Dia das Mães reforça importância da doação de leite materno; saiba como doar
Neste Dia das Mães, o Governo do Distrito Federal (GDF) reforça a importância da doação de leite materno: uma ação que faz bem tanto para quem recebe quanto para quem doa. O gesto, além de alimentar, fortalece laços invisíveis entre mulheres que muitas vezes nem se conhecem, mas compartilham o mesmo instinto de cuidado e amor. Os níveis de estoque dos bancos de leite do DF estão baixos; as mães que puderem contribuir devem entrar em contato com o Amamenta Brasília | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O DF conta com 14 bancos de leite e sete pontos de coleta. "Para a mãe ser uma doadora, ela só precisa estar amamentando. O começo de tudo vem do desejo materno de ser uma doadora de leite, porque a gente sabe que doar leite humano é uma atividade que requer um cuidado, uma dedicação, um esforço por parte dessa mãe. Por isso ele se torna um ato tão valoroso e tão precioso pra nós, porque a gente percebe que essa mãe doa o melhor dela para conseguir extrair cada gota", aponta Natália Conceição, coordenadora do banco de leite humano do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). [LEIA_TAMBEM]Esse desejo surgiu forte na médica Nathália Cortes, uma das doadoras do banco de leite do HRT. "Eu já achava a amamentação uma coisa importantíssima, de conexão, de amor. Nós, mulheres, sabemos a importância. Eu já tinha esse pensamento antes de ter filho, mas [ficou maior] depois que ele nasceu e ficou internado na UTI, precisando usar leite de outras mães também. É uma forma de afeto tão grande, de carinho, de amor... Amor líquido. Então, eu decidi que ia tentar, da maior forma que eu conseguisse, fazer essa doação também para, da mesma forma que ele foi ajudado, ajudar outras mãezinhas e outros nenéns", conta. "A dor de uma mãe é a dor de todas as mães". Se a dor é uma só, o amor também é o mesmo. Que o diga a operadora de caixa Andrielle Muniz. Ela conheceu o banco de leite do HRT como doadora, quando teve o primeiro filho. Hoje, no segundo, é ela quem recebe: "Você vai receber o leite de uma mãe que você não sabe de onde veio, mas tem certeza que está sendo bem cuidado, porque eu sei que vai vir de um coração bom para a minha filha". A doadora recebe todas as orientações necessárias para que possa coletar o leite de forma segura; o kit completo para realizar o ato é doado pelo GDF Como doar Os níveis de estoque dos bancos de leite do DF estão baixos. As mães que puderem contribuir devem entrar em contato com o Amamenta Brasília, pela internet ou pelo telefone 160, opção 4. "Dependendo do lugar que essa mãe mora, ela vai ser direcionada para o banco de leite mais próximo da sua residência. Esse banco de leite vai fazer o contato com essa mãe e aí sim começa uma trajetória da doação do leite humano", explica a coordenadora do banco do HRT. "A partir desse contato, o profissional de saúde que estiver cadastrando essa doadora vai completar sua ficha e pedir para encaminhar seus exames e fazer as orientações a respeito de como que ela vai fazer a coleta desse leite humano, o que ela precisa em relação à higienização, a necessidade de usar uma touca e máscara. Tudo isso a gente vai orientar para que essa mãe esteja segura e faça uma coleta de forma adequada, lembrando que fornecemos o kit completo para este ato”, arremata Natália Conceição.
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Com queda nos estoques, banco de leite do Hospital Regional de Santa Maria convoca doadoras
Cada gota de leite materno doado representa amor e esperança para os recém-nascidos e prematuros que precisam desse alimento tão rico, valioso e que salva vidas devido aos seus inúmeros nutrientes. Em janeiro, o banco de leite humano do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu de doação um total de 201 litros de leite materno, uma queda de 14,16% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram arrecadados 234,15 litros. O número reflete o que ocorre nos períodos de férias, quando as doações diminuem consideravelmente. “Enfrentamos um grande desafio, pois temos a missão de garantir que bebês prematuros e recém-nascidos que não podem ser amamentados por suas mães tenham acesso ao melhor alimento que existe para eles: o leite humano. Nos meses de férias e feriados prolongados vemos nossos estoques caírem drasticamente. Isso significa que muitos bebês, que dependem desse leite para sobreviver e se fortalecer, correm o risco de não receber a quantidade necessária”, explica a nutricionista e chefe substituta do Serviço de Banco de Leite Humano do HRSM, Daiane Guimarães. Com a doação de leite materno, bebês prematuros e recém-nascidos que não podem ser amamentados pela própria mãe poderão receber o alimento | Fotos: Alberto Ruy/Agência Brasília Somente em janeiro, pelo menos 70 bebês foram alimentados com o leite materno oriundo das doações feitas ao banco de leite do HRSM. Além disso, foram realizados 2.114 atendimentos internos e 221 atendimentos externos. “O leite materno doado representa esperança para muitos bebês e famílias que aguardam ansiosamente por essa ajuda. Quem amamenta o filho e percebe que tem muito leite pode compartilhar. Cada uma pode ser a heroína na vida de um bebê”, destaca Daiane. Quem tiver interesse basta procurar o banco de leite do HRSM, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160 ー opção 4 Segundo ela, é importante fazer desse momento de doação um compromisso contínuo, mesmo nos períodos de férias, pois assim os estoques se mantêm com uma reserva técnica e não falta leite para nenhum bebê. Basta procurar o banco de leite do HRSM, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160 ー opção 4. Pasteurização Todo o leite arrecadado pelo banco de leite humano do HRSM passa pelo processo de pasteurização, pois, além de poder ficar armazenado mais tempo, existe o controle de qualidade, e durante a pasteurização são inativados quaisquer tipos de vírus e bactérias que possam existir. Além disso, o leite é dividido e separado em cinco tipos diferentes: colostro, leite de transição, alcon (leite maduro/alojamento conjunto), normocalórico e hipercalórico. A partir dessa divisão, os bebês internados recebem o leite adequado para suas necessidades naquela fase. *Com informações do IgesDF
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Doação de leite materno é fonte de cura para bebês em UTI neonatal
O leite materno é o mais completo para alimentar o recém-nascido, pois é rico em nutrientes e em agentes imunobiológicos que protegem contra várias doenças. Em crianças menores de 5 anos, o alimento pode reduzir em até 13% as mortes evitáveis nessa faixa etária. “Além de fornecer todos os nutrientes essenciais ao bebê, o leite materno é facilmente digerido, o que reduz o risco de alergias alimentares e problemas gastrointestinais”, aponta a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde (SES-DF), Mariane Curado Borges. A rede de Bancos de Leite Humano do DF tem como meta arrecadar dois mil litros por mês, que atende, em média, 250 bebês por dia | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Nem toda mãe, contudo, consegue amamentar, seja por dificuldades práticas, seja por um parto prematuro que exige a internação do bebê na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Nesses casos, os bebês dependem do leite de um dos dez Bancos de Leite Humano (BLH) do Distrito Federal. É o caso da pequena Maria Cecília, hoje com 3 meses. Ela nasceu na 26ª semana de gestação, pesando apenas 735 g. A mãe Deisiane Santiago de Souza conta das inseguranças com o nascimento prematuro da filha somado ao fato de que ainda não tinha começado a produzir leite. “Foi muito sofrimento. É a minha primeira filha e eu não sabia nada sobre amamentação nem que pudesse procurar auxílio no banco de leite. Meu pensamento era sempre de que ela passaria fome”, lembra a vendedora. A servidora da Secretaria de Educação Fernanda Evangelista conta que doar leite foi uma das experiências mais gratificantes que já teve | Foto: Arquivo pessoal Mas Deisiane conseguiu suporte com os profissionais do BLH e Maria Cecília está mais forte. Além do leite doado, a mãe recebeu orientações sobre massagem, ordenha e coleta. A filha está com 2 kg e ainda segue internada na UTI Neonatal do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A história de Deisiane e Maria Cecília ilustra a história de tantos outros pacientes. O leite humano segue como protagonista no fortalecimento de bebês prematuros e/ou internados. Cada pote de leite doado pode beneficiar até dez recém-nascidos. Toda pessoa que amamenta pode ser uma doadora, basta estar com a saúde em dia e não usar medicamento que seja incompatível com a amamentação. Quem quiser doar pode ligar para o número 160 – opção 4, ou se cadastrar no site do Amamenta Brasília. A pessoa irá receber orientações sobre como realizar a coleta e o armazenamento do leite em casa, sem a necessidade de deslocamento aos hospitais. Uma equipe do Corpo de Bombeiros do DF fará a entrega do kit para coleta e, semanalmente, irá à residência buscar a doação. Queda de arrecadação A pequena Maria Cecília, no colo da mãe, Deisiane Santiago, recebe leite doado a um dos bancos do DF | Foto: Arquivo pessoal O DF se destaca pelos índices de aleitamento materno e também é referência nacional na política de BLH. O final e o início de ano, porém, costumam provocar uma redução nas doações de leite e, consequentemente, uma queda importante nos estoques. Os BHLs do DF tem como meta arrecadar dois mil litros de leite por mês. O montante abastece um estoque que atende, em média, 250 bebês por dia, internados nos hospitais da capital federal. “De novembro do ano passado até agora, fevereiro, ficamos abaixo dessa meta mensal”, aponta a coordenadora. “Passamos de 2 mil litros em outubro a 1.750 litros em novembro. Fechamos janeiro com apenas 1.500 litros de leite coletado. A expectativa é de que em março os estoques voltem a subir.” Segundo a Borges, é comum a redução nas doações durante o período de férias. O carnaval logo após também impactou. Por isso, segundo ela, é fundamental a colaboração de lactantes saudáveis. “O gesto salva vidas”, reforça. Alimento completo O leite materno não apenas encurta as estadias hospitalares de recém-nascidos, como também proporciona um futuro saudável a essas crianças O leite materno não apenas encurta as estadias hospitalares de recém-nascidos, como também proporciona um futuro saudável a essas crianças. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde, bebês prematuros, ou que enfrentam patologias, apresentaram mais chances de recuperação e de desenvolverem uma boa saúde ao longo da vida ao receberem leite materno no período de internação em UTI neonatal. Trata-se de um alimento especificamente adaptado às necessidades do bebê. Em sua composição, o leite humano apresenta carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais, substâncias imunocompetentes (imunoglobulina A, enzimas, interferon), além de fatores moduladores de crescimento e ácidos graxos essenciais, cruciais ao desenvolvimento do sistema nervoso e cerebral. Além disso, os componentes do leite materno variam ao longo do tempo, ajustando-se às necessidades em constante mudança do bebê à medida que cresce. Doação de leite, doação de vida A servidora da Secretaria de Educação (SEE-DF), Fernanda Evangelista de Sousa, é mãe do pequeno Augusto, de 8 meses. Ela conta que sempre teve o desejo de doar leite, visto que também é doadora de sangue. “Entrei em contato com o banco de leite do Hospital Universitário de Brasília [HUB] e foi bem rápido. Enviei os exames que fiz no pré-natal, fui cadastrada e logo entraram em contato comigo”, conta. “Teve semana que consegui doar cinco vidros. E eu tirava só uma vez por dia, pela manhã”, celebra. Fernanda se emociona e afirma que a doação de leite foi gratificante. “É uma trajetória muito bonita. Eu recebia cartinhas das mães que precisaram do leite. Ler os testemunhos delas agradecendo foi lindo demais.” *Com informações da SES-DF
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Banco de Leite do Hospital Regional de Taguatinga comemora 45 anos
Em 1978, quando o país ainda não possuía uma política de incentivo ao aleitamento materno, um grupo de médicos e associados do Rotary Clube de Taguatinga fundava o primeiro banco de leite humano na região Centro-Oeste. Nasceu, assim, em 19 de setembro daquele ano, o Banco de Leite do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que, ao longo de 45 anos, tem contribuído para a saúde e a história de centenas de crianças. A unidade é referência e procurada por profissionais de outros estados e países para treinamentos, indicados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em celebração à data especial, funcionários e beneficiados receberam homenagem da Secretaria de Saúde (SES-DF), que concedeu certificados de reconhecimento pelos serviços prestados à saúde e um café da manhã em comemoração. A coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno da pasta, Miriam Santos, emocionou-se ao recordar do esforço dedicado por muitos profissionais para manter a unidade em funcionamento. A Secretaria de Saúde concedeu certificados de reconhecimento aos funcionários da unidade pelos serviços prestados à saúde | Foto: Divulgação/ Agência Saúde-DF “Estou nessa missão desde 1992. É um sonho realizado. A gente só existe por causa dos bebês receptores de leite humano e das mães nutrizes. Eu sou apenas uma maestra, somente conduzo a grande banda. Sem cada um desses integrantes, que são os instrumentos disso tudo, não haveria como e nem porquê fazer este trabalho”, agradeceu Santos. Rede que salva O Governo do Distrito Federal (GDF) mantém bancos de leite em dez hospitais regionais, responsáveis por receber, pasteurizar e distribuir o leite materno a recém-nascidos internados em unidades neonatais. Além disso, esses bancos orientam mães sobre amamentação e técnicas de pega do bebê ao seio, uma vez que isso nem sempre é instintivo e pode causar desconforto e ferimentos, levando muitas mulheres a recorrerem à fórmula. Só no primeiro semestre de 2023, as doações recebidas pela rede pública de saúde nutriram quase 8 mil bebês | Foto: Tony Winston/ Agência Saúde-DF A coordenadora do banco de leite do HRT, Natália Conceição, acredita que os 45 anos de história da unidade foram muito marcantes: “Fazer parte dessa história e dar continuidade a essa ideia inovadora é algo transformador. Nossa equipe sabe que impacta a vida da população. O aleitamento materno é fundamental e é algo gratificante saber como contribuímos.” É o caso do pequeno Henry de Moura, que nasceu de 36 semanas, mas com peso de uma criança de 33 semanas, e recebe o leite do banco. A mãe dele, Andressa Venâncio de Moura, 34 anos, se emociona ao saber que o filho recebe ajuda. “Meu leite começou a descer apenas nesta semana e nos próximos dias vamos pegar um complemento para que ele continue a ganhar peso”, detalha. “A gente olha e vê que não está saindo leite e começa a se desesperar. Aqui, aprendi como fazer massagem, fazer a pega. Coisas que eu nem tinha ideia”, conta. [Olho texto=”“O trabalho dessa equipe é essencial. Sem esse alimento meu filho não estaria aqui. É muito especial pra mim celebrar esse momento com a SES-DF.”” assinatura=”Jessita Pereira” esquerda_direita_centro=”direita”] Jessita Pereira, 28 anos, fala com a voz embargada que o filho está recebendo toda a alimentação pelo banco de leite, pois ela não estava produzindo. “O trabalho dessa equipe é essencial. Sem esse alimento meu filho não estaria aqui. É muito especial pra mim celebrar esse momento com a SES-DF.” Uma vida dedicada ao aleitamento [Olho texto=”“Colaborar com a saúde básica, pois um bebê alimentado corretamente sai da fila do SUS, não tem preço”” assinatura=”Rosilene Ribeiro da Silva, técnica em gestão de saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Técnica em gestão de saúde, Rosilene Ribeiro da Silva trabalha há 24 anos no BLH do HRT e já perdeu as contas de quantas mulheres e crianças amparou: “Ajudar esse binômio [mãe e bebê] é uma ação indescritível. Colaborar com a saúde básica, pois um bebê alimentado corretamente sai da fila do SUS [Sistema Único de Saúde], não tem preço”, afirma, e ainda ressalta que se sente agraciada por participar de um projeto como esse. Mesmo aposentada, Marli Leite Borges, continua amiga e apoiadora do banco de leite. “Dediquei dez anos da minha história na enfermagem à unidade e foi um dos lugares mais gratificantes em que estive.”, relata. Como doar [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Só no primeiro semestre de 2023, as doações recebidas pela rede pública de saúde nutriram quase 8 mil bebês. Foram coletados cerca de 11 mil litros de leite, volume que superou em 14% o mesmo período de 2022. Mas para continuar funcionando, a unidade depende de doações mensais. Para agendar uma visita do CMBF, basta ligar no telefone 160 [opção 4] ou realizar o cadastro no site do programa Amamenta Brasília. A equipe do banco de leite mais próximo entrará em contato para marcar uma visita dos bombeiros, que já levam um kit com máscara, touca e potes esterilizados. Santos explica que doar o leite materno excedente é mais fácil do que muitas mães pensam. “Um erro comum é achar que o frasco precisa ser preenchido de uma só vez com o alimento”, aponta a coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno. “Na verdade, a mulher tem até dez dias para encher o pote”. Para isso, é preciso completar o frasco mantido no congelador com a ajuda de um copo de vidro, conforme o leite for retirado. Um pote com cerca de 300 ml do alimento pode garantir a nutrição de até dez recém-nascidos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Rede de bancos de leite do DF é considerada a melhor do país
A excelência dos bancos de leite no Distrito Federal foi ressaltada em dois eventos nesta semana. Nesta sexta-feira (19), uma sessão solene na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) lembrou a importância do trabalho coletivo realizado para que essa atividade tenha sucesso. No dia anterior, quinta-feira (18), a atividade foi reconhecida em evento do Ministério da Saúde, quando a Secretaria de Saúde (SES) foi reconhecida por ter a melhor rede de bancos de leite do país. Na sessão solene na CLDF, foram homenageados o Corpo de Bombeiros do DF, servidores da saúde e mães doadoras. “São quatro gerações de brasilienses que conhecem o trabalho do Banco de Leite e do Corpo de Bombeiros na coleta na casa dessas mães”, agradeceu a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do DF, Miriam Oliveira dos Santos. Miriam também teve o trabalho reconhecido no lançamento, promovido pelo Ministério da Saúde, da campanha Um pequeno gesto pode alimentar um grande sonho. Doe leite materno. Na ocasião, o coordenador da Rede Global de Banco de Leite Humano, João Aprígio, premiou Miriam por “uma vida profissional inteira dedicada à construção da rede de banco de leite humano distrital, nacional e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.” A coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do DF, Miriam Oliveira dos Santos, foi homenageada na CLDF | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde “Estou nessa missão desde 1992. É um sonho realizado. A gente só existe por causa dos bebês receptores de leite humano e das mães nutrizes. Eu sou apenas uma maestra, somente conduzo uma grande banda. Sem cada um desses integrantes, que são os instrumentos disso tudo, não haveria como e nem porquê fazer este trabalho”, agradeceu Miriam. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) também fez parte dos aclamados. Em parceria com a SES, há 34 anos, eles atuam na coleta do leite materno na residência das doadoras. Representante da SES no evento, a diretora geral do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Marina da Silveira, reforçou a premiação. “Miriam é como uma mãe: tem aquele coração em que sempre cabe mais um, mas também sabe a hora de puxar a orelha da gente. Esse mérito que a capital tem de ser a única unidade da federação autossuficiente em leite humano deve-se muito ao trabalho e à dedicação dessa profissional”, diz Marina. Pequeno gesto [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O lançamento da campanha Um pequeno gesto pode alimentar um grande sonho. Doe leite materno ocorreu no auditório do Hmib e contou também com a presença de representantes do Ministério da Saúde, da Rede Global de Banco de Leite Humano, da Organização Pan-Americana de Saúde, da Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A ação marca o dia mundial de celebração da doação e do aleitamento materno e busca sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação. Em especial, pretende estimular mulheres que amamentam a adotar o ato que salva vidas em todo o mundo. O Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite do mundo, sendo referência internacional por utilizar estratégias que aliam baixo custo e alta qualidade e tecnologia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A Rede de Bancos de Leite Humano do Distrito Federal é classificada como referência nacional pelo Ministério da Saúde, tendo o selo de Padrão Ouro pelo Programa Internacional Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano. O DF é a única unidade da federação que é autossuficiente em leite humano. Para doar, faça o cadastro por meio do telefone 160 (opção 4) ou no site Amamenta Brasília. Após o registro, serão enviadas orientações de como coletar e armazenar o leite em casa. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Banco de leite do Hospital de Santa Maria registra 10.299 atendimentos
Em alusão ao Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano, celebrado nesta sexta-feira (19), data instituída pela Lei nº 13.227/2015, a equipe do banco de leite do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) preparou um momento de conscientização ao aleitamento materno e incentivo à doação de leite no jardim da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal na última quarta-feira (17). As 12 mães que compareceram e participaram do bate-papo, no jardim da unidade hospitalar, aprenderam sobre a importância e o impacto da doação de leite para o bebê, a posição canguru para os recém-nascidos, além de receberem recomendações sobre como produzir mais leite materno. “O leite humano é ouro. O colostro [primeiro leite produzido quando a mãe começa a amamentar]… principalmente os bebezinhos novinhos, de até 20 dias, a gente fala que ele tem o colostro, o ouro líquido”, explicou a chefe do banco de leite do HRSM, Maria Helena Santos Farias. Doze mães compareceram e participaram do bate-papo no jardim da UTI Neonatal do HRSM | Fotos: Davidyson Damasceno/IgesDF Proteínas e anticorpos produzidos no leite estão entre os principais benefícios para o bebê. “O seu leite produzirá todas as células que são necessárias para combater a infecção do seu bebê naquele momento”, acrescentou Farias. Além dos benefícios do leite materno para o bebê, a posição canguru, que consiste em posicionar o recém-nascido verticalmente junto ao tórax de um dos pais, reforçando o contato pele a pele, também foi incentivada durante o momento de conscientização com as mães. “Para ser eficaz, a gente pede para a mãezinha ficar com o bebê na região do busto, só de fraldinha para que tenha o contato pele a pele com a mãe em torno de 40 minutos a uma hora”, explicou a enfermeira da UTI Neonatal Fernanda Larissa de Farias Gonçalves. “O pai pode aderir também”, diz. Redução do estresse e da dor, estabilização do batimento cardíaco, da oxigenação e da temperatura do corpo estão entre os benefícios para o bebê. Para Maria Claudia da Silva Pereira Colaci, 39 anos, mãe de Daniel, de 37 semanas, é gratificante receber leite materno e ver a vida do filho ser beneficiada. “Ele tentou ir para o peito, mas não conseguia sugar porque nasceu com um probleminha no coração. Então, ele teve que receber do banco de leite”, explicou. Colaci não vê apenas os frutos para quem receber, mas para quem doa também. “Como já tínhamos muito leite, a gente começou a doar também para outras mãezinhas, porque é importante. E, como eu recebia, vi a importância de outros bebês receberem também”, ressaltou Colaci. De janeiro a abril deste ano, o banco de leite do HRSM coletou 893 litros, impactando a vida de 262 recém-nascidos. De janeiro a abril deste ano, o banco de leite do HRSM totalizou 10.299 atendimentos, obtendo uma média mensal de 2.575 coletas [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Referência em partos de alto risco, o HRSM conta com maternidade, banco de leite e UTI Neonatal. Em relação ao banco de leite, de janeiro a abril deste ano, totalizou 10.299 atendimentos, obtendo uma média mensal de 2.575 atendimentos. Entre os realizados pelo setor está a captação de leite humano por meio das doadoras, o processamento do leite que chega aos recém-nascidos na UTI Neonatal e maternidade, o manejo do aleitamento materno, entre outros. Os atendimentos do banco de leite do HRSM são realizados diariamente na maternidade, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN), na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) e no centro obstétrico. O setor funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e nos sábados e domingos, das 7h às 13h. Como doar? Para doar, basta ligar para o número 160, opção 4, ou fazer o cadastro no site Amamenta Brasília A mãe ou familiar pode entrar em contato por meio do número 160, opção 4, ou fazer o cadastro no site Amamenta Brasília. A orientação para doação é armazenar o leite em frasco de vidro com tampa de plástico. “Toda mãe que amamenta pode ser uma doadora. Nós vamos entrar em contato com ela, se ela não tiver pote, a gente entrega o potinho para ela”, explicou Farias. “Se ela já tiver, a gente recolhe este leite e traz até o Banco de Leite. Nós temos parceria com o Corpo de Bombeiros que vai até a casa dessa mãe”, completou. Os pré-requisitos para poder doar são: não usar medicamentos incompatíveis com a amamentação, realizar exames específicos no caso de não ter feito o pré-natal, abstenção de álcool e drogas ilícitas, estar amamentando ou ordenhando leite para o próprio filho, ser saudável e apresentar exames pré ou pós-natal compatíveis com a doação de leite ordenhado. *Com informações IgesDF
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Aos 44 anos, Banco de Leite Humano do HRT é referência mundial de qualidade
Em 1978, os pediatras do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) notaram que a incidência de recém-nascidos e crianças com diarreia e doenças respiratórias vinha crescendo no Distrito Federal. A dificuldade das mães na amamentação e o forte investimento da indústria alimentícia no consumo da fórmula desenvolveram alergias de crianças ao leite artificial. O Brasil ainda não tinha uma política de incentivo ao aleitamento materno. [Olho texto=”“Leite materno é vida, previne doenças e infecções por suas propriedades mantidas na pasteurização e salva muitos recém-nascidos. Aqui, trabalhamos com bebês prematuros e de baixo peso”” assinatura=”Valcilene Pinheiro, chefe do Banco de Leite do HRT” esquerda_direita_centro=”direita”] A equipe médica, em conjunto com o Rotary Clube Taguatinga Norte, decidiu, então, replicar em Brasília um modelo implantado no Rio de Janeiro e em outras três cidades brasileiras (Porto Alegre, São Paulo e Ribeirão Preto). Nascia em 19 de setembro daquele ano o Banco de Leite Humano do HRT, o primeiro do DF e o quinto do país. Aos 44 anos completados em 2022, o espaço é referência na coleta, no processamento e na distribuição do leite materno, tanto distrital quanto nacional e mundial. É frequente profissionais de outros estados e países recorrerem à unidade para treinamentos por indicação da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). O Governo do DF tem bancos de leite em dez hospitais regionais responsáveis por receber, pasteurizar e repassar o alimento a recém-nascidos em internação neonatal. Também orientam as mães na prática da amamentação e na melhor pegada do bebê ao bico do seio, um ato que, por ser menos instintivo do que parece, causa desconfortos e feridas, levando muitas mulheres a recorrerem à fórmula quando o líquido começa a empedrar no peito. De setembro de 2021 ao mesmo mês de 2022, o Banco de Leite Humano do HRT distribuiu 3.018 litros de leite a 2.621 bebês | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Leite materno é vida, previne doenças e infecções por suas propriedades mantidas na pasteurização e salva muitos recém-nascidos. Aqui, trabalhamos com bebês prematuros e de baixo peso”, explica a chefe da unidade do HRT, Valcilene Pinheiro. É o caso do pequeno Bernardo, que nasceu de 30 semanas e estava com três semanas de vida quando a equipe da Agência Brasília visitou o banco de leite. Junto da mãe Rafaela Eugênia Ribeiro, 18 anos, ele se alimentava por uma sonda, mas também já conseguia sugar o alimento do peito da mãe. A jovem conta que ficou preocupada em saber como o menino seria nutrido, já que ela não conseguia alimentá-lo nos primeiros dias de nascimento e internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do HRT. “Essa alimentação tem sido fundamental para a recuperação dele”, avalia. A equipe do Banco de Leite do HRT comemora os 44 anos da unidade, completados este ano De setembro de 2021 a setembro de 2022, o Banco de Leite Humano do HRT realizou 16.917 atendimentos, recebeu 600 doadoras e distribuiu 3.018 litros de leite a 2.621 bebês. O atendimento à amamentação é feito tanto nas dez unidades quanto nos três postos de coleta de Samambaia, Riacho Fundo e São Sebastião. Nesse mesmo período, o Corpo de Bombeiros Militar do DF colaborou no recolhimento da coleta domiciliar em 4.012 visitas. A corporação é parceira da Saúde no serviço há 34 anos. A servidora pública Karla Cristina Gonçalves, 35 anos, foi doadora do banco após o nascimento do primeiro filho, há quatro anos. Quando ele completou um ano de vida, ela ficou grávida de novo. Após dar à luz o segundo filho, Karla manteve a alimentação dos dois e as doações e se prepara agora para mais um reforço: está grávida do terceiro filho há cinco meses. “Manterei as doações e a amamentação, sem faltar leite para os meninos. Até porque, quanto mais eles mamam, mais leite o corpo produz”.
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Ao doar leite materno, você pode salvar a vida de muitos recém-nascidos
Ester nasceu prematura, com 32 semanas, e precisou ficar em uma unidade de tratamento intensivo (UTI) neonatal do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) por mais de um mês. Lá, ela foi tratada de infecções no sangue e no intestino. Nos primeiros dias de vida, a menina recebeu alimento do banco de leite materno. “Ela começou tomando 2 ml, depois foi para 4 ml, 16 ml e agora está com 22 ml”, lembra a mãe da bebê, Alice Danúbia Nogueira da Silva, 34 anos. Ana Luísa doa leite desde o décimo dia de nascimento de Júlia: “No início, eu pensei que estivesse doando pouco, cerca de 90 ml, mas fui aprendendo que cada gota importa” | Foto: Sandro Araújo – Agência Saúde Atualmente, há cerca de 250 crianças internadas em UTIs neonatais da rede pública de saúde, situação que torna fundamental o estoque do banco de leite para prover a alimentação desses bebês e de outros que possam precisar. Pensando nisso, a bióloga Ana Luísa Gouvea de Araújo, 26 anos, doa leite desde o décimo dia do nascimento de sua filha Júlia, atualmente com 2 meses de idade. “No início, eu pensei que estivesse doando pouco, cerca de 90 ml, mas fui aprendendo que cada gota importa”, conta. [Olho texto=”Para doar, basta ligar para o número 160 e, na opção 4, fazer o cadastro. Outra forma é pelo site Amamenta Brasília ou pelo aplicativo disponível na App Store e na Play Store” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ana Luísa relata que a doação não interferiu na alimentação da pequena, muito pelo contrário. “O corpo funciona como ‘fábrica’, não como estoque”, diz. “Quanto mais eu tirava, mais produzia para minha filha e para outras crianças”. Hoje ela consegue doar semanalmente dois litros, que são recolhidos em casa pelo Corpo de Bombeiros, com quem a Secretaria de Saúde (SES) mantém uma parceria há 33 anos. Esse alimento é encaminhado ao banco de leite e passa pelo processo de pasteurização. “Um potinho de 300 ml pode alimentar dez crianças”, explica a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos. Ela alerta que o DF está com estoque baixo nos bancos de leite humano – desde outubro de 2021, não é alcançada a meta mensal de 1,5 mil litros. “Todos os dias nascem novas mães, todos os dias pode ter criança precisando ou mãe podendo doar”, ressalta. O leite pode ficar armazenado em um recipiente no congelador por até 15 dias. Normalmente, é recolhido a cada dez dias, para que a pasteurização seja feita no 15º dia. Crianças que não recebem o leite humano ficam mais suscetíveis a doenças, como diabetes e hipertensão, entre outras. Como doar Toda mulher que estiver amamentando pode ser uma doadora. Basta ligar para o número 160 e, na opção 4, fazer o cadastro. Outra forma é pelo site Amamenta Brasília ou pelo aplicativo disponível na App Store e na Play Store. Após o cadastro, a pessoa recebe orientações de como coletar e armazenar o leite. Uma equipe do Corpo de Bombeiros vai à residência da doadora para recolher os vidros com o leite materno. Os militares fazem a coleta em todos os pontos do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Embalagens Outra forma de auxiliar é doando os potes de vidro em que o leite será armazenado. O interessado deve levar os recipientes ao banco de leite ou a postos de coleta localizados em Brazlândia, Ceilândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho e Taguatinga. Conheça o site do Amamenta Brasília. Clique aqui para saber mais sobre os bancos de leite. do DF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Desenvolvimento da criança na primeira infância reflete na vida adulta
O período inicial da existência de um ser humano, a chamada primeira infância, tem impactos profundos no futuro. Estudos apontam a relação entre a diminuição de chances de uma criança desenvolver certas doenças na fase adulta, caso ela tenha sido amamentada nos primeiros seis meses de vida. O leite que chega até as unidades é separado, testado e pasteurizado antes de ser encaminhado para os bebês, num controle rigoroso de qualidade | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Hoje a gente sabe que a criança que é amamentada tem menos riscos de [ter] diabetes e hipertensão, doenças crônicas que vão sobrecarregar o serviço de saúde depois”, explica a pediatra Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF. Por esse motivo, a médica diz que é importante disseminar o conhecimento em torno do tema: “A gente precisa trabalhar essa conscientização da importância do aleitamento materno”. [Numeralha titulo_grande=”16.254 ” texto=”Quantidade de litros de leite humano coletados no DF de janeiro a outubro” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O leite materno é considerado o padrão ouro da alimentação infantil devido à quantidade de nutrientes e fatores de defesa e de desenvolvimento cerebral que são passados para o bebê. “É o melhor alimento que a criança pode receber”, acrescenta Miriam Santos. O aleitamento deve ser exclusivo nos seis primeiros meses de vida e complementado até os 2 anos. Os bancos de leite do Distrito Federal têm como função apoiar, promover e proteger o aleitamento materno, auxiliando e organizando a coleta e dando orientação às mães e às doadoras. O leite que chega até as unidades é separado, testado e pasteurizado antes de ser encaminhado para os bebês, num controle rigoroso de qualidade. Tatiene Soares dos Santos Ferreira e o filho Luigi Vinicius Foi em uma visita ao banco de leite do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) que Tatiene Soares dos Santos Ferreira, 25 anos, mãe do pequeno Luigi Vinicius, de apenas 8 dias de vida, decidiu se tornar doadora. “Ele mama superbem, e eu tenho muito leite. Tem vazado bastante. Tive a ideia porque existem mães que não têm muito leite e sabemos como o leite é essencial para o bebê crescer saudável”, afirma. De janeiro até outubro, o DF coletou 16.254 litros de leite humano doado por 5.627 mulheres e que atenderam 11.574 crianças. O volume ainda é insuficiente para atender qualquer criança que necessite. “Hoje a gente não tem ainda quantidade de leite para oferecer para qualquer bebê. Por isso é importante conscientizar as mulheres que elas podem ser solidárias com outras crianças”, completa Miriam. De acordo com a pediatra, um pote de 300 ml é capaz de alimentar até dez bebês. Orientações Além das coletas, os bancos têm o papel de informar e acompanhar mãe e bebê no processo de amamentação após a alta do hospital. “Às vezes, por causa da palavra ‘banco’, as pessoas pensam que é um lugar para depositar e retirar [leite]. Mas a principal função é ser uma casa de apoio à amamentação, para apoiar as mulheres nessa decisão”, comenta a médica. Maria Aldeane Araújo Lourenço com a filha Yasmin A babá Maria Aldeane Araújo Lourenço, 33 anos, é mãe de primeira viagem. Sua filha Yasmin tem apenas 4 dias. Apesar da experiência com crianças, ela conta que nunca tinha cuidado de uma recém-nascida. Mas as inseguranças acabaram quando ela teve o primeiro atendimento no banco de leite do HRT. “É bem melhor ter esse acompanhamento. Assim a gente fica mais à vontade com a criança e com o processo da amamentação”, conta. Também é no banco de leite que as mães são orientadas, por exemplo, sobre os riscos da amamentação cruzada [quando uma mãe amamenta o filho de outra mulher], prática contraindicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Não aconselhamos porque existem doenças [infectocontagiosas] que podem passar pelo leite humano [para o bebê]”, explica a pediatra Miriam Santos. Doação Toda mulher que amamenta é uma potencial doadora de leite humano. Para doar, basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. A avaliação de saúde pode ser feita no próprio banco de leite. Para doar também é possível fazer o cadastro no Disque Saúde 160 ou no site e no aplicativo Amamenta Brasília. O leite para doação deve ser armazenado em um frasco de vidro com tampa plástica do tipo maionese ou café solúvel. Antes da inclusão do líquido, o pote precisa ser fervido em água por 15 minutos. Recomenda-se o uso de touca e lenço para cobrir os cabelos e fralda de pano ou máscara para cobrir nariz e boca durante o processo de coleta. As mãos e os braços devem ser higienizados com água e sabão, já a mama apenas com água. Os frascos devem conter na tampa data e hora da coleta e precisam ser guardados imediatamente em freezer ou congelador, onde podem ficar por até 10 dias. A coleta é feita pelo Corpo de Bombeiros, que tem uma parceria com a Secretaria de Saúde. Confira os pontos de coleta e os contatos para dúvidas. Programa A primeira infância é o foco do programa Criança Feliz Brasiliense, iniciado em 2019 no Distrito Federal. A proposta é estimular o desenvolvimento da criança e fortalecer os vínculos familiares. O público-alvo são gestantes e crianças de 0 a 3 anos do Cadastro Único, e crianças até 6 anos beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Nos primeiros anos de vida, a criança está na janela de oportunidades. É o momento mais importante da vida do ser humano. O retorno do investimento na primeira infância repercute na vida adulta”, explica Verônica Oliveira, coordenadora do pPrograma Criança Feliz Brasiliense. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O programa se desdobra em dois formatos: visita domiciliar e articulação intersetorial. São atendidas famílias que manifestam o interesse ou que são encaminhadas pelos serviços de assistência social do DF. O objetivo é acompanhar as demandas que afetam a condição de vida da família, como insegurança alimentar e financeira: “Temos um profissional, capacitado por nós, que vai até as casas para ouvir a família e sugerir caminhos e atividades para desenvolver a criança e o vínculo familiar”. O segundo passo é o trabalho conjunto entre as instâncias com os núcleos intersetoriais da primeira infância existentes em todas as regiões administrativas do programa, com profissionais da assistência social, educação, saúde e conselho tutelar. Atualmente, o programa atende 16 regiões: Samambaia, Santa Maria, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Estrutural, Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Gama, Itapoã, Varjão, Brazlândia, Fercal, Sobradinho e Planaltina. Foram atendidas 1,6 mil crianças em 2020, e a expectativa é atender 3,2 mil este ano. O programa funciona com acompanhamento contínuo. As gestantes têm visitas todo mês. Famílias com crianças de 0 a 3 anos recebem os visitadores uma vez por semana. Enquanto no caso de crianças de 4 a 6 anos, elas ocorrem de 15 em 15 dias.
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Doações de leite materno cresceram quase 10%
[Olho texto=”“O aumento é positivo, mas quero pedir que as doações continuem, pois quanto mais leite coletarmos, mais crianças vamos conseguir atender”” assinatura=”médica Miriam Santos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os bancos de leite humano do Distrito Federal coletaram de janeiro a maio 7.449,1 litros do alimento. O total representa um aumento de 9,45% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, foi possível atender 10% a mais de receptores, ou seja, crianças que precisam do leite humano. Apesar do aumento, a coordenadora dos Bancos de Leite Humano do DF, a médica Miriam Santos, destaca que o estoque varia muito e que as doações precisam continuar para manter os bancos abastecidos e salvar a vida dos bebês que precisam do alimento. “O aumento é positivo, mas quero pedir que as doações continuem, pois quanto mais leite coletarmos, mais crianças vamos conseguir atender”, pontua. O Posto de Coleta de Samambaia foi o que se destacou em visitas domiciliares para o recolhimento dos potes. O local atende as regiões de Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Santo Antônio do Descoberto. “Houve uma grande procura das mulheres dessas regiões. Queremos agradecer pelo gesto que ajuda a salvar tantos bebês”, agradece a médica. Além disso, ela reforça que todas as mulheres que estão amamentando são potenciais doadoras. A orientação para aquelas que quiserem doar, é ligar para o telefone 160, opção 4 ou acessar o site Amamenta Brasília e se inscrever. As equipes do Banco de Leite Humano entram em contato para agendar a visita do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Como funciona a visita domiciliar? [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A coordenadora explica que a equipe do CBMDF, no dia da visita, recolhe os potes de leite coletados pela própria doadora. “Caso a mulher tenha alguma dúvida em relação à extração, pode procurar uma unidade de banco de leite para receber as orientações”, informa. Todo o material necessário para a coleta é deixado na residência da doadora antes da primeira extração. Importância A doação é um gesto solidário e ajuda a salvar vidas diariamente. “O leite humano é o melhor alimento para qualquer criança e fundamental para os bebês que estão doentes, internados nas UTIs neonatais precisando do alimento. Ele traz nutrientes para o crescimento e desenvolvimento, além de auxiliar no processo de defesa imunológica das crianças”, ressalta a médica. * Com informação das Secretaria de Saúde
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Cai o estoque de leite materno no Hospital de Santa Maria
O estoque diminui ainda mais depois do processo de pasteurização do leite | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF Com os estoques do leite materno em 22% abaixo do recomendado, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), se esforça para atender a média diária de 30 bebês internados na Unidade de Neonatologia. O principal desafio tem sido conscientizar as doadoras contra o medo e a insegurança diante da segunda onda do coronavírus. “Hoje contamos com 142 litros disponíveis, sendo que, para manter os estoques estáveis, deveríamos dispor de 180 litros”, relata a nutricionista Luhana Roque, do Banco de Leite Humano do HRSM. O cálculo é feito de acordo com a demanda média dos recém-nascidos que recebem leitos no hospital. [Olho texto=”Toda mulher saudável e em período de amamentação é uma potencial doadora de leite materno, independentemente da idade da criança” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Outro indicador de queda está no comparativo entre o primeiro trimestre de 2020 com o deste ano. Os números de janeiro a 23 de março mostram uma baixa de 8% de leite nos estoques (de 328 litros em 2020 para 304 litros em 2021). Essa quantidade diminui ainda mais após a pasteurização do leite — processo de limpeza para retirada de elementos como cabelo, detritos e odores do líquido. Dos 304 litros coletados neste ano, por exemplo, 246 litros foram realmente aproveitados para a amamentação dos bebês. Apesar da redução nos estoques, a equipe do HRSM percebeu uma maior confiança das mães no processo de doação, já que o número de doadoras ativas se manteve estável, na faixa de 90 mulheres. Isso se deve ao processo de conscientização e prevenção contra a covid-19, acreditam os profissionais da unidade de saúde. “Tivemos uma perda menor de mães doadoras devido ao trabalho desempenhado pelo Banco de Leite Humano do HRSM por meio de educação sobre a importância da coleta adequada, o uso de toucas e máscaras no momento da ordenha e o local apropriado para retirar e armazenar”, avalia Luhana. “Mesmo assim, é necessária a ajuda de mais pessoas para atingirmos nossa meta mensal.” Suporte para quem precisa Toda mulher saudável e em período de amamentação é uma potencial doadora de leite materno, independentemente da idade da criança. Quem quiser doar deve ligar para o telefone 160, opção 4, ou acessar o site Amamenta Brasília e se inscrever. [Olho texto=”O banco de leite do hospital também oferece apoio para quem tem dificuldades para amamentar” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Depois disso, as equipes do Banco de Leite Humano do Hospital de Santa Maria recebem o cadastro de moradoras da região e entram em contato para agendar a visita de funcionários do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), responsáveis pela coleta. Um kit com máscara, gorro, panfleto e frasco com etiquetas chega à casa da doadora cadastrada. “A coleta é feita na própria residência, em recipientes de vidro com tampas de plástico de enroscar e devidamente higienizados”, informa a nutricionista Luhana Roque. A cada semana, os militares fazem uma visita para pegar o leite das doadoras e o transportam ao HRSM. O alimento atende bebês prematuros ou de baixo peso, que não conseguem sugar o peito das mães, além daqueles recém-nascidos com imunodeficiência ou com alergia a proteínas, com enteroinfecções (um tipo de infecção intestinal) ou com deficiências nutritivas. “A quantidade de leite necessária depende do tempo de vida, levando em consideração a capacidade gástrica da criança, bem como as condições clínicas dela”, explica Luhana. O banco de leite do hospital também oferece apoio para quem tem dificuldades para amamentar. “Esse suporte é feito pela equipe multiprofissional da Neonatologia, que ensina às puérperas técnicas para estímulo de produção, ordenha e amamentação”, esclarece a nutricionista. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Para doar leite: • Ligar para 160, opção 4, ou se cadastrar no site Amamenta Brasília. • Após receber as fichas cadastrais de moradoras da região, o Hospital de Santa Maria entra em contato com elas para agendar a visita dos bombeiros, que busca o material na casa de cada uma. • Depois de cadastrada, a doadora recebe em casa um kit com máscara, gorro, panfleto e frasco com etiquetas. • A retirada do leite é feita em data e horário agendados. *Com informações do Iges-DF
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HRSM dribla dificuldades da pandemia para manter estoque do banco de leite
Brasília/DF. 25/01/2020. Doação de leite materno. Banco de Leite e Unidade de Tratamento Intensivo – UTI Neonatal do Hospital Regional de Santa Maria – HRSM. Foto: Davidyson Damasceno/Ascom Iges/DF. Com cerca de 50 bebês internados, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), tem driblado as dificuldades da pandemia para manter o estoque do banco de leite abastecido. Além de receber doações de mães com filhos internados no próprio hospital, a unidade busca a ajuda de doadoras externas para conseguir atender à demanda. Mãe de primeira viagem da Valentina, Patrícia dos Santos, 28 anos, é um exemplo de alguém que sabe ser generoso com o pouco que tem. Moradora de Valparaíso (GO), a balconista é uma das mulheres que doam leite materno para o Banco de Leite do HRSM e ajudam, assim, a alimentar dezenas de recém-nascidos que, pelos mais diferentes motivos, não podem receber o alimento vital diretamente dos seios das mães. “Nossa filha nasceu neste hospital com apenas 29 semanas, e eu ainda não produzia leite para alimentá-la. Os primeiros dias dela dependeram do leite que estava estocado aqui”, conta Patrícia, acompanhada do marido, Adailton de Souza, 43 anos. Com 33 semanas de vida, Valentina segue internada, mas apresenta evoluções. “Hoje já consigo tirar o leite para ela, mas também faço questão de doar o leite excedente”, diz a mãe. “E, mesmo quando recebermos alta, quero continuar doando leite, porque vi o quanto isso pode ajudar a salvar vidas.” Controle de qualidade A generosidade de mulheres como Patrícia é fundamental para manter o estoque de leite abastecido. Todo o material coletado passa por um rigoroso controle de qualidade até chegar aos bebês internados na maternidade ou nas unidades especiais neonatais, as chamadas UTIN ou UCIN. “A maioria dos bebês é de alto risco, prematura e de baixo peso, daí a necessidade de todos esses cuidados”, explica a enfermeira Terjane Machado, chefe do serviço do Banco de Leite do HRSM. Segundo Terjane, existem hoje cerca de 20 bebês internados na unidade de terapia intensiva (UTIN), 15 na unidade de cuidados intermediários (UCIN), 8 na maternidade e 6 no centro obstétrico. Todos precisam do leite que provém das doações. “Eles são muito pequenos e não conseguem ainda sugar o seio materno. Além disso, muitas dessas mães não conseguem produzir leite suficiente em função de fatores como estresse e ansiedade”, explica a enfermeira. Como doar leite materno Interessadas em doar leite materno para a rede pública de saúde devem se cadastrar no site Amamenta Brasília ou ligar para o 160, opção 4. “É possível fazer a coleta em casa e armazenar em recipientes de vidro, com tampas de plástico de enroscar, e devidamente higienizados. Todas as orientações são fornecidas pela equipe do Banco de Leite assim que a mulher entra em contato por telefone”, informa Terjane. Depois de cadastrada, ela recebe em casa o kit de doadora — com máscara, gorro, panfleto e frasco com etiquetas. É aí que entra o trabalho de parceiros fundamentais do Banco de Leite, os bombeiros militares. São eles os responsáveis por buscar e transportar o leite da casa da doadora para os hospitais. A cada semana, eles fazem uma visita para pegar o leite das doadoras. São cerca de 200 visitas por mês. Estoque do Banco de Leite do HRSM Apesar de todo esse esforço, o Banco de Leite do HRSM está com o estoque em baixa por conta da pandemia. Segundo Terjane Machado, nesse período de covid-19, os estoques tiveram uma baixa significativa. A coleta externa caiu de 91,45 litros em julho para 67,84 litros em dezembro de 2020. Foi uma queda brusca e contínua. Por isso, a unidade de saúde criou a estratégia do “livro de alta para as mães puérperas”, aquelas que tiveram bebês saudáveis e receberam a alta hospitalar. “No segundo dia em que elas já estão em suas casas, nós ligamos e perguntamos se elas têm leite excedente para doar”, explica a chefe do serviço do Banco de Leite do HRSM. Para Terjane Machado, toda essa mobilização vale a pena para salvar vidas. “Doar leite é estender o amor materno a outros bebês que também precisam desse alimento.” *Com informações do Iges-DF
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“Amor em forma de leite”
Andreia dos Santos, mãe de Olívia: “o que minha filha está recebendo é amor em forma de leite” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A desempregada Andreia Magalhães dos Santos, 32 anos, acompanha há quase um mês a recuperação da filha Olívia, prematura de 27 semanas internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Com baixa produção de leite e sem poder amamentar, a moradora do Riacho Fundo I tem contado com as doações de outras mães coletadas pelo Banco de Leite Materno do Distrito Federal para alimentar a recém-nascida. Assista ao vídeo: O serviço de coleta feito em 13 unidades de saúde do DF sofreu uma baixa de doações em 2020 por causa da pandemia do novo coronavírus e demanda a ação de novas voluntárias para aumentar seu estoque. Somente este ano, pelo menos 5,5 mil crianças foram alimentadas e se fortaleceram com o alimento doado por outras mães. “Eu não tenho como mensurar o que está sendo feito pela minha filha. Só sinto que o que ela está recebendo por meio dessas doações é amor em forma de leite”, define Andreia, que religiosamente passa o dia, das 9h da manhã às 22h, acompanhando a evolução da filha na incubadora do hospital público da Asa Sul. [Olho texto=”Eu não tenho como mensurar o que está sendo feito pela minha filha. Só sinto que o que ela está recebendo por meio dessas doações é amor em forma de leite” assinatura=”Andreia Magalhães dos Santos, mãe da pequena Olívia” esquerda_direita_centro=”centro”] Referência nacional Na tarde desta terça-feira (10), a secretária de Desenvolvimento Social Mayara Noronha Rocha esteve no Hmib visitando o banco de leite do hospital. Mãe de uma criança de dois anos, ela contou que também enfrentou dificuldades para amamentar e só conseguiu com ajuda médica. “Nosso banco é referência nacional pela excelência do serviço prestado, por isso pedimos às mamães agraciadas com excesso de leite que ajudem a salvar a vida de crianças prematuras que precisam desse alimento tão importante para se recuperarem, ressalta.” Mayara: pedido às mães com excesso de leite que ajudem a salvar a vida de crianças prematuras | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Além do Hmib, o Distrito Federal conta com bancos de leite nos hospitais regionais da Asa Norte (Hran), de Sobradinho (HRS), de Samambaia (HRSam), de Brazlândia (HRBraz), de Ceilândia (HRC), do Guará (HRG), de Taguatinga (HRT), de Planaltina (HRP), Leste, do Paranoá (HRL), de Santa Maria (HRSM), além da policlínica do Riacho Fundo I e do posto de coleta de São Sebastião. Para ser doadora, a mulher deve ter produção abundante de leite para amamentar o próprio filho e compartilhar, além de estar em boas condições de saúde. Para isso, basta se candidatar pelo telefone 160 (opção 4) ou pelo site do programa Amamenta Brasília. A coleta é feita em domicílio com o apoio de militares do Corpo de Bombeiros, que há 31 anos dão suporte ao programa da Secretaria de Saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Dificuldades de amamentar “É importante que nos procurem não só quem tem leite para doar, mas também quem está com dificuldade de amamentação. Muitas vezes, a mãe produz o leite, mas por problemas no manejo na hora de dar de mamar acha que não tem leite suficiente para o filho”, alerta a médica pediatra coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do DF, Miriam Santos. E mesmo se você não é mãe ou mulher, os bancos de leite do Distrito Federal também contam com uma outra doação: a de potes de vidros com tampas plásticas semelhantes a de cafés solúveis. Tampas metálicas ou potes plásticos não são aproveitados.
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Bancos de leite precisam de doações
| Foto: Divulgação O Banco de Leite Humano do Distrito Federal registrou queda em seus estoques nos dois últimos meses e os números preocupam. A demanda por leite materno continua bem alta e a vida de vários bebês depende da doação de leite materno. Por isso, é importante que todas as mamães que conseguem amamentar seus filhos se tornem doadoras e contribuam para aumentar os estoques do Banco de Leite Humano do Distrito Federal. “Houve uma queda acentuada nos nossos estoques e precisamos da doação de leite materno para salvar os recém-nascidos que estão internados nas UTI’s neonatais. Desde julho os nossos estoques estão caindo e isso não pode acontecer”, informa a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos. Em junho, 1.917 litros de leite materno humano foram coletados em todo o DF. Em julho, o total de leite coletado foi de 1.588 litros; em agosto houve uma queda e foram coletados 1.494 litros. Por conta disso, é tão importante que as doações continuem. Miriam faz um apelo para que as mães continuem doando leite materno e tomando os mesmos cuidados com a higiene durante a coleta. “Lembrando sempre de proteger as vias respiratórias e de lavar muito bem as mãos”, complementa. Além disso, a coordenadora destaca que a mulher não precisa sair de casa para entregar o leite. “Basta entrar em contato que vamos buscar”, afirma. Hmib O Banco de Leite Humano do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) é a unidade que possui maior demanda, pois tem o maior número de leitos de UTIs neonatais na rede. “O banco de leite do Hmib é o que mais distribui. Temos muitos bebês prematuros na UTI. A média de distribuição gira em torno de nove litros de leite pasteurizado por dia e durante a pandemia nossos estoques diminuíram bastante”, informa Ana Cláudia Barros, chefe do Núcleo de Banco de Leite Humano do Hmib. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Parceria Miriam frisa que a parceria entre a Secretaria de Saúde e o Corpo de Bombeiros Militar do DF é de extrema importância para as doações de leite materno. Em maio, a corporação doou 14 veículos para uso das equipes dos bancos de leite. “Por meio do Corpo de Bombeiros as mulheres podem doar o leite materno sem se preocupar com o transporte. São 30 anos de parceria e esse é um trabalho essencial para o sucesso do nosso trabalho”, destaca. Para doar leite, as interessadas devem ligar no telefone 160 – opção 4. Orientações e esclarecimentos sobre a amamentação e doação de leite materno estão sendo oferecidos por telefone, por mensagem de WhatsApp, e-mail e até mesmo por vídeo chamada. Confira a lista de contatos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Banco de Leite Humano do HRT completa 42 anos
Neste sábado (19), o Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) completa 42 anos de existência. O local, foi o primeiro banco de leite criado no Distrito Federal e o quinto em todo o país. Graças à iniciativa, milhares de crianças tiveram suas vidas salvas. “Há muito o que se comemorar nesta data. O Banco de Leite Humano do HRT foi uma ideia inovadora na época e que ajudou a reduzir muito a moralidade de bebês. Além disso, sempre foi um local de referência em todo o país, sempre ajudou e orientou outros bancos de leite e visando sempre na assistência à amamentação, pois o objetivo é que todas as crianças sejam amamentadas”, explica Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal. O incentivo e apoio à amamentação sempre foi marca registrada do Banco de Leite do HRT, pois quando a mãe consegue amamentar seu filho com sucesso ela se transforma numa potencial doadora. Para Miriam, a doação de leite materno é uma causa que une pessoas de vários setores, pois é um ato singelo, mas que salva vidas. “Graças à parceria com o Rotary Club de Taguatinga e depois, com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, que realiza a coleta domiciliar, conseguimos consolidar ainda mais o trabalho do Banco de Leite do HRT, que se tornou referência nacional e ajudou unidades até de outros países, que enviavam equipes para conhecer e se aprofundar no conhecimento e experiências do local”, relembra. União de sucesso [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Quem contribuiu muito para a história do Banco de Leite Humano do HRT foi o casal do Rotary Club de Taguatinga, dona Cidalica Cordoba, de 83 anos e se esposo, José Cordoba, de 91 anos. Juntos, eles fizeram várias ações na época para conseguir implantar a unidade no HRT. “Percebemos que os bebês que mamavam eram saudáveis e não tinham diarreia como os que não eram amamentados. No entanto, a ideia de implantar um Banco de Leite dentro do HRT não foi recebida tão bem por alguns médicos, pois eles tinham receio de não dar certo, por ser algo muito novo e incerto no Brasil”, relata Cidalica. Depois da implantação do Banco de Leite Humano a dificuldade era de conseguir doadoras. No início, apenas duas mães aceitaram doar o leite, porém, moravam muito longe e às vezes não tinham condições financeiras de se deslocar até o Hospital Regional de Taguatinga. “Com essa dificuldade, nós do Rotary Club começamos a fazer propaganda, divulgar e falar da importância de doar o leite materno e dávamos assistência às mães que não tinham condições, ajudávamos com alimentos e até mesmo com o vale-transporte. Uma das nossas ações conseguiu arrecadar 25 toneladas de alimentos para incentivar e apoiar a doação de leite. Naquele tempo, só as mães pobres doavam leite”, relata. Com o passar dos anos, o casal dava apoio ao trabalho do Banco de Leite realizando reuniões abordando a importância da amamentação e de como um pote leite doado poderia salvar a vida de vários bebês. Além disso, continuava ajudando na divulgação do banco de leite. “Meu marido fez poesias e contos para serem colocados lá dentro do Banco de Leite do HRT e sempre que podíamos, fazíamos ações para em prol do da unidade. Mas, por conta da nossa saúde, estamos afastados. Foi uma luta que valeu à pena, o que fizemos foi de coração, com muito amor e carinho e que salvou milhares de bebês”, afirma Cidalica. Trabalho Para Maria das Graças Cruz, enfermeira e chefe do Banco de Leite Humano do HRT, o aniversário de 42 anos é motivo de muita comemoração, já que o local é reconhecido nacionalmente pelo seu trabalho e por ser grande incentivador da amamentação. “Dizemos aqui que o apoio à amamentação representa 75% do nosso trabalho, pois se a mãe amamenta seu bebê ela também consegue alimentar outro bebê e assim, ajuda uma criança que precisa. Reforçamos a importância da doação dentro de todos os hospitais e, principalmente, na maternidade, para que as mães com dúvidas ou dificuldades saibam que podem contar com nosso apoio”, destaca. Maria das Graças agradece com carinho o apoio de dona Cidalica e seu esposo na criação do Banco de Leite do HRT. Além disso, ela faz um agradecimento especial a todas as doadoras, pois graças ao leite materno doado é possível salvar a vida de diversos bebês. Quem precisar de orientações sobre a amamentação ou tiver interesse em ser doadora, basta comparecer a um dos Bancos de Leite Humano do DF ou ligar para o Disque 160, opção 4. O reconhecimento Matheus Rezende foi paciente do Banco de Leite do HRT. Ele fez questão de agradecer à equipe da unidade e contar um pouco de sua história. Assista o vídeo abaixo.
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Parceria vai promover o aumento da coleta de leite materno
Foi publicado, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (26), um Acordo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Saúde do DF e o Instituto Bombeiros de Responsabilidade Social (Ibres). O acordo, em regime de mútua cooperação, tem o intuito de promover o aumento da coleta de leite materno e do número de receptores do DF. A coleta será executada no Distrito Federal e na Região Integrada de Desenvolvimento do DF (Ride). “Nossa expectativa é aumentar o volume de leite coletado e, consequentemente, o número de crianças atendidas. Quanto maior o volume coletado de leite materno, maior o número de crianças atendidas nos hospitais. Quem sabe se a gente aumentasse em pelo menos 50% o que já coletamos hoje, poderíamos oferecer o leite, em casa, em situações específicas”, analisa Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal. A data de início do acordo é 1º de setembro. É um acordo com validade de 60 meses, contados a partir da data de sua assinatura, que ocorreu em 21 de agosto de 2020. A vigência poderá ser alterada mediante termo aditivo, conforme consenso entre os partícipes, não devendo o período de prorrogação ser superior a 60 meses. Parceria De acordo com o Coronel Eugênio Cesar Nogueira, presidente do Ibres, o Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto e a Secretaria de Saúde é um marco histórico no que tange à garantia de acesso ao leite humano no DF. Além disso, vai proporcionar a participação da sociedade civil – 3° setor, na coleta de leite humano, proporcionando uma possibilidade de aumento significativo na coleta. “A ideia principal é aumentar significativamente, o volume de leite humano doado no Distrito Federal e Ride, com segurança e responsabilidade social, com o objetivo de salvaguardar vidas humanas”, explica Coronel Eugênio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Segundo Miriam, o período do acordo vai colaborar para aumentar a coleta de leite materno, aumentar a conscientização da população sobre a importância da doação de leite, fortalecer ainda mais o vínculo entre a Secretaria de Saúde e Corpo de Bombeiros Militar nessa ação, além de dar mais segurança alimentar a esses bebês que estão internados. A parceria firmada não envolve transferência de recursos financeiros da Secretaria de Saúde e do Instituto Bombeiros de Responsabilidade Social (Ibres), que já é parceiro da Pasta, mas informalmente, há cerca de dez anos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Recém-nascidos carentes recebem enxoval do GDF
Suane Souza: “Foi tudo rápido. Fiz o cadastro em julho, no HRC. Depois, fui para o setor de assistência social de lá e, no final do mês, já estava com as duas bolsas”. Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Um enxoval com todos os apetrechos básicos que um recém-nascido precisa. Este é o primeiro acolhimento que bebês, filhos de famílias carentes, podem receber do Governo do Distrito Federal. São 21 itens, que vão desde roupas a materiais de higiene. Inclui cobertores, macacões longos e curtos, fraldas descartáveis e lenços umedecidos, além de pomadas antiassaduras, entre outros itens. Trata-se do programa Bolsa Maternidade da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), que, em apenas três meses, já beneficiou 130 famílias. “Nem estou acreditando, foi uma ajuda importante, pois dois kits seriam duas despesas a mais e agora estamos mais tranquilos”, agradece. “É um projeto ótimo porque acredito que muitas mães em situação difícil podem ser amparadas também”, diz Suane de Souza Santos, 29 anos, mãe de gêmeos. No momento, outros 550 kits já foram aprovados e estão prontos para serem entregues às famílias, só aguardando o nascimento dos bebês. Para se ter ideia da urgência da demanda, mais de 2.100 solicitações estão sob análise da Sedes. Em resumo, a ação configura no direito a suporte material essencial para os primeiros dias de vidas da criança. São contempladas mães de famílias com renda inferior ou igual a meio salário mínimo. Elas podem optar em ter o kit ou o benefício em dinheiro, no valor de R$ 200. Pessoas em situação de rua inseridas dentro da política de assistência social do GDF, assim como mães que integram outros programas do governo local, destaque para o Criança Feliz Brasiliense, também têm direito ao benefício. Sendo que nesse último caso é até mais fácil, já que o cadastro desses usuários já está aprovado previamente, não precisando passar por análise documental necessária. “Foi tudo muito rápido, fiz o cadastro em julho, no Hospital Regional de Ceilândia. Depois, fui encaminhada ao setor de assistência social de lá e, no final do mês, já estava com as duas bolsas”, lembra a mamãe Suane. Para a secretária Mayara Noronha Rocha, a ação é prova de que essas mães estão longe de serem invisíveis ao poder público. “A Bolsa Maternidade é mais que dar um enxoval para essas mães. É a garantia que seu filho, a criança, está sendo assistida, desde as primeiras horas de vida”, salienta. “É a segurança que se tem em saber que sua família será contemplada pelos programas sociais do governo”, complementou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Para ter acesso ao benefício, entregue na própria maternidade, a solicitante pode buscar pelo menos três caminhos. Um deles é o meio usual, ou seja, pessoalmente, por meio de uma das unidades sociais do GDF, como os centros de Referência da Assistência Social (Cras) ou Especializadas em Assistências Sociais (Creas), além do Centro Pop, que atende a população em situação de rua. Outra possibilidade é fazer a solicitação do kit por meio virtual. Basta baixar o aplicativo e-GDF – disponível pela App Store e Google Store -, que traz todas as ferramentas com os serviços do governo local e acessar o programa Bolsa Maternidade. Há ainda uma terceira via, com o preenchimento do formulário por meio do site. Nos três casos, a solicitante tem que ter em mãos carteira de identidade ou qualquer outro registro oficial com foto, assim como comprovante de renda familiar e residência no DF há pelo menos seis meses. A novidade agora é que a mãe pode antecipar a solicitação antes do nascimento da criança, já durante a gravidez. “É uma roupagem mais moderna do programa, uma cara nova, que facilita o acesso dessas mães ao benefício”, comenta Cynthia Barroso, chefe da Unidade de Benefícios Socioassistenciais da Sedes, durante live da secretaria nas redes sociais, em que falou sobre critérios de acesso e formas de concessão dessa política pública. “Com essas ferramentas, receber os benefícios é mais rápido, democrático e fácil. Você pode fazer isso da sua casa, no conforto do seu lar”, avalia Ricardo Nascimento, pedagogo e gerente do Cras Samambaia Sul, também participante do encontro virtual. Quem tiver interesse no conteúdo completo da live basta acessar aqui. Em parceria com a Secretaria de Saúde, os kits são entregues, desde junho, nos bancos de leite dos hospitais públicos do DF onde a criança nascer. É uma garantia de que o bebê está com saúde e bem cuidado. “É um apoio que damos às mulheres no sentido de como cuidar das crianças”, salienta Mirian Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do DF.
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Agosto Dourado: qual o papel do pai na amamentação?
A amamentação é um ato de amor e um momento único entre mãe e filho. No entanto, o processo não depende somente da mulher. Após o parto, a nova mãe fica mais fragilizada, os hormônios ficam à flor da pele e nem sempre o gesto é tão simples quanto se imagina ou se espera. Por isso, a presença do parceiro é tão necessária. “A amamentação que tem que envolver a mulher, o parceiro e toda a família. A mãe não consegue fazer isso com sucesso se não tiver apoio. É importante que todo mundo que faça parte do convívio social desta mulher compreenda e saiba como apoiar o aleitamento materno”, explica Miriam Santos, coordenadora das políticas de aleitamento materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal. Uma das primeiras coisas que o pai pode fazer para apoiar a companheira é participar do pré-natal. Com isso, ele será informado de todas as ações que pode participar durante a gestação, no parto e nascimento e também, depois, no cuidado com a mulher e a criança e o apoio em relação ao aleitamento materno. “O leite materno é o melhor alimento que a criança pode receber, sendo exclusivo até o sexto mês e continuado até os dois anos ou mais. Há vários estudos e trabalhos que demonstram que a criança que é amamentada tem menos risco de ter, no futuro, obesidade, hipertensão, colesterol alto ou diabetes”, diz Miriam Santos. Por isso, ressalta ela, investir na amamentação é prevenir doenças crônicas no futuro, que dão grande sobrecarga no sistema de saúde. Para apoiar e participar deste momento tão único na vida de uma mulher, o pai pode aprender a dar banho no bebê, fazer as trocas de fralda e roupas, sair com o bebê para tomar banho de sol e auxiliar nas atividades de casa. O advogado Tiago Da Ros, pai da pequena Maria Helena, tem feito o possível para apoiar a esposa, Camila Lima. “Cuido e dou carinho para mãe e filha, respeitando toda essa fase de pós-parto e compreendendo as situações de mudanças hormonais que reverberam no humor e na saúde física e emocional dela”, relata. Durante todo o processo é importante que o pai se informe corretamente sobre a amamentação e apoie a mulher. Além de buscar conhecimento acerca dos vários locais onde ele pode procurar ajuda caso necessite. “Na Secretaria de Saúde temos as Unidades Básicas de Saúde e também, nossos Bancos de Leite Humano, onde fazemos orientações por telefone, e-mail e videochamadas. Essas ferramentas virtuais estão sendo muito utilizadas neste período de pandemia. A amamentação precisa ser prazerosa para a mãe e para o bebê”, destaca Miriam. Para saber mais informações sobre o Banco de Leite Humano do DF, acesse a página aqui. Entre as vantagens do aleitamento materno para a mulher estão a redução da incidência do câncer de mama e de ovários; da chance de depressão pós-parto, da anemia pós-parto e o retorno ao peso de antes da gestação mais rapidamente. Segundo Miriam, isso é de extrema importância para que a mulher se sinta bem e consiga amamentar seu filho. Agosto Dourado O aleitamento materno é relevante até para um planeta saudável: não deixa resíduos, a mãe que amamenta não polui a natureza e essa criança vai conseguir se adaptar melhor à alimentação complementar saudável e oportuna quando for iniciada. * Com informações da Secretaria de Saúde/DF
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Mil camisetinhas para os bebês de doadoras de leite materno
Fábrica Social produziu mil camisetas para bebês com até 3 anos de idade como parte das ações da Semana Distrital de Doação de Leite Materno. Foto: Divulgação/Secretaria de Educação Em um período de pandemia, quando a solidariedade faz toda a diferença, com a doação de leite materno não poderia ser diferente. Pensando nisso, a Secretaria de Educação fechou parceria com entidades para a Semana Distrital de Doação de Leite Materno, que começa nesta segunda-feira (18) com ações virtuais incentivadoras. O secretário João Pedro Ferraz participou da teleconferência de abertura, promovida pela Rede Universitária de Telemedicina (Rute), um dia antes da comemoração do Dia Mundial de Mobilização de Leite Humano, nesta terça-feira (19). “Apoiamos a doação de leite materno para que todos tenham acesso ao alimento, que é vital. Uma criança bem alimentada desde o início da vida terá condições ainda mais favoráveis ao desenvolvimento e aprendizado. O tema é multidisciplinar e, por isso, prioridade, também, na Educação. Formamos uma parceria promissora e estamos gratos por termos sido convidados a participar”, afirmou Ferraz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Para colaborar ainda mais e comemorar a baixa no déficit do banco de leite este ano de 35% para 11% (comparação em relação ao mesmo período em 2019), a Fábrica Social doou mil camisetas para bebês com a frase “Eu divido meu leite”. A ideia é incentivar a doação de leite. São camisetinhas para bebês com até 3 anos de idade, já entregues à Secretaria de Saúde e ao programa Criança Feliz Brasiliense. “A Fábrica Social segue empenhada em exercer a solidariedade e trabalhar com as pastas do GDF no compartilhamento desse trabalho, além das produções de máscaras que vêm sendo confeccionadas pelas alunas para ajudar a população a se prevenir do coronavírus”, disse a subsecretária de Integração de Ações Sociais da Secretaria de Educação, Thereza de Lamare. A Secretaria de Saúde e a Secretaria Executiva do programa Criança Feliz Brasiliense fazem parte da mobilização. Outras entidades também participam para que as doações aconteçam em todo o DF, como o Corpo de Bombeiros, parceiro há 30 anos e que, este ano, vai disponibilizar 14 viaturas para a coleta do leite materno. Propriedade no tema Brasília, reconhecida como a Capital dos Bancos de Leite do Brasil, é a única unidade no mundo autossuficiente nesta questão. O primeiro banco de leite humano do Distrito Federal foi fundado em 1978 no Hospital Regional de Taguatinga. As comemorações do Dia Mundial de Mobilização de Leite Humano são realizadas no DF desde 2004 e fazem parte do calendário institucional do GDF. As doações durante o combate à pandemia podem ser marcadas nos bancos de leite por WhatsApp ou serem feitas na hora, no local. As voluntárias ainda podem se inscrever para as doações pelo número 160 (opção 4).
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Estoques de leite materno estão baixos na rede pública
Os Bancos de Leite Humano do Distrito Federal precisam com urgência da ajuda das mães que estejam amamentando para reabastecer os estoques de leite materno. O alimento é fundamental para salvar a vida de bebês internados na UTI dos hospitais públicos. O alerta foi feito pela coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal, Miriam Santos, ao informar que o estoque está baixo e precisa ser reforçado com urgência. “O leite humano é o melhor alimento para qualquer criança. É o padrão ouro da alimentação infantil. E para os que estão internados é de extrema importância para a recuperação da saúde, portanto, precisamos melhorar nossos estoques”, acrescentou Miriam Santos. Como doar Toda mulher que esteja amamentando é uma potencial doadora de leite materno, independentemente da idade do filho em amamentação. Algumas mães têm dúvidas sobre como é feita a doação e a coleta do leite materno, mas o procedimento é bem simples. A doação deve ser feita em pote de vidro com tampa plástica e, em seguida, conservada no congelador. Para doar ou tirar dúvidas é só ligar no número 160, opção 4. Outra possibilidade é acessar o site Amamenta Brasília, onde é possível fazer o cadastro como doadora, obter informações e saber mais sobre o assunto. São 14 bancos de leite humano, sendo um deles pertencentes ao Hospital Regional de Santa Maria, administrado pelo Iges/DF, além de cinco postos de coleta. Confira os telefones que foram alterados recentemente: Telefones BLH BLH HRSM – Santa Maria: (61) 4042-7770 (Ramal 5529 ou 5530) BLH HRAN – Asa Norte: (61) 2017-1900 (Ramal 7102/7103) BLH HRBZ – Brazla?ndia: (61)2017-1302 BLH HRC – Ceila?ndia: (61) 2017-2000 (Ramal: 3033) BLH HRL – Paranoa?: 2017-1550, ramal 1579 BLH HRT Taguatinga: (61) 2017 1700 Ramal:3458 ou 3459 Posto de Coleta Sa?o Sebastia?o: (61) 2017-1500 ramal 6591 BLH HMIB: (61) 2017-1608 BLH Gama: (61) 2017-1842 BLH Planaltina: (61) 2017- 1369 BLH HRS Sobradinho: (61) 2017-1204 Posto de Coleta HRSAM Samambaia: (61) 2017-2202 * Com informações do Iges/DF
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Banco de Leite do Hmib está com estoque reduzido
A coleta do leite é domiciliar e feita pelo Corpo de Bombeiros, uma vez por semana. São eles também que entregam o kit de coleta (gorro, máscara e um folheto informativo), para quem está iniciando a doação. Foto: Breno Esaki/Saúde-DF O estoque de leite do Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) está em baixa e o hospital faz um apelo às mães que estejam amamentando para que doem leite. “Hoje, temos 25 litros de leite pasteurizados no estoque o que daria, no máximo, para mais quatro dias de distribuição para os nossos bebês internados aqui”, alerta a chefe do Núcleo de Banco de Leite Humano do Hmib, Ana Cláudia Villa Verde Vasconcelos de Barros. Quarenta e dois bebês receptores de leite humano estão internados atualmente no hospital, que distribui a eles uma média de seis litros de leite pasteurizado por dia. Mesmo sabendo que é comum diminuir a coleta domiciliar, nesta época do ano, os responsáveis pelo Banco de Leite estão bastante preocupados, visto que a queda das doações foi muito brusca. O problema também está acontecendo em toda a rede da Secretaria de Saúde (SES/DF). A queda de doações costuma acontecer no período que vai de dezembro a fevereiro, em função das festas de final de ano e das férias. “Se a doação não melhorar o quanto antes, corremos o risco de zerar o estoque”, preocupa-se a chefe do Núcleo de Banco de Leite Humano do Hmib. “A mulher que quiser doar o leite para ajudar os estoques só precisa estar saudável, apresentar as sorologias dos últimos 6 meses de sífilis, HIV, HTLV, hemograma completo, hepatite B e C. Caso ela não tenha esses exames, conseguimos fazer os testes com ela vindo aqui no Hmib, ou a gente se organizando para ela ir até a casa da doadora para coletar o exame”, explica o diretor do Hmib, Rodolfo Alves Paulo de Souza. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] A coleta do leite é domiciliar e feita pelo Corpo de Bombeiros, uma vez por semana. São eles também que entregam o kit de coleta (gorro, máscara e um folheto informativo), para quem está iniciando a doação e também oferece todas as orientações necessárias para que a coleta seja feita da maneira ideal. “Pedimos a solidariedade das mães que estão amamentando. Somos referência em prematuridade, temos bebês de baixo peso ou doentes internados em leitos da Unidade Neonatal e o leite humano pasteurizado é um alimento que salva vidas”, apela Ana Cláudia Barros. Para agendar a coleta, bastar ligar no número 160, opção 4 que o Corpo de Bombeiros busca a doação na residência da mãe doadora. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (61) 99168-6696 ou (61)2017-1608. Conheça os 14 passos para doar leite humano: – Procure tirar o leite em um lugar limpo e tranquilo da casa; – Use potes de vidro com tampa plástica; – Ferva os potes por 15 minutos e deixe que sequem sobre um pano limpo; – Use uma touca ou um lenço na cabeça; – Coloque uma máscara ou amarre uma fralda sobre o nariz e a boca; – Lave as mãos e os braços até os cotovelos com bastante água e sabão; – Lave as mamas apenas com água; – Seque as mamas e as mãos com um pano limpo; – Massageie os seios com a ponta dos dedos, com movimentos circulares, e inicie a coleta diretamente no pote; – Encha o pote até faltarem dois dedos para completá-lo e, caso seja necessário, recomece uma nova coleta em outro pote higienizado; – Identifique o pote com seu nome e a data em que retirou o leite pela primeira vez; – Para completar um pote que já está no congelador, faça a coleta em um copo de vidro e depois despeje no pote; – O leite pode ficar até dez dias no congelador ou no freezer.
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DF é referência em coleta e distribuição de leite humano
Uma reunião entre os ministros de Saúde do Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, realizada este mês em Curitiba, deu origem à 1ª Rede de Bancos de Leite Humano do Brics. O Brasil servirá de modelo para a coleta e distribuição de leite materno. E o Distrito Federal é destaque nacional – além de ser referência internacional. O primeiro passo para a criação da rede foi dado durante o 1º Workshop Brics sobre Banco de Leite Humano (BLH), realizado em agosto deste ano, no Distrito Federal, por ser a capital do Brasil uma referência em políticas públicas de saúde nesta área. Foto: Breno Esaki/Saúde-DF “É motivo de orgulho e de gratidão por todos que compõem a rede BLH do DF, passando por doadoras, funcionários, bombeiros, clubes de serviços como Rotary Clube, agentes de comunicação e tantos outros que fazem com que a rede seja forte e capaz de atender às crianças que necessitam”, frisa a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e do Banco de Leite Humano da Secretaria de Saúde, Miriam Santos. O Brasil será o ponto de apoio para o treinamento técnico no processo de pasteurização do leite humano, na logística da coleta e na criação de estratégias de comunicação social para sensibilização para a doação. “Vamos transferir e ser modelo dos princípios que regem a Rede Global de BLH e também nesse processo de partilha, além de aprender muito”, complementa Miriam. Segundo o Ministério da Saúde, há 225 Bancos de Leite Humano no Brasil. A rede do DF é composta por dez Bancos de Leite Humano da Secretaria de Saúde, além de um banco no Hospital Universitário de Brasília (HUB), um no Hospital das Forças Armadas (HFA) e três Rede Suplementar de Saúde. Existem, ainda, dois postos de coleta da Secretaria e dois da rede suplementar. A rede brasileira é responsável por coletar e distribuir leite materno a recém-nascidos de baixo peso. O leite humano tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses de vida, protegendo-o contra diversas doenças. Assim, é uma estratégia importante para redução de mortes em bebês. * Com informações da Secretaria de Saúde/DF
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Miriam Santos – “A mãe que doa seu leite ensina ao filho o que é solidariedade”
Médica pediátrica Miriam Santos, da Coordenação de Políticas de Aleitamento Materno do DF. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Médica pediátrica, Miriam Santos carrega há décadas o dever de salvar pequenas vidas, principalmente após complicações no parto. Agora, à frente da Coordenação de Políticas de Aleitamento Materno do Distrito Federal, seu foco são os recém-nascidos, que por algum motivo de saúde, estão internados na rede pública de saúde. Como as mães deles, em geral, não têm leite suficiente para amamentá-los, os pequenos precisam de doações de outras mulheres para se recuperarem e sair da internação hospitalar. “É uma luta diária deles pela sobrevivência e o leite humano é fundamental nesse processo”, explica a médica. Em entrevista à Agência Brasília, Miriam destaca a importância da amamentação com leite humano não apenas no processo de recuperação de prematuros, como para o futuro da criança. “Quanto maior for o aleitamento, maior será a saúde das nossas crianças e menor o risco delas, na idade adulta, desenvolver doenças crônicas como hipertensão, diabetes e colesterol alto”, explica. Ela conta que, no ano passado, 10 mil recém-nascidos internados na rede pública foram beneficiados com doações de leite materno. “Graças a essas doadoras, que se empenham muito, em média, conseguimos arrecadar 1,5 mil litros de leite por mês. É a quantia que necessitamos para suprir a demanda”, disse. A médica aproveita e faz um apelo às mulheres que estão amamentando. “A mãe que doa seu leite está ensinando para o seu filho o primeiro ato de solidariedade que ele pode ter. Dividir com outros o alimento dele, que sobra.” Qual é o seu trabalho à frente dos Bancos de Leite? Coordenamos as políticas de aleitamento materno do Distrito Federal. Seja na atenção primária, secundária ou terciária. Treinamos os profissionais e fazemos a sensibilização de mães doadoras com campanhas. Tudo para atingir o objetivo de melhorar o índice de aleitamento materno do DF. Quanto maior for o aleitamento, maior será a saúde das nossas crianças e menor o risco delas na idade adulta de desenvolver doenças crônicas como hipertensão, diabetes, colesterol alto. Estamos contribuindo para que no futuro nosso sistema de saúde seja menos sobrecarregado. Qual é a média de aleitamento materno no DF? Temos dois índices. Um trabalho grande e que, na realidade, vem desde a fundação do DF. Há uma preocupação com a saúde da mãe e da criança. O primeiro alojamento conjunto que a gente tem notícia no Brasil foi feito pelo doutor Ernesto Silva, que foi secretário de Saúde na época da fundação de Brasília. É o tipo de alojamento em que a criança nasce e já é colocada ao lado da mãe. Até as décadas de 1960, 1970, e, em algumas instituições privadas, isto acontecia. Existia um local chamado berçário, em que crianças em situação normal iam para lá e eram separadas das mães. E, em Brasília, existia essa preocupação de que criança normal tinha de ficar com a mãe para serem amamentadas. A última pesquisa que fizemos mostra que cerca de 60% das crianças com menos de 6 meses são exclusivamente alimentadas com leite materno. Quando olhamos crianças com mais de um ano, mantemos os índices de 58%, 59% de crianças, que continuam sendo amamentadas apesar de comer comida de sal e frutas. [Olho texto=”O leite materno deve ser exclusivo até os seis meses. A partir daí, o bebê deve receber outros alimentos, como frutas e comidas de sal, além de continuar mamando. Até o final do primeiro ano, ele é o principal alimento do bebê. No segundo ano de vida, o leite materno ainda é muito importante. A vitamina C que o bebê precisa durante o dia, pode vir do leite materno sem necessidade de suplementação.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O que faz do leite materno um alimento tão completo? Quando o bebê suja a mão e leva bactérias para a boca, a saliva dele passa essa mensagem para a mama da mãe. “Tive contato com uma bactéria! Tive contato com um vírus!”. Aí, a mamãe começa a produzir fatores de defesa para proteger o bebê. É um alimento inteligente. Nessa época de seca e fria, o leite humano consegue suprir toda a quantidade de água que a criança precisa e ainda garante as defesas necessárias para o período. Como estão os índices de aleitamento materno no DF? Brasília é uma cidade com bons índices. A gente faz todas as orientações desde o pré-natal para a mãe saber dessa importância, passando pelas maternidades e chegando ao acompanhamento ambulatorial. Estimulamos a amamentação, porque quanto mais mulheres amamentarem, maior será o volume de leite que vamos coletar. Para ser doadora de leite materno, é importante a mãe estar amamentando seu bebê. A maioria das mulheres faz essa doação de 3 a 4 meses porque, depois, a produção delas se adequa à necessidade do bebê e diminui. Entretanto, há casos de mulheres que continuam doando pelo período de um ano, dois anos. Enquanto o filho se alimenta, ela é doadora. O leite é o mesmo em todo o período de amamentação? Ou perde qualidade com o passar do tempo? Na realidade, temos diferentes leites maternos. Durante o dia, uma mesma mulher vai produzir diferentes tipos de leite. Quando ela acorda e toma café da manhã, produz um tipo de leite. À tarde, depois do almoço, é outro. E assim sucessivamente. Todo o material que chega ao banco de leite passa por um rigoroso processo de seleção, classificação, pasteurização e controle de qualidade. Para cada pote, vamos saber quanto temos de calorias, de cálcio, de proteínas, teor de imunidade…isto ajuda para distribuirmos adequadamente para cada bebê, de acordo com suas necessidades. Então, cada coleta é examinada e classificada individualmente? Sim. Se uma mãe doar quatro a cinco frascos de leite, cada frasco será classificado e distribuído de acordo com as características identificadas em cada pote. O volume de doações no DF é suficiente? A gente tem uma meta de coleta de, no mínimo 1,5 mil litros de leite humano por mês, para que possamos atender à demanda dos bebês internados nas redes de saúde pública e privada. Quando a gente fala em coleta de leite materno no DF, levamos em conta todo o sistema. O peso do sistema público é muito maior até pela demanda da rede. Mas todas as crianças, estejam no sistema público ou suplementar, são cidadãos e merecem ter o melhor. No DF, temos leis que definem isto. Qualquer maternidade, pública ou privada, deve ter condições de oferecer leite humano para os bebês internados. Até agosto, vamos chegar a 100% de atendimento com banco de leite ou postos de coleta para ofertar leite humano a bebês internados. Seremos a única cidade do mundo com essa característica. [Olho texto=”No sistema privado, temos três bancos de leite. No público, são 12 bancos e dois postos de coleta. A supervisão é da Secretaria de Saúde. Treinamos os profissionais e a Vigilância Sanitária avalia as condições. Ter esse suporte é importante. Muitas mulheres, que optam por uma unidade privada, precisam de assistência para a amamentação. A amamentação é bom para elas e o filho.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É importante para a mulher também? Sim. É um momento que traz prazer para a maioria. No começo é difícil. Nem sempre é um mar de rosas. Ser mãe e amamentar tem de ser prazeroso. Não pode sentir dor. Se está sentindo dor, deve procurar ajuda para verificar o que está errado. Não é para sentir dor, a natureza não fez desta forma. Às vezes, as pessoas não sabem que existem Bancos de Leites, que, na verdade, são casas de apoio à amamentação. Todas as mulheres que desejam amamentar podem procurar um Banco de Leite ou um posto de coleta e terá ajuda. Na maioria das vezes, essa questão de a mãe achar que o leite é pouco, é fraco, que não é suficiente para alimentar a criança, na realidade é um ajuste de posição, de manejo, que precisa ser feito. Na maioria das vezes, o banco de leite consegue resolver o problema de amamentação e a mãe acaba se tornando uma doadora de leite materno. Infelizmente, muita gente não conhece esse trabalho. Qualquer mulher que está amamentando pode ser doadora? Potencialmente, sim. Todas podem. E é importante desmistificar alguns equívocos. Quanto mais a mulher amamenta, mais ela produz leite. Logo depois do parto, a mama se organiza para oferecer mais. Depois, ela produz conforme for demandada. Tipo uma fábrica. Se alguém demanda, ela produz. Ou seja, quando mais ela retira, mais ela terá. Outra coisa importante é que a mãe pode encher um pote de doação, de 300 ml, por semana. “Às vezes, a angústia que elas têm é de não dar conta de encher tudo no mesmo dia. E não precisa. Pode fazer isto ao longo de sete dias, sem problema. Não compromete em nada a qualidade do leite. Sabe o que é mais bonito nesse processo? A mãe que doa seu leite está ensinando ao filho o primeiro ato de solidariedade que ele pode ter. Dividir com outros o alimento dele, que sobra. Porque um potinho desses de 300 ml pode alimentar até 10 bebês. Não importa a quantidade da doação, se alimentar um bebê, já cumpriu a missão. O que é preciso para ser doadora? Todas as mulheres precisam dos exames do pré-natal. Se o bebê dela for maior, a gente repete os exames a cada seis meses, em média. São exames para sífilis, hepatite e Aids, além de outros. É um controle sanitário que precisamos ter para dar segurança à mãe receptora. A mãe que recebe pode ter essa segurança. O leite que ela pega no Banco de Leite tem procedência e passou por um controle de qualidade rigoroso. Qual o potencial de doação de uma mãe que está amamentando? Temos doadoras que enchem 10 a 15 frascos, por semana, mas temos quem só consiga encher um. E todas têm a mesma importância. Todas elas são valorizadas por nós. É um ato voluntário e a gente reconhece que elas contribuem para que os bebês internados possam ir para casa com saúde. A solidariedade delas movimenta a vida de muitas famílias. De pessoas que nem imaginam. No ano passado foram mais de 10 mil crianças atendidas, com quase 6 mil doadoras. Isto representa 12% das mulheres que tiveram bebês no DF. Poderíamos ter mais mulheres contribuindo. A gente acredita que seja por falta de informação. Quais os cuidados que a doadora precisa ter? O leite humano é considerado pela Organização Mundial de Saúde o alimento padrão ouro para a saúde da criança. É o melhor alimento que ela pode receber. Quando a gente fala isso é aquele leite que sai direto do peito da mãe para o bebê. A partir do momento que colocamos um pote no meio, precisamos lidar com esse alimento de forma segura. É necessário cuidado na manipulação para não desperdiçá-lo. A mãe precisa colocar algo para proteger o cabelo, touca ou lenço, além de usar máscara ou fralda, para cobrir boca e nariz. O importante é evitar que uma gotícula ou um cílio caiam no pote. É preciso lavar mãos e braços até a altura do cotovelo. E passar água no peito e fazer massagem até a extração do leite. O primeiro esguicho é desprezado. Ela colhe o seguinte. Depois, é importante colocar no congelador para não perder todo o leite. Geralmente, a gente fornece os potes para coleta, basta solicitar. Qual o percentual de descarte de leite doado? Descartamos pouco. A maioria das mulheres tem compromisso com a causa. E isto é bonito. Dá trabalho, não é algo fácil. Tem de ter dedicação. Em julho, mês de férias escolares, muitas das nossas doadoras, mães de outras crianças, não têm tempo para o cuidado com a doação. Então, nossas coletas caem um pouco. A gente vê que essas doações são um ato de solidariedade, para ajudar outra mulher e uma criança, que precisa demais do leite para sobreviver. Uma mãe pode amamentar no peito o filho de outra mãe? Na realidade, a gente não orienta essa prática, que chamamos de amamentação cruzada. Existem algumas patologias em que a mãe tem doença e pode amamentar o filho dela, mas não o de outra mãe. A gente aconselha a procura pelo banco de leite. As pessoas até brincam dizendo que o banco de leite hoje é a mãe de leite do século 21. No banco de leite temos o rigoroso processo de seleção e classificação do tipo de leite para oferecer ao bebê certo, sempre com objetivo específico. Além de ir ao banco de leite e postos de coleta, onde as mães podem buscar informações sobre a doação? Temos o site www.amamentabrasilia.saude.df.gov.br com informações sobre o tema. Se as mulheres buscarem nas redes sociais, Facebook e Instagram, vai encontrar grupos de mãe doadoras. É legal trocar experiências e conhecer histórias de quem já está doando. Outra coisa importante é que as mães têm a facilidade de ligar para o número 160, opção 4, para esclarecer as dúvidas e pedir a coleta domiciliar. [Olho texto=”Quando começamos com o Banco de Leite no DF, em 1978, as mães precisavam ir ao ponto de coleta. Com o tempo, a gente viu que as coisas eram difíceis porque ela tinha um bebê para cuidar. Para ir ao hospital doar era difícil. Organizamos as rotas domiciliares para coleta. Em 1979, fizemos parceria com o Corpo de Bombeiros. Em 2010, passamos a cobrir todo o DF. Temos 20 duplas de militares, que cobrem 12 bancos de leite. Eles arrecadam 90% do volume doado.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Qual seu objetivo no trabalho à frente da coordenação das políticas de aleitamento materno no DF? Tenho a ambição de a gente conseguir aumentar o volume coletado. Hoje, o que coletamos, cerca de 1,5 mil litros por mês, apenas supre a necessidade dos bebês internados. Mesmo assim precisamos administrar bem para não faltar. Mas gostaríamos de coletar o dobro, três mil litros de leite materno, para oferecer a qualquer família que precisa alimentar um bebê.
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Samambaia é a primeira cidade a receber Carreta do Bebê
A Carreta do Bebê, promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) chegou neste sábado (1º/6) à Região Administrativa de Samambaia com diversos atividades para a população, entre elas apresentações artísticas, brincadeiras, palestras, oficinas, rodas de conversa, ações de saúde, assistência jurídica e psicossocial. A iniciativa faz parte da programação da IV Semana do Bebê que começou oficialmente na sexta-feira (31/5) e tem como objetivo ampliar o debate na sociedade sobre a importância da primeira infância. “A causa da criança e do adolescente é uma causa de todos. Quando todos compreenderem que nossos filhos e os filhos dos outros também são nossa responsabilidade, a gente vai dar um destino diferente para todas as crianças. O investimento na primeira infância pode modificar o desenvolvimento de um país”, explicou a subsecretária de Políticas para a Criança e o Adolescente da Sejus, Adriana Faria. Um dos temas abordados no evento foi o aleitamento materno. Funcionários do Banco de Leite do DF orientaram gestantes e mães sobre amamentação e doação de leite. Com a pequena Aila Katarine, de três meses, nos braços, a doméstica Ivanilda Santos, 29 anos, foi umas das mães que participou da palestra na manhã deste sábado. “ Eu tirei muitas dúvidas. Aprendi sobre os alimentos que podem dar mais gases no bebê e outros que aumentam a produção do leite. Aprendi o que é mito e o que é verdade sobre amamentação e Banco de Leite, além de ter mais informação sobre a importância de a criança ficar só no peito até os seis meses e com demanda livre”, contou. Segundo a coordenadora de aleitamento materno, Miriam Santos, que participou do evento, debater esse tema com a comunidade é fundamenta para melhorar o desenvolvimento das crianças. “O leite materno é o melhor alimento para a criança. Ele favorece o desenvolvimento cerebral e evita doenças crônicas. Quando a gente traz essas informações para as mães e gestantes, é possível contribuir para o desenvolvimento de muitas crianças que vivem nessa região”, acrescentou. Outro serviço bastante procurado pela população foi o do Conselho Tutelar. De acordo com a conselheira Cenira Pereira, as principais dúvidas foram sobre a questões de guarda de menores, atendimento na assistência social e conflitos familiares. “É muito importante o Conselho estar presente nesse tipo de ação e tão perto da comunidade. Tem muita procura pelo nosso atendimento porque a população vê o Conselho Tutelar como um órgão que pode direcionar e ajudar a resolver seus conflitos familiares e judicias”. Além de Samambaia, a Carreta vai passar até o dia 7 de junho por Ceilândia, Estrutural, Varjão, Fercal, Itapoã e Planaltina. Para realizar o evento, a Sejus conta com a parceria de outras secretarias e administrações regionais, além do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do DF (CDCA), da Defensoria Pública, da Vara da Infância, organizações da sociedade civil e outros atores na defesa dos direitos da criança. Domingo (2) – Ceilândia/Sol Nascente Segunda (3) – Estrutural Terça (4) – Varjão Quarta (5) – Fercal Quinta (6) – Itapoã Sexta (7) – Planaltina *Com informações da Sejus
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GDF oferece 12 Postos de Coleta de Leite Humano
Programa Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde auxilia as mães com dificuldade para alimentar os pequenos / Foto: Vinícius Melo/Agência Brasília O período de gestação é uma fase feliz e, ao mesmo tempo, cheia de obstáculos, mudanças e estresse para a mãe. Isso reflete diretamente na produção do leite materno, segundo especialistas. Para suprir a eventual falta do alimento, o Governo do Distrito Federal oferece 12 Postos de Coleta de Leite Humano que funcionam em diversas regiões administrativas. Na semana passada, a primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha, visitou uma das unidades que realiza a coleta do leite humano – o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) – e reforçou a importância das mães doarem. Mayara teve o filho Matheus Rocha há três meses e se engaja nesta causa. A parceria entre a Secretaria de Saúde e o Corpo de Bombeiros, por exemplo é um sucesso. Uma vez por semana os militares visitam as casas das doadoras e deixam os kits para a coleta (pote de vidro, touca e máscara). Na semana seguinte, retornam para buscar o leite e entregar novos equipamentos, ou seja, a mãe ajuda sem sair de casa. “Há mulheres que pensam não ter muito leite, mas ela possui uma semana para juntar 300 ml que ajudam até dez bebês. O leite humano é o melhor alimento que uma criança pode receber. Ele é feito para humanos e, por mais que a indústria altere algo, o leite de animais é feito para seus filhotes de tamanhos e necessidades diferentes”, explica a coordenadora do Aleitamento Materno e do Banco de Leite Humano da Secretaria de Saúde, a médica pediátrica Miriam Santos. O processo é extremamente rigoroso. Ele passa pela seleção, classificação, processamento, controle de qualidade e distribuição do leite humano pasteurizado, garantindo, dessa forma, a qualidade do alimento que chega ao bebê. De acordo com a Secretaria, os bancos de leite humano do GDF têm classificação de Padrão Ouro pelo Programa Internacional Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano. Tornando-se o local mais próximo, no mundo, a conquistar a autossuficiência em leite materno. Solidariedade O Banco de Leite Humano atende cerca de 800 novas crianças por mês. No ano passado, foram atendidos 12 mil bebês. Neste ano a meta é alcançar 15 mil. São comuns os relatos de vidas salvas por meio da solidariedade de outras mães. Maria do Socorro da Silva Santos, moradora do Setor P Sul (Ceilândia) descobriu uma gravidez natural de gêmeos logo ao completar 50 anos, um caso que chama a atenção na equipe de saúde. Beatriz e Giovana nasceram prematuras e ficaram internadas na UTI por 22 dias. Com os problemas vindos de uma gravidez de risco, a mãe não teve leite para amamentá-las. “Minha gestação foi uma surpresa para a família. Tenho três filhos criados e quatro netos. Eu tinha muito medo de não sobreviver a este parto. Acredito que isso interferiu na produção do meu leite. Eu uso o banco de leite e ainda vou usar por muito tempo, graças a Deus que tenho esse meio. Eu queria ter bastante leite para dar para as minhas filhas e ainda doar para outros bebês, mas, infelizmente, não tenho. Então, o Banco de Leite me ajuda muito”, conta ela, atendida no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Serviço: Para entrar em contato e ser uma doadora, você tem três opções: – Ligar para o telefone 160, opção 4 – Cadastrar-se pelo site www.amamentabrasilia.saude.df.gov.br – Baixar o aplicativo Amamenta Brasília, disponível em IOS ou na Play Store.
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