, a fruta tem o cultivo desenvolvido por 187 agricultores e alcançou a arrecadação bruta de mais de R$ 30,3 milhões no ano passado - menos que a metade do obtido pelo plantio de abacate. O agricultor Assis Rosário, de 50 anos, começou o plantio da goiaba em 2020 com 1,2 mil pés da variedade Cortibel RG, conhecida pela alta produtividade, boa qualidade e resistência pós-colheita. Hoje, Assis conta com 1,7 mil pés e uma área de plantio de 3 hectares, com produção média de 300 caixas de 20 kg por mês dedicada, principalmente, às vendas governamentais. “É uma planta perene”, aponta ele, que, antes de aderir ao cultivo da goiaba, trabalhava com hortaliças. “Você planta só uma vez e, com o manejo adequado, consegue colher todo mês, o ano todo, com um valor agregado no mercado. Tem uma saída muito boa e, com mais pés, conseguimos ter mais receita.” Cultivo orientado O agricultor Assis Rosário (E) produz, mensalmente, uma média de 300 caixas de 20 kg de goiaba: “Você planta só uma vez e, com o manejo adequado, consegue colher todo mês, o ano todo, com um valor agregado no mercado” Cada etapa do plantio e manejo das goiabeiras contou com apoio técnico da Emater-DF, que auxiliou Assis na aquisição de crédito com o programa Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). O agricultor teve dois anos de carência para iniciar o pagamento do empréstimo, ganhando fôlego para trabalhar e construir um negócio sustentável. “As árvores começaram a produzir com um ano e oito meses; então, quando paguei a primeira parcela, já estava há dois meses colhendo”, relata o agricultor. “Foi muito bacana, e hoje é a goiaba que mantém a gente aqui na roça. O apoio da Emater-DF foi essencial no no plantio, com a correção de solo, a marcação de área para plantio, a adubação. Estão presentes de todas as formas.” O engenheiro agrônomo Fernando Landim, extensionista da Emater-DF, destaca que as compras governamentais e as linhas de crédito são de suma importância para alavancar as produções. Atualmente, os agricultores do DF participam dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA), Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição da Produção da Agricultura do DF (Papa), por meio de associações, e de modo individual do termo de adesão do PAA pelo Ministério do Desenvolvimento Social. “Trazemos para eles as diversas linhas de crédito que estão disponíveis, para que possam ter auxílio no desenvolvimento das plantações, além dos programas de compra, que são fundamentais para a comercialização da produção, porque pagam um preço justo aos agricultores”, explica Landim. “Ajudamos desde a inscrição dos produtores nos programas ao tratamento dos produtos, com a forma de seleção e entrega mais adequada, e a documentação para o processo.”
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Protagonismo feminino no campo: 9,4 mil mulheres cultivam alimentos e fortalecem a agricultura familiar no DF
No coração do Lago Oeste, a produtora rural Maria do Carmo Souza Pereira, 70, colhe diretamente do solo alimentos saudáveis e de qualidade que abastecem a mesa dos brasilienses. Conhecida como Irmã Carmen, ela cultiva e destina às famílias em situação de vulnerabilidade social produtos colhidos sem o uso de agrotóxicos ou fertilizantes. Maria do Carmo distribui parte de sua produção a famílias em situação de vulnerabilidade: “Mesmo com os desafios, as agricultoras seguem em frente, garantindo alimentos saudáveis para a população” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “As mulheres são guerreiras. Só a gente sabe lidar com o alimento, embalar, conversar com o freguês. Temos um papel fundamental nessa produção” Maria do Carmo Souza Pereira, produtora rural Assim como ela, 9,4 mil mulheres são cadastradas na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), consolidando a presença feminina nas atividades rurais. Esse número representa 41,6% do total de 18 mil propriedades rurais atendidas pela empresa. A mão de obra feminina, de acordo com Maria do Carmo, tem o seu diferencial: “As mulheres são guerreiras. Só a gente sabe lidar com o alimento, embalar, conversar com o freguês. Temos um papel fundamental nessa produção”. Apoio do governo Sem o uso de produtos químicos, ela produz mais de 20 variedades em sua propriedade de dez hectares no Assentamento Chapadinha. Colhe abacate, banana, limão, mandioca e pimentão. Parte da produção é adquirida por meio de iniciativas governamentais, como os programas Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa), garantindo acesso a alimentos saudáveis para a população e fortalecendo a economia rural. Horta de Maria do Carmo tem produção diversificada Para a extensionista rural Clarissa Campos Ferreira, a participação feminina no campo vai além do plantio. “São mulheres que gerenciam suas produções, acessam créditos rurais e fazem parte de programas públicos”, pontua. “Elas enfrentam jornadas duplas e às vezes até triplas, mas mantêm a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis”. 5,7 mil Número de caixas com produtos orgânicos produzidas por Maria do Carmo Pereira em 2024 O trabalho de Maria do Carmo reflete essa realidade. Cearense, ela chegou ao assentamento há quase 20 anos e enfrentou dificuldades, mas encontrou na agricultura um caminho para prosperar. “Eu fui acolhida pela comunidade, não tinha onde morar quando cheguei”, lembra. “O que me restou foi trabalhar na roça, que era o que eu sabia fazer”. No ano passado, Maria do Carmo produziu aproximadamente 5,7 mil caixas de hortifrúti. Segundo Clarissa, um dos maiores desafios da produção orgânica é a mão de obra, já que o cultivo exige mais dedicação. “O Assentamento Chapadinha é uma região propícia para essa produção porque tem um terreno plano, acesso à água e está próximo ao centro do DF, facilitando o escoamento”, aponta. “Mesmo com os desafios, as agricultoras seguem em frente, garantindo alimentos saudáveis para a população”. Impacto social Além de gerar renda para os pequenos produtores, os programas governamentais garantem alimentos saudáveis para crianças e famílias em situação de vulnerabilidade. Para Maria do Carmo, participar dessas iniciativas é motivo de orgulho. “É uma honra muito grande saber que aquelas crianças da cidade comem o que eu planto”, afirma. “Meus filhos já comeram muito na escola, e hoje eu posso contribuir com a alimentação de outras crianças, levando um alimento saudável, sem veneno.” O empenho de produtoras como Maria do Carmo fortalece o setor agrícola do DF, que movimentou aproximadamente R$ 6 bilhões em valor bruto em 2023, consolidando esse segmento como uma prática rentável e essencial para a economia e a segurança alimentar da população.
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Agricultores familiares do DF receberão 250 kits de sementes para fortalecer produção sustentável
Mais de 200 famílias de agricultores familiares assentados no Distrito Federal receberão kits de sementes distribuídos pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF). A entrega é parte da primeira chamada pública do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA – Sementes), divulgada na segunda-feira (6). Os kits, compostos por milho crioulo, feijão-carioca e amendoim, totalizam 11 toneladas de insumos e foram selecionados conforme as demandas das comunidades, com o objetivo de fortalecer a produção agrícola sustentável e contribuir para a segurança alimentar. O evento será realizado no dia 10 de janeiro, a partir das 8h, na Casa do Cerrado, localizada no Parque Estação Biológica, no final da Asa Norte. A ação é destinada a famílias assentadas em diferentes regiões administrativas do DF, com prioridade para aquelas chefiadas por mulheres. Para participar, é necessário apresentar a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAF) e estar inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Sementes, como as de milho e de feijão, desempenham papel fundamental na alimentação das famílias e na comercialização dos excedentes | Foto: Divulgação/Seagri A entrega ocorre em um momento estratégico para a produção rural no Distrito Federal: o início da segunda safra. Esse período ocorre após a colheita da primeira safra e permite que os agricultores utilizem o mesmo terreno para plantar novamente no mesmo ano agrícola. De acordo com o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, sementes como as de milho e feijão desempenham um papel fundamental tanto na alimentação das famílias quanto na comercialização dos excedentes. “Essa ação apoia as famílias com sementes essenciais para a alimentação, a comercialização e a geração de renda. O governador Ibaneis Rocha e a vice-governadora Celina Leão têm se empenhado para garantir qualidade de vida no campo, especialmente para as famílias de menor poder aquisitivo”, afirmou. Programa de Aquisição de Alimentos no DF O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) apresentou resultados expressivos em 2024. Ao todo, 263 instituições foram atendidas, beneficiando diretamente mais de 68 mil pessoas. Além disso, 224 agricultores familiares participaram, fornecendo 161.478 toneladas de alimentos. Esses números refletem o impacto significativo do programa no fortalecimento da agricultura familiar e na promoção da segurança alimentar no DF. Os produtores rurais interessados em receber os kits deverão acessar o edital completo, disponível no site da Seagri, em que estão detalhados os critérios para participação. A distribuição respeitará as condições estabelecidas no documento, considerando que o número de kits é limitado. No dia do evento, é indispensável apresentar a documentação exigida. Para mais informações, a secretaria disponibiliza os telefones (61) 3051-6418 e (61) 3051-6401. *Com informações da Seagri-DF
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Compras do Programa de Aquisição de Alimentos beneficiam 968 agricultores
A Emater-DF reabriu na última semana o sistema de planejamento de entregas no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O objetivo é organizar os 968 agricultores familiares já inscritos para reiniciarem a comercialização da sua produção agrícola, a partir desta segunda-feira (26), por meio do PAA Termo de Adesão, na modalidade compra com doação simultânea. Equipe da Gerência de Comercialização da Emater-DF recebe alimentos produzidos por agricultores familiares | Foto: Divulgação/Emater-DF O saldo para a execução do PAA até maio é de aproximadamente R$ 1 milhão, e as entregas recomeçam nesta próxima segunda-feira (26) com previsão de vigorar por dez semanas. O recurso é originário do Ministério do Desenvolvimento Social, que o repassa à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) por meio de um termo de adesão. A Emater-DF é uma parceira na execução do programa desde 2009. “As compras que vão iniciar neste final de fevereiro contribuirão para a segurança alimentar de milhares de pessoas em estado de vulnerabilidade no DF e também para o desenvolvimento socioeconômico da agricultura familiar no Estado”, afirma o diretor de Compras Institucionais da Seagri, Lúcio Flávio da Silva. “Esperamos seguir com essa política, contando com novo aporte de recurso do governo federal”. Pelo PAA, o governo federal compra alimentos dos agricultores familiares que são doados por meio dos equipamentos públicos, como Banco de Alimentos e Mesa Brasil, a entidades socioassistenciais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Essa participação junto aos produtores rurais abrange assistência técnica na produção dos alimentos, inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que identifica o agricultor familiar, inscrição no PAA e toda a documentação necessária, além de orientações quanto à qualidade do produto e orientações para emissão da nota fiscal. “A Emater-DF presta apoio aos agricultores na interlocução com a entidade que vai receber os alimentos; orientamos sobre o cronograma de plantio e colheita para a entrega, além da emissão de notas fiscais e o que mais for necessário”, explica a extensionista rural da Emater-DF Bruna Heckler. A Gerência de Comercialização da Emater-DF levanta a demanda de produtos e envia a relação aos escritórios locais, que selecionam os produtores com o perfil para atendimento. Além disso, a empresa acompanha a entrega do produto para auxiliar o produtor no preenchimento da nota fiscal. Os agricultores familiares inscritos devem procurar os escritórios locais da Emater-DF da sua região para mais informações. Merenda escolar Para garantir uma alimentação fresquinha aos alunos da rede pública de ensino, o Governo do Distrito Federal (GDF) também vai adquirir 33 produtos de hortifrútis oriundos da agricultura familiar. Os itens produzidos no Distrito Federal serão vendidos à Secretaria de Educação, o que vai gerar uma movimentação de R$ 2.977.009,84 para comprar 550 toneladas de alimentos somente nas primeiras sete semanas do ano letivo. Entre os dias 19 de fevereiro e 5 de abril, os alunos terão na alimentação itens como abóbora japonesa, cebolinha, chuchu, hortelã, manjericão, maracujá, entre outros. De acordo com a diretora de Alimentação Escolar (DIAE) da Secretaria de Educação, Juliene Moura Santos, a montagem dos cardápios das escolas varia conforme a sazonalidade dos alimentos. “Nós fazemos o cardápio em volta do que está disponível no mercado”, explica. “Os produtores fazem a colheita no fim de semana e eles entregam nas escolas logo na segunda-feira. Então, os produtos são sempre consumidos frescos”, pontua Juliene. No ano passado, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) atendeu mais de 400 mil estudantes, o que demandou um investimento anual de R$ 100,7 milhões para adquirir os itens alimentícios, transportar e armazenar. Em 2023, o governo destinou R$ 38,2 milhões a produtores rurais, com a compra de 6.267 toneladas de alimentos oriundos da agricultura familiar. *Com informações da Emater-DF
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Programas alimentares destinaram R$ 38 milhões para a agricultura familiar
Em 2023, os programas de Aquisição de Alimentos (PAA), de Aquisição da Produção da Agricultura do Distrito Federal (Papa-DF) e Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), juntos, destinaram R$ 38,2 milhões a produtores rurais com a compra de 6.267 toneladas de alimentos. Destinados a alunos da rede pública de ensino e pessoas em situação de insegurança alimentar, produtos geram renda a agricultores familiares | Foto: Divulgação/Emater-DF Os programas de compras institucionais, que contam com apoio da Emater-DF, permitem o escoamento da produção por parte dos agricultores familiares e a geração de renda no espaço rural, com o fornecimento da produção agrícola diretamente para o governo. Os alimentos são destinados a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e também a alunos da rede pública de ensino. No DF, o orçamento para o PAA é executado pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), e o do Pnae, pela Secretaria de Educação (SEEDF), com recursos destinados pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Já o Papa-DF é um programa do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do qual qualquer órgão governamental pode adquirir alimentos in natura, agroindustriais, flores e artesanato. Compras públicas [Olho texto=”“As compras públicas vêm como uma das ferramentas fundamentais para dar a viabilidade à produção rural” ” assinatura=”Rafael Bueno, secretário-executivo da Seagri” esquerda_direita_centro=”direita”] “A Emater apoia os produtores desde o planejamento, preparação e manejo da produção, nas boas práticas agropecuárias; e, da porteira para fora, existe um trabalho contínuo relacionado à classificação dos produtos, padronização, diversificação, logística de entrega, organização social e também relacionado à formalização tributária, fiscal e ambiental, para que o produto produzido vá ao destino final com a maior legalidade possível em diversos aspectos”, explica o gerente de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF, Blaiton Carvalho da Silva. “As compras públicas vêm como uma das ferramentas fundamentais para dar a viabilidade à produção rural”, reforça o secretário-executivo da Seagri, Rafael Bueno. “Nesses programas, nós contamos com a parceria da Emater, desde a mobilização dos produtores na ponta, que é algo fundamental, até a parte de coleta de preço e subsídio para a nossa equipe fazer a formação dos preços finais da chamada pública, elaborar a chamada, fazer a qualificação desses produtores e organizar também a parte de logística e atendimento com os alimentos adquiridos. É uma forma de estimular a produção do Distrito Federal, garantindo renda ao produtor e também a sustentabilidade da sua atividade”. Este ano, com mais de 900 agricultores inscritos, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) já destinou R$ 4 milhões para compra de alimentos a serem entregues a 244 entidades socioassistenciais, beneficiando mais 78 mil pessoas. Já o Pnae contratou 17 organizações de agricultores para fornecer alimentos a mais de 470 mil alunos da rede pública. Foram destinados R$ 20.441.861,50, que beneficiaram 558 agricultores familiares. Alimentos orgânicos Em 2023, também teve início o projeto-piloto para compra de alimentos orgânicos. Foram adquiridos 361 quilos de alimentos orgânicos de pelo menos 76 agricultores familiares, beneficiando 43.249 alunos de escolas públicas do Guará e de São Sebastião. Essa aquisição atende à Lei nº 7.075/2022, que dispõe sobre a obrigatoriedade da inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar nas unidades de ensino público do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A diretora de Alimentação Escolar da SEEDF, Flávia Itabaiana, lembra que os objetivos do Pnae, executado no DF como Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-DF), contribuem para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem e a formação de hábitos alimentares saudáveis por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que atendam às exigências nutricionais dos alunos durante, no mínimo, os 200 dias letivos. Hábitos saudáveis “A compra direta de gêneros alimentícios da agricultura familiar garante a oferta de uma alimentação adequada, com cardápios que utilizem produtos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, contribuindo assim para um bom desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar”, explica a gestora. [Olho texto=”“Os programas incentivam a legalidade da produção, ampliam os canais de comercialização e empoderam os produtores para acessarem mercados maiores” ” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater-DF ” esquerda_direita_centro=”direita”] Já o Papa-DF teve chamamento público no valor de R$ 10.892.561,66 para aquisição de aproximadamente 2 mil toneladas de alimentos destinadas a escolas do DF em produtos como feijão-carioca, farinha de milho flocada, arroz-branco polido, colorífico/colorau, cúrcuma em pó/açafrão-da-terra e farinha de mandioca. “Os programas representam uma oportunidade de [os produtores] desenvolverem habilidades de planejamento da produção e de organização administrativa e financeira”, avalia o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Incentivam a legalidade da produção, ampliam os canais de comercialização e empoderam os produtores para acessarem mercados maiores”. *Com informações da Emater-DF e da Seagri
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Ampliação da rede de canais de irrigação do DF já recebeu R$ 16 milhões
Antes da construção do canal de irrigação do Núcleo Rural Córrego das Corujas, no Sol Nascente, não havia cultivo que sobrevivesse à seca. “Só plantávamos em época de chuva, senão a produção morria”, lembra a produtora rural Adriana Souza Nolasco, 48. Dois anos após a entrega da tubulação, a realidade mudou consideravelmente: “Não dava para plantar muita variedade, só o que não precisava de irrigação constante e diária; com o canal, isso mudou. Hoje em dia, planto banana, graviola, tamarindo, mexerica, limão, abacate, acerola”. Adriana Nolasco comemora a chegada do sistema de irrigação ao Núcleo Rural Córrego das Corujas: “O canal mudou muito não só a minha vida, mas também a dos meus vizinhos” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Adriana é agricultora familiar e mantém contrato com o governo federal por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Antes do canal, eu só tinha plantações de banana para consumo próprio”, conta. “Hoje tenho 600 covas, cada uma com três pés, com perspectiva de aumentar a plantação, e entrego de 200 kg a 400 kg para o programa mensalmente. Tenho a certeza de que, se eu precisar pegar um empréstimo em um banco para investir na minha propriedade, vou poder pagar, porque tenho produção para esse fim. É a realização de um sonho: posso plantar e colher da minha terra”. Com extensão de 5,25 km, o canal de irrigação do Núcleo Rural Córrego das Corujas atende cerca de 50 produtores rurais, incluindo Adriana, e foi construído a partir de emenda parlamentar do deputado Chico Vigilante no valor de R$ 260 mil. Adriana comemora: “O canal mudou muito não só a minha vida, mas também a dos meus vizinhos. Foi a conquista de um sonho antigo. Agora temos a garantia de plantar e saber que a plantação não vai morrer, porque podemos irrigar”. Ritmo acelerado Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu R$ 15.892.611,32 na construção de 29 canais de irrigação. O valor é referente à compra dos tubos feitos com polietileno de alta densidade (PAD) e policloreto de vinila (PVC). O benefício chegou a 758 produtores rurais que, com a tubulação, têm mais segurança para trabalhar e empreender. Ao todo, os canais construídos somam 84,34 km de extensão. Houve também a manutenção e reforma de 45 km de canais. [Olho texto=”Assentamento Márcia Cordeiro Leite recebeu, em outubro, um canal de cerca de 11,5 km que atende mais de 30 famílias” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atualmente, estão em construção os canais da Lagoinha, no Capão Seco, que tem 800 metros de extensão e beneficia 15 produtores; um trecho de Tabatinga, em Planaltina, que soma 100 metros e atende a 36 produtores, e o canal principal do Rodeador, em Brazlândia, com extensão de 8,6 km e potencial para beneficiar mais 93 produtores. Em 16 de outubro, foi entregue o canal de cerca de 11,5 km que atende 31 famílias do Assentamento Márcia Cordeiro Leite, em Planaltina. A obra custou R$ 350 mil, recursos originários de emendas parlamentares. Seagri fornece o maquinário, Emater faz acompanhamento técnico e moradores constroem as caixas de distribuição da água: produção garantida para todos Construídos anteriormente com manilhas de concreto ou no próprio leito da terra a céu aberto, os canais sofriam com perda de cerca de 50% do volume de água. Havia infiltração do recurso hídrico no solo e interferência da natureza, como a queda de galhos e folhas. O cenário para os produtores era de insegurança: não sabiam se a água chegaria à propriedade nem se o que chegasse seria suficiente para manter a irrigação das plantações. ?A construção dos canais conta com a união de esforços entre o governo e a população. A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri) fornece o maquinário usado na obra. Já a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) é responsável pelo projeto e acompanhamento técnico. Aos moradores da comunidade, cabe construir as caixas de distribuição de água em suas propriedades. Prioridade O secretário-executivo da Seagri, Rafael Bueno, ressalta que a demanda dos canais é considerada prioridade desde 2019. Ele adianta que há tratativas com órgãos e entidades federais para ampliar ainda mais o número de canais revitalizados ou reconstruídos. “Esse empenho é muito importante, uma vez que a água, que estava se perdendo por infiltração e evaporação, hoje está sobrando nos riachos e para o produtor”, aponta. “Muitas propriedades que estavam secas, assim como no Assentamento Márcia Cordeiro e no Núcleo Rural Capão Seco, passaram a contar com essa água.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?O assessor técnico da Emater Edvan Ribeiro afirma que, além do efeito econômico, o esforço apresentou impactos sociais e ambientais. “Com o canal, a água que antes era desperdiçada passa a ser utilizada nas plantações e o que sobra volta para os mananciais”, detalha. “Do ponto de vista ambiental, garantimos as condições de trabalho adequadas para a população rural. Tem produtor que passou dez anos sem receber água, principalmente aqueles que estão no final do canal. Alguns tinham perdido a esperança, e hoje contam com água diretamente na propriedade.” ?Segundo Ribeiro, que é responsável pelo mapeamento dos canais, oito estruturas têm a previsão de ser tubuladas no próximo ano. No total, o DF conta com 65 canais de irrigação, somando mais de 235 km. “Começamos pelos principais canais, que atendem a um número maior de produtores, mas a meta é chegar a todos”, assegura. ?Impacto geracional Geraldo Lopes, do Núcleo Rural Ponta Alta Norte, é um dos produtores beneficiados com a reforma do sistema de irrigação: “O canal era a céu aberto; então, na época da seca, a água evaporava muito” Construído em 2022, o canal de irrigação do Núcleo Rural Ponte Alta Norte, no Gama, significa recomeço para os 24 produtores atendidos. A tubulação foi instalada com aporte de R$ 150 mil. O aposentado Geraldo Conceição Lopes, 61, conta que, sem a garantia da água, grande parte dos moradores abandonaram as plantações. “O canal era a céu aberto; então, na época da seca, a água evaporava muito”, recorda. “A gente ficava receoso de começar uma produção, a água acabar e a gente perder tudo”. [Olho texto=”“Agora, a gente tem confiança de poder investir em mudas ou em um projeto mais pesado que exija fazer a irrigação de forma mais criteriosa” ” assinatura=”Marileuza Andrade, produtora rural” esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Tão logo foi sanado o desperdício do recurso hídrico, a água passou a chegar diariamente à propriedade dele e à da vizinha, a aposentada Marileuza Andrade, 62. O canal permitiu que a produtora rural plantasse café, das espécies catuaí-amarelo e vermelho. O cultivo começou no ano passado, quando foram colhidas oito sacas. Para o próximo ano, a meta é dobrar o resultado. “Agora, a gente tem confiança de poder investir em mudas ou em um projeto mais pesado que exija fazer a irrigação de forma mais criteriosa”, comenta a produtora. “Antes era uma instabilidade muito grande, e depender do poço artesiano era muito dispendioso, pois precisávamos de mais energia elétrica. Estamos pensando em novos projetos com a Emater, que sempre está presente com assistência técnica. O projeto do café tem sido bem interessante e traz novos desafios, desde como colocar o produto no mercado até a melhor forma de descascar as sementes.” Já Geraldo aposta no cultivo de limão e almeja que a produção seja autossustentável, para não precisar trabalhar de outras formas e poder bancar um intercâmbio de estudos para a filha. “Este será o primeiro ano em que vamos produzir de verdade”, diz. “Nesse ano que passou, consegui colher oito sacos de limão de 15 kg cada, e foram vendidos rapidamente. Minha intenção é progredir, cultivar a terra, aumentar os frutos e ganhar mais dinheiro.” Arte: Agência Brasília
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Comitiva do Mercosul conhece experiências da agricultura familiar no DF
Uma comitiva do Mercosul visitou a Associação de Agricultores(as) Familiares da Eco do Assentamento 15 de Agosto (Afeca) nesta quinta-feira (9). Acompanhados do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e do presidente da Emater-DF, Cleison Duval, representantes da Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai também foram a uma escola pública que recebe alimentos da agricultura familiar em São Sebastião. Durante o encontro, Cleison Duval explicou o funcionamento da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) prestada aos produtores. “A Emater-DF dá assistência técnica desde o planejamento do que plantar e como plantar, até a comercialização e inserção nos programas de compras e no mercado. Existe um trabalho enorme da extensão rural por trás disso. A Emater-DF tem um papel fundamental no funcionamento dessa cadeia. A extensão rural está presente em todas as fases do processo”, destacou. O secretário executivo da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), Rafael Bueno, também falou sobre o funcionamento das compras governamentais e a dinâmica entre os órgãos envolvidos nos chamamentos públicos. Comitiva do Mercosul conheceu sistema que integra os governos federal e distrital em prol da agricultura familiar | Foto: Divulgação/ Emater-DF Para o ministro Wellington Dias, o desafio é garantir uma integração ainda maior entre os produtores e consumidores para combater a fome, reduzir a desnutrição e ofertar uma alimentação saudável. A visita ao assentamento, na visão de Dias, é um exemplo que pode ser replicado. “A Afeca recebe assistência técnica dos governos federal e distrital, integrados. A produção é comprada via PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e vai para quem precisa de complemento alimentar. Ela é comprada pela área da educação e se transforma em alimentação escolar. Com isso, a gente também melhora a renda dos agricultores porque não tem atravessador, a compra é direta”, detalhou o ministro. A presidente da Afeca, a produtora Michelly Ornelas, ressaltou a importância desses programas para os produtores da agricultura familiar: “Todas as compras governamentais são muito importantes porque garantem a compra do alimento do produtor. Nós podemos produzir porque temos a garantia, a certeza de que vamos escoar toda a nossa produção. Acho que é o melhor sistema que existe.” A gerente da Emater em São Sebastião, Maíra Andrade, explicou que o 15 de Agosto, atualmente, conta com 54 famílias. De acordo com ela, o assentamento é referência na produção de alimentos orgânicos e fez, neste ano, a primeira entrega orgânica para o Programa Nacional de Alimentação Escolar. A Secretaria de Educação lançou edital exclusivo para entrega de alimentos orgânicos no valor de mais de R$ 20 milhões. [Olho texto=”“A missão é reduzir a pobreza”” assinatura=”Miguel Tadeo Rojas, ministro do Desenvolvimento Social do Paraguai” esquerda_direita_centro=”direita”] Miguel Tadeo Rojas, ministro do Desenvolvimento Social do Paraguai, destacou a integração entre os agentes públicos na dinâmica de funcionamento do PAA. “Para mim, é algo muito interessante, fundamentalmente porque estou encontrando uma integração de vários dirigentes de Estado para ajudar as pessoas a manterem a agricultura familiar, que se converte em produtos para a merenda escolar e outras instituições. A missão é reduzir a pobreza”, comentou. Na outra ponta A visita técnica apresentou aos estrangeiros iniciativas que garantem garantia de renda e segurança alimentar aos produtores do assentamento 15 de Agosto Para ter a dimensão do impacto do PAA, a visita técnica passou pela outra ponta que liga essa cadeia de garantia de renda e segurança alimentar e nutricional. No Centro de Educação Infantil 03, também na região de São Sebastião, o grupo pôde conhecer a escola da rede pública beneficiada pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e que recebe a produção do Assentamento 15 de Agosto. A diretora da escola, Vanda Aparecida de Aguiar, considerou a visita emocionante e gratificante. Para ela, é primordial ver como o alimento chega da horta, por meio do PNAE, e como ele é utilizado. “Com esse alimento saudável, os pais nos comunicam que as crianças passam a se alimentam mais”, comemora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Estou muito feliz por ter visitado a escola em São Sebastião e o Assentamento 15 de Agosto. Foi muito interessante ver como se concatena ações em nível federal, estadual e municipal para assegurar a alimentação das crianças. Soubemos que nessa escola, quase 100% já é de alimentos da agricultura familiar”, avaliou Francisca Gallegos, subsecretária de serviço social do Ministério de Desenvolvimento Social e Família do Chile. *Com informações do MDS e da Emater-DF
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Produtoras rurais de São Sebastião integram Plano de Aquisição de Alimentos
Produtoras rurais de São Sebastião estão caminhando para a autonomia financeira após conseguirem acessar, de forma individual, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Josiane Costa Sobrinho, Maria Aldenice da Silva Araújo, Mariazinha Porto dos Santos, Cleudiane Porto dos Santos, Maria Gorete dos Santos, Madalena Antonio Fonseca, Anarlete de Miranda Gouveia e Maria Vanuza Lemos dos Santos são atendidas pelos extensionistas rurais do escritório local da Emater-DF, que reconheceram nelas a capacidade agrícola para fazer entregas regularmente ao programa. Esse auxílio vai além do cadastro no PAA, orientação sobre cultivo, os produtos a serem entregues e a qualidade deles. Para além disso, as oito mulheres de São Sebastião foram orientadas a acreditar nelas mesmas, a confiar em sua capacidade de trabalho, na possibilidade de viver da terra e fazer projetos de uma vida melhor. Madalena Fonseca: “As entregas mudaram muito a minha vida e da minha família” | Foto: Ana Nascimento/Emater-DF Josiane, Maria Aldenice, Mariazinha, Cleudiane, Maria Gorete e Maria Vanuza são moradoras do Assentamento 15 de Agosto. Madalena e Anarlete moram no Assentamento Nova Camapuã. Todas elas começaram a trabalhar com entregas no PAA Termo de Adesão, modalidade individual, em setembro, e já estão recebendo valores referentes às primeiras notas emitidas, que totalizarão R$ 12 mil até o final do contrato. Maria Aldenice é casada e tem cinco filhos, dois dos quais moram sozinhos. Com ajuda do marido, ela cultiva hortaliças e frutíferas, como abacaxi, banana e maracujá, além de abóbora e mandioca. Até entrar no PAA, a família vendia a produção na feira local e para clientes fixos. No entanto, sobrava muita coisa, que acabava se perdendo. “Foi a minha primeira entrega, fiquei muito feliz. Eu perdia muito produto, agora a gente vende tudinho, e o preço é maravilhoso. Meu projeto é investir esse dinheiro para fazer minha irrigação, que não tenho, e aumentar minha produção”, disse emocionada. Ex-diarista, Mariazinha agora produz cenoura, alface, brócolis, cebolinha, salsa e vagem Aos 60 anos, Madalena deu uma guinada na vida familiar ao aceitar o desafio de acessar o PAA. Antes, plantava apenas para consumo familiar, mas, com o apoio e trabalho da Emater-DF, passou a entregar alface, couve, cenoura, brócolis, limão e abacate para o PAA. “As entregas mudaram muito a minha vida e a da minha família. Ainda não sou aposentada, então esse dinheiro está ajudando a pagar as contas, já que até então só tinha a aposentadoria do meu esposo. Já recebi R$ 1 mil em duas entregas, e agora vou guardar para investir na produção”, contou Madalena. Inclusão socioeconômica e segurança alimentar Gerente do escritório local da Emater-DF em São Sebastião, Maíra Andrade, e a extensionista rural Roseli Oliveira com a produtora Mariazinha A extensionista rural do escritório de São Sebastião, Roseli Oliveira, explica que o PAA oferece ao agricultor familiar uma oportunidade de ganho imediato, por isso a Emater-DF trabalha auxiliando no cadastro, habilitação e produção, explicando o funcionamento do programa e emissão da nota fiscal. “A gente enxerga uma oportunidade de elas viverem da terra que elas acessaram, de poder cuidar da família e da questão alimentar. Sempre falo que é importante que elas cuidem primeiro delas e dos seus; e, com isso, vão crescendo aos poucos e acessando outras políticas. É importante fortalecer o interior delas mesmas e de agarrarem essa oportunidade, que muitas vezes elas não percebem, não entendem como funciona, não acreditam muito. Aí a gente incentiva nesse aspecto”, disse Roseli. Ainda grávida, Mariazinha foi tocada pelo incentivo de Roseli e decidiu trocar o serviço de diarista pela lida na terra. Não foi fácil vencer o desânimo e a descrença, apesar de ter que deixar os filhos com cuidadoras, pagar transporte e trabalhar duro. No entanto, foi a persistência da extensionista que encheu a produtora de entusiasmo. Roseli literalmente pegou na enxada e ajudou a produtora a formar os canteiros, plantar, adubar e irrigar. Hoje, a filha caçula, Maísa, tem nove meses, e a produção segue farta: tem cenoura, alface, brócolis, cebolinha, salsa e vagem. No intervalo da amamentação e troca de fraldas, Mariazinha corre até a horta, aduba, irriga e colhe a produção orgânica, que entrega no PAA e coloca na mesa da família. [Olho texto=”“São Sebastião está se consolidando como um polo regional de produção orgânica”” assinatura=”Roseli Oliveira, gerente do escritório local da Emater-DF em São Sebastião” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Com o incentivo da Emater-DF, decidi que não ia mais trabalhar para os outros, mas ia trabalhar para a família. Hoje ensino para os meus filhos o que aprendi com meus pais agricultores: que a gente pode viver da terra. Meu sonho é ver toda a família trabalhando e cuidando do que é nosso”, declarou Mariazinha. O escritório local da Emater-DF em São Sebastião se empenha para incluir as mulheres agricultoras no PAA por representar não só a inclusão socioeconômica delas, que gera autonomia, melhora da autoestima e da qualidade de vida familiar, além da segurança alimentar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “São Sebastião está se consolidando como um polo regional de produção orgânica. Essas mulheres produzem alimentos saudáveis e com uma variedade incrível, e auxiliamos tanto na escolha dos produtos como no plantio. Assim elas entregam e consomem alimentos saudáveis, aumentando a possibilidade de consumo”, finalizou Roseli Oliveira. *Com informações da Emater-DF
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Agricultura familiar é uma das bases da segurança alimentar no DF
Uma plantação repleta de hortaliças se estende por uma área de cinco hectares no Assentamento 15 de Agosto, no Núcleo Rural Capão Comprido. Há oito anos, a agricultora familiar Michelly Sllany Ornelas, 38, cuida da propriedade com dedicação e trabalho árduo. O Programa de Aquisição de Alimentos por Termo de Adesão é federal, executado sob a coordenação da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF). | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Michelly já passou por muitas histórias na área rural. De perdas da plantação por enchentes a colheitas fartas. “Quando tive a acesso a essa terra, compreendi que é o melhor lugar para se viver. Porque não é só o que eu vendo ou posso doar, é também o que eu consumo. A gente sofre essas perdas: chove, faz sol, pode ter uma praga. Acontece. Mas viver no campo é muito bom. Quando cheguei aqui, não tinha nada. Hoje, tenho minha terra. Que é do Estado, mas está cedida para que eu possa trabalhar, ganhar meu dinheiro, sobreviver e manter minha família com meu esposo”, enfatiza a agricultora familiar. Compras governamentais Michelly obtém sua renda por meio das compras governamentais, fornecendo alimentos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e também para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A maior parte da produção é de hortaliças, como couve, quiabo, salsa, cebolinha, acelga, coentro, repolho e beterraba. “É uma via de mão dupla, todos nós somos ajudados. Eu vendo para o governo desde 2017, tanto diretamente quanto pela associação ou cooperativa. E eu nunca deixei de receber um centavo. Se eu for classificar qual é a melhor venda, o melhor comércio, são as compras de governo. Eu vivo de compras do governo”, declara Michelly. De acordo com a produtora rural, o maquinário é fornecido pelo governo à associação de agricultores, que conta com um trator e dez implementos cedidos pela Secretaria de Agricultura, por meio de chamamento público. Também ocorrem podas da Novacap na região, utilizadas tanto na produção de insumos quanto na cobertura do solo. São ainda fornecidos, esporadicamente, insumos para produção orgânica. Mas Michelly afirma que um dos maiores incentivos é a compra do produto. “O Estado está sempre comprando por meio de programas, e isso é uma grande ajuda. Além disso, os preços são excelentes”, observa. Programas rurais ?O Programa de Aquisição de Alimentos por Termo de Adesão (PAA/TA) é federal, executado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) sob a coordenação da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF). O programa realiza a compra de produtos da agricultura familiar para doação. Arte: Agência Brasília A distribuição para pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar ocorre no DF por meio de dois equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN): o Banco de Alimentos, localizado na Ceasa-DF, e o Sesc Mesa Brasil. Em 2023, foram disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento Social R$ 4 milhões para compra e doação de alimentos. Há 960 agricultores familiares do DF cadastrados como fornecedores do programa que entregam cerca de 20 toneladas de alimentos por semana. Os alimentos são destinados a 240 entidades sociais, que atendem mais de 40 mil pessoas diretamente. “Esse programa federal é a escola de aprendizado para as compras institucionais. A partir dele, o produtor começa a entender como funciona esse mercado e pode galgar para outros programas, como o Pnae e o Papa-DF”, explica Lúcio Flávio da Silva, diretor de Compras Institucionais da Seagri-DF. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) também é federal, coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. No DF, é executado pela Secretaria de Educação (SEE) com apoio das secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Agricultura (Seagri), além da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). São cerca de 800 agricultores cadastrados no programa, que trabalha com o repasse de recursos federais para o atendimento de estudantes da educação básica de toda rede pública, além de entidades qualificadas como filantrópicas, com ações de educação alimentar e nutricional, e oferta de refeições durante o período letivo. Os recursos federais e distritais são utilizados na compra de alimentos para a composição dos cardápios da alimentação escolar. Dois editais de chamamento público para o Pnae foram publicados em 2023: um para aquisição de hortifrútis convencionais (não orgânicos), destinados às escolas de 12 regionais de ensino, com orçamento de mais de R$ 24 milhões, e outro para aquisição de hortifrútis orgânicos para atendimento das escolas de duas regionais de ensino: São Sebastião e Guará, com mais de R$ 3 milhões de investimento. Juntos, os editais chegam a um valor de mais de 27 milhões de reais em produtos a serem adquiridos da agricultura familiar. O montante total, contando com o investimento federal e distrital em 2023 para o Pnae, ultrapassa os R$ 100 milhões. No DF, o Pnae é executado pela Secretaria de Educação com apoio das secretarias de Desenvolvimento Social, de Agricultura, além da Emater-DF Já o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) viabiliza a compra direta pelo GDF de alimentos e produtos artesanais de agricultores familiares e suas organizações sociais do setor agrícola. Os alimentos, produzidos no DF, são destinados à alimentação da população local, por meio da compra para instituições sociais e educacionais, contribuindo com a segurança alimentar e nutricional no DF por meio das demandas de órgãos distritais, como as secretarias de Educação e de Desenvolvimento Social (Sedes). O programa foi instituído em 2012 para fortalecer o campo abrindo o mercado governamental local para a comercialização dos produtos, além de contribuir para a geração de empregos na propriedade e renda para a família. Entre 2022 e 2023, são 648 agricultores familiares participando do programa, com mais de R$ 20 milhões em contratos por meio do PAPA-DF, com a aquisição de queijo muçarela, manteiga, leite fluido, feijão, farinha de milho e cestas verdes. Em 2023, R$ 9 milhões em queijo e manteiga foram adquiridos para as escolas pelo programa, que supre muitas demandas a partir das compras institucionais. “Um dos objetivos é justamente o combate à insegurança alimentar. A gente acaba amarrando todas as pontas e consegue atingir um número muito grande. Durante a pandemia, foi muito importante: o GDF aportou mais de R$ 4 milhões, atendendo a crise, o que mostra o potencial que temos por meio desse programa”, explicou o diretor de Compras Institucionais da Seagri-DF. Nos programas que combatem a insegurança alimentar, as chamadas públicas precisam atender à legislação federal sobre a obrigatoriedade de comprar, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo FNDE com a aquisição de gêneros da agricultura familiar. Lúcio Flávio acrescenta que o dinheiro aplicado pelo governo traz o desenvolvimento socioeconômico em uma ponta e, na outra, garante segurança alimentar e nutricional para as famílias. “Toda essa cadeia produtiva tem que estar bem azeitada para que o produtor consiga sucesso”, reforça o diretor. Há oito anos, a agricultora familiar Michelly Sllany Ornelas cuida da propriedade com dedicação e trabalho árduo “A gente tem nosso carro, nossa casa…. Acho que viver do campo muda a gente em todos os sentidos: da qualidade de vida até a educação dos nossos filhos. O campo transforma vidas”, acrescenta a produtora Michelly. Cesta Verde Vidas são transformadas, como a de Lorena Dafne, 34, mãe de cinco crianças, duas delas com transtorno do espectro autista (TEA). A estudante é beneficiária da Cesta Verde, vinculada ao programa do GDF Prato Cheio, que entrega a cesta com frutas, verduras e legumes produzidos por agricultores familiares do Distrito Federal e do Entorno. Lorena perdeu o emprego e entregou currículo em diversos lugares, sem retorno algum. Então resolveu fazer o cadastro dos programas e foi aprovada. Ela conta que a Cesta Verde ajuda na alimentação de seus filhos, que gostam e precisam das frutas e verduras. “Dá um suporte, porque cuido de cinco crianças, sendo dois autistas. Não posso sair para trabalhar e o programa garante a alimentação que trago para dentro de casa. Acho excelente, qualquer pessoa tem que comer. Vem cenoura, abobrinha, tomate, banana, maçã, laranja… Eles adoram”, declara a estudante. Além da nutrição que nasce no campo e vem parar na mesa de Lorena, ela também lembra da importância dos programas sociais do governo e a orientação que recebe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de onde mora. “Não tenho rede de apoio de ninguém, o único apoio que eu tenho é do governo. Então, isso me ajuda. Aí, pego a Cesta Verde, o Prato Cheio que me ajuda a fazer a compra do mês, o vale gás e os outros benefícios. Só tenho a agradecer”, ressalta.
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Capacitação ensina produtores rurais a usarem o Nota Fiscal Fácil
A Emater, por meio da Gerência de Comercialização e Organização Rural (Gecor), está capacitando produtores rurais do DF que fazem entregas ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na utilização do programa Nota Fiscal Fácil (NFF). O treinamento ensina como baixar o aplicativo – disponível para as plataformas Android e IOS –, fazer cadastro no sistema e a emitir o documento fiscal direto do celular. O objetivo é capacitar 400 produtores rurais até o final do ano sobre o Nota Fiscal Fácil | Foto: Divulgação/Emater O aplicativo de celular é usado para emissão de notas fiscais eletrônicas no momento da entrega dos produtos. Ao todo, já participaram da capacitação feita por extensionistas da Emater cerca de 130 agricultores que comercializam frutas, legumes e verduras nas regiões de Planaltina, Vargem Bonita, Tabatinga, Brazlândia, Jardim, Rio Preto e de outras regiões do DF. O objetivo é alcançar 400 produtores até o final do ano. Segundo o gerente de Comercialização da empresa, Blaiton Carvalho, “a qualificação dos produtores do PAA para aprenderem a manusear o aplicativo Nota Fácil também promove a inclusão deles no processo digital”. Esse trabalho visa incluir os produtores rurais nas políticas públicas do GDF e do governo federal, como as compras governamentais, mostrando e ensinando a manusear a ferramenta, que é intuitiva. “Além de capacitar o produtor na utilização do aplicativo de celular, acompanhamos a entrega para auxiliá-lo no preenchimento da nota fiscal. Além disso, prestamos a assistência técnica continuada para a produção rural, a inscrição no PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], a emissão da DAP [Declaração de Aptidão ao Pronaf] e do CAF [Cadastro Nacional da Agricultura Familiar], damos orientações quanto à qualidade do produto e apoiamos a formalização fiscal, uma vez que a entrega acontece mediante a emissão de uma nota fiscal”, ressalta Blaiton Carvalho. “Levantamos a demanda de produtos das entidades socioassistenciais e das escolas e enviamos aos escritórios locais, que selecionam os produtores com o perfil para atendê-la”, acrescenta. Vantagens [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O sistema foi desenvolvido pelo governo do Rio Grande do Sul para tornar o processo de emissão de Documentos Fiscais Eletrônicos (DFE) o mais simples possível para o contribuinte. No DF, o aplicativo é uma iniciativa das secretarias de Fazenda (Sefaz), de Agricultura (Seagri) e da Emater. A novidade beneficia de imediato 960 produtores rurais da agricultura familiar cadastrados no Programa de Aquisição de Alimentos. Para fazer uso do app, basta o agricultor ter inscrição estadual e fazer login no portal gov.br. Entre as vantagens de usar o aplicativo disponível, destaca-se a possibilidade de emissão da nota fiscal direto para os clientes sem intermediários, com a comodidade de usar o aplicativo de celular direto da propriedade e poder completar todo o processo informando apenas os dados básico de venda. Para o secretário de Fazenda, Itamar Feitosa, a capacitação que a Emater está promovendo é de extrema importância para facilitar a inclusão digital do produtor rural. “O objetivo do aplicativo é facilitar o dia a dia do produtor, para isso ele precisa conhecer o aplicativo, suas funcionalidades e comodidades. A Emater não está promovendo somente a capacitação, mas uma parceria com a Secretaria de Fazenda do DF para a difusão do uso do aplicativo”, afirmou. A Gecor elaborou uma cartilha que ensina de forma clara e objetiva como baixar, se cadastrar e usar o NFF. Baixe aqui o material. *Com informações da Emater
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GDF reduz taxa ambiental e lança app de nota fiscal para produtores rurais
Os produtores rurais do Distrito Federal terão mais facilidade para emitir notas fiscais e obter licenças ambientais. Durante a AgroBrasília 2023, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou duas iniciativas nesse sentido. [Olho texto=”“Agradeço à Sefaz por essa inovação e ao Brasília Ambiental por esse decreto. Esse é um trabalho de governo que nos permite trazer tantas novidades, dando condições para que o GDF reduza as taxas do Brasília Ambiental e trabalhe e ofereça melhores condições para os produtores rurais”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Uma delas é o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), com objetivo de simplificar o processo de emissão de documentos fiscais eletrônicos pelos contribuintes do ICMS. Nessa frente, as secretarias de Fazenda e Agricultura e a Emater foram responsáveis pela novidade, que beneficia de imediato 960 produtores rurais da agricultura familiar cadastrados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Para fazer uso do app, basta o agricultor ter inscrição estadual e login no portal https://www.gov.br/pt-br. “Agradeço à Sefaz por essa inovação e ao Brasília Ambiental por esse decreto. Esse é um trabalho de governo que nos permite trazer tantas novidades, dando condições para que o GDF reduza as taxas do Brasília Ambiental e trabalhe e ofereça melhores condições para os produtores rurais”, disse Ibaneis Rocha, ao elogiar as iniciativas. Em cerimônia na AgroBrasília 2023, o governador Ibaneis Rocha fez o lançamento do aplicativo que beneficia de imediato 960 produtores rurais da agricultura familiar cadastrados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Com a obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal Eletrônica – NFe, os agricultores familiares encontravam dificuldades em adquirir certificação para a emissão do documento, além de ter que operar com códigos complicados. Agora, eles vão receber apoio para utilizar o app, que também funciona em modo off-line e guarda as informações para emissão da nota no momento em que o produtor tiver acesso à rede. “O NFF é um trabalho que levou quatro anos para ser feito, foi construído a várias mãos e vem para facilitar a vida do pequeno agricultor”, destacou o secretário de Fazenda, Itamar Feitosa. Redução das taxas ambientais O evento também contou com a assinatura do decreto que reduz o valor das taxas de serviços executados pelo Instituto Brasília Ambiental. A norma revisa o enquadramento do porte e o potencial poluidor de algumas atividades agropecuárias, estabelecendo uma nova tabela de valores, alterando o Decreto nº 36.992/2015. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Fizemos oito visitas no campo e escutávamos que era difícil competir com os estados vizinhos no valor das taxas. Com esse decreto, nós fixamos o produtor rural no campo e combatemos a grilagem de terras. Queremos o produtor no campo, onde eles devem estar”, afirma o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. A normativa beneficia setores como avicultura, suinocultura, armazenamento e beneficiamento de grãos e cereais e entrepostos de produtos de origem animal e vegetal, por meio da redução dos valores para obtenção do licenciamento ambiental, variando de 40% a 60%, além da revisão do enquadramento de porte para essas atividades agropecuárias. Somente a cadeia produtiva de suinocultura possui 26 granjas comerciais ativas, geradoras de mais de 400 empregos.
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Canal de irrigação do Córrego das Corujas beneficia 56 propriedades
A construção do canal de irrigação do Córrego das Corujas, no Sol Nascente, mudou a realidade agrícola e a vida dos produtores rurais em pouco mais de um ano após a execução da obra, em novembro de 2021. A produção rural da região deu um salto de diversidade. Dos cultivos de sequeiros, plantados durante o período de chuva, os agricultores estão plantando hortaliças, frutas e criando animais, como peixes e aves. Outros já sonham também com uma cooperativa para escoarem as mercadorias, onde a banana será o carro-chefe. Com projeto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e execução feita em parceria com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e a Associação dos Criadores e Produtores Agrícolas do Córrego das Corujas (ACPACC), com recursos de emenda parlamentar do deputado distrital Chico Vigilante, o canal beneficia diretamente 56 propriedades da região e tem uma extensão de seis quilômetros. Delman Ferreira Oliveira mostra o reservatório de água do canal de irrigação | Fotos: Divulgação/Emater Desse total, 25 produtores iniciaram o projeto das bananeiras, que pretende transformar o Córrego das Corujas em um polo de referência na produção de bananas do DF. Os produtores rurais Delman Ferreira Oliveira e Arismar Nolasco Belém estão no projeto e viram suas vidas avançarem tanto que já fazem planos de dobrar a produção. Delman mora na região há 11 anos e é o atual presidente da ACPACC, que conta com cerca de 60 associados. Antes de receber a água do canal, ele cultivava apenas frutíferas. A sua propriedade com dois hectares de extensão está bem diferente atualmente. Além de limão, mexerica e açafrão, tem milho e mais de 800 bananeiras em sistema de irrigação. Com a diversidade de produção, viu sua renda crescer tanto que está reformando a casa. “Água dá vida às propriedades, aumenta o seu valor mobiliário e dá motivação para nós produtores. O canal nos deu a expectativa e a garantia de pensar maior e criar algo novo na propriedade, que é o projeto das bananeiras. Ano que vem queremos dobrar o número de bananeiras, pois mudou a nossa realidade. Agora, a associação vai trabalhar para fazer uma nova ramificação do canal e levar água para mais de 30 propriedades que precisam também”, afirma Delman. Disposição, produção e geração de renda O Córrego das Corujas possui 73 propriedades atendidas pelo escritório local da Emater em Ceilândia. O gerente da unidade, Aécio Prado, afirma que por ser uma área muito parcelada e sem acesso à água, nunca foi muito produtiva. No entanto, o canal transformou o ânimo dos 56 produtores diretamente e dos outros que estão percebendo a transformação. Segundo o extensionista, o maior ganho foi a motivação e a renovação da esperança em uma atividade produtiva e geradora de renda. Com o canal de irrigação, o produtor Arismar Nolasco Belém investiu na plantação de 600 bananeiras “A água resolve boa parte dos problemas na área rural e anima quem já não tinha nenhuma esperança. Com o canal, os produtores ficaram mais receptivos às nossas ideias e sugestões e os aproximaram bem do nosso escritório, o que nos permitiu implementar algumas atividades produtivas. Inclusive, o projeto das bananeiras foi uma ideia que partiu deles mesmos e nós demos algumas orientações e capacitações. Fizemos compras coletivas de mudas de bananas, ensinamos a plantar, adubar e realizar os tratos culturais. Nossa atenção agora é na comercialização da produção”, destaca Aécio Prado. Arismar Nolasco Belém divide seu tempo com a produção rural e com o serviço de porteiro no Plano Piloto. Ainda assim, falta espaço na sua propriedade de dois hectares para mais opções de cultivo. Tanque de peixes, viveiro de galinhas e de gansos, frutíferas como acerola, goiaba, abacate, graviola e mais 600 bananeiras preenchem quase todo o espaço. Além de participar do Programa de Aquisição de Alimentos, para onde escoa parte da sua produção, ele vende diretamente para a comunidade local. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O canal foi a melhor coisa que aconteceu para a gente aqui. Muita gente acreditou que não íamos conseguir essa conquista. Foi uma luta grande que contou com a ajuda da Emater-DF, da Seagri, do deputado Chico Vigilante e da nossa associação [ACPACC]. Com ele, vieram muitas expectativas, como as bananas. Agora tenho que arrumar espaço para aumentar a quantidade de bananeiras, que é bastante rentável. Só que precisamos nos organizar em cooperativa para comercializar a nossa produção. Serão milhares de caixas de bananas que vamos produzir aqui”, diz Arismar. Os extensionistas da Emater que atendem a região estão inserindo os produtores rurais da localidade nos programas de Compras Institucionais do Governo Federal, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), além do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF), do Governo do Distrito Federal (GDF). Os agricultores também estão sendo orientados a se organizarem em grupos para venda das mercadorias na Ceasa-DF e também por meio da plataforma PõeNaCesta. *Com informações da Emater-DF
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Mais R$ 1,5 milhão investidos em sistemas de esgoto
Os equipamentos instalados pelo programa da Emater em parceria com a Seagri fazem o tratamento de dejetos de cozinha e de banheiro, permitindo a eficácia de até 95%. O restante dos resíduos é absorvido pelo meio ambiente, sem riscos de contaminação | Fotos: Divulgação/Emater Para levar saneamento básico às comunidades do campo do Distrito Federal, a Emater criou o Programa de Saneamento Rural. Entre 2020 e 2021, foi investido R$ 1,57 milhão na implantação de 284 sistemas individuais de tratamento de esgoto do tipo fossa ecológica ou biodigestor instalados em propriedades, que ampliou o acesso de produtores e moradores de áreas rurais ao saneamento básico. Para este ano, a previsão é que outros 200 sistemas sejam instalados, mais um investimento de R$ 1,5 milhão. O programa surgiu da necessidade de melhoria da qualidade sanitária dos alimentos produzidos, bem como para garantir a proteção ambiental e a promoção da saúde. Pelo projeto, a instalação dos sistemas de tratamento é feita em propriedades de agricultores de baixa renda, fornecedores dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) e agricultores que estão em processo de certificação no Programa de Boas Práticas Agropecuárias. [Olho texto=”Mais de 1,3 mil agricultores e moradores do campo foram beneficiados pelo programa nos últimos dois anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a presidente da Emater, Denise Fonseca, o alcance dos benefícios que a instalação dos sistemas traz não se limita à propriedade rural. “Nos últimos dois anos foram mais de 1,3 mil agricultores e moradores do campo beneficiados. Fora o atendimento indireto da população do Distrito Federal, que são os consumidores dos alimentos produzidos. Tudo que a gente faz no campo também beneficia a cidade”, destaca. Para a coordenadora do programa, Ana Paula Rosado, o projeto dá condições dignas aos moradores do campo, garantindo sustentabilidade e alimentos saudáveis. “O esgoto liberado diretamente no meio ambiente pode contaminar o solo, a água e os alimentos produzidos, sendo prejudicial à saúde dos moradores do campo e da população de maneira geral. Muitos produtores não têm condição financeira para essa implantação”, explica. Até o momento, os sistemas instalados em 2020 e 2021 contaram com o recurso de emendas parlamentares dos deputados Leandro Grass e Reginaldo Sardinha. Em 2022, pelo menos 200 instalações serão feitas por meio de recursos destinados também por Leandro Grass e pelo deputado Jorge Vianna. Segundo o extensionista Antônio Dantas, executor do contrato pela Emater, caso haja recurso, a expectativa é que o número de sistemas de tratamento de esgoto instalados possa chegar a 350. Histórico Iniciado ainda em 2017, o trabalho partiu de uma parceria com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri). A pasta doava os equipamentos, a Emater ajudava na seleção das famílias e os produtores e moradores arcavam com os custos de instalação. Nos dois primeiros anos, chegaram a ser instalados 105 kits nesta modalidade. [Numeralha titulo_grande=”412″ texto=”sistemas de saneamento foram instalados desde 2017 no projeto de parceria com a Seagri” esquerda_direita_centro=”direita”] Em 2020, a Emater retomou o projeto, que passou por remodelação com a entrega do kit completo e já instalado. Os custos de mão de obra, muitas vezes, dificultavam e até inviabilizavam sua instalação. Nesta nova modalidade, foram colocados 165 kits em 2020 e outros 119 em 2021. “Calculamos que, incluindo material e instalação, cada kit sairia em torno de R$ 7 mil. E há propriedades que necessitam de mais de um, pois cada kit atende uma casa com até cinco pessoas”, enumera Ana Rosado. Se somados, os kits de tratamento instalados desde 2017, no projeto de parceria com a Seagri, aos que foram colocados até dezembro de 2021, 412 sistemas de saneamento foram instalados graças às iniciativas da Seagri e da Emater. Como funciona As fossas ecológicas que estão sendo instaladas no meio rural pela Emater fazem um tipo de tratamento dos dejetos da cozinha e do banheiro. A água suja passa por mais de um processo de filtragem e chega ao final com pelo menos 80% do resíduo tratado. Em alguns modelos, a eficácia do tratamento chega a 95%. O restante, o próprio meio ambiente consegue absorver sem risco de contaminação. Um dos beneficiados pelo Programa de Saneamento Rural da Emater, o trabalhador rural Ênio Tomas de Aquino, de 62 anos, comemora a instalação. Ele estava preocupado com a água que, em Vargem Bonita, é muito rasa, o que a deixa vulnerável a contaminações. “Vai melhorar nossa saúde e também do meio ambiente, porque nosso planeta está precisando que a gente cuide dele”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Critérios para programa Como a Emater atua de maneira supletiva atendendo as propriedades rurais que necessitam, é feita uma seleção prévia das famílias. Cada escritório analisa individualmente os casos antes de definir quais terão os equipamentos instalados. Entre os critérios, estão enquadrar-se como família de baixa renda e comercializar alimentos em programas de compra institucional. Também são levados em conta os produtos cultivados. Hortaliças, por exemplo, são mais suscetíveis à contaminação do solo, por isso acabam sendo priorizadas. *Com informações da Emater
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Colombianos conhecem programas de compras públicas no DF
[Olho texto=”“O que vimos virtualmente pode ser adaptado em nosso país. O importante é que sigamos cooperando e aprendendo uns com os outros, sempre com foco em promover o desenvolvimento sustentável e a soberania alimentar”” assinatura=”Camilo Ardila, representante da FAO na Colômbia” esquerda_direita_centro=”direita”] Os programas de compras públicas dos governos federal e distrital foram tema de uma visita técnica realizada na manhã desta quinta-feira (26), na Ceasa-DF. Na ocasião, representantes da Secretaria de Agricultura (Seagri), Ceasa-DF e Emater-DF receberam uma delegação do governo colombiano e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O encontro faz parte do projeto Semeando Capacidades, que prevê a troca de experiências entre os dois países em temas como produção de alimentos e combate à fome. De acordo com Camilo Ardila, representante da FAO na Colômbia e coordenador do projeto, os programas de compras institucionais são importantes como ferramenta de desenvolvimento social. “O que vimos virtualmente pode ser adaptado em nosso país. O importante é que sigamos cooperando e aprendendo uns com os outros, sempre com foco em promover o desenvolvimento sustentável e a soberania alimentar”, observou. O grupo, formado por representantes do Ministério da Agricultura da Colômbia, conheceu a Pedra da Ceasa, o Banco de Alimentos, a Cooperativa Central do Cerrado e pararam no Centro de Capacitação e Comercialização da Agricultura Familiar (CCC) para tirar dúvidas sobre o funcionamento dos programas de compras públicas — Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa), meios que o GDF utiliza para adquirir alimentos diretamente da agricultura familiar e repassá-los a instituições socioassistenciais ou escolas da rede pública. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) são operados com recursos do governo federal, enquanto o Programa de Aquisição de Produtos da Agricultura (Papa-DF) funciona com verbas do GDF. A delegação do governo colombiano e da FAO conheceu na Ceasa detalhes sobre os programas de compras utilizados pelo GDF para repassar alimentos da agricultura familiar a instituições socioassistenciais | Fotos: Divulgação/Emater-DF A visita contou ainda com depoimentos de agricultores beneficiados pelos programas, como Noilde de Jesus, que cultiva morangos na região rural de Brazlândia. Na visita desta quinta-feira (25), a delegação colombiana foi recebida pelos extensionistas da Emater-DF José Nilton Campelo, Luiz Rocha, Pedro Ivo Braga e Bruna Heckler, além de Lúcio Flávio da Silva, diretor de Compras Institucionais da Seagri, e o presidente da Ceasa-DF, Fábio Sousa. O projeto Semeando Capacidades, coordenado pela FAO, foi articulado no Brasil pela Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na próxima semana, representantes do Ministério da Agricultura do Brasil, Embrapa e Emater-MG deverão visitar a Colômbia para colher experiências do país vizinho. Ao final, serão produzidos documentos técnicos com propostas de diretrizes para políticas públicas nas áreas de agroecologia, circuitos curtos de comercialização, inovação territorial, compras institucionais, entre outros. Diversas nações têm demonstrado interesse em conhecer as políticas públicas que têm ajudado a combater a fome e, ao mesmo tempo, fortalecer a agricultura familiar e a economia das áreas rurais do Brasil, onde o Distrito Federal é visto como exemplo. Emater-DF A Emater-DF é uma empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas. *Com informações da Emater-DF
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Emater orienta produtores sobre compra com doação
[Olho texto=”“É a oportunidade de mais um canal de comercialização que as organizações têm para negociar com o poder público” ” assinatura=”Blaiton Carvalho da Silva, gerente de Comercialização e Organização Rural da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Recursos de aproximadamente R$ 1,6 milhão serão destinados ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS), aberta pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para auxiliar os produtores com a questão, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) recebeu representantes de 24 entidades de produtores rurais, entre associações e cooperativas, interessados em enviar propostas para a Conab, que já está com o sistema aberto para receber os projetos. A reunião teve como objetivo orientar e tirar dúvidas sobre o envio a construção e envio do projeto. Para o gerente de Comercialização e Organização Rural da Emater, Blaiton Carvalho da Silva, com o encerramento das entregas na modalidade termo de adesão, que atingiu o limite de 2021, a modalidade beneficia o agricultor e as entidades socioassistenciais até fechar o ano. “É a oportunidade de mais um canal de comercialização que as organizações têm para negociar com o poder público”, afirma o gerente. A modalidade de Compra com Doação Simultânea é caracterizada pela indicação da entidade socioassistencial que receberá os alimentos já na elaboração do projeto. As propostas serão classificadas pela companhia de acordo com os critérios definidos pelo grupo gestor do programa, formado pelos ministérios da Agricultura (Mapa), da Economia (ME), da Educação (MEC) e da Cidadania (MC). Entre os critérios para a pontuação estão os percentuais de participação de mulheres, de participação de assentados da Reforma Agrária e povos e comunidades tradicionais, além de outros quatro critérios. Cadastro Único Para o superintendente regional da Conab no DF e Entorno, Rafael Bueno, o PAA é um dos programas mais efetivos do governo federal. “Em breve o programa vai ter um olhar especial para as famílias rurais que ainda estão no Cadastro Único [CadÚnico], e isso, para nós, é motivo de bastante alegria, porque aumenta a abrangência da ação do programa”, afirmou o gestor, durante reunião no Centro de Capacitação e Comercialização da Agricultura Familiar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nesse processo de participação em compras governamentais, a Emater oferece todo o apoio para as organizações rurais, desde a inscrição do projeto até a execução das entregas. “Além do apoio às organizações na elaboração do projeto, a Emater orienta sobre a documentação, inclusive na emissão da DAP [Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] jurídica”, explica extensionista rural Bruna Heckler, da Gerência de comercialização da Emater. “Apoiamos a interlocução com a entidade que vai receber os alimentos, orientamos sobre o cronograma de plantio e colheita para a entrega, emissão de notas fiscais, enfim, todo o processo”. O sistema para envio dos projetos está disponível na página da Conab. Por meio desse sistema, organizações de agricultores familiares podem apresentar propostas de participação. Consulte a lista de critérios para pontuação do projeto. Para mais informações, a organização rural interessada deve procurar o escritório da Emater mais próximo de sua comunidade. *Com informações da Emater
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Emater debate compras governamentais de alimentos
Uma oportunidade importante de produzir alimentos orgânicos invertendo a lógica de produção atual, que ainda é convencional, e, ao mesmo tempo, preservar o planeta. Foi assim que o extensionista da Emater-DF José Nilton Campelo resumiu os programas de compras institucionais de alimentos em sua participação, nesta quinta-feira (16), na Semana do Alimento Orgânico do Distrito Federal. Com os programas de compras institucionais, os agricultores familiares têm como produzir orgânicos e conquistar mercados | Fotos: Divulgação/Emater-DF Ele falou do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), bem como sobre como agricultores familiares podem se apoiar neles para produzir orgânicos e conquistar mercados, mecanismos legais que obrigam os governos municipais, estaduais e do Distrito Federal a adquirirem alimentos de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária. Juntos, Pnae, PAA e Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa/DF), do Governo do Distrito Federal (GDF), têm como objetivo garantir a segurança alimentar e, ao mesmo tempo, desenvolver o meio rural, sobretudo as comunidades mais pobres. [Olho texto=”“Quando um agricultor adere a um desses programas de compras governamentais, vários desses problemas deixam de existir porque ele recebe garantias. Isso permite que ele se programe”” assinatura=”José Nilton Campelo, extensionista da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “Para ilustrar o quanto eles são importantes, em 2010 fizemos a primeira chamada pública do Pnae, para fornecer alimentos para escolas do DF. Era um contrato de R$ 938 mil com uma entidade que tinha 101 agricultores vinculados, para fornecer dois produtos: goiaba e morango. Hoje, em 2021, o contrato é de R$ 23,9 milhões, envolve 16 organizações com 1,2 mil agricultores vinculados e já são 33 produtos na cesta. Para mim, isso ilustra a grandiosidade de um programa como esse”, analisa. Aproveitando as oportunidades José Nilton explica que o principal atrativo destas compras institucionais são as garantias que os agricultores recebem. “A agricultura é uma das atividades mais difíceis de se planejar, porque não depende só de recurso, mas também de uma série de outros fatores, como as intempéries. Então, ele não sabe se vai colher; se colhe, não sabe se vai vender; se vende, não sabe se vai receber. Quando um agricultor adere a um desses programas de compras governamentais, vários desses problemas deixam de existir porque ele recebe garantias. Isso permite que ele se programe”. Nenhum desses programas obriga o governo a adquirir alimentos orgânicos, embora no Pnae exista uma orientação para que 30% dos recursos usados na compra dos alimentos sejam destinados preferencialmente à aquisição de orgânicos. Mesmo assim, são oportunidades importantes aos agricultores familiares que pensam em produzir organicamente. “Embora não haja essa obrigatoriedade, é uma oportunidade, porque os agricultores que fornecem para estes programas de compra conseguem se organizar e vender também fora deles. E, ao vender fora deles, eles percebem que o mercado está cada vez mais pedindo orgânicos. Então eles recebem a oportunidade de, por meio dos recursos dos programas de compras institucionais, se organizarem para produzir orgânicos”, relaciona José Nilton. O trabalho de extensão rural desenvolvido pela Emater-DF junto aos agricultores garante assistência técnica desde o planejamento até a comercialização dos produtos Participação importante e apoio da Emater-DF Para se ter uma ideia da participação de orgânicos nessas compras, no PAA Termo de Adesão, modalidade destinada a atender a demanda de programas sociais que compra exclusivamente de agricultores familiares com DAP física, o crescimento dos valores aplicados em compras de orgânicos foi significativo. Em 2014, tinham sido gastos R$ 1,28 milhão para compra de alimentos convencionais e R$ 42 mil de orgânicos. Em 2020, enquanto o valor pago a alimentos convencionais foi de R$ 1,83 milhão, aos orgânicos foi de R$ 339,39 mil. A soma ainda é menor, porém o crescimento já é maior, indicando que esta é uma tendência. Entre 2012 e 2020, Papa DF, Pnae e PAA adquiriram R$ 7,91 milhões em produtos orgânicos de agricultores preferencialmente familiares do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Agricultores que desejam entrar nesse mercado contam com o apoio da Emater-DF, que dá assistência técnica desde o planejamento do que e como plantar até a estruturação da propriedade, comercialização e inserção nos programas de compras e no mercado. “Existe um trabalho enorme da extensão rural por trás disso. A Emater-DF tem um papel exaustivo e fundamental no funcionamento dessa cadeia. A extensão rural está presente em todas as fases desse processo”, finaliza José Nilton. Semana do Alimento Orgânico do DF A Semana do Alimento Orgânico do DF, que este ano tem como tema “Sabor e Saúde em Sua Vida”, termina nesta sexta-feira (17). Durante o evento, que é virtual e pode ser acompanhado por qualquer pessoa, estão sendo realizadas palestras e debates a respeito da produção, comercialização e importância dos orgânicos para as pessoas e para o meio ambiente. Basta acessar o site da Exposição Agropecuária de Brasília (Expoabra 2021), fazer a inscrição gratuitamente e assistir às mesas de discussão. *Com informações da Emater-DF
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GDF injeta R$ 34,2 milhões na agricultura familiar local
É no quintal de sua casa, no Setor de Chácaras P Norte, em Ceilândia, que Fábio Lima, 42 anos, garante o sustento de sua esposa e filha. Assim como milhares de agricultores familiares, ele também foi afetado economicamente pela pandemia do novo coronavírus. Antes da disseminação da covid-19, o produtor entregava sua mercadoria em cinco estabelecimentos. Atualmente, vende seus produtos apenas para um, pois os outros não conseguiram sobreviver à crise. Fábio Lima: “No começo da pandemia foi bem difícil, mas agora estamos conseguindo superar essa situação” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Fábio é um dos 4,2 mil agricultores familiares que recebem ajuda do Governo do Distrito Federal (GDF) para driblar este momento difícil que assola o mundo. Ele participa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que promove a alimentação saudável e incentiva a agricultura familiar. “É o que nos garante ter mais comida na mesa”, conta. “No começo da pandemia foi bem difícil, mas agora estamos conseguindo superar essa situação”. O governo investiu fortemente em benefícios como o PAA e o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa). Ao todo, foram R$ 4 milhões em compras de frutas, verduras e legumes, diretamente de pequenos produtores atendidos por esses dois projetos. De um lado, eles conseguiam vender seus alimentos; do outro, as pessoas de baixa renda se alimentavam com as cestas verdes distribuídas pelo GDF. Este ano, as previsões sinalizam R$ 1,5 milhão para o PAA, R$ 2 milhões para o Papa e R$ 23 milhões para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que no ano passado chegou ao montante de R$ 20,2 milhões. Atendimento mantido [Olho texto=”“A gente sabe da dificuldade histórica que é para o pequeno produtor lidar com essas tecnologias, então foi um grande avanço de inclusão” ” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] Mesmo no auge da pandemia, os agricultores familiares continuaram recebendo visitas de instrução de cultivo e comercialização de representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater). Esse foi o caso de Ney Fábio Borges, 44 anos – um dos 5,6 mil produtores atendidos em 2020 – que produz ovos caipiras no Núcleo Rural Monjolinho, em Ceilândia. “Esses atendimentos são muito importantes”, destaca ele. “Como produtor de pequeno porte, não tenho condições de pagar por essa assistência e veterinários. É um suporte fundamental”. A Emater também promoveu o curso on-line de Boas Práticas de Fabricação na Agroindústria, que era presencial. Foram mais de 350 participantes. “A gente sabe da dificuldade histórica que é para o pequeno produtor lidar com essas tecnologias, então foi um grande avanço de inclusão”, explica a presidente da Emater, Denise Fonseca. “O curso é essencial para aqueles que trabalham com alimentos, que buscam o registro de formalização de agroindústria ou que precisam fazer reciclagem”. Ações [Numeralha titulo_grande=”40 mil ” texto=”pessoas já foram atendidas pelo programa Cesta Verde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Candido Teles, lembra que a venda dos produtos vindos da agricultura familiar foi prejudicada devido ao fechamento de pequenos mercados e comércio, mas o governo agiu rapidamente para solucionar essa situação. “De imediato e por determinação do governador Ibaneis Rocha, lançamos a Cesta Verde”, ressalta. “O programa compra as mercadorias dos agricultores e as distribui para famílias em situação de vulnerabilidade social. Já conseguimos atender 40 mil pessoas.” A Emater criou o site Põe na Cesta, no qual os consumidores compram diretamente dos produtores cadastrados. “Além de diminuir os impactos da pandemia, o site também ajuda os agricultores a acompanhar a nova tendência de comercialização – que vem ganhando cada vez mais espaço on-line”, avalia Denise Fonseca. Incentivos do governo garantem o aumento da produção dos pequenos agricultores Na área da floricultura, foram feitas campanhas para incentivar o delivery de flores, ajudando na comercialização desses produtos e reduzindo a sensação de isolamento. No âmbito do crédito rural, pelo menos 200 projetos de financiamento rural foram aprovados, totalizando R$ 7,2 milhões liberados para custeio e investimentos. Já pelo Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR) – linha de crédito da Secretaria de Agricultura (Seagri) –, cerca de 1,5 milhão foram destinados a projetos do setor agropecuário no ano passado. E, para que os produtores continuassem a investir, a Emater fez um acordo com o Banco de Brasília (BRB). Foram 30 projetos aprovados, num total de R$ 1,3 milhão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Esses produtores têm sua renda básica vinda diretamente da agricultura”, pontua a presidente da Emater. “Eles colocam a mão na terra, produzem alimentos para a cidade e geram emprego e renda, o que impulsiona a economia do país. Investir em qualquer tipo de cultivo demanda investimento, coisa que o pequeno produtor, sem a ajuda do governo, não tem. Ao investir na agricultura familiar, investimos na alimentação da população.” Confira, abaixo, os investimentos do GDF na área da agricultura familiar em 2020. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): R$ 2 milhões Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa): R$ 2 milhões Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae): R$ 20,2 milhões Crédito rural: R$ 7,2 milhões Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR): R$ 1,5 milhão Linha de crédito do Banco de Brasília (BRB): R$ 1,3 milhão.
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GDF comprou 1,8 mil toneladas da produção rural do DF
As entregas das cestas verdes começaram em 30 de março e a última leva saiu nesta terça (15) | Foto: Renato Alves/Agência Brasília A agricultura precisou se reinventar neste ano. Por causa da pandemia, estabelecimentos e entidades fecharam as portas temporariamente e o escoamento de produções ficou prejudicado. Para manter o desenvolvimento de milhares de produtores rurais e enfrentar a insegurança alimentar e nutricional, o GDF implementou o programa Cesta Verde. Como resultado, mais de 132 mil unidades com frutas, verduras e legumes foram distribuídas, com a maior aquisição de alimentos da história. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) executou R$ 4 milhões neste ano ao adquirir 1.836 toneladas de alimentos. Foram R$ 2 milhões de verba federal do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), vinculado ao Ministério da Cidadania, e outros R$ 2 milhões de recurso emergencial do GDF pelo o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (PAPA). As entregas começaram em 30 de março e a última leva saiu nesta terça (15). “Tivemos o maior volume comercializado em função da potencialização da política de compra e distribuição, com uma frente para mitigar os efeitos da pandemia entre os produtores rurais, que precisavam escoar alimentos, e entre famílias e entidades que dependem desses itens”, explica o subsecretário de Política Sociais Rurais, Abastecimento e Comercialização da Seagri, João Pires. Os itens foram distribuídos pelo Banco de Alimentos das Centrais de Abastecimento (Ceasa), pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e por instituições parceiras a 167 entidades e 45 mil pessoas. Além do recurso investido em frutas, verduras e legumes, uma emenda parlamentar de R$ 350 mil do deputado Fernando Fernandes permitiu a aquisição de 118 mil litros de leite. Foi feita parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) para fazer escoamento desse material. Lidiane Pires, da Ceasa: “foi preciso criar formas para o alimento ser distribuído para chegar na ponta” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Ainda bem que tínhamos um equipamento público de segurança alimentar bem estruturado”, diz a diretora de Segurança Alimentar da Ceasa, Lidiane Pires. Ela conta que a expectativa era operar com 20 toneladas por semana e atender cerca de 120 instituições. Com a pandemia, que fechou entidades, restaurantes e feiras, a realidade foi de 33 instituições, 2,8 mil pessoas atendidas e 4,8 toneladas por semana. Assim, as produções corriam o risco de se perder, com prejuízos milionários. Por isso foi preciso criar formas para o alimento ser distribuído para chegar na ponta. “Colocamos em ação o projeto, que ainda era embrionário, para escoar a produção que não podia ser distribuída na forma tradicional, de caixarias. Foi assim que as Cestas Verdes surgiram”, explica a diretora. Estudos foram feitos para que fosse eficiente para produtores e com variedade para as famílias. Semanalmente, foram cerca de 1,2 mil cestas com oito itens. “A agricultura não parou este ano”, Candido Teles, secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Balanço positivo Secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Candido Teles valoriza a potencialização da força de trabalho que permitiu garantir mais agilidade e efetividade nas compras e na distribuição das cestas. “A agricultura não parou neste ano. Esses programas de distribuição de renda e alimentos são de todos nós, de um governo que pensa em todos e sabe que é preciso escolher prioridades”, diz. Neste ano, uma portaria conjunta para enfrentamento à insegurança alimentar oriunda da pandemia com a Sedes permitiu que cestas complementassem o programa Prato Cheio. Secretária-executiva da pasta, Ana Paula Marra afirma que a medida acontece por meio de cadeia que beneficia tanto o pequeno produtor rural quanto a parcela da sociedade assistida pela rede de proteção social. “Conjugamos os interesses para o alimento chegar àqueles que mais precisam, garantindo a segurança alimentar”. “O governo estimulou a manutenção da produção, garantindo o abastecimento da cidade e mitigando no campo os efeitos da pandemia. Na outra ponta, fez com que chegassem alimentos de qualidade, saudáveis e nutritivos a quem mais precisa. Nossos produtores continuavam a produzir, mas o problema era a comercialização. Achávamos que era impossível, mas impossível é questão de perspectiva”, observa a presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), Denise Fonseca. “O governo estimulou a manutenção da produção, garantindo o abastecimento da cidade e mitigando no campo os efeitos da pandemia”, destacou Denise Fonseca, da Emater-DF| Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
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