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Via Sacra de Planaltina

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Via Sacra de Planaltina terá reforço de 80 refletores

Em apoio à realização da Via Sacra de Planaltina — um dos maiores espetáculos religiosos a céu aberto do país — a CEB Ipes instalou 80 refletores de iluminação provisória no Morro da Capelinha, palco da tradicional encenação da Paixão de Cristo no Distrito Federal. O reforço na iluminação tem o objetivo de garantir mais sensação de segurança, visibilidade e conforto para o público estimado em milhares de pessoas e voluntários envolvidos na montagem do espetáculo. O Morro da Capelinha é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do DF, e a Via Sacra, realizada há mais de 50 anos, é um dos eventos mais emblemáticos do calendário religioso e cultural da região. Além dos 80 refletores, a CEB Ipes também realizou vistorias preventivas no entorno e garantiu o funcionamento pleno do sistema de iluminação pública da região | Foto: Divulgação/CEB Ipes De acordo com o presidente da CEB, Edison Garcia, a iluminação pública vai além do serviço essencial. Ela promove segurança, acolhimento e possibilita o uso pleno dos espaços urbanos: “Em um evento dessa magnitude, com grande circulação de pessoas, é fundamental garantir uma estrutura segura e eficiente”. Além dos 80 refletores, a CEB Ipes também realizou vistorias preventivas no entorno e garantiu o funcionamento pleno do sistema de iluminação pública da região. *Com informações da CEB Ipes

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Governo do DF define protocolo de segurança da Via Sacra de Planaltina

Com definição das estratégias de segurança e organização do trânsito durante a encenação da Paixão de Cristo, em Planaltina, foi concluído o protocolo de operações integradas (POI), que será colocado em prática na próxima sexta-feira (18). Sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), o plano foi elaborado a partir de reuniões de alinhamento entre representantes das forças de segurança e diversos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), como as secretarias de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), Saúde (SES-DF), de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) e Turismo (Setur-DF), o Serviço de Limpeza Urbano (SLU), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), a Companhia Energética de Brasília (CEB), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), o Conselho Tutelar, a Administração Regional de Planaltina e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Colocamos como prioridade as medidas necessárias com base na experiência de anos anteriores, e o aprimoramento de ações para que a população possa participar com tranquilidade dessa grande festa religiosa”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. “A Via Sacra é uma das maiores manifestações religiosas de Brasília, com público que se desloca de várias regiões administrativas. Portanto, é fundamental garantir segurança e tranquilidade a todos. Tenho certeza de que será um espetáculo seguro.” Cidade da Segurança A Cidade de Segurança será montada para atender a população durante toda a Sexta-feira Santa | Fotos: Paulo Jamir/SSP-DF No dia do evento, será montada a Cidade da Segurança, estrutura que servirá como base operacional para o efetivo das forças de segurança e demais órgãos participantes. A Polícia Militar do DF (PMDF) estará no local a partir das 6h de sexta-feira, com um comando móvel tanto na base quanto no alto do morro, próximo ao local da encenação. As equipes terão suporte de imagens aéreas captadas por drones institucionais. O uso de drones particulares estará proibido durante o evento. O policiamento será reforçado por unidades especializadas, como os batalhões de Trânsito, Cavalaria, Aviação, Rural, BPCães e BPChoque, além de apoio de outras unidades da corporação. Revistas Não será permitida a entrada com objetos perfurocortantes, facas ou garras e copos na celebração religiosa Haverá linha de revista para a entrada no Morro da Capelinha, não sendo permitida a entrada com objetos perfurocortantes, como facas e copos ou garrafas de vidro. “Estamos seguindo o melhor formato para garantir a segurança dos participantes, que já contribuem muito com a PMDF na hora dessas abordagens, pois já entendem que esse procedimento é importante para garantir a segurança de todos”, afirma o comandante do 14º Batalhão, responsável pela área, tenente-coronel Davis Heberton. Atendimento médico e prevenção A atuação do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) será integrada à da Secretaria de Saúde, com postos de atendimento pré-hospitalar na Cidade da Segurança Pública e em pontos estratégicos ao longo da encenação. As equipes também terão à disposição viaturas de salvamento em altura e de combate a incêndio, dada a topografia acidentada do local. O CBMDF recomenda que os participantes se protejam do sol com roupas leves, protetor solar e hidratação constante. Crianças e idosos devem receber atenção especial. Em caso de emergência, o acionamento pode ser feito pelo número 193. A Polícia Civil também atuará com reforço nas delegacias de Planaltina e Sobradinho. A Divisão de Operações Especiais (DOE), da PCDF, realizará rondas locais para contribuir com a segurança. Trânsito e mobilidade Para garantir a fluidez do tráfego e a segurança dos participantes, haverá mudanças significativas no trânsito da região. A DF-230, principal via de acesso ao Morro da Capelinha, terá sentido único a partir das 12h de sexta (18), no trecho entre a DF-128 e a DF-130. Após o encerramento do evento, por volta das 21h, o fluxo será reconfigurado. A PMDF e o DER atuarão nas vias de acesso ao morro, enquanto a PRF ficará responsável pela BR-020, ponto crítico devido à proximidade com o local da encenação. O primeiro acesso ao morro será exclusivo para pedestres e veículos credenciados. O segundo será liberado para ônibus e demais veículos, com orientação de agentes de trânsito sobre os locais de estacionamento — divididos entre geral, produção e público com mobilidade reduzida, que deverá apresentar credencial especial. Uma rota de emergência será mantida nesse segundo acesso. “É essencial que os condutores respeitem a sinalização e fiquem atentos à circulação de pedestres” Glauber Peixoto, diretor de Policiamento e Fiscalização do Detran-DF “O Detran será o responsável pela sinalização e controle do tráfego nas quatro vias internas de acesso. Uma será exclusiva para pedestres, e as demais serão usadas por veículos, produção e em situações de emergência. É essencial que os condutores respeitem a sinalização e fiquem atentos à circulação de pedestres”, alertou o diretor de Policiamento e Fiscalização do Detran-DF, Glauber Peixoto. “É importante também que as pessoas cheguem com antecedência e estacionem em locais permitidos e que estejam atentas aos pedestres.” *Com informações da Secretaria de Segurança Pública

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Caminho iluminado para a via-sacra em Planaltina

Os mais de 150 mil fiéis esperados para a via-sacra no Morro da Capelinha, em Planaltina, encontrarão o caminho com iluminação especial. A Companhia Energética de Brasília (CEB) instalou 161 luminárias de LED no local para aumentar a sensação de segurança de quem vai participar da 51ª edição do evento, tombado como Patrimônio Cultural Imaterial de Brasília. Novos equipamentos vão até a capelinha, oferecendo iluminação mais eficiente | Foto: Divulgação/CEB A instalação demandou investimento de R$ 127 mil, verba originária de taxas de Contribuição de Iluminação Pública (CIP).  “Fiéis de todas as idades e de diversas condições de mobilidade se reúnem no local para um exercício de fé”, pontua o presidente da CEB, Edison Garcia. “Uma iluminação mais eficiente facilita o deslocamento das pessoas, principalmente para quem tem dificuldades de locomoção. É muito gratificante oferecer serviços que impactam positivamente a vida da população”. Além da melhoria definitiva no local, a CEB, anualmente, instala refletores temporários para auxiliar na encenação. A ação é contratada pela Administração Regional de Planaltina e pelo grupo que faz a encenação religiosa.  *Com informações da CEB

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Os bastidores da fé

Um espetáculo de união, arte e fé. Após dois longos anos de espera, finalmente milhares de cristãos puderam renovar votos de esperança, paz e amor com a volta da realização presencial da Via Sacra no Morro da Capelinha, nesta sexta-feira (15), em Planaltina. Sentimentos mais do que auspiciosos, depois de tempos difíceis enfrentados com a chegada inesperada da pandemia. O momento agora era de reflexão e de celebração da vida, a exemplo de Cristo renascido. E, ninguém melhor para descrever a emoção de reviver essa história milenar de morte e ressurreição do que o próprio Jesus, interpretado por Marcelo Augusto Ramos. “Foi tocante ver a participação do público, a emoção das pessoas e saber que teve efeito mágico após a pandemia que trouxe tristezas e dificuldades para tantas pessoas, inclusive, vários membros do grupo não participaram este ano porque partiram”, lamenta o ator Marcelo Augusto Ramos, que interpretou Jesus | Foto: Hugo Lira/Secec “Eu como cristão, poder interpretar o ícone da nossa fé é maravilhoso, indescritível, e esse ano teve um gosto especial porque estávamos muito angustiados por conta desse período que não houve a Via Sacra. A volta foi emocionante”, revela. “Foi tocante ver a participação do público, a emoção das pessoas e saber que teve efeito mágico após a pandemia que trouxe tristezas e dificuldades para tantas pessoas, inclusive, vários membros do grupo não participaram este ano porque partiram”, lamenta o ator amador, de 34 anos. [Olho texto=”Ao todo, mais de mil atores ajudaram na dramatização do evento, que é o maior do segmento religioso no DF e um dos mais emblemáticos do Centro-Oeste. Outros 400 participantes, caracterizados com figurinos de época, participaram da parte técnica do evento” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Foram seis meses de preparação para a realização da encenação. Desses, 40 dias só de ensaio, como Jesus no deserto. Ao todo, mais de mil atores ajudaram na dramatização do evento, que é o maior do segmento religioso no DF e um dos mais emblemáticos do Centro-Oeste. Outros 400 participantes, caracterizados com figurinos de época, participaram da parte técnica do evento, que reuniu milhares de fiéis ao longo de todo o dia. Gente como a professora Ingrid Paula Pereira da Silva, 26 anos, desde criança, figurante da festa que há quase 50 anos mobiliza e emociona público, cristãos e artistas. “Participo desde os seis anos e é uma tradição na nossa família”, conta a jovem, que viveu uma das várias leprosas pelo caminho de Jesus mutilado pela dor e sofrimento até o caminho da cruz. “É um evento muito bonito que marca todos os cristãos, não tem como não deixar se envolver, sensibiliza muita gente, com a fé que há dentro de cada um”, diz. [Olho texto=”“Todo o governo abraça esse momento como algo de muita significância, de retorno das nossas vidas, das atividades e da esperança”” assinatura=”Aquiles Brayner, subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Presente na Via Sacra, o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, Aquiles Brayner, vê a reabertura de mais esse equipamento cultural da cidade não apenas como um símbolo de renovação da fé das pessoas, mas também, como dias melhores. “É a reinvenção do sujeito, do cidadão. Todo o governo abraça esse momento como algo de muita significância, de retorno das nossas vidas, das atividades e da esperança”, defende. A fé move montanhas e o povo de Deus, que subiu o Morro da Capelinha em devoção compungida | Foto: Tony Oliveira | Agência Brasília Fé que move montanhas A fé move montanhas e o povo de Deus, que subiu o Morro da Capelinha em devoção compungida. Dezenas, milhares de pessoas em uma volumosa “procissão se arrastando pelo chão que nem cobra pelo chão, acreditando nas coisas lá do céu”, já cantava Gilberto Gil. Era como se fosse um corpo só. [Olho texto=”“É uma grande renovação de fé nos corações dos fiéis. A Via Sacra mexe com o mais profundo do nosso ser. É a capacidade que a arte tem, que a encenação tem de tocar o coração das pessoas, de fazer com que elas se emocionem e revivam aquilo que aconteceu há 2 mil anos”” assinatura=”Dom Paulo César, Arcebispo de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] A emoção começou a tomar conta do lugar pouco depois das 16h, com o público se aglomerado no primeiro ato, vendo Cristo encarcerado tal um cordeiro prestes a seguir para o matadouro. Uma jovem registrou o momento do cárcere: “Tadinho, vão judiar dele demais!”, comenta em voz alta, sem esconder a aflição. Apesar de ser um roteiro conhecido por todos há séculos, os fiéis não se cansam de ouvir a história. A mais bela da humanidade, passada de geração em geração e que reúne ingredientes como morte e ressurreição, dor e redenção, amor e paixão. “Nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso”, ensina a oração do Credo. [Olho texto=”“É uma história que encanta pessoas há séculos, vai ser bom para enriquecer os conhecimentos dela e fazer crescer a fé”” assinatura=”Lucas Ferreira de Lima, analista de sistemas, que levou a filha Ana Julia, 9 anos, para acompanhar a Via Sacra” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com a filha Ana Julia, de 9 anos, nos ombros, o analista de sistemas Lucas Ferreira de Lima, 40 anos, acompanhava cada um dos atos da Paixão de Cristo com devoção. Disse que fez questão de trazer a filha para o evento religioso por conta de dois aspectos: pela beleza milenar da história em si, que atravessa eras, dinastias e tempos infinitos, e também pela questão cultural. “Recentemente ela fez um trabalho na escola sobre os pontos turísticos da cidade e teve que pesquisar sobre a Pedra Fundamental e a Via Sacra”, revela o pai. “É uma história que encanta pessoas há séculos, vai ser bom para enriquecer os conhecimentos dela e fazer crescer a fé”, garante. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Uma senhora, tomada de emoção convulsiva, tal qual Moisés abrindo o Mar Vermelho, ia rasgando a multidão como um celular na mão e gritando. “Pelo amor de Jesus Cristo, me deixe tirar uma foto de Cristo!”, alardeava ela, que fez o registro e saiu com a alma lavada. Literalmente, porque logo uma chuva branda caiu no crepúsculo do dia, banhando a multidão. “A Via Sacra é um momento bonito de união, de arte e de fé. Muito feliz de ver a fé do nosso povo, de ver o sentimento religioso do nosso povo que vem aqui para reviver todo o processo de Jesus Cristo com sua morte e ressurreição”, destacou o arcebispo de Brasília, Dom Paulo César, em visita ao local pela primeira vez. “É uma grande renovação de fé nos corações dos fiéis. A Via Sacra mexe com o mais profundo do nosso ser. É a capacidade que a arte tem, que a encenação tem de tocar o coração das pessoas, de fazer com que elas se emocionem e revivam aquilo que aconteceu há 2 mil anos”, resume.  

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Emoção marca o retorno da encenação da Paixão de Cristo

Leia mais: Via Sacra de Planaltina leva 100 mil pessoas ao Morro da Capelinha

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GDF Presente prepara a estrutura da Via Sacra

Depois de dois anos sem ocorrer presencialmente, em função da pandemia do novo coronavírus, a Via Sacra será realizada no dia 15 de abril. Para atender as 100 mil pessoas esperadas no Morro da Capelinha, em Planaltina, o GDF Presente faz um mutirão para organizar a estrutura do evento, como a manutenção dos acessos para veículos e pedestres, substituição de luminárias, roçagem, retirada de entulho e instalação de banheiros químicos, entre outros. A ação do GDF Presente tem o objetivo de facilitar a chegada e a saída dos fiéis, tanto os que vão de carro quanto os que forem andando ao Morro da Capelinha | Fotos: GDF Presente A população beneficiada com as melhorias no morro e em áreas de estradas de acesso é ainda maior. Alcança em torno de 400 mil moradores dos bairros adjacentes e setores de chácaras. Para deixar tudo pronto para a Paixão de Cristo, serão investidos R$ 800 mil, obtidos por meio de emendas parlamentares dos deputados Cláudio Abrantes, Agaciel Maia e João Cardoso. [Olho texto=” “Vamos deixar tudo limpo para receber a população, mas confiamos na conscientização dos participantes em não jogar o lixo no chão” – Silvio Vieira, diretor-presidente do SLU” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O mutirão é formado por Administração Regional de Planaltina, Secretaria de Agricultura, Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), Companhia Energética de Brasília (CEB), Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Corpo de Bombeiros (CBMDF) e Polícia Militar (PMDF). A ação tem como objetivo facilitar a chegada e a saída dos fiéis, tanto para os que vão de carro quanto para os que forem andando ao Morro da Capelinha. “Estamos fazendo uma série de coisas, preparando os acessos, providenciando patrolamento (manutenção e conservação de vias não pavimentadas) com a máquina; colocando materiais, que estamos conseguindo com o SLU, como a brita 2; tirando entulho, promovendo roçagem, retirando lixos”, explica o coordenador do Polo Norte do GDF Presente, Ronaldo Alves. “O DER fez um acesso novo na DF-230 para facilitar a chegada e a saída do público aqui. Vamos preparar o caminho das pessoas que virão a pé ao Morro da Capelinha, diretamente dos bairros Maria de Fátima, Vale do Amanhecer, Morada Nobre, Aprodarmas, e temos que ajudá-las a minimizar os problemas com a locomoção”, detalha. [Olho texto=”“Queremos fazer uma volta triunfal da Paixão de Cristo presencialmente no Morro da Capelinha. Mas seguiremos com todos os cuidados, pois a pandemia continua” – Preto Rezende, coordenador geral da Paixão de Cristo” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Planaltina conta com 109 garis, que atuam na varrição, catação e na pintura de meio-fio no dia a dia. “Estamos com duas duplas de garis dentro do bairro que dá acesso à capelinha. Já estamos com 80% dos serviços de limpeza prontos, só falta a pintura de meio-fio, que vamos deixar para um dia antes do evento”, explicou o diretor do Distrito de Limpeza de Planaltina, Egmo Mário Lopes. O SLU também pede aos fiéis que tenham consciência no descarte dos resíduos durante a Via Sacra. “Vamos deixar tudo limpo para receber a população, mas confiamos na conscientização dos participantes em não jogar o lixo no chão”, disse o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira. Responsável pela construção de um novo acesso ao Morro da Capelinha na DF-230, o DER tem o intuito de melhorar o fluxo e dar mais segurança aos presentes no evento. “O que estamos fazendo é um alargamento de pista, com uma faixa central. Tudo isso está sendo realizado para que o retorno presencial da Via Sacra seja um sucesso para todos que quiserem frequentar”, declarou o chefe do 1º Distrito Rodoviário do DER, Alessandro Ribeiro de Souza. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Quem também está empolgado com o retorno presencial da Via Sacra, após dois anos, é o coordenador geral do evento, Preto Rezende. “A expectativa para o retorno desse grande evento, no dia 15 de abril, é alta. Queremos fazer uma volta triunfal da Paixão de Cristo presencialmente no Morro da Capelinha. Mas seguiremos com todos os cuidados, pois a pandemia continua”, enfatiza Rezende, acrescentando que há um grupo de 1.400 voluntários ajudando na organização.

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Via Sacra no Morro da Capelinha não será realizada este ano

Em atenção ao atual cenário pandêmico, a encenação da Via Sacra no Morro da Capelinha foi cancelada, evitando assim aglomeração de pessoas, como orientam os órgãos oficiais de saúde. As Forças de Segurança estarão no local durante todo o dia reforçando a medida. “Mesmo com o cancelamento da Via Sacra no Morro na Capelinha, que é um dos principais cenários da encenação da Paixão de Cristo no DF, pode haver aglomeração de pessoas, como ocorre anualmente. A Segurança Pública está alinhada com as medidas do Governo do Distrito Federal que prevê, entre outras medidas, o distanciamento social”, disse o secretário de Segurança, o delegado Anderson Torres. Para reforças a medida, a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil enviou um alerta – via SMS – aos brasilienses nesta quinta-feira (9). “Anualmente temos grande quantidade de apresentações religiosas nesta data, mas o momento requer cautela e repeito às orientações para evitar a disseminação do novo coronavírus”, explicou o subsecretário do Sistema de Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) não permitirá o acesso de veículos ao morro e fará rondas preventivas nas proximidades.   Policiais e bombeiros militares estarão no local, para apoiar a ação. A Administração Regional de Planaltina fez um comunicado, por meio das rádios comunitárias locais e redes sociais, sobre o cancelamento do evento e pedindo que os moradores permaneçam em casa. * Com informações da Secretaria de Segurança

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Via Sacra de Planaltina faz jus à tradição e entrega belo espetáculo

Encenação da Via Sacra no Morro da Capelinha, em Planaltina, nessa sexta-feira (19). Foto: Divulgação Mais de quatro horas de apresentação e 1,4 mil voluntários envolvidos. A tradicional Via Sacra do Morro da Capelinha, realizada há 46 anos, tombada como patrimônio cultural imaterial de Brasília, levou emoção a milhares de pessoas, que assistiram em Planaltina, nessa sexta-feira (19) a encenação de julgamento, condenação, execução e ressurreição de Jesus Cristo.  Nos bastidores, pouco antes do evento começar para o grande público, o clima era de ansiedade. Reunidas no Centro Educacional 01 de Planaltina, as equipes de produção, organização e atores faziam os últimos ajustes e repassavam as cenas que seriam apresentadas mais tarde no Morro da Capelinha. Entre trocas de figurinos e retoques de maquiagens, os voluntários falavam sobre o sentimento em trabalhar no evento. A dona de casa Eronilda dos Santos participa há 19 anos da Via Sacra e não escondeu a emoção ao falar da realização do sonho que foi entrar para o grupo, onde interpreta uma aldeã. “Sempre assisti a Via Sacra e achava muito bonito e emocionante. Disse em uma ocasião aos meus amigos e familiares que um dia estaria do outro lado, representando. Hoje estou aqui, realizando esse trabalho tão bonito”, contou. Novidades Uma das novidades da Via Sacra é a presença do demônio, interpretado por Leandro Lira, 32 anos, que há 12 participa das encenações. Com uma caracterização muito diferente dos demais, que conta com lentes de contato e unhas postiças, o ator e dançarino encara o papel como um desafio. Ele explica que é um personagem com uma carga muito forte, que exige preparo físico e espiritual. “Realizar essas obras é o que nos fortifica como cristãos, e poder evangelizar é o combustível para fortalecer tudo o que eu faço”, conta.   Pouco antes do grupo de 900 atores, divididos em 72 coordenações  se dirigir ao Morro da Capelinha, o coordenador do evento Antônio Carlos lembrou que para a realização da Via Sacra foi montada uma estrutura robusta, pronta para receber as mais de 100 mil pessoas esperadas para a ocasião. “Estamos muito felizes em ver que o que planejamos vai ser concretizado. O apoio e empenho da Secretaria de Cultura e do GDF para isso acontecer foi fundamental”, disse emocionado. O secretário de Cultura, Adão Cândido, acompanhou os preparativos e falou da relevância da celebração da Via Sacra para a cultura do Distrito Federal. Para ele, a encenação, que é tombada como patrimônio cultural imaterial, deve ser valorizada. Segundo ele, o fato de pessoas de outras religiões, regiões administrativas e estados acompanharem o evento mostra a força da encenação. “Este tipo de atividade, que valoriza e fomenta a cultura local, deve ser prioridade”, acrescentou.  Emoção A adolescente Talita Nascimento, 16 anos, aproveitou para cumprir uma penitência. Subiu o Morro da Capelinha descalça rezando o terço. Segundo a jovem, o esforço valeu a pena. “Estou me sentindo bem espiritualmente. Dói, mas é por um propósito. Venho desde pequena acompanhar a encenação, mas é a primeira vez que fiz uma promessa” contou. Depois de quase 25 anos seguidos de subidas ao morro para acompanhar a Via Sacra, a vigilante Aparecida Ferreira Aquino conta, bem humorada, que não é fácil chegar ao topo. Entretanto, as visitas são gratificantes. “Fiz um propósito e, na época, eu não tinha fé que aconteceria, mas se concretizou. Venho todos os anos desde então e também para buscar mais bençãos”, confessou. O momento preferido do servidor público William Rosa da Silva é quando Cristo renasce. Para ele, a data comemorativa é motivo de alegria. “É a 43a  vez que venho, ou seja, desde o início do Morro da Capelinha. É um sentimento de conforto, de renovação carismática. Nesse mundo complicado que vivemos, renovar a fé é fundamental”, opinou. Qualidade Foi um espetáculo dinâmico, iniciado pela entrada dos soldados romanos, alguns a cavalo, do povo pobre de Jerusalém e dos prisioneiros. No primeiro momento, Cristo é acusado de ser perigoso e de se proclamar rei dos judeus. Ele foi preso em uma cela, enquanto eram proferidas acusações. O cenário seguinte é o palácio onde Herodes, o rei de Israel, desfruta de comida e bebida abundantes enquanto indigentes perambulam sem qualquer piedade por parte da realeza. Entre os julgamentos junto aos príncipes e ao governador romano da província da Judeia, Pôncio Pilatos, Jesus foi açoitado, maltratado e teve a condenação pedida pelos populares.  O momento de crucificação foi um dos momentos de maior emoção do espetáculo. Já era noite quando Cristo começou a carregar a cruz. A saga até a execução da pena de Jesus prendeu a atenção dos presentes.  Um show de música católica e a exibição de vídeos produzidos pelas paróquias de Planaltina antecederam o momento da ressurreição de Jesus Cristo, na Sexta-feira da Paixão, no Morro da Capelinha. Efeitos especiais e fogos de artifício garantiram um desfecho ainda mais grandioso. O subsecretário de Promoção e Difusão Cultural da Secretaria de Cultura, Pedro Paulo, classificou a experiência como uma demonstração de cultura e fé. Ele explicou que a preparação para a encenação começa antes mesmo da Quarta-feira de Cinzas e reúne representantes de várias paróquias de Planaltina. “Foi um enorme esforço da Secretaria para executar este evento, com a população. É gratificante ver os esforços empregados em uma festa tão bonita, que reúne tantas pessoas de todo o DF”, concluiu.

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As pagadoras de promessa de Planaltina

Osimar Martins Nascimento paga promessas no Morro da Capelinha há 46 anos e, hoje, até ajuda na Via Sacra. Foto: Vinícius de Mello/Agência Brasília O mistério da fé não tem limite. Nem o tamanho da devoção dos fiéis que, para ter seus pedidos atendidos, são capazes de fazer qualquer tipo de sacrifício. E as penitências cristãs são inúmeras. Vão desde andar longas distâncias com os pés descalços, passando pela dificuldade de subir ladeiras íngremes com enormes pedras na cabeça, até o doloroso ritual de autoflagelação. Mas, mediante qualquer graça alcançada, toda dor desse martírio pessoal é esquecida como num passe de mágica ou nuvens passageiras. “Tenho muita fé porque tudo eu consigo. É a benção de Deus”, garante Osimar Martins Nascimento, uma das clássicas pagadoras de promessa do Morro da Capelinha, palco de uma das maiores celebrações religiosa do Distrito Federal. Nascida em Natal (RN), mas desde os seis anos vivendo em Brasília, há tempos que ela acalentava o sonho de um dia participar da via sacra de Planaltina, evento tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do DF. Devido a compromissos pessoais e profissionais, Osimar, porém, nunca arranjava disponibilidade para tanto, até um dia selar seu destino com um pacto divino que mudaria para sempre sua vida. “Eu não tinha tempo porque trabalhava no comércio. Então, fiz a promessa de não cortar o cabelo enquanto não conseguisse frequentar a via sacra. Foram dois anos sem cortá-lo. Meu cabelo ficou enorme, mas consegui”, festeja ela, sobretudo porque, agora, como gosta de dizer, está só envolvida com as “coisas de Deus”. “É o que eu mais gosto. Antes só vivia na farra, era namoradeira”, revela Osimar, há nove anos uma das mais ativas participantes da encenação. O resultado desse voto de devoção rendeu fruto e se multiplicou. Isso porque, de mera participante, Osimar Martins passou a figurante, atuando seis anos como uma das piedosas da peregrinação de Cristo. Aquelas mulheres de preto que, em dado momento da narrativa, lamentam, copiosamente, a triste jornada do Salvador rumo à crucificação. Hoje, ela é responsável pelo monitoramento de 23 idosas da Estação Nossa Senhora das Dores. “Fui ‘promovida’”, ri, sem esconder a felicidade. “Recebo essa missão com muita gratidão porque Deus tem me apoiado em tudo. Tudo que peço a Ele, recebo”, garante. Contexto emocional Tradição antiga que remonta aos tempos medievais, as promessas e todo o rito cristão que envolve essa dívida firmada com o Divino estão ligadas a um contexto religioso essencialmente emocional. Por isso, são bastante comuns périplos de fiéis pagando juramentos entre lágrimas de contrição e lamúrias de fervor. Uma cena que já virou rotina na via sacra de Planaltina. A paraibana Rita Viera de Sousa, 72 anos, que o diga. Só de lembrar dos votos que já fez nesses anos todos vivendo na cidade, embarga a voz. “Ah, meu filho, já recebi muitas graças”, confidencia à reportagem da Agência Brasília. E são muitas mesmas porque, devota de Santa Rita, desde a primeira edição oficial da via sacra de Planaltina que ela bate cartão como pagadora de promessa no evento. Ou seja, há exatos 46 anos. Nem lembra mais qual foi o primeiro voto que fez, mas não esquece a dificuldade que sofreu para andar os 6 km da sua casa até o Morro da Capelinha. “Meus pés encheram de bolhas”, conta ela, que confessa, não se envolve muito com a encenação em si. “Vou lá, pago a minha promessa e vou embora”, admite. [Olho texto=”A fé de dona Rita é tanta e tão inabalável que, volta e meia, ela é solicitada para fazer caridade até para quem não é da família.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A fé de dona Rita é tanta e tão inabalável que, volta e meia, ela é solicitada para fazer caridade até para quem não é da família. O que demonstra também o tamanho do seu espírito de solidariedade. Certa vez, o amigo de uma conhecida se machucou gravemente num acidente de trabalho. A situação era dramática, feia. Estava no caso, segundo diagnóstico médico, de a vítima perder o braço depois que um ferro ficou fincado em seu ombro.  “Minha colega me contou a história dizendo que ele estava muito mal. Eu falei que ele não ia ter o braço cortado porque Deus ia ajudar. Se ele ficasse bom eu ia pagar minha promessa no Morro da Capelinha”, lembra a religiosa. “Fiz a promessa numa segunda-feira e na quinta ele já tinha recebido alta sem nenhum problema no braço. No sábado, às 6h da manhã lá fui em pagar minha dívida com Deus”, diz orgulhosa.  

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Segurança terá esquema especial no Morro da Capelinha

Segurança será reforçada na Via Sacra do Morro da Capelinha. Foto: Tony Winston/Agência Brasília A Via Sacra no Morro da Capelinha, em Planaltina, deve receber 160 mil pessoas, nesta sexta-feira (18), segundo estimativa dos organizadores. O evento, que está na 46ª edição, é considerado um dos mais importantes do contexto cultural e religioso do Distrito Federal. A Secretaria de Segurança Pública coordenou, junto às Forças de Segurança, organizadores do evento e outros órgãos de governo, a elaboração do protocolo que norteará a operação. As ações serão monitoradas pelo Centro Integrado de Operações de Brasília (CIOB). Para garantir a segurança do público, bem como das aeronaves da segurança pública, o uso de drones está proibido. Assim como no Carnaval, a Polícia Militar vai montar a “Cidade da Polícia” na entrada do Morro Capelinha. O local servirá como base para os cerca de 350 policiais militares que atuarão antes, durante e depois da encenação. O policiamento no local vai começar um dia antes, já no início da montagem das estruturas. “Vamos reforçar, também, as ações em Sobradinho e Planaltina, pois o fluxo de pessoas de outras regiões aumenta e pode haver impacto na segurança dessas cidades”, garantiu o chefe da Seção Operacional da PMDF, tenente-coronel Wesley Santos. Unidades especializadas, como BPChoque e Rotam, atuarão nas imediações do Morro. O Batalhão de Motopatrulhamento Tático fará o reforço nos estacionamentos. O Corpo de Bombeiros atuará junto à Secretaria de Saúde e Cruz Vermelha em postos pré-hospitalares, que serão instalados na área. A corporação contará com 231 militares, 44 viaturas e aeronave. Os militares estarão distribuídos no local da encenação para atendimento e encaminhamento aos postos médicos, caso necessário. A Defesa Civil, por sua vez, realizou vistorias preventivas nos acessos ao local do evento, nas estruturas e nas instalações elétricas. A Delegacia Móvel, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), fará registro de ocorrências criminais no local. Também será possível realizar consulta de suspeitos, identificação de pessoas com mandado de prisão em aberto, entre outras pendências. As delegacias de Planaltina e Sobradinho receberão reforço de policiais. Mudanças no trânsito O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) fará a sinalização e o controle de veículos e de pedestres nas quatro vias intermediárias de acesso ao Morro. Uma das vias será exclusiva para o trânsito de pedestres. As demais serão destinadas ao trânsito de veículos, situações de emergência e para a produção do evento. Para a operação, o Departamento destinou 42 agentes, 20 viaturas, helicóptero, guinchos e empilhadeira, para remoção de veículos estacionados em locais proibidos. A DF-230, principal via de acesso ao Morro, terá sentido único a partir das 13h, no trecho entre o Colégio Agrícola e a rotatória com a DF-130. Ao término, a rodovia terá sentido único para os dois lados, sentidos BR-020 ou DF-130, a partir do Morro da Capelinha. O controle do tráfego de veículos e o suporte aos pedestres que chegam ao local a pé serão feitos pelos Comandos de Policiamento de Trânsito (CPTran) e Montado (Cavalaria). O Detran e a PMDF recomendam aos motoristas que cheguem com antecedência e observem a sinalização e o direcionamento dos agentes de trânsito. “O fluxo é alto nos momentos que antecedem o início do evento e, como as pessoas têm pressa, acabam estacionando em local proibido. Isso compromete o fluxo de pessoas e, principalmente, dos veículos de emergência. Veículos estacionados em locais proibidos podem ser guinchados”, alerta o chefe da comunicação social Detran, agente Glauber Peixoto.   *Com informações da Secretaria de Segurança

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“O filho de Deus está entre nós”

Mauro Lúcio da Silva Campos (à esquerda) foi o primeiro Jesus do Morro da Capelinha. A honra agora pertence a Marcelo Ramos. Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília Governador da província da Judeia sob o jugo do poderoso Império Romano, Pôncio Pilatos foi o juiz que selou o destino de Cristo, condenando-o à cruz, mas eternizando sua figura como símbolo duradouro da fé cristã. Quando surgiu a oportunidade de encenar um papel na Via Sacra de Planaltina, o advogado Marcelo Ramos não titubeou. Ao invés da toga de jurista, preferiu o manto simples de um carpinteiro. A estreia, no entanto, foi usando uma armadura. “Antes do papel de Jesus eu fui soldado”, conta o jovem de 31 anos, os últimos cinco como protagonista da paixão de Cristo no Morro da Capelinha. “Para mim não existe um advogado mais dedicado do que Jesus, que entregou sua própria vida para defender uma causa que é a salvação da humanidade”, avalia, traçando um paralelo entre a profissão que escolheu e o humanismo do homem que revolucionou o mundo com o poder da palavra e do amor. Aliás, amor e fé são os combustíveis sagrados que movimentam uma das mais belas vias sacras do país. Foi o que fisgou Marcelo, então um menino de 9 anos, que nem sonhava um dia ser legionário. Muito menos Jesus. Também é a fagulha que, há 46 anos, conduz milhares de fiéis ao Morro da Capelinha. Segundo dados da Secretaria de Cultura do DF, patrocinadora do evento, foram 60 mil pessoas na última edição. “A Via Sacra é uma obra de Deus que toca o coração das pessoas de uma forma inigualável. Por isso, ela é tão especial e dura tantos anos”, observa Marcelo que, mesmo morando em Águas Claras, não se importa de atravessar o Distrito Federal toda semana para participar dos ensaios. “Eu sou filho de Planaltina, amo a cidade, mas devido à distância do trabalho achamos melhor mudar”, lamenta o advogado e ator amador. Claro que, sendo “Jesus”, nenhum tipo de contratempo, empecilho ou mesmo distância é problema. E se a missão é encantar uma multidão de religiosos entorpecidos pelo mistério da fé e a força do amor, qualquer tipo de sacrifício é válido, engrandece o espírito. “Quando estou atuando me sinto como um instrumento de conversão. É como ler a Bíblia, cada um internaliza aquilo que ela precisa para o seu coração”, garante Marcelo, que quase foi ordenado padre. Jesus pioneiro de Planaltina Também nascido em Planaltina, Mauro Lúcio da Silva Campos, 65 anos, precedeu o advogado Marcelo em algumas décadas e teve a honra de viver o primeiro Cristo da Via Sacra de Planaltina. Foi no início dos anos 70. Na época, adolescente com seus 16 para 17 anos, madeixas longas e integrante do grupo da igreja, mais que natural que o papel do Salvador lhe caísse de mãos beijadas no colo. Assim, por 20 anos, ele não decepcionou a comunidade da paróquia de São Sebastião. “Para fazer o Cristo tinha que ser alguém do cursilho. E, na época, por causa dos Beatles, era moda ter cabelo grande. E o meu estava comprido, então o pessoal da Igreja pediu para não cortar”, lembra Mauro. “Fiz a primeira Via Sacra e gostaram. Com o tempo me aperfeiçoei. Nas últimas edições, porém, eu já usava peruca por causa da careca”, lembra, sorrindo. Entre o “pessoal da igreja” mencionado por Mauro Lúcio, destaca-se de forma marcante a figura do padre Aleixo Susin, 91 anos, o fundador da Via Sacra do Morro da Capelinha. E que teve a ideia de montar a encenação da paixão de Cristo em Planaltina motivado por uma revelação. “Tudo começou com ele, que achava o Morro da Capelinha bonito e queria aproveitar aquele cenário. No início, era bem precário, não tinha nada, a gente saía nas lojas pedindo roupa e equipamento de som, por exemplo”, recorda. Hoje, nas palavras do primeiro Jesus do Morro da Capelinha, a realidade é bem diferente. Mas tudo foi construído aos poucos, “tijolo por tijolo”, como se fosse uma grande construção, com dedicação e amor, espírito de união e perseverança. As inovações e evoluções surgidas a cada ano eram apresentadas em reuniões de avaliação no final de cada Via Sacra, onde todos debatiam o que tinha que ser corrigido e melhorado. “Hoje, a estrutura é maravilhosa. Plantamos uma sementinha, ela cresceu e está dando fruto até hoje”, diz, sem esconder o orgulho. Estrutura de cinema E é verdade. Uma estrutura de cinema que encheria de satisfação Cecil B. DeMille, o mítico produtor dos clássicos bíblicos de Hollywood. Segundo informações da organização do evento, pelo menos 1,4 mil voluntários participam da organização da paixão de Cristo de Planaltina. Só na encenação, entre figurantes e atores, são 800 pessoas. E há mais 600 pessoas na equipe técnica. “É como se fosse uma corrente da fé”, compara o ex-ator. Com a experiência de quem viveu por duas décadas o papel do homem mais importante do Cristianismo, Mauro Lúcio mostra o caminho da salvação para jovens como o advogado Marcelo Ramos e tantos outros que virão. “Fazer o papel com muita humildade, sem vaidade e viver, no dia a dia, a experiência de Cristo, se espelhar no que ele foi”, ensina.

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