Mulheres e doenças cardiovasculares: um alerta para a prevenção
A doença cardiovascular é a principal causa de morte entre as mulheres, superando, inclusive, o câncer de mama. No entanto, muitas ainda desconhecem os riscos e sintomas, o que pode atrasar o diagnóstico e comprometer o tratamento. A cardiologista do IgesDF Alexandra Mesquita reforça a importância do alerta e da prevenção. “É um tema relativamente pouco conhecido das próprias mulheres. Elas ainda não têm a percepção de que a mortalidade feminina é causada, principalmente, pelas doenças cardiovasculares. E é fundamental mudar essa realidade para reduzirmos a prevalência e a mortalidade”, afirma a especialista. Os fatores de risco clássicos, como hipertensão, diabete, obesidade e tabagismo, devem ser rigidamente controlados, lembrando que nas mulheres eles têm maior repercussão que nos homens. Existem os fatores de risco cardiovascular próprios da mulher, como a síndrome dos ovários policísticos, endometriose, hipertensão da gravidez, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, parto prematuro e bebê de baixo peso. Pacientes que apresentam quaisquer dessas alterações têm seu risco de infarto e AVC aumentado. Os fatores de risco clássicos, como hipertensão, diabete, obesidade e tabagismo, devem ser rigidamente controlados, lembrando que nas mulheres eles têm maior repercussão que nos homens | Foto: Divulgação/IgesDF “A síndrome dos ovários policísticos, a endometriose, alterações na tireoide, diabete gestacional e o parto prematuro estão diretamente ligados ao aumento do risco cardiovascular. O cardiologista precisa estar atento a esses fatores, pois eles impactam a saúde do coração da mulher ao longo da vida”, explica Alexandra Mesquita. Outro grande problema é a demora no atendimento. Muitas mulheres priorizam suas tarefas diárias e retardam sua ida ao serviço médico. “Uma publicação europeia demonstrou que a mulher chega ao serviço médico cerca de 42 minutos após o início da dor, e já no serviço médico, pode ser atendida até 37 minutos após, pois sua dor pode não ser tão característica como a do homem: em aperto, irradiando para os braços, acompanhada de sudorese e náuseas. A mulher pode apresentar infarto sem dor mais que os homens; e, quando presente, a dor pode ser um desconforto torácico, uma dor no ombro nas costas ou no estômago”, destaca a médica. Outro dado preocupante é que a intervenção médica ocorre com menor frequência em mulheres do que em homens, mesmo quando os diagnósticos são idênticos. O tempo perdido no atendimento pode significar a diferença entre a vida e a morte “As mulheres infartam e, muitas vezes, nem percebem. Algumas são diagnosticadas erroneamente com crises de ansiedade e são liberadas sem um exame mais aprofundado. Isso aumenta significativamente o risco de morte”, alerta a especialista. Outro dado preocupante é que a intervenção médica ocorre com menor frequência em mulheres do que em homens, mesmo quando os diagnósticos são idênticos. O tempo perdido no atendimento pode significar a diferença entre a vida e a morte. “Músculo é tempo, e tempo é músculo. Quanto mais demora para buscar atendimento, mais o coração sofre danos irreversíveis”, enfatiza a especialista. Alexandra também destaca a necessidade de maior representação feminina em estudos científicos. “Por muito tempo, acreditava-se que apenas os homens infartavam. Hoje sabemos que as mulheres também estão em risco, mas os estudos ainda são majoritariamente masculinos, dificultando a criação de protocolos específicos para o público feminino”, lamenta. No Mês da Mulher, o alerta é claro: prevenir é essencial. Monitorar a pressão arterial, manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e buscar avaliação regular são passos fundamentais para reduzir os índices alarmantes de doenças cardiovasculares entre as mulheres. Afinal, a saúde do coração também é uma questão de gênero. Compromisso A segunda edição da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho e Assédio (Sipat) do PO700 reforçou a prevenção de acidentes e assédio no ambiente profissional por meio de atividades dinâmicas e interativas. Realizado entre os dias 11 e 14 deste mês na unidade administrativa do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), o evento teve como tema “Saúde e Movimento no Trabalho”. O presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (Cipa), Gilson Cosme, ressaltou que a Sipat vai além da prevenção de acidentes, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida dos trabalhadores. “A Cipa não se resume apenas à prevenção de acidentes de trabalho, mas também ao cuidado integral com o colaborador. Promover debates, dinâmicas e palestras como essa fortalece a cultura da prevenção e mostra que a segurança no ambiente corporativo também está ligada à saúde e à qualidade de vida”, destacou Gilson. Como parte da programação, a médica cardiologista Alexandra Oliveira ministrou, no dia 12, a palestra “Saúde da Mulher”. Durante sua apresentação, ela alertou sobre a prevenção de doenças cardiovasculares e a necessidade de atenção especial à saúde feminina, especialmente no ambiente de trabalho. “É essencial que as mulheres tenham consciência de sua saúde e realizem exames regularmente. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença na prevenção de doenças cardiovasculares e no bem-estar geral”, ressaltou a especialista. A palestra fez parte das ações promovidas pela Cipa dentro da Sipat, que, na semana anterior, realizou uma série de atividades em comemoração à Semana da Mulher. Essas iniciativas estão alinhadas com os valores e metas do IgesDF, que prioriza a melhoria contínua dos processos e a valorização do bem-estar dos profissionais. A vice-presidente da Cipa, Juliana von Sperling, reforçou o impacto positivo da Sipat na rotina dos colaboradores: “O evento tem sido um sucesso, e as ações realizadas fazem diferença no dia a dia dos colaboradores. Quanto mais conhecimento e prevenção trouxermos, melhor será o ambiente de trabalho”. A colaboradora Janaína Picciani, que acompanhou a palestra, compartilhou sua experiência: “Foi uma palestra muito importante. Aprendi muito sobre como cuidar melhor da minha saúde e como pequenas atitudes podem impactar positivamente minha qualidade de vida”. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
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Caminhada no Guará II alerta população para os riscos das doenças cardiovasculares
Para marcar o Setembro Vermelho, que busca conscientizar sobre doenças cardiovasculares, a Secretaria de Saúde (SES-DF) promove, neste sábado (28), a 1ª Caminhada no Ritmo da Vida. Das 8h às 12h, o Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará II, irá abrigar estandes para aferição arterial e de glicose e para testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Também será possível atualizar o cartão de vacina com doses contra hepatite B, antitetânica, gripe, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e covid-19, conforme a faixa etária. Arte: Divulgação/SES-DF Segundo a fisioterapeuta da SES-DF Letícia Caixeta, a caminhada é uma atividade física de baixo impacto que pode auxiliar na prevenção e no tratamento das doenças cardiovasculares. “Esse exercício simples traz inúmeros benefícios: melhora a circulação, fortalece o coração, reduz o estresse e ainda promove o bem-estar mental”, elenca. Organizado pela Superintendência Regional de Saúde Centro-Sul e pela Diretoria de Atenção Primária da região, o evento promove ainda palestras sobre alimentação saudável e controle de doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão arterial, além de várias Práticas Integrativas em Saúde (PIS). Questão de saúde pública De acordo com o Cardiômetro, indicador criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 298 mil pessoas já morreram em decorrência de doenças do coração no Brasil só em 2024. A estimativa da entidade é que, até o final deste ano, esse número possa alcançar 400 mil óbitos. A prevenção, explica Caixeta, está, principalmente, no cuidado com a alimentação, na prática regular de exercícios físicos e no acompanhamento médico especializado. Primeira Caminhada no Ritmo da Vida Data – Sábado (28) Local – Parque Ecológico Ezechias Heringer – Guará II Horário – Das 8h às 12h *Com informações da Secretaria de Saúde
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Calor aumenta risco de problemas cardíacos; saiba como se proteger
As doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortes no Brasil. Apenas neste ano, foram mais de 248 mil óbitos relacionados à condição, segundo o portal Cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Em épocas de altas temperaturas, especialista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) aponta que o cuidado deve ser redobrado. As altas temperaturas causam a dilatação de vasos sanguíneos e artérias, aumentando o risco de desenvolver arritmias; manter os exames em dia é uma boa forma de prevenir problemas mais sérios | Foto: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde-DF O calor aumenta o risco de exaustão e de desidratação, podendo acarretar problemas cardíacos sérios. “O clima muito quente e seco é capaz de provocar casos de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), além das arritmias cardíacas”, alerta a cardiologista da SES Edna Maria Marques. Segundo a profissional, isso ocorre porque as temperaturas elevadas causam a dilatação de vasos sanguíneos e artérias, levando à diminuição da pressão arterial. Para compensar essas alterações, o organismo eleva a frequência cardíaca, amplificando também a chance de desenvolver arritmia. “Observamos ainda um incremento de casos de tonturas e desmaios, principalmente em pacientes portadores de disautonomias como a síndrome do vaso vagal e a taquicardia postural ortostática”, complementa Marques. Como prevenir? Agosto e setembro tendem a ser os piores meses da seca no Distrito Federal, com umidade entre 20% e 15%. Junto à estiagem, os brasilienses enfrentam altas temperaturas durante o dia e sol intenso. “Nessa época do ano, o mais importante é garantir uma boa hidratação e uma alimentação saudável. Quando se expor ao sol, lembre-se de passar o protetor solar, usar chapéu e roupas leves. Quem pratica exercício físico ao ar livre deve evitar os momentos de pico de calor”, enfatiza a cardiologista. Para quem já possui algum problema relacionado à saúde do coração, é essencial manter o tratamento em dia. Em casos de emergência, o paciente deve se dirigir aos hospitais da rede pública de saúde ou às unidades de pronto atendimento (UPA). A rede da SES também conta com 176 unidades básicas de saúde, que são a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nessa época do ano, o mais importante é garantir uma boa hidratação e uma alimentação saudável”, alerta a cardiologista Edna Maria Marques, sobre os meses de agosto e setembro | Foto: Arquivo/ Agência Brasília Conscientização Nesta quarta-feira (14) é comemorado o Dia Nacional do Cardiologista. Esse profissional é responsável por cuidar do diagnóstico e do tratamento de doenças e disfunções relacionadas ao coração e à circulação sanguínea. Além de celebrar a especialidade, o objetivo da data é conscientizar a população sobre os cuidados cardiovasculares. A avaliação anual é indicada a partir dos 45 anos para homens e dos 50 anos para mulheres. Pessoas com histórico de familiares que sofreram infartos, contudo, devem fazer exames de rotina regulares a partir dos 18 anos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Alimentação equilibrada previne doenças crônicas como diabetes e hipertensão
Celebrado no domingo (31/3), o Dia Nacional da Saúde e Nutrição ressalta a importância de uma alimentação equilibrada para promover a saúde, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e câncer. Para desenvolver ações estratégicas de alimentação e de nutrição no DF, a Secretaria de Saúde (SES-DF) planeja as ações por meio dos planos distritais de Promoção da Saúde, de Segurança Alimentar e Nutricional e de Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis. Nas unidades básicas de saúde (UBSs), essas e outras ações são desenvolvidas por meio de grupos de hábitos de vida saudáveis. A Secretaria de Saúde recomenda consumir mais frutas, verduras e legumes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares | Foto: Karinne Viana/Agência Saúde-DF “No contexto das UBSs, os nutricionistas ancoram suas atividades na educação alimentar e nutricional, incluindo atendimentos coletivos e individuais”, resume a gerente de Serviços de Nutrição da secretaria, Carolina Gama. “Além disso, há ações intersetoriais desenvolvidas em parceria com outras secretarias, a exemplo do Fórum Distrital de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável nas Escolas da rede de ensino do DF.” Qualidade e quantidade são fatores que devem ser levados em consideração, atenta a nutricionista: “A nutrição é essencial para o funcionamento do corpo, e a segurança alimentar e nutricional, que envolve tanto o acesso a alimentos em quantidade suficiente quanto em qualidade adequada, é fundamental para a promoção da saúde”. “Perdi peso, me sinto mais disposta para fazer as coisas, durmo melhor e não sinto mais vontade de comer por impulso” Maysa Vieira, estudante de 15 anos, que reduziu o consumo de alimentos ultraprocessados Cuidados com a alimentação “Que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”. Essa frase, proferida por Hipócrates, considerado o pai da medicina, reflete a importância da nutrição como um dos principais pilares da saúde. Uma alimentação equilibrada desempenha um papel fundamental na prevenção e tratamento de doenças, influenciando diretamente o bem-estar físico e mental. Contudo, pesquisas têm demonstrado que a população brasileira continua a fazer escolhas alimentares inadequadas, com um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, especialmente entre os adolescentes, e uma diminuição no consumo de alimentos tradicionais da cultura alimentar do país, como arroz e feijão. “A nutrição é essencial para o funcionamento do corpo, e a segurança alimentar e nutricional, que envolve tanto o acesso a alimentos em quantidade suficiente quanto em qualidade adequada, é fundamental para a promoção da saúde”, afirma a gerente de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde (SES-DF), Carolina Gama. Carolina Gama: “A nutrição é essencial para o funcionamento do corpo e a segurança alimentar e nutricional é fundamental para a promoção da saúde” | Foto: Arquivo Pessoal Segundo o boletim informativo da SES-DF sobre o perfil nutricional e de consumo alimentar da população assistida pela Atenção Primária à Saúde (APS) do DF, em 2022, 83% dos adolescentes acompanhados consumiram alimentos ultraprocessados, enquanto 68% consumiram bebidas adoçadas. Além disso, 41% ingeriram macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados, e 55% consumiram biscoitos recheados, doces ou guloseimas. Outra observação apurada é o percentual crescente de crianças que, a partir dos 2 anos até a adolescência, apresentaram excesso de peso. Com histórico familiar de obesidade, a estudante Maysa Vieira, 15, costumava se alimentar de frituras, doces e fast food, até que, há um ano, decidiu mudar seus hábitos. A jovem recebe acompanhamento nutricional na UBS 4 da Estrutural e, desde então, tem percebido benefícios. “Comecei a comer mais salada, arroz, feijão e legumes”, conta. “Perdi peso, me sinto mais disposta para fazer as coisas, durmo melhor e não sinto mais vontade de comer por impulso. Além disso, percebi muitas mudanças positivas no meu corpo e minha autoestima está melhor.” A nutricionista da SES-DF explica que uma alimentação é considerada saudável quando é composta por alimentos naturais ou minimamente processados. “A alimentação saudável inclui frutas, legumes, verduras, carnes, ovos, grãos e castanhas, livre de alimentos ultraprocessados e industrializados, que contêm corantes, conservantes e adoçantes, além de serem ricos em sódio, gordura e açúcar”. Veja abaixo recomendações da SES-DF e do Ministério da Saúde (MS) para ter uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis: • É essencial mudar o prato: menos alimentos industrializados e mais alimentos naturais; • Evitar o consumo de alimentos ricos em calorias, gordurosos e salgados; • Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes, cereais integrais e feijões; • Beber bastante água; • Reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o uso do cigarro; • Fazer exames preventivos e consultar o médico periodicamente; • Praticar exercícios físicos regulares, diariamente ou pelo menos três vezes por semana após avaliação médica; • Dormir pelo menos 8 horas num período de 24 horas. *Com informações da SES-DF
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Dia Mundial da Obesidade terá evento especial neste sábado
Na busca por uma sociedade mais saudável, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em parceria com outras instituições, promoverá, neste sábado (9), uma conscientização pelo Dia Mundial da Obesidade. O encontro será no Estacionamento 13 do Parque da Cidade, ao lado da administração, a partir das 8h. A porta de entrada para os pacientes são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). De acordo com o grau da doença, a pessoa é encaminhada para atendimento endocrinológico ou para os centros especializados em obesidade | Foto: Sandro Araújo/Agência Brasília A obesidade é uma doença que pode levar a inúmeras complicações de saúde como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão. Pode também estar relacionada a alguns tipos de câncer, afetar o sono, causar problemas psicológicos, além de acarretar baixa na qualidade de vida ou, até mesmo, a morte. Relatório da Federação Mundial da Obesidade (WOF) preocupa especialistas e profissionais da saúde. A perspectiva da obesidade na população está na contramão do combate ao sedentarismo. Na atualidade, 22,4% da população brasileira adulta é obesa, mas o problema se intensifica a cada ano e a projeção é de que o Brasil terá 41% dos adultos brasileiros obesos até 2035. A perspectiva mundial é de que uma a cada 4 pessoas sofrerão com a doença, o que equivale a cerca de 2 bilhões de pessoas. “Atendemos pacientes com obesidade grau dois associado a algumas comorbidades como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. Atendemos também obesidade grau três, independentemente de comorbidades” Flávia Franca, referência técnica distrital de endocrinologia da SES-DF A porta de entrada na rede pública de saúde do DF para pessoas com obesidade e sobrepeso é o sistema de Atenção Primária, iniciado nas unidades básicas de saúde (UBS). A SES-DF acolhe a população e, de acordo com o grau da doença, encaminha para os serviços de atendimento endocrinológicos ou para os centros especializados em obesidade. A referência técnica distrital (RTD) de endocrinologia da SES-DF, Flávia Franca, explica que os casos mais graves precisam de tratamento. “Atendemos pacientes com obesidade grau dois associado a algumas comorbidades como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. Atendemos também obesidade grau três, independentemente de comorbidades”, explica. O Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) é um dos locais de atendimento médico multiprofissional da rede pública. Desde de 2017, o Cedoh atua no tratamento das comorbidades para o atendimento de pessoas que foram diagnosticadas como de risco e de alto risco. A gerente do Cedoh, Alexandra Rubim, destaca que o trabalho é feito de forma interdisciplinar. “Temos endocrinologistas adulto e pediátrico, cardiologistas, nefrologistas, equipe de enfermagem, fisioterapia, nutrição e psicologia. Os pacientes são encaminhados pelo sistema de regulação de vagas e ficam conosco por dois anos”, explica. O processo inclui acolhimento, orientação e tratamentos, com atendimentos presenciais na unidade, a cada dois meses. O sucesso terapêutico é identificado quando o paciente consegue eliminar de 5 a 15% do peso corporal. O Cedoh já atendeu cerca de 930 adultos desde sua inauguração e, a partir de 2019, recebeu 431 crianças, adolescentes e suas famílias. A obesidade pode levar a inúmeras complicações de saúde como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Superação e consistência O sobrepeso, também conhecido como pré-obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está relacionado a índices de massa corporal (IMC) maiores ou iguais a 25 kg/m2. Na população brasileira, essa doença afeta cerca de 57% dos homens. Um dos grandes problemas é o aumento da circunferência abdominal, muito comum na comunidade masculina. Mensurado pelo índice de circunferência de cintura (CC), o indicador mostra o nível de gordura intra-abdominal ou visceral. A conhecida “barriguinha de chopp” pode esconder uma série de problemas de saúde ligados à obesidade. Foi o que descobriu o estudante de psicologia, Fábio Alves, de 43 anos. “Sempre fiz atividade física, mas sem ter uma consistência. Com o passar dos anos, comecei a ganhar peso, cheguei a pesar 115 kg.” Uma inflamação do nervo ciático e problemas de locomoção levaram o futuro psicólogo a procurar ajuda profissional. Após consultas médicas e com acompanhamento de nutricionista e educador físico, Fábio passou a ter intensidade e foco na alimentação e no treino. “Hoje estou treinando todos os dias, intercalando entre corrida, natação e academia. Já perdi quase 30 kg, sem tomar nenhum tipo de medicação. Mas tudo com o acompanhamento de profissionais de saúde”, afirma. Março de ativismo e conscientização Desde 2015, o dia 4 de março foi escolhido como o Dia Mundial da Obesidade para mobilizar a sociedade em função da prevenção e do manejo da obesidade. Este ano o tema da campanha estimula a conversa interdisciplinar. Na medida em que a maior dificuldade no controle de peso é equilibrar a balança entre o consumo e o gasto calórico, a atividade física pode ser uma solução. É o que pensa a Organização Mundial da Saúde (OMS) ao instituir também o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, celebrado no próximo dia 10 de março. Saiba mais sobre a obesidade. *Com informações da SES-DF
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Seminário debate aprimoramento de cuidados cardiometabólicos
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promoveu, nesta sexta-feira (17), o Seminário Estratégias de Cuidados Cardiometabólicos na Atenção Primária do Distrito Federal. Esta foi a etapa inicial de discussão do projeto Cors-D (sigla em inglês para Estratégias de Cuidados Cardiometabólicos), desenvolvido em parceria à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde. O objetivo é aprofundar a assistência no nível primário de saúde, voltado tanto à intervenção precoce quanto ao acompanhamento do quadro do paciente. Entre as doenças cardiometabólicas estão a hipertensão arterial, a insuficiência cardíaca, a fibrilação arterial, o diabetes e a obesidade. Elas são as principais causas de mortalidade em todo o mundo. Dieta inadequada, tabagismo, estilo de vida sedentário e alto consumo de álcool são fatores que aumentam os riscos. O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Agrizzi, que representou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, no evento, destacou que a compreensão sobre os riscos contribui significativamente para a criação de estratégias clínicas e comunitárias. “Além da conjuntura pós-pandemia em relação às doenças cardiometabólicas, sabemos que não existe fórmula para resolver o problema rapidamente. Isso vai depender de ações conjuntas que melhorem o cuidado com o paciente, que precisa ser visto de forma integral”, disse. “A essência de tudo é o olhar humanitário. Esse é o principal ponto para nos apoiarmos e evoluir”, complementou. “Sabemos que não existe fórmula para resolver o problema rapidamente. Isso vai depender de ações conjuntas que melhorem o cuidado com o paciente, que o enxergue de forma integral”, afirma o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Agrizzi | Foto: Alexandre Álvarez/Agência Saúde-DF Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), desde o começo deste ano, mais de 354 mil pessoas morreram por doenças cardiovasculares. O alerta, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças cardiovasculares podem reduzir o índice. Coordenador substituto de Atenção Primária (APS) da SES-DF, Sandro Rodrigues ressaltou que quanto maior a cobertura na APS e na Saúde da Família, menor as chances de acidente vascular cerebral (AVC) e de doenças cardiológicas, assim como de internações e mortes por essas doenças. “A proposta do Cors-DF é fazer essa intervenção na APS. Estamos desenvolvendo um programa que aprimore o cuidado e a concepção de que as pessoas podem ter vários problemas cardiometabólicos ao mesmo tempo”, anunciou. O programa mencionado por Rodrigues contará com cadastro dos pacientes, estratificação de riscos, adequação de prescrição clínica, exames e consultas necessárias – tudo isso baseado em um protocolo de autocuidado e abordagem familiar. A medida é fundamentada na iniciativa global Hearts, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que pretende, até 2025, ser o modelo institucionalizado de gestão de riscos cardiovasculares, com ênfase especial no controle da hipertensão arterial. No caso do DF, contudo, o programa será voltado ainda a outras duas doenças: insuficiência cardíaca e fibrilação arterial. Seminário A discussão inicial sobre o projeto Cors-DF teve como público-alvo os profissionais da Diretoria Regional de Atenção Primária à Saúde (Gerência de Áreas Programáticas, Gerência de Acesso e Qualidade, Gerência de Planejamento, Monitoramento e Avaliação); da Gerências de Serviços de Atenção Primária; e de referências técnicas distritais de Medicina de Família e Comunidade, de Cardiologia, Assessoria da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde, da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde, da Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Além de Agrizzi, compuseram a mesa do seminário Gabriela Cardoso da Coordenação da Atenção Secundária e Integração de Serviços do GDF; Elisa Prieto, coordenadora da Unidade Técnica de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas/OMS; e Antonio Ribas, consultor da Opas. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Rede pública tem atendimento especializado sobre doenças cardiovasculares
“Era uma dor tão grande que parecia aquela marreta que bate em concreto”. É assim que Raimundo Rodrigues Sobrinho, 83 anos, descreve o infarto que teve há três anos. Na época, ele ficou internado por 17 dias no Hospital de Base do DF (HBDF). Apesar de os medicamentos amenizarem a dor, foi preciso passar por um cateterismo e, mais adiante, pela inserção de dois stents – procedimento que restaura o fluxo sanguíneo na artéria coronária, mantendo a oxigenação dos tecidos. Com risco também de os rins pararem de funcionar, Raimundo foi encaminhado ao Hospital Universitário de Brasília (HUB), por onde passou pela inserção do terceiro stent. “Desde então, não senti mais nada, nenhuma dor”, comenta, aliviado. Desde o ocorrido, ele faz acompanhamento no Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic) da Secretaria de Saúde do DF (SES), no Guará. Com três stents, Raimundo Rodrigues Sobrinho, 83 anos, realiza acompanhamento no Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic) há três anos | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A jornada de Raimundo na SES possui pontos em comum com vários outros pacientes. Devido à estruturação da rede, a cardiologia na saúde da capital federal conta com atendimento integrado entre as unidades de pronto atendimento (UPAs) e os hospitais. Além disso, a assistência pública ampliou a sua oferta de serviços, por meio de novas tecnologias e de contratações na rede complementar. O esforço contribuiu para que o DF alcançasse, em 2022, a menor taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio do país, de acordo com o Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Em 2022, 4,74% dos pacientes internados no DF após ataque cardíaco foram a óbito, enquanto a média nacional é de 9%. As UPAs e os hospitais regionais prestam socorro inicial em casos de problemas cardíacos | Foto: Renato Alves/Agência Brasília “Hoje temos toda a cardiologia regulada e cumprindo os pilares do SUS. Estamos trabalhando em políticas de melhoria da assistência cardiovascular, desde a garantia de acesso à saúde até a descentralização”, afirma a especialista em cardiologia da SES, Edna Maria Marques. Os hospitais regionais e as UPAs prestam socorro inicial em casos de problemas cardíacos. Caso necessário, o paciente pode ser encaminhado a uma das três unidades especializadas em coração: HUB, HB e Instituto de Cardiologia e Transplantes do Coração do Distrito Federal (ITCDF), localizado no Hospital das Forças Armadas (HFA). “O HUB, o HB o ITCDF fazem parte da mesma linha de cuidado. Diferentemente de outras especialidades, que possuem hospitais contratados só para realizar exames e outros para operações, na cardiologia, não. Esse paciente que vai ao HUB ou ao ITCDF, por exemplo, tem direito desde a consulta até a cirurgia”, acrescenta Marques. [Olho texto=”Ao sentir dor no peito, falta de ar nos esforços, inchaço nas pernas ou apresentação clínica de desmaio, o primeiro passo é ir às unidades de saúde. O clínico fará uma avaliação inicial e encaminhará o paciente ao cardiologista. As principais doenças têm essa apresentação clínica em comum, e, por meio disso, podemos procurar um diagnóstico”” assinatura=”Diego Martins, cardiologista do Cedhic” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao lado da estruturação, as inovações em tecnologia permitiram as melhorias no monitoramento e na oferta de serviços. Um dos exemplos é o uso do aplicativo Join, que possibilita a troca de informação entre médicos das UPAs e dos hospitais. A ferramenta é utilizada em vários países para o compartilhamento de imagens, diagnósticos, resultados laboratoriais, ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas em alta resolução, sem comprometer a qualidade do atendimento. Essa integração permitiu que a SES alcançasse o marco de uma média mensal de 100 operações na área cardíaca, com um total de 2.304 procedimentos feitos em 2022 e 1.134 até o início de setembro deste ano. De olho nos sintomas Cardiologista no Cedhic, responsável por acompanhar Raimundo, Diego Martins ressalta que a insuficiência cardíaca é uma síndrome que reúne várias doenças do coração, incluindo valvulopatias, doenças coronárias e próprias do músculo cardíaco. Problemas como esses exigem atenção especial e, devido aos avanços na área, os tratamentos da rede pública também se aprimoraram, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Apesar das evoluções, conforme alerta o cardiologista, é preciso estar atento aos sinais de alerta. “Ao sentir dor no peito, falta de ar nos esforços, inchaço nas pernas ou apresentação clínica de desmaio, o primeiro passo é ir às unidades de saúde. O clínico fará uma avaliação inicial e encaminhará o paciente ao cardiologista. As principais doenças têm essa apresentação clínica em comum, e, por meio disso, podemos procurar um diagnóstico”, orienta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para prevenir não somente os riscos de surgirem doenças, mas diminuir o impacto dos sintomas em doenças cardiovasculares, o cardiologista alerta sobre os principais fatores de risco e para a mudança de hábitos. “Com hábitos bem simples, o paciente é capaz de diminuir a mortalidade e o sofrimento com doenças cardiovasculares. São cinco principais pontos: parar de fumar, realizar atividade física, o controle da glicose, o controle do colesterol e o controle da pressão”, detalha. Nesta sexta-feira (29), é comemorado o Dia Mundial do Coração, data instituída pela Federação Mundial do Coração (World Heart Federation). A data alerta sobre os riscos das doenças cardiovasculares e conscientiza a população com dicas de como preveni-las. Serviço Em casos de emergência e socorro inicial, o paciente deve se dirigir ao hospital ou à UPA mais próxima da região onde mora. A rede hospitalar da SES conta com 11 hospitais regionais e cinco unidades de referência distrital, além de 13 UPAs, gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF). As UPAs devem ser procuradas em casos emergenciais, como, por exemplo, paradas cardiorrespiratórias, dores no peito/dores cardíacas, falta de ar ou dificuldades de respirar. A lista completa das unidades pode ser conferida em Infosaúde – Busca UPA. *Com informações da SES
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Divulgadas novas orientações sobre consumo de gorduras e carboidratos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou as recomendações alimentares sobre o consumo de carboidratos e gorduras para adultos e crianças. As novas diretrizes visam à limitação do consumo para a redução de ganho de peso prejudicial à saúde. Evidências científicas mostram a relação entre a ingestão excessiva desses produtos e os riscos de doenças. “As orientações buscam reduzir o excesso de peso e de doenças não transmissíveis relacionadas com a alimentação, como o diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer”, explica a gerente de Nutrição da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a nutricionista Carolina Gama. De acordo com as recomendações da OMS, o ideal é que o consumo diário abranja, no mínimo, 400 gramas de frutas e vegetais e 25 gramas de fibras | Foto: Tony Winston/Agência Brasília A alimentação saudável é fundamental para prevenir contra doenças crônicas. Uma dieta rica em alimentos ultraprocessados, além de aumentar o risco de desenvolver diabetes, obesidade, hipertensão e câncer, pode intensificar os sintomas relacionados à má digestão, à inflamação e a transtornos de neurodesenvolvimento. [Olho texto=”A SES-DF disponibiliza atendimento nutricional por meio da Atenção Primária, nas unidades básicas de saúde (UBSs), que são a porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Comer bem impacta positivamente não apenas a saúde, como também a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente, seja na cadeia produtiva ou na possibilidade de utilizar o alimento como um todo, sem desperdício e menos plástico. A qualidade e a quantidade são importantes para uma boa saúde, conforme indica a OMS. Os adultos devem limitar a ingestão total de gordura a 30% da ingestão total de energia ou menos. Ainda para esse público, o ideal é que o consumo diário abranja, no mínimo, 400 gramas de frutas e vegetais e 25 gramas de fibras. No caso dos carboidratos, em vez de focar em produtos refinados e ricos em açúcar, a orientação da OMS é optar por alimentos que contenham fibras. As orientações da OMS buscam reduzir o excesso de peso e de doenças não transmissíveis relacionadas com a alimentação, como o diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Em crianças com 2 anos ou mais, a gordura consumida precisa ser composta, principalmente, de ácidos graxos insaturados (alimentos de origem vegetal e alguns peixes, como oleaginosas, coco, abacate e salmão). Em termos de consumo, a OMS indica: Frutas e legumes ? 2-5 anos: 250 g no mínimo por dia ? 6-9 anos: 350 g no mínimo por dia ? 10 anos ou mais: 400 g no mínimo por dia Fibras ? 2-5 anos: 15 g no mínimo por dia ? 6-9 anos: 21 g no mínimo por dia ? 10 anos ou mais: 25 g no mínimo por dia A ciência demonstra a importância da alimentação saudável e da nutrição de crianças antes mesmo do nascimento, isto é, da concepção aos primeiros anos de vida. “O período é fundamental para o desenvolvimento físico e neurológico infantil e pode estar relacionado a fatores protetores ou de risco em relação a doenças em outras fases da vida”, relata Gama. [Olho texto=”“Passei a entender o que é comida. Quando eu estou com fome de verdade ou somente com vontade de comer, aprendi a fazer escolhas saudáveis. Passei por uma reeducação, uma conscientização”” assinatura=”Débora Ribeiro de Santos, participante do projeto Hábitos de Vidas Saudáveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com a especialista, uma alimentação equilibrada fornece todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo, tanto do corpo quanto da mente. “Esse hábito é capaz de elevar a expectativa de vida, além de auxiliar no desenvolvimento do cérebro e no crescimento adequado. Fora que aumenta a imunidade, mantém a pele, os dentes e os olhos saudáveis, fortalece os ossos e os músculos, e reduz o risco de doenças cardíacas. Motivos mais do que convincentes”, elenca. Iniciativa no DF Para incentivar a adoção de práticas saudáveis junto a residentes da Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Arapoanga, a nutricionista Camila da Silva Reis encabeça o projeto Hábitos de Vidas Saudáveis, de orientação e acompanhamento nutricional para a população da região. Na UBS 5 do Arapoanga, o grupo Hábitos de Vidas Saudáveis identifica problemas, prioridades e motivação para os pacientes que decidiram mudar os hábitos alimentares | Foto: Arquivo pessoal “Geralmente, são 15 pessoas por grupo e o primeiro atendimento é coletivo. Nesse contato inicial, identificamos o problema, as prioridades e a motivação, para, então, lançar metas e reflexões sobre os possíveis obstáculos. Em cima dessa dinâmica, construímos os retornos”, explica a especialista. “A gente tenta entender a pessoa integralmente, para, então, medir a dificuldade que ela terá na hora de aderir o que sugerimos.” O grupo é orientado não somente sobre hábitos alimentares, mas de vida, como exercícios físicos, saúde mental e sono. “Mesmo sendo uma atividade coletiva, nós sempre buscamos nos basear na realidade deles, por exemplo, na questão do acesso financeiro”, detalha Reis. [Olho texto=” “Mesmo sendo uma atividade coletiva, nós sempre buscamos nos basear na realidade deles, por exemplo, na questão do acesso financeiro”” assinatura=” Camila da Silva Reis, nutricionista que atende pacientes da UBS 5 do Arapoanga” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os pacientes atendidos pelo projeto são encaminhados pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) da região. A maior parte enfrenta diabetes, pressão alta, obesidade e/ou colesterol alto. Após o encontro coletivo, os usuários passam por acompanhamentos e retornos individuais, que, inicialmente, são mensais, podendo chegar a visitas semestrais. O trabalho é complementado pela atuação das residentes, uma em nutrição e outra em psicologia. Segundo a residente em nutrição que atua na iniciativa, Josicleia da Gomes de Silva, os retornos são muito importantes, pois permitem avaliar em quais pontos o paciente tem mais dificuldade. “Nós não trabalhamos com o peso, porque ele não é mensurador de saúde. Focamos nos indicadores e nos resultados, como percentual de gordura e de massa muscular.” Experiência Apesar de o foco do grupo não ser, obrigatoriamente, perder peso, Débora Ribeiro de Santos, de 35 anos, comemorou a redução de 5 kg e de oito centímetros na circunferência abdominal desde que começou a participar do grupo há quatro meses. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Comecei a participar do grupo por causa do meu sobrepeso, que já estava afetando a minha saúde. Eu estava com problemas de refluxo, azia e até passei pela situação de acordar me sentindo sufocada”, explica Débora. No grupo, ela recebeu orientações para reeducação alimentar, como preparar os alimentos e sobre a importância do exercício físico. “Outra questão trabalhada é a compulsão alimentar, que era um problema para mim.” Agora, Débora avalia que seus hábitos melhoraram consideravelmente: “Passei a entender o que é comida, quando eu estou com fome de verdade ou somente com vontade de comer, aprendi a fazer escolhas saudáveis. Passei por uma reeducação, uma conscientização”. Serviço A SES-DF disponibiliza atendimento nutricional por meio da Atenção Primária, nas unidades básicas de saúde (UBSs), que são a porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS). É possível encontrar a UBS de referência por meio do site InfoSaúde, adicionando o CEP. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Previna-se de problemas cardiovasculares durante o frio
[Olho texto=”“No frio, nosso coração bate mais rápido, nossos vasos ficam menores, gerando um aumento da pressão arterial; então o coração precisa fazer mais esforço para poder bater”” assinatura=”Rômulo Alzuguir, cardiologista do Cedoh” esquerda_direita_centro=”direita”] No inverno, o coração precisa, além de afeto e muito amor, de cuidados para a prevenção de doenças. O Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS), vinculado ao Ministério da Saúde, aponta que, neste período do ano, o frio é responsável por um aumento de 20% dos casos de doenças cardiovasculares. Em média, 60 pessoas por mês são atendidas na rede pública do DF com esse tipo de incidência. Durante o frio, a média de registros mensais sobe para 70, às vezes chegando a 80 casos. “No frio, nosso coração bate mais rápido, nossos vasos ficam menores, gerando um aumento da pressão arterial; então o coração precisa fazer mais esforço para poder bater”, explica o cardiologista Rômulo Alzuguir, do Centro de Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial do DF (Cedoh). O cardiologista Rômulo Alzuguir alerta para cuidados em relação ao consumo de medicamentos | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Nesse período do ano, se tomamos menos líquido, o sangue fica mais grosso, o que sobrecarrega o coração. Segundo especialistas, há uma temperatura limite – abaixo de 15ºC – para aumentar o risco de problemas de saúde especialmente em pessoas hipertensas, diabéticas, com colesterol alto e aquelas que tiveram AVC ou já infartaram. “Como aqui em Brasília o frio não é tão intenso como no sul do país ou em países do Hemisfério Norte, esse tema não é muito divulgado, mas tem que ser difundido”, comenta Rômulo. “É uma época do ano em que temos que cuidar muito mais da gente e do próximo também. É preciso cuidar dos mais jovens, dos mais velhos, sobretudo”. Período de frio exige cuidados especiais para manter a saúde em dia | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília Outros pontos que fazem aumentar as estatísticas, negativamente, nessa relação entre o frio e as doenças cardíacas é que, durante o inverno, as pessoas tendem a fazer menos exercícios e a comer mais, bem como a aumentar o consumo de bebida alcoólica. Como os quadros de gripe ficam mais comuns no frio, é natural o uso de antigripais para evitar coriza, e aqui vai mais um alerta do cardiologista: “Todos esses remédios para gripe têm um componente que acelera a frequência do coração, então é preciso tomar cuidado na hora de ingerir, porque pode gerar o aumento da pressão. Com o frio, bate aquela preguiça de sair debaixo das cobertas, então acaba que a gente tem preferência por alimentos mais calóricos, não necessariamente quentes”. Os principais fatores de risco de infarto são tabagismo diabetes, colesterol alto, hipertensão, obesidade, sedentarismo, histórico na família e estresse – risco que aumenta com as temperaturas baixas. De acordo com o cardiologista, a rede pública de saúde do DF oferece todos os tipos de tratamento do coração – “desde os casos mais básicos, como hipertensão, aos mais complexos, como transplantes cardíacos”, conclui. Arte: Agência Brasília
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