Sistema de alarmes da Barragem do Descoberto garante segurança na região
“Atenção! Este é um teste sonoro, estamos testando os autofalantes.” Foi com este aviso que equipes da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) avaliaram, nesta terça-feira (2), o sistema de sirenes usado para alertar a comunidade ribeirinha às margens do Rio Descoberto em caso de acidente com a barragem. Além das sirenes, o sistema de segurança inclui 64 placas de orientação, com objetivo de guiar os moradores por uma rota de fuga até um ponto de encontro seguro | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O procedimento verifica a integração entre os dispositivos de monitoramento da represa do Descoberto e o sistema de alertas sonoros para a população, instalados no local no fim do ano passado As sirenes foram distribuídas em sete torres ao longo do perímetro de segurança do reservatório, que engloba comunidades no Distrito Federal e em Águas Lindas (GO). “Nós sabemos que não vai ocorrer nenhum acidente, porque a barragem é muito bem monitorada, em tempo real. Além disso, terminamos agora uma obra de revisão de toda a parte estrutural. Mas, o plano existe para dar mais segurança à população” Luís Antônio Reis, presidente da Caesb A Barragem do Rio Descoberto é uma estrutura imponente, com 265 metros de crista. O reservatório é responsável pelo abastecimento de 60% da população da capital federal. “Nós sabemos que não vai ocorrer nenhum acidente porque a barragem é muito bem monitorada, em tempo real. Além disso, terminamos agora uma obra de revisão de toda a parte estrutural. Mas, o plano existe para dar mais segurança à população”, frisa o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. A testagem faz parte do Plano de Ação de Emergência (PAE) para a evacuação segura da população potencialmente afetada em caso de emergência. O projeto está previsto na Política Nacional de Segurança de Barragens e tem como base as diretrizes da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O investimento da Caesb neste sistema de alertas é de R$ 1.888.733,75. O investimento da Caesb no sistema de alertas, que está previsto na Política Nacional de Segurança de Barragens e tem como base as diretrizes da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), é de R$ 1.888.733,75 Direcionamento e segurança Segundo a companhia, cerca de 120 pessoas vivem em propriedades rurais localizadas na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS). O local, com extensão de aproximadamente 6 km e área equivalente a 3,34 km², é a região mais próxima à barragem. Essa população demanda atenção prioritária porque precisaria evacuar o local em nível máximo de urgência em caso de ocorrência na represa. Além das sirenes, o sistema de segurança inclui 64 placas de orientação, com objetivo de guiar os moradores por uma rota de fuga até um ponto de encontro seguro. A próxima etapa de implantação do plano de emergência prevê uma simulação em parceria com a Defesa Civil, para treinar os cidadãos que vivem no local sobre como proceder caso as sirenes disparem. O procedimento deve ser realizado no segundo semestre. Histórico A Barragem do Rio Descoberto fica ao longo da BR-070 e foi inaugurada em 1974, dando origem a um lago de 12,5 km² de área de espelho d’água e capacidade de armazenar cerca de 86 milhões de m³. O Lago Descoberto faz parte do sistema integrado de abastecimento, operado pela Caesb, e abastece Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires, Pôr do Sol e Sol Nascente.
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Sistema de alarme com sirenes será testado às margens do Rio Descoberto
Nesta quarta (17), às 14h, a Caesb fará um teste de autonomia do sistema de alarme para moradores rurais em áreas localizadas abaixo da Barragem do Descoberto que integram o perímetro de segurança do reservatório, ou seja, a Zona de Autossalvamento (ZAS). A ZAS possui uma extensão de aproximadamente 6 km e área equivalente a 3,34 km². Das torres, sirenes serão acionadas durante o teste, seguidas de mensagens avisando as pessoas sobre o procedimento | Foto: Divulgação/Caesb O teste vai avaliar a autonomia do sistema por cerca de 30 minutos ininterruptos. Os parâmetros a serem medidos estão relacionados às baterias, que terão seu valor de carga aferido, de forma remota, antes e depois do acionamento. Equipes da Defesa Civil, do Batalhão Rural da PMDF e da Caesb farão o teste de audibilidade do equipamento em pontos distintos da ZAS. O sistema de alerta sonoro com sirenes consiste na emissão de mensagens para áreas definidas, de forma rápida e econômica. Foram instaladas sete torres em propriedades rurais ribeirinhas do Rio Descoberto e em comunidades próximas, localizadas no Distrito Federal e no estado de Goiás (Águas Lindas). Durante o teste, será emitida a seguinte mensagem, alternada com o som de cornetas: “Atenção! Este é um teste sonoro. Estamos testando os alto-falantes. Fique calmo”. Plano emergencial [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As medidas fazem parte do Plano de Ação de Emergência (PAE) da Barragem do Descoberto para a evacuação segura da população potencialmente afetada em caso de emergência. O plano está previsto na Política Nacional de Segurança de Barragens e em resolução da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O investimento da Caesb neste sistema de alertas é de R$ 1.888.733,75. A próxima etapa será a realização de um simulado com a população local, para treinamento. “A Caesb tem um compromisso contínuo com a segurança e o bem-estar de nossa comunidade”, ressalta o presidente da companhia, Luís Antônio Reis. “Por isso, estamos implementando o Plano de Ação de Emergência da Barragem do Descoberto, que garante a evacuação segura da população potencialmente afetada em caso de emergência”. Histórico Responsável pelo abastecimento de 60% da população da capital federal, a Barragem do Rio Descoberto, fica às margens da BR-070 e foi inaugurada em 1974, dando origem a um lago de 12,5 km² de área de espelho-d’água e capacidade de armazenar cerca de 86 milhões de m³. O Lago Descoberto faz parte do sistema integrado de abastecimento operado pela Caesb, abastecendo Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires, Pôr do Sol e Sol Nascente. *Com informações da Caesb
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É chuva que não acaba mais
Somente na noite de domingo (21), a cota de água do Lago Paranoá aumentou 11 centímetros, passando de 1000,64 para 1000,75 metros | Foto: Gilberto Alves/CEB As aberturas das comportas da Barragem do Lago Paranoá foram aumentadas novamente na manhã desta segunda (22), chegando a um total de 2 metros e 10 centímetros de abertura (70 centímetros em cada uma). A operação de controle do volume do Lago Paranoá começou na segunda passada (15), devido à intensidade das chuvas que atingem o Distrito Federal neste mês, o fevereiro mais chuvoso na capital desde 1962. Somente na noite de domingo (21), a cota de água do Lago Paranoá aumentou 11 centímetros, passando de 1000,64 para 1000,75 metros. Por conta disso, a CEB Geração autorizou um novo aumento da abertura das comportas, que passaram de 90 centímetros para 120 centímetros durante a madrugada, depois para 180 centímetros em torno de 9h30 desta segunda (22), e agora para 210 centímetros no fim da manhã. Todas as aberturas das comportas são coordenadas pela CEB Geração juntamente com o Corpo de Bombeiros do DF e a Defesa Civil, que emitiu alertas via SMS para que evitem as margens do Rio São Bartolomeu, que pode ter o volume de água aumentado. Além disso, a cada novo aumento das aberturas, sinais sonoros são emitidos pelas sirenes do sistema de notificação em massa por 10 quilômetros quadrados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O diretor-geral da CEB Geração, Eduardo Roriz, explica a importância do trabalho de monitoramento e de controle do volume de água do Lago Paranoá: “Estrategicamente, temos que sempre estar com a cota o mais baixa possível para suportar qualquer aumento de água, senão temos que abrir muito as comportas e assim ocorre uma elevação muito grande no nível da jusante”. A previsão de chuvas para os próximos sete dias no DF permanece, com tendência de intensificação no fim de semana. A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Morgana Almeida, esclarece o motivo de tanta chuva neste mês no DF: “O período chuvoso está sendo influenciado pelo fenômeno chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul, que cria um corredor de nebulosidade desde a região Norte e o DF, por estar no meio dele, fica sob efeito de muita umidade e formação de nuvens”. Além do Lago Paranoá, os níveis dos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria também estão sendo afetados pelas chuvas. Ambos estão com 100% de volume útil desde a semana passada, quando atingiram as cotas de 1.030,10 e 1.072,08, respectivamente, na segunda (15). No início do mês, o nível do reservatório do Descoberto estava em 84,1%, e o de Santa Maria, 96,3%. A intensidade do período chuvoso acabou causando alguns transtornos em diversas regiões do DF, e o Governo prontamente trabalhou para solucionar os problemas. Em Vicente Pires, foram realizados serviços de patrolamento e desentupimento de bocas de lobo. No Plano Piloto, máquinas trabalharam para desobstruir vias nas Asas Sul e Norte.
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Comportas da Barragem do Lago Paranoá são abertas
Comportas abertas: 46 metros cúbicos de água por segundo | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília As fortes chuvas que atingiram o Distrito Federal nos últimos dias fizeram com que o reservatório de águas do Lago Paranoá alcançasse a cota de 1000,6 metros. Assim, a CEB Geração, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) e a Defesa Civil, realizou o procedimento de abertura de comportas da Barragem do Paranoá no início da tarde desta segunda-feira (15). [Olho texto=”Quando as comportas são abertas, o volume de água no Rio Paranoá aumenta rapidamente, numa escala de 10 a 90 centímetros de altura” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A operação teve início às 12h, quando um helicóptero dos bombeiros fez um sobrevoo pela região da jusante da barragem para checar a presença de pessoas nas proximidades dos rios e evitar acidentes – pois, quando as comportas são abertas, o volume de água no Rio Paranoá aumenta rapidamente, numa escala de 10 a 90 centímetros de altura. Cerca de 45 minutos depois, as sirenes do sistema de notificação em massa foram acionadas, alcançando uma área de 10 quilômetros quadrados, alertando que a operação começaria em breve. Às 12h48, 15 centímetros das comportas 1 e 3 da Barragem do Paranoá foram abertos, e um volume aproximado de 46 metros cúbicos de água por segundo foi liberado para a jusante. Cota monitorada “Essa ação é necessária para que os níveis da barragem permaneçam dentro de patamares confortáveis e em conformidade com as normas técnicas dos órgãos regulatórios”, explica o diretor-geral da CEB Geração, Eduardo Roriz, que acompanhou a operação e a considerou um sucesso. “A abertura das comportas estava prevista, pois fazemos um monitoramento 24 horas por dia do nível da cota do Lago Paranoá.” [Numeralha titulo_grande=”R$ 3 milhões ” texto=”foram investidos pela CEB na atualização do sistema de notificação em massa” esquerda_direita_centro=”centro”] A operação também foi a primeira após a CEB ter investido cerca de R$ 3 milhões na atualização do sistema de notificação em massa, que agora conta com 12 postes de 12 metros de altura, cada um contendo de cinco a 16 cornetas que propagam o som do aviso sonoro por uma área de 10 quilômetros quadrados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Todo o trabalho de preparação do sistema, desenvolvido pelas equipes da CEB Geração durante a pandemia, foi finalmente utilizado para alertar a população sobre a abertura de comportas e os riscos à jusante da barragem”, resume o presidente da CEB, Edison Garcia. Aproximadamente 300 pessoas moram nas comunidades ribeirinhas do Altiplano Leste e do Boqueirão, localizadas às margens do Rio Paranoá. O Lago Paranoá possui cerca de 500 milhões de litros de água, distribuídos em uma área de 40 quilômetros quadrados e com uma profundidade máxima de 48 metros. No ano passado, a CEB Geração efetuou seis operações de abertura das comportas da Barragem do Paranoá.
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Maior reservatório do DF, o do Descoberto, verteu nesta segunda
Horas depois do reservatório de Santa Maria começar a verter, o do Descoberto também encheu por completo e, por volta das 6h desta segunda-feira (15), começou a verter. O reservatório do Descoberto é responsável por abastecer aproximadamente 60% da população do Distrito Federal. A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) ressalta que os eventos permitem segurança hídrica, mas a população tem papel essencial na economia da água. A Barragem do Descoberto pode armazenar até 103 milhões de m³ | Foto: Divulgação/Caesb A Barragem do Rio Descoberto fica às margens da BR-070 e foi inaugurada em 1974, dando origem a um lago de 17 km² de área de espelho d’água. Ela tem capacidade de armazenar um volume total de 103 milhões de m³. O Lago Descoberto faz parte do sistema integrado de abastecimento, operado pela Caesb, e abastece Ceilândia, Taguatinga, Sudoeste, Samambaia, Riacho Fundo, Guará, Águas Claras e Recanto das Emas. Já o de Santa Maria abastece Plano Piloto, Cruzeiro, Núcleo Bandeirante, lagos Sul e Norte, Sudoeste e Guará. [Olho texto=”O reservatório do Descoberto é responsável por abastecer aproximadamente 60% da população do Distrito Federal” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Santa Maria Na tarde de domingo, o Reservatório de Santa Maria também começou a verter. O Sistema Santa Maria (Santa Maria/Torto) é responsável por 27% do abastecimento do DF e possui uma vazão de 1.470 l/s de água. O volume útil de água é de 45,5 milhões de m³. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Apesar das boas notícias e da segurança hídrica com os reservatórios cheios, o diretor de Operação e Manutenção da Caesb, Carlos Eduardo Borges Pereira, reforça a importância do apoio da população na garantia do uso deste bem finito, a água. “Estamos com os dois reservatórios cheios, o que vai garantir um bom abastecimento à população. Mas é importante ressaltar que, como todos os anos, enfrentamos uma longa estiagem no DF, então precisamos usar a água de forma consistente para termos abastecimento regular mesmo no período da seca”, explica o diretor. *Com informações da Caesb
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Rio Preto ganha barragem
Obra permite a retomada do crescimento da economia da região, grande produtora de grãos e hortaliças | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Após quatro anos de espera, a comunidade do Núcleo Rural do Rio Preto, em Planaltina, pode comemorar o fim de um grande problema: a falta de água. Nesta quarta-feira (25), o GDF entregou as obras concluídas da barragem do Rio Imbiruçu, que vai abastecer dezenas de famílias da região, responsáveis pela produção de hortaliças e grãos comercializados em todo o Distrito Federal. A reforma levou menos de 45 dias e foi bastante comemorada por 19 famílias que moram em chácaras na região. Sem água, não há produção agrícola que sobreviva – o que reforça a importância da obra. As plantações ficam sem irrigação e os homens e mulheres do campo, sem trabalho. Ou seja, todo um ciclo de produção é prejudicado. Mas isso mudou e transformou a vida de produtores rurais, como Antônio Moraes e Francisco Júnior. “Agora, a gente pode plantar mais à vontade”, comemora Antônio. “Era muito difícil, porque a gente tinha que puxar água do córrego para cá, e isso era muito caro também. Agora está bem tranquilo e bom para todos daqui.” [Olho texto=”“Foram quatro anos de espera, mas que valeram a pena. Tendo água, a gente confia e pode pensar em produzir mais” ” assinatura=”Francisco Júnior, produtor rural ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O produtor de hortaliças Francisco Júnior também ficou satisfeito. “A barragem é de grande utilidade”, afirma. “Tivemos o rompimento lá atrás, em 2016, e a água diminuiu bastante, desde então. Diminuímos a produção, e muitas pessoas precisaram sair daqui, porque não tinham como produzir e foram trabalhar em outras áreas. Foram quatro anos de espera, mas que valeram a pena. Tendo água, a gente confia e pode pensar em produzir mais”. Solução definitiva [Olho texto=”“Tudo que o governo local puder fazer pela agricultura, será feito” ” assinatura=”Paco Britto, vice-governador” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante a inauguração da barragem, o vice-governador Paco Britto reforçou a importância da obra. “É uma solução definitiva para os produtores rurais desta região”, disse. “A barragem leva abundância de água a uma população que necessita tanto dela para produzir hortaliças – uma produção não só para todo o DF, mas também fora dele. Tudo que o governo local puder fazer pela agricultura, será feito”, assegurou. “O canal veio para ajudar aqueles que não tinham água, ou seja, os pequenos produtores da região”, resume o secretário de Agricultura, Candido Teles. “Muitas famílias que saíram daqui retornaram e agora estão produzindo de novo. Para nós, isso não tem preço.” Também em tom de agradecimento, o presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do DF (Coopermista), Ivan Engler, declarou: “Só quem sabe o que é passar sede na vida sabe como é difícil ter um litro de água e não saber se dá para o pé de alface, para a galinha ou se toma banho. Então, nós agradecemos o esforço que o governo fez para concluir esta obra”. União de esforços O sorriso e a esperança vistos em Antônio e Francisco, compartilhados com tantas outras famílias, é resultado de um trabalho feito a muitas mãos. A obra na barragem do Imbiruçu contou com a união de forças entre a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a Secretaria de Agricultura (Seagri). “Essa entrega de hoje é uma reivindicação antiga”, pontuou Candido Teles. “É uma obra do governo e de todos. Essa integração do governo Ibaneis é que faz toda a diferença. Eu ouvi dizer que essa obra só precisava de vontade para sair do papel. Os produtores esperaram, esperaram e não acontecia. A vontade chegou, e agora ela [a barragem] foi entregue.” [Olho texto=”“Eu ouvi dizer que essa obra só precisava de vontade para sair do papel. Os produtores esperaram, esperaram e não acontecia. A vontade chegou, e agora a barragem foi entregue” ” assinatura=”Candido Teles, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=”centro”] A Novacap e o DER executaram a obra, compartilhando máquinas como pá mecânica, retroescavadeira e caminhões. Ajudaram também com o trabalho de topografia, necessário para a barragem. A Seagri e a Emater, por sua vez, conduziram os serviços a partir do conhecimento técnico de seus servidores. “As pessoas podem imaginar que é uma coisa de pequeno vulto, mas é isso que dá condições para os produtores nos darem condições de comer lá na cidade”, resumiu o diretor-geral do DER, Fauzi Nacfur Júnior. “É uma obra de extrema importância e mostra a integração deste governo.” [Olho texto=”“As pessoas podem imaginar que é uma coisa de pequeno vulto, mas é isso que dá condições para os produtores nos darem condições de comer lá na cidade” ” assinatura=”Fauzi Nacfur Júnior, diretor-geral do DER” esquerda_direita_centro=”centro”] Por sua vez, o secretário executivo de Agricultura, Luciano Mendes, reforçou a eficácia de um trabalho conduzido por meio de parceria: “A união destas instituições permitiu reconstruir a barragem e colocá-la à disposição dos produtores. Agora, eles podem utilizar esse volume de água acumulado no período da chuva para irrigar as lavouras, no período da seca ”.
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Lago Paranoá: a moldura líquida para a capital
Um dos principais cartões postais de Brasília nasceu antes mesmo da capital. Seis décadas antes, na verdade. Chamado de “moldura líquida da cidade” por Juscelino Kubitschek, a ideia de se ter um lago onde hoje existe o Lago Paranoá foi pensada bem antes da eleição do presidente que tirou Brasília do papel e da decisão definitiva de se transferir a capital para o Planalto Central. Foi o botânico francês Auguste François Marie Glaziou o primeiro a perceber o potencial hídrico que alimentava o rio Paranoá. Ele foi um dos integrantes da Comissão Cruls, que visitou a região entre 1892 e 1894. Em seu artigo “Notícia sobre Botânica Aplicada”, presente no relatório parcial da Comissão de Estudos da Nova Capital da União, publicado em 1896 no Rio de Janeiro, Glaziou descreve o relevo da região e aponta as facilidades que a depressão provocada pelo Rio Paranoá e os pequenos rios ao seu redor davam à construção de um lago artificial. “Ele observou o vale formado por um processo de milhões de anos: a erosão causada pelas águas dos rios que passavam ali e desaguavam no rio São Bartolomeu”, afirma Elias Manoel da Silva, historiador do Arquivo Público do DF. “Ele disse que, se represasse a água no local onde ficavam as cachoeiras do Paranoá, era fácil fazer um lago. Bastava fechar o Paranoá”, completa. Cachoeira do rio Paranoá encoberta pelo lago artificial. Fotos: Arquivo Público do DF Em seu relatório, Glaziou comenta que chegou “a um vastíssimo vale banhado pelos rios Torto, Gama, Vicente Pires, Riacho Fundo, Bananal e outros. Impressionou-me muitíssimo a calma severa e majestosa desse vale. […] Entre dois grandes chapadões na localidade pelos nomes de Gama e Paranoá, existe imensa planície em parte sujeita a ser coberta pelas águas da estação chuvosa”. E diz: [Olho texto=”É fácil compreender que, fechando essa brecha, com uma obra de arte, forçosamente a água tornará ao seu lugar primitivo e formará um lago navegável em todos os sentidos” assinatura=”Auguste François Marie Glaziou” esquerda_direita_centro=”centro”] A arquiteta Angelina Nardelli Quaglia acrescenta que o botânico francês também referenciava um futuro lago como elemento de “aformoseamento para a região, trazendo a admiração de todas as nações”. “O espelho d’água esteve presente desde o início como um importante elemento da topografia a ser inserido ao cotidiano da cidade”, afirma. Depois das duas comissões presididas por Luiz Cruls ainda no século 19, várias comissões foram criadas para estudar a mudança da capital até 1955, quando JK foi eleito e começou de fato a transferência. Todas elas se reportavam às conclusões da Missão Cruls até que, em 1955, um projeto urbanístico da nova capital – elaborado a pedido do marechal José Pessoa, presidente da Comissão de Localização da Nova Capital do Brasil, chamado Vera Cruz –, traz o desenho de um lago. “O lago era pequeno, não tinha as dimensões do de hoje. Era apenas a representação de que a capital teria um lago”, explica Elias Manoel. Certidão de nascimento A certidão de nascimento do Lago Paranoá, no entanto, é do dia 30 de setembro de 1956, o dia da publicação do edital do concurso do Plano Piloto. A criação de um lago era exigência que todos os concorrentes deveriam levar em conta. Assim, todos os 26 projetos apresentados tinham no limite leste a presença de um lago cujo nível das águas era a cota 1.000, ou seja, a superfície do lago ficaria a mil metros acima do nível do mar. Faziam parte da comissão que preparou o edital do concurso, os arquitetos Raul Penna Firme e Roberto Lacombe, os mesmos que tinham pela primeira vez criado o projeto Vera Cruz com a presença do lago artificial. “É bem provável que esses arquitetos conhecessem as sugestões apresentadas no relatório do botânico Glaziou”, diz o historiador do Arquivo Público. Construção da barragem começou em 1957 A presença do lago então é justificada como fator estético e de lazer. Sua construção foi idealizada para aumentar a umidade do ar, diminuir a temperatura local e estabelecer uma fonte de lazer aos brasilienses. A construção da barragem no rio Paranoá começou em 1957 e as obras ficaram a cargo da empresa americana Raymond Concrete Pile Company of the Americas, a mesma que havia vencido a concorrência para entregar as estruturas metálicas dos edifícios da Esplanada dos Ministérios e única empresa estrangeira que trabalhava na construção da capital. Construção da barragem Num contexto em que as obras se guiavam pelo “ritmo de Brasília”, onde, em qualquer dificuldade, criava-se uma solução de emergência, o estilo de trabalho da empresa americana provocava atrasos constantes nas obras de construção da barragem. Juscelino, insatisfeito com o ritmo das obras, rescindiu o contrato e transferiu a responsabilidade pela construção da barragem para a Novacap, que dividiu o trabalho entre as construtoras Camargo Corrêa, Rabello e Engenharia Civil e Portuária. “A firma só sabia trabalhar segundo os métodos e os cronogramas norte-americanos”, dizia o presidente. Para ele, era inconcebível a inauguração de Brasília sem o lago. “Como inaugurar Brasília sem o lago tão amplamente anunciado e que, além do mais, seria a moldura líquida da cidade?”, questionava. Operários que trabalharam na construção da barragem relatam que as comportas foram fechadas sem a represa estar pronta. Inicialmente, obras ficaram a cargo da empresa americana Raymond Concrete Pile Company of the Americas, única empresa estrangeira que trabalhava na construção da capital Vila inundada Apesar dos contratempos, a barragem foi fechada em 12 de setembro de 1959, dia do aniversário de JK. Segundo o historiador Jarbas Silva Marques, a água subia cerca de dois centímetros por dia e, na inauguração de Brasília, o lago estava completamente formado. No local havia um acampamento, a Vila Amaury, onde se abrigavam aproximadamente 16 mil operários da construção. Muitos não acreditavam que o local seria alagado, mas tiveram que sair às pressas quando a água chegou, mais rápido do que imaginavam os especialistas. A Vila Amaury naufragou e hoje suas ruínas podem ser vistas no fundo do lago. O livro “1001 coisas que aconteceram em Brasília e você não sabia”, escrito pelo jornalista Hélio Queiroz, reúne mais de 700 relatos de fatos que aconteceram antes, durante e depois da construção de Brasília. Nele, pioneiros relatam que ”as águas do lago foram subindo e os moradores da Vila Amaury se mudando”. Até fins de 1959, mais de 100 famílias haviam se transferido. As transferências prosseguiram até o começo de 1960, quando as águas do lago cobriram toda a vila. “Encheu, viu!” O argumento de que o lago não iria encher porque as terras do Planalto Central eram porosas foi muito usado pelos opositores a Juscelino e contrários à transferência da capital e à construção de Brasília. Os boatos tinham dois autores principais: o presidente do Clube de Engenharia, Maurício Joppert da Silva, e o escritor Gustavo Corção. “A água do lago poderá ser absorvida pelo terreno, deixando-o vazio, total ou parcialmente”, escreveu Corção em um longo artigo no Jornal do Brasil em julho de 1959. Quando a barragem foi inaugurada e o lago começou a encher, JK mandou um lacônico telegrama a Corção dizendo “Encheu, viu!” Barragem foi fechada em 12 de setembro de 1959 e, na inauguração de Brasília, o lago estava completamente formado
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Defesa Civil faz prevenção na Barragem do Paranoá
A Defesa Civil do Distrito Federal está visitando as famílias das imediações da Barragem do Lago Paranoá para orientar sobre os procedimentos a serem adotados em caso de alerta de anormalidade com a barragem. Vinculada à Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF), a Defesa Civil está conversando e tirando dúvidas dos moradores. O trabalho é preventivo e vem sendo realizado desde o início da semana em parceria com a Companhia Energética de Brasília (CEB). “A prevenção é sempre a melhor solução”, destaca o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. “Quando não consegue evitar o acidente, ela minimiza os prejuízos. Em tragédias como aquelas a que assistimos em Mariana e Brumadinho (MG), a maior preocupação é sempre com a vida das pessoas”. Dez técnicos da Defesa Civil têm conversado com as famílias no raio de dez quilômetros a partir Barragem, o que engloba o Núcleo Rural Boqueirão e Paranoá. O perímetro foi definido a partir do mapa de inundação fornecido pela CEB, em caso de acidente. [Olho texto=”“A prevenção é sempre a melhor solução”” assinatura=”Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Testes “O objetivo desse trabalho é divulgar o nível segurança da barragem, treinar a comunidade e instituições sobre como deverão atuar em caso de emergência”, explicou o subsecretário da Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra. Na próxima segunda-feira (18), às 15h, serão realizados testes na sirene, que é acionada em casos de emergência. O objetivo é verificar se o alerta pode ser ouvido a cada dois quilômetros, até a distância de dez quilômetros da Barragem. “Queremos saber se há necessidade da instalação de outras sirenes para realizarmos um simulado, que somente será marcado após aferirmos a efetividade do equipamento”, completou o subsecretário. Após os testes, a Defesa Civil fará uma reunião com a comunidade local e apresentará pontos de encontro, às margens direita e esquerda do rio São Bartolomeu, onde os moradores estarão seguros em caso de rompimento da Barragem. * Com informações da Secretaria de Segurança Pública do DF
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Proibição de tráfego de caminhões sobre barragem do Lago Paranoá começa no dia 1º de março
O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) informa que a proibição de tráfego de caminhões sobre a barragem do Lago Paranoá será feita a partir de 1º de março. Por ora, a velocidade permitida no local será de 40km/h. Neste período de 30 dias que antecede o início da proibição, o local será devidamente sinalizado com placas e os caminhoneiros terão tempo hábil para buscarem rotas alternativas. Durante este período, também será estudado se a velocidade da via será mantida ou alterada. O DER/DF emitirá uma instrução de serviço oficializando a proibição de tráfego de caminhões no local e especificando a pesagem dos veículos proibidos de trafegar. O DER/DF irá realizar, a partir da próxima quarta-feira (06), o recapeamento sobre toda a extensão da via (630 metros), com reforço de 5 cm de pavimento asfáltico, além de sinalização e limpeza das saídas de água (drenagem). O prazo para execução da obra é de 15 dias e não haverá interrupção do trânsito para esta ação. *Com informações do DER
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