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Distrito Junino reúne 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios

O Distrito Junino 2025 abriu sua celebração de encerramento em grande estilo nesta sexta-feira (29), reunindo cerca de 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. O público foi brindado com uma noite de dança, tradição e música, marcada pelas apresentações de Filhos do Sol, Santo Afonso, Formiga da Roça e Sanfona Lascada, campeãs das etapas classificatórias que venceram pela riqueza cênica, criatividade dos enredos e qualidade técnica. Espetáculos musicais reuniram público numeroso | Foto: Divulgação/Secec-DF A festa começou com o Trio Toin do Forró, que aqueceu a plateia ao som do autêntico arrasta-pé. Na sequência, o carisma de Natanzinho Lima, um dos nomes mais proeminentes da nova geração da música brasileira, colocou o público para dançar. O encerramento da noite ficou por conta de Flávio José, ícone do forró tradicional, que emocionou milhares de pessoas com clássicos que atravessam gerações e seguem eternizados na memória afetiva nordestina. “Não estamos falando apenas de festa, mas de uma política pública robusta, que deu protagonismo às quadrilhas como patrimônio imaterial do nosso povo” Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino Para o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes, o resultado comprova a força da iniciativa como política pública: “O que vimos foi a Esplanada tomada pelo povo, celebrando suas raízes com orgulho. O Distrito Junino não é apenas entretenimento, mas um investimento estratégico que movimenta territórios criativos, gera empregos e garante que a nossa cultura popular e o DF estejam mais uma vez no topo dos grandes circuitos culturais do país”. Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino, entidade responsável pela execução do projeto, reforçou a dimensão histórica da noite: “Estamos encerrando o circuito mostrando por que ele já é reconhecido como o maior da história da nossa região. Não estamos falando apenas de festa, mas de uma política pública robusta, que deu protagonismo às quadrilhas como patrimônio imaterial do nosso povo. O que vimos hoje foi a consagração desse trabalho coletivo”. E a festa continua O encerramento segue neste sábado (30), com as quadrilhas Rasga o Fole, Si Bobiá a Gente Pimba, Sabugo de Milho, Arroxa o Nó e Pau Melado. Até agora, foram 261 apresentações de quadrilhas, realizadas ao longo de 41 dias de evento em diferentes regiões administrativas do DF e também, pela primeira vez, no Entorno. O esquenta ficará por conta do Trio Asa Branca, seguido pelos shows de Wesley Safadão, Chambinho do Acordeon — intérprete de Luiz Gonzaga no cinema — e da dupla George Henrique & Rodrigo. A festa abre os portões a partir das 18h deste sábado. Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados na plataforma Sympla. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Distrito Junino 2025: Etapa de Ceilândia celebra memória cultural nordestina

O Distrito Junino 2025 encerrou mais uma etapa, desta vez em Ceilândia, região reconhecida como o maior berço da cultura nordestina no Distrito Federal. Entre os dias 15 e 17 de agosto, a Praça do Cidadão se transformou em um grande arraial, reunindo a comunidade em torno da dança, da música e da celebração coletiva. Figurinos elaborados, enredos autorais e coreografias vibrantes reafirmaram a força das quadrilhas como patrimônio imaterial e expressão de pertencimento comunitário. Nesse final de semana, o Distrito Junino 2025 esteve na Praça do Cidadão, em Ceilândia, com apresentações de quadrilha e shows gratuitos | Foto: Divulgação/Secec-DF Entre os grupos que se apresentaram, a Quadrilha Rebuliço, que vem se renovando a cada geração, simboliza a perpetuação da cultura junina. O grupo levou para o tablado um espetáculo marcado pela força cênica, maturidade e sensibilidade artística.  Para a brincante Heloísa Oliveira, o impacto vai além da competição – ele precisa criar encantamento no espectador. “Ceilândia é a cidade mais nordestina que existe no DF. Representar essa parte tão significativa da cultura do Nordeste é algo que brilha, encanta e emociona. A cultura vive e se fortalece em cada passo da quadrilha”, relatou. [LEIA_TAMBEM]O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, destacou o alcance da iniciativa. “Estamos diante de uma das maiores ações culturais do calendário local. O que vimos em Ceilândia foi uma celebração da identidade de um povo no coração do DF. Estamos movimentando territórios criativos e oferecendo à população acesso gratuito a espetáculos de altíssimo nível”, afirmou. Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino, entidade responsável pela execução do projeto, reforçou o peso simbólico da etapa. “Ceilândia não é apenas palco, é um personagem central dessa história. É onde o Nordeste se manifesta todos os dias, nas ruas, nas feiras e no sorriso de quem carrega essa herança”, disse. Agora, o circuito se prepara para a reta final. Nos dias 29 e 30 de agosto, a Esplanada dos Ministérios receberá a grande celebração. Na sexta-feira, o público poderá acompanhar apresentações e um show com Flávio José; já no sábado, o encerramento ficará por conta de Chambinho do Acordeon, artista que interpretou Luiz Gonzaga no cinema, além de atrações-surpresa que serão anunciadas em breve. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)

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Distrito Junino 2025 retorna a Santa Maria com mais três dias de festa e cultura popular

O Distrito Junino 2025 continua a movimentar o cenário cultural do Distrito Federal e retorna nesta semana a Santa Maria com mais uma etapa classificatória. De 8 a 10 de agosto, o Quadradão da QC 1, ao lado da Administração Regional, será novamente o palco de uma grande celebração da cultura nordestina, reunindo a comunidade local para prestigiar quadrilhas juninas de diversas regiões. O Distrito Junino é composto por 14 etapas classificatórias e reúne 63 quadrilhas juninas | Foto: Divulgação/Secec-DF Ao longo dos três dias, o público poderá acompanhar gratuitamente uma programação intensa, com 21 apresentações de quadrilhas juninas, além de shows regionais e trios de forró que animam os intervalos. Figurinos elaborados, coreografias marcantes e narrativas cheias de simbolismo compõem os espetáculos, que encantam o público e reforçam a importância das festas juninas como patrimônio cultural. A etapa também contará com atrações musicais como Trio Sacode Brasil, Trio Pinga Fogo e Trio Fernando Mangabeira, que assumem o comando dos intervalos grandes em cada noite, mantendo a energia elevada entre uma apresentação e outra. Para Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino, cada fim de semana tem reafirmado o poder simbólico das quadrilhas. "Santa Maria tem sido uma grande anfitriã para o Distrito Junino”, destaca. [LEIA_TAMBEM]Robson Vilela, conhecido como Fusca, presidente da Federação de Quadrilhas Juninas do DF (Fequaju), também reforça a importância da iniciativa. Segundo ele, "ter este espaço defendido como uma política pública e todo o acolhimento que estamos recebendo faz toda a diferença para a continuidade deste trabalho tão bonito, que preserva uma cultura imaterial tão rica". O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, lembra que o evento faz parte de uma política pública robusta. "Estamos promovendo uma das maiores ações culturais do calendário local da história da cidade, descentralizando recursos. A iniciativa movimenta a economia criativa e oferece ao cidadão acesso a um espetáculo gratuito de arte popular da melhor qualidade", afirmou. O circuito, que se aproxima da reta final, é composto por 14 etapas classificatórias e reúne 63 quadrilhas juninas, representando as três entidades do movimento no DF: União Junina, Fequaju e Linq DF. O encerramento será realizado com grande festa de encerramento na Esplanada dos Ministérios, com a apresentação das melhores colocadas de cada entidade. Confira a programação completa de apresentações: 8/8 – Sexta-feira Trio Sacode Brasil (intervalo grande) 20h – Balalaica 21h – Quebra Quebra 21h35 – Porque Isso Acontece 22h10 – Aparecida 22h45 – Semear 9/8 – Sábado Trio Pinga Fogo (intervalo grande) 20h – Melado Jr. (participação) 20h35 – Pau Melado 21h10 – Papa Chico 21h45 – Chapéu de Palha Gama 22h20 – Santo Afonso 22h55 – Busca Pé 23h30 – Sol do Cerrado 10/8 – Domingo Trio Fernando Mangabeira (intervalo grande) 20h – Eta Peleja 20h35 – Arrasta Pé 21h10 – Arraiá Chapéu de Palha 21h45 – Filhos do Sol 22h20 – Pão com Ovo 22h55 – Tradição 23h30 – Chamego Bom Serviço Distrito Junino 2025 – Etapa Santa Maria → Data: 8, 9 e 10 de agosto (sexta-feira a domingo) → Horário: A partir das 18h → Local: QC 1, ao lado da Administração Regional de Santa Maria → Entrada gratuita: Retirada de ingressos neste link → Mais informações: @distritojunino2025 *Com informações da Secec-DF

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Raízes do Sertão atraiu mais de duas mil pessoas e fortaleceu economia criativa em Samambaia

No último final de semana, Samambaia foi palco de um evento cultural marcante – que reuniu 2.251 pessoas ao longo de dois dias de intensa programação. Além do público, participaram, aproximadamente, 150 artistas, 40 expositores e 50 profissionais da gastronomia, consolidando o projeto Raízes do Sertão como um espaço de fomento à cultura e à economia criativa no Distrito Federal. Projeto Raízes do Sertão levou música, gastronomia e dança a Samambaia para celebrar a cultura nordestina | Foto: Divulgação/Secec-DF A forte presença de famílias foi um dos destaques, com crianças, jovens, adultos e idosos aproveitando juntos as atrações. Muitas delas trouxeram até quatro gerações para celebrar a cultura local. A iniciativa também gerou impacto econômico positivo, oferecendo oportunidades para artesãos e microempreendedores da gastronomia, que puderam expor e vender seus produtos. Para o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, eventos como o Raízes do Sertão fortalecem a identidade cultural da comunidade e demonstram o potencial da cultura como vetor de integração social e crescimento econômico. “Ao reunir a comunidade em torno do Raízes do Sertão, não apenas valorizamos as manifestações culturais, mas também impulsionamos a economia criativa local, criando oportunidades para artistas e empreendedores da região”, destacou. A escolha das atrações foi feita por meio de chamamento público, com indicação dos gerentes de cultura locais e curadoria do Instituto Brasil Sapiens, parceiro do projeto da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. Todos os artistas participantes eram da própria região administrativa de Samambaia, reforçando a identidade cultural e promovendo o intercâmbio entre diferentes gerações de talentos. Pesquisa de satisfação apontou que a estrutura, cenografia, limpeza e segurança foram os aspectos mais percebidos pela população. Muitas pessoas se surpreenderam com a qualidade e organização do evento, especialmente por ser uma iniciativa gratuita, proporcionando uma experiência cultural completa e acessível. Com o sucesso desta edição, a expectativa é que o evento continue levando cultura, entretenimento e inclusão social para outras regiões administrativas do DF, fortalecendo as tradições locais e impulsionando a economia criativa. *Com informações da Secec-DF  

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Festival Raízes do Sertão chega a Samambaia trazendo o melhor da cultura nordestina

Neste fim de semana, Samambaia vai receber mais uma edição do projeto Raízes do Sertão, com muita música, apresentações para a criançada, quadrilhas, feira de artesanato e muito mais. O evento, gratuito, será realizado neste sábado (22), a partir das 17h; e domingo (23), às 15h, no Estádio Joaquim Domingos Roriz. Foto: Divulgação/Secec-DF Haverá uma praça gastronômica com uma variedade de pratos típicos nordestinos, como acarajé, arroz Maria Isabel, cocada tradicional e baião de dois. Confira abaixo a  programação. Sábado (22) → 17h às 17h50: Grupo Maracatu Baque Folha – dança popular → 18h às 18h50: Ballet do Bem e Quadrilha Mirim – apresentação lúdica para crianças → 19h às 19h50: Quadrilha Pau Melado – manifestação popular → 20h às 20h50: Carlos Silva, o Pop do Forró → 21h30 às 22h40: Trio Sacode Brasil Domingo (23) → 16h: Abertura com apresentação e reconhecimento de mestres da cultura nordestina → 16h30 às 17h30: Teatro infantil com o espetáculo Papo de Lixo, do grupo Roupa de Ensaio → 17h30 às 18h30: Trio Janduy, o Rei da Sanfona → 19h às 20h: Junior Ferreira Forró → 20h às 21h30: Quadrilha Flor do Mamulengo. Os ingressos podem ser retirados neste link. *Com informações da Secec-DF    

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Quase duas mil pessoas participam do projeto Raízes do Sertão em São Sebastião

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF) e o Instituto Brasil Sapiens celebram o sucesso de mais uma edição do projeto Raízes do Sertão. Realizada em São Sebastião, a iniciativa reuniu aproximadamente duas mil pessoas no sábado (15) e no domingo (16). O evento proporcionou momentos inesquecíveis para o público, destacando-se a participação de famílias inteiras – de crianças até idosos. A estrutura do evento contou com a participação de mais de 100 profissionais. Além disso, o evento gerou oportunidades para moradores locais, impulsionando a economia criativa por meio da valorização de artesãos, microempreendedores da gastronomia e artistas regionais. O Raízes do Sertão divulga as manifestações culturais tradicionais do país | Fotos: Divulgação/Secec “O sucesso do Raízes do Sertão reflete o compromisso da Secec de valorizar e difundir as manifestações culturais tradicionais, proporcionando à população acesso gratuito a espetáculos de qualidade. Eventos assim, como este em São Sebastião, só fortalecem nossa identidade e promovem a integração cultural, além de movimentar a economia local”, enfatizou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Romulo Sulz, presidente do Instituto Brasil Sapiens, destacou que a seleção das atrações foi realizada por intermédio de chamamento público e curadoria especializada, garantindo programação alinhada à identidade cultural local. “Todos os artistas participantes são oriundos de São Sebastião, fortalecendo as tradições nordestinas e promovendo o intercâmbio entre diferentes gerações”, pontuou. O projeto segue até o mês de abril, passando por Samambaia, Recanto das Emas, Planaltina e Plano Piloto Entre os momentos mais marcantes, ele ressaltou a interação do público com a quadrilha junina, criando uma verdadeira “corrente do bem”, na qual pessoas de todas as idades se uniram em dança, celebração e emoção. “As pesquisas realizadas com o público e participantes confirmaram a grande satisfação com o evento, especialmente em relação à estrutura, organização, limpeza e segurança. Muitos visitantes expressaram surpresa com a qualidade da experiência oferecida de forma gratuita”, concluiu Sulz. O projeto Criado pela Secec, com apoio da OSC Brasil Sapiens, o projeto Raízes do Sertão oferece uma rica combinação de apresentações culturais, shows musicais, danças e manifestações populares, que celebram a vibrante herança nordestina. A iniciativa segue até o mês de abril, passando por Samambaia, Recanto das Emas, Planaltina e Plano Piloto. Para mais informações, siga o Instagram @raizesdosertaodf. *Com informações da Secec-DF

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Projeto Raízes do Sertão celebra cultura nordestina em São Sebastião no fim de semana

O projeto itinerante Raízes do Sertão chega em São Sebastião neste fim de semana. No sábado (15) e no domingo (16), os moradores da região vão conhecer um pouco mais sobre a cultura nordestina. O evento, que acontece em frente à Administração da cidade, contará com diversas atrações para todos os públicos, com muita música, boa comida e atividades para a criançada. O Raízes do Sertão é gratuito, mas para participar é preciso retirar ingresso no site do Sympla. O projeto itinerante Raízes do Sertão celebra a cultura nordestina com atividades em diversas regiões administrativas do DF | Foto: Divulgação/Secec-DF No sábado, as festividades começam às 17h, com a peça Emília e os encantos da Bahia, apresentada pelo grupo Espetáculo & Cia. A seguir, o grupo de dança folclórica nordestina Dança Cacuriá sobe ao palco, seguido pelo Grupo Cangaceiros do Nordeste, Quadrilha Saca Rolha e Carliane Alves e Banda, para fechar a noite. No domingo, o evento começa mais cedo, às 15h, com uma homenagem ao Mestre Cultural Paulo Dagomeh. Logo após, o público recebe a Banda Teatral Brincantes com diversas brincadeiras, contos e muita música para a criançada. O evento segue com as apresentações de Forró do Sertão, Quadrilha Santo Afonso, e a banda Cangaceiros do Cerrado. Além da programação musical, o Raízes do Sertão também conta com uma praça gastronômica especial, com uma variedade de pratos típicos nordestinos, como acarajé, arroz carreteiro, cocada tradicional, baião de dois, entre outros. “O projeto Raízes do Sertão é uma iniciativa que celebra a riqueza da cultura nordestina, oferecendo à comunidade de São Sebastião e de todo o Distrito Federal uma imersão nas tradições que tanto enriquecem nossa identidade cultural”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes. “Ao promover manifestações como música, teatro e danças tradicionais, o Raízes do Sertão reforça nosso compromisso com a valorização da cultura popular e o fortalecimento da economia criativa local”, completa. Serviço Projeto DF Raízes do Sertão Data: 25 de janeiro a 13 de abril Mais informações: @raizesdosertaodf e Raízes do Sertão – São Sebastião – Sympla Calendário → São Sebastião (homenagem à Bahia): 15 e 16 de março → Samambaia (homenagem a Sergipe): 22 e 23 de março → Recanto das Emas (homenagem ao Ceará): 29 e 30 de março → Planaltina (homenagem à Paraíba): 5 e 6 de abril → Plano Piloto (homenagem ao Mestre Teodoro Freire): 12 e 13 de abril *Com informações da Secec-DF  

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DF Raízes do Sertão celebra a cultura nordestina 

Uma viagem ao coração do Nordeste está prestes a começar no Distrito Federal. O projeto DF Raízes do Sertão levará, entre este sábado (25) e 13 de abril, uma vasta programação cultural gratuita para 11 cidades do DF e do Entorno. Com palcos temáticos que homenageiam estados nordestinos, o evento tem entrada gratuita à comunidade e oferece um mergulho nas manifestações tradicionais, como música, literatura de cordel, teatro, danças e homenagens a mestres da cultura popular. O Mamulengo Fuzuê abre a programação neste sábado, em Ceilândia | Foto: Divulgação/Davi Mello A primeira parada, batizada de Nordeste nas Cidades, será neste fim de semana (25 e 26), em Ceilândia. Com teatro infantil, contação de histórias, cordelistas, quadrilha caipira e shows musicais, famílias e entusiastas da cultura nordestina poderão se divertir e festejar.  “Nada mais justo do que não só homenagearmos, mas valorizarmos a cultura nordestina por meio dos nossos artistas, mestres e mestras da cultura popular” Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa O projeto é fruto de um chamamento público promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Brasil Sapiens, e busca, além de entreter, promover o diálogo entre a comunidade local e as raízes culturais do Nordeste. Para participar, basta acessar o site oficial do evento, que será realizado sempre aos sábados e domingos, e garantir ingressos gratuitos. Programação “Brasília é a capital mais nordestina do nosso país, e nada mais justo do que não só homenagearmos, mas valorizarmos a cultura nordestina por meio dos nossos artistas, mestres e mestras da cultura popular”, afirma o titular da Secec-DF, Claudio Abrantes.  Em Ceilândia, a programação de sábado começa às 17h, com encenação do grupo teatral Mamulengo Fuzuê, e segue com Bumba meu boi Jatobá Cia Articum (18h20), show com Som de Classe (20h) e show com Rapadura XC (21h30). Já no domingo, a festa abre às 16h, com os Mamulengos Sem Fronteira, seguido por uma apresentação de Reisado (17h10), performance dos Meninos de Ceilândia – frevo e bonecos gigantes (20h30) e grupo Taleta de Bambu (20h30).  Veja, abaixo, o cronograma das apresentações.  Santa Maria – Maranhão ⇒ 1º e 2 de fevereiro Planaltina de Goiás – Conexão Nordeste ⇒ 8 e 9 de fevereiro Gama – Rio Grande do Norte ⇒ 15 e 16 de fevereiro Guará – Pernambuco ⇒ 22 e 23 de fevereiro Sobradinho – Alagoas ⇒ 8 e 9 de março São Sebastião – Bahia ⇒ 15 e 16 de março Samambaia – Sergipe ⇒ 22 e 23 de março Recanto das Emas – Ceará ⇒ 29 e 30 de março Planaltina – Paraíba ⇒ 5 e 6 de abril. Plano Piloto – Mestre Teodoro Freire ⇒ 12 e 13 de abril. Mais informações: @raizesdosertaodf e www.sympla.com.br/evento/raizes-do-sertao-conexao-nordeste/2773244   *Com informações da Secec-DF  

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Aberto chamamento público para apoiar a cultura popular nordestina no DF e Entorno

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) publicou nesta segunda-feira (5), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o Edital de Chamamento Público nº 22, para celebração de termo de colaboração com organizações da sociedade civil (OSCs). O chamamento tem como objetivo fomentar e apoiar a promoção e a preservação da cultura popular nordestina no DF, valorizando as tradições, expressões artísticas e manifestações típicas da região em, no mínimo, dez regiões administrativas, incluindo o Plano Piloto e o atendimento à Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). O centro cultural Casa do Cantador, localizado em Ceilândia, é um dos pontos de encontro da cultura nordestina no Distrito Federal | Foto: Arquivo/ Agência Brasília A fase de seleção da proposta começa com o preenchimento do formulário eletrônico de inscrição disponibilizado no site da Secec desta segunda-feira (5) até as 23h59 de 3 de setembro. A fase de interposição de recursos quanto ao resultado provisório de classificação das propostas ocorrerá em até cinco dias após a divulgação. O valor de referência ou de teto estimado para a realização do objeto é de R$ 5 milhões, previsto na Lei Orçamentária Anual do exercício de 2024. Os recursos da parceria serão repassados em duas parcelas, pagas conforme cronograma de desembolso do plano de trabalho aprovado pela administração pública, após a assinatura do termo de colaboração, observados os procedimentos de acompanhamento quanto ao cumprimento das etapas propostas. A falsidade de informações nas propostas deverá acarretar desclassificação, podendo ensejar, ainda, a aplicação de sanções administrativas ou criminais Critérios de seleção A comissão de seleção verificará se a proposta atende aos elementos mínimos e realizará a classificação conforme os seguintes critérios: → Alinhamento da proposta aos objetivos da política ou programa público em que se insere a parceria; → Qualidade técnica da proposição; → Equipe especializada envolvida na proposta; → Adequação do cronograma de trabalho ao previsto no edital; → Adequação da proposta ao valor previsto no edital e qualidade do planejamento financeiro. A metodologia de pontuação varia de zero ponto para o não atendimento do critério até dois pontos para o grau pleno de atendimento do critério. Cada proponente pode atingir uma pontuação máxima global de 20 pontos. Serão desclassificadas as propostas que não apresentarem documentação de legítimo representante da OSC proponente, obtiverem avaliação inferior a dez pontos ou obtiverem nota zero nos critérios identificados pelas letras A , B e E. A falsidade de informações nas propostas deverá acarretar desclassificação, podendo ensejar, ainda, a aplicação de sanções administrativas ou criminais. Cultura nordestina No Distrito Federal, a presença significativa da comunidade nordestina é um testemunho da riqueza cultural que essa região traz para a comunidade. Segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2023, aproximadamente 29% da população do DF é composta por migrantes oriundos da Região Nordeste, destacando a importância dessa comunidade para o tecido social e cultural local. Esta significativa presença não apenas enriquece a diversidade cultural do DF, mas também demanda iniciativas que valorizem e preservem as tradições e expressões culturais nordestinas. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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#TBT: Casa do Cantador, a cultura nordestina no Planalto Central

Dizem que o famoso hino sertanejo Asa Branca, de Luiz Gonzaga, serviu de inspiração para criação de um dos espaços culturais mais importantes do Distrito Federal. Único monumento de Oscar Niemeyer fora do Plano Piloto, a Casa do Cantador é palco de repentistas de viola, declamadores e emboladores de coco, bem como dos amantes da literatura de cordel. Na entrada, a estátua do Cantador Anônimo, do escultor cearense Alberto Porfírio, representando a paixão do povo pela música, recebe os visitantes | Fotos: Arquivo Público do DF Conhecido como Palácio da Poesia, o espaço cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF foi inaugurado em 9 de novembro de 1986, a partir da reivindicação de representantes da cultura nordestina em Ceilândia, o maior reduto de nordestinos no Distrito Federal. Assim, os cantadores, repentistas e poetas da época, que ocupavam a famosa Caixa d’Água e a Feira Central de Ceilândia, ganharam um lugar para a arte. A Casa do Cantador foi inaugurada em 9 de novembro de 1986, a partir da reivindicação de representantes da cultura nordestina em Ceilândia, o maior reduto de nordestinos no Distrito Federal Palco de grandes manifestações, a exemplo dos festivais Nacional e Regional de Cantadores Repentistas, os encontros dos forrozeiros do DF, as feiras de arte e cultura da Ceilândia, entre outros, receberam artistas renomados como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Xangai, Dona Lia de Itamaracá, Irmãs Galvão, Zé Mulato e Cassiano, Jackson Antunes e Zeca Baleiro, além dos mais importantes repentistas do nordeste brasileiro. “Me lembro que, nos anos 90, morava no Nordeste e chegava a passar um mês na Casa do Cantador. Na época, agendávamos as cantorias, íamos às rádios para divulgar e os nordestinos iam nos assistir. Ficávamos hospedados lá mesmo;  era, além de espaço cultural, um local de apoio com nove quartos que serviam de alojamento para os repentistas e artistas da época”, relembra Manoel de Sousa Rodrigues, radialista, poeta e cordelista que, mais conhecido como Zé do Cerrado, hoje é o gerente da Casa do Cantador. Os cômodos eram utilizados por repentistas que passavam por Brasília em visitas ou temporadas de trabalho. Em vez de pagar hotéis na cidade, os músicos utilizavam os espaços da Casa. Hoje, o mesmo estabelecimento que dá espaço ao repente, ao forró e à literatura de cordel recebe também eventos de arte urbana,  como o encontro de jovens que se unem para fazer batalhas de rimas Espaço de todos Logo na entrada, quem recebe os visitantes é a estátua do Cantador Anônimo, do escultor cearense Alberto Porfírio, representando a paixão do povo pela música. Uma cordelteca de João Melchíades Ferreira, dotada de acervo de 1.200 cordéis e livros, está disponível para a comunidade, assim como salas multiúso e anfiteatro. “A Casa do Cantador reforça a pluralidade cultural e é um ponto de referência de arte em Ceilândia. A cidade tem um movimento artístico forte, e a nossa missão enquanto secretaria é promover a democratização dos espaços. Hoje, a casa é um espaço que agrega todos os movimentos, vem nessa pegada de descentralização da cultura e faz com que a arte chegue às outras regiões administrativas”, destaca a secretária adjunta de Cultura e Economia Criativa, Patrícia Paraguassu. Atualmente, o mesmo estabelecimento que dá espaço ao repente, ao forró e à literatura de cordel recebe também eventos de arte urbana, de rap, como o encontro de jovens que se unem para fazer batalhas de rimas na casa. Além das apresentações musicais, a instituição oferece cursos gratuitos de música para jovens. Patrícia Assis, que hoje trabalha com o Projeto Arte Jovem, relembra a infância quando visualiza o espaço como um local mágico | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Para Zé do Cerrado, a casa tem uma alma caipira e repentista, mas hoje comporta  todos os segmentos. “Abrigamos o Projeto Arte Jovem, que movimenta a casa nas segundas, quartas e sextas. No primeiro dia, também se reúne o Coral para a Melhor Idade e são ministradas as aulas de ginástica. Os recursos do FAC [Fundo de Apoio à Cultura] movimentam nosso espaço, e recebemos desde orquestra, rap, ao sertanejo e pagode. Estamos abertos para todos os tipos de atividades”, completa o gerente. A moradora de Ceilândia Patrícia Assis, 48 anos, que hoje trabalha com o Projeto Arte Jovem, relembra a infância quando visualiza o espaço como um local mágico. “Quando morava em Ceilândia, eu tinha cinco anos, e meus pais trabalhavam aqui na Feira da Guariroba [que funciona ao lado], então eu via tudo acontecer. Cresci frequentando as festas juninas e os eventos de repentistas. A casa faz parte da minha infância; meu sonho era percorrer correndo essas estruturas aqui”, relata. Patrícia se refere aos arcos que compõem a fachada do espaço cultural. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo ela, em uma de suas viagens para o Nordeste, quando informou que morava em Brasília a um grupo de cantadores repentistas, logo associaram a capital federal à Casa do Cantador. “É uma referência de cultura; as pessoas lembram do espaço e, para nós ceilandenses, é um orgulho muito grande, é nossa alegria”, completa, orgulhosa. Como ter acesso Localizada na QNN 32, a Casa do Cantador tem entrada gratuita e horário de visitação de segunda a sexta-feira das 9h às 18h (nos dias de eventos noturnos, abre conforme horário da programação). Grupos escolares e turistas têm à disposição visitas guiadas. A biblioteca com um vasto acervo de literatura de cordel, possuindo também clássicos da literatura brasileira, em especial de autores nordestinos, e é aberta ao público no mesmo horário de funcionamento do espaço.

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Cantadores e forrozeiros animam o fim de semana em três regiões

A cultura nordestina vai dar o ar da graça em três regiões administrativas (RAs) neste fim de semana. Trata-se do projeto “Brinque, Dance e Cante – É o Nordeste Itinerante”, que levará apresentações gratuitas de forró, teatro de mamulengo, repente e coco de embolada a Jardins Mangueiral, Paranoá e São Sebastião. Com recursos de R$ 60 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), as apresentações começam nesta sexta-feira (24), no Mangueiral. Os emboladores Azulão da Mata e Pardal da Saudade vão se apresentar desta sexta (24) a domingo (26) | | Foto: Divulgação A ideia é promover o encontro, a integração e a interação dos músicos e artistas da cultura nordestina com a população de Brasília – uma das capitais com o maior número de migrantes do Nordeste, proporcionalmente. em todo o país. Festivais como esse já passaram em feiras de outras cidades, como Ceilândia (Guariroba), Samambaia e Santa Maria ao longo de 2022. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre as atrações, destaque para o show de mamulengos apresentado pelo grupo Fuzuê, que faz a alegria da criançada com a peça Benedito, abençoado e Bendizido. Também subirão ao palco os poetas repentistas Ramalho de Oliveira e Messias de Oliveira e os emboladores Azulão da Mata e Pardal da Saudade. Haverá ainda animadas sessões de forró. Segundo o produtor cultural e também repentista Francisco de Assis, conhecido como Neném, o projeto gera cerca de 40 empregos em toda a cadeia produtiva. E vem em momento oportuno. “Acabamos de ver o Nordeste em ascensão no Carnaval do Rio, com a vitória da Imperatriz Leopoldinense, uma escola que mostrou o repente, a literatura de cordel, entre outras manifestações culturais. Vamos reforçar isso”, afirma. Serviço ‘Brinque, Dance e Cante: É o Nordeste Itinerante’ ? Locais: Jardim Mangueiral, Paranoá e São Sebastião Sexta (24) Praça de alimentação em frente à Quadra 13 do Jardins Mangueiral ? A partir das 19h: Teatro de Mamulengo Fuzuê, repentistas Ramalho de Oliveira e Messias de Oliveira, emboladores de coco Azulão da Mata e Pardal da Cidade e Trio Forró B’jú. Sábado (25) Praça Central do Paranoá ? 9h: Teatro de Mamulengo Fuzuê ? 10h: Dupla de repentistas – Ramalho de Oliveira e Messias de Oliveira ? 11h: Dupla de emboladores de coco Azulão da Mata e Pardal da Cidade ? 12h: Forró Farol da Barca. Domingo (26) Feira Permanente de São Sebastião ? 9h: Teatro de Mamulengo Fuzuê ? 10h: Dupla de repentistas Ramalho de Oliveira e Messias de Oliveira ? 11h: Dupla de emboladores de coco Azulão da Mata e Pardal da Cidade ? 12h: Chicão do Forró e os Brasas do Nordeste.

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Casa do Cantador faz 35 anos e festeja exaltando o repente

“O repente é a cultura do cantador violeiro/ Saiu do anonimato que viveu o tempo inteiro/ Virou patrimônio agora para o povo brasileiro”. Como canta o artista paraibano Fenelon Dantas, o repente acaba de cruzar a fronteira que separa a prática popular de um povo da sua história oficial. A Casa do Cantador foi inaugurada em 1986, a partir da reivindicação de representantes da cultura nordestina em Ceilândia, e recentemente passou por reforma que custou mais de R$ 282 mil | Foto: Arquivo Agência Brasília Foi declarado patrimônio imaterial em 11 de novembro. Para celebrar o feito, a Casa do Cantador, em Ceilândia, promove um show neste sábado (27), às 20h. O evento é também uma comemoração aos 35 anos do espaço cultural, completados no último dia 9 de novembro. Sobem ao palco, além de Fenelon, Geraldo Amâncio (CE) e dois artistas nordestinos radicados em São Paulo – Pardal da Saudade e Azulão da Mata. A entrada é franca para 250 pessoas, por ordem de chegada e com exigência do cartão de vacinação completo, com transmissão também pelo canal da Casa do Cantador no YouTube. [Olho texto=”“A Casa do Cantador é uma joia que une mundos. Os cantos do Nordeste com os desse sertão profundo, cravado no meio do Brasil”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), a Casa do Cantador volta a funcionar depois de uma reforma executada em 45 dias, com investimento de mais de R$ 282 mil. Toda a fachada foi restaurada, com impermeabilização contra chuvas e pintura. “A Casa do Cantador é uma joia que une mundos. Os cantos do Nordeste com os desse sertão profundo, cravado no meio do Brasil”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Inaugurada em 9 de novembro de 1986, a partir da reivindicação de representantes da cultura nordestina em Ceilândia, a Casa do Cantador exibe na entrada a estátua Cantador Anônimo, do escultor cearense Alberto Porfírio. O espaço conta com a “cordelteca” João Melchiades Ferreira, dotada de acervo de 1.200 cordéis e livros, e disponibiliza para a comunidade salas multiuso e anfiteatro. Frequentador típico da Casa do Cantador e “apoiador” do repente (contribui para pagar os artistas), Rafael Pereira do Amaral é do Piauí. Pôs os pés em Brasília quando a poeira mal tinha baixado, em 1963, com 23 anos. “Cheguei sozinho e estou aqui até agora. Tenho uma família com oito filhos. Graças a Deus, todos casados”, apresenta-se. [Olho texto=”“Estamos fazendo a cantoria voltar para o lugar de onde ela veio. Se já teve muito mais aceitação no passado, andava um pouco esquecida”” assinatura=”Geraldo Amâncio, cordelista” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É sobrinho de Firmino Teixeira do Amaral (1896-1926), autor da estória de cordel Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum (1916), um dos principais autores da outrora famosa Editora Guajarina, líder em sua época na região Norte. Rafael é uma pessoa que exemplifica o repente como prática que remonta ao passado distante e renova forças para seguir adiante com o registro pelo Iphan. Repente é patrimônio A inserção do repente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Livro de Registro das Formas de Expressão de Bens Imateriais eleva essa arte ao nível de outras expressões populares – como cordel, capoeira e maracatu, por exemplo – que se tornam elegíveis para políticas públicas afirmativas. “Estamos fazendo a cantoria voltar para o lugar de onde ela veio. Se já teve muito mais aceitação no passado, andava um pouco esquecida”, pontua Geraldo Amâncio, com 12 livros publicados e dezenas de cordéis e CDs. João Santana, presidente da Acrespo: “Somos um povo que tem uma diversidade muito rica de manifestações artísticas populares, e o repente é uma delas” “A recuperação do repente é visível. Existem jovens e mulheres cantando, uma coisa linda. Tenho como parceiro o poeta Guilherme Nobre, um jovem de 20 anos, uma das maiores revelações da cantoria”, testemunha Geraldo, para ilustrar os avanços de idade e de gênero numa forma de expressão que ainda tem maioria de homens. Presidente da Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno (Acrespo), João Santana afirma que o registro “fortalece a nossa identidade cultural. Somos um povo que tem uma diversidade muito rica de manifestações artísticas populares, e o repente é uma delas”. Sobre as oportunidades de trabalho acenadas pelo impulso de políticas públicas, ele espera que “os mecanismos de fomento cultural olhem com mais atenção para a gente”. João, repentista e músico há mais de 20 anos, entende que o repente historicamente tem sido ofuscado por manifestações culturais de maior apelo mercadológico, o que lhe reduz a visibilidade midiática. [Olho texto=”“A gente precisa de um sindicato forte para que, no futuro, o repentista possa se aposentar na sua arte. Não sei se vou me beneficiar disso, mas se meus futuros colegas conseguirem, a luta terá valido”” assinatura=”Zé do Cerrado, gerente da Casa do Cantador” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Chico de Assis (Francisco de Assis Silva), ex-presidente da Acrespo e parceiro de João Santana, acredita que as políticas públicas vão ajudar na qualificação dos artistas do repente. “As oportunidades surgem mais para aqueles que se qualificam, que buscam cantoria com qualidade, que estudam”, acredita. O gerente da Casa do Cantador, o artista Zé do Cerrado, comemora a notícia do registro com uma rima: “O repentista é o único artista no mundo que faz uma música num segundo”. “Muito bem-vinda essa novidade para o repente. [O registro] do forró também tá chegando. A gente precisa de um sindicato forte para que, no futuro, o repentista possa se aposentar na sua arte. Não sei se vou me beneficiar disso, mas se meus futuros colegas conseguirem, a luta terá valido”, afirma. Pesquisa Foi o professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB) João Miguel Manzolillo Sautchuk que coordenou a construção do dossiê para obter no Iphan o reconhecimento documentado da arte. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Em 2009, cantadores reunidos aqui em Brasília, do Nordeste, de São Paulo, de vários lugares, começaram a conversar sobre isso. Houve um encontro com o pessoal do Iphan. O pedido foi feito, em 2013, pela Acrespo”, relata. Ele explica que, na fundamentação do documento, foi importante mostrar a abrangência da arte, a antiguidade histórica, seus significados, os locais onde existe, suas principais práticas, a perspectiva de trabalho para quem vive dela. Em 2020, houve a entrega do dossiê, incluindo sugestões de políticas de salvaguarda. O dossiê, além de textos e fotos, inclui o curta Canta, Poeta (nove minutos) e o longa De Repente, Cantoria (70 minutos).   Serviço Aniversário de 35 anos da Casa do Cantador Sábado, 27 de novembro, a partir das 20h Entrada por ordem de chegada, limitada a 250 lugares Endereço: QNN 32, área especial, Ceilândia Sul Contatos: (61) 98473-7709 (Whatsapp) e (61) 3378-5067 E-mail: casadocantador@cultura.df.gov.br

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Festival de Repentistas em plataforma virtual

Se você é bom de rima e improviso e não tem medo de peleja, aprume-se: começa, nesta sexta-feira (16), o Festival Regional Itinerante de Repentistas do DF e Entorno. Com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o evento será no formato virtual e colocará seis duplas de cantadores para disputarem o gosto do público e as notas de quatro jurados. Os melhores se enfrentam no domingo (18) para disputar os três primeiros lugares. [Olho texto=”“A Casa do Cantador é uma joia nordestina criada por Niemeyer e totalmente afeita a um projeto com esse desenho, onde o canto e a poesia do Sertão nordestino são abrigados com a merecida honra”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O evento conta com a ajuda da Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno (Acrespo) e a parceria da Casa do Cantador, em Ceilândia, equipamento da Secec onde serão realizadas as gravações das lives, com transmissões pelo Facebook da Casa do Cantador e no YouTube da Associação de Cantadores. “A Casa do Cantador é uma joia nordestina criada por Niemeyer e totalmente afeita a um projeto com esse desenho, onde o canto e a poesia do Sertão nordestino são abrigados com a merecida honra”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. O Festival foi contemplado no edital FAC Áreas Culturais nº 17/2018, na linha “Culturas Populares”, com o valor de R$ 200 mil, e a estimativa é de que o evento gere 70 empregos diretos e indiretos. Além dos competidores, as lives terão a participação especial de repentistas consagrados, como Chico de Assis, Edmilson e Lisboa, Mocinha de Passira, Minervina Ferreira e Irmãos Silva. O júri é formado por outros violeiros: João Bosco, Lília Diniz, Rene Bomfim e Donzílio Luiz. “A importância do Fundo de Apoio à Cultura para esse tipo de projeto é fundamental justamente porque é um tipo de arte que não está na grande mídia. Vem do Sertão do Nordeste. É muito difícil organizar uma iniciativa desse porte sem fomento público”, explica o diretor do festival, João Santana. [Olho texto=”“O repente me tornou uma pessoa pública e, com o tempo, fui perdendo a timidez de conversar e me expressar frente às pessoas”” assinatura=”Minervina Pereira, violeira” esquerda_direita_centro=”direita”] Pioneira do repente A ausência de mulheres na disputa no festival se explica pelo fato de o repente ainda ser uma arte dominada pelos homens, como atesta a paraibana Minervina Pereira, há 40 anos na profissão: “Foram muitas dificuldades, nasci e cresci na zona rural (Cuité, PB), trabalhando na roça. Ouvia as cantorias, sentia aquele impulso que os poetas tocavam em mim, mas meu pai não permitia.” O talento foi mais forte. Minervina começou a tocar com um irmão, os vizinhos elogiavam e os convites e “uns trocadinhos” começaram a aparecer. Assim, a paraibana ganhou o mundo, criou seis filhos e se formou em pedagogia, exercendo o magistério por 20 anos. Pergunta se o repente fazia parte das aulas para ajudar a memorizar as lições? “Oxe, muitas vezes”, responde de pronto. No interior do Nordeste, onde gênero costuma ser destino, Minervina reinventou o papel da mulher: “O repente me tornou uma pessoa pública e, com o tempo, fui perdendo a timidez de conversar e me expressar frente às pessoas”. Sobre o machismo no meio, diz: “é uma profissão onde há predominância de homens, então, muitas vezes, fui vítima da discriminação, mas minha persistência me fortaleceu para enfrentar a situação com muita garra e coragem.” Linguagem e história [Olho texto=”“Embora cantado e com acompanhamento de viola, repente é poesia. Segue regras muito complexas, que os cantadores dominam com fantástica naturalidade”” assinatura=”João Miguel Manzolillo Sautchuk, professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB)” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Repente é poesia”, define o professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB), João Miguel Manzolillo Sautchuk, cuja tese de doutorado estuda o gênero nordestino. “Embora cantado e com acompanhamento de viola, é poesia”, frisa. Ele explica que a arte “segue regras muito complexas, que os cantadores dominam com fantástica naturalidade”. Do ponto de vista da linguagem, João Miguel ensina que há uma métrica específica, composta de estrofes de seis versos (sextilhas) em que o segundo, o quarto e o sexto versos de sete sílabas rimam entre si. A rima é perfeccionista, “quase parnasiana”, revela. “Você não pode acochambrar, rimando, por exemplo, céu e cordel”, exemplifica, em referência a parear palavras com terminações diferentes, neste caso o “éu” de céu com o “el” de cordel. Além disso, os contendores têm de seguir a “oração”, a coerência do argumento, se possível evocando belas imagens, poéticas. “Se um abre falando sobre a pandemia, o outro não pode dizer da saudade de um amor”, exemplifica. Em suma, poesia, métrica, ritmo, rima e oração não são perdidas de vista junto com os acordes que propõem no campo da linguagem a luta que o nordestino conhece desde que nasce. João Miguel coordenou o processo de pesquisa, já finalizado, que deve transformar o repente em bem cultural imaterial registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ainda neste ano. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O docente da UnB também atesta a relação de trocas entre repente e cordel. Enfatiza, contudo, que são artes autônomas, com o cordel alinhando-se mais à narrativa da prosa, com suas tramas, desenvolvimentos de personagens e desfecho. Lembra pelejas típicas no cordel, colocando frente a frente tipos tradicionais, como o cachaceiro e o evangélico, ou a feirante e o fiscal, entre outros. Serviço Festival Regional Itinerante de Repentistas do DF e Entorno . Apresentação: Chico de Assis. . Transmissão: Facebook e YouTube, sempre às 20h Acessibilidade: apresentações com interpretação em Libras. . Programação: Etapas classificatórias . 16 de julho, às 20h Atrações especiais: Edmilson e Lisboa . 17 de julho, às 20h Atrações especiais: Mocinha de Passira e Minervina Ferreira Etapa final . 18 de julho, às 20h Atrações especiais: Irmãos Silva (repentistas) e Mamulengo Fuzuê (teatro de bonecos)

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Cordelteca da Casa do Cantador será inaugurada no dia 11

O artista plástico Valdério Costa começou a levar pincéis e tinta para a Casa do Cantador nesta terça-feira (3). Vai criar um painel de 4 x 2,5 metros quadrados para dizer ao mundo que Ceilândia é Nordeste e vice-versa. O painel vai representar vaqueiro ladeado por pavão misterioso, referências a romance de cordel (1923) do paraibano João Melchíades Ferreira da Silva (1869-1933), patrono do espaço. “É uma doação minha, por eu fazer parte deste do universo da literatura de cordel”, explica. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), responsável pelo equipamento, vai inaugurar no dia 11, às 10h, uma cordelteca (biblioteca de cordéis) no lugar e, com isso, dar um centro de referência para o gênero de arte no DF.  Graduado em artes plásticas pela UnB, também poeta, escritor e ilustrador, Valdério inspira-se nas xilogravuras características do cordel para fazer suas pinturas. O professor de língua portuguesa e membro do coletivo Cordel Malungada, Sabiá Canuto, integrante de uma nova geração de cordelistas no DF, explica que seu grupo “vê o cordel hoje como a mesma força da tradição original que, numa linguagem poética rígida e calçada na oralidade, aborda uma infinidade de temas do cotidiano e históricos”. Canuto, que apresenta o trabalho do grupo no Instagram, acredita na capacidade do cordel de dialogar com as novas tecnologias, “pois existem diversas plataformas digitais que divulgam e disponibilizam cordéis para leitura gratuita, além de muitas delas trazerem informações históricas sobre cordelistas”, diz ele. Sobre a cordelteca na Casa do Cantador, ele entende que será “uma ótima referência” para pessoas que desejam pesquisar e conhecer mais sobre essa literatura. “Estamos entusiasmados também com o atual [2018] registro do cordel pelo Iphan como patrimônio imaterial. Fazemos parte desta história”. O subsecretário do Patrimônio Cultural (Supac), Demétrio Carneiro Oliveira, destaca na inauguração da cordelteca a reafirmação da Casa do Cantador como referência para a cultura nordestina, a volta às raízes representadas pelo cordel e, ao mesmo tempo, a renovação da arte pela presença da nova geração de cordelistas. Esforço coletivo A gerente de acervos da Supac, Aline Ferrari de Freitas, explica que a cordelteca é fruto de um esforço coletivo, contando com doações e trabalhos voluntários. O acervo de 1200 títulos cresceu com as aquisições feitas por anônimos, por cordelistas de Guarabira (PB), do Instituto Ricardo Brennand (PE) e da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (RJ). As janelas da Casa do Cantador receberam película de proteção contra luz solar e calor, e o espaço ganhou decoração temática, com tapetes, almofadas e adesivos em padrões de xilogravuras estamparão as paredes. Os cordéis, peças delicadas, serão dispostos dois a dois em pastas adaptadas. Estas vão ser acondicionadas em caixas doadas pela Mala do Livro, programa da Secec para divulgação da leitura. Por fim, o arranjo será catalogado no sistema integrado de bibliotecas do Distrito Federal e os cordéis poderão ser localizados digitalmente. * Com informações da Secretaria de Cultura (Secec)

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