Emergência pediátrica do Hospital Regional de Santa Maria fez cerca de 13 mil procedimentos no 1º semestre
Durante o primeiro semestre de 2025, período marcado pela alta de casos de doenças respiratórias, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) fez 12.888 procedimentos de emergência pediátrica. Mais da metade dos pacientes, 51,21%, veio do Entorno Sul, enquanto 48,79% eram do Distrito Federal. Os dados reforçam o papel regional do hospital, especialmente no tratamento da bronquiolite viral aguda. Entre os procedimentos mais comuns estão as punções de acesso venoso periférico (6.197) e as coletas de secreções nasais e de garganta (2.686). Segundo a chefe de enfermagem do pronto-socorro infantil, Layana Lopes, a doença exige atenção constante. “A bronquiolite é uma doença complexa, e a criança é muito instável. Um atendimento eficaz depende de uma equipe preparada para identificar rapidamente as necessidades do paciente”, afirma. Um dos destaques no enfrentamento da doença foi a utilização do cateter nasal de alto fluxo (CNAF), tecnologia incorporada em 2024. Para garantir o uso adequado, 183 profissionais de enfermagem, fisioterapia e médicos passaram por capacitação. O resultado foi expressivo: dos 254 pacientes que utilizaram o CNAF, 77% apresentaram melhora significativa e não precisaram ser internados na UTI pediátrica. Os dados reforçam o papel regional do hospital, especialmente no tratamento da bronquiolite viral aguda | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF A fisioterapia também teve papel decisivo no cuidado às crianças, contribuindo para melhorar a ventilação pulmonar e reduzir o esforço respiratório. “A antecipação do uso do cateter em Santa Maria foi primordial para enfrentarmos o período crítico com melhores condições”, destacou Danielle Fontenele, chefe do serviço de saúde funcional do HRSM. O pediatra Fernando de Souza Martins ressalta a evolução no atendimento ao longo das últimas sazonalidades. “Houve uma melhora absurda nos fluxos de atendimento. Isso se deve à dedicação da equipe e à constante atualização dos protocolos”. A pediatra Loren Abreu Nobre reforçou o sentimento de superação da equipe. “Foi um período intenso, parecia que estávamos voltando da guerra. Mas saímos vitoriosos. Temos orgulho do time que formamos”. Atendimento pediátrico nas UPAs ajuda a desafogar hospitais Outro fator importante no enfrentamento à bronquiolite foi o fortalecimento do atendimento pediátrico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Atualmente, as unidades de São Sebastião, Sobradinho, Recanto das Emas e Ceilândia contam com pediatras e estrutura adequada para receber as crianças com sintomas respiratórios. De janeiro a junho de 2025, foram realizados 33.475 atendimentos pediátricos nestas unidades. Outro fator importante no enfrentamento à bronquiolite foi o fortalecimento do atendimento pediátrico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) A médica Ana Carolina Gomes, que atua nas UPAs de São Sebastião e Sobradinho, destacou o impacto da medida. “Essa iniciativa mudou o paradigma do atendimento pediátrico no DF. Com UPAs equipadas e equipes preparadas, conseguimos reduzir a pressão sobre os hospitais e oferecer assistência mais rápida, perto de casa”. IgesDF promove debate sobre estratégias no HRSM Para aprimorar ainda mais a atuação dos profissionais durante a sazonalidade, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) promoveu, na última segunda-feira (28), mais uma edição do projeto Educa em Ação, com foco na bronquiolite viral aguda. O encontro foi realizado no auditório do HRSM e contou com a participação de profissionais de saúde que atuam diretamente na linha de frente do atendimento. A superintendente do hospital, Eliane Abreu, abriu o evento destacando a importância da articulação entre diferentes setores. “Esse planejamento ultrapassa os muros da unidade. Trabalhamos com a região sul, em conjunto com o conselho de saúde, unidades básicas e demais partes interessadas. Nossa missão é antecipar os desafios”. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
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Policlínica do Gama aplica mais de 100 doses de medicamento contra bronquiolite em crianças
Inaugurada em fevereiro deste ano, a nova sala de aplicação de palivizumabe na Policlínica do Gama já foi responsável pela administração de 110 doses. O medicamento, aplicado de forma intramuscular, previne o vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite e de outras infecções graves em bebês e crianças pequenas. Sala aplicação do palivizumabe na Policlínica do Gama foi responsável por administrar mais de 100 doses no público-alvo, desde fevereiro de 2025 | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A dose é indicada para crianças menores de 2 anos com alto risco de desenvolver doenças causadas pelo VSR, como aquelas com malformações cardíacas, tanto congênitas quanto adquiridas, ou com displasia broncopulmonar (doença pulmonar crônica). Também estão elegíveis para a vacina crianças de até 1 ano nascidas com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias. Antony Rafael Gomes, hoje com 3 meses, nasceu com menos de 28 semanas de gestação e passou 71 dias internado. Ele já recebeu três das cinco doses do palivizumabe. Sua mãe, Laiane Gomes, de 18 anos, elogiou o novo espaço: “É uma sala muito aconchegante. Na primeira dose, ele não chorou. Hoje, chorou um pouquinho”. Assistência ágil Para proporcionar um atendimento mais rápido, duas enfermeiras atuam na sala: uma é responsável pela documentação e a outra pela aplicação do anticorpo. Ao chegarem, os bebês passam por uma triagem que inclui a verificação do peso. Cleonice Queiroz, enfermeira responsável pela aplicação, explica: “O palivizumabe age instantaneamente e não causa reações adversas. A aplicação pode doer um pouco no momento, mas a dor passa rapidamente”. Apesar de não oferecer riscos, a sala é equipada para eventuais intercorrências. A equipe da unidade também realiza busca ativa pelas mães ou responsáveis que não comparecem aos agendamentos, entrando em contato por telefone para reagendar. Outras medidas de prevenção O palivizumabe é uma das formas de prevenção contra doenças respiratórias graves em crianças. Durante a sazonalidade, a pediatra da Policlínica do Gama, Jeanne Alecrim, orienta sobre cuidados adicionais: “O vírus se espalha com facilidade, por isso é recomendável evitar lugares com aglomeração, como shoppings lotados, festas e feiras”. Ela também destaca a importância das medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e o nariz, especialmente para bebês que têm irmãos mais velhos na escola ou creche, que podem levar o vírus para casa. O pequeno Antony Rafael Gomes, de 3 meses, nasceu prematuro e já recebeu três das cinco doses do medicamento Policlínica do Gama Localizada no antigo Fórum do Gama, na Praça 02, Lote 14, Setor Central, a Policlínica foi revitalizada em dezembro de 2024, oferecendo melhor qualidade de atendimento, acesso facilitado e instalações modernas e bem equipadas. Na unidade, são disponibilizados atendimentos em diversas especialidades, como cardiologia, neurologia, pediatria, endocrinologia, dermatologia, geriatria, nefrologia, feridas complexas, pé diabético, otorrinolaringologia, ginecologia e reumatologia. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Bronquiolite é a principal causa de internação por infecção respiratória em menores de 1 ano
Com a chegada das estações mais frias, os atendimentos por doenças respiratórias em crianças disparam, enchendo as emergências pediátricas em todo o país. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a situação não é diferente – de janeiro a 10 de abril deste ano, o pronto-socorro infantil da unidade registrou 8.960 atendimentos, a maioria por problemas respiratórios. Apenas nos dez primeiros dias de abril, 903 crianças foram atendidas. Entre as doenças mais frequentes nesse cenário está a bronquiolite, atualmente a principal causa de internação por infecções respiratórias em crianças menores de 1 ano, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). De janeiro a 10 de abril deste ano, o pronto-socorro infantil do HRSM registrou 8.960 atendimentos, a maioria por problemas respiratórios | Fotos: Divulgação/IgesDF A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma infecção das vias respiratórias inferiores que afeta principalmente os bronquíolos – estruturas pequenas e terminais dos pulmões. Acomete com maior frequência bebês de até 2 anos, sendo mais comum entre os 2 e 6 meses de idade. Na maioria dos casos, é causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). “O vírus provoca inflamação e acúmulo de muco nos bronquíolos, dificultando a passagem de ar. Em bebês, cujas vias aéreas já são naturalmente mais estreitas, isso pode evoluir rapidamente para quadros graves”, explica o infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Bianchini. O tratamento da bronquiolite é, na maioria dos casos, de suporte. Isso inclui hidratação, controle da febre e, quando necessário, oxigenoterapia Sintomas e sinais de alerta Os primeiros sinais da bronquiolite costumam se assemelhar aos de um resfriado comum: coriza, tosse seca e febre baixa. No entanto, o quadro pode evoluir rapidamente. A criança pode apresentar respiração acelerada (taquipneia), chiado no peito (sibilância), dificuldade para mamar ou se alimentar, tiragem intercostal e batimento de asas nasais – indicativos de esforço respiratório. “É essencial que pais e cuidadores estejam atentos. Febre em bebês com menos de 3 meses, recusa persistente de alimentos, dificuldade para respirar, episódios de apneia (pausas na respiração), cianose (coloração azulada na pele ou nos lábios) e sonolência excessiva são sinais de alerta. Nesses casos, a procura por atendimento médico deve ser imediata”, orienta o especialista. Uma das abordagens mais eficazes em casos moderados a graves de bronquiolite é o uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC) Tratamento e cuidados O tratamento da bronquiolite é, na maioria dos casos, de suporte. Isso inclui hidratação, controle da febre e, quando necessário, oxigenoterapia. “Não há benefício comprovado no uso rotineiro de broncodilatadores, corticosteroides ou antibióticos, a menos que o quadro clínico assim exija”, afirma Pedro Bianchini. Uma das abordagens mais eficazes em casos moderados a graves é o uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC), que melhora a oxigenação e reduz o esforço respiratório. Em situações mais severas, pode ser necessário suporte ventilatório em unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica. A decisão pela internação leva em consideração o estado clínico da criança, especialmente quando há desconforto respiratório acentuado, dificuldade para se alimentar, hipóxia (baixa oxigenação do sangue), apneias ou doenças pré-existentes. A decisão pela internação leva em consideração se há desconforto respiratório acentuado, dificuldade para se alimentar e hipóxia (baixa oxigenação do sangue) Fatores de risco De acordo com o infectologista, alguns fatores aumentam o risco de evolução para formas graves da bronquiolite, como a ausência de aleitamento materno exclusivo, prematuridade (especialmente abaixo de 32 semanas), idade inferior a 6 meses durante o período de circulação do VSR, presença de doenças cardíacas, pulmonares ou neuromusculares, e imunodeficiências. “Além disso, o contato com muitas pessoas, como em creches ou lares com grande número de moradores, favorece a disseminação do vírus. Por isso, a prevenção é fundamental e envolve medidas simples: lavar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados, evitar contato com pessoas gripadas e higienizar brinquedos e superfícies regularmente”, destaca. Vacinação: um avanço na prevenção Uma importante novidade no combate à bronquiolite é a incorporação da vacina Abrysvo, da Pfizer, ao Sistema Único de Saúde (SUS). Aprovada pela Anvisa em 2024, ela é aplicada em gestantes entre a 24ª e a 36ª semana de gravidez, protegendo o bebê por meio da transferência de anticorpos via placenta. A imunização foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e começará a ser aplicada nas campanhas sazonais a partir de 2026. Além da vacinação materna, o Brasil já conta com duas formas de imunização passiva contra o VSR. O anticorpo monoclonal Nirsevimabe (Beyfortus™), disponível na rede privada desde 2023, é administrado em dose única e protege os recém-nascidos durante os cinco meses de maior risco. Já o Palivizumabe (Synagis®), que requer doses mensais, é oferecido gratuitamente pelo SUS nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e indicado apenas para grupos de alto risco. “Essas estratégias se somam às vacinas tradicionais contra doenças respiratórias, como a da gripe, a pneumocócica conjugada, a pentavalente e a da covid-19. Juntas, têm contribuído significativamente para reduzir hospitalizações e óbitos por infecções respiratórias na infância”, reforça o médico. Pedro Bianchini também destaca que a vacina contra a gripe ajuda a diminuir internações e complicações causadas pelo vírus influenza, enquanto as vacinas pneumocócicas previnem doenças como pneumonia, otite e meningite, além de colaborar na redução do uso de antibióticos e na contenção da resistência bacteriana. “A bronquiolite pode assustar, mas informação e prevenção são nossas maiores aliadas. Vacinar, amamentar, manter a higiene e saber quando buscar ajuda médica são atitudes que fazem toda a diferença na saúde dos nossos pequenos”, conclui o especialista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Veja como prevenir a bronquiolite, doença que mais afeta bebês e crianças de até 2 anos
O período entre março e julho registra maior incidência de doenças respiratórias no Distrito Federal. Nesse cenário, a bronquiolite – uma infecção viral que acomete principalmente bebês e crianças de até 2 anos – merece atenção especial. A prevenção é fundamental para reduzir o risco de contaminação. Bebês e crianças de até dois anos são os mais vulneráveis à bronquiolite porque possuem vias aéreas mais estreitas e um sistema imunológico ainda em desenvolvimento | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF Medidas essenciais incluem a higiene frequente das mãos, a vacinação contra a influenza, a aplicação do palivizumabe e a redução da exposição a aglomerações e ambientes fechados. Como se trata de uma doença que afeta principalmente os mais novos, evitar visitas a recém-nascidos também é uma recomendação importante. “Bebês e crianças de até 2 anos são os mais vulneráveis porque possuem vias aéreas mais estreitas e um sistema imunológico ainda em desenvolvimento. Isso facilita a obstrução dos bronquíolos e torna a recuperação mais difícil”, explica Danielle Sampaio Lima, responsável técnica de Emergências Pediátricas da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). A partir desta terça-feira (25), a vacina contra a gripe estará disponível em mais de 100 salas de vacinação para os grupos prioritários, incluindo crianças de 6 meses a 5 anos e 11 meses A especialista também recomenda manter a amamentação enquanto o bebê estiver doente, pois o leite materno fortalece o sistema imunológico da criança. A bronquiolite causa inflamação nos bronquíolos – pequenas vias aéreas dos pulmões – e acúmulo de muco, dificultando a respiração. A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções respiratórias contaminadas, como espirros, tosse, superfícies infectadas e mãos não higienizadas. O principal agente causador é o vírus sincicial respiratório (VSR), mas outros vírus, como adenovírus, rinovírus e influenza, também podem desencadear a infecção. Casos e internações Dados do portal Infosaúde indicam que as síndromes gripais são as principais causas de internação infantil. Entre janeiro de 2024 e o início de março deste ano, quase 20 mil internações foram registradas na rede hospitalar do DF. Desse total, 6,1 mil internações foram de bebês menores de um ano, sendo que mais de mil precisaram de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas ou Unidades de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin). “A internação é necessária quando há sinais de insuficiência respiratória grave, desidratação ou baixa oxigenação. Bebês com menos de três meses ou com doenças preexistentes também podem precisar de internação”, explica Lima. Medicamento e vacinação O palivizumabe é um dos medicamentos que ajudam na prevenção de doenças respiratórias | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Dois medicamentos ajudam na prevenção de doenças respiratórias. O palivizumabe, um anticorpo de alto custo, previne infecções pelo VSR, principal causador da bronquiolite em bebês. A SES-DF já iniciou, em fevereiro, a campanha de aplicação do medicamento em crianças menores de dois anos com cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento, ou com displasia broncopulmonar. Além disso, bebês com até um ano de idade, que nasceram com até 28 semanas e seis dias de gestação, também são elegíveis para receber o palivizumabe. A partir desta terça-feira (25), a vacina contra a gripe (influenza) estará disponível em mais de 100 salas de vacinação para os grupos prioritários, incluindo crianças de 6 meses a 5 anos e 11 meses. Medidas para reforço do atendimento A SES-DF tem adotado diversas estratégias para melhorar o atendimento pediátrico, como nomeações por concurso público, mudanças na especialidade de médicos com formação em pediatria, contratação de pediatras para reforço de plantões, ampliação da carga horária de 20 para 40 horas semanais para profissionais interessados e capacitação das equipes. Ainda em março, com o objetivo de otimizar o atendimento em Neonatologia e Pediatria, mais 33 servidores da SES-DF tiveram a carga horária ampliada. Esses profissionais atuam nos hospitais regionais de Sobradinho e Planaltina, no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e em outras unidades de saúde. Expansão do atendimento nas UPAs Para reforçar os plantões, o Governo do Distrito Federal (GDF) também tem ampliado o atendimento pediátrico nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs), gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). Atualmente, as UPAs de São Sebastião, Ceilândia I, Recanto das Emas e Sobradinho já contam com atendimento pediátrico 24 horas, com possibilidade de expansão para outras unidades conforme a demanda. *Com informações da SES-DF
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Capacitação prepara profissionais da saúde para manejo da bronquiolite
Antecipando-se à sazonalidade da bronquiolite, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), por meio da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), promove capacitações presenciais para profissionais de saúde das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) pediátricas e do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A iniciativa visa aprimorar o manejo clínico da doença e fortalecer a segurança assistencial no atendimento a crianças acometidas pela infecção viral. O curso sobre bronquiolite foi desenvolvido para apresentar as atualizações do protocolo publicado no sistema MV em abril de 2024. As aulas vão reforçar os conhecimentos sobre sinais e sintomas, diagnóstico e tratamento da condição. Dessa forma, os participantes se tornam mais preparados para realizar atendimentos rápidos e eficazes, minimizando as consequências da doença. Com o curso, os atendimentos para tratar doenças respiratórias infantis nas UPAs e no HRSM devem ficar mais rápidos e eficazes | Foto: Divulgação/IgesDF A capacitação começou em janeiro pela UPA Ceilândia 1, e segue ao longo do mês nas demais unidades que atendem pediatria, incluindo as UPAs de Recanto das Emas, São Sebastião e Sobradinho. No HRSM, a atividade também foi aberta ao público externo, ampliando o acesso às informações essenciais para o enfrentamento da doença. A chefe do Núcleo de Educação Permanente do IgesDF, Ana Paula Lustosa, ressaltou a importância da iniciativa: “O Núcleo de Educação Permanente se antecipou às necessidades e está ofertando capacitações sobre bronquiolite diretamente nas unidades que atendem pediatria. O curso, aberto aos colaboradores do instituto, profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SESDF) e público externo, reforça nosso compromisso com a formação contínua e integrada. Promover esse treinamento antes do período sazonal é essencial para garantir que as equipes estejam preparadas, assegurando um atendimento de excelência e melhores desfechos para nossos pacientes.” A bronquiolite é uma infecção viral comum em bebês e crianças pequenas, podendo evoluir para casos graves se não houver intervenção precoce. Durante os períodos de maior incidência, as unidades de saúde enfrentam um aumento significativo na demanda, exigindo preparação técnica das equipes para um atendimento ágil e eficaz. O treinamento abrange tópicos essenciais como reconhecimento precoce da doença, critérios de gravidade, conduta baseada em protocolos institucionais, suporte ventilatório e abordagem humanizada. O formato in loco permite que os profissionais aprendam na própria realidade de atendimento, facilitando a aplicação prática do conhecimento. Metodologia “A capacitação antecipada prepara os profissionais para reconhecer precocemente os sinais da bronquiolite e agir de forma eficaz, reduzindo complicações e evitando a necessidade de internação” Ana Paula Lustosa, chefe do Núcleo de Educação Permanente do IgesDF O treinamento combina aulas teóricas e práticas, com simulação de casos clínicos para reforçar a tomada de decisão baseada em evidências. Entre os principais benefícios esperados estão a melhoria dos desfechos clínicos, a redução das internações e a otimização do fluxo de atendimento pediátrico. “A capacitação antecipada prepara os profissionais para reconhecer precocemente os sinais da bronquiolite e agir de forma eficaz, reduzindo complicações e evitando a necessidade de internação”, destacou Ana Paula. A enfermeira do Núcleo de Educação Permanente, Tuanne Alves Rangel, que desenvolveu o curso, também ressaltou o impacto da capacitação: “Esse treinamento é resultado de um esforço conjunto para garantir que os profissionais da linha de frente estejam sempre atualizados.” *Com informações do IgesDF
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Hospital da Criança inaugura UTI respiratória com 5 novos leitos
O Hospital da Criança Brasília (HCB) inaugurou nesta segunda-feira (6) cinco leitos da unidade de terapia intensiva (UTI) Peixe – o nome para a UTI foi dado por remeter ao lúdico, uma vez que os pacientes do hospital são crianças -, dedicada a doenças respiratórias. O local tem capacidade para receber dez pacientes. Mas, devido à falta de médicos intensivistas, não foi possível abrir os dez leitos neste momento. [Olho texto=”“Temos leitos no Hospital de Base, no Hospital de Taguatinga, no HCB, no Hospital Universitário e no Hmib. No total, são 65. Fora desse período de sazonalidade, temos ociosidade de leitos. Mas, neste momento, é imprevisível saber quantos leitos teremos que ter a mais”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A diretora de Recursos Humanos do HCB, Vanderli Frari, disse que, embora estejamos no terceiro mês do ano, a unidade hospitalar já está iniciando o quarto processo seletivo para a contratação de intensivistas que possam atuar nos 38 leitos das três UTIs do hospital. A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, destacou que hoje foram abertas cinco vagas de UTI no Hospital da Criança. Mas, em outras unidades, outros leitos pediátricos também foram abertos. “O Hmib aumentou 14 leitos em enfermarias, o Hospital do Paranoá também aumentou o número de leitos, assim como o Hospital de Taguatinga. No conjunto, realmente houve um acréscimo”, destacou a secretária. A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destacou a quantidade de leitos pediátricos abertos no DF, além dos inaugurados nesta segunda-feira: “O Hmib aumentou 14 leitos em enfermarias, o Hospital do Paranoá também aumentou o número de leitos, assim como o Hospital de Taguatinga. No conjunto, realmente houve um acréscimo” | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF Ainda de acordo com Lucilene Florêncio, a Secretaria de Saúde dispõe de um total de 65 leitos de UTI pediátrica. “Temos leitos no Hospital de Base, no Hospital de Taguatinga, no HCB, no Hospital Universitário e no Hmib. No total, são 65. Fora desse período de sazonalidade, temos ociosidade de leitos. Mas, neste momento, é imprevisível saber quantos leitos teremos que ter a mais”, frisou a secretária. A força-tarefa para a ampliação do cuidado crítico infantil no DF é realizada para suprir a alta demanda, ocasionada pelas doenças sazonais, com grande propagação entre os meses de março e junho. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Esses leitos são muito importantes porque, durante esse período, as crianças desenvolvem uma condição conhecida como bronquiolite, que é grave e afeta os pulmões. Então, o reforço das unidades de terapia intensiva pediátricas são fundamentais para o atendimento crítico necessário das crianças”, explica a superintendente executiva do hospital, Valdenize Tiziani. A médica ainda reforça que equipes especializadas de alta performance, compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, estão sendo treinadas para atuar nos hospitais. Os pacientes que apresentarem sintomas mais leves poderão receber o tratamento necessário nas unidades básicas de saúde (UBSs).
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Fugir de ambiente fechado e usar álcool gel ajudam a evitar a bronquiolite
Mal começou o ano, já é possível notar o aumento de casos de crianças com bronquiolite viral aguda, doença que causa a inflamação das vias respiratórias e acomete os pulmões. Geralmente, o período de maior prevalência da bronquiolite é de março até julho, quando aumenta a circulação de vários vírus respiratórios e, consequentemente, a incidência de crianças doentes. Não há vacina para prevenir a bronquiolite, mas é possível adotar alguns cuidados para reduzir o risco de contrair a doença | Foto: Tony Winston/Agência Saúde A referência técnica distrital de emergências pediátricas Danielle Sampaio lembra que, desde o surgimento da covid-19, doenças do sistema respiratório têm sido registradas com mais frequência. “A bronquiolite é uma das doenças mais temidas, pois costuma ter maior incidência em bebês e crianças de até dois anos”, alerta. [Olho texto=”“A maioria das crianças é infectada no primeiro ano de vida, e normalmente todas as crianças estarão expostas ao vírus até o final do segundo ano de idade”” assinatura=”Danielle Sampaio, referÊncia técnica distrital de emergências médicas” esquerda_direita_centro=”direita”] O vírus sincicial respiratório é o principal agente causador da bronquiolite. Danielle orienta que os pais evitem ficar com o bebê em ambientes fechados ou com má ventilação e que tenham o hábito de limpar o nariz da criança com soro de duas a três vezes por dia. Além disso, reforça, é importante higienizar as mãos com álcool gel ou lavar as mãos e evitar o contato do bebê com pessoas gripadas. “Não existe tratamento específico nem vacina para prevenir a bronquiolite”, explica a pediatra. “O tratamento é de suporte, com antitérmico para controle de febre, lavagem nasal para ajudar na respiração e observação dos sinais de alerta para procurar o pronto-socorro caso seja necessário. A maioria das crianças é infectada no primeiro ano de vida, e normalmente todas as crianças estarão expostas ao vírus até o final do segundo ano de idade.” Sintomas A criança com bronquiolite apresenta coriza, febre e tosse como sintomas iniciais, semelhantes aos de uma gripe comum. Além disso, com a evolução e a consequente inflamação dos bronquíolos, pode haver desconforto respiratório. A doença começa como um resfriado leve e atinge seu pico entre o terceiro e o quinto dia, melhorando após sete a dez dias. Os sinais de alerta são respiração ofegante, abdome “afundando” quando o bebê respira, febre que persiste por mais de 72 horas e dificuldade para mamar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Demanda em hospitais Com a sazonalidade da bronquiolite começando ainda em janeiro, a procura nos prontos-socorros de pediatria aumentou. De acordo com a diretora-geral do Hospital Materno Infantil de Brasília, Marina da Silveira, há bebês e crianças que estão chegando em estado grave e necessitando de uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “O que pode explicar essa gravidade dos casos é o que mostra os painéis virais: estas crianças estão chegando com mais de um tipo de vírus, não só com o vírus sincicial respiratório”, aponta a médica. “Isso torna a bronquiolite bem mais agressiva, principalmente nos bebês e recém-nascidos.” Marina lembra que no ano passado houve registro de bronquiolite até mesmo em crianças maiores de dois anos, devido ao isolamento durante a pandemia de covid-19. Segundo ela, essas crianças ficaram muito tempo sem convívio com outras, e o sistema imunológico acabou não se desenvolvendo o suficiente. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Com a proximidade da seca, está na hora de ficar atento à bronquiolite
A primeira-dama Mayara Noronha Rocha afirmou que a campanha surgiu pela proximidade do período mais grave da sazonalidade, em que o contágio de doenças respiratórias torna-se frequente | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília O período de estiagem das chuvas e proximidade de seca no Distrito Federal começa em março. Mas o Governo do Distrito Federal (GDF) já reforça os cuidados para prevenir e combater as doenças respiratórias. A principal delas, que afeta bebês de até 2 anos de idade (principalmente os menores de 6 meses), é a inflamação dos brônquios. Atenta a isso, a Secretaria de Saúde, com o apoio da primeira-dama Mayara Noronha Rocha, lançou nesta terça-feira (18), no Centro de Ensino da Primeira Infância (Cepi) Corujinha do Cerrado, em Santa Maria, a Campanha de Prevenção à Bronquiolite (veja como foi no vídeo abaixo). A doença é transmitida por secreções respiratórias de pessoas infectadas ou objetos contaminados por microorganismos. Eles atingem a boca, o nariz e os olhos da criança por meio de tosses e espirros, por exemplo. Nessa época do ano, que se estende até julho, aumenta a circulação de vírus e a incidência de crianças doentes. Assista ao vídeo: A dona de casa Michele Fonseca Silva, 34 anos, sabe bem o aperto que passou quando a filha Eloá, hoje com 9 meses, contraiu bronquiolite do primo. A menina começou a apresentar um cansaço frequente e foi levada ao médico. O contato com outras crianças foi vetado, a limpeza da poeira em casa reforçada e a atenção a cada mal-estar da bebê, redobrada. “Qualquer indisposição mais frequente dela eu já corro para o médico.” Experiência Mãe do pequeno Matheus, de 1 ano, a primeira-dama Mayara Noronha Rocha contou que o filho ficou frequentemente doente dos 3 aos 9 meses de idade. De acordo com ela, a campanha surgiu pela proximidade do período mais grave da sazonalidade, em que o contágio de doenças respiratórias torna-se frequente. “Daí a importância de começarmos o debate em um espaço como este”, disse, dirigindo-se às dezenas de mães que estavam na creche. “A bronquiolite mata, é coisa séria. E as nossas crianças têm a saúde mais frágil e merecem toda nossa atenção”, afirmou. Pneumonia atípica Dos quatro filhos de Gabriela Valadão, os dois primeiros tiveram bronquiolite ao mesmo tempo. No mais velho, a doença se agravou e gerou uma pneumonia atípica, o que deixou a influenciadora digital em pânico por quase dez dias. Depois de adotar práticas preventivas, os dois filhos seguintes não tiveram os mesmos problemas. “Fiquei mais atenta à higienização deles, como não deixá-los muito tempo de uniforme depois que chegavam da escola. Repliquei em casa os cuidados tomados pelas professoras”, disse. Referência Técnica Distrital de Pediatria da Secretária de Saúde, Ivana Novaes lembra que no período de sazonalidade da doença, as medidas mais importantes para preveni-la são as mais simples. “Lavar as mãos, usar álcool em gel, evitar contato com pessoas doentes, com ambientes fechados e aglomerações, e evitar visitar recém-nascidos. Principalmente quando o visitante estiver gripado, porque os bebês têm um sistema imunológico frágil”, explica Ivana. Outra dica da especialista é as mães amamentarem os bebês, já que o aleitamento materno fortalece o sistema imunológico da criança. Preferencialmente, não só as mães e bebês devem estar com as mãos lavadas, mas a população em geral, para evitar a transmissão de vírus respiratórios. “Outra orientação é manter sempre atualizado o cartão de vacina da criança”, lembra. Sintomas As doenças relacionadas ao aparelho respiratório, apresentam sintomas como coriza, espirros, obstrução nasal, tosse, cansaço, chiado no peito, febre, dor de cabeça e, dependendo da gravidade, mal-estar geral, dor no corpo e dificuldade respiratória. A bronquiolite leva à hiperprodução de secreção e estreitamento nas vias respiratórias por conta da agressão dos vírus. Em geral, a doença dura de sete a 10 dias. Com o aparecimento dos sintomas, o primeiro local a se procurar é a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de casa. Como forma de preparar as equipes que atendem a população, a Secretaria de Saúde tem promovido uma série de iniciativas para capacitar os profissionais da área. No Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), por exemplo, um ciclo de palestras voltados aos servidores tem como tema discutir a bronquiolite e demais doenças respiratórias. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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